NO FIM DE SEMANA DE 25 E 26Dez anos de S. João com arraial ... · 02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 17...

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5021 • Sexta-feira, 17 de Junho de 2016 10 PATACAS

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Fonte SMG

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“THE GREAT ESCAPE” BRITÂNICA Pág. 13

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JTMAssassínio de deputada

suspende campanhasdo referendo britânicoA campanha pela perma-nência do Reino Unido na União Europeia suspendeu as actividades na sequência do ataque à deputada tra-balhista Jo Cox, atingida a tiro e que acaba de falecer no momento do fecho desta edição. “Suspendemos todas as acções de campanha para o resto do dia. Os nossos pensamentos estão com Jo Cox e com a sua família”, lê--se numa mensagem na rede social Twitter da “Stronger In”. Jo Cox, 41 anos, foi fe-rida a tiro em Birstall, no norte de Inglaterra. Haven-do ainda alguma confusão sobre o que sucedeu nos momentos que antecederam o ataque, sabe-se que a de-putada se encontrava a fazer campanha pela permanên-cia do Reino Unido na UE e que o atacante foi detido. Segundo o The Guardian, a campanha pela saída do país da UE (‘Brexit’) decidiu posteriormente também sus-pender a campanha.

NO FIM DE SEMANA DE 25 E 26

Dez anos de S. Joãocom arraial alargado

FONTE LIMPA • Págs. 2 e 3 Centrais

O lixo dos turistas que “borra a pintura”do Centro Histórico

Estrelas do Voleibolvoltam a fazer vibraro Pavilhão do Forum

Obras em residênciasem Santa Sancha vão custar 54 milhões Pág. 4

O Arraial de São João celebra este ano o 10º aniversário com um maior número de tendas e artistas na zona de S. Lázaro. A presidente da Casa de Portugal, Amélia An-tónio revelou que “vamos ter um número maior de pre-

senças, o que leva a que se alargue a ocupação das ruas laterais”, o que Miguel Senna Fernandes, explica como consequência da “determinação” dos organizadores.

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Fez-se passar por chefe do Trânsitopara burlar comerciante Pág. 8

Alexandre Marreirosmostra lado humanodas favelas brasileiras Centrais

Crescem críticas“à porta” do cartório Pág. 5

Futebol feminino prepara-se para

Taça da ÁsiaOriental

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02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 17 de Junho de 2016

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres e Tiago Alcântara • Secretário da Redacção : Alexsandro Sampaio • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

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• • •DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

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A 31 de Julho de 1987, o Teatro Capitol, um dos mais antigos da cidade, apresentou a sua última sessão cinematográfica

antes de ser alvo de uma profunda reestruturação que incluiu a criação de um complexo comercial. Nos últimos meses, o

edifício tem estado envolto em polémica, com os vendilhões a oporem-se ao novo plano de renovação do imóvel.

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Arco-Íris iluminou a “nossa” Torre Eiffel - I Poucos dias depois de uma discoteca de Orlando frequentada pela comunidade LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais) ter sido palco do pior massacre da história dos EUA, com um balanço de 50 mortos e 53 feridos, o Mundo ainda não recuperou do choque causado por mais um acto de pura barbaridade. Paris, que tem sido especialmente abalada pelo flagelo do terrorismo, foi uma das muitas cidades que se solidarizaram com as vítimas, ao iluminar a Torre Eiffel com as cores LGBT.

Arco-Íris iluminou a “nossa” Torre Eiffel - II Em Macau, as cores do Arco-Íris também desenharam uma silhueta similar à da capital francesa, embora “Fonte Limpa” não tenha conseguido confirmar se tal derivou ou não de uma iniciativa propositada de apoio a toda a comunidade LGBTI. Certo é que, no COTAI, a réplica da Torre Eiffel construída no Parisian esteve iluminada, durante a tarde de quarta-feira, em formato de arco-íris, símbolo LGBTI. Nesta fase de pré-inauguração, a torre da Sands China também já foi vista com as cores da China.

Autoridade solidária – INuma altura em que as pessoas tendem a manter-se mais distantes umas das outras, perde-se muitas vezes o espírito de entreajuda, sobretudo nas cidades. Ainda assim, em Macau, continuamos a encontrar exemplos que contrariaram essa tendência global.

Autoridade solidária – IIPoucos dias depois de condutores de autocarros se terem unido para retirar da estrada um veículo que tinha avariado, foi a polícia que voltou a mostrar o seu lado solidário. “Fonte Limpa” encontrou um agente que não hesitou em ajudar um cidadão com dificuldades em caminhar, carregado de sacos de compras.

Autoridade solidária – IIIPorém, para este agente do Corpo de Polícia de Segurança Pública ajudar a transportar os sacos das compras não era suficiente. Por isso, optou por uma via mais simples e certamente mais confortável para o cidadão, levando-o às cavalitas. Um gesto digno dos maiores encómios...

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Limpezas temáticas no Hotel Central - IO Hotel Central, histórico empreendimento da Avenida Almeida Ribeiro entrou em obras de renovação, para numa primeira fase reabrir ao público. Para o futuro, dependendo de diversos factores e estudos de viabilidade, os proprietários ambicionam devolver o hotel à sua glória original e torná-lo novamente num ícone da cidade.

Limpezas temáticas no Hotel Central - IIPor enquanto, os trabalhos de remodelação parecem assumir um carácter verdadeiramente temático. Se há duas semanas havia mesas de cabeceira e televisões no exterior do hotel, poucos dias depois foi a vez dos colchões, conforme constatou “Fonte Limpa”. A curiosidade reina em torno da opção para a próxima semana...

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Doce futebol – IA febre do Euro 2016 está a espalhar-se muito rapidamente por Macau e essa tendência não se reflecte apenas pela publicidade feita aos jogos de futebol ou por conversas que possam ouvir-se pelas ruas. Há também quem aproveite a “moda” para efeitos comerciais.

Doce futebol – IIFoi o caso da pastelaria “Cacao”, que tem várias lojas espalhadas pelo território e que, aproveitando o facto do Euro 2016 já ser tema em qualquer mesa, quanto mais não seja quando são transmitidos os jogos, decidiu criar doces inspirados no futebol.

Doce futebol – IIIUma mensagem partilhada nas redes sociais esclarece que a ideia de confeccionar as bolas de futebol mais doces da época partiu do “chef”, um fanático do desporto-rei que está a torcer pela vitória da França. Para os mais gulosos, fica a indicação que estas bolas são feitas com creme de baunilha e quadrados de chocolate.

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Perigo nas alturas - IAcidentes laborais ocorridos à mesma hora em estaleiros diferentes causaram duas mortes no Dia do Barco-Dragão, reacendendo o eterno debate em torno da segurança ocupacional, até porque os sinais de perigo são visíveis um pouco por todo o lado. Um cibernauta aproveitou mesmo para denunciar o mau exemplo de um operário que foi visto a trabalhar na estrutura exterior de uma loja, sentado numa escada sem nenhum cinto de segurança.

Perigo nas alturas - IIA uma altura de cerca de dois andares, o trabalhador arriscou uma eventual queda durante toda a operação, já que a estrutura que sustentava a escada não parecia muito sólida. Como se não bastasse o seu ar tranquilo, ao seu lado estava outro operário entretido com o telemóvel e indiferente aos riscos que ambos corriam.

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MPatrimónio, moda e lixo – INão é sem razão que a área das Ruínas de São Paulo continua a ser uma das mais procuradas pelos turistas que chegam ao território. Em pleno coração da cidade, a zona nobre do Centro Histórico oferece muito daquilo que os visitantes procuram, quando fazem questão de ver o que a RAEM tem de melhor.

Património, moda e lixo – IINum espaço muito pequeno concentram-se inúmeros espaços comerciais, desde lojas de decoração, artigos desportos, vestuário e uma parte de “restauração”, com estabelecimentos mais pequenos e muitas pastelarias. Como pano de fundo de todo o frenesim comercial, as Ruínas de São Paulo destacam a riqueza e esplendor do Património da Humanidade, mas não impedem muitos visitantes de “borrar a pintura”.

Património, moda e lixo – IIIApesar de todos os apelos e campanhas de sensibilização, internas e do outro lado da fronteira, às maravilhas que Macau tem para oferecer no seu Centro Histórico continua a juntar-se outro

elemento que causa uma impressão bem distinta: o lixo. Junto às escadas da “Forever 21”, a loja de vestuário na “Casa Amarela”, “Fonte Limpa” tem detectado, com uma frequência preocupante, sacos de plástico, papéis, garrafas ou copos de plástico vazios. Bem falta faz a prometida “polícia turística”!

Mini “País das Maravilhas” no IPM – IO dia das fotografias da graduação no Instituto Politécnico de Macau (IPM) não atraiu apenas um grande número de visitantes. Quando anoiteceu, também entraram em silêncio “vidas pequeninas” no jardim. Talvez por causa do calor de Junho e da elevada pluviosidade nos recentes dias, vários cogumelos brancos cresceram discretamente na zona verde do campus, despertando grande atenção dos alunos que por ali passaram.

Mini “País das Maravilhas” no IPM – IIPara animar ainda mais o dia, os cogumelos cresceram com o foco das câmaras, suscitando a imaginação espontânea de um cenário do filme “Alice no País das Maravilhas”, embora em mini-versão. É que houve logo quem associasse as pequenas plantas às árvores gigantes da película e aos cogumelos que Alice tocava. Curiosamente, os cogumelos desapareceram na manhã no dia seguinte, conferindo um tom ainda mais misterioso à sua curta visita ao IPM.

Os residentes interessados podem inscrever-se, a partir de 13 a 17 de Junho, através das seguintes formas:

Para melhor ouvir as opiniões e sugestões da população sobre o Projecto do Plano Quinquenal de Desenvolvimento da Região Admin-istrativa Especial de Macau (2016-2020), o Gabinete de Estudos das Políticas vai realizar, nos dias 24 e 25 de Junho de 2016, sessões de recolha de opiniões da população, e todos os residentes são bem-vindos para apresentar as suas opiniões.

25 de Junho de 2016 (Sábado)

Cantonense (com serviçode interpretação simultânea para português)

LocalData Horário Línguas

Das 20H00às 22H00

Centro de Actividades Turísticas, sito na Rua de Luís Gonzaga Gomes n.º 431, 2.º andar

Das 15H00às 17H00

24 de Junho de 2016 (Sexta-feira)

Para a consulta detalhada e o descarregamentodo documento do projecto: www.cccmtl.gov.mo

Página electrónica: http://www.cccmtl.gov.moFax: 89871371, 89870898Inscrição presencial ou por telefone: das 9:00 às 18:00 nos dias úteis,sem intervalo na hora de almoço Endereço: Gabinete de Estudos das Políticas (sito na Rua do Desporto n.ºs 185-195, 5.º andar, Taipa) Telefone: 89871365, 89871367

Sessões de Recolha de Opiniões daPopulação sobre o Projecto do Plano Quinquenal de Desenvolvimento da RAEM(2016-2020)

Plano Quinquenal de

Desenvolvimento da RAEM

(2016-2020)

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UIVOSALDO SUPEROU 16 MIL MILHÕES ATÉ MAIO

Gastos públicos aumentam 11,6%Nos primeiros cinco meses deste ano, a quebra de 14,3% nas receitas públicas não impediu um acréscimo de 11,6% nas despesas da Administração da RAEM. O saldo das contas públicas caiu mais de um terço para 16,3 mil milhões de patacas mas é quase cinco vezes superior ao previsto para a globalidade de 2016, revelam dados oficiais

As receitas da Admi-nistração de Macau caíram 14,3% nos pri-

meiros cinco meses de 2016, mas as contas públicas conti-nuam a apresentar um saldo positivo equivalente a mais de 16 mil milhões de patacas.

De acordo com dados pro-visórios publicados ontem no portal da Direcção dos Servi-ços de Finanças, a Adminis-tração de Macau arrecadou, até Maio, receitas totais de 39.945 milhões de patacas, as quais estavam cumpridas em 43,4%.

Os impostos directos sobre o jogo – 35% sobre as receitas brutas dos casinos – foram de 33.033 milhões de patacas, re-flectindo uma diminuição de 14,1% face ao período homó-logo de 2015, com a taxa de execução de 46%.

A importância do jogo reflecte-se no peso que o im-posto detém no orçamen-to: 82,6% nas receitas totais, de 83,2% nas correntes e de 95,3% nas derivadas dos im-postos diretos.

Na despesa verificou-se um aumento de 11,6% face aos primeiros cinco meses de 2015, para 23.590 milhões de

patacas - impulsionado por um crescimento de 13,9% nos gastos correntes -, com a taxa de execução a corresponder a 26,6% do orçamentado auto-rizado para 2016.

Outro impulso deu tam-bém o PIDDA (Plano de Inves-timentos e Despesas de Desen-volvimento da Administração: foram gastos 1.032 milhões de patacas - mais 58,8% em ter-mos anuais homólogos. Pese embora o aumento, o PIDDA encontra-se executado em apenas 9,3% face ao orçamen-tado para todo o ano.

Assim, entre receitas e despesas, a Administração de Macau acumulou um sal-do positivo de 16.355 milhões de patacas, excedendo larga-mente o previsto para todo o ano (3.466 milhões de pata-cas), com a taxa de execução a atingir 471,4% do orçamenta-do, isto apesar de a “almofa-da” financeira ter emagrecido 35,8% face aos primeiros cin-co meses do ano passado.

A Administração de Ma-cau encerrou 2015 com recei-tas totais de 109.778 milhões de patacas, a primeira queda em pelo menos cinco anos.

JTM/Lusa

A Administração da RAEM vai pagar cerca de 54,15 milhões de patacas pela empreitada de concepção e remodela-

ção das residências governamentais situadas na Estrada de Santa Sancha (blocos A, B, C e D). Após um processo de consulta, a obra foi adjudicada à Companhia de Construção Vantagem Limitada e envolve residências que “destinam-se aos Secretários do Governo”, confirmou a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

“Visto que os respectivos edifícios já foram construídos há muitos anos, há necessidade de realizar obras de reparação e renovação profundas em grande parte da sua estrutura e instalações em geral”, explicou a DSSOPT.

A empreitada tem um prazo de execução de 240 dias.

No final do ano passado, o Chefe do Exe-

cutivo também autorizou a celebração de um contrato para a execução de obras similares en-volvendo a remodelação das residências gover-namentais situadas nos números 17 - 43 e 71 da Rua do Miradouro de Santa Sancha. A emprei-tada foi adjudicada à empresa Judas Ung E.I., pelo montante de 29,94 milhões de patacas.

Em curso está também o projecto de am-pliação do Pavilhão do Palacete de Santa San-cha, obra que foi adjudicada à Companhia de Engenharia Chi Hou Limitada, após consulta. A empresa vai receber 24,48 milhões de pata-cas e comprometeu-se a executar os trabalhos no prazo de 300 dias.

Já a Companhia de Construção Civil Rising Limitada encaixou cerca de 240 mil patacas para modificar, em 30 dias, a sala da guarda de segu-rança no Palacete de Santa Sancha, edifício cons-truído em 1846 que funciona hoje como residên-cia oficial do Chefe do Executivo. L.F./S.T.

EMPREITADA EM SANTA SANCHA VAI CUSTAR 54 MILHÕES

Residências governamentais alvo de “profunda” renovaçãoResidências governamentais, originalmente destinadas a Secretários, vão ser sujeitas a “profundas” obras de reparação e renovação na Estrada de Santa Sancha. Orçada em 54 milhões de patacas, a empreitada prolonga-se por oito meses e integra um conjunto de várias obras projectadas para aquela zona

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ACTUAL ESPAÇO É VISTO COMO EMBLEMÁTICO

Advogados lamentam transferência do Cartório

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A decisão do Executivo de retirar o 1º Cartório Notarial do edi-fício da Santa Casa da Miseri-

córdia e de o transferir para o Centro de Serviços da RAEM não é vista com bons olhos por vários advogados de território que, essencialmente, lamen-tam a saída de um serviço que já faz parte da história, além de ser útil para quem reside no centro da cidade.

“Como é que um cartório que está no centro e serve uma parte substancial da população muda para outro lado? Acho que se faz falta noutro sítio, abre-se um novo cartório, até tendo em conta que vão formar-se mais notários públicos. Não me parece uma decisão muito acertada”, frisou Manuela António em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU. “Se há falta, há que acrescentar e não movi-

Vários causídicos dizem não compreender a mudança do 1º Cartório Notarial para o Centro de Serviços da RAEM, por considerarem que também há necessidades nesse âmbito no centro da cidade, além de o espaço ser já emblemático. Carlos Duque Simões vai mais longe e fala de um “problema sistemático” que consiste em deixar ao abandono edifícios históricos que “deviam ser usados pelo Governo”

Inês Almeida

Contestadas novas regras para notáriosUm grupo de advogados está contra alguns entraves que o Executivo quer colocar no acesso à carreira de notário, tendo em conta sobretudo a abertura de processos disciplinares que podem resultar na proibição do exercício da profissão

Alguns travões que o Go-verno pretende colocar no acesso ao notariado

estão a gerar uma onda de des-contentamento entre alguns ad-vogados. Segundo a Rádio Ma-cau, a 2ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que discute a proposta de altera-ção ao Estatuto dos Notários Privados, recebeu uma carta assinada por 23 causídicos. Em

causa está sobretudo a abertura de processos disciplinares que podem resultar na proibição do exercício da profissão.

Para a Associação dos Ad-vogados (AAM), a proposta do Governo tem como objec-tivo impedir que os advoga-dos condenados com pena disciplinar acima de censura sejam também notários. O Es-tatuto dos Notários Privados,

em vigor desde 1999, estipula que apenas aqueles que foram condenados por crime “gra-vemente desonroso” estão im-pedidos de exercer funções de notariado”.

Porém, há advogados que se mostram contra a mudança já que foram multados com fre-quência pela AAM. Os deputa-dos sensíveis aos argumentos dos causídicos, pedem mais in-

formações nomeadamente em relação à natureza das sanções disciplinares. “Sabemos que o exercício de funções de notário privado requer o cumprimento de certas regras de deontologia. Há advogados que nunca foram penalizados e outros que foram. Temos de ver porquê”, adianta Kwan Tsui Hang.

Além da ausência de san-ções disciplinares graves, a

proposta do Executivo limita o exercício da profissão aos advo-gados com mais de cinco anos de experiência.

O único curso de formação de notários privados abriu há 13 anos. Actualmente há 57 a exercer a profissão. O Governo defende que há 203 advogados em condições de concorrer, sem especificar, no entanto, quantas vagas serão abertas.

mentar ou deslocalizar. Esta decisão não é muito sensata”, considera a advogada.

Também João Miguel Barros defende que esta é uma decisão que merece crí-ticas. “Se há necessidade, porque há um movimento de população na Areia Preta, a decisão correcta não é deslocalizar o 1º Cartório, é abrir um novo lá. Esta decisão é errada”, frisou.

Carlos Duque Simões diz-se “natu-ralmente contra” a mudança já que a uti-lização que o espaço onde o Cartório se encontra “é nobre” e “corremos o risco de

ir para ali um McDonald’s ou uma coisa do género”. Por outro lado, sublinhou, “não me parece que a questão financei-ra, ou seja, o preço do arrendamento, seja relevante porque com certeza há mais de 200 imóveis arrendados pelo Governo por valor idêntico ou superior”.

O causídico vai mais longe e refere que esta decisão é reflexo de um “proble-ma sistemático”. “Temos inúmeros edifí-cios históricos que deviam ser utilizados pelo Governo e vemos que eles são aban-donados, ficam vazios, e têm enormes

custos porque precisam de manutenção sem serem usados para nada”, criticou.

Como exemplo, referiu o caso do edi-fício Ritz, onde funcionavam os Serviços de Turismo. “Era um edifício que pelo menos estava a ser usado. Agora, pelo menos parte dos serviços saíram dali, o que nunca devia ter acontecido, e foram arrendar instalações novas no NAPE. Se a questão financeira é tão importante, porque é que não usam as instalações próprias?”, questionou Carlos Duque Si-mões.

Um “ícone” da cidadeJá Leonel Alves destaca sobretudo

a faceta histórica daquele espaço. “O Cartório já existe há tantos anos, é um lugar histórico, emblemático, de acesso fácil. Não se percebe porque é que de-saparece este marco, este ícone de Ma-cau”, frisou o advogado.

“O Governo achava cara a renda, mas tem de se ter em conta a finalidade do dinheiro. Ele não é usado para fins comerciais. É uma pena”, lamentou. No entanto, já que a decisão está tomada, o também deputado à Assembleia Legis-lativa espera que um dia o 1º Cartório Notarial possa regressar ao seu lugar original ou que o espaço “possa ser usado para algo no contexto em que o edifício está inserido, o Centro Históri-co de Macau”.

Apesar de algumas críticas e lamen-tos, há quem compreenda alguns aspec-tos da decisão do Executivo. “O notário público do edifício da Santa Casa tinha uma certa projecção, agora, a transferên-cia para a Zona Norte, por si só, não me parece incorrecta. Vou ficar triste por ver um cartório notarial sair de uma zona tão nobre, mas em termos de eficácia, prova-velmente estará melhor localizado”, de-fendeu Almeida Pinto.

Nuno Simões também diz com-preender a decisão do Governo ainda que “historicamente faça todo o senti-do” manter o cartório no Senado. Por seu turno, João Riquito limitou-se a di-zer que não lhe cabe “apoiar ou não” as decisões do Governo.

O director dos Serviços dos Assun-tos de Justiça, Liu Dexue, negou ontem que a principal motivação para a trans-ferência do cartório seja económica. Segundo a Rádio Macau, o responsá-vel defendeu que “em primeiro lugar temos de ponderar a necessidade de serviços na área do notariado público. Na zona centro da cidade já existe o 2º Cartório Notarial público”.

Coutinho diz que verdadeiro motivo está nos “escudos” e “armas”

José Pereira Coutinho considera “estranha” a decisão do Governo de retirar o 1º Cartório Notarial do edifício da Santa Casa da Misericór-dia. Em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o deputado garantiu ter recebido mensagens a indicar que os argumentos do Governo são “desculpas” já que os verdadeiros motivos passam pelas armas incorporadas no edifício. “Alguns extremistas radicais influentes, dentro e fora do Governo, forçaram a Secretária para a Administração e Justiça a indicar ao director dos Serviços de Justiça a saída daquele local”, afirmou. Segundo Coutinho, são pessoas que “ainda têm problemas com o passado colonialista português”. O deputado considera, por isso, que está na altura de “o Chefe do Executivo ser mais interventivo em questões desta natureza para não deixar que os extremistas decidam a governação”. Por sua vez, António José de Freitas diz que lhe “custa a acreditar” que esse tenha sido o motivo, porém, conta que “poucos dias depois da transferência da soberania” e de se tornar Provedor da Santa Casa, o que aconteceu em Janeiro de 2000, recebeu “chamadas de indivíduos anónimos reclamando contra a existência ou ostentação do escudo português com as armas do edifício”. “Naturalmente fiquei preocupado e falei com o Chefe do Executivo, na altura Edmund Ho. Ele disse que não tinha de me preocupar pois o edifício sempre existiu com essas características”, explicou.


Impasse sobre entrega de infractores em fugaO director dos Serviços dos Assuntos de Justiça (DSAJ) assumiu ser muito difícil dizer, para já, quando será apre-sentada à Assembleia Legislativa (AL) uma nova versão da proposta de lei so-bre entrega de infractores em fuga. Se-gundo a Rádio Macau, Liu Dexue es-cusou-se, porém, a indicar os motivos para a proposta não ter sido admitida a votação. “É melhor não responder porque não é da minha competência [esclarecer] tantos problemas relacio-nados com a opção legislativa (...) Do meu conhecimento, esta proposta ain-da não entrou no processo legislativo formal”, disse. O diploma foi entregue ao Hemiciclo no final de 2015, mas em Maio, o presidente da AL, Ho Iat Seng, disse à Rádio que “existem problemas técnicos” no diploma.

Segurança esqueceu-sede pistola no bancoO funcionário de uma empresa de segurança ter-se-á esquecido da sua pistola numa repartição bancária, enquanto efectuava uma operação de transporte de dinheiro. Segundo a “Ou Mun Tin Toi”, o Hotel Lisboa alertou a polícia pelas 09:00 de ontem, depois de um funcionário ter detecta-do a pistola no banco situado dentro do hotel. A polícia confirmou que a pistola é verdadeira. Um funcionário da companhia de segurança também voltou ao local à procura da pistola perdida.

• • • BREVES

O director do Centro de Estudos de “Um País, Dois Sistemas” do Instituto Politécnico de Macau,

salientou ontem que ainda estão por concretizar alguns dos conteúdos inscri-tos na Lei Básica de Macau, incluindo a criação de órgãos municipais sem poder político. Em declarações à margem de uma palestra sobre a aplicação do prin-cípio “Um País, Dois Sistemas”, Ieong Wan Chong exortou o Governo de Ma-cau a colmatar essa lacuna o mais rapi-damente possível.

Zhu Shihai, académico da Universi-dade de Ciência e Tecnologia de Macau

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ACADÉMICOS DEFENDEM ÓRGÃOS MUNICIPAIS

Sugerida eleição directapara “conselhos distritais”Macau deve estabelecer o mais rapidamente possível órgãos municipais, defenderam académicos numa palestra sobre o princípio “Um País, Dois Sistemas”. Zhu Shihai, professor de Direito da UCTM, recomendou a adopção do modelo de “conselhos distritais” vigente em Hong Kong, e com eleição por via directa de parte dos seus membros

Viviana Chan (UCTM), também fez eco do mesmo repto, sustentando ainda que o território poderia implementar o modelo de Hong Kong, assente em conselhos distritais. O professor da Faculdade de Direito da UCTM considera que, em Macau, parte dos membros desses conselhos deveriam ser eleitos por sufrágio universal, sem prejuízo de também serem seleccionados representantes de vários sectores da so-ciedade.

Ao abrigo da Lei Básica, a RAEM “pode dispor de órgãos municipais sem poder político”, “incumbidos pelo Go-verno de servir a população, designada-mente nos domínios da cultura, recreio e salubridade pública, bem como de dar pareceres de carácter consultivo”.

Por outro lado, segundo o “Ou Mun Tin Toi”, Ieong Wan Chong concordou com a reforma do Instituto para os As-suntos Cívicos e Municipais (IACM) e destacou o facto da proposta da revisão da Lei Eleitoral da Assembleia Legisla-tiva não preconizar mudanças sobre a eleição dos deputados por via indirecta. Para o director do Centro de Estudos, tal facto mostra que o Governo receia que a sociedade de Macau ainda não esteja pre-parada para mudanças nesse âmbito.

Ieong Wan Chong referiu ainda que o Governo tem de ser “muito prudente” na revisão do processo eleitoral para a As-sembleia Legislativa, porque existe uma ligação íntima com a eleição do Chefe do Executivo.

Zhu Shihai recomenda adopção de modelo de Hong Kong

Direcção dos Serviços de Turismo

ANÚNCIO

A Região Administrativa Especial de Macau faz público que, de acordo com o Despacho de 3 de Maio de 2016 do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, foi autorizado o procedimento administrativo para adjudicação dos “Serviços de Consultadoria de Gestão do Projecto para as Novas Instalações da Direcção dos Serviços de Turismo”.1. Entidade que põe a prestação de serviços a concurso: Direcção dos Serviços de Turismo.2. Modalidade do concurso: Concurso público.3. Local de execução dos serviços: Largo do Terminal do Porto Exterior em Macau.4. Objecto dos serviços: O âmbito dos serviços compreende a consultadoria ao Dono da Obra, o estudo e a elaboração dos dados de base e recolha

das condicionantes urbanísticas e preparação do processo de concurso público para a realização do projecto das Novas Instalações da Direcção dos Serviços de Turismo, bem como o seu seguimento até à fase de licenciamento pela DSSOPT.

5. Prazo máximo de execução: 540 dias a contar do dia seguinte ao da recepção de notificação da adjudicação (Serviço I: 180 dias, Serviço II: 360 dias)

6. Prazo de validade das propostas: 90 dias, a contar do acto público do concurso.7. Caução provisória: Todos os concorrentes deverão prestar uma caução provisória, no valor de MOP100.000,00 (cem mil patacas), caso o

depósito for entregue, nesta Direcção dos Serviços de Turismo, em numerário, em ordem de caixa ou cheque visado, deverão ser emitidos à ordem da “Direcção dos Serviços de Turismo”, sendo necessário apresentar o recibo emitido pela Direcção dos Serviços de Turismo (original); ou apresentar mediante garantia bancária.

8. Caução definitiva: 5% do preço total de adjudicação.9. Valor dos serviços: Sem preço base. 10. Condições de admissão: Podem concorrer as entidades inscritas na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT)

na modalidade de prestação de serviços de elaboração de projectos, devendo o coordenador da equipa (arquitecto licenciado) deter, pelo menos, 10 anos de inscrição na DSSOPT, com experiência em urbanismo e os engenheiros de todas as especialidades e/ou arquitectos deter, pelo menos, 4 anos de inscrição na DSSOPT, para a elaboração de projectos e direcção de obras.

11. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: 11.1 Os concorrentes devem entregar as suas propostas no Balcão de Atendimento da DST, no Edifício “Hot Line”, Alameda Dr. Carlos

d’ Assumpção, n.os 335-341, 12.° andar, Macau dentro do horário normal de expediente, sendo o prazo de entrega até às 17:00 horas do dia 19 de Julho de 2016, sob pena de não serem admitidas.

11.2 Caso os serviços públicos da Região Administrativa Especial de Macau, encerrem devido a tempestade ou motivo de força maior, o termo do prazo de entrega das propostas será adiado para o primeiro dia útil, imediatamente seguinte, à mesma hora.

12. Sessão de esclarecimento: Os interessados podem assistir à sessão de esclarecimento deste concurso público que terá lugar 10:00 horas do dia 23 de Junho de 2016, no Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos dÁssumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 14.º Andar, Macau.

13. Local, dia e hora do acto público do concurso: 13.1 Local: Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo,

sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos dÁssumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 14.º Andar;Dia e hora: 20 de Julho de 2016 pelas 10:00 horas.

13.2 Em caso de encerramento dos serviços públicos por motivo de força maior, a data do acto de abertura das propostas dos concorrentes será adiada para o primeiro dia útil, imediatamente seguinte, à mesma hora.

14. ReclamaçõesQualquer reclamação sobre preterição ou irregularidade nas formalidades do concurso, deverá ser enviada para:

Direcção dos Serviços de Turismo Alameda Dr. Carlos D’ Assumpção, n.os 335-341, Edifício Hot Line, 12.° andar, Macau15. Critérios de apreciação das propostas e respectivos factores de ponderação:

a) Preço: ..........................................................................................................................................................................................40% b) Meios humanos a afectar à prestação de serviços: .....................................................................................................................25%c) Plano de realização da prestação dos serviços, com proposta de calendarização e afectação de meios para os serviços,

com base nas cláusulas técnicas do caderno de encargos: ...........................................................................................................5%d) Experiência em prestações de serviços semelhantes: ...................................................................................................................30%

16. Local, data, horário para a obtenção da cópia e exame do processo do concurso: Local: Balcão de Atendimento da Direcção dos Serviços de Turismo,

sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos dÁssumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 12.º Andar.Data e horário: Desde a data da publicação do respectivo anúncio até ao dia e hora limite para entrega das proposta e durante o horário normal

de expediente.Preço: MOP500,00 (quinhentas patacas).

A Direcção dos Serviços de Turismo, aos 6 de Junho de 2016

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes


DSAT quer compensação por parquímetros inutilizados

A ampliação do Arraial de São João e consequente ocupação de ruas onde há lugares de estacionamento e parquímetros levaram a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego a exigir à organização do evento uma “compensação” pelo período em que os parquímetros não estarão em funcionamento. A informação foi avançada pela presidente da Casa de Portugal, que diz ainda não ter sido informada do valor a pagar

FERNANDO MARQUES DESTACA IMPORTÂNCIA DE MOSTRAR NOVOS PRODUTOS

Festa dedicada ao gin portuguêsFernando Marques, proprietário do restaurante “Toca”, na Vila da Taipa, está a organizar um evento dedicado ao gin português. Os dois grandes destaques serão um gin que muda de cor quando se adiciona água tónica e outro dedicado às sextas-feiras 13

O 10º aniversário do Ar-raial de São João vai ser assinalado com um

alargamento do espaço ocu-pado e, por consequência, do número de participantes, “Va-mos ter um número maior de presenças, o que leva a que se alargue a ocupação das ruas laterais”, explicou a presidente da Casa de Portugal, salientan-do que ao nível da animação também espera ver algumas diferenças em relação a edições anteriores.

“Queremos música mais apropriada ao evento. O palco tem estado aberto a quem quer colaborar e tem sido assim, mas sentimos a necessidade de que essa participação seja feita com música mais viva, alegre e adequada a uma festa popu-lar, para que as pessoas se sin-tam envolvidas num clima de alegria e festa”, frisou Amélia António.

Nesse âmbito, o Arraial vai contar com a presença do an-tigo vocalista do grupo “Fúria do Açúcar”, João Melo, que “tem um tipo de música que é apropriado”. “Ele tem uma música muito festiva, muito leve, e tem uma presença em palco muito boa. Puxa pelas pessoas”, destacou a mesma

O Arraial de São João celebra este ano o 10º aniversário com um maior número de tendas, artistas e ocupando um maior espaço na zona de S. Lázaro, abrangendo ruas anteriormente interditas. Para Miguel Senna Fernandes, esta edição é um marco importante, consequência da “determinação” dos organizadores

Inês Almeida

ORGANIZAÇÃO DE ARRAIAL QUER PALCO NO ADRO DA IGREJA

S. João “cresce” no 10º aniversário

O Ritz Carlton, no Galaxy, vai ser palco de uma festa dedicada ao gin português, organizada

por Fernando Marques, proprietário do restaurante “Toca”. “Organizei a festa porque Portugal está muito bem repre-sentado em Macau em termos de vinhos mas não se conhece muito o gin portu-guês, inclusive um que já foi premiado. O que quero é mostrar que em Portugal não há só vinhos”, frisou o empresário em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

O evento vai decorrer no sábado,

entre as 18:00 e as 21:00, e incluirá um buffet e música além de “um bocadinho de espectáculo até porque há um gin que muda de cor, que é um ‘blue magic’, de um azul muito concentrado, que ao misturar com a água tónica, num efeito mágico, se torna cor-de-rosa claro”.

Além do gin habitual, há outros com sabor a pêra rocha, ameixa, ou de uma maçã “típica do Alentejo”. “Depois te-mos o gin ‘13’, com esse nome devido às sextas-feiras 13, já que tem como slogan ‘o gin que dá sorte’”, destacou Fernando Marques.

Além dos gins, vai haver espaço para vodka de amêndoa amarga, de limão e um vinho Alvarinho, apesar de não se-rem os produtos em grande destaque.

Por 280 patacas, os presentes na festa têm direito a provar todas as bebidas e o que for servido no buffet.

Em termos de receptividade, o anti-go proprietário do Café Ou Mun reve-lou que espera ter pelo menos 100 pes-soas. “Não sei se é demais. Enviei cerca de 200 convites por e-mail, WeChat ou Facebook. Se estiverem presentes 30% dessas pessoas já era óptimo”, frisou.

responsável.A João Melo juntam-se Jú-

lio Amaral, a Tuna Macaense, Adriano Jorge, Valentina Mar-ques, as Bandas da Casa de Portugal e da Escola de Por-tuguesa de Macau (EPM), os 80 & Tal, o Filipe Tou e João Gomes, para completar o car-taz de artistas convidados. “Depois actuam os grupos de folclore” além do “Grupo de Danças e Cantares e o Macau no Coração”, explicou Miguel Senna Fernandes.

Outros artistas poderão in-tegrar o Arraial, porém, a sua presença está dependente do tipo de palco. “Vamos ver se é este ano que conseguimos o ambicionado adro da igreja para ver se conseguimos alar-gar um pouco as actuações. Vamos negociar. As coisas não são fáceis. Há que compreen-der as sensibilidades que estão em causa”.

Nesse âmbito, Amélia An-tónio explicou que quando o palco é colocado em frente à igreja, é mais pequenino. “Só dá para ter uma pessoa a cantar ou a tocar. Se forem mais pessoas já é mais difícil. Se forem coisas que envolvam dança ou representação, já não é possível, sob pena de as pes-soas caírem”.

Nos últimos anos, os res-ponsáveis da igreja de São

Lázaro têm impedido a utiliza-ção do adro para a instalação do palco, apesar de a organiza-ção cessar todos os espectácu-los durante as horas da missa. Porém, Miguel Senna Fernan-des e Amélia António esperam que a resposta agora seja dife-rente, já que houve “algumas alterações na hierarquia da-quela paróquia”.

Para o presidente da As-sociação dos Macaenses, a 10ª edição do Arraial de São João,

que se realiza entre os dias 25 e 26 de Junho, é um marco im-portante. “As coisas que acon-tecem aqui em Macau muitas vezes nascem pelo entusiasmo mas depois também morrem pela falta dele e nós já tivemos muitas oportunidades de de-salento, mas a determinação de continuar sempre venceu”.

Ainda assim, está por cum-prir um sonho: “a efectiva participação das associações chinesas. Ainda falta esta com-

ponente que quisemos desde o início. Oxalá que um dia isto venha a acontecer”, frisou.

Amélia António faz um ba-lanço positivo do impacto do Arraial destacando que “é fácil mostrar e fazer perceber que este é um momento especial da cidade”. Miguel de Senna Fernandes partilha da mesma perspectiva, explicando que “há 10 anos quisemos revitali-zar esta tradição [do São João] e na altura havia muita resistên-cia”. “Julgo que 10 anos deram para que as pessoas entendes-sem que em Junho existe uma festa. Pusemos a festa no calen-dário de Macau”, sublinhou.

O Arraial de São João, na zona de S. Lázaro, conta este ano com 35 barraquinhas, sen-sivelmente mais 10 que na edi-ção anterior.

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Fernando Marques quer mostrar que “em Portugal não há só vinhos”


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SUSPEITO FEZ-SE PASSAR POR CHEFE DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO

“Sonho” de criar empresa custou 17 milhõesFingindo ser o chefe de um departamento responsável pelo trânsito, um residente de Macau terá burlado um comerciante do Continente chinês em 17 milhões de patacas, acabando por ser detido. Noutro caso, um indivíduo queixou-se de ter sido vítima de roubo no valor de 1,2 milhões de dólares de Hong Kong num hotel

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um residente de 28 anos idade e a

sua namorada, por suspeitas de terem burlado um comer-ciante da China Continental em 17 milhões de patacas, sen-do que um cúmplice encontra--se em fuga.

O caso remonta ao ano pas-sado e envolveu a angariação de investimentos com vista à alega-da criação de uma empresa.

De acordo com a PJ, o quei-xoso garantiu ter sido engana-do, porque o suspeito fez-se passar por chefe de um depar-tamento de gestão de trânsito.

As autoridades policiais indicaram ainda que o suspei-to terá contratado o cúmplice, que se encontra em fuga, para convencer a vítima a investir na constituição de uma empre-sa. Em troca, foi-lhe prometida a obtenção da concessão de di-reitos para a operação de vários parques de estacionamento no território e venda de veículos “amigos” do ambiente. Para tal, foram inclusive assinados

diversos contratos falsos. Com o objectivo de ganhar

a confiança do queixoso, o sus-

peito comprou-lhe carros eco-lógicos. No entanto, um ano depois, quando já tinha desem-

bolsado dez milhões renminbis e cinco milhões de dólares de Hong Kong, a vítima não viu

as promessas serem cumpridas, pelo que decidiu apresentar queixa à Polícia Judiciária.

Agentes policiais encontra-ram um total de 410 mil pata-cas na posse do detido, tendo este alegado que transferiu ou-tra parte das verbas para uma conta bancária no Continente Chinês.

Noutro caso, um residente de Macau alegou ter sido alvo de roubo, envolvendo mais de um milhão de dólares de Hong Kong. O episódio terá ocorrido num quatro de hotel no COTAI, com a vítima a ser ameaçada com um objecto que, segundo declarou, era similar a uma pistola.

Às autoridades, o queixo-so especificou ainda que foi assaltado por quatro pessoas, na sequência de um pedido de ajuda por parte de uma pessoa conhecida para trocar dinheiro destinado ao jogo.

A PJ continua a investigar o caso, não tendo feito ainda qualquer detenção.

R.C.

Polícia investiga duas mortes após quedas de edifícios

Duas pessoas faleceram ontem, após terem caído dos edifícios onde viviam, sendo que na base dos casos es-tarão motivos distintos. Uma das vítimas, um homem de 43 anos de idade, foi encontrado morto por volta do meio-dia ao lado de um prédio localizado no Bairro Iao Hon. Segundo a testemunha que alertou as autoridades, a vítima terá caído quando estava em cima de uma estrutura no exterior da janela do seu apartamento a reparar uma prateleira para pendurar roupa. A estrutura não terá sustentado o peso do homem e partiu-se, originado a queda fatal. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária. Quatro horas mais tarde, nas proximidades da Rua Sul do Patane, foi encontrado o corpo de uma idosa com cerca de 87 anos, no parque de estacionamento de um edifício. De acordo com a Polícia Judiciária, os indícios preliminares apontam para a possibilidade de suicídio.

Macau e Cantão promovem “startups”O subdirector dos Serviços de Economia de Macau (DSE), Lau Wai Meng, e o presidente do Instituto de Pesquisa Fok Ying Tung da Uni-versidade de Ciências e Tecnologias de Hong Kong em Cantão, Allen Miao, assinaram on-tem um acordo de cooperação para fomentar a incubação de “startups” de jovens das duas cidades. Segundo a DSE, o acordo visa promo-ver em conjunto, através da combinação dos recursos e da complementaridade das vanta-gens dos dois lados, a cooperação aprofun-dada dos jovens empresários, reconhecendo mutuamente os projectos de empreendedo-rismo juvenil. No espaço de incubação serão proporcionados “apoios diversificados ao em-preendedorismo, serviços de aconselhamento profissional, escritórios e bolsas de contactos”, de modo a impulsionar a cooperação e am-pliar o espaço para os jovens de Macau cria-rem e desenvolverem negócios no Interior da China. A “Oficina (Internacional) de Inovação para os Jovens de Guangdong, Hong Kong e Macau”, situada no Instituto de Pesquisa Fok Ying Tung da Universidade de Ciências e Tec-nologias de Hong Kong na Zona de Comércio Livre de Nansha em Cantão.

OBRAS DE YANG YIMO EXPOSTAS NO CENTRO UNESCO

A arte de pintar com os dedosA Fundação Macau inaugura hoje, no Centro UNESCO, a mostra “Traços de Tinta sem Pincel”, composta por 60 obras de Yang Yimo que reflectem a técnica de pintar com os dedos

Yang Yimo é natural de Tieling, província de Liaoning, sendo bastante conhecido no Interior da

China por uma técnica que consiste em pintar sem pincéis, ou seja, com os de-dos. Esta característica do artista poderá ser apreciada até 21 de Junho, terça-feira, na Sala de Exposições do Centro UNES-CO no âmbito da exposição “Traços de Tinta sem Pincel”.

Com a organização a cabo da Fun-dação Macau, o certame reúne mais de 60 obras de Yang Yimo que desempenha actualmente os cargos de presidente do Instituto de Pintura com os Dedos de Tieling da China.

Segundo a Fundação Macau, o artis-ta é também membro da Associação dos Artistas de Belas-Artes da China e da As-sociação dos Calígrafos da China, sendo classificado como artista de belas-artes de primeira classe do país.

Gosta de pintar e caligrafar desde a infância, sendo que, a partir de 1993, de-dicou-se a estudar pintura com os dedos. Yang Yimo já conquistou o Prémio de Ouro da 2ª edição de Exposição de Obras de Belas Artes dos Grupos Étnicos das Minorias da China, bem como prémios de distinção em diversas exposições.

Incluídos em diversas exposições in-dividuais em locais como Xangai, Can-tão, Dalian, Macau, Japão, Singapura, Rússia e Malásia, os trabalhos de Yang estão também publicados em vários li-vros de pinturas e fazem parte das colec-ções de diversos museus da China.

Yang Yimo foi considerado por críti-cos de arte como um “representante dis-tinto” dos pintores de Liaoning, com ca-racterísticas pessoais, sendo que as suas pinturas com os dedos já se tornaram obras de boa marca do Norte da China, sublinha a Fundação Macau.

Funcionário de escola tirou fotos íntimas de aluna

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) deteve ontem em flagrante um funcionário de uma escola que estava a captar fotografias debaixo da saia de uma aluna. De acordo com o CPSP, o detido, de 32 anos de idade e oriundo do Continente Chinês, confessou que começou a protagonizar actos semelhantes em 2013, quando ainda vivia no Continente, devido a um “fetiche”. A polícia encontrou na posse do indivíduo mais de 140 mil fotos íntimas. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.

Vítima foi aliciada com promessa de gerir parques de estacionamento


A Cerimónia de Atri-buição do Prémio Hotel Verde Macau

entregou ontem o prémio de ouro a cinco hotéis, tendo sido atingido um “número recorde” em relação aos últi-mos anos, indicou a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA).

De entre os 17 galardoa-dos, cinco receberam a meda-lha de ouro: Crown Towers, Sands Macao Hotel, Hotel Okura, Grand Hyatt Macau Hotel e Hard Rock Hotel sen-do que a distinção tem três anos de validade.

Além disso, foi entregue o novo prémio “Pensão Verde” a quatro hotéis económicos transparecendo o “incentivo” que se está a dar aos hotéis no sentido de melhorar “conti-nuamente os trabalhos de pro-tecção ambiental, bem como para que o nível de partici-pação dos hotéis económicos seja cada vez mais elevado”.

O Prémio Hotel Verde Macau 2015 foi entregue a 17 hotéis, para além dos sete que receberam o prémio “Fidelidade Verde”. De acordo com a organização, a cerimónia deste ano pautou-se ainda pelo recorde com a atribuição de cinco medalhas de ouro

PRÉMIO VERDE ALCANÇOU RECORDE COM CINCO MEDALHAS DE OURO

17 hotéis são “amigos” do ambiente

Concurso paraacesso a aterrode resíduos atrai17 propostasO concurso para a emprei-tada de construção da “Es-trada na Zona do Aterro de Resíduos de Materiais de Construção” levou à apre-sentação de 17 propostas, 16 das quais foram aceites, anunciou a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DS-SOPT). Os preços propostos variam entre 30 e 50 milhões de patacas para uma obra que deverá arrancar no qua-tro trimestre deste ano e tem um prazo máximo de exe-cução de 330 dias úteis. Se-gundo a DSSOPT, é neces-sário executar naquela zona um acesso destinado a veí-culos e peões, visto que se-rão construídas instalações de pré-tratamento de car-ros velhos e obsoletos e de triagem de materiais inertes resultantes das demolições e construções. A obra abran-ge uma área de construção de cerca de 30.000 metros quadrados e o acesso terá 1.400 m de comprimento. Nas laterais do acesso, serão construídos passeios e insta-lados lugares de estaciona-mento. Segundo as estima-tivas, a empreitada poderá criar cerca de 50 postos de trabalho, a serem ocupados prioritariamente por traba-lhadores locais.

Por outro lado, receberam medalhas de prata o Grand Lisboa Hotel, Mandarin Oriental Hotel, Hotel Royal, Galaxy Hotel, Riviera Hotel, Hotel Guia e o Grand Empe-ror Hotel. O bronze foi entre ao L’Arc Hotel Macau, East Asia Hotel, Ole London Ho-tel, Hotel Sun Sun e Ole Tai Sam Un Hotel.

Na categoria do “Prémio Fidelidade Verde” destacaram--se sete hotéis: Hotel Riviera, Grand Coloane Resort, Hotel Beverly Plaza, Holiday Inn Ma-cau, Metropole Hotel, Emperor Hotel e Pousada de Mong-Há.

De acordo com a organi-zação foram já premiados 38 hotéis, representando 35% do total dos hotéis do território que correspondem a mais de 19.000 quartos.

Com o propósito de “atrair mais hotéis económicos” para a competição, criou-se este ano o “certificado de medidas básicas”.

O prémio é destinado aos hotéis económicos que já implementaram as medi-das ambientais básicas, com vista a incentivá-los a darem mais atenção e a promoverem a protecção ambiental, bem como a melhorarem gradual-mente o seu desempenho na área da gestão ambiental.

De frisar ainda que du-rante o período de validade deste prémio, os hotéis ga-lardoados devem manter-se em conformidade com as leis e outros diplomas legais de Macau respeitantes à protec-ção ambiental. Caso contrá-rio, poderá ser cancelada a respectiva qualificação para

obtenção do prémio, de for-ma a “incentivar os hotéis premiados a cumprir a res-ponsabilidade social de pro-tecção do ambiente”.

A DSPA indicou que as candidaturas ao “Prémio Ho-tel Verde Macau 2016” podem ser submetidas no período de 1 de Julho a 16 de Agosto.

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Com o objectivo de estimular a utilização de energias “lim-pas” por parte da população de Macau, o Executivo está a delinear um plano director sobre políticas para a circula-

ção de viaturas que, entre outros aspectos, prevê benefícios fiscais para a utilização de carros eléctricos, afirmou ontem o subdirec-tor do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE), Lou Sam Cheong.

Tendo em conta as carências de equipamentos para passar da teoria para a prática, o GDSE pretende disponibilizar ainda este ano 50 postos de carregamento para automóveis motivos a electri-cidade, em dez parques de estacionamento público.

Segundo o subdirector do Gabinete, estão em curso os pre-parativos para que os trabalhos de construção possam arrancar na segunda metade do corrente ano. Lou Sam Cheong sublinhou que, no total, o Governo pretende disponibilizar 200 postos de carregamento de veículos nos próximos quatro anos.

Por outro lado, no que diz respeito aos parques de estacio-namento privados, o subdirector avançou ontem ao jornal “Ou Mun” ter recebido mais de 10 pedidos de instalação de equi-pamentos por parte da Companhia de Electricidade de Macau (CEM), alguns dos quais já foram colocados em funcionamento.

Questionado sobre a eventual aceleração de medidas para promover o uso de veículos eléctricos, Lou Sam Cheong escla-receu que o plano ainda está numa fase experimental. De qual-quer modo, assegurou que irá ouvir opiniões de consumidores e companhias de administração de auto-silos, bem como respeitar a avaliação feita pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego.

Para já, eventuais cobranças pelos serviços de carregamento não fazem parte da “agenda” do Governo que, nesta fase, prefe-re dar prioridade ao aperfeiçoamento das instalações, asseverou Lou, salientando ainda não ter recebido qualquer proposta da CEM visando pagamentos por parte dos consumidores.

O mesmo responsável abordou ainda a questão da transferên-cia de posse de acções da “Sinosky Energy”, dizendo que as au-

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GOVERNO PROMETE 200 LOCAIS DE CARREGAMENTO ATÉ 2020

Mais 50 postos para carros eléctricosGarantindo que pretende incentivar o uso de veículos eléctricos, o Governo da RAEM anunciou planos para instalar mais 50 postos de carregamento em 10 auto-silos públicos até ao final deste ano. De acordo com o subdirector do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, Macau deverá contar com 200 postos para esse fim no prazo de quatro anos

toridades têm acompanhado o assunto e mantêm uma comunica-ção estreita com a empresa, no sentido de garantir o fornecimento constante de gás natural e elaborar em conjunto um mecanismo de definição de preços.

R.C.

10 JTM | LOCIAL Sexta-feira, 17 de Junho de 2016FO

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Até a água se calcula

Depois da vitória em Pequim e em Londres, a selecção feminina de voleibol do Brasil que está em Macau ambiciona alcançar nova medalha de ouro desta vez nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Para além das habituais análises ao sangue, as jogadoras são também obrigadas a exames de suor e urina para determinar a dose exacta de carbohidratos e sódio que precisam de beber, segundo indica a página oficial dos Jogos Olímpicos.

GRANDE PRÉMIO ARRANCA HOJE COM BRASIL-SÉRVIA

Estrelas do voleibol preparadas para torneio “renhido”Começa hoje mais uma etapa de Macau do Grande Prémio Mundial de Voleibol com um embate entre as selecções do Brasil e da Sérvia. O Pavilhão do Fórum vai acolher ainda as formações da China e Bélgica, que também estão confiantes de que será um fim-de-semana “renhido” e “muito interessante” durante o qual vão preparar-se sobretudo para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

Catarina Almeida

A etapa local do Grande Prémio Mundial de Voleibol está de regresso depois de no ano passado não se ter realizado devido a

uma decisão da Federação Mundial de Voleibol. As competições começam hoje com a realiza-

ção do jogo entre as selecções do Brasil e da Sér-via, no Pavilhão do Fórum Macau, às 16:00 horas. Quatro horas depois, colocam-se frente-a-frente as selecções da República Popular da China e da Bélgica.

No cômputo geral, as quatro equipas selec-cionadas para a etapa de Macau estão animadas por regressar à cidade e disputar um torneio que definem como “renhido” e “muito interessante”.

“Estão cá algumas das melhores equipas do mundo e é lógico que para nós vai ser importan-te jogar contra elas em função do próprio Gran-de Prémio e dos Jogos Olímpicos que começam daqui a 50 dias”, frisou João Roberto Guimarães, treinador da selecção brasileira, em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Desde que participa no Grande Prémio, o Bra-sil tem ocupado sempre posições de destaque nas tabelas classificativas. Na última edição foi a equi-

pa invencível da fase preliminar mas, na fase das seis equipas mais fortes, acabou derrotada pela campeã do circuito, os Estados Unidos da Amé-rica.

A equipa não actuava em Macau desde 2011, pelo que as “saudades” já se faziam sentir. “É uma das melhores séries do Grande Prémio. Vai ser importante para a nossa equipa jogar contra estas equipas num lugar que para nós é muito im-portante”, disse João Roberto Guimarães.

Quanto aos jogos na etapa da RAEM, o treina-dor considera que as três equipas adversárias são “fortes” e, por isso, vão requerer do Brasil uma “dedicação muito grande” numa competição que

Trouxe “matapa, que é folha de mandioca pilada, trouxe mandioca fresca, castanha

– aqui também há muita casta-nha, mas o sabor é diferente –, trouxe amendoim pilado, licores tradicionais, cerveja para utili-zarmos em determinados pra-

tos, trouxe peixe seco, piripíris, especiarias. Isto tudo para ser o mais verdadeiro possível do que temos de bom em Moçambique”, disse, lamentando que o limite de bagagem não permita maior quantidade.

Até dia 26, no hotel Grand

Lapa de Macau, será possível experimentar vários pratos, em ‘buffet’ de almoço e jantar, com destaque para o que Carlos Graça chama o “cartão-de-visita de Mo-çambique”: “A matapa, folha de mandioca pisada que leva quatro horas a ser confecionada, onde se

Semana de Moçambique arranca hojeA 8ª edição da Semana Gastronómica de Moçambique em Macau começa hoje, novamente sob a direção do ‘chef’ Carlos Graça, que trouxe a bagagem cheia de ingredientes essenciais para confeccionar a “verdadeira comida moçambicana”

junta amendoim pilado, leite de coco e mariscos, neste caso vou fazer com camarão ou com caran-guejo, e acompanha com xima, que é uma espécie de puré de mi-lho que é habito comer-se em Áfri-ca. É um prato muito apreciado e confeccionado de norte a sul”.

O evento é organizado pela Associação dos Amigos de Mo-çambique de Macau, que salienta o jantar especial de dia 25 para celebrar o 41.º aniversário da in-dependência do país, aberto a

quem quiser participar, mediante inscrição.

Apesar das grandes diferenças culinárias entre a China e Moçam-bique, a semana gastronómica tem vindo a atrair cada vez mais público chinês. “Tem cada vez mais sucesso, sempre casa cheia, geralmente nunca há lugares. As pessoas gostam de uma maneira geral, não só chineses mas tam-bém a comunidade portuguesa. Há muitos moçambicanos, muitos africanos, há muita procura e isso

servirá, sobretudo, como base para os Jogos Olím-picos que se avizinham. “A maioria das equipas que participam no Grande Prémio estão a fazê-lo como jogos de preparação para os Jogos Olímpi-cos. Temos treinado muito”, garantiu.

Casa do Brasil não terá claqueAo contrário das outras edições, a Associação

Casa do Brasil não foi contactada pelo Instituto do Desporto para a organização de uma claque.

“Davam-nos convites para levarmos os bra-sileiros e amigos que queriam torcer pelo Brasil. Este ano ninguém falou nada, não convidaram nem ofereceram bilhetes”, lamentou a presiden-

João Roberto Guimarães assume que já tinha saudades dos jogos em Macau


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MO Museu de Arte de Macau (MAM) abriu ontem ao público

a exposição “Cnidoscolus quercifolius” de Alexandre Marreiros, e que integra a Montra de Artes realizada desde 2012 pelo MAM.

A mostra ficará patente até 31 de Julho e engloba um conjunto de trabalhos foto-gráficos e de pintura seg-mentados em três secções distintas, mas que têm como cenário transversal as fave-las do Rio de Janeiro.

Depois de seis meses no Brasil, Alexandre Marreiros apresenta agora à população de Macau um conjunto de peças que resultaram de um “grande interesse” pessoal pelas favelas. “Sempre me interessei muito por arqui-tectura social e pela arqui-tectura quando é transpor-tada para o seu osso, para a sua essência e onde ela cum-pre uma função”, começou por explicar à margem da cerimónia de inauguração.

O objectivo da mostra não é o de “querer mostrar que as favelas não são aqui-lo que toda a gente pensa”. Pelo contrário, Alexandre Marreiros pretende “mos-trar que há ideias bonitas atrás da favela do ponto de vista humanitário, arquitec-tónico e também cultural porque são culturas margi-nalizadas mas que desen-volvem a sua cultura à sua maneira”, frisou.

Por outro lado, destaca o facto das gentes daqueles lugares conseguirem solu-cionar os problemas, embo-ra com “poucos recursos”, apresentando uma arqui-tectura única sob o ponto de vista do artista. “Acaba por ser uma coisa clandes-tina, que não é planeada, mas que resolve problemas de clima porque são frescas e da própria segurança por-que são realidades muito

MOSTRA DE ALEXANDRE MARREIROS REFLECTE SEIS MESES NO BRASIL

O lado arquitectónicoe humano das favelasO arquitecto Alexandre Marreiros inaugurou ontem a primeira mostra no Museu de Arte de Macau intitulada “Cnidoscolus quercifolius”. Para o artista, a mostra representa um olhar pessoal sobre as favelas brasileiras como lugares onde pairam “ideias bonitas do ponto de vista humanitário, arquitectónico e também cultural”

GRANDE PRÉMIO ARRANCA HOJE COM BRASIL-SÉRVIA

Estrelas do voleibol preparadas para torneio “renhido”

complicadas. Mas, a arqui-tectura das favelas responde inteiramente à sua função”, notou.

No fundo, Alexandre Marreiros sentiu a neces-sidade de transpor para as telas aquilo que a sua obser-vação foi captando ao longo das viagens e visitas que fez às favelas.

“É uma arquitectura criada e construída de uma maneira muito precária mas que eu encontro qualidade. Há aqui uma curiosidade que me leva entender aquilo como um fenómeno arqui-tectónico e depois desen-volver um trabalho nas ar-tes plásticas como exercício

mental para tentar perceber o que é tudo aquilo”, expli-cou.

Alexandre Marreiros está actualmente em Macau a trabalhar enquanto arqui-tecto e artista plástico, de-pois de ter desenvolvido a sua arte no Rio de Janeiro. Nasceu em Portugal tendo concluído a sua formação e grau de mestre pela Facul-dade de Arquitectura e Ar-tes da Universidade Lusíada de Lisboa.

Tendo já participado em várias exposições de arte re-cebeu em 2015 uma menção honrosa da Ilustração Con-temporânea Portuguesa.

C.A.

quem quiser participar, mediante inscrição.

Apesar das grandes diferenças culinárias entre a China e Moçam-bique, a semana gastronómica tem vindo a atrair cada vez mais público chinês. “Tem cada vez mais sucesso, sempre casa cheia, geralmente nunca há lugares. As pessoas gostam de uma maneira geral, não só chineses mas tam-bém a comunidade portuguesa. Há muitos moçambicanos, muitos africanos, há muita procura e isso

incentiva-me a voltar a Macau”, explicou o ‘chef’.

O público chinês, disse, apre-cia particularmente o marisco e também gosta dos pratos com caril. “Na gastronomia moçam-bicana temos uma fusão da cozi-nha portuguesa e indiana, temos um hábito de usar o pó de caril e temos as feijoadas de Portugal, esses gostinhos todos misturados fazem a nossa comida”, subli-nhou.

Apesar da regularidade com

que visita Macau, que já con-sidera “uma segunda casa”, Carlos Graça afastou a ideia de abrir um espaço permanente na cidade dedicado à gastronomia moçambicana. “Estou estabele-cido em Moçambique, tenho um restaurante em Maputo. Vindo para Macau não tinha com quem o deixar. Mas acredito que [um restaurante em Macau] tivesse muito movimento, com a procura que há”, concluiu.

JTM/Lusa

servirá, sobretudo, como base para os Jogos Olím-picos que se avizinham. “A maioria das equipas que participam no Grande Prémio estão a fazê-lo como jogos de preparação para os Jogos Olímpi-cos. Temos treinado muito”, garantiu.

Casa do Brasil não terá claqueAo contrário das outras edições, a Associação

Casa do Brasil não foi contactada pelo Instituto do Desporto para a organização de uma claque.

“Davam-nos convites para levarmos os bra-sileiros e amigos que queriam torcer pelo Brasil. Este ano ninguém falou nada, não convidaram nem ofereceram bilhetes”, lamentou a presiden-

te da Casa do Brasil ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

“Temos pessoas a perguntar onde arranjam bi-lhetes mas avisei logo que só comprando porque a associação não tem”, referiu Jane Martins. Po-rém, acredita que haverá certamente alguém nas bancadas alguém a encorajar a selecção.

Já o treinador brasileiro destaca as “pessoas de Macau” que são sempre “muito importantes” para a formação. “Temos um respeito muito gran-de e sempre tivemos. É sempre muito importante e também é por isso que queríamos voltar a Ma-cau”, notou José Roberto Guimarães.

Por sua vez, a treinadora da selecção da Re-pública Popular da China mostrou-se muito con-fiante nos resultados que serão alcançados no território como nos Jogos Olímpicos. Além disso, referiu que as jogadoras são mais jovens e, por isso, a maior parte nem tem experiência nos Jogos Olímpicos.

Nas palavras de Lang Ping, a etapa de Macau será também renhida e competitiva destacando as selecções do Brasil e da Sérvia como os grandes adversários.

Para além das provas de hoje, o torneio tam-bém promete animar o fim-de-semana. No sá-bado, às 14:30 horas, o público poderá assistir ao jogo entre o Brasil e a Bélgica, seguindo-se o fren-te-a-frente entre a China e a Sérvia. No domingo, último dia do Grande Prémio de Voleibol em Ma-cau, a competição fecha com chave-de-ouro com as partidas Bélgica-Sérvia e China-Brasil, este um duelo sempre muito aguardado.

Os bilhetes para o evento já estão à venda e custam 150 patacas.

João Roberto Guimarães assume que já tinha saudades dos jogos em Macau

Sexta-feira, 17 de Junho de 201612 JTM | DESPORTO

Futebol feminino cresce em Macaue prepara-se para Taça da Ásia OrientalA modalidade está a dar os primeiros passos e a selecção de futebol feminino tem oportunidade de ganhar ritmo competitivo. Os homens também vão estar nas eliminatórias de Guam

Num ano em que a As-sociação de Futebol de Macau organiza pela

primeira vez um campeonato de futebol feminino, as atletas vão--se apresentar com um pouco mais de experiência na fase de qualificação para o Campeonato da Ásia Oriental, que decorrerá no final deste mês em Guam.

Com um grande desenvol-vimento aqui ao lado, no conti-nente chinês, só agora é que Ma-cau está a dar o salto para que o futebol feminino tente recuperar terreno perdido.

“Estamos aos poucos a dar os primeiros passos nesta mo-dalidade e a presença na fase de apuramento da Taça da Ásia Oriental vem nesse sentido, que é o de dar maior experiência e ritmo competitivo às meninas”, começou por dizer ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU o vice--presidente da Associação de Futebol de Macau, Daniel Sou-sa, que estará alguns dias com a comitiva da RAEM em Guam, numa delegação que inclui ain-da a selecção principal masculi-na.

Mas no que diz respeito ao futebol feminino, trata-se de “uma batalha ganha”, ou seja, a introdução da modalidade no calendário associativo e a possi-bilidade então de proporcionar este tipo de contacto com selec-ções do exterior, concretamente em provas mais a sério.

“Como esta é uma fase preli-minar no lançamento definitivo do futebol feminino, a participa-ção em Guam é boa para elas, independentemente dos resul-tados. Sabemos que as Ilhas Marianas e Guam estão já mais desenvolvidos, uma vez que há três anos que apostaram nesta

Benfica volta à Taça da Confederação Asiática

O Benfica, tricampeão na Liga de Elite, confirmou a sua participação na Taça da Confederação Asiática de Futebol e um dos seus dirigentes, Duarte Alves, vai estar presente no sorteio da fase de qualificação, que se realiza hoje em Kuala Lumpur, na Malásia. Os adversários das “águias” só vão ser conhecidos no sorteio, mas já se sabe que haverá três grupos, agendados para o Quir-guistão, Butão e Mongólia. “É mais uma oportunidade fantástica que Macau tem de levar uma equipa a jogar a nível asiático e de conhecer a realidade do futebol dos países vizinhos”, referiu Duarte Alves em comunicado.

Vitor Rebelo modalidade, daí que a compe-tição ajuda ao progresso das mulheres”, refere Daniel Sousa, para quem “há outras iniciativas em vista, dedicadas ao futebol feminino, como a criação, no fu-turo, de cursos de formação de treinadores”.

Nesta altura em Macau há cerca de quatro dezenas de joga-doras e por isso houve a possi-bilidade de organizar um mini--campeonato, distribuindo as atletas por três equipas, o que veio igualmente oferecer um maior interesse a quem tem vin-do a praticar a modalidade.

Apoio dos clubes

O torneio é o primeiro oficial levado a efeito pela Associação de Futebol de Macau, contan-do com ADRAM, Pau Peng e Osaka, com jogos de futebol de oito (parecido com a bolinha), todas as segundas-feiras, no sin-tético do Campo D. Bosco.

“Foi bom terem aparecido estes três clubes que nos apa-drinharam e assim temos mais competição”, afirma Sofia Silva, uma das entusiastas portugue-sas pelo futebol feminino, con-vocada para seguir viagem para Guam, numa comitiva que par-te de Macau no dia 26 e regressa a casa a 2 de Julho.

“Vou com as expectativas muito em baixo, uma vez que não temos grande experiência internacional e igualmente não temos, por assim dizer, uma única jogadora completa que pudesse fazer uma clara diferen-ça. Por isso vai ser complicado defrontar formações muito mais experientes do que nós, como são os casos de Guam e das Ilhas Marianas do Norte”, sublinha Sofia Silva, que é defesa central e que já tem o “bichinho do fu-tebol” desde os primeiros anos da escolar:

“Andava eu no D. Bosco an-tigo e sempre gostei muito de jo-gar futebol, depois fui para Por-tugal e quando voltei, em 2009, surgiu a possibilidade do Benfi-ca criar a modalidade, mas não havia gente suficiente para fazer uma equipa. Mais tarde apare-ceu o Show di Bola e eu fiz um jogo com a selecção no D. Bosco, ao pé de casa, a partir daí passei a treinar com mais frequência.”

Fase de aprendizagem

Juntamente com Sofia Silva, há outras portuguesas a treinar, como Vanessa Santos, Rita Amo-rim e Sara Fonseca, tendo esta última sido igualmente integra-da no lote das que farão a via-gem até Guam para as elimina-tórias da Taça da Ásia Oriental.

“A nossa equipa ainda é nova e tem de aprender muito, precisamos de mais experiência e é basicamente isso que vamos receber em Guam. A competição é muito mais forte. Como é o meu segundo ano neste torneio, vejo que Macau tem alguns pro-gressos, mas ainda não o sufi-ciente para conseguirmos ficar no topo. Vamos tentar o nosso melhor e jogar mais sobre a de-fesa”, salienta Sara Fonseca.

A maior parte das jogadoras que actuam nas equipas do mi-ni-campeonato da RAEM, cujas idades variam entre os 17 e os

40, foi crescendo no futebol em Macau através do Show di Bola, que entretanto deixou de prati-car a modalidade, que tiveram oportunidade de fazer vários jo-gos com outras equipas de fora de Macau e até participaram num torneio na Tailândia.

Exigência precisa-seJá integradas na selecção de

Macau, as futebolistas realiza-ram um estágio em Cantão, na Páscoa, o que significa já alguma seriedade no desenvolvimento do futebol feminino.

“Jogámos com rapazes e fize-mos dois jogos, marcámos ape-nas um golo”, remata Sofia Sil-va, que reconhece que o futebol em Macau está a começar, mas os treinos poderiam ser mais exigentes.

“Os treinadores da selecção deveriam exigir mais de nós, mas claro que nesta fase o im-portante é chamar mais gente à modalidade, caso contrário, as meninas poderiam deixar de aparecer. Mesmo assim é bom, temos três treinos por semana no D. Bosco ou no Tamagnini Barbosa, falando-se na possibili-dade de no futuro se poder uti-lizar o relvado da Universidade de Macau”, afirmou.

De referir que a selecção de futebol feminino de Macau é orientada por cinco técnicos, to-

dos de etnia chinesa, alguns dos quais jogam na Liga de Elite, como é o caso do guarda-redes do Monte Carlo, Ho Man Fai.

Selecção masculinatambém participa

As jogadoras vão assim en-carar sem grandes ambições mais esta participação na qua-lificação do Campeonato da Ásia Oriental, num torneio que antecede o masculino e onde Macau também estará presente, cabendo-lhe defrontar Mongó-lia, Ilhas Marianas do Norte e Taiwan, com somente o primei-ro classificado do grupo a seguir em frente na prova.

O seleccionador Tam Iao diz que Taiwan é teoricamente o adversário mais forte. “Per-demos por 5-1 no último de-safio particular que fizemos diante de Taiwan, mas que-remos agora diminuir a dife-rença. Já as Ilhas Marianas e a Mongólia estão ao nosso al-cance. Vamos tentar lutar pelo primeiro lugar do grupo, ain-da a preparação em conjunto tenha sido pouca, uma vez que há ainda a época de Ma-cau a decorrer, concretamente a Taça”, disse.

A selecção principal da RAEM segue para Guam dois dias depois da comitiva femi-nina.

JTM | DESPORTO 13Sexta-feira, 17 de Junho de 2016

Costa Santos Sr.*

• • •PORTUGAL RUMO AO EURO 2016

Desnecessário repisar que o empate ante a Islândia, foi um balde de água fria para as

gentes que, um pouco com entusiasmo exagerado, apostavam, singelo contra dobrado, que os “gélidos” islandeses não iriam constituir obstáculo algum à equipa lusa.

Foi o que se viu.Mas, há ilações a tirar desse “de-

saire”. Desde logo, a ineficácia de um trinco (Danilo Pereira) ante uma equipa que jogava quase toda atrás da linha da bola e praticava, mesmo assim, um fu-tebol directo, de passes longos; depois, a inclusão de Vieirinha a lateral direito, quando se sabe – e nós dissemo-lo nas avaliações individuais que aqui deixá-mos – que não é exímio a defender e, por fim, se Quaresma estava “apto”, poderia muito bem ter jogado de inicio. Quem saía ? Exactamente Danilo Perei-ra, cabendo a missão de organização de jogo a Nani e João Moutinho.

Depois, a entrada de Éder, pecou por tardia.

Pronto, não adianta chover mais no que já está molhado. Importante é, isso sim, apontarmos as baterias todas para o jogo com a Áustria. Nada de ilusões pelo facto dos magiares terem ganho a esta mesma Áustria. Não tenhamos ilusões que a selecção portuguesa ou coloca em campo todo o potencial que tem, assumindo, desde o início, as re-gras do jogo e quem quer impor o ritmo do mesmo, ou…poderá sofrer algum susto.

Não basta – ficou provado – ter posse de bola em percentagem volumosa; é ne-

cessário materializar esse domínio, colo-car velocidade na técnica, saber circular a bola no meio campo contrário e, claro, ser expedito na hora da finalização.

A selecção austríaca, comandada pelo suíço Marcel Koller, é um fã do estilo de jogo alemão e tem em Schopf a sua referência, não só pela idade (22 anos) e joga no Shalke 04 como pela téc-nica que possui, muito embora a “ve-deta” seja Arnautovic, perigoso quer jogue pela ala ou bem de frente para a baliza. É uma selecção que tem valores individuais mas toda a sua força está no seu colectivo.

Seguramente que o observador da selecção portuguesa (Rosário) deve ter tirado as notas suficientes para alertar Fernando Santos de que facilidades não irão existir.

Não se deduza, por isto, que Portu-

gal não reúne condições mais do que suficientes para resolver o problema bem cedo; reúne. Não pode, isso não, é deixar-se embalar pelo jogo lento do seu adversário.

Acima de tudo porque é o jogo do tudo ou nada!

Acreditamos que Fernando Santos opere algumas mudanças no onze, fa-zendo entrar Cédric Soares para o lugar de Vieirinha, substituindo Danilo Perei-ra por William Carvalho e colocando Adrien no lugar de João Moutinho.

Assim sendo Portugal poderá ali-nhar da seguinte forma:

Rui Patricio; Cédric Soares, Pepe, Ricardo Carvalho e Raphael Guerreiro; William Carvalho; João Mário, Adrien e André Gomes; Nani e Ronaldo.

* Jornalista profissionalespecializado em desporto

A hora do tudo ou nada! OS JOGOS, RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES

GRUPO AFrança nos oitavosmas sem convencerNa segunda jornada disputada na quarta-fei-ra à noite, a França venceu a Albânia por 2-0, e assegurou um lugar nos oitavos embora te-nha marcado apenas aos 90 e 90+6 minutos, num castigo severo para uma selecção alba-nesa que justificou o empate. O selecciona-dor francês Didier Deschamps operou duas importantes alterações em relação ao jogo da primeira jornada, frente à Roménia, ao lan-çar no onze Coman e Martial, em detrimento de Pogba e Griezmann, mas as mesmas não surtiram efeito e foi o jogador do West Ham, Dimitri Payet, quem estabeleceu a diferença no resultado, abrindo o caminho para Griez-man aos 90+5, estabelecer o resultado final.

Roménia e Suíça satisfeitos com o empate? Roménia e Suíça empataram 1-1 no Parque dos Príncipes, em Paris. Bogdan Stancu (18 minutos), de penalti, o segundo que marca na prova, adiantou os romenos, mas Admir Mehmedi (57) empatou, conferindo maior justiça ao resultado. O empate pareceu satis-fazer as pretensões de ambos, sem se perce-ber bem porquê. Ambas as equipas podem passar. Em segundo lugar, com quatro pon-tos a Suíça tem que defrontar a França, o que não lhe augura grande futuro. Pode ser apanhada pela Roménia que se ganhar à Al-bânia fica com os mesmos quatro pontos, e com resultado igual no confronto directo as duas selecções apenas estão separadas na di-ferença de golos (1 positivo para a Suíça e um negativo para a Roménia). Um balanço que revela como tudo pode acontecer.

GRUPO B“The Great Escape” inglesafeita pelos substitutosA Inglaterra venceu ontem o País de Gales por 2-1, depois de ter chegado ao intervalo a perder por 1-0, assumindo o comando do Grupo B do campeonato da Europa de fute-bol de 2016, em Lens, França. Os galeses mar-caram primeiro, aos 42 minutos, num livre directo apontado por Gareth Bale após uma p;rimeira parte de domínio do jogo por parte dos ingleses. Na segunda parte Roy Hodg-so fez entrar suplentes Jamie Vardy, aos 56, e Daniel Sturridge aos 90+2, que selaram a reviravolta. Com este resultado, a Inglaterra lidera o Grupo B, com quatro pontos, contra três do País de Gales e da Eslováquia e um da Rússia.

Rússia mais longede seguir em frenteA Eslováquia venceu a Rússia, por 2-1, com dois ‘grandes’ golos de Weiss e Hamsik, no arranque da segunda ronda do Euro2016, obrigando a Rússia a começar a fazer as malas, já que joga na última jornada contra o País de Gales. A primeira vitória em fases finais de Europeus da estreante seleção eslo-vaca foi conseguida com dois golos marca-dos ainda na primeira parte, que deixam a selecção russa - que pressionou e esteve per-to de empatar depois de reduzir por Denis Glushakov (1-2), aos 80 minutos - em posição complicada.

Passada que foi a desilusão Islandia, as baterias já estão apontadas para o encontro de sábado, frente à Áustria. Só se admite um resultado: a vitória!

Fernando Santos anda a dormir mal!?!

• • • Á MARGEMTODOS DISPONÍVEIS NA SELECÇÃO LUSA

A selecção portuguesa de futebol realizou ontem mais um treino de preparação para a partida com a Áustria, no Euro2016, num apronto realizado em Marcoussis, França, em que Fernando Santos contou com todos os atletas. Os 23 convocados, trabalharam sem quaisquer limitações, nos 15 minutos abertos à comunicação social no Centro Nacional de Râguebi francês. Nesse período, os jogadores começaram por fazer os habituais exercícios de aquecimento, antes de trabalharem com bola. Danilo Pereira, que na quarta-feira fez exames complementares para apurar a gravidade da lombalgia contraída frente à Islândia, foi um dos atletas presentes, prevendo-se que esteja à disposição de Fernando Santos para a segunda partida do Europeu. Portugal e Áustria jogam amanhã (sábado), a partir das 21:00 locais (3 da manhã de domin-go na RAEM) no Parque dos Príncipes, em Paris. Após a primeira jornada, a Hungria comanda o grupo, com três pontos, graças à vitória sobre a Áustria (2-0), enquanto Portugal e Islândia somam um ponto cada.

RENATO SANCHES QUER SER TITULARRenato Sanches diz-se preparado para ser titular fren-

te à Áustria, considerando que não esteve mal nem bem nos minutos que jogou com a Islândia. “Não tive muito em jogo, só toquei na bola algumas vezes. Foi a ansiedade. En-trámos um bocado nervosos. Acho que não estive mal nem bem, estive normal. Fiz aquilo que o treinador me pediu. Acho que ajudou a poder ser titular. Fui a primeira opção

do banco”, afirmou. “Se tiver oportunidade, vou dar o meu melhor. Penso que estou preparado e estou bem para jogar. Se vou jogar ou não, isso depende do selecionador. Quan-do entrei com a Islândia, o treinador disse-me para assu-mir o jogo sem medo. É um treinador que nos dá confiança quando entramos campo”, disse. Renato Sanches admitiu que a equipa “não se sentiu bem” depois do empate com a Islândia, mas frisou que isso não afetou ambição dos joga-dores. “O objetivo era ganhar. Mas agora já estamos todos preparados para o próximo jogo. Estamos ainda focados no mesmo objectivo e um jogo não muda nada”, referiu.

PORTUGAL DOMINADOR NOS SEGUNDOS JOGOS Portugal nunca perdeu o segundo jogo de uma fase fi-

nal do Europeu nas seis vezes que participou na competi-ção, tendo um registo bem positivo de cinco vitórias e ape-nas um empate, cedido em 1984 perante a Espanha (1-1). Nesse Europeu, que também decorreu em França, a seleC-ção nacional alcançou as meias-finais e iniciou a prova com um empate perante a Alemanha (0-0). Ao juntar os registos que Portugal tem em fase finais de Mundiais, o domínio nesta fase fica ainda mais reforçado, com um balanço de nove vitórias, dois empates e apenas uma derrota, com 29 golos marcados e sete sofridos. Depois do percalço há 32 anos em Marselha, a selecção portuguesa venceu sempre na segunda jornada da fase de grupos, ao bater a Turquia (1-0), em 1996, a Roménia (1-0), em 2000, a Rússia (2-0), em 2004, a República Checa (3-1), em 2008, e a Dinamarca (3-2), em 2012.

Sexta-feira, 17 de Junho de 201614 JTM | ACTUAL

Queenie Rosita Law, de 29 anos, neta do falecido magnata dos têxteis Law Ting-pong, que fun-

dou a cadeia de vestuário Bossini, foi levada de sua casa, na antiga colónia bri-tânica, em abril do ano passado.

A mulher foi mantida numa gruta numa montanha e os familiares paga-ram um resgate de 28 milhões de dólares de Hong Kong para que fosse libertada.

Zheng Xingwang, de 30 anos, foi o único suspeito levado a tribunal em Hong Kong. Declarou-se culpado da acusação de levar/deter uma pessoa à força, com a intenção de procurar obter um resgate.

Outros oito homens foram levados à justiça no interior da China, onde tam-bém se declararam culpados, estando a aguardar o veredicto.

“O sequestro é um crime perverso e abominável”, afirmou o juiz Kevin Zer-vos, aquando da leitura da sentença. Apesar de não estar fisicamente ferida, a mulher temeu pela sua vida, disse o juiz, indicando que quando foi encontrada por dois agentes “tremia com o medo”. “Queenie passou por uma experiência traumatizante”, frisou.

Zheng Xingwang, que é natural do interior da China, facultou apoio logísti-co e material para o resgate, segundo foi dito em tribunal. As suas impressões di-

HONG KONG

Sequestrador de herdeira milionária condenado a 12 anos de prisãoUm membro de um grupo que sequestrou uma herdeira de um milionário em Hong Kong foi ontem condenado a 12 anos de prisão

gitais foram encontradas nos envelopes em que foi metido o dinheiro do resgate. Foi levado a tribunal depois de ter sido apanhado em Hong Kong pela polícia. Os outros membros do grupo foram pre-sos na China.

Queenie Rosita Law e o namorado estavam a dormir em casa quando um grupo de seis homens invadiu a pro-priedade, amarrou-os e colocou-lhes fita adesiva na boca, segundo a descrição ouvida em tribunal.

Também roubaram jóias e dinheiro de dois cofres, que continham valores estimados em três milhões de dólares de Hong Kong, depois de a forçar a dar as combinações.

A mulher foi levada para uma gruta na encosta, a cerca de uma hora e meia

de distância. Os raptores deixaram o na-morado livre, para que comunicasse ao pai dela o resgate exigido.

A polícia de Hong Kong organizou uma operação que envolveu centenas de agentes fortemente armados, helicópte-ros, navios e barricadas na estrada.

Quase todo o dinheiro foi recupera-do, incluindo algum enterrado na encos-ta perto do local para onde Queniee foi levada.

Apesar de os sequestros serem raros em Hong Kong, em 1996, foram regis-tados vários casos envolvendo altas fi-guras, incluindo o filho do magnata Li Ka-shing, que foi libertado depois de o seu pai ter alegadamente pago um res-gate de mil milhões de dólares de Hong Kong. JTM/Lusa

Queenie Rosita Law

ÍNDIA

Dado como morto voltou a casa sete anos depoisUm soldado indiano que tinha sido dado como morto regressou a casa sete anos mais tarde, depois de um acidente que o fez recuperar a memória. Segundo o ir-mão Ram Niwas explicou ao diário Times of India, Dharamveer Singh, de 39 anos, sofreu um acidente em 2009 quando cir-culava, com outros dois companheiros, numa estrada montanhosa da localidade de Dehradun, no estado de Uttarakhand,. “O veículo capotou num cruzamento, ne-nhum dos corpos foi encontrado”, acres-centou Niwas, referindo que os outros dois soldados regressaram desorientados para o seu destacamento. A mulher do soldado, Manoj Devi, recebeu a certidão de óbito do marido três anos depois, o que lhe permitiu começar a receber uma pensão, embora tenha dito que no fundo sabia “que o ia ver de novo”. Isso veio a acontecer na semana passada, quando o homem lhe bateu à porta de casa du-rante a noite. Singh explicou à família que não se recordava de nada depois do acidente. Tudo o que se lembrava, disse o irmão, é que estava na semana passada a mendigar nas ruas de Haridwar, outra cidade de Uttarakhand, quando foi atro-pelado por um motociclo. “O condutor levou-o ao hospital e depois de recuperar a consciência deu-se conta de que tinha recuperado a memória”, afirmou Nawas. O militar recebeu do condutor da moto 500 rupias (cerca de 7 dólares), dinheiro com que comprou um bilhete para ir até à sua aldeia, no Rajastão, o maior Estado da Índia.

Sexta-feira, 17 de Junho de 2016 JTM | ACTUAL 15

CHINA

Dívida total equivale a mais do dobro do PIBO montante total de empréstimos na China atingiu mais do dobro do Produto Interno Bruto (PIB), em 2015, afirmou ontem um economista do governo, considerando que o crédito disponibilizado pelo Estado ao sector corporativo pode revelar-se “fatal”

TAILÂNDIAMilhares de partidários de um poderoso monge budista, acusado de ter desviado milhões de dólares de doações, mobiliza-ram-se ontem na Tailândia e formaram uma verdadeira muralha humana para impedir a detenção do religioso. Vestidos de branco, concentraram-se dentro do gigantesco tem-plo de Dhammakaya, na periferia norte de Bangkcoque.

CHINATreze pessoas morreram na China e outras treze estão desaparecidas na sequência das chuvas que desde terça-feira atingem várias regiões do sul do país, segundo informaram as autoridades locais. A precipitação abun-dante causou inundações e deslizamentos de terra nas províncias de Jiangxi, Guizhou, Guangdong, Hunan e na região autónoma de Guangxi. Além das vítimas, cerca de 50 mil pessoas foram retiradas das suas habita-ções e duas mil casas ficaram destruídas ou sofreram danos.

JAPÃO-IA ilha de Hokkaid foi ontem abalada por um sismo de magnitude 5.3, sem que tenha sido emitido alerta de tsunami, informou a agên-cia de meteorologia japonesa. O abalo foi registado às 14:21 locais (13:21 em Macau), à profundidade de 10km, e foi sobretudo sentido na cidade de Hakodate, com o nível “6 menos” na escala japonesa, que significa que os objectos e pessoas estão em risco de queda.

JAPÃO-IIO Banco do Japão (BoJ) anunciou ontem que mantém inalterado o seu programa de estímulo à economia num momento mar-cado pela incerteza em torno do referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE Apesar da valorização do iene – que preju-dica as exportações japonesas – e do enfra-quecimento do consumo – motor da terceira economia mundial –, o BoJ optou por man-ter inalterado o programa activado em 2013.

ALEMANHAA empresa China Three Gorges (CTG), accio-nista maioritário da EDP, anunciou o acordo de compra da Meerwind, operadora de um dos maiores parques eólicos em alto mar da Alemanha, ao fundo norte-americano Bla-ckstone Group. A aquisição permite-lhe não só somar activos, como também integrar os técnicos especializados da Meerwind, que desenvolveram e geriram a construção e operação daquele projecto.

TIMORAs autoridades timorenses e o Instituto Ca-mões assinaram um protocolo de coopera-ção que permite assegurar a continuidade da formação dos peritos forenses do Labora-tório da Polícia Científica de Investigação Cri-minal (PCIC) timorense até final de 2016. O contrato tripartido de cooperação foi assina-do na quarta-feira, segundo informou na sua página no Facebook o Ministério da Justiça timorense, pelo direCtor nacional da PCIC, Vicente Fernandes e Brito e pela presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho.

FILIPINASO Presidente eleito das Filipinas, Rodrigo Duterte, vai retomar as conversações de paz com os rebeldes comunistas em Julho, informaram ontem negociadores. As ne-gociações foram interrompidas em 2013, mas Duterte fez campanha para as reacti-var. O anúncio é descrito como um passo político para acabar com um dos mais lon-gos conflitos na Ásia, que já causou milha-res de mortos.

VOLTA AOMUND

No encontro, um almoço-debate organizado pelo Fórum de Ad-ministradores de Empresas,

Mário Centeno ouviu queixas relativa-mente a medidas como a intenção de repôr o horário de trabalho no Estado de 40 para 35 horas, de devolver a ma-joração de três dias de férias aos traba-lhadores por conta de outrém (revogada pelo anterior governo), à falta de apoios ao investimento, designadamente à len-tidão na atribuição de fundos europeus

O ministro não tardou na resposta: “O salário mediano em Portugal é um terço do francês. Esta diferenciação sa-larial não existe em mais nenhuma área monetária; nos Estados Unidos a dis-persão salarial máxima é entre Missis-sippi e Boston, Massachusetts, e é um rácio de dois terços.”

E rematou, dizendo que “os portu-gueses são, de todos os trabalhadores da Europa, os que trabalham mais ho-ras. Trabalhamos mais 25% de horas do que os noruegueses, do que os ale-mães. Somos, em número de horas de trabalho, concorrentes com o Japão e os EUA”. Para Mário Centeno, esta “é a força que temos de aproveitar no mo-mento em que colocamos decisões de investimento em cima da mesa”.

Minutos antes, Luís Mira Amaral, presidente do Conselho da Indústria Portuguesa da Confederação Empresa-rial de Portugal ( CIP), sublinhara que “a paragem do investimento é o que me preocupa”. Fernando Mendes, empre-sário e gestor, perguntou “como é que o governo vai resolver o problema de capital da CGD de quatro mil milhões de euros”.

O ministro respondeu que a econo-

A dívida da China tem explodido à medida que Pequim tornou o crédito mais barato e acessível, num esforço para incentivar o crescimento económico. Enquanto o

estímulo é visto como positivo para melhorar os números de crescimento a curto prazo, muitos analistas apontam para a insustentabilidade deste modelo.

No final do ano passado, o endividamento do “gigante” asiático atingiu os 168,48 biliões de yua ((23,6 biliões de euros) o equivalente a 249% do PIB, segundo Li Yang, pesquisador da Academia de Ciências Sociais da China.

Fontes ocidentais, porém, estimam um valor superior.Em meados de 2014, a consultora McKinsey Group afir-

mou que, no conjunto, o endividamento da China atingiu os 28 biliões de dólares.

Segundo Li, o maior risco reside no sector corporativo não financeiro, no qual a proporção da dívida em relação ao PIB é estimada em 156%, incluindo as dívidas contraídas por meca-nismos de financiamento dos governos locais.

“Muitas das companhias em questão são empresas esta-tais que contraíram grandes empréstimos em bancos públi-cos, podendo implicar riscos sistémicos para a economia”, acrescentou.

“O mais grave na [dívida] corporativa não financeira da China é que, se houver problemas com esta, o sistema finan-ceiro chinês sentirá problemas imediatamente”, realçou Li. O problema afectará também os cofres do Estado, porque os bancos chineses estão “estreitamente vinculados ao governo”.

“É uma questão fatal para a China. Devido a esta ligação, é provavelmente mais urgente para a China do que para outros países resolver a questão da dívida”, afirmou.

No início desta semana, o número dois do Fundo Mone-tário Internacional (FMI), David Lipton, referiu também a “grande preocupação” da entidade com a dívida corporativa da China.

“Resolver esta questão é imperativo para evitar problemas no futuro”, afirmou. A economia chinesa cresceu 6,9%, em 2015, o ritmo mais lento dos últimos 25 anos.

A prosperidade económica é vista como essencial para as-segurar a estabilidade social, uma preocupação constante do governo de partido único na China.

Após a crise financeira global de 2008, a China assu-miu-se como o principal motor de crescimento da econo-mia mundial.

JTM/Lusa

PORTUGAL

Ministro diz que portuguesestrabalham muito e barato Portugal é bom para fazer investimentos porque “os portugueses são os que mais horas trabalham na Europa”, além de serem muito baratos quando comparados com os franceses, por exemplo, disse o ministro das Finanças a uma plateia de gestores, em Lisboa

mia não cresce mais por causa do siste-ma bancário e financeiro, que não está a funcionar corretamente. E disse que Caixa tem de ser um banco ao serviço do país. “Outras economias que passa-ram por programas de ajustamento se-melhantes ao nosso [Irlanda, por exem-plo] estão hoje a crescer muito mais porque têm um sistema financeiro que funciona”, declarou, remetendo para a necessidade de capitalizar a CGD e para a libertação urgente de fundos do siste-ma financeiro, com o apoio de fundos europeus, para viabilizar empresas e recapitalizá-las.

O ministro não se comprometeu com qualquer valor para o custo da ca-pitalização da CGD, mas garantiu que o banco “terá de permanecer público e o governo quer que continue a ser pú-blico”, mas “tem de ser um banco e tem de ser posto ao serviço da economia”. Referiu também que o governo quer lançar novos “instrumentos orientados para o reforço do capital e quase capital das empresas”, “importantes incentivos ao recurso aos capitais próprios – como a dedutibilidade destas despesas nos impostos”.

JTM/DN

Sexta-feira, 17 de Junho de 201616 JTM | ACTUAL

Trump defendevigilância de mesquitasO potencial candidato a presidente dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, defendeu a vigilância de mesquitas como parte de acções de segurança norte-americanas contra o terrorismo, e manteve a sua posição em relação à imigração de muçulmanos, criticada por integrantes de seu partido

Trump repetiu a sua proposta de proibir a en-trada temporária de imigrantes muçulmanos nos Estados Unidos, após um norte-americano

muçulmano, filho de imigrantes afegãos, ter matado a tiros 49 pessoas numa boate gay em Orlando, no do-mingo.

O empresário de Nova York declarou que, se o res-ponsável pelo ataque nasceu nos EUA, “os seus pais não, e suas ideias não nasceram aqui”.

“Nós temos que talvez controlar, de forma respei-tosa, as mesquitas e outros lugares, pois esse é um problema que, se não resolvermos, vai comer vivo o nosso país”, afirmou num comício em Atlanta.

Trump já defendera em Novembro a vigilância de mesquitas, assim como um banco de dados sobre re-fugiados sírios que entram nos EUA.

“Qualquer tipo de extremismo e de violência não é pregado em mesquitas americanas”, disse Ibrahim Hooper, diretor de comunicação do Conselho de Re-lações Islâmico-Americanas. “Na verdade, a pesquisa mostrou que as mesquitas são uma influência mode-radora sobre os indivíduos que frequentam.”

Esta semana, republicanos proeminentes distan-ciaram-se dos comentários de Trump sobre os muçul-manos.

JTM com agências internacionais

Desde que chegou à presidência norte--americana em 2009, Obama já recebeu o líder espiritual tibetano em três outras

ocasiões. A última aconteceu em Fevereiro de 2014.

O chefe de Estado norte-americano sempre tentou dar um carácter discreto aos encontros, que decorreram à porta fechada e longe da co-municação social.

O último encontro entre os dois prémios No-bel da Paz teve lugar na sala de mapas e não na sala oval (o gabinete de trabalho do Presidente norte-americano), onde normalmente Barack Obama recebe outros chefes de Estado.

O Dalai Lama encontra-se em Washington, onde na terça-feira se reuniu com membros, de-mocratas e republicanos, do Congresso norte--americano e proferiu um discurso no Instituto da Paz dos Estados Unidos.

Antes da intervenção, o líder espiritual tibeta-no pediu um minuto de silêncio pelas vítimas do tiroteio em Orlando (Florida) do passado fim de semana, que fez 49 mortos e mais de 50 feridos.

Antes do encontro na Casa Branca, um porta--voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, expressou a “firme oposição” de Pequim, afirmando que “o Dalai Lama não é só uma figura religiosa, é um exilado político que durante muito tempo tem estado envolvido em actividades separatistas anti-China sob a capa da religião”.

EUA

Obama e Dalai Lamareuniram à porta fechada O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se à porta fechada na Casa Branca, em Washington, com o líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, encontro que foi contestado pelas autoridades chinesas

Lu Kang reforçou que os assuntos relaciona-dos com o Tibete são “questões internas da Chi-na” e que nenhum país tem o direito de interferir nessas matérias.

Pequim defende que o Tibete é uma parte in-separável da China e que o Dalai Lama é um lí-der dos separatistas tibetanos.

O líder espiritual tibetano e Nobel da Paz (1989) vive no exílio em Dharamsala (norte da Índia) há mais de 50 anos.

JTM/Lusa

Sexta-feira, 17 de Junho de 2016 JTM | OPINIÃO 17

Dito“A grande questão que se coloca hoje, depois do empate com a Is-lândia, é, obviamente, a de saber que posição vai ocupar Marcelo, o polivalente, no próximo jogo. Ou, em termos mais técnicos, que aprendi há uns anos com um sapateiro que lia A Bola, qual será a sua ‘área de jurisdição’”.

Paulo Tunhas em “Observador”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

17/06/1996

MUSEU MARÍTIMO ANIMAFESTA DO BARCO-DRAGÃOUma exposição fotográfica intitulada “Dragão”, incluída nas celebrações da Festividade dos Barcos-Dragões, foi inaugurada no Museu Marítimo de Macau (MMM). A exposição, da res-ponsabilidade do Gabinete de Etnolo-gia Marítima do Museu, é composta por 50 fotografias e por diversos textos em português, chinês e inglês e aborda as Festividades dos Barcos-Dragão e do Dragão embriagado. O significado mítico-religioso e a sua importância para a comunidade ligada ao mar, quer pela actividade piscatória quer pela co-mercialização do pescado, são aspectos também focados na mostra, que esta-rá patente ao público até ao dia 24 de Junho. A celebração da Festividade do Barco-Dragão, uma iniciativa conjunta do MMM e da Associação de Auxílio Mútuo dos Pescadores de Macau, in-cluiu também a tradicional Dança do Leão, um espectáculo de ópera chinesa e a venda de arroz glutinoso. De acordo com o MMM, a celebração da Festivi-dade do Barco-Dragão vai “ao encontro do reconhecimento de que o trabalho nos museus deve ser resultante do diá-logo e da interacção entre o museu e a comunidade”. Diz a tradição que o Fes-tival dos Barcos-Dragão está associado à memória do poeta e ministro chinês Ch’u Yuan (300 a.c.), que desesperado na sua luta inglória contra a corrupção e outros males da sociedade, se lançou nas águas do rio Mi-Lou, onde se afo-gou. Para evitar que o corpo de Ch’u Yuan fosse comido pelos peixes do rio, os populares lançaram para a água ar-roz glutinoso embrulhado em sedas multicolores, batendo, ao mesmo tem-po, com os remos na água.

ETAR DE COLOANEVAI A CONCURSOO governo de Macau vai lançar na próxima semana um concurso públi-co para a construção de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) na ilha de Coloane, anunciou o secretário-adjunto para os Transportes e Obras Públicas. José Manuel Macha-do referiu que o concurso abrangerá a primeira fase da ETAR de Coloane, que terá duas linhas de tratamento com ca-pacidade para o processamento diário de 20 mil metros cúbicos de águas re-siduais. Aquela capacidade representa mais do dobro das necessidades actuais de Coloane, mas o projecto inclui duas outras fases que poderão ser construí-das no futuro, de acordo com as neces-sidades decorrentes do crescimento da ilha, sublinhou José Manuel Machado.

In “JM”

ALBANOMARTINS*

OS DESATINADOS

1. Ou será que deveria intitular esta peça de “os teóricos do loucocen-trismo”?

Há alturas em que tenho dúvidas se de facto alguns dos nossos locais vivem neste planeta ou se, pelo contrário, an-dam a deambular algures no universo sem terem os pés em terra firme.

Ou para ser mais preciso, e pondo termo a tanta dúvida, se têm os pés bem assentes no próprio chão!

Nunca percebi, e não vai ser agora por certo que me vão convencer, como é que uma economia, que se preza tanto ser livre, ter essa espécie de metástase espalhada pelo corpo inteiro.

Os locais são os únicos que podem ser condutores profissionais e os únicos que podem ser croupiers.

Curiosamente nada disso acontecia até à liberalização, um sinal de que an-tes, quando Macau não nadava em di-nheiro e não havia por aqui americanos no jogo e o Governo tinha dificuldade em pagar as suas contas anuais, essa malta não protestava. Aliás a taxa de desemprego até atingira cerca de sete por cento nos tempos mais difíceis da governação portuguesa e não havia manifestação alguma que preocupasse os líderes de então.

Ou seja, quando Edmundo Ho re-solve brilhantemente pôr a correr essa galinha dos ovos de ouro, acabando com o regime de monopólio, gerando assim riqueza, numa terra onde ela era apenas canalizada para os bolsos de uma minoria muito minoritária, gra-ças à liberalização do jogo e à entrada de novos operadores estrangeiros, os locais que até então viviam numa po-breza quase franciscana, resolveram a partir daí entender que a política eco-nómica, aqui confundida com política no sentido mais vil do termo, deveria ser feita por eles e não por quem gover-na esta terra.

E como quem é eleito para o “par-lamento local”, por via directa, cuida dos seus interesses, claro que confron-

Os teóricosdo lococentrismo

tar a exigência irracional e xenófoba de reservar algumas profissões apenas aos locais é sarna para se coçar que nin-guém quer ver perto de si.

O que disse Cheang Chi Keong, elei-to por via indirecta, caminho onde essa sarna está garantida não entrar no pêlo, é racional mas mexe com o status quo, infelizmente alimentado por um gover-no que não sabe bem onde se vai meter (nem sei se sabe onde está, com excep-ção natural de algumas secretarias que não aceitam a ordem “desordenada” que herdaram), que locais não nascem do chão de um dia para o outro nem chegam para ir a todas!

Querem a minha opinião? Um ab-surdo essa história de se reservarem lugares apenas para locais!

Se algum dia o jogo enfrentar pro-blemas sérios, devido a factores fora do controlo das próprias autoridades (forte concorrência externa, necessidade de re-dução das enormes taxas de imposto ou novas restrições vindas do Continente) quem mais vai sofrer serão os emprega-dos dos casinos! Empregados que não querem proteger-se agora, melhorando as suas qualificações técnicas ou procu-rando outro tipo de “indústria”!

O Governo entrou de leão na ques-tão do fumo e vai sair como carneirinho pela porta do fundo, que a AL tem inte-resses fortíssimos do jogo lá dentro.

E sabem que mais, eu até concordo desta vez, pelos vistos a segunda neste artigo, com essa rapaziada da AL!

Eu que não fumo, acho muito bem que haja salas para fumadores!

Esta malta local não sabe muito bem onde se está a meter.

Vejam de novo o que a jovem depu-tada Ella Lei diz relativamente a não ter havido alteração dos salários dos TNRs na construção civil, para defender a sua dama local.

Pois, basta olhar apenas para o ter-ceiro trimestre de 2014 e 2015 para ver-mos, nas folhas rápidas de “salários dos trabalhadores da construção e pre-ços dos materiais de construção”, que os salários diários médios dos TNRs na construção passaram de 573 para 651patacas!

Que raio de casa é aquela onde se diz tanta asneira e ninguém põe ordem no galinheiro?

Acham que o mundo gira todo à sua

volta, como os geocentristas achavam que era o sol que girava à volta da terra.

O sol aqui é o jogo, mas vamos ver se a chama não se consome toda de tanta asneira se defender!

Termino como comecei, tratam-se todos de teóricos do loucocentrismo!

2. O Secretário Lionel Leong disse há dias que a previsão do Go-verno apontava para um decrés-

cimo das receitas do jogo de 13,35 por cento no final deste ano.

Trata-se de um valor muito con-servador, no sentido de que a quebra do jogo no final deste ano será bem menor do que as previsões avançadas pelo Secretário.

Para que esse cenário de quebra de 13,35 por cento se verifique seria ne-cessário que as receitas médias men-sais do jogo, até ao final do ano, fos-sem de apenas 15.446 mil milhões de patacas, coisa que nem me passa pela cabeça poder vir a acontecer!

Acredito que haverá meses em que o jogo este ano irá superar os ní-veis do ano passado!

Vejam os dados construídos com base na tese de que o jogo irá cair 13,35 por cento em 2016!

Não creio que o Governo acredite nessa evolução.

Lionel Leong deveria rever a sua previsão, pelo impacto negativo que pode estar a passar para a indústria-rei!

valores médios mensais para as previsões do Sec. Lionel Leong serem de uma quebra de receitas do jogo de 13,35 por cento no final deste ano!

* Economista

• • • CARTOON • • •

JTM/DN

JOSÉ BANDEIRA

Sexta-feira, 17 de Junho de 201618 JTM | LAZER

• • • SOB OS HOLOFOTES

Viviana Chan

Inspiração nas peças de LegoA crescente popularidade da inclusão das peças de Lego nos acessórios levou a que os frutos do negócio de Charlie Choi fossem cada vez mais visíveis. Ainda que a artista não veja Macau como o local ideal para o desenvolvimento de projectos na área das indústrias criativas, desistir dos sonhos nunca foi a sua opção

Charlie Choi estudou e come-çou a trabalhar como artesã em 2014, assim que terminou

a faculdade. A princípio, explicou, não sabia muito bem o que queria, o que mudou apenas quando algumas amigas começaram a convidá-la para integrar negócios na área dos acessó-rios.

Para a jovem, os acessórios perso-nalizados e criados à mão são únicos e muito especiais, por isso, tem-se de-dicado a esta actividade. Em declara-ções ao JORNAL TRIBUNA DE MA-CAU explicou que criou a sua marca de bijutaria inspirando-se em peças de Lego. “Como estas peças têm mui-ta diversidade, contribuem para tor-nar os acessórios muito mais interes-santes”. As pulseiras são os itens com maior sucesso entre o público.

Choi juntou-se a duas amigas e criaram a marca “Midnight Macau”, estabelecendo a sua loja na vila criati-va da Rua do Campo.

Apesar de as pulseiras estarem entre os maiores sucessos de vendas, a marca dedica-se sobretudo à pro-dução de brincos. Para a jovem, em Macau não há muitos produtos seme-lhantes àqueles que cria, pelo que eles têm-se tornado muito populares.

A artesã nunca teve formação nes-te âmbito, no entanto, explicou, a ex-periência tem-na ajudado a ter cada vez mais ideias. “As minhas criações têm sempre por base as características dos materiais, podendo transformá--los de diferentes formas e usando vá-rias combinações”, explicou.

Nas mesmas declarações, a jovem mostrou-se muito confiante em re-lação ao que cria, destacando que os brincos que vende actualmente não são criados apenas com recurso a pe-

ças de Lego mas a outros materiais. Ainda que detenham aquele espa-

ço na zona da Rua do Campo, as três jovens promovem os seus produtos em redes sociais como o Facebook e o Instagram, contando já com quase 3.000 seguidores, que podem receber informação no momento em que no-vos produtos são lançados.

Recordando que alguns negócios têm atravessado períodos de crise, Charlie Choi frisou que o único mo-mento pior que a sua marca atraves-sou esteve relacionado com a introdu-

ção de alguns elementos inspirados em peças de Lego que foram conside-rados “exagerados”. Porém, gradual-mente, os produtos foram integrando várias feiras de arte no território e acabaram por ganhar reconhecimento e popularidade.

Trabalhar na área das indústrias criativas representa sempre algum ris-co, sublinhou Charlie Choi, explican-do que a criação das peças também gasta muito tempo e recursos cujo re-torno só existe se a peça for vendida. Às vezes, frisou, sente-se desiludida

pois há clientes que consideram os brincos que comercializa demasiados caros.

Assim, no seu entender, em Ma-cau verifica-se uma tendência oposta ao que acontece em Taiwan onde os jovens não se importam de gastar al-gum dinheiro a adquirir produtos das indústrias criativas.

Por outro lado, contou, nos seus tempos livres, Charlie Choi dedica-se à ilustração e fotografia em regimes de ‘freelance’, sobretudo para negócios ‘online’.

• • • ROTEIRO

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Dife-rido) 14:40 UEFA EURO 2016: Fase de Grupos (Grupo C) Ucrânia - Irlanda do Norte (Repetição) 16:30 UEFA EURO 2016: Fase de Grupos (Grupo C) Alemanha - Polónia (Re-petição) 18:20 Um Dia 5 Estórias 19:00 TDM Talk Show (Repetição) 19:30 Água de Mar 20:10 Diário do Euro 2016 20:30 Telejornal 20:50 UEFA EURO 2016: Fase de Grupos (Grupo E) Itália - Suécia (Directo) 23:00 TDM News 23:30 Resumo - Grande Prémio Mundial de Voleibal da FIVB Macau 2016 - Grupo Galaxy Entertainment 23:50 UEFA EURO 2016: Fase de Grupos (Grupo D) República Checa - Croácia (Directo) 02:00 Telejornal (Repetição) 02:30 Diário do Euro 2016 (Repetição) 02:50 UEFA EURO 2016: Fase de Grupos (Grupo D) Espanha - Turquia (Directo) 05:00 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 Countdown to Rio 13:30 F1 2016: Highlights Canadian Grand Prix 15:00 US Open Golf Championship 2016 Day 1 16:55 (LIVE) F1 2016: Practice European Grand Prix: Practice 1 18:30 Wimbledon Official Films 2010 19:30 Sport Confidential 20:00 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:30 Countdown to Rio 20:55 (LIVE) F1 2016:

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866Clube Militar de Macau 28 714 000ANIMA 28 715 732

• • • CÂMBIOS - Info BNUPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.94 8.04EURO 8.99 9.10YUAN (RPC) 1.222 1.246A programação é da responsabilidade das estações emissoras

CINETEATROS1 Now You See Me 214:30 • 16:45 • 19:15 • 21:50

S2 The Jungle Book14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

TORRE DE MACAUTeenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows (3D)14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

GALAXYThe Angry Birds Movie14:20 • 18:10

Warcraft: The Beginning14:00 • 15:10 •17:30 • 19:50 • 22:10

The Jungle Book15:30 • 17:30

Alice Through The Looking Glass14:20 • 16:30 • 18:40 • 19:00 • 21:00 • 23:10

The Last Race13:00 • 17:00 •19:00

The Nice Guys18:45 • 23:05

02:50 (Domingo)CANAL MACAU

EURO 2016 • Grupo DPortugal vs Áustria

Practice European Grand Prix: Practice 2 22:30 (LIVE) US Open Golf Championship 2016 Day 2

31 FOX SPORTS 212:30 FIH Hockey Champions Trophy (Men’s) Australia vs India 14:00 Modern Pentathlon World Cup Final 15:00 MLB Express Houston Astros vs St. Louis Cardinals 15:30 Ironman Championship North America 16:00 FIH Hockey Champions Trophy (Men’s) South Korea vs Germany 17:30 FIH Hockey Champions Trophy (Men’s) Great Britain vs Belgium 19:00 World Rugby 19:30 LPGA 2016 Meijer LPGA Classic Day 1 20:30 MLB Express Detroit Tigers vs Kansas City Royals 21:00 FIH Hockey Champions Trophy (Men’s) South Korea vs Germany

40 FOX MOVIES11:50 Hollow Man 2 13:25 Hancock 15:05 Avengers: Age Of Ultron 17:30 Paper Towns 19:25 Starship Troopers: Invasion 21:00 Evolution 22:50 X-Men: First Class

41 HBO12:00 World Trade Center 14:10 Hollywood 14:45 An-chorman: The Legend Of Ron Burgundy 16:20 The Judge 18:40 Batman Begins 21:00 The Dark Knight

50 DISCOVERY12:30 Fast N’ Loud 13:25 Kindig Customs 14:20 Killing Fields: The Case Continues 15:15 Marooned With Ed Sta-fford 16:10 Alaska: Battle On The Bay 17:05 How Do They Do It? 18:00 Marooned With Ed Stafford 19:00 Alaska:

Battle On The Bay 20:00 Rise Of The Machines 21:00 How It’s Made 22:00 Salvage Hunters 23:00 Mythbusters

54 HISTORY13:00 Forged In Fire 14:00 Power & Ice 15:00 Mountain Men 16:00 Alaska Off-Road Warriors 17:00 Power & Ice 18:00 Alone 19:00 Forged In Fire 20:00 Mega Disas-ters21:00 The Innovators: The Men Who Built America 22:00 Barbarians Rising 23:00 History Drama: Roots

62 AXN13:55 Supernatural 14:50 American Ninja Warrior 15:45 Alias 16:35 The Voice 8:15 Blue Bloods 19:10 American Ninja Warrior 20:05 Totally Insane Guinness World Recor-ds 20:35 Ebuzz - Episode 21:05 Criminal Minds: Beyond Borders 22:55 American Ninja Warrior 23:50 Exit 00:45 Totally Insane Guinness World Records

82 RTPI13:30 Manchetes 3 14:00 Agora Nós 16:66 O Preço Certo 16:45 Hora dos Portugueses (Diário) 17:00 3 às 10 17:30 Rota da Flor 19:00 Os Nossos Dias 19:45 Hora dos Portugueses (Diário) 20:00 Jornal da Tarde 21:00 Hora dos Portugueses (Diário) 21:15 A Culpa é do Ronaldo 22:45 Animais Anónimos 23:30 Ideias & Companhias 00:00 Os Nossos Dias 00:45 Hora dos Portugueses (Diário) 01:00 Central Parque 02:00 Futsal: Campeonato Nacional Futsal 2015/2016

• • • TELEFONES ÚTEIS

Sexta-feira, 17 de Junho de 2016 JTM | LAZER 19

• • • CINEMA

E se a América fosse culpadade todos os males do mundo?

Michael Moore cultiva um bizarro amor pelo seu país: por um lado, gosta de lembrar que os fundamentos da democracia e da tolerân-

cia estão inscritos nas páginas mais gloriosas da história dos EUA; por outro lado, parece acreditar que todos os males deste mundo se podem explicar, não apenas atra-vés dos suspeitos do costume ( Richard Nixon, Ronald Reagan, George W. Bush, etc.), mas por acções políticas e militares de entidades americanas. Vendo o seu novo filme, “E agora Invadimos o Quê?”, dir-se-ia que pode-mos pensar em tudo o que vai mal no planeta Terra, das guerras às atribulações da segurança social, concluindo com uma exuberante palavra de ordem: “A culpa é dos americanos!”

Depois de títulos como Fahrenheit 9/11 (2004), ques-tionando a ressaca política do 11 de Setembro, ou Sicko (2007), sobre os desequilíbrios do sistema de saúde ame-ricano, estamos, agora, perante um filme assumidamen-te político que se apresenta como um documentário temperado por um desconcertante sentido de humor.

Tudo começa com a definição dos EUA como “o país que invade outros países” (Coreia, Vietname, Afe-ganistão, etc.). A partir daí, Moore resume tudo o que aconteceu depois da Segunda Guerra Mundial (cujas “invasões”, curiosamente, não são citadas) em dois ver-tiginosos minutos de abertura para, logo a seguir, pro-por o programa de trabalho que está condensado no título do seu filme: porque não “continuar” as invasões, agora “ocupando” outros países?

Com que objetivo? Inventariar o que, no plano social e laboral, funciona bem nesses países, de modo a “ex-portar” os seus métodos e valores para os EUA. Quem vai protagonizar essa missão redentora? Um “repórter”

• • • E AINDA

O americano Michael Moore passou por vários países europeus, incluindo Portugal, para perceber que valores sociais e modelos políticos poderiam ser importados para o seu país

angelical munido de uma bandeira americana, quer di-zer, o próprio Michael Moore.

Em Portugal, com a CGTPO realizador visita a Itália e depara com uma elabo-

rada protecção dos direitos dos trabalhadores, desde as férias pagas até às licenças de maternidade; em França, fica maravilhado com a qualidade das refeições servidas na cantina de uma escola e também com a transparência das aulas de educação sexual; passa por Portugal, canta a Internacional num comício da CGTP no 1.º de Maio e mostra toda a sua admiração por um sistema de comba-te às drogas que deixou de penalizar os consumidores; enfim, na Islândia, além de uma entrevista com Vigdís Finnbogadóttir, primeira mulher do mundo a ser eleita como presidente de um país, celebra a muito significati-va percentagem de figuras femininas nas instâncias po-líticas e económicas do país.

Não é fácil seguirmos a lógica de raciocínio de Mi-chael Moore. A abordagem da Islândia é significativa: será que o facto de o país se distinguir por uma tão in-vulgar (e meritória) igualdade de oportunidades entre homens e mulheres justifica que se conclua que o pró-ximo passo para o Paraíso seria a entrega da gestão do nosso destino... apenas a mulheres?

A pergunta não pode deixar de envolver alguma iró-nica distanciação, mas convenhamos que quem convoca a arma da ironia é o próprio Michael Moore. Dir-se-ia que ele passou uma fronteira que torna o seu trabalho (cinematográfico) cada vez mais discutível. A compa-ração com filmes anteriores pode ser elucidativa – e até pedagógica.

Em Fahrenheit 9/11, por exemplo, mesmo que pu-déssemos não concordar com a sua leitura dos factos, co-locava-se na posição do documentarista que recusa a ilu-são muito televisiva da transparência: a sua câmara via e ouvia, observava e perscrutava, e o resultado possuía as virtudes de uma visão que se assumia por inteiro na sua irredutibilidade (“eu vejo assim o mundo”). Agora, em “E agora Invadimos o Quê?”, prevalece a facilidade de um estilo televisivo de “apanhados”, por vezes próximo da abjecção documental (por exemplo, quando Michael Moore finge “corromper” as crianças com que almoça na escola francesa, oferecendo-lhes... Coca- Cola!).

Seja como for, não deitemos fora o bebé com a água do banho – para além do ruído dos super-heróis, típicos do nosso verão cinematográfico, Michael Moore é, pelo menos, alguém que nos fala de gente viva e problemas reais.

JTM/DN

João Lopes

Meg Ryan irreconhecívelalegadamente pordemasiadas plásticasA actriz Meg Ryan, 54, chamou à atenção quando apareceu no último fim-de-semana nos Tony Awards, em Nova Iorque, com (mais) indícios de cirurgia plástica no rosto. A actriz não confirmou nada, mas, segundo um cirurgião plástico, Mark Yussef, com quem o HollywoodLife.com esteve à conversa, Meg Ryan recorreu a cirurgias, e não foram poucas! De acordo com a experiência que traz na bagagem, Mark acredita que a actriz desta vez preencheu as maçãs do rosto - demais, bem como recorreu a uma rinoplastia, pois o nariz está diferente. Mas não fica por aqui e o cirurgião fala também de uma possível mudança na forma do rosto e da utilização de botox e enchimento labial. “Esta não parece a Meg Ryan que nós tanto gostamos” confessa o médico-cirurgião plástico.

Vita Sidorkina seduz na Ellenorte-americanaVita Sidorkina mostra a sua beleza num editorial para a Elle norte-americana de Junho assinado por David Bellemere. A modelo russa de 22 anos posou para o número de Abril da Lui, num editorial também assinado por David Bellemere, cuja capa apresentava Marie-Ange Casta. Anteriormente, Vita Sidorkina posou despida para a revista Treats!. Vita Sidorkina participou no desfile de 2015 da Victoria`s Secret.

Anne Hathawayé a nova embaixadora global da ONU MulheresA actriz americana Anne Hathaway é a nova Embaixadora Global da Boa Vontade da ONU Mulheres, segundo foi anunciado na quarta-feira pelas Nações Unidas. A vencedora de um Oscar terá o objectivo de chamar a atenção para a desigualdade entre homens e mulheres nas tarefas domésticas, defendendo maior acesso a serviços de cuidados com as crianças e licença paternidade. Anne Hathaway declarou à Rádio ONU que se sente honrada pela oportunidade em defender a igualdade dos géneros. Na sua opinião, já foram feitos vários progressos, “mas é hora de intensificar esforços e garantir que a verdadeira igualdade seja finalmente alcançada”. A ONU Mulheres explica que serviços de cuidados da criança e licença paternidade e maternidade são duas maneiras de empregadores e governos demostrarem “entender o valor das pessoas”.

20 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 17 de Junho de 2016 • Fecho da Edição • 00:15 horas

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O apoio britânico para a saída da União Europeia no re-ferendo de 23 de Junho cresceu para 53 por cento, indi-cou uma pesquisa por telefone, sendo o nível mais alto de apoio registado na campanha em mais de três anos. A sondagem do Instituto Ipsos Mori, ouviu 1.257 adultos da Grã-Bretanha e indicou que 51% de todos os eleitores querem deixar o bloco e 49 por cento querem manter--se. Mas, quanto reduzidos entre os que provavelmente irão votar, a pesquisa indicou que 53 por cento iria vo-tar pela saída e 47 por cento pela permanência no bloco. “Restando uma semana, a saída supera o ‘fica’ com uma série de argumentos sobre imigração e dinheiro, os quais as pessoas geralmente acreditam, apesar de serem am-plamente negados pelo outro lado”, disse o presidente Ben Page à Reuters. A maioria das sondagens, contudo, diz que os indecisos superam 10%. Entretanto, também ontem, o jornal britânico Financial Times publicou um

editorial em que pede o voto a favor da União Europeia, alegando que não é o momento de retornar à mentali-dade da “pequena Inglaterra”. “Somos a Grã-Bretanha. Temos uma contribuição a fazer para um mundo mais próspero, mais seguro”, afirma o FT, referência do mun-do financeiro. O jornal acusa a campanha Brexit de ter sido “superficialmente patriótica, mentirosa no con-teúdo”, particularmente sobre os custos da saída, que seriam elevados, e sobre os riscos de permanecer. O FT ataca algumas figuras dos partidários do Brexit: “o Reino Unido não contribui com 350 milhões de libras líquidas por semana ao orçamento da UE. O que economizaría-mos não iria automaticamente para a saúde pública. A Turquia tem as mesmas possibilidades de entrar na UE até 2020 como as que Istambul tem de ser rebaptizada de Constantinopla num novo Império bizantino”. O jornal destaca o constante apoio à presença da Grã-Bretanha ao

Sondagem põe “brexit” com 53% das intenções de voto

longo do tempo e recorda que “desde que o Reino Uni-do entrou na União Europeia em 1973, o PIB per capita real aumentou mais rápido que o da França, Alemanha e Itália”.

Mulher e filho de ex-ministrocondenados por corrupçãoA mulher e o filho do ex-chefe da Se-gurança da China Zhou Yongkang, condenado no ano passado à prisão perpétua por corrupção, foram punidos com nove e 18 anos na cadeia, respecti-vamente, pelo mesmo crime. Zhou Bin, filho do mais alto líder chinês condena-do por corrupção desde a fundação da China comunista, foi declarado culpado de aceitar subornos e realizar operações empresariais ilegais, segundo a agência oficial Xinhua, que cita um tribunal de Hu-bei. Terá ainda de pagar uma multa fixada em 350,2 milhões de yuan. A esposa de Zhou, Jia Ziaoye, de 46 anos, foi também multada em um milhão de yuan, por aceitar subornos, segundo o jornal oficial Global Times. Zhou Yongkang, que entre 2002 e 2007 foi responsável pelo poderoso Ministério da Segurança Pública, in-cluindo polícia, tribunais e polícia secreta, foi condenado no ano passado. No início deste ano, Li Dongsheng, um antigo vice-ministro da Segurança e aliado de Zhou, foi punido com 15 anos de prisão por aceitar subornos.

Zhuhai destruiu 57 toneladas de carne contrabandeadaOs Serviços de Alfândega de Zhuhai inci-neraram 57 toneladas de carne congelada que tinha sido contrabandeada e cujo valor foi estimado em 1,43 milhões de renminbis. A maior parte da carne era proveniente do Brasil e Estados Unidos. Só numa operação de fiscalização foram apreendidas 44 tone-ladas. De acordo com a “Ou Mun Tin Toi”, Yu Guanbiao, responsável da Alfândega, disse que a carne destinava-se ao mercado da China Continental e foi encontrada em território marítimo, via escolhida pelos con-trabandistas para contornar as inspecções das autoridades de Zhuhai. Advertindo que os casos de contrabando de carne congelada tendem a aumentar, a Alfândega de Zhuhai adiantou que, entre Janeiro e Maio, registaram-se sete casos, envolvendo 173 toneladas e um valor de 3,62 milhões de renminbis.

Zhou Yongkangjá fora condenado a prisão perpétua

NO FIM DE SEMANA DE 25 E 26Dez anos de S. João com arraial ... · 02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 17...

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