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INEDI – Cursos Profissionalizantes BRASÍLIA – 2011 Noções de Economia e Mercados Técnico em Transações Imobiliárias MÓDULO 03

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INEDI – Cursos Profissionalizantes

BRASÍLIA – 2011

Noções de

Economia e Mercados

Técnico em Transações Imobiliárias

MÓDULO 03

____________________, Economia e Mercados, módulo III, INEDI,Curso de Formação de Técnicos em Transações Imobiliárias, 2Unidades. Brasília. Disponível em: www.inedidf.com.br. 2011.

Conteúdo: Unidade I: conceitos; lei da oferta e da procura –Unidade II: unidades monetárias – Exercícios

347.46:645C836m

Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização doINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a Distância

SCS – Qd. 08 Ed. VSCS – Qd. 08 Ed. VSCS – Qd. 08 Ed. VSCS – Qd. 08 Ed. VSCS – Qd. 08 Ed. Venâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFenâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFenâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFenâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFenâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFTTTTTelefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614

CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – TTI

COORDENAÇÃO NACIONALAndré Luiz Bravim – Diretor Administrativo

Antônio Armando Cavalcante Soares – Diretor Secretário

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICAMaria Alzira Dalla Bernardina Corassa – Pedagoga

COORDENAÇÃO DIDÁTICA COM ADAPTAÇÃO PARA EADTibério Cesar Bravim – MBA em Ciências da Educação

COORDENAÇÃO DE CONTEÚDORicardo José Vieira de Magalhães Pinto

EQUIPE DE APOIO TÉCNICO: INEDI/DFAndré Luiz Bravim

Robson dos Santos Souza

PRODUÇÃO EDITORIALLuiz Góes

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPAAlessandro dos Santos

IMPRESSÃO GRÁFICAGráfica e Editora Equipe Ltda

Caro Aluno 

O início de qualquer curso é uma oportunidade repleta de expectativas. Mas umcurso a distância, além disso, impõe ao aluno um comportamento diferente, ensejandomudanças no seu hábito de estudo e na sua rotina diária, porque estará envolvido comuma metodologia de ensino moderna e diferenciada, proporcionando absorção deconhecimentos e preparação para um mercado de trabalho competitivo e dinâmico.

O curso Técnico em Transações Imobiliárias ora iniciado está dividido em novemódulos. Este módulo 03 traz para você a básica disciplina Economia e Mercados que,dividida em duas grandes unidades de estudo, apresenta, dentre outros itens essenciais,os conceitos fundamentais, a lei da oferta e da procura, as instituições monetárias donosso país, o estudo dos preços e do ponto de equilíbrio, além de exercícios de fixação,testes para avaliar seu aprendizado e lista de vocabulário técnico que, com certeza, seráindispensável no seu desempenho profissional.Trata-se, como você pode perceber, deuma completa, embora sintética, habilitação no âmbito desse conhecimento tão decisivopara o futuro profissional do mercado imobiliário.

Se o ensino a distância garante maior flexibilidade na rotina de estudos também éverdade que exige do aluno mais responsabilidade. Nós, do INEDI , proporcionamosas condições didáticas necessárias para que você obtenha êxito em seus estudos, mas osucesso completo e definitivo depende do seu esforço pessoal. Colocamos à suadisposição, além dos módulos impressos, um completo site (www.inedidf.com.br)com salas de aula virtuais, fórum com alunos, tutores e professores, biblioteca virtual esalas para debates específicos e orientação de estudos.

Em síntese, caro aluno, o estudo dedicado do conteúdo deste módulo lhe permitiránão só o domínio dos conceitos mais elementares de Economia e Mercados, comotambém a melhor abordagem do consumidor, além do conhecimento dos instrumentosbásicos para que o futuro profissional possa atingir os seus objetivos no mercado deimóveis. Enfim, ao concluir seus estudos neste módulo você terá vencido uma importanteetapa para atuar com destaque neste segmento da economia nacional.

Boa sorte!

INTRODUÇÃO.......... ...................................................................................................07

UNIDADE I

1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA ............................................................................101.1 – Conceito de economia ...................................................................................101.2 – O problema fundamental da economia .........................................................101.3 – Quatro perguntas fundamentais ....................................................................111.4 – A curva de possibilidades de produção ...........................................................121.5 – Os fatores de produção (terra, capital e trabalho) ............................................. 13

1.6 – O sistema econômico ........................................................................................14

2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA ................................................................152.1 – Curva de demanda .......................................................................................152.2 – Bens Econômicos (de capital, de consumo, intermediários, substitutos e

complementares) ............................................................................................. 1 6

3. TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO..............................................................183.1 – A função de produção ...................................................................................183.2 – Custo de produção, receita e lucro ................................................................183.3 – Curva de oferta .............................................................................................193.4 – Elasticidade...................................................................................................19

3.4.1 – Elasticidade em relação a demanda......................................................193.4.2 – Elasticidade em relação a oferta ...........................................................19

4. O MERCADO...... ....................................................................................................214.1 – O preço de equilíbrio ....................................................................................214.2 – Classificação dos mercados (monopólio, oligopólio, monopsônio, oligopsônio,

monopólio bilateral e monopsônio).................................................................................21

5. CONSUMO E POUPANÇA....................................................................................235.1 – Componentes do consumo ............................................................................235.2 – Poupança e investimento ...............................................................................23

6. EMPREGO......... ......................................................................................................246.1 – Mercado de Trabalho ....................................................................................246.2 – Oferta e demanda de emprego ......................................................................246.3 – Setores da Economia .....................................................................................24

6.3.1 – Setor Primário ....................................................................................246.3.2 – Setor Secundário ................................................................................246.3.3 – Setor Terciário ....................................................................................24

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

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UNIDADE II

7. ECONOMIA MONETÁRIA...................................................................................287.1 – A moeda: sua história e suas modalidades .......................................................287.2 – Funções e tipos de moeda ..............................................................................297.3 – Demanda e oferta de moeda ..........................................................................307.4 – As taxas de juros de equilíbrio ........................................................................31

8. SISTEMA FINANCEIRO ........................................................................................318.1 – A organização do sistema financeiro nacional .................................................33

9. INFLAÇÃO........... ....................................................................................................339.1 – A definição e a medida da inflação .................................................................339.2 – As consequências da inflação .........................................................................339.3 – Inflação de demanda e inflação de custo ........................................................339.4 – A inflação no Brasil .......................................................................................34

10. O SETOR EXTERNO............................................................................................3710.1 – O Balanço de Pagamentos ...........................................................................3710.2 – Taxa de câmbio ...........................................................................................3710.3 – Organismos internacionais ..........................................................................38

11. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ..............................3911.1 – Crescimento e desenvolvimento ...................................................................3911.2 – Fontes de crescimento .................................................................................3911.3 – Indicadores de desenvolvimento ..................................................................40

12. POLÍTICAS MACROECONÔMICAS .................................................................4112.1 – Definições ...................................................................................................4112.2 – Metas de política macroeconômica ..............................................................4112.3 – Instrumentos de política macroeconômica ...................................................41

13. GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA .......................................................................4313.1 – O processo de globalização ..........................................................................4313.2 – As consequências da globalização .................................................................43

TESTE SEU CONHECIMENTO ...............................................................................45GLOSSÁRIO .............................................................................................................53BIBLIOGRAFIA.. .........................................................................................................59GABARITO........ ..........................................................................................................60

ECONOMIA E MERCADOS

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Uma das maneiras de estar no mundo, é por meio do conhecimentoque você adquire. Ele é construído de diversas formas, na escola, no trabalho,em casa.

O que se deseja e se espera das pessoas envolvidas no mercadoimobiliário é a consciência e o cumprimento da responsabilidade na buscado conhecimento que, com certeza, irá colaborar para a realização de suasaspirações.

A economia, enquanto ciência social aplicada, se preocupa com oproblema da escassez, oferecendo ou tentando oferecer alternativasapropriadas para a solução desse mal que assola, de diversas maneiras, todoo mundo. A fome, o desemprego, a inflação são algumas das preocupaçõespor parte daqueles que exercem a profissão de economista.

O profissional da intermediação imobiliária não está divorciado dapreocupação em resolver o problema da escassez. Na verdade, no seu dia-a-dia, ele lida com pessoas que têm necessidades ilimitadas e recursos limitados.Essas pessoas confiam, então, um patrimônio imobiliário, que na maioria dasvezes é o único bem que elas têm, a esses profissionais, com a intenção de queos mesmos os comercializem, tanto na venda como na compra, buscandoassim aumentar os limites dos seus recursos.

Este módulo tem a intenção de oferecer ao profissional do ramoimobiliário um importante instrumento para a construção do seuconhecimento. Ele foi escrito de uma maneira clara e sistematizada, buscandosempre facilitar o entendimento de uma área do saber que é a economia. Osconceitos, leis e teorias básicas da ciência econômica estão aqui apresentados,de acordo com as principais bibliografias que tratam de tais questões.

Ao estudar esse material, você certamente estará dando passos firmesna direção da construção do saber e é isso que faz a grande diferença entre oprofissional preparado e aquele fadado ao fracasso.

Invista em você mesmo, sendo aplicado nos estudos, e tenha uma vidade vitórias e realizações.

Boa Sorte!

Unidade

I

Ø Conceituar Economia, Mercado, Produção, Demanda,Oferta, Custo, Receita, Lucro, Consumo, Poupança, Crédito,

Emprego, Bens;

Ø Reconhecer características dos principais fatores e da função deprodução;

Ø Reconhecer características dos diversos tipos de mercado;

Ø Identificar os agentes econômicos;

Ø Refletir sobre a responsabilidade econômica do profissional daárea.

TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

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1. INTRODUÇÃO ÀECONOMIA

A economia passou a ser vista como ci-ência a partir da Grécia Antiga, onde tivemosos primeiros registros de trabalhos econômi-cos. A economia faz parte de uma ciênciamaior, denominada ciências sociais. Aeconomia estuda a ação econômica do homem,envolvendo, essencialmente, o processo deprodução, a geração e a apropriação da renda,o dispêndio (as despesas) e o processo deacumulação.

A economia, para que possa dar respos-tas aos problemas econômicos, procura o res-paldo de outras áreas do conhecimento - dasciências humanas, das ciências exatas (matemá-tica) e outras ciências, com o objetivo de re-solver os problemas econômicos.

Em outras palavras, a economia, segun-do Rossetti (1997), se preocupa com todos osaspectos que estejam relacionados à produção,distribuição, custos e acumulação de bens eserviços.

A economia se preocupa com grandestemas que interferem de uma ou de outra ma-neira na vida do homem. Dentre eles temos:escassez de recursos, emprego, produção,trocas, valor, moeda, preços, mercados, con-corrência, remunerações, agregados, transa-ções, crescimento, equilíbrio, organização.Tais temas fazem parte da vida do homem erepresentam o campo de estudo da ciênciaeconômica.

1.1 – CONCEITO DE ECONOMIADevido à complexidade dos problemas

que envolvem o comportamento do homem,existem conceitos diferentes para a economia.A cada época, devido às concepções políticas-ideológicas de cada sociedade, pode-se obser-var a economia sob um ângulo diferenciado.

Na medida em que novas preocupaçõesde ordem econômica vão surgindo na vida dohomem, o seu conceito vai evoluindo.

No presente trabalho, adotaremos o se-guinte conceito de economia:

“A economia é a ciência que estuda as formasde comportamento humano resultantes da rela-ção existente entre as ilimitadas necessidades asatisfazer e os recursos que, embora escassos,se prestam a usos alternativos”.

ROSSETTI (1997, p.52)

A partir deste conceito, pode-se verifi-car que a preocupação básica da economia serefere aos escassos recursos para atender asnecessidades ilimitadas.

Tal conceito demonstra que a economia con-sidera o fato de que se pode ter necessidades ilimi-tadas para satisfazer e que os recursos para tal fimsão escassos. Nesse caso, tem-se que escolher amelhor alocação dos recursos capazes de produ-zir o necessário para satisfazer as necessidades.

Essas escolhas são feitas pelos agenteseconômicos. São agentes econômicos:

• unidades familiares;• empresas; e• governo.

A economia procura examinar as opçõesviáveis que se apresentam aos agentes econô-micos para empregar os limitados recursos sobseu comando, tomando decisões racionais di-ante de várias alternativas.

1.2 – O PROBLEMA FUNDAMENTALDA ECONOMIA

Segundo Rossetti (1997), o problemafundamental da economia está relacionado aoconflito entre os recursos limitados e necessi-dades ilimitáveis. Em outras palavras, o pro-blema fundamental da economia se refere àescassez dos recursos de produção.

Quando não se tem abundância relativados recursos de produção, as necessidades nãosão completamente satisfeitas. Se todos os bensfossem livres, a disponibilidade ilimitada derecursos seria de tal ordem que a obtenção dequaisquer bens não seria problema. Daí, não

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se necessitaria da ciência econômica, pois nãohaveria problemas a resolver. Não haveria con-flitos de interesses.

Mas, são raros os bens que ainda são li-vres e que não temos que pagar para adquiri-los. (água da chuva, por exemplo).

Até mesmo o ar que respiramos, que ain-da é livre, vai, pouco a pouco, se transforman-do em bem econômico. Daí surge a necessi-dade da economia, para que se possa usufruir,da melhor maneira possível, desses recursos.

Como nenhum sistema econômico foicapaz de satisfazer, plenamente, a todas as ne-cessidades dos indivíduos (em termos de bense serviços), temos então a importância da eco-nomia, para ajudar a alocar recursos escassospara atender as necessidades ilimitadas.

Em todos os países, as unidades familia-res exigem mais e melhores produtos. As em-presas para produzi-los exigem equipamen-tos de mais alta sofisticação, mais ágeis e maisprodutivos. Os governos, para garantir a satis-fação das necessidades dos outros agentes, têmde fornecer mais infraestrutura econômica esocial, melhores bens e serviços públicos. To-dos necessitam da economia para auxiliá-los.

1.3 – QUATRO PERGUNTASFUNDAMENTAIS

Existem questões que acontecem emtodas as economias, independente do grau dedesenvolvimento que possuem.

A primeira questão diz respeito ao queproduzir. O que produzir com os recursos quesão escassos para atender as necessidades ili-mitadas da sociedade. Várias podem ser as al-ternativas de produção, dentre elas o que pro-duzir para usufruir e gastar da melhor maneirapossível os recursos que são limitados.

Quanto produzir se refere à segundaquestão. Quanto produzir de determinado pro-duto ou produtos para atender as necessida-des da sociedade, para a sustentação do seubem-estar corrente e para a progressiva me-lhoria do seu padrão de vida.

A terceira questão é como produzir.Como produzir para otimizar os recursos deprodução (terra, capital, trabalho, capacidadetecnológica e capacidade empresarial) face àsua escassez.

A última pergunta fundamental diz res-peito a para quem produzir. Para quem vaiser direcionado o produto/serviço. Tal ques-tionamento é importante para que se produzao necessário para atender as necessidades dasociedade.

As respostas a essas perguntas são ex-tremamente relevantes para resolver os pro-blemas econômicos que afetam as sociedadescomo um todo.

Várias são as possibilidades de se pro-duzir bens/serviços, com a disponibilidade li-mitada de recursos, para atendê-las. Neste sen-tido, essas possibilidades de produção podemser destinadas a uma variedade de combina-ções de diferentes categorias de bens e servi-ços que podem ser destinados à sociedade.

a) Para melhor apreender o que você leu nostópicos acima, escreva a seguir o conceito usualde economia.___________________________________________________________________________________________________________________________

b) Com suas palavras, releia o texto pertinentee defina o que está caracterizado com sendo oproblema fundamental da economia.___________________________________________________________________________________________________________________________

c) Quais são as quatro perguntas fundamentaisde quem inicia o estudo da economia?__________________________________________________________________________________

TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

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1.4 – A CURVA DE POSSIBILIDADEDE PRODUÇÃO

A curva de possibilidade de produçãoretrata as alternativas para a utilização dos re-cursos, quando se compara a produção de doisou mais produtos.

Neste caso, os recursos não são suficien-tes para produzir toda a quantidade de todosos produtos para atender a sociedade, pois osmesmos são escassos. Daí a escolha de alterna-tivas entre o que se produzir de um e de outroproduto para atender as necessidades da po-pulação.

Unidades Familiares, Empresas e Gover-no, como agentes econômicos que interagem,participam direta ou indiretamente de todas astransações que realizam dentro do sistemaeconômico. Eles podem ser consumidores e/ou produtores dos bens/serviços que sãodestinados a eles próprios enquanto agenteseconômicos.

Unidades familiares são todos os tiposde unidades domésticas, unipessoais ou famili-ares, com ou sem laços de parentesco, segun-do as quais a sociedade como um todo se en-contra segmentada.

As unidades familiares possuem e forne-cem os recursos de produção (na forma de tra-balho). Devido a isso, elas se apropriam dediferentes categorias de rendas (que podem sersalários, aluguéis, juros, etc.), e a partir daí de-cidem como, quando e onde e em quê as ren-das recebidas serão despendidas.

As empresas são os agentes econômicosque empregam e combinam os recursos deprodução para a geração dos bens e serviçosque atenderão às necessidades de consumo ede acumulação da sociedade. Essas empresassão heterogêneas, ou seja, são de diversos ti-pos e produzem diferentes produtos.

O governo é o agente coletivo que con-trata diretamente o trabalho das unidades fa-miliares e que adquire uma parcela da produ-ção das empresas para proporcionar bens eserviços úteis à sociedade, como um todo.

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade I

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Esses agentes - unidades familiares, em-presas e governo - fazem parte do processoprodutivo em que se tem que escolher entrealternativas diferentes, devido à escassez derecursos.

Todos os agentes econômicos, conside-rados isoladamente ou em conjunto, defron-tam com essa restrição econômica.

As unidades familiares podem ter aspi-rações ilimitadas, mas defrontam com a amar-ga realidade dos recursos escassos, definidospor orçamentos restritos proveniente de sualimitação de renda.

Normalmente, alguma coisa é sacrifica-da em favor de outra. As prioridades decidi-das, não importam quais sejam, traduzem sem-pre custos de oportunidade. Custos de se pro-duzir um bem em detrimento do sacrifício deoutro. Em outras palavras, refere-se ao custode se deixar de produzir um bem em detrimen-to de outro.

1.5 – OS FATORES DE PRODUÇÃO

Os fatores de produção representam osrecursos disponíveis que, combinados, são di-recionados para a produção de bens e/ou ser-viços para o atendimento das necessidades dapopulação. São considerados fatores de pro-dução:

• a terra;• o trabalho;• o capital;• a capacidade Tecnológica;• a capacidade Empresarial.

a) Fator terra

O Fator terra constitui a base sobre a qualse exercem as atividades dos demais recursosde produção. As reservas naturais, renováveisou não, encontram-se na base de todo oprocesso de produção.

As dádivas da natureza, aproveitadaspelo homem em seus estados naturais ou en-

tão transformadas, são direcionadas para asoutras atividades de produção.

É a partir da interação com os demaisfatores de produção que se viabiliza o efetivoaproveitamento da terra. A consciência socialsobre sua preservação e reposição é muitoimportante, no intuito de que se tenha um me-lhor aproveitamento.

b) Fator trabalho

A população de um País é constituídapor pessoas de diferentes idades, de várias fai-xas etárias. A partir de determinada faixa etá-ria, as pessoas começam a produzir, a renderbens e serviços para si e para a família. Elasdesenvolvem, então, algum tipo de trabalhoque passa a ser um fator de economia.

O Fator trabalho é, portanto, consti-tuído por uma parcela da população que con-tribui para o processo de produção. Essaparcela é denominada população economicamenteativa.

Essa parte da população total, conside-rada produtiva, é definida por faixas etárias.

Os limites da faixa etária consideradaeconomicamente ativa variam em função dedois fatores relevantes:

• estágio de desenvolvimento daeconomia;

• conjunto de definições institucio-nais, geralmente expresso através dalegislação social e previdenciária.

Em todos os países, uma parcela da po-pulação economicamente ativa, embora apta,fica à margem do processo produtivo. É aporção economicamente inativa. São, quasesempre, os desempregados.

c) Fator capital

Fator capital é o conjunto das riquezasacumuladas pela sociedade. Com o empregodessas riquezas é que a população ativa se equi-

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pa para o exercício das atividades de produ-ção. Esse conjunto de riquezas dá suporte àsoperações produtivas realizadas por parte dasociedade.

O fator capital é constituído pelas dife-rentes categorias de riqueza acumulada empre-gadas na geração de novas riquezas.

Essas categorias são, também, chamadasde bens de investimento, tais como: máquinas,equipamentos, instrumentos e ferramentas,energia, telecomunicações, transportes, educa-ção e cultura, saúde e saneamento, segurança,construções e edificações (prédios), plantações,etc. Referem-se às riquezas utilizadas pelasempresas para efetuar a produção. Represen-tam os ativos das empresas, o seu patrimônio.Caracterizam-se por aumentar a eficiência dotrabalho humano, para a produção de bens eserviços.

Em economia, entende-se como ple-no emprego dos recursos de produção (ter-ra, capital e trabalho) quando toda a popu-lação está empregada; não há desempregovoluntário.

d) Fator capacidade tecnológica

O fator capacidade tecnológica é cons-tituído pelo conjunto de conhecimentos e ha-bilidades que dão sustentação ao processode produção. Essa capacidade envolve des-de os conhecimentos acumulados sobre asfontes de energia empregadas, passando pe-las formas de extração de reservas naturais,pelo seu processamento, transformação ereciclagem, até chegar à configuração e aodesempenho dos produtos finais resultantes.É o elo de ligação entre o capital, a força detrabalho e o fator terra.

e) Fator capacidade empresarial

É através da capacidade empresarial queos recursos disponíveis são reunidos, organi-zados e acionados para o exercício de ativida-des produtivas.

O processo de produção, em seus fun-damentos, acontece com a mobilizaçãocombinada dos fatores terra, trabalho e ca-pital, sob determinado padrão tecnológi-co. E o fator mobilizador é a capacidadeempresarial.

1.6 – O SISTEMA ECONÔMICO

Sistema econômico é a forma política,social e econômica pela qual está organizadauma sociedade. É um sistema que organiza aprodução, a distribuição e o consumo de bense serviços destinados à população.

Fazem parte do sistema econômico:

• estoque de fatores de produção (terra,capital, trabalho, capacidadetecnológica e capacidade empresarial),

• os agentes econômicos (unidades fami-liares, empresas e governo) e um con-junto de instituições (normas jurídicas).

O estoque dos fatores de produção cons-titui a base da atividade econômica.

Nenhum sistema econômico é possívelsem que um conjunto de normas jurídicas dis-cipline os deveres e as obrigações dos deten-tores dos recursos e das unidades que os em-pregarão. Daí o surgimento das complexasinstituições.

Os sistemas econômicos podem ser clas-sificados em:

a) Sistema capitalista de produção – é o sis-tema regido pelas leis de mercado,onde predominam a livre iniciativa ea propriedade privada dos fatores deprodução;

b) Sistema socialista – é o sistema no qualas questões econômicas fundamentaissão resolvidas por um órgão central deplanejamento, predominando a propri-edade pública dos bens de produção.

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade I

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a) Em poucas palavras escreva o que são Agen-tes Econômicos.________________________________________________________________________________

b) Os fatores de produção, base da economia,são:________________________________________________________________________________

c) Como podem ser classificados os sistemaseconômicos?________________________________________________________________________________

2. TEORIA ELEMENTAR DADEMANDA

Demanda, em Economia, significa a pro-cura por qualquer bem ou serviço, por deter-minado preço e em determinado momento.

O estudo da demanda está alicerçado noconceito de utilidade.

Utilidade é a qualidade que os bens eco-nômicos possuem de satisfazer as necessidadeshumanas. Esta utilidade difere de consumidorpara consumidor, uma vez que está baseada emaspectos psicológicos ou a preferências.

Como esta utilidade visa satisfazer neces-sidades humanas, ela tem que apresentar algumvalor. Utilidade é um conceito subjetivo, poisconsidera que o valor nasce da relação homemcom os bens e/ou serviços.

A demanda/procura pode ser definidacomo a quantidade de um determinado bemou serviço que os consumidores desejam ad-quirir em determinado período de tempo a umdeterminado preço, mantidas constantes todasas outras variáveis (ceteris paribus).

As outras variáveis que influenciam a es-colha (demanda) do consumidor são:

• o preço do bem ou serviço;• o preço dos outros bens;• a renda do consumidor;• o gosto ou preferência do indivíduo.

Então, quando o preço de uma merca-doria aumenta, tudo o mais permanecendoconstante, o consumidor perde o que chama-mos de poder de compra.

Dentro do estudo da demanda, temos achamada Lei Geral da Demanda, que mostraque há uma relação inversamente proporcio-nal entre a quantidade demandada e o preçodo bem, ceteris paribus. Esta relação pode servista pela Curva de Demanda.

2.1 – CURVA DE DEMANDA

A curva de demanda revela as preferên-cias dos consumidores, sob a hipótese de que

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estão maximizando sua utilidade, ou seja, es-tão dando o mais alto grau de satisfação noconsumo daquele produto.

No exemplo da curva abaixo podemosverificar que para cada nível de preços as pes-soas estão dispostas a adquirir determinadasquantidades de bens, onde quanto menor opreço mais produtos elas estarão dispostas aadquirir. A curva de demanda inclina-se decima para baixo, no sentido da esquerda paraa direita, tendo uma inclinação negativa, devi-do a inversibilidade da relação preço e quanti-dade demandada.

Outras variáveis podem influenciar a de-manda como:

• a renda dos consumidores;• os preços dos outros bens e serviços;• os hábitos e preferências dos consumi-

dores;• os gastos com propaganda e publici-

dade, etc.

Em teoria da demanda, o preço é umconceito de extrema importância. O preço ex-pressa o valor de troca entre as mercadorias.É sua expressão monetária de valor, que é uti-lizado para calcular o valor das mercadorias.

A parte da economia que estuda a forma-ção de preços é dita microeconomia. Tal teoriatrata além da formação de preços, da fixação depreços mínimos por parte do governo, dos efei-tos dos impostos sobre mercados específicos esobre os custos de produção, dentre outros.

2.2 – BENS ECONÔMICOS

Em Economia, BEM significa tudo aqui-lo que serve de elemento a uma empresa ouentidade para a formação do patrimônio em-pregado para desempenhar a atividade produ-tiva, útil para a produção direta ou indireta deseu lucro. É tudo aquilo que tem utilidade ma-terial, prática e valor financeiro.

Em Economia, os bens são classificadoscomo:

• de Capital;• de Consumo – durável e não durável;• Intermediário;• Substituto;• Complementar;

Bens de capital são os bens que servempara produzir outros bens, como por exem-plo, uma máquina de costura, ou seja, máqui-nas e equipamentos que são utilizados para fa-bricar outros bens.

Bens de consumo são aqueles que aten-dem, diretamente, à demanda. Eles são desti-nados ao consumo final dos consumidores.

Existem dois tipos de bens de consumo:

• duráveis, por exemplo: televisor, gela-deira, aparelho de som, carro,liquidificador, pois são bens que nãopossuem consumo imediato;

• não duráveis, são bens destinados aoconsumo final e são consumidos imedi-atamente pelos consumidores, por exem-plo: alimentos, produtos de higiene elimpeza, etc.

Bens intermediários são os utilizadospara produzir outros bens, mas diferem dosbens de capital, porque são consumidos du-rante o processo produtivo. Por exemplo, otecido que é utilizado para produzir a camisa.No final do processo não existe mais tecido,

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade I

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mas sim camisa, enquanto a máquina de cos-tura continua como tal, sendo utilizada paraproduzir outros bens.

Bens substitutos são bens que interfe-rem na demanda de um produto por parte doconsumidor. Assim, quanto mais substitutoshouver para um bem e/ou serviço, mais op-ções o consumidor terá à sua disposição paradecidir sobre a sua demanda. Neste caso, pe-quenas variações em seu preço, para cima, porexemplo, farão com que o consumidor passe aadquirir mais de seu produto substituto, pro-vocando queda em sua demanda maior do quea variação do preço.

Por exemplo, o consumidor tem sua de-manda por uma certa quantidade de tomate,que possui vários substitutos (repolho, cenou-ra, vagem, pepino, abóbora, etc.). Neste caso,qualquer variação de preço do tomate, pormenor que seja, leva o consumidor a trocaruma certa quantidade (ou toda ela) de tomatepor quantidades de produtos substitutos.

Bens complementares são bens que ten-dem a influenciar a demanda de outros bens.São denominados bens complementares por-que um está relacionado ao consumo do ou-tro. Como por exemplo, o pão e a manteiga.Neste caso, quando o preço do pão subir istoocasionará uma queda na demanda do própriopão e, consequentemente, na demanda da pró-pria manteiga, que o consumidor utiliza parapassar no pão.

a) Pesquise no “glossário”, no texto da aposti-la e em dicionário econômico e defina o quevem a ser demanda.______________________________________________________________________________

b) Após sua pesquisa, responda quais as prin-cipais variáveis que influenciam a demanda.______________________________________________________________________________

c) Tente descrever, com suas palavras, o que é“ceteris paribus” .______________________________________________________________________________

d) Para sedimentar o aprendizado, descrevao que é e como se classificam os benseconômicos.______________________________________________________________________________

TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

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3. TEORIA ELEMENTAR DAPRODUÇÃO

A Teoria da Produção pode ser concei-tuada pelo processo de transformação dos fa-tores adquiridos pela empresa (terra, capital,trabalho, capacidade tecnológica e capacidadeempresarial) em produtos ou serviços, para avenda no mercado. (Vasconcellos - 2000).

No processo de produção, diferentes in-sumos ou fatores de produção são combina-dos de forma a produzir um bem final.

Insumos significa cada um dos elemen-tos necessários para produzir mercadorias ouserviços. Ex.: matéria prima, horas de serviço,equipamentos.

As formas como os insumos são combi-nados constituem os chamados métodos ouprocessos de produção.

A escolha do método ou processo deprodução depende de sua eficiência.

Um método de produção é, tecnicamente,eficiente quando comparado com outros méto-dos, utiliza menor quantidade de insumos paraproduzir uma quantidade equivalente do produ-to. Um método de produção é economicamenteeficiente quando está associado ao método maisbarato relativamente a outros métodos.

3.1 – A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO

A produção de alguma coisa requer umacerta quantidade física dos fatores de produ-ção, numa determinada quantidade de tempo.

Dessas quantidades empregadas vai re-sultar a obtenção de determinada quantidadefísica do produto pretendido. O resultado ob-tido surge, portanto, em função das quanti-dades de fatores e de tempo despendido.

Em síntese, a função de produção é arelação que mostra a quantidade física obtidado produto a partir da quantidade física utili-zada dos fatores de produção num determina-do período de tempo.

A função de produção admite sempreque o empresário esteja utilizando a maneira

mais eficiente de combinar os fatores e,consequentemente, obter a maior quantidadeproduzida do produto. Podemos representara função de produção da seguinte maneira:

Q = f(x1,x

2,x

3, ... , x

n)

Onde:Q é a quantidade produzida do bem ou servi-ço, num determinado período de tempo;

x1,x

2,x

3, ... , x

n identificam as quantidades

utilizadas de diversos fatores de produção; e

f indica que Q depende da quantidade de insu-mos utilizados.

3.2 – CUSTO DE PRODUÇÃO,RECEITA E LUCRO

O objetivo básico de uma empresa é amaximização de seus resultados, de seu lucroquando da realização de sua atividade produ-tiva, da combinação dos fatores de produção.Assim sendo, o empresário procura sempreobter a máxima produção possível em face dautilização de certa combinação de fatores.

O resultado dito ótimo para empresapoderá ser obtido quando for possível alcan-çar um dos seguintes objetivos: a) maximizar aprodução para um dado custo total ou b) minimizar ocusto total para um dado nível de produção.

Custos totais de produção são o totaldas despesas realizadas pela empresa com uti-lização da combinação mais econômica dosfatores, por meio da qual é obtida uma deter-minada quantidade do produto. Os custostotais de produção (CT) são divididos emcustos variáveis totais (CVT) e custos fixostotais (CFT):

CT = CVT + CFT

Os custos fixos totais (CFT) corres-pondem à parcela dos custos totais que nãoaumentam com o aumento da produção.

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade I

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São decorrentes dos gastos com os fatoresfixos de produção, como por exemplo, de-preciação, aluguéis, seguros, etc.

Já os custos variáveis totais (CVT),correspondem à parcela dos custos totaisque variam com o aumento da produção. Sãodespesas realizadas com a compra da maté-ria-prima, materiais secundários, mão-de-obra direta, etc.

Os custos também podem ser classifica-dos de curto ou longo prazo.

Os custos de curto prazo são caracteri-zados por serem compostos por parcelas decustos fixos e de custos variáveis.

Os custos de longo prazo são formadosunicamente por custos variáveis, pois a partirde determinado momento, os próprios custosfixos que eram fixos passam a aumentar, poisaumentou o número de máquinas para produ-zir mais mercadorias.

Os custos são ainda classificados comomédios e marginais.

Os custos médios são obtidos pela divi-são entre o custo total e a quantidade produzi-da, ou seja, representa o custo médio para seproduzir determinado produto.

O custo marginal é dado pela variaçãodo custo total em resposta a uma variação daquantidade produzida, ou seja, deseja saberquanto variará o custo se acrescer uma unida-de na produção.

As empresas têm como objetivo maiora maximização de lucros e se pode definir olucro total como a diferença entre as receitasde vendas da empresa e os seus custos totaisde produção. Ou seja:

LT = RT – CT

Onde:LT = lucro total; RT= receita total e

CT= custo total.Receita é o valor que é recebido, que é

apurado.Como receita total entende-se o valor

das vendas totais realizadas num determina-

do período de tempo. Então como receitateremos:

RT = P x Q

Onde:RT = receita total; P = preço e Q = quan-

tidade.Ou seja, receita total é igual ao preço do

bem ou serviço multiplicado por sua respecti-va quantidade vendida.

Qualquer empresa que deseje maximi-zar lucros escolherá o nível de produçãopara o qual a diferença positiva entre receitatotal e custo total seja a maior possível.

3.3 – CURVA DE OFERTA

Em Economia, oferta significa a quanti-dade de bens ou serviços que se oferece aosconsumidores.

A oferta representa as várias quantida-des que os produtores desejam oferecer ao mer-cado em determinado período de tempo. Damesma maneira que a demanda, a oferta de-pende de vários fatores:

• de seu próprio preço e dos demaispreços;

• do preço dos fatores de produção;• das preferências do empresário e• da tecnologia.

A função oferta mostra uma relação di-reta entre quantidade ofertada e nível de pre-ços, ceteris paribus. Essa representa a chama-da Lei Geral da Oferta.

A relação direta entre a quantidade ofer-tada de um bem ou serviço e seu preço deve-se ao fato de que um aumento do preço nomercado estimula as empresas, os produtoresa produzirem mais, aumentando sua receita.Podemos expressar a curva de demanda con-forme a figura da página ao lado.

TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

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A inclinação da curva de oferta é positiva-mente inclinada, uma vez que a relação entre quan-tidade ofertada e o preço é diretamente pro-porcional.

Além do preço do bem, a oferta de bemou serviço é afetada pelos custos dos fatores deprodução (matérias-primas, salários, preço daterra) e por alterações tecnológicas, ou pelo au-mento do número de empresas no mercado.

3.4 - ELASTICIDADE

Elasticidade é a relação existente entre asdiferentes quantidades de oferta e procura decertas mercadorias em função das alteraçõesverificadas em seus respectivos preços.

3.4.1 – Elasticidade em relação à demanda.A elasticidade preço da demanda é a

alteração percentual na quantidade demandadade um bem que resulta de uma alteração de umponto percentual no seu preço.

Alguns fatores que influenciam aelasticidade da demanda seriam a existência desubstitutos ao bem, a variedade de uso dessebem, o seu preço em relação ao uso global dosconsumidores e o preço do bem em relação àrenda dos consumidores.

TIPOS DE DEMANDA

a) Demanda UnitáriaQuando uma variação de 1% nos preços

de um produto corresponde a uma variaçãode 1% na quantidade demandada.

b) Demanda ElásticaQuando uma variação de 1% nos preços

de um produto corresponde a uma variaçãosuperior a 1% na quantidade demandada.

c) Demanda Inelástica ou RígidaQuando uma variação de 1% nos preços

de um produto corresponde a uma variaçãoinferior a 1% na quantidade demandada.

Os bens de primeira necessidade,indispensáveis à subsistência do consumidor,são considerados Bens de DEMANDAINELÁSTICA.Exemplo: alimentos de subsistência básica(arroz)

Os bens tidos como supérfluos, isto é,que não são indispensáveis à subsistência doconsumidor, são considerados Bens deDEMANDA ELÁSTICA. Exemplo: Bens de luxo (iates de luxo)

3.4.2 – ELASTICIDADE EM RELAÇÃOÀ OFERTA

A elasticidade preço da oferta pode serdefinida como a alteração percentual naquantidade ofertada, quando temos umavariação de 1% no preço de um bem ou serviço.

TIPOS DE OFERTA

a) Oferta UnitáriaQuando uma variação de 1% nos preços

de um produto provoca uma variação de 1%na quantidade ofertada.

b) Oferta ElásticaQuando uma variação de 1% nos preços

de um produto provoca uma variação superiora 1% na quantidade ofertada.

c) Oferta Inelástica ou RígidaQuando uma variação de 1% nos preços

de um produto provoca uma variação inferiora 1% na quantidade ofertada.

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade I

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a) Existem algumas definições sobre o que éinsumo; procure no texto que você acaba deler e transcreva a definição econômica deinsumo.

__________________________________________________________________________________

b) Raciocinando como um empresário, quan-do um método de produção é eficiente?__________________________________________________________________________________

c) Volte ao texto e escreva o que é função deprodução para a economia.__________________________________________________________________________________d) Qual o objetivo básico de uma empresa?__________________________________________________________________________________

4. O MERCADO

Na Língua Portuguesa, a palavra mercadotem diversos significados, dependendo da áreade atuação. Você mesmo utiliza alguns deles. EmEconomia, mercado pode significar o conjunto detransações comerciais entre vários países ou nointerior de um país; e pode significar, também, oconjunto de consumidores que absorvem deter-minados produtos e/ou serviços. No presentetrabalho será tratado o segundo conceito, ou seja,o que diz respeito ao meio consumidor.

4.1 – O PREÇO DE EQUILÍBRIO

A interação das curvas de demanda e ofer-ta determina o preço e a quantidade de equilíbriode um bem ou serviço em um dado mercado.

No encontro das curvas de oferta e de-manda (ponto E) teremos o preço e a quantida-de de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidadeque atendem os objetivos dos consumidores edos produtores simultaneamente.

Se a quantidade ofertada se encontrarabaixo daquela de equilíbrio “E”, teremosuma situação de escassez do produto. Have-rá uma competição entre os consumidores,pois as quantidades procuradas serão maio-res que as ofertadas. Formar-se-ão filas, o queforçará a elevação dos preços, até atingir-seo equilíbrio, quando as filas cessarão.

Se, por outro lado, a quantidade ofertadase encontrar acima do ponto de equilíbrio E, ha-verá um excesso ou excedente de produção, um

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acúmulo de estoques não programado do pro-duto, o que provocará uma competição entre osprodutores, conduzindo a uma redução dos pre-ços, até que se atinja o ponto de equilíbrio.

Quando há competição, tanto de consu-midores quanto de ofertantes, há uma tendên-cia natural no mercado para se chegar a umasituação de equilíbrio estacionário.

4.2 – CLASSIFICAÇÃO DOSMERCADOS

Há várias formas ou estruturas de mer-cado. Essas dependem, fundamentalmente, detrês características básicas:a) número de empresas que compõem esse

mercado;b) tipo de produto produzido nesse mercado; ec) se existem ou não barreiras, obstáculos para

que novas empresas entrem nesse mercado.Neste sentido podemos ter as seguintes

estruturas de mercado: Concorrência Perfeita,Monopólio, Oligopólio e Concorrência Monopolista.

a) Concorrência Perfeita – é um tipo demercado em que há um grande número de ven-dedores (empresas). Nesse caso, uma empresa,isoladamente, por ser insignificante, não afeta osníveis de oferta do mercado e, consequentemente,o preço de equilíbrio. É um mercado “atomiza-do”, pois é composto de um número expressivode empresas, como se fossem átomos.

Esse tipo de mercado possui algumascaracterísticas básicas:

• trabalha com produtos homogêneos,onde não existe diferenciação entre osprodutos ofertados pelas empresas;

• não existem barreiras para o ingressode novas empresas, ou seja, qualquerempresa pode entrar no mercadofacilmente; e

• há transparência no mercado, onde to-das as informações sobre lucros, pre-ços, etc., são conhecidas por todos osparticipantes do mercado.

Na realidade, não há o mercado, tipica-mente, de concorrência perfeita no mundo real.Possivelmente, o mercado de produtos horti-frutigranjeiros (que produz tomate, repolho,pepino, etc.) seja o exemplo mais próximo quese poderia apontar.

b) Monopólio – Apresenta condiçõesopostas às da concorrência perfeita. Nele exis-te, de um lado, um único empresário dominan-do inteiramente a oferta/produção e, de ou-tro, todos os consumidores. Não há, portanto,concorrência, nem produto substituto ou con-corrente. Nesse caso, ou os consumidores sesubmetem às condições impostas pelo vende-dor, ou deixarão de consumir o produto.

Para a existência de monopólios, geral-mente, existem barreiras que impedem a en-trada de novas empresas no mercado. Essasbarreiras podem advir das seguintes condições:

• controle de matérias-primas, onde omonopólio controla a fonte de matéria-prima para produzir o seu produto;

• patente exclusiva do produto, não per-mitindo que outras empresas produ-zam aquele produto;

• elevado volume de capital, onde a em-presa para entrar necessita de alto vo-lume de capital e tecnologia.

c) Oligopólio – é caracterizado por umpequeno número de empresas que dominam aoferta de mercado. Pode caracterizar-se comoum mercado em que há um pequeno númerode empresas ou, então, um grande número deempresas, mas poucas dominam o mercado.

No oligopólio, tanto as quantidades ofer-tadas quanto os preços são fixados entre asempresas por meio de conluios ou cartéis.

O Cartel é uma organização (formal ouinformal) de produtores dentro de um setorque determina a política de preços para todasas empresas que a ele pertencem.

No oligopólio, normalmente as empre-sas discutem suas estruturas de custos. Há umaempresa líder que, via de regra, fixa o preço,

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade I

INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 23

respeitando as estruturas de custos das demais,e há empresas satélites que seguem as regrasditadas pelas líderes. Esse é um modelo cha-mado de liderança de preços.

d) Concorrência Monopolista – é umaestrutura de mercado intermediária entre aconcorrência perfeita e o monopólio, mas quenão se confunde com o oligopólio.

Na concorrência monopolista há um nú-mero relativamente grande de empresas, comcerto poder concorrencial, porém com seg-mentos de mercados e produtos diferenciadose com margem de manobra para fixação dospreços não muito ampla, uma vez que existemprodutos substitutos no mercado.

e) Monopólio Bilateral – É quandotemos um monopolista na compra do fator deprodução e um monopolista na venda destemesmo fator. Este mercado está cada vez maisraro, pois com a abertura das exportações eimportações é muito difícil encontrar estasituação de mercado.

f) Monopsônio – É uma situação demercado na qual existe um grande número devendedores de um determinado fator deprodução e existe apenas um único compradordeste mesmo fator. A exemplo do monopóliobilateral, também é cada vez mais raro.

a) Em termos de economia, qual adefinição mais usada de mercado?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Com suas palavras tente explicar o que épreço de equilíbrio.____________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________________

c) Quais as estruturas de mercado mais conhe-cidas?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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5. CONSUMO E POUPANÇA

Em Economia, Consumo significa a uti-lização, pela população, pelos consumidores,das riquezas, materiais e artigos produzidos.

5.1 – COMPONENTES DO CONSUMO

O consumo global de um país é influen-ciado por uma série de fatores, tais como: ren-da nacional, estoque de riqueza ou patrimônio,taxa de juros de mercado, disponibilidade decrédito, expectativa sobre a renda futura, ren-tabilidade das aplicações financeiras, etc.

No entanto, estudos estatísticos mostramque as decisões de consumo da coletividadesão influenciadas fundamentalmente pela ren-da nacional disponível, ou seja, a parcela darenda que fica disponível para os consumido-res gastarem (ou pouparem).

Então:C = f(RND), ou seja, o consumo se dáem função da renda, onde:

C = Consumo agregado;RND = renda nacional disponível.

5.2 – POUPANÇA E INVESTIMENTO

A poupança é a parcela da renda nacio-nal que não é gasta em bens de consumo. Apoupança é a diferença entre a renda e o con-sumo. Em outras palavras, é o não consumopresente, em função de um consumo futuro.

Então:S = f(RND), ou seja, a poupança se dáem função da renda, onde:

S = poupança agregada;RND = renda nacional disponível.

Já o investimento (construções, máqui-nas, etc.) é o acréscimo ao estoque de capital

que leva ao crescimento da capacidade produ-tiva. A curto prazo, é visto pelo lado dos gas-tos necessários para a ampliação da capacida-de produtiva.

O investimento é a principal variável paraexplicar o crescimento da renda nacional deum país.

Em linhas gerais, pode-se dizer que o in-vestimento agregado é determinado por doisfatores:

• a taxa de rentabilidade esperada,• a taxa de juros de mercado.

A taxa de rentabilidade esperada ou taxade retorno é calculada a partir da estimativado retorno esperado pela aquisição do bem decapital (construções, máquinas, etc.).

A taxa de juros e o investimento pos-suem uma relação inversamente proporcio-nal. Se a empresa já dispõe de capital pró-prio, a taxa de juros representará quanto aempresa ganharia, se em vez de investir emsuas instalações, aplicasse no mercado finan-ceiro. Isto é o que chamamos de Custo deOportunidade do Capital.

Neste caso, um outro conceito impor-tante é o de crédito, que regulado pela taxade juros, determina o montante de investi-mentos.

Crédito pode ser definido como sendoa troca de um bem disponível no momentopela promessa de um pagamento futuro.Quando as operações de crédito na econo-mia são estimuladas, normalmente, o consu-mo das famílias aumenta.

O capital pode sofrer desgaste duran-te o processo produtivo. Para repor esse des-gaste ou mesmo substituir os equipamentos,as máquinas durante o processo produtivo,a depreciação pode ser utilizada para cobrirtais custos.

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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6. EMPREGO

6.1 – MERCADO DE TRABALHO

No mercado de trabalho temos o quechamamos de população economicamente ati-va, que são aquelas pessoas que fazem parte deuma determinada faixa etária que tem condi-ções de estar trabalhando.

Fazem parte da população economicamen-te ativa as pessoas efetivamente empregadas, re-cebendo salários e contribuindo para o aumentoda renda e do consumo da economia.

As pessoas desempregadas, também, fa-zem parte da população economicamente ati-va, embora não estejam trabalhando ou este-jam procurando emprego.

6.2 – OFERTA E DEMANDA DEEMPREGO

O mercado de trabalho é constituído pelaoferta e demanda de emprego. A oferta de empre-go é determinada pelas empresas que ao produzi-rem, ao aumentarem a produção contratam pes-soas para desempenhar determinadas atividades erecebem renda por isso. O governo também tempapel fundamental neste processo, pois, também,é um grande contratante de mão-de-obra.

O governo, além de empregador, podefuncionar como um alavancador de empregospara a população quando desenvolve políticas queinfluenciam as atividades das empresas. O gover-no pode facilitar o aumento de emprego quandoreduz tributos, oferece condições de maior cré-dito para as empresas, para que possam produzirmais, e, assim, contratar mais pessoas.

Políticas direcionadas para a melhoriadas condições de vida da população, no intui-to de melhorar a distribuição de renda, tam-bém funciona como um incentivo para a gera-ção de empregos.

6.3 – SETORES DA ECONOMIA

Conjunto de pessoas que praticamalguma atividade produtiva ou populaçãoeconomicamente ativa estão distribuídos nostrês setores da economia, esses são: setorprimário, setor secundário e setor terciário.

6.3.1 SETOR PRIMÁRIO

Esse ramo de atividade produtiva estávinculado ao desenvolvimento da agricultura,pecuária e o extrativismo (vegetal, animal emineral). Esse setor em geral produz matéria-prima para o abastecimento das indústrias

6.3.2 SETOR SECUNDÁRIO

Atua no sistema industrial enquadrandoa produção de máquinas e equipamentos,produção de bens de consumo, construção civile geração de energia. Nesse caso o setor emquestão atua no processamento da produçãodo setor primário, além de promover adistribuição dos produtos em forma deatacado.

6.3.3 SETOR TERCIÁRIO

Está diretamente ligado a prestação deserviços ( professores, advogados eprofissionais liberais etc.) e comércio em geral.No caso do terciário fica diretamente ligadoao comercio varejista.

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a) Claro que você já sabe o que é “consumo”.Quais os seus componentes?____________________________________________________________________________________

b) Em poucas palavras, defina o que vem a serpoupança.____________________________________________________________________________________

c) Como pode ser entendido o que é “investi-mento” no mercado imobiliário?____________________________________________________________________________________

d) Pesquise um pouco na apostila e relacionequais os fatores que determinam o investimen-to agregado.____________________________________________________________________________________

e) Na profissão de corretor de imóveis, muitoprovavelmente você terá que avaliar bens mó-veis e imóveis: esse bens sofrem depreciação,mas o que é mesmo depreciação?____________________________________________________________________________________

f) O mercado imobiliário movimenta grandessomas em qualquer economia. E o que é mer-cado de trabalho?____________________________________________________________________________________

g) Pense um pouco e escreva abaixo:: quais

as ações no campo econômico que o go-verno poderia adotar para melhorar o ní-vel de emprego?____________________________________________________________________________________

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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Unidade

II

Ø Conceituar Moeda, Sistema Financeiro, Inflação,Balanço de Pagamentos, Taxa de Câmbio, Globalização,

Macroeconomia;

Ø Identificar características básicas de organização do sistemafinanceiro nacional;

Ø Reconhecer a função da moeda;

Ø Estabelecer comparação entre Crescimento e desenvolvimentoEconômico;

Ø Refletir sobre as consequências da globalização;

Ø Reconhecer a importância das informações estudadas para oexercício da profissão.

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7. ECONOMIA MONETÁRIA

7.1 – A MOEDA: SUA HISTÓRIA ESUAS MODALIDADES

Em economia, moeda é o meio pelo qualsão efetuadas as transações monetárias. Essemeio varia no tempo e entre as culturas. Vaidesde a utilização de uma peça de metal cu-nhada pelo governo até as mais sofisticadasformas de transação.

Monetária são coisas, ações relativas àmoeda.

O uso da moeda nas economias em quevivemos é de tal forma generalizado que setorna difícil imaginar o funcionamento de umsistema econômico em que não existam ins-trumentos monetários.

Mas existiam grupos que não utilizavammoeda. Esses primeiros agrupamentos, emgeral nômades, sobreviveram sob padrões bas-tante simples de atividade econômica. Eramgrupos que não conheceram a moeda e, quan-do recorriam a atividades de troca, realizavamtrocas em espécie, ou seja, trocavam merca-dorias por mercadorias.

A prática de troca de mercadorias ouserviços, sem fazer uso de moeda, denomina-se escambo.

Antes da existência da moeda, o fluxode trocas de bens e serviços na economiadava-se por meio do escambo, com trocasdiretas de mercadoria por mercadoria. Noentanto, vários eram os transtornos causadospela falta da moeda, como por exemplo aquestão da divisibilidade do bem para a tro-ca por outro, ou seja, quando se tinha que di-vidir uma mercadoria para comprar uma uni-dade inteira de outra.

Assim, na medida que a economia foi sedesenvolvendo, aumentando as trocas, surgiua necessidade do aperfeiçoamento dos instru-mentos de troca.

Com a evolução da sociedade, certasmercadorias passaram a ser aceitas por todos,por suas características peculiares ou pelo pró-

prio fato de serem escassas. Por exemplo, osal, que por ser escasso, era aceito na RomaAntiga como moeda.

Em diversas épocas e locais diferentes,outros bens assumiram idêntica função. Por-tanto, a moeda mercadoria constitui a formamais primitiva de moeda na economia.

Com a evolução do comércio, os me-tais preciosos passaram a assumir a funçãode moeda por diversas razões: são limita-dos na natureza, possuem durabilidade e re-sistência, são divisíveis em peso. Os metaispreciosos tiveram o papel de moeda pormuito tempo.

Nosso atual papel-moeda teve ori-gem na moeda-papel. As pessoas de possede ouro, por questões de segurança, o guar-davam em casas especializadas, onde os ou-rives – pessoas que trabalhavam com ouroe prata – emitiam certificados de depósitosdos metais. Ao adquirir bens e serviços, aspessoas podiam então fazer os pagamentoscom esses certificados, já que, por seremtransferíveis, o novo detentor do título po-deria retirar o montante correspondente demetal junto ao ourives.

Mais tarde, com a criação dos Estadosnacionais aparece o papel-moeda. Cada Es-tado passou a emitir seu papel-moeda, sen-do este lastreado (garantido) em ouro (pa-drão ouro).

O ouro, contudo, era um metal comreservas limitadas na natureza, e como a ca-pacidade de emitir moeda estava vinculadaà quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar um obstáculo àexpansão das economias nacionais e do co-mércio internacional, ao impor um limite àoferta monetária.

Dessa forma, a partir de 1920, o padrão-ouro foi abandonado, e a emissão de moedapassou a ser livre, ou a critério das autoridadesmonetárias de cada país. Assim, a moeda pas-sou a ser aceita por força de lei, denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciá-ria (na qual se pode confiar).

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 29

Pode-se conceituar moeda como um instrumen-to ou objeto que é aceito pela coletividade paraintermediar as transações econômicas, para paga-mento dos bens, serviços e fatores de produção.Essa aceitação é garantida por Lei, ou seja, amoeda tem “curso forçado”. Representa liquidezimediata para quem a possui, pois pode ser troca-da por outras mercadorias e/ou serviços. É a únicaforma irrecusável para quitação de obrigações.

7.2 – FUNÇÕES E TIPOS DE MOEDA

As principais funções da moeda são:

• Instrumento ou meio de troca – serve paraintermediar a troca de bens, serviços efatores de produção da economia;

• Denominador comum monetário – possibilitaque sejam expressos em unidades mone-tárias os valores de todos os bens e ser-viços produzidos pelo sistema econômi-co. É um padrão de medida;

• Reserva de Valor – a moeda representa li-quidez imediata. Pode ser acumuladapara a aquisição de um bem ou serviçono futuro. Ou seja, pode ser guardadapara render valor no futuro;

• Padrão para pagamento diferido – a moedapode ser utilizada para pagamentos decontas em períodos diferentes.

Tipos de Moeda

• Moedas metálicas: são emitidas peloBanco Central, constituem pequena par-cela da oferta monetária e visam facilitaras operações de pequeno valor;

• Papel-moeda: são emitidas pelo BancoCentral e representam parcela significativada quantidade de dinheiro em poder dopúblico. Quando juntamos as moedas me-tálicas e o papel-moeda em poder do pú-blico denominamos de moeda manual.

• Moeda escritural: é representada pe-los depósitos à vista nos bancos comer-ciais.

• Moeda Fiduciária: Sua origem vem dosantigos Ourives (precursores dos bancos)que aceitavam depósitos em ouro. Noinício, os recibos dos depósitoscorrespondiam exatamente à quantidadede ouro mantida nos cofres. Mas, aoobservarem que esses recibos passavampor várias mãos antes de seremdescontados, os ourives e posteriormenteos banqueiros passaram a emitir por suaconta recibos em maior quantidade queos depósitos de ouro recebidos em seuscofres; o valor desses recibos seria“Confiança” (Fidúcia em latim) do bancoemissor.

a) Volte ao tempo das cavernas e defina o queé escambo.____________________________________________________________________________________

b) Dê uma pesquisada no texto e escreva a de-finição de “moeda mercadoria” .____________________________________________________________________________________

c) Sempre ouvimos falar de “papel-moeda”.O que vem a ser esse conceito econômico?______________________________________________________________________________________________________________________________

d) Agora que sabemos o que vem a ser papel-moeda, escreva abaixo quais as principais fun-ções da moeda.____________________________________________________________________________________

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7.3 – DEMANDA E OFERTA DEMOEDA

A criação da moeda depende da sua res-pectiva demanda e oferta por parte da popu-lação e das autoridades monetárias (governo).

Oferta de MoedaOferta de moeda é o suprimento de

moeda para atender às necessidades da coleti-vidade. Pode ser ofertada pelas autoridadesmonetárias e pelos Bancos Comerciais.

A moeda é criada pelo governo e ofer-tada pelas autoridades monetárias e pelos ban-cos comerciais (Itaú, Bradesco, Safra etc.).

A oferta de moeda pode também serchamada de meios de pagamento.

Os meios de pagamento constituem ototal de moeda à disposição do setor privado,não bancário, de liquidez imediata, ou seja, quepode ser utilizada imediatamente para efetuartransações econômicas.

A liquidez da moeda é a capacidade queela tem de ser um ativo prontamente disponí-vel e aceito para as mais diversas transações.

Os meios de pagamento em sua formatradicional são a soma da moeda em poderdas pessoas, mais os depósitos à vista nos ban-cos comerciais. Eles representam, então, “oquanto” a coletividade tem de moeda física(metálica e papel) com o público ou no cofredas empresas, somados a “o quanto” ela temem conta corrente nos bancos.

Uma das formas mais tradicionais de seaumentar rapidamente os meios de pagamen-to pode ser observada a partir da ampliaçãodos empréstimos pelos bancos comerciais aosetor privado. À medida que os bancoscomerciais têm mais recursos, eles possuem umefeito multiplicador, de dobrar, triplicar, amoeda através de empréstimos.

O conceito econômico de moeda é re-presentado apenas pela moeda que está com osetor privado não bancário, ou seja, excluem-se os próprios bancos comerciais, e a moedaque está com as autoridades monetárias.

Esse dinheiro que pertence aos bancos édenominado de encaixe monetário, que o mes-mo tem que manter junto ao Banco Central.Representa a porcentagem dos depósitos deum banco que não pode ser emprestada ouempregada em qualquer negócio, devendo fi-car como garantia ou lastro do mesmo.

Também são considerados, na defini-ção tradicional de meios de pagamento, ascadernetas de poupança e os depósitos aprazo nos bancos comerciais. Os meios depagamento também podem ser chamados deM1, ou seja, ativos ou haveres monetários.Os demais ativos financeiros, que rendemjuros, são chamados de ativos ou haveres nãomonetários. São os chamados M2, M3, M4,conforme a rapidez com que podem ter li-quidez, ou seja, podem ser transformadosem moeda.

Ocorre criação de moeda quando há umaumento do volume dos meios de pagamento.O aumento dos empréstimos ao setor privadose refere à criação de moeda.

Ocorre destruição de moeda quandoexiste redução dos meios de pagamento. Oresgate de um empréstimo no banco se refereà destruição de moeda.

Demanda de MoedaA demanda de moeda corresponde à

quantidade desta que o setor privado, não ban-cário, retém, em média, com o público, no co-fre das empresas e em depósitos à vista nosbancos comerciais.

Existem três razões pelas quais se retémmoeda, em vez de utilizá-la na compra de títu-los, imóveis, etc.

1ª) As pessoas e empresas precisam de di-nheiro para suas transações do dia-a-dia;

2ª) O público e as empresas precisam teruma certa reserva monetária para fazerface a pagamentos imprevistos ou atra-sos em recebimentos esperados (deman-da de moeda por precaução); e

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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3ª) Os investidores devem deixar uma “ces-ta” para a moeda, observando o com-portamento da rentabilidade dos váriostítulos, para fazer algum novo negócio(demanda de moeda por especulação).

As duas primeiras razões dependem di-retamente do nível de renda. Quanto maior arenda, maior a necessidade de moeda para tran-sações e por precaução. A terceira depende dataxa de juros, onde há uma relação inversa en-tre demanda de moeda por especulação e taxade juros. Quanto maior o rendimento dos títu-los, menor a quantidade de moeda que o apli-cador retém em sua carteira, já que é melhorutilizá-la na compra de ativos rentáveis.

a) No jargão da economia, o que vem a ser“meios de pagamento”?____________________________________________________________________________________

b) Releia o texto e escreva: o que é “encaixemonetário”?____________________________________________________________________________________

7.4 – A TAXA DE JUROS DEEQUILÍBRIO

A taxa de juros tem um papel estratégi-co nas decisões dos mais variados agentes eco-nômicos.

Para as empresas, as decisões quanto àcompra de máquinas, equipamentos, aumentosou diminuição de estoques, de matérias-primasou de bens finais são determinadas, não só pelonível atual, mas, também, pelas expectativasquanto aos níveis futuros das taxas de juros.

Se as expectativas quanto à trajetória dastaxas de juros se tornam pessimistas, os em-presários devem manter níveis baixos de esto-ques e mesmo de capital de giro, uma vez queo custo de manutenção desses ativos pode serextremamente caro no futuro.

Os consumidores exercem um maiorpoder de compra à medida que as taxas dejuros diminuem, e o contrário, se as taxas dejuros aumentam.

A taxa de juros tem um importante pa-pel, pois a determinação de seu patamar influ-encia o volume de consumo, notadamente, debens de consumo duráveis, por parte das fa-mílias.

A diminuição do consumo ocorre por-que as pessoas passam a preferir poupança aconsumo, e dirigem sua renda não gasta paraos bancos, com o intuito de auferirem receitasfinanceiras.

Muito se indaga sobre as diferenças en-tre as taxas de juros praticadas no mercado.Entre a taxa de juros que é determinada peloConselho Monetário Nacional e as taxas dejuros cobradas pelos bancos comerciais. A essadiferença entre taxas de juros, no sistema ban-cário, dá-se o nome de “spread”.

8. SISTEMA FINANCEIRO

Sistema Financeiro Nacional é a estrutu-ra institucional que regulamenta, supervisionae opera as intermediações financeiras, incluí-das as dos consórcios, os negócios com valo-

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res mobiliários, os seguros e a previdência com-plementar.

8.1 – COMPÕEM O SISTEMAFINANCEIRO NACIONAL:

I - Órgãos Normativos:a) Conselho Monetário Nacional (CMN);b) Conselho Nacional de Seguros Priva-

dos (CNSP);c) Conselho de Gestão da Previdência

Complementar (CGPC).

II - Entidades Supervisoras:a) Banco Central do Brasil (Bacen);b) Comissão de Valores Mobiliários

(CVM);c) Superintendência de Seguros Privados

(Susep);d) Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-

Brasil);e) Secretaria de Previdência Complemen-

tar (SPC).

III - Agentes operadores do sistema:a) Bancos comerciais ou múltiplos, cap-

tadores de depósitos à vista;b) Bancos de investimentos e demais ins-

tituições financeiras operadoras depoupanças e empréstimos;

c) Caixas Econômicas;d) Cooperativas de crédito;e) Intermediários financeiros e adminis-

tradores de recursos de terceiros;f) Bolsa de mercadorias e de futurosg) Bolsa de valores;h) Sociedades seguradoras;i) Sociedades de capitalização;j) Entidades abertas de previdência

complementar;k) Entidades fechadas de previdência

complementar (fundos de pensão).(Fontes: Constituição Federal )

No âmbito do sistema financeiro, qual-quer entidade pública tem o mesmo tratamen-

to como se privada fosse, isto é, sem privilé-gio algum, como é o caso do Banco do Brasil.A lei é igual para todas.

O Sistema financeiro dispõe de diversasmodalidades de créditos para investimentos quepodem estar ligados aos seguintes mercados:

Mercado monetário: neste são realiza-das as operações de curtíssimo prazo com afinalidade de suprir as necessidades de caixados diversos agentes econômicos, como osempréstimos para as pessoas físicas;

Mercado de crédito: neste são atendidasas necessidades de recursos de curto, médio elongo prazos, principalmente oriundas da de-manda de crédito para aquisição de bens deconsumo durável e da demanda de capital degiro das empresas. Ex.: crédito rápido, descon-to de duplicatas, etc. Também engloba os finan-ciamentos de longo prazo, como o Finame etc.As pessoas envolvidas no mercado de créditosão chamadas de credores e devedores.

Mercado de Capitais: procura suprir asexigências de recursos de médio e de longoprazos, principalmente com vistas à realizaçãode investimentos em capital. Ex.: compra e ven-da de ações, debêntures, etc.

Mercado Cambial: nele são realizadasa compra e a venda de moeda estrangeira, paraatender a diversas finalidades, como a comprade câmbio, para importação; a venda por par-te dos exportadores; e venda/compra, paraviagens de turismo.

Mercados Primários e Secundários: Osprimários são aqueles em que se realiza a pri-meira compra/venda de algum ativo recém-emitido; os secundários caracterizam-se por ne-gociarem ativos financeiros já negociados an-teriormente.

Mercados à vista, futuros e opções: Osmercados à vista negociam apenas ativos compreços à vista; os mercados futuros negociamos preços esperados de certos ativos e de mer-cadorias para determinada data futura e osmercados de opções negociam opções de com-pra/venda de determinados ativos em datafutura.

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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9. INFLAÇÃO

9.1 – A DEFINIÇÃO E MEDIDA DAINFLAÇÃO

A inflação ou instabilidade de preços édefinida como um aumento persistente e ge-neralizado no índice de preços, ou seja, sãoaumentos contínuos de preços.

As fontes de inflação diferem em funçãodas condições de cada país, em virtude de al-guns aspectos, como:

a) tipo de estrutura de mercado – se con-correncial, monopolista ou oligopolis-ta, dependendo do mercado há um con-dicionamento da capacidade dos váriossetores repassarem aumentos de custosaos preços dos produtos;

b) grau de abertura da economia ao exteri-or – quanto mais aberta a economia àcompetição externa, maior a concorrên-cia interna entre fabricantes, e menoresos preços dos produtos; e

c) estrutura das organizações trabalhistas– onde quanto maior o poder de barga-nha dos sindicatos, maior a capacidadede obter reajustes de salários acima dosíndices de produtividade e maior a pres-são sobre os preços.

9.2 – AS CONSEQUÊNCIAS DAINFLAÇÃO

As conseqüências da inflação variam coma intensidade e com a velocidade do processo dealta dos preços. Uma baixa variação de preços,dita discreta, produz efeitos econômicos assimi-láveis, em alguns casos até despercebidos pelosconsumidores. O quadro de relativo confortocomeça a alterar-se à medida que o processo dealta de preços se torna mais intenso, atingindo osfatores de produção, os produtos, as categoriasde renda e os estratos socioeconômicos.

A inflação corrói o poder de compra dosalário nominal recebido pelo trabalhador,pela população.

As inflações intensas podem produzirgraves efeitos redistributivos sobre a rendaagregada e as riquezas acumuladas. Esses efei-tos dependem da intensidade do processo edos mecanismos de defesa acionados. No li-mite, podem destruir as bases do ordenamen-to econômico, ao atingirem as funções mone-tárias ou a confiança do público em quaisquerformas de haveres financeiros (moeda, títulos,cadernetas de poupança, etc.).

Algumas das suas consequências po-dem ser:

• Destruição da moeda, com sua capaci-dade de reserva de valor e de sua utili-dade como meio de pagamento;

• Destruição da estrutura e da logicida-de do sistema de trocas;

• Desarticulação de suprimentos nas ca-deias produtivas;

• Regressão das atividades produtivas àlinha de subsistência;

• Queda vertiginosa do nível de emprego;• Ruptura do tecido social;• Ruptura político-institucional, onde o

governo perde o controle da situação.

Não há uma única teoria que seja capazde explicar todos os tipos de inflação. Elessão muitos e, geralmente, são diferenciadospor qualificativos que remetem às causas, àsmagnitudes dos processos de alta e suas ca-racterísticas visíveis. Os principais troncosteóricos que procuram explicar a inflaçãopodem ser agrupados em: inflação de de-manda, inflação de custos e inflação inercial.

9.3 – INFLAÇÃO DE DEMANDA EINFLAÇÃO DE CUSTO

Uma das principais explicações teóricasda inflação sustenta que as altas generalizadasde preços resultam de uma procura ou deman-da agregada excessiva em relação à capacida-de de oferta da economia, ou seja, refere-se ao

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excesso de demanda agregada em relação àprodução disponível de bens e serviços.

Neste caso, a procura exacerbada em-purra os preços para cima, dando origem auma espiral de alta, tanto mais intensa quan-to menor for a capacidade ociosa da econo-mia. Nesta situação, aumentos da demandaagregada de bens e serviços conduzem a ele-vações de preços.

As inflações resultantes de gastos ex-cessivos por parte dos consumidores podemoriginar-se tanto do setor real (do próprioconsumo da população), quanto no setor mo-netário da economia (onde o governoestimula o consumo colocando mais dinheirono mercado, via taxas de juros baixas e commaior crediário).

Tal fato pode resultar do receio defalta de produtos, por parte dos produtores,ou pode originar-se da inadequada conduçãoda política monetária, levando à maior ofertade moeda e à multiplicação dos meios de pa-gamento em escalas mais que proporcionaisà capacidade efetiva de geração de bens eserviços.

Neste caso, uma solução para combatereste tipo de inflação poderia ser o arrocho sa-larial, impedindo, assim, que as pessoas deman-dem bens e serviços, resultando em baixa pres-são sobre os preços ou outras medidas que im-peçam as pessoas de adquirir bens e serviços,reduzindo a pressão sobre os níveis de preços.

A inflação de custos caracateriza-se pormovimentos de alta de preços originários daexpansão dos custos dos fatores (terra, capitale trabalho) mobilizados no processamento daprodução de bens e serviços. Este tipo deinflação pode ser associado a uma inflação deoferta. O nível de demanda permanece omesmo, mas os custos de certos fatoresimportantes aumentam.

Esse tipo de inflação pode originar-se:• da expansão de tributos indiretos co-

brados pelo governo, que desencadeiaum processo de alta que seautoalimentará em espiral;

• da expansão dos custos do fator traba-lho que pode dar origem a altas gene-ralizadas;

• da ampliação das margens de lucro, ain-da que setorialmente localizadas,podendo propagar-se ao longo dacadeia de produção, elevando ospreços.Em síntese, o aumento de salários e dos

preços das matérias-primas representam umcausador da inflação de custos.

Os efeitos desse processo inflacionáriopodem influenciar no perfil da distribuição darenda, no balanço de pagamentos, nas finançaspúblicas e, até mesmo, nas expectativas dasempresas.

A inflação inercial ou inércia inflaci-onária fundamenta-se na capacidade deautopropagação da inflação e na prática gene-ralizada da indexação – na correção dos custosdos fatores e dos preços dos produtos - inde-finidamente, pelos índices da inflação passada,para que se mantenha a estrutura dos preçosrelativos e se recomponha a capacidade decompra das remunerações pagas.

A concepção da inflação inercial pres-supõe expectativas compulsivas que levam àremarcação contínua de preços, à indexação decontratos e a um tipo de convivência com oprocesso de alta aceito e praticado por todosos agentes econômicos.

Existe, ainda, a inflaçãoadministrada , onde as empresasmonopolistas ou oligopolistas aumentam seuspreços com objetivo de lucrarem mais. Nessecaso, os consumidores não têm outraalternativa senão deixar de consumir osprodutos fabricados por tais empresas se nãoquiserem pagar mais por eles.

9.4 – A INFLAÇÃO NO BRASIL Uma das características históricas da econo-mia brasileira é a tendência secular à alta dospreços. No Brasil, os períodos de variação ace-lerada dos preços têm prevalecido sobre os deinflação moderada, sobretudo nos últimos 50

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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anos. A partir da 2ª Guerra Mundial o país vi-veu épocas de inflação galopante ascendente. Ena transição dos anos 80 para 90 esteve bemperto de uma hiperinflação descontrolada.

De uma simples leitura das séries his-tóricas da inflação no Brasil, pode-se obser-var que nos últimos 50 anos acontecerampelo menos sete períodos distintos. Eles sãodefinidos pela magnitude das taxas de varia-ção da oferta monetária e dos preços e pelascausas prováveis do processo de alta e pelatipologia dos programas de estabilização.

Os períodos são:- 1946-58: Inflação de crédito e estrutural;- 1958-63: Inflação predominantemente

fiscal;- 1964-67: Aplicação de controles

ortodoxos;- 1968-79: Inflação reprimida- 1980-85: Instalação de movimentos

inerciais;- 1986-94: Fase dos choques heterodoxos;- 1994: A fundamentação e a implantação

do Real.

1946-58: Inflação de crédito e estrutural- Nesse período, aceleraram-se os processos demudança estrutural do país, tanto no setor real(industrialização) quanto no financeiro (criaçãode instituições bancárias). Com isso, o efeito mul-tiplicador da moeda escritural exerceu-se commaior impacto, ampliando o efeito inflacionáriode emissões primárias de moeda. Acentuaram-se, então, as pressões do setor real sobre o setorfinanceiro, tanto para elevação da taxa de câm-bio, quanto para abertura de novas linhas de fi-nanciamento subsidiado. O resultado desta com-binação, gradualmente, promoveu a aceleraçãoda inflação, que saiu de um patamar de 20% aoano, para 40% no final deste período.

1958-63: Inflação predominantemen-te fiscal - Durante o período, aliadas às pres-sões por crédito pelo setor privado, somaram-se as pressões fiscais devido aos constantesdéficits de caixa do governo, fazendo com que

se expandisse a oferta monetária. A este fatorde impulsão dos preços somaram-se, também,as pressões reivindicatórias da classe trabalha-dora, fazendo com que se impulsionasse, ain-da mais, o processo inflacionário.

1964-67: Aplicação de controles orto-doxos (conforme norma) - No período, o pro-cesso foi o inverso ao verificado no anterior.O governo adotou rígidos mecanismos orto-doxos de controle do surto inflacionário. De-belou o déficit fiscal. Conteve a oferta mone-tária. Reformaram-se o sistema financeiro e aestrutura tributária. Cada um dos fatores di-agnosticados como causadores do surto infla-cionário do período anterior foi objeto de con-troles rígidos. Com essas medidas, a inflaçãoanual recuou: de uma taxa entre 80 e 90% paraum novo patamar, próximo de 20%.

1968-79: Inflação reprimida – Nessadécada, as bases institucionais do período an-terior foram mobilizadas para o milagre eco-nômico. Buscou-se conciliar forte crescimentoeconômico com contenção do processo infla-cionário. As pressões internas, de origem finan-ceira, que pressionavam a procura agregadapara cima, somaram-se às pressões externas decustos, resultantes dos choques de oferta docartel do petróleo. Tal fato ocasionou uma es-piral procura-custos, passando a exercer for-tes pressões de alta na inflação. Neste período,as emissões primárias de moeda utilizadas paraconter o déficit do setor público, multiplica-das pelo sistema de intermediação bancária, cri-aram uma das principais pré-condições para aalta inflacionária dos preços.

1980-85: Instalação de movimentosinerciais – No início da década de 1980, a in-flação brasileira situou-se na faixa dos três dígi-tos, mantendo-se em torno de 100%. Já no iní-cio de 1986, caminhava para 300%. Instalou-sena economia do país um processo inercial deinflação, sob sustentação da correção monetá-ria generalizada. A inflação passada reprodu-

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zia-se no presente, animando um movimentoascendente de alta de preços. As expectativasdos agentes econômicos levaram à adoção deindexadores contratuais e às remarcações de pre-ços.

1986-94: Fase dos choques heterodoxos– Foi um período marcado pelos planos econô-micos heterodoxos, ou seja, da escolha de um con-junto de medidas de choque para conter o proces-so inflacionário. Foram vários planos: Plano Cru-zado, Plano Bresser, Plano Verão, Planos Collor Ie II, em que a inflação caía no início mas voltavacom a falta de sustentação dos planos econômi-cos.

1994: A fundamentação e a implan-tação do Real - 1994 foi o ano chave. Primeiroocorreu a desidexação da economia com a cria-ção da URV – Unidade de Referência de Valor.Depois foi implantado um novo padrão mone-tário, o Real. Neste período a inflação foi con-trolada, quando impunhou-se uma nova disci-plina emissora e a manutenção de uma rigorosalinha estratégica, dirigida para quebrar as resis-tências sociais à estabilidade. A estabilizaçãopassaria a ser vista como um valor fundamen-tal. Sistema que prevalece até os dias atuais.

A inflação pode ser medida por núme-ros-índices, que são fórmulas matemáticas queabrangem as variações dos preços dos diversosprodutos que compõem a cesta de consumoda população.

a) Pense um pouco e relacione quais as funçõesdo Sistema Financeiro Nacional.__________________________________________________________________________________

b) Quais as funções básicas do Conselho Mo-netário Nacional?__________________________________________________________________________________

c) E o Banco Central no Brasil? Cite duas desuas principais funções.__________________________________________________________________________________

d) Quais mercados estão ligados ao SistemaFinanceiro?__________________________________________________________________________________

e) No Brasil convivemos há muitos anos coma chamada inflação. Mas, em economia, comoela é definida?__________________________________________________________________________________

f) Pense e escreva o que é indexação e quais osmales de sua prática generalizada?__________________________________________________________________________________

g) O que é URV e o que representou para ocombate à inflação no Brasil?__________________________________________________________________________________

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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10. O SETOR EXTERNO

Comércio externo é o conjunto de ati-vidades mercantis (comerciais), realizadasentre países diferentes.

Muitas explicações podem ser levanta-das para explicar por que os paísescomercializam entre si. Dentre essas, destacam-se a diversificação de condições de produçãoe a possibilidade de redução de custos naprodução de determinado bem vendido paraum mercado global.

Os economistas clássicos forneceram aexplicação teórica básica para o comércio in-ternacional através do chamado Princípio dasVantagens Comparativas.

Esse princípio sugere que cada país devase especializar na produção daquela mercado-ria em que é relativamente mais eficiente (ouque tenha um custo relativamente menor). Essaserá, portanto, a mercadoria a ser exportada.

Por outro lado, esse mesmo país deveráimportar aqueles bens cuja produção implicarum custo relativamente maior (cuja produçãoé relativamente menos eficiente). Desse modo,explica-se a especialização dos países na pro-dução de bens diferentes, a partir da qual con-cretiza-se o processo de troca entre eles.

A Teoria das Vantagens Comparati-vas foi formulada por David Ricardo em 1817.A teoria desenvolvida por Ricardo fornece umaexplicação para os movimentos de mercado-rias no comércio internacional, a partir da ofer-ta ou dos custos de produção existentes nessespaíses. Logo, os países exportarão e se especi-alizarão na produção dos bens cujo custo forcomparativamente menor em relação àquelesexistentes, para os mesmos bens, nos demaispaíses exportadores.

10.1 – BALANÇO DE PAGAMENTOS

Balanço de Pagamentos é o registro esta-tístico-contábil de todas as transações econômi-cas realizadas entre os residentes do país com osresidentes dos demais países. Desse modo, estão

registrados no balanço de pagamentos, por exem-plo, todas as exportações e importações de mer-cadorias do período considerado: os fretes, osseguros, os empréstimos obtidos no exterior, ouseja, todas as transações com mercadorias, servi-ços e capitais físicos e financeiros entre o país e oresto do mundo.

O balanço de pagamentos apresenta asseguintes subdivisões:

Balança Comercial – Essa conta com-preende, basicamente, o comércio de merca-dorias.

Balanço de Serviços – Registram-se to-dos os serviços pagos e/ou recebidos pelo Bra-sil, tais como: fretes, seguros, lucros, juros, royal-ties e assistência técnica, viagens internacionais.

Transferências unilaterais – registram-se as doações financeiras ou não interpaíses.

Balanço de Transações Correntes –representa o somatório dos balanços - comer-cial, de serviços e de transferências unilaterais,resultando no saldo em conta corrente e/oubalanço de transações correntes.

Movimento de Capitais ou Balançode Capitais – Na conta de capital aparecemas transações que produzem variações no ativoe no passivo externos do país. Elascaracterizam a posição de devedora oucredora, perante o resto do mundo. Ascontrapartidas financeiras das exportações eimportações de mercadorias e serviços e astransações financeiras puras, como ações equota-parte do capital das empresas, títulos deoutros países, empréstimos em moeda,investimentos e amortizações são registradasnesta conta.10.2 – TAXA DE CÂMBIO

É a medida de conversão da moeda na-cional em moeda de outros países, em funçãodas relações econômicas que há entre eles.Pode, também, ser definida como o preço damoeda estrangeira em termos da moeda naci-onal. Assim, 1 dólar pode custar 2,90 reais.

A determinação do preço das moedasdos diferentes países pode ocorrer de doismodos:

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• institucionalmente, através da decisãodas autoridades econômicas com fixa-ção periódica das taxas (taxas fixas decâmbio);

• através do funcionamento do mercado,onde as taxas flutuam, automaticamen-te, em decorrência das pressões de ofer-ta e demanda por divisas estrangeiras,ou seja, pela quantidade de moeda es-trangeira no mercado (taxas flutuantes).

A demanda de divisas é constituída pe-los importadores, que precisam delas para pa-gar suas compras no exterior, uma vez que amoeda nacional não é aceita fora do país e pelasaída de capitais financeiros.

A oferta de divisas é realizada pelos ex-portadores, que recebem moeda estrangeiraem contrapartida de suas vendas, e pela entra-da de capitais financeiros internacionais. A taxa de câmbio está intimamenterelacionada com os preços dos produtosexportados e importados e ,consequentemente, com o resultado dabalança comercial do país. Se a taxa decâmbio se encontrar em patamares eleva-dos, estimulará as exportações, pois os ex-portadores passarão a receber mais reaispe la mesma quant idade de d iv isas,der ivadas da expor tação. Emconsequência, haverá maior oferta de di-visas.

Do lado das importações, a situaçãose inverte, pois se os preços dos produtosimportados se elevam, em moeda nacional,haverá um desestímulo às importações e,consequentemente, uma queda na demandapor divisas.

Uma taxa de câmbio sobrevalorizadasurte efeito contrário tanto nas exportaçõescomo nas importações. Há um desestímulo àsexportações e um estímulo às importações.

A moeda brasileira (o Real) pode sercomparada com várias outras moedas, porisso temos várias taxas de câmbio. Por exem-

plo, temos uma taxa de câmbio entre Real eDólar Americano; entre Real e Libra Ingle-sa; entre Real e Peso Argentino; entre Real eEuro).

10.3 – ORGANISMOSINTERNACIONAIS

Os organismos internacionais foramcriados no intuito de estabelecer regras econvenções que regulem as relaçõesmonetárias e financeiras e não criem entravesao desenvolvimento mundial. Surgiram,principalmente, em virtude das perturbaçõeseconômicas mundiais oriundas das grandesguerras mundiais.

Foram criados três principais organismoseconômicos internacionais:

Fundo Monetário Internacional –foi criado com o objetivo de evitar possí-veis instabilidades cambiais e garantir a es-tabilidade financeira, eliminando práticasdiscriminatórias e restritivas aos pagamen-tos multilaterais e de socorrer os países, aele associados, quando da ocorrência de de-sequilíbrios transitórios em seus balançosde pagamentos.

Banco Mundial – também conhe-cido como BIRD (Banco Internacional deReconstrução e Desenvolvimento), foicriado com o intuito de auxiliar a recons-trução dos países devastados pela guerra e,poster ior mente, para promover ocrescimento dos países em vias dedesenvolvimento. O Banco empresta a ta-xas reduzidas de juros a países menos de-senvolvidos, com o intuito de promoverprojetos economicamente viáveis erelevantes para o desenvolvimento dessespaíses.

Organização Mundial do Comér-cio – foi criada com o objetivo básico debuscar a redução das restrições ao comérciointernacional e a liberalização do comérciomultilateral.

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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a) No comércio externo, o que é o “Princípiodas Vantagens Comparativas”?__________________________________________________________________________________

b) Relembre o que é Balança de Pagamentos,escrevendo abaixo o que vem a ser.__________________________________________________________________________________

c) Basicamente, o que representa a BalançaComercial?__________________________________________________________________________________d) Como é estabelecida a “taxa de câmbio” noBrasil?__________________________________________________________________________________

11. CRESCIMENTO EDESENVOLVIMENTOECONÔMICO

11.1 – CRESCIMENTO EDESENVOLVIMENTO

A Teoria do Crescimento e do Desen-volvimento Econômico discute estratégias delongo prazo, isto é, quais medidas devem seradotadas para um crescimento econômico equi-librado e autosustentado.

Nessa Teoria, a oferta ou produção agre-gada desempenha um papel importante na tra-jetória de crescimento de longo prazo, o quenão se observa na análise de curto prazo.

Crescimento e desenvolvimento econô-mico são dois conceitos diferentes. Crescimentoeconômico é o crescimento contínuo da rendaper capita ao longo do tempo.

Desenvolvimento econômico é um con-ceito mais qualitativo, incluindo as alteraçõesda composição do produto e a alocação dosrecursos pelos diferentes setores da economia,de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social.

A economia pode se encontrar em dife-rentes estágios, como o de crescimento, ou deregressão/depressão econômica . Diz-se queestá em regressão/depressão quando a econo-mia está entrando em declínio no que se refereaos seus indicadores de crescimento, tanto deprodução quanto de emprego.

Normalmente, os países ricos caracteri-zam-se pelo crescimento de sua economia e daprodutividade com que são aproveitados osrecursos de produção.

11.2 – FONTES DE CRESCIMENTOECONÔMICO

O crescimento da produção e da rendadecorre de variações na quantidade e na quali-dade de dois insumos básicos: capital e mão-de-obra. Nesse sentido, as fontes de crescimen-to são as seguintes:

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a) aumento na força de trabalho (quantida-de de mão-de-obra), derivado do cresci-mento demográfico e da imigração;

b) aumento do estoque de capital ou dacapacidade produtiva;

c) melhoria na qualidade da mão-de-obra,através de programas de educação, trei-namento e especialização;

d) melhoria tecnológica que aumenta a efi-ciência na utilização do estoque de ca-pital; e

e) eficiência organizacional, ou seja, efici-ência na forma como os insumos inte-ragem.

11.3 – INDICADORES DEDESENVOLVIMENTO

A avaliação do desenvolvimento é feitade forma diferente da que é usada para avaliaro crescimento.

Para avaliação do crescimento são consi-derados, apenas, os níveis de produção e renda.

Para avaliação do desenvolvimento sãoconsiderados outros indicadores, ou seja, ou-tros elementos cuja presença ou ausência ser-ve como indicação da existência de certas con-dições ambientais.

Existem diferentes metodologias paraavaliação do desenvolvimento. A mais importanteé a utilizada pela ONU(Organização das NaçõesUnidas), conhecida como IDH (Índice de Desen-volvimento Humano).

Em Economia, “Índice” significa o quefornece os indícios, os sintomas, o sinal; o quedenota alguma coisa ou condição particular.

Para avaliação do índice de Desenvolvi-mento Humano (IDH) são considerado o PIB(Produto Interno Bruto) e os índices de em-prego e analfabetismo.

Em algumas metodologias são consi-derados outros índices para avaliar o desen-volvimento econômico de um país. Consi-deram, por exemplo, índices que avaliem nãosó o analfabetismo, mas o sistema educacio-nal, a saúde pública, os níveis de poluição,

de preservação do meio ambiente, de habi-tação, de pobreza, os níveis de emprego, etc.

Para que haja desenvolvimentoeconômico, uma condição essencial é aaplicação de novas tecnologias para que seproduza mais e possa gerar transformaçõessociais que acarretem numa melhor distribuiçãode renda.

a) Dê uma outra olhada no texto e escreva quala diferença entre crescimento e desenvolvimen-to econômico.______________________________________________________________________________________

b) O que vem a ser “depressão econômica”?______________________________________________________________________________________

c) Quais os principais insumos básicos respon-sáveis pelo crescimento da produção?______________________________________________________________________________________

d) Escreva o que significa cada uma das letrasda sigla IDH, e para que serve.______________________________________________________________________________________

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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12. POLÍTICASMACROECONÔMICAS

12.1 – DEFINIÇÕES

A Macroeconomia é o ramo da econo-mia que estuda os fatos ou eventos econômi-cos como um todo, analisando a determina-ção e o comportamento de grandes agregados,tais como: renda e produto nacionais, nívelgeral de preços, emprego e desemprego, esto-que de moeda e taxas de juros, balança de pa-gamentos e taxa de câmbio.

O governo e as grandes empresas esta-belecem, de forma sistemática, as orientações,uma série de medidas para se alcançar deter-minados fins. A essa sistematização dá-se onome de “Política”.

Na administração, não se pode perma-necer no planejamento econômico de curtoprazo e de consideração dos fatos ou eventosde forma isolada. Há que se pensar grande, deforma global, a médio e longo prazo. A essetipo de planejamento dá-se o nome de PolíticaMacroeconômica.

A Política Macroeconômica, possuifundamentos, metas, instrumentos de ação/diretrizes, cronogramas.

12.2 – METAS DE POLÍTICAMACROECONÔMICA

As metas de uma Política Macroeconô-mica são as seguintes:

a) alto nível de emprego, onde ogoverno, utilizando-se de seus instrumentos,sempre procura proporcionar mais postosde trabalhos face ao nível de empregabilida-de da economia;

b) estabilidade de preços – meta prin-cipal de todos os governos. Estabilidade depreços é fundamental para o desenvolvimentodos demais objetivos de política econômica.Sem o controle da inflação, várias podem ser

as consequências, como foi mencionado ante-riormente.

c) Distribuição de renda socialmentejusta – mesmo tendo crescimento econômicoe tendo uma economia estabilizada, pode ha-ver má distribuição de renda. O governo, viasuas políticas econômicas e sociais, visa redu-zir os desníveis de renda entre as pessoas e re-giões geográficas.

d) Crescimento econômico – é condi-ção necessária para o desenvolvimento econô-mico de qualquer país.

12.3 – INSTRUMENTOS DEPOLÍTICA MACROECONÔMICA

Os principais instrumentos para atingirtais objetivos são as políticas fiscais, monetárias,cambiais e comerciais e de rendas.

Política Fiscal – Refere-se a todos osinstrumentos de que o governo dispõe paraa arrecadação de tributos e o controle de suasdespesas.

Se o objetivo da política econômica éreduzir a taxa de inflação, as medidas fiscaisnormalmente utilizadas são a diminuição degastos públicos e/ou o aumento da carga tri-butária, o que inibe o consumo. Sãoinstrumentos que visam diminuir os gastos dacoletividade.

Se o objetivo é um maior crescimentoe emprego, os instrumentos fiscais são os mes-mos, mas em sentido inverso, para elevar ademanda agregada.

Política Monetária – Refere-se à atu-ação do governo sobre a quantidade de moe-da e títulos públicos. Os principais instrumen-tos são:

• emissões de moeda;• reservas compulsórias (percentual sobre

os depósitos que os bancos comerciaisdevem colocar à disposição do BancoCentral);

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• Open Market (compra e venda de títu-los públicos);

• Redescontos (empréstimos do BancoCentral aos bancos comerciais);

• Regulamentação sobre crédito e taxas dejuros.

Assim, por exemplo:

• se o objetivo é o controle da inflação, amedida apropriada de política mone-tária seria a diminuição do estoque mo-netário da economia (aumentando ataxa de reservas compulsórias, ou com-pra de títulos no open market);

• se a meta é o crescimento econômico,a medida a ser adotada seria o aumentodo estoque monetário.

Políticas Cambial e Comercial – Sãopolíticas que atuam sobre as variáveis relacio-nadas ao setor externo da economia. A políti-ca cambial refere-se à atuação do governo so-bre a taxa de câmbio. O governo, através doBanco Central, pode interferir no câmbio com-prando ou vendendo dólares. A política co-mercial diz respeito aos instrumentos de incen-tivos às exportações e/ou estímulos e desestí-mulos às importações.

Política de Rendas – refere-se à inter-venção direta do governo na formação de ren-da (salários, aluguéis) através de controle e con-gelamento de preços.

Normalmente, esses controles são utili-zados como instrumento de combate à infla-ção, como a fixação da política salarial, saláriomínimo.

A política de preços mínimos por partedo governo é um exemplo de política de ren-da. Com este tipo de política o governo visadar garantias de preços ao produtor, com opropósito de protegê-lo das flutuações dospreços do mercado.

a) Existem algumas maneiras de definir o queé macroeconomia. Qual é a escolhida porvocê?____________________________________________________________________________________

b) No seu entendimento, quais devem ser asprincipais metas de uma política macroeconô-mica?____________________________________________________________________________________

c) Pesquise e escreva abaixo o que é políticamonetária.____________________________________________________________________________________

ECONOMIA E MERCADOS – Unidade II

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13. GLOBALIZAÇÃOECONÔMICA

13.1 – O PROCESSO DEGLOBALIZAÇÃO

Globalização é o processo pelo qual avida social e cultural dos diversos países domundo é, cada vez mais, afetada por influênci-as internacionais em razão de imposições polí-ticas e econômicas.

Em economia diz-se que globalizaçãoé a integração, cada vez maior, das empresastransnacionais num contexto de livre-comér-cio. Isso se dá, especialmente, devido à sofisti-cada informatização e ao desenvolvimento dosmeios de comunicação e transporte.

Empresas Transnacionais são aquelasque desenvolvem atividades ou políticas co-muns a várias nações, integradas na mesmaunião política ou econômica.

Os autores que defendem o processode globalização da economia mencionamque, na tradição do pensamento liberal, ocomércio exterior sempre foi enxergadocomo um indutor da melhoria dos padrõesde consumo, na utilização mais eficiente dosrecursos e no aumento da eficiência das em-presas que enfrentam a concorrência inter-nacional.

Este tipo de argumentação defende quea prática do comércio internacional livre tam-bém contribui para uma distribuição maisequitativa da renda na medida em que corrigea remuneração dos fatores segundo suas dis-ponibilidades relativas.

O processo de globalização representauma abertura de fronteiras, um intercâmbio deinformações, mercadorias, capitais, tecnologiaentre várias nações.

Neste processo de globalização, tor-nou-se comum a organização das naçõesem blocos, abrindo, entre eles, suas fron-teiras e promovendo a abertura de novosmercados e a expansão de seus mercadosinternos.

O Mercado Comum Europeu, o Mer-cosul e o Nafta são exemplos do que denomi-namos de blocos econômicos.

13.2 – AS CONSEQÜÊNCIAS DAGLOBALIZAÇÃO

Dentro das correntes favoráveis aoprocesso de globalização, a maior parte dosteóricos considerados liberais considera esteprocesso totalmente benéfico na medida queimpulsiona a competitividade em todas asesferas do sistema econômico.

Outras posições mais críticas destacamos efeitos contrários do processo de aberturaeconômica, caracterizado, principalmente,pela exclusão social que o mesmo provoca.

Para esses autores, o processo de globa-lização gera:

• uma grande concentração dos investi-mentos estrangeiros diretos e da tec-nologia nas mãos de poucas multinaci-onais, localizadas nas nações de capita-lismo avançado;

• a perda, para a esmagadora maioria dospaíses capitalistas, de boa parte de suacapacidade de conduzir um desenvol-vimento parcialmente autocentrado eindependente;

• o desaparecimento de certa especifici-dade dos mercados nacionais.

A destruição, para muitos Estados, dapossibilidade de levar adiante políticas própri-as, não é consequência exclusiva da globaliza-ção, intervindo como processo externo, sem-pre mais coercitivo, impondo a cada país, a seuspartidários e a seus governos, uma determina-da linha de conduta.

O processo de globalização promoveu umaliberalização muito ampla do comércio exterior,mas seu efeito foi, sobretudo, para facilitar asoperações dos grupos industriais multinacionais.

A internacionalização é dominadamais pelo investimento internacional do

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que pelo comércio exterior e, portanto,molda as estruturas que predominam naprodução e no intercâmbio de bens e ser-viços.

Tal processo contribuiu consideravel-mente para restabelecer a rentabilidade dosinvestimentos, exercendo forte pressão parao rebaixamento, tanto dos salários, comodos preços de muitas matérias-primas. In-flui no comportamento do investimento, ouacentua suas características, da seguinte for-ma: forte propensão às aquisições/fusões;prioridade dos investimentos de reestrutu-ração e racionalização; e, sobretudo, fortís-sima seletividade na localização e escolhados locais de produção.

a) E a famosa globalização? O que vem a ser?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Sempre ouvimos falar de empresas multi-nacionais. Como podem ser definidas?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) E a empresa transnacional? O que é?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ECONOMIA E MERCADOS

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I - A seguir estão algumas afirmativas referen-tes à matéria que você está estudando na Dis-ciplina “Economia e Mercados”.Algumas afirmativas são verdadeiras, outrasfalsas. Marque as verdadeiras com a letra “V”e as falsas com a letra “F”. Coloque as letrasnos colchetes colocados ao lado dos números.

1. ( ) A parte da economia que estuda ocomportamento dos agregados econômicos édenominada microeconomia

2. ( ) Produto Interno Bruto pode serdefinido como a soma dos valores monetáriosdos bens e serviços finais produzidos dentrodos limites econômicos do país.

3. ( ) Investimento representa a parteda renda que não é gasta com bens e ser-viços

4. ( ) Moeda é todo objeto que serve parafacilitar as trocas de bens e serviços numa eco-nomia. Vai desde a utilização de uma peça demetal cunhada pelo governo até as mais sofis-ticadas formas de transação.

5. ( ) O processo de globalização repre-senta uma abertura de fronteiras, um intercâm-bio de informações, mercadorias, capitais, tec-nologia entre várias nações.

6. ( ) Quando há uma procura excessivasuperior à produção de bens e serviços, temosuma inflação de oferta.

7. ( ) O balanço de pagamento é o regis-tro contábil de todas as transações de um paíscom outro país.

8. ( ) Política cambial é uma política queatua sobre as variáveis relacionadas ao setorinterno da economia.

9. ( ) Os instrumentos que o governo dis-põe para a arrecadação de tributos e o contro-le de suas despesas se refere à política fiscal.

10. ( ) Alto nível de emprego, estabilidadede preços, distribuição de renda e crescimentoeconômico são metas de políticamacroeconômica.

11. ( ) São considerada fonte de crescimen-to econômico: aumento na força de trabalho,aumento do estoque de capital ou da capaci-dade produtiva, melhoria na qualidade da mão-de-obra, melhoria tecnológica e eficiênciaorganizacional.

12. ( ) Compõem o Sistema FinanceiroNacional os Órgãos Normativos (CMN,CNSP , CGPG), as Entidades Supervisoras(BACEN, CVM, SUSEP, IRB-BR, SPC), e osagentes operadores do sistema.

13. ( ) Crescimento e desenvolvimentoeconômico, em economia, significam a mes-ma coisa.

14. ( ) A Microeconomia é o ramo daeconomia que estuda os fatos ou eventoseconômicos como um todo, analisando adeterminação e o comportamento de gran-des agregados, tais como: renda e produ-to nacionais, nível geral de preços, empre-go e desemprego, estoque de moeda e ta-xas de juros, balança de pagamentos e taxade câmbio.

15. ( ) Sistema Financeiro Nacional é a es-trutura institucional que regulamenta, supervi-siona e opera as intermediações financeiras,incluídas as dos consórcios, os negócios comvalores mobiliários, os seguros e a previdênciacomplementar.

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16. ( ) São Órgãos Normativos do Siste-ma Financeiro: o Banco Central do Brasil (Ba-cen), a Comissão de Valores Mobiliários(CVM), a Superintendência de Seguros Priva-dos (Susep) , o Instituto de Resseguros do Brasil(IRB-Brasil), a Secretaria de Previdência Com-plementar (SPC).

17. ( ) A Organização Mundial do Comérciofoi criada com o objetivo de evitar possí-veis instabilidades cambiais e garantir a es-tabilidade financeira, eliminando práticasdiscriminatórias e restritivas aos pagamen-tos multilaterais e de socorrer os países, aela associados, quando da ocorrência de de-sequilíbrios transitórios em seus balançosde pagamentos.

18. ( ) Destruição da moeda, de sua capa-cidade de reserva de valor e de sua utilidadecomo meio de pagamento é uma consequênciada inflação

19. ( ) Taxa de câmbio é a medida de con-versão da moeda nacional em moeda de ou-tros países, em função das relações econômi-cas que há entre eles. Pode, também, ser defi-nida como o preço da moeda estrangeira emtermos da moeda nacional.

20. ( ) Para avaliação do índice de Desen-volvimento Humano (IDH) são consideradoso PIB (Produto Interno Bruto) e os índices deemprego e analfabetismo.

21. ( ) Os meios de pagamento constituemo total de moeda à disposição do setor priva-do, não bancário, de liquidez imediata, ou seja,que pode ser utilizada imediatamente para efe-tuar transações econômicas.

22. ( ) Fundo Monetário Internacional - FMI- foi criado com o objetivo básico de bus-car a redução das restrições ao comércio in-ternacional e a liberalização do comérciomultilateral.

23. ( ) Entre os Agentes operadores do sis-tema estão os Bancos comerciais, os Bancosde investimentos, instituições financeiras ope-radoras de poupanças e empréstimos, CaixasEconômicas, Cooperativas de crédito, Socie-dades seguradoras, Entidades fechadas de pre-vidência complementar (fundos de pensão),Bolsa de valores.

II - Assinale a alternativa correta.

1) A economia faz parte de que ciência:a) ciências sociais;b) ciências biológicas;c) ciências matemáticas;d) ciências espaciais;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

2) A partir do conceito de Rossetti de econo-mia, onde esta é a ciência que estuda as formasde comportamento humano resultantes da re-lação existente entre as ilimitadas necessidadesa satisfazer e os recursos que, embora escas-sos, se prestam a usos alternativos, podemosafirmar que economia é:

a) a ciência da escassezb) a ciência da farturac) a ciência que estuda apenas um paísd) a ciência que estuda apenas o comporta-

mento político do homeme) nenhuma das alternativas anteriores está

correta

3) As alternativas para a utilização dos recur-sos quando se compara a produção de dois oumais produtos podem ser conceituadas como:

a) curvas de demanda;b) curvas de oferta;c) curvas de possibilidade de produção;d) curvas do setor público;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

4) O que produzir, quanto produzir, comoproduzir e para quem produzir se referem a:

ECONOMIA E MERCADOS

INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 47

a) quatro recursos da economia;b) quatro perguntas fundamentais da

economia;c) quatro necessidades da economia;d) todas as alternativas anteriores estão

corretas;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

5) Unidades familiares, empresas e Governosão denominados:

a) agentes de saúde;b) agentes de educação;c) agentes econômicos;d) agentes empresariais;e) agentes públicos.

6) Em economia as famílias são classificadascomo:

a) proprietárias dos recursos de produção;b) unidades de produção;c) agentes econômicos;d) alternativas (a) e (b) estão corretas;e) alternativas (a) e (c) estão corretas.

7) O Sistema econômico de produção regidopelas leis de mercado, onde predomina a livreiniciativa e propriedade privada dos fatores deprodução, é denominado:

a) sistema socialista;b) sistema comunista;c) sistema monetarista;d) sistema capitalista;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

8) Qual o significado da hipótese Ceteris Pari-bus?

a) mantidas todas as condições crescentes;b) mantidas todas as condições

decrescentes;c) mantidas todas as condições constantes;d) mantidas todas as condições crescentes

num período e decrescentes em outro;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

9) Entende-se por função de produção:a) a relação que mostra a quantidade física

obtida do produto a partir da quantidadefísica utilizada dos fatores de produçãonum determinado período de tempo;

b) a relação que mostra a quantidade mo-netária obtida do produto a partir daquantidade física utilizada dos fatoresde produção num determinado perío-do de tempo;

c) a relação que mostra a quantidade físicae monetária obtida do produto a partirda quantidade física utilizada dos fato-res de produção num determinado pe-ríodo de tempo;

d) A opção a e c estão corretas;e) nenhuma das alternativas anteriores

está correta.

10) Os custos de longo prazo são caracteriza-dos por:

a) por serem compostos por parcelas decustos fixos e de custos variáveis;

b) por se caracterizarem apenas por custosfixos;

c) por se caracterizarem apenas por custosvariáveis;

d) as alternativas (b) e (c) estão corretas;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

11) O equilíbrio de mercado de um bem ou deum serviço é determinado:

a) pela oferta de mercado;b) pela renda dos consumidores;c) pela demanda de mercado;d) pelos governos;e) pela intersecção da curva de oferta com

a de demanda desse produto.

12) Monopólio:a) significa o mesmo que concorrência

internacional;b) compreende uma situação em que o nú-

mero de firmas no mercado é grande,mas os produtos não são homogêneos;

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c) corresponde a uma situação em que umafirma domina o mercado;

d) significa concorrência perfeita, que seacha próxima do monopólio;

e) significa transparência de mercado.

13) A parte da economia que estuda o com-portamento dos agregados econômicos é de-nominada:

a) macroeconomia;b) microeconomia;c) política monetária;d) ceteris paribus;e) nenhuma das alternativas anteriores

está correta.

14) Produto Interno Bruto pode ser definidocomo:

a) a renda pessoal menos os impostos di-retos pagos;

b) também conhecido como renda nacio-nal líquida;

c) a soma dos valores não monetários daeconomia;

d) a soma dos valores monetários dosbens e serviços finais produzidos den-tro dos limites econômicos do país;

e) nenhuma das alternativas anteriores estácorreta.

15) Sobre o Investimento é incorreto afirmar:a) é o acréscimo ao estoque de capital que leva

ao crescimento da capacidade produtiva;b) é uma das principais variáveis para ex-

plicar o crescimento da renda nacionalde um país;

c) representa a parte da renda que não égasta com bens e serviços;

d) a curto prazo, é visto pelo lado dos gas-tos necessários para a ampliação da ca-pacidade produtiva;

e) todas as alternativas anteriores estãocorretas.

16) A respeito de moeda escritural é incorretoafirmar:

a) é criada pelo sistema bancário;b) é representada pelo cheque, nota pro-

missória, cartão de crédito;c) é também conhecida por moedas

bancárias;d) é constituída pelos depósitos nos ban-

cos comerciais e demais instituiçõesfinanceiras;

e) nenhuma das alternativas anteriores estácorreta.

17) Assinale a afirmativa correta:a) moeda é todo objeto que serve para fa-

cilitar as trocas de bens e serviços numaeconomia;

b) cheque é uma moeda metálica;c) a moeda não tem a função de servir

como meio de troca na economia;d) a moeda manual é emitida pelas empresas;e) a moeda metálica é representada pelos

títulos públicos.

18) Inflação de demanda acontece quando:a) a demanda agregada da economia é in-

ferior à produção;b) a demanda agregada da economia é igual

à produção;c) a demanda agregada da economia é su-

perior à produção;d) a demanda agregada é igual aos custos

de produção;e) a demanda elástica da economia supera

os custos de produção.

19) O balanço de pagamento é o registro:a) financeiro das transações com o exterior;b) contábil de todas as transações de um

país com outro país;c) patrimonial de todas as transações de um

país com outro país;d) é o registro físico de toda a economia;e) é o registro financeiro das exportações.

20) O ICMS pode ser considerado:a) um imposto direto;b) uma contribuição de melhoria;

ECONOMIA E MERCADOS

INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 49

c) um imposto indireto;d) um gasto do governo;e) uma taxa cobrada pela produção de

veículos.

21) Não representa instrumentos de políticamonetária:

a) reservas compulsórias;b) open market;c) redescontos;d) regulamentação sobre crédito e taxas de

juros;e) controle das taxas cambiais.

22) Política cambial é uma política que atuasobre as variáveis relacionadas:

a) ao setor externo da economia;b) ao setor interno da economia;c) ao setor primário da economia;d) ao setor secundário da economia;e) ao setor terciário da economia.

23) Os instrumentos de que o governo dispõepara a arrecadação de tributos e o controle desuas despesas se refere a:

a) política monetária;b) política cambial;c) política de Rendas;d) política fiscal;e) política comercial.

24) Alto nível de emprego, estabilidade de pre-ços, distribuição de renda e crescimento eco-nômico são:

a) metas de política microeconômica;b) metas de política macroeconômica;c) metas de política partidária;d) metas de política internacional;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

25) É considerado (considerda) fonte decrescimento econômico:

a) aumento na força de trabalho;b) aumento do estoque de capital, ou da

capacidade produtiva;

c) melhoria na qualidade da mão-de-obra;d) melhoria tecnológica e eficiência

organizacional;e) todas as alternativas anteriores estão

corretas.

26) Quando há uma procura excessiva superi-or à produção de bens e serviços, temos:

a) uma inflação de oferta;b) uma inflação de demanda;c) uma inflação inercial;d) uma inflação de recursos;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

27) Destruição da moeda, de sua capacidadede reserva de valor e de sua utilidade comomeio de pagamento é uma consequência:

a) da moeda;b) da inflação;c) do crescimento econômico;d) do setor externo;e) nenhuma das alternativas anteriores está

correta.

28) O mercado onde são realizadas asoperações de curtíssimo prazo com a finalidadede suprir as necessidades de caixa dos diversosagentes econômicos, como os empréstimospara as pessoas físicas, é denominado:

a) mercado cambial;b) mercado de capitais;c) mercado monetário;d) mercado primário e secundário;e) mercado à vista;

III - A seguir estão algumas afirmativas refe-rentes à matéria que você está estudando naDisciplina “Economia e Mercados”.Algumas afirmativas são verdadeiras, outrasfalsas. Marque as verdadeiras com a letra “V”e as falsas com a letra “F”. Coloque as letrasnos colchetes colocados ao lado dos números.

1. ( ) A Economia faz parte das ciênciasexatas.

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2. ( ) A partir do conceito de Rossetti, po-demos afirmar que Economia é a ciência dafartura.

3. ( ) “ O que produzir”, “quanto produ-zir”, “como produzir” e “para quem produ-zir” se referem a quatro perguntas fundamen-tais da economia.

4. ( ) Unidades familiares, empresas egoverno são denominados agentes econô-micos.

5. ( ) Em economia, as famílias são clas-sificadas como unidades de produção.

6. ( ) O Sistema econômico de produçãoregido pelas leis de mercado, onde predomi-na a livre iniciativa e a propriedade privadados fatores de produção, é denominadosistema socialista.

7. ( ) Entende-se por função de pro-dução a relação que mostra a quantidadefísica e monetária obtida do produto apartir da quantidade física utilizada dosfatores de produção num determinadoperíodo de tempo.

8. ( ) Os custos de longo prazo são carac-terizados apenas por custos fixos.

9. ( ) Monopólio corresponde a uma si-tuação em que uma firma domina o mercado.

10. ( ) Em Economia, os bens são classifi-cados como: de Capital, de Consumo – durá-vel e não durável, Intermediário, Substituto eComplementar.

11. ( ) O mercado de trabalho possuiuma parcela da população chamada de “eco-nomicamente ativa”, que são aquelas pesso-as que fazem parte de uma determinada fai-xa etária que têm condições de estar traba-lhando.

12. ( ) As pessoas desempregadas e as su-bempregadas não fazem parte da populaçãoeconomicamente ativa.

13. ( ) Bens de capital são os bens que ser-vem para produzir outros bens, como porexemplo, uma máquina de costura, ou seja,máquinas e equipamentos que são utilizadospara fabricar outros bens.

14. ( ) Um método de produção é, tecni-camente, eficiente quando comparado comoutros métodos, utiliza menor quantidade deinsumos para produzir uma quantidade equi-valente do produto.

15. ( ) Custos totais de produção são o to-tal das despesas realizadas pela empresa comutilização da combinação mais econômica dosfatores, por meio da qual é obtida uma deter-minada quantidade do produto.

16. ( ) Os custos de uma empresa podemser classificados de curto ou longo prazo.

17. ( ) Receita total é o valor das vendastotais, realizadas num determinado período detempo.

18. ( ) Em Economia, oferta significa aquantidade de bens ou serviços que se ofereceaos consumidores.

19. ( ) Da mesma maneira que a demanda,a oferta depende de vários fatores, tais como:de seu próprio preço e dos demais preços, dopreço dos fatores de produção, das preferên-cias do empresário e da tecnologia.

20. ( ) Em Economia, Consumo significa autilização, pela população, pelos consumidores,das riquezas materiais e artigos produzidos.

21. ( ) O consumo global de um país nãotem relação com a renda nacional, o estoquede riqueza ou patrimônio, com taxa de juros

ECONOMIA E MERCADOS

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de mercado, nem com a disponibilidade decrédito.

22. ( ) A poupança é a parcela da rendanacional que não é gasta em bens de consumo.A poupança é a diferença entre a renda e oconsumo. É o não consumo presente, em fun-ção de um consumo futuro.

23. ( ) Crédito é a troca de um bemdisponível,no momento, por outro seme-lhante.24. ( ) O mercado de trabalho é constituí-do pela oferta e demanda de emprego. A ofer-ta de emprego é determinada pelas empresasque, ao produzirem, ao aumentarem aprodução, contratam pessoas paradesempenhar determinadas atividades erecebem renda por isso.

25. ( ) O governo pode facilitar o aumen-to de emprego quando reduz tributos, oferececondições de maior crédito para as empresas,para que possam produzir mais, e, assim, con-tratar mais pessoas.

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ECONOMIA E MERCADOS

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GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO

Agentes econômicos: são as empresas, as unidades familiares e o governo.

Balança comercial: conta de um país que compreende, basicamente, ocomércio de mercadorias.

Balanço de pagamentos: é o registro estatístico-contábil de todas astransações econômicas realizadas entre os residentes do país com os residentesdos demais países.

Banco Mundial: também conhecido como BIRD (Banco Interamericanode Reconstrução e Desenvolvimento), foi criado com o intuito de auxiliar areconstrução dos países devastados pela guerra e, posteriormente, parafinanciar projetos economicamente viáveis e relevantes para odesenvolvimento desses países.

Bem: significa tudo aquilo que serve de elemento a uma empresa ou entidade,para a formação do patrimônio empregado para o desempenho de suaatividade produtiva, útil para a produção direta e indireta do seu lucro.

Bens complementares: aqueles que tendem a influenciar a demanda deoutros bens. Ex.: o pão.Bens de consumo: aqueles que atendem, diretamente, à demanda. Podemser duráveis (TV, geladeiras), ou não duráveis (alimentos, produtos de higiene).

Bens de capital: são os bens que servem para produzir outros bens.

Bens intermediários: aqueles utilizados para produzir outros bens, sendoconsumidos durante o processo e, por isso mesmo, são diferentes dos bensde capital. Ex.: os tecidos

Bens substitutos: aqueles que interferem na demanda de um produto porparte do consumidor. Assim, quanto mais substitutos houver para um bemou serviço, mais opções o consumidor terá à sua disposição para decidirsobre a sua demanda.

Ceteris paribus: expressão utilizada para representar o teste ou análise dedeterminada situação, física ou econômica, mantendo constantes todas asdemais variáveis do processo.

Consumo: em economia significa a utilização, pela população, pelosconsumidores, das riquezas, materiais e artigos produzidos.

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GLOSSÁRIO

Crédito: é a troca de um bem disponível no momento pela promessa de umpagamento futuro.

Custos: preço pago pela produção de um bem, ou o que deve serdespendido em dinheiro, tempo, esforço para se obter algo.

Demanda: o mesmo que procura. Pode ser definida como a quantidade deum determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir emdeterminado período de tempo a um determinado preço, mantidasconstantes todas as outras variáveis.

Distribuição: em economia, é a distribuição da renda.

Economia: “É a ciência que estuda as formas de comportamento humanoresultantes da relação entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursosque, embora escassos, se prestam a usos alternativos” (Definição de Rossetti,1997, p.52).

Emprego: maneira de prover a subsistência mediante ordenado, salário ououtra remuneração a que se faz jus pelo trabalho regular em determinadoserviço, ofício, função ou cargo.

Empresas transnacionais: são aquelas que desenvolvem atividades oupolíticas comuns a várias nações, integradas na mesma união política oueconômica.

Escassez de recursos: falta de recursos de produção, o inverso de abundância.

Fator capacidade empresarial: é por meio da capacidade empresarial queos recursos disponíveis são reunidos, organizados e acionados para o exercíciode atividades produtivas.

Fator capacidade tecnológica: é constituído pelo conjunto deconhecimentos e habilidades que dão sustentação ao processo de produção.

Fator capital: é o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade. Éconstituído pelas diferentes categorias de riqueza acumulada, empregadasna geração de novas riquezas.

Fator terra: constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demaisrecursos de produção.

ECONOMIA E MERCADOS

INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 55

GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO

Fator trabalho: é constituído por uma parcela da população que contribuipara o processo de produção.

Fatores de produção: são assim considerados a terra, o trabalho, o capital,a capacidade tecnológica e a capacidade empresarial. Insumos.

FMI: Fundo Monetário Internacional, organismo internacional criado como objetivo de evitar possíveis instabilidades cambiais e garantir a estabilidadefinanceira, eliminando práticas discriminatórias e restritivas aos pagamentosmultilaterais e de socorrer os países associados, quando da ocorrência dedesequilíbrios transitórios em seus balanços de pagamentos.

Globalização: é o processo pelo qual a vida social e cultural dos diversospaíses do mundo é, cada vez mais, afetada por influências internacionais emrazão de imposições políticas e conômicas.

IDH: Índice de Desenvolvimento Humano, utilizado pela ONU(Organizações das Nações Unidas) para avaliação do desenvolvimento dospaíses.

Inflação: caracterizada pela instabilidade de preços, é definida como umaumento persistente e generalizado no índice de preços.

Insumos: o mesmo que fatores de produção. Cada um dos elementosnecessários para a produção de mercadorias ou serviços.

Lei geral da demanda: mostra que há uma relação inversamenteproporcional entre a demanda e o preço, isto é, se o preço aumenta, a procura,em regra, diminui.

Lucro: em economia, lucro é definido como a diferença entre as receitas devendas da empresa e os seus custos totais de produção.

Macroeconomia: é o ramo da economia que estuda os fatos ou eventoseconômicos como um todo, analisando a determinação e o comportamentode grandes agregados, tais como a renda e os produtos nacionais.

Mercado: palavra com diversos significados. No presente trabalho seráadotada a definição: conjunto de consumidores que absorvem determinadosprodutos e/ou serviços.

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Mercado de concorrência perfeita: tipo de mercado onde há grandenúmero de vendedores (empresas) e grande número de compradores.

Microeconomia: parte da economia que estuda a formação dos preços.

Moeda: é o meio pelo qual são efetuadas as transações monetárias. Outroconceito mais amplo define a moeda como sendo um instrumento ou objetoque é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas,para pagamento de bens, serviços e fatores de produção.

Moeda escritural: é representada pelos depósitos à vista nos bancoscomerciais.

Monopólio: tipo de mercado onde uma única empresa ou empresáriodomina por completo a oferta/produção de um ou mais produtos e serviços,e de outro lado todos os consumidores. É o oposto do mercado deconcorrência perfeita.

Oligopólio: tipo de mercado caracterizado por um pequeno número deempresas que dominam a oferta de mercado. Tanto as quantidades ofertadasquanto os preços são fixados entre as empresas por meio de conluio ou cartéis.

OMC: Organização Mundial do Comércio, foi criada com o objetivo básicode buscar a redução das restrições ao comércio internacional e a liberalizaçãodo comércio multilateral.

Papel-moeda: emitidas pelo Banco Central, representa parcela significativada quantidade de dinheiro em poder do público.

PIB: Produto Interno Bruto, representa a soma de todos os fatores deprodução de um país.

Poupança: é a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo.

Preço: expressa o valor de troca entre as mercadorias e serviços.

Preço de equilíbrio: encontro das curvas de oferta e de demanda, ondeocorre o equilíbrio entre o preço e a quantidade ofertada de determinadoproduto ou serviço.

Recursos de Produção: o mesmo que fatores de produção.

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Sistema econômico: é a forma política, social e econômica pela qual estáorganizada uma sociedade. Os sistemas econômicos de produção maisconhecidos são o capitalista e o socialista.

Taxa de câmbio: é a medida de conversão da moeda nacional em moeda deoutros países, em função das relações econômicas existentes entre eles.

Unidades familiares: os lares constituídos, as famílias, independentementedos laços de união, de religião etc.

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ECONOMIA E MERCADOS

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BATISTA JÚNIOR, Paulo Nogueira. “Globalização” e administração tri-butária. Leituras de Economia Política, Campinas, n.4, p.157-178, jun.1997.

CHESNAIS, François. A mundialização do capital.. São Paulo: Xamã, 1996.Tradução Silvana Finzifoá.

LOPES, João do Carmo; ROSSETTI, José Paschoal. Economia Monetá-ria. 7. ed. rev., amp. e atual. – São Paulo: Atlas, 1998.

MACEDO, Jamil P. et. al. Manual do técnico em transações imobiliári-as. 11. ed. Goiânia: AB, 1994, v.2, p.79-132.

MOCHON, Francisco; TROSTER, Roberto Luis. Introdução á econo-mia. São Paulo: Makron Books, 1994.

PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de econo-mia. São Paulo: Pioneira, 1999.

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EXERCÍCIO III