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ANJOS - LISBOA CORREIO EDITORIAL AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PREÇO 2E ANO XXV N.º 129 AGOSTO 2008 DIRECTOR: ANTÓNIO SÉRGIO AUTORIZAÇÃO N.º - DE01952008GSCLS/SLD Olegário Benquerença no Euro Mestre Joaquim Campos Medalha de Mérito Desportivo da CM Lisboa Francisco Parrinha Futsal Jorge Sousa Futebol Os melhores de 2008 Carlos Xistra recebe insígnias da FIFA 08_386 - APAF REVISTA.indd 3 08/10/08 15:22:42

Transcript of no Euro Os melhores de 2008 - apaf.pt · Contudo, a realidade, é a que deriva ... tuam, bem como...

ANJOS - LISBOA

CORREIOEDITORIAL

AUTORIZADO A CIRCULAREM INVÓLUCRO FECHADO

DE PLÁSTICO OU PAPEL

PREÇO 2E • ANO XXV • N.º 129 • AGOSTO 2008 • DIRECTOR: ANTÓNIO SÉRGIO

AUTORIZAÇÃO N.º - DE01952008GSCLS/SLD

Olegário Benquerença no Euro

Mestre Joaquim Campos Medalha de Mérito

Desportivo da CM Lisboa

Francisco ParrinhaFutsal

Jorge SousaFutebol

Os melhores de 2008

Carlos Xistra recebe insígnias da FIFA

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EDITORIAL

Antes de mais, importa apresentar um pedido de desculpas aos Asso-ciados por tão tarde a APAF lhe estar a distribuir um novo número da Revista.

Contudo, a realidade, é a que deriva da cada vez maior dificuldade em se exercer a função de Dirigente da APAF.

Na verdade, a multiplicidade de Eventos, Realizações, Iniciativas nas quais os dirigentes da APAF inter-vêm, conjugada com as suas tarefas diárias, quer na sua vida pessoal quer na sua vida profissional (porque quase todos são amadores) quer, sobretu-do, na sua vida desportiva («envolvi-dos» em jogos, apoios às Comissões de Apoio Técnico dos Núcleos, apoio às Comissões de Apoio Técnico das Associações ou da FPF, etc.) impede que o desenvolvimento das activida-des da APAF seja tão eficaz quanto se desejaria.

Apesar disso, vários trabalhos já foram levados a cabo de forma adequada. E de alguns deles se dá conta neste número da Revista.Antes de mais, haverá a dizer-se que a APAF tem sido bem reconhecida pelas instituições desportivas, quer

as governamentais quer as federa-tivas e associativas. Se bem que, em alguns sectores, ainda se note uma certa «dificuldade» em estabelecer diálogo com a instituição que repre-senta os Árbitros – fruto de formas anquilosadas de pensamento – certo é que, generalizadamente, se cami-nha no sentido de se “criarem raízes” no relacionamento institucional com todos os «actores do Desporto» nas várias áreas do mesmo.

Também por isso mesmo, a APAFé, felizmente, por um lado, muito «requisitada» para todo o tipo de Realizações desportivas e, por outro, é alvo de pedidos de apoio e suporte de Iniciativas de outras instituições, como é o caso do Futebol-Show, Evento desportivo com grande im-pacto na divulgação da boa imagem do desporto em Portugal e na qual a APAF, e os Árbitros seus associados, teve, papel relevante (como, aliás, a Organização o reconheceu).

E, igualmente, foi um êxito o ENAJ-2007, Encontro Nacional do Árbi-tro Jovem, ocorrido em Setembro- realização que teve grande sucesso,não só pelo largo aumento do númerode participantes mas também pelo quantitativo e qualitativo vasto le-que de Formadores que ao mesmo

deram o seu contributo.Não se estranhará pois que, sendo a APAF e os Árbitros bem reconhecidos, que tenham sido reco-nhecidos aos Árbitros mais e melho-res direitos, (alguns deles ainda “em fermentação”), melhor explicitado na Entrevista à minha pessoa aqui pu-blicada e muito bem efectuada pela Directora da APAF com o pelouro da Imagem e Comunicação, Dr.ª Maria João Freire, de um texto sobre as re-alizações da APAF.

E ainda bem. Porque importa que se crie o espírito de que o FUTEBOL é, para além de um Desporto, uma indústria como qualquer outra. Com regras sui generis. Mas sempre tem um objectivo: a curto, a médio e, so-bretudo, a médio prazo: o acrescen-tado aumento dos benefícios não só para os Clubes mas também para os Árbitros, Treinadores e Jogadores; ou seja, para todos os que nele ac-tuam, bem como para os que à volta dele derivam e, em suma, para todos os portugueses e todo o País.

No fundo, esses benefícios acrescidos devem ser, para todos, uma RIQUEZA COMUM.

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A riqueza comum do Futebol

António SérgioDirector

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ÍNDICE

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Revista O ÁRBITRON.º 129

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Macau, Moçambique, Suíça São Tomé e Príncipe e Timor.

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(ATRAVÉS DAS SUAS FEDERAÇÕES NACIONAIS)

NOTA: As opiniões expessas nos textos publicados em "O Árbitro" não reflectem, necessariamente, o

ponto de vista do seu Director, ou da APAF - As-sociação Portuguesa de Árbitros de Futebol, mas

apenas dos seus autores.

Entrevista: António Sérgiopag. 5

Homenagem a Mestre Joaquim Campos pag. 9

Torneios Internúcleos pag. 12 e 13

29º Aniversáriopag. 19 e 27(continuação)

Actividades e Acontecimentospag. 20 e 21

António Sérgio dá resposta concreta

sobre a Fiscalidadepag. 26

como Tabelas de Prémios, formas de intervenção dos Árbitros no seu processo classificativo e, em geral, direitos e deveres vários.

Mas essa «lógica de cooperação» implica também que não se monopolize a gestão da Arbitragem – o que acarreta que seja “arrumada” a um canto da História a velha fórmula de serem apenas os Clubes a eleger ou escolher os dirigentes da Arbitragem, antes havendo que passarem os Árbitros a ter uma forte intervenção directa nesta matéria.

Confia nos Árbitros e na sua capacidade de intervir activamente na melhoria dos seus direitos, agora com ferramentas objectivas em vista?

Sim porque a união faz a força, todos, jovens ou idosos, temos que estar preparados para estes novos “desafios”.

Mas temos que interiorizar e reforçar a ideia de que nada se faz e nada se consegue sem trabalho.

E, sobretudo, com posições justas e equilibradas e que, acima de tudo, estejam

imbuídas de ética, de transparência e de coerência.

E pensando num trabalho a médio e longo prazos, já que os grandes objectivos só se atingem pela via da razão e de uma lógica dos “valores”.

Se assim se agir, os «velhos da Arbitragem» que, durante os últimos 50 anos, andaram a lutar por largos e consolidados objectivos dos Árbitros, poderão dizer que, …afinal, valeu a pena lutar.

A FISCALIDADE dos ÁRBITROS António Sérgio dá resposta concreta sobre a Fiscalidade

Mas não poderá deixar de afirmar-se que ficou já, no seu grosso, resolvida a magna questão da Fiscalidade dos Árbitros, ao ter-se conseguido que, através da Lei do Orçamento de Estado de 2008, tivesse sido alterado o Código do I. R. S. no sentido de ser criada uma forma de não-tributação dos proventos dos Árbitros na sua vertente desportiva, se bem que, apenas até ao montante de 5 salários mínimos nacionais (actualmente 2.130 euros). Desta forma foi, finalmente, reconhecido pelo Parlamento, através da Lei nº 67-A/2007, de 31 de Dezembro de 2007, o papel importante dos Árbitros no seu contributo para a melhor formação desportiva dos cidadãos, a criação, em sede de Código do IRS, de “bolsas de formação desportiva” até sendo que as claras “dificuldades” do exercício das suas funções (de que são exemplo típicos a meia-dúzia de jogos ao fim-de-semana) não poderiam ter tradução mínima na Lei que fixa sobre a tributação de proventos. Por isso, os Árbitros, e em relação às importâncias que venham a ser recebidas ao serviço da Arbitragem durante o ano civil de 2008 e seguintes, não ficarão sujeitos a qualquer tributação se os mesmos não ultrapassarem aquele valor e, nesse caso, só terão que se colectar nesse ano se receberem mais do que essa verba. Ainda não foi assinado o Despacho Conjunto dos Ministérios que regule esta matéria; contudo, aguarda-se, a breve trecho, que tal ocorra. Nesse Despacho Conjunto ficarão reguladas as formas de controlo da boa execução da norma fiscal agora instituída e a delimitação objectiva e subjectiva da mesma, designadamente, o que concerne à questão de saber quais os “limites” para a não inclusão em tais verbas das importâncias que se reportem a Despesas de deslocação e ao custo das refeições.

De acordo com a sondagem efectuada em Junho e Julho de 2008, o Site www.apaf.pt faz parte da lista dos “favoritos” de 56 % dos visitantes, sendo que 20 % visitam com regularidade este espaço dedicado à arbitragem e os outros 24 % ocasionalmente.de www.apaf.pt o seu site de referência.

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A APAF saiu em defesa dos Árbitros mostrando claramente uma posição crít ica aos agentes desportivos envolvidos em diversas situações ocorridas na época 2007/2008.

AGRESSÕES A ÁRBITROSDE FUTEBOL A Direcção da APAF, tendo analisado os a c o n t e c i m e n t o s ocorridos nos últimos jogos dos vários C a m p e o n a t o s , nomeadamente nos do “Recreativo Águias da Musgueira”, da Associação de Futebol de Lisboa, entende que, passado este período de paz e concórdia – e de reflexão - e reiniciadas agora as competições desportivas, deve ser tornada pública a posição seguinte: 1º - Seja onde for, nenhum Clube pode invocar uma discordância ou não “aceitação” da actuação técnica de um Árbitro para justificar a violência ou a agressão, moral ou física, contra um Árbitro; 2º - a APAF condena, veementemente, todos os actos de violência ocorridos em quaisquer ou recintos onde se pratica o Futebol, quer sejam praticados contra Árbitros quer contra quaisquer outros Agentes desportivos; 3º - Por isso mesmo, a APAF conseguiu um objectivo fundamental na defesa dos Árbitros: a partir de 15 de Setembro passado, os actos de violência – física ou verbal - praticados contra Árbitros têm, de acordo com o Código Penal, a sua sanção criminal agravada, quer no mínimo quer no máximo, em um terço da pena normalmente aplicável; 4º – a APAF alerta todos os agentes desportivos, maxime os Clubes, no sentido de se tomarem medidas que eliminem todo e qualquer tipo de violência, a qual, em parte como reflexo geral da sociedade actual, está a aumentar anormalmente e de forma preocupante. 5º - É inaceitável e intolerável que, já depois de uma bárbara agressão contra Árbitros ocorrida em Ponte de Rol (Torres Vedras), praticada por pessoas afectas ao Recreativo Águias da Musgueira, nomeadamente jogadores, tenha havido uma reincidência, de igual gravidade, num jogo das Camadas Jovens, num jogo do mesmo Clube, realizado “em casa” deste, em Lisboa; 6º - E é inaceitável a atitude do referido Clube ao ter responsabilizado a Equipa de Arbitragem pelos factos ocorridos e de não ter tomado, até agora, sérias e drásticas medidas de prevenção que

pudessem ter impedido, além do mais, um segundo acto de agressão a Árbitros; 7º - A APAF tem confiança em que os órgãos sociais da Associação de Futebol de Lisboa (directivo, disciplinar e de Arbitragem) tomarão, para além das saudáveis medidas já conhecidas, as específicas providências organizativas e disciplinares adequadas que sirvam de forte exemplo para todos os agentes desportivos, singulares e colectivos, em ordem a dissuadir, impedir e combater a indisciplina e a violência nos Campos e nos Pavilhões desportivos. 8º - e espera que todas as autoridades desportivas do Futebol, e à semelhança das normas do Código Penal, agravem substancialmente as penas disciplinares dos agentes desportivos que agredirem Árbitros indefesos nos campos de Futebol, nomeadamente a perda de “pontos” nas respectivas classificações desportivas. 9º - a APAF está totalmente solidária com as tomadas de posição dos Árbitros e com as medidas que venham a ser deliberadas contra todos os Clubes que, de forma grosseira e reiterada, não respeitarem as mais elementares normas de convivência cívica, social e desportiva, praticando muito graves actos de violência que constituam não só atentados à vida humana como também às regras reguladoras da vida desportiva e 10º - afirma que está disponível para apoiar, por todos os meios, a junção e a organização dos Árbitros em ordem a que, de uma forma responsável e disciplinada, por eles sejam tomadas sérias medidas para que a efectiva defesa dos seus interesses (impedindo-se que sejam agredidos) seja uma realidade.

Lisboa, 03.01.2008

APITO FINAL

1º - Foi tomada pelas instâncias desportivas, ao fim de 4 anos e 1 mês do início do processo “Apito Dourado”, uma decisão disciplinar de condenação de alguns agentes desportivos, clubes, dirigentes e árbitros incluídos, relativa a alguns jogos de Futebol pela prática de actos de corrupção desportiva.

2º - A APAF, enquanto única associação representativa dos Árbitros de Futebol, entende que é de saudar a tomada de decisões disciplinares, como meio de credibilizar as competições desportivas e todos os agentes desportivos nelas envolvidos, já que é imprescindível garantir,

efectivamente, o cumprimento das normas, legais e regulamentares, referentes à ética desportiva.

3º - Não pode, porém, a APAF deixar de afirmar que é totalmente inaceitável que os actos que atentam contra a ética desportiva, quer na previsão das normas regulamentares quer na concreta aplicação ora feita, tenham um tratamento «diferenciado», de modo não equitativo, desigual e injusto, no que respeita às sanções aplicáveis aos Árbitros em comparação com as aplicáveis aos demais agentes desportivos (para as mesmas situações).

4º - De facto, embora aos Árbitros seja exigida maior responsabilidade sócio-desportiva (à qual, porém, raramente correspondem, nos Regulamentos, mais direitos), manifesto é que as sanções que, em concreto, foram aplicadas aos Árbitros, são, comparativamente, muito mais gravosas do que as penas aplicadas aos demais agentes desportivos – o que é inaceitável e, confia-se, seja tomado em devida conta pelas autoridades, quer desportivas quer judiciais.

5º - A APAF, condenando vivamente todo e qualquer acto de corrupção desportiva, entende que, face à insignificante quantidade de Árbitros envolvidos, às específicas funções dos mesmos e ao “isolado” número de jogos em causa, não está, de forma alguma, posta em causa a credibilidade dos Árbitros e da Arbitragem portuguesa, a qual, cada vez mais, é solicitada, face ao seu prestígio, para dirigir jogos no estrangeiro, quer oficiais quer, até, de natureza particular.

6º - A APAF apoia, como sempre o fez, todas as medidas no sentido de se reforçar a ética desportiva, maxime ao nível das medidas de prevenção e repressão da corrupção desportiva; mas, também por isso,

7º - a APAF apela às autoridades governamentais e às autoridades do Futebol no sentido da urgente aprovação de um Código de Ética Desportiva aplicável a todos os agentes desportivos, implementando, rapidamente, o Código de Ética da FIFA, há muito divulgado no seu Site.

8º - A APAF apela ainda para que o termo dos Campeonatos, e toda a demais vida desportiva do País, seja encarada, por todos, com determinação mas também com a necessária calma e serenidade e com respeito por tudo e todos.

9º - É que o Futebol e o Desporto é apenas uma actividade do Homem e não toda a sua vida pois, e sem prejuízo do seu legítimo direito de recurso, os agentes desportivos agora sancionados são, antes de tudo, seres humanos e cidadãos.

COMUNICADOS

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10ºPor último, a APAF entende que é necessário que seja criado um forte Movimento no sentido da Regeneração do Futebol, juntando, rapidamente, numa Jornada de Reflexão do Futebol Português, todos os seus principais agentes, maxime os Presidentes das várias entidades, Clubes, Jogadores, Treinadores e Árbitros, em ordem ao estabelecimento de um Acordo de Concertação do Futebol, do qual resultem medidas claras, sérias, duradouras, profundas e enraízadas, para o seu Futuro, em ordem a preservar a sua Riqueza Comum.

Lisboa, 11.05.2008

Os Árbitros estão revoltados com as injustiças

A APAF, tendo tomado conhecimento da deliberação do Conselho de Disciplina da FPF, de 06.06.2008, dada a conhecer no dia 09.06.2008, entende por bem exprimir a sua posição pública, manifestando assim a sua indignação e revolta com a situação criada, nos termos seguintes:

1 – É de salientar que tenha sido tomada uma deliberação pelo Conselho de Disciplina da FPF sobre uma “parte” do processo «Apito Dourado» (a parte que se reporta aos Árbitros); embora apenas após mais de 4 anos e 2 meses após o conhecimento dos factos; porém,

2 – é absolutamente inaceitável, porque injusto e discriminatório, que não tenha sido tomada idêntica deliberação relativamente aos Dirigentes e os Clubes envolvidos no mesmo Dossier, o que também é motivado por, só agora, ser remetida a análise dos factos e a decisão para a LPFP, correndo-se o risco da prescrição disciplinar e de serem diferentes instâncias disciplinares a julgarem os mesmos actos (com o inerente risco de decisões totalmente desencontradas), e tornando-se assim, na prática, impossível que as possíveis sanções disciplinares para os Dirigentes e Clubes tenham sido tomadas (e anunciadas), aquando das tomadas em relação aos Árbitros.

3 – E mais inaceitável é que se tenha feito “tábua rasa” de essas Normas da UEFA que não só permitem o recebimento de lembranças e ofertas de até 200 francos suíços (equivalente a 150 euros) como não impõe o dever de mencionar tal facto no Relatório do Jogo (como, de facto, os Árbitros Internacionais não o fazem);

4 – E mais incompreensível é que não tenha sido tomado em conta o facto de a FPF só agora ter criado uma Norma (que publicitou

no seu Site) segundo a qual o recebimento de oferendas tem de ser obrigatoriamente mencionado no Relatório do Jogo, se bem que, na mesma Norma, nada se tenha referido sobre se existia, ou não, uma anterior regulamentação sobre tal matéria (exactamente a FPF bem sabe que não existia).

5 – E é inimaginável que se tenha sancionado um Árbitro não por ter recusado receber (como o afirmou, assumindo, de boa fé, o seu acto), bem antes de Abril de 2004, “pela 2ª vez”, uma mesma oferenda (exactamente porque considerou que o “gesto simbólico” só poderia ocorrer uma vez) mas por não ter feito menção de tal facto no Relatório de Jogo, pondo assim em causa a boa fé do mesmo Árbitro e a sua confiança nas regras instituídas.

6 – Por estas razões, os Árbitros não deixarão de manifestar, de forma adequada e numa lógica de solidariedade de classe, a sua indisponibilidade para continuar a aceitar esta forma de proceder das estruturas do FUTEBOL e para servir este FUTEBOL injusto para com eles.

7 – Aliás, é lamentável e demonstra falta de senso que não se tenha distinguido o “trigo do joio”, tendo sido “metido tudo no mesmo saco” (a clássica situação de corrupção desportiva, altamente condenável “misturada” com o mero recebimento de lembranças e ofertas integradas nos usos e costumes clubísticos e regionais ou locais e sem qualquer intenção de defraudar os concretos espectáculo desportivo em causa), sempre permitidas pelas tradições desportivas e pelos próprios Regulamentos e Circulares da UEFA, colocando assim uns Árbitros e outros na mesma decisão disciplinar e no mesmo Comunicado Oficial da FPF;

8 – E é incompreensível que não tenha sido ponderado o facto de nos Cursos de Árbitros nunca ter sido transmitido aos Árbitros que tinham o dever de mencionar no Relatório a existência ou o recebimento das mencionadas oferendas.

9 – Em suma, e mais uma vez, fica provado que os Árbitros são, como é costume, “o parente pobre do Futebol” e são, até nesta matéria, quem, antes de tudo e de todos, expia, os males do Futebol Português.

10 – a APAF, e os Árbitros em geral, exige que seja feita JUSTIÇA; mas não apenas à custa dos Árbitros; pois a mesma tem de ser à custa do FUTEBOL no seu todo e, naturalmente, de todos os seus Agentes desportivos.

Lisboa, 13.06.2008

PRISÃO PARA AGRESSOR DE ÁRBITRO

Um adepto dinamarquês foi condenado a 20 dias de prisão efectiva por ter agredido o árbitro alemão Herbert Fandel durante o jogo entre a Dinamarca e a Suécia.O espectador invadiu o relvado tendo atacado o juiz de campo que ficou ferido no rosto depois do árbitro ter acabado de mostrar o cartão vermelho ao dinamarquês Christian Poulsen.A curiosidade da questão é que Ronni Noerinving, que não tinha antecedentes criminais, confessou durante o julgamento no Tribunal de Recurso de Copenhaga ter bebido mais de uma dúzia de cervejas antes do jogo.Entretanto nos Açores a indisciplina reina no Águia dos Arrifes. Agora foi um jogador (André Pacheco) o qual por agressão a um árbitro de futebol, no decurso de uma partida do Campeonato de São Miguel, sofreu uma punição de cinco anos de suspensão. O clube terá de reflectir nos seus procedimentos, uma vez que tanto o treinador como o presidente estão a cumprir penas disciplinares por injúrias, ameaças e agressões a árbitros.Que nunca as mãos doam à Associação de Futebol de Ponta Delgada.

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INTERNACIONAIS

Internacionais recebem insígnias

Portugal vai contar com 29 árbitros internacionais no ano de 2008. A grande novidade entre os juízes lu-sos que vão envergar as insígnias da FIFA é a inclusão de Carlos Xistra (Futebol de 11) e de Eduardo Coelho (Futsal).Estes novos internacionais surgem em substituição de Paulo Paraty e Gustavo de Sousa que ultrapassaram o limite de idade para árbitros inter-nacionais.

ÁRBITROSOlegário BenquerençaLucilio BatistaPedro ProençaBruno PaixãoPaulo CostaJoão FerreiraDuarte GomesJorge SousaCarlos Xistra

ÁRBITROS ASSISTENTESBertino MirandaJosé CardinalJoão SantosPaulo JanuárioTiago TrigoSérgio Lacroix

Os 29 árbitros internacionais

Duarte Gomes, João Ferreira, Bruno Paixão, Pedro Proença, Jorge Sousa, Carlos Xistra e Lucílio Baptista

Carlos Frazão, João Almeida e Carlos Francisco

José RamalhoSérgio SerrãoSerafim NogueiraAlfredo Braga

ÁRBITROS DE FUTSALFrancisco ParrinhaPedro ParatyAntónio CardosoEduardo Coelho

ÁRBITROS FEMININOSSandra BastosBerta TavaresMárcia Pejapes

ÁRBITROS DE FÚTEBOL DE PRAIAJoão AlmeidaCarlos FrazãoCarlos Francisco

Berta Tavares, Márcia Pejápes e Sandra Bastos

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Carlos XistraOlegário Benquerença

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OLEGÁRIO BENqUERENçA NO EURO 2008

O Árbitro Internacional viajou no dia 3 de Junho para a Suiça para participar como 4º Árbitro no Campeonato Europeu que se realizou na Áustria e na Suiça. O Presidente da APAF António Sérgio o Director Vitor Faustino da Silva estiveram no Aeroporto para lhe desejar boa viagem e sucesso na prestigiante presença no Euro 2008, entregando-lhe uma carta de homenagem. Olegário Benquerença foi o único Árbitro português presente no Campeonato da Europa deste ano. Recorde-se que Lucílio Baptista esteve presente no Euro 2004 realizado em Portugal.

O Conselho de Arbitragem da FPF divulgou as classificações de árbitros, árbitros assistentes e observadores das diferentes categorias referentes à época 2007/08.

Os Árbitros (as), Árbitros Assistentes e Observadores que se seguem foram os primeiros classificados das suas categorias:

Jorge Sousa - 1ª FutebolFrancisco Parrinha - 1ª FutsalBertino Miranda - Árbitro Assistente 1ª André Gralha - 2ª FutebolNuno Pereira - Árbitro Assistente 2ª Tânia Almeida - 2ª FutsalFábio Veríssimo - 3ª Futebol Cátia Duarte - Quadro Feminino Futebol Romeu Afonso - 3ª Futsal Carlos Oliveira - Observador 1ª Salvador Monteiro - Observador Futsal Paulo Ferreira - Observador 2ª Futebol

VITOR PEREIRA NA PRESIDÊNCIA DAS LIGAS EUROPEIAS

O actual presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa, Vítor Pereira, vai liderar nos próximos três anos, o Comité de Arbitragem das Ligas Europeias, decisão tomada em recente reunião realizada em Bruxelas.Outros portugueses farão parte da Direcção. Hermínio Loureiro foi eleito para o Comité de Diálogo Social Europeu, com Ricardo Castanheira a fazer parte do Comité de Finanças e Tiago Craveiro inserido nos Comités de Direitos Televisivos e Novos Média e Calendários Competitivos Internacionais, com estes eleitos e também com o Director Executivo Emanuel Medeiros.Estes Organismos têm como principal função apresentar propostas inovadoras como por exemplo, a introdução de novas tecnologias.

ARBITRAGEM NACIONALOs melhores de 2007 / 2008

Futsal - Francisco Parrinhafoto de Alberto Hélder

Futebol - Jorge Sousa

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ABEL DA COSTA,UM ExEMPLO A SEGUIR

Abel da Costa é, por aquilo que sabemos, o decano dos árbitros internacionais ainda vivo. Nascido a 19 de Janeiro de 1913, em Fão, concelho de Esposende, comemorou recentemente a provecta idade de 95 anos.

Senhor de uma saúde férrea, de forma física invejável, graças à ginástica que nunca deixou de praticar. Desportista eclético, cedo iniciou a carreira em diversas modalidades. Aos 14 anos já jogava futebol e fazia atletismo e ciclismo no Sport Clube do Carmo. Transferiu-se mais tarde para o Coimbrões onde permaneceu dez temporadas na primeira categoria. Vestiu ainda a camisola do Boavista, tendo sido também guarda-redes de hóquei em campo do Académico do Porto. Representou o Regimento de Infantaria 18 em basquetebol e na pesca desportiva, cometendo a proeza de apanhar uma corvina com 19 quilos.

Na arbitragem teve uma actividade duradoura: durante 23 anos como árbitro e 20 como dirigente, dando um magnífico exemplo de tenacidade e carácter, numa dedicação sem paralelo. Iniciou-se em 1940, tendo pedido o licenciamento em 1963. Ascendeu à primeira categoria em 1945, tendo dez anos depois

recebido as insígnias da FIFA que ostentou até se retirar.

Foram em número elevado os jogos que dirigiu a nível internacional, distinguindo-se no embate entre o Nice e o Real Madrid, em 1960, a contar para os quartos de final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Foram seus assistentes Francisco Guerra e Clemente Henriques, os quais, com ele, constituíram uma equipa que na temporada de 1959/60 foi considerada a melhor pela Comissão Central.

Mas não foi só no terreno dos jogos que se evidenciou. Como instrutor nacional foi formador de vários cursos de candidatos, tendo feito parte de júris de exames em Aveiro, Braga, Coimbra, Porto, Vila Real e Viseu. Exerceu ainda as funções de observador a nível nacional e da UEFA e dirigente das Comissões de Arbitragem do Porto e do Conselho da Federação.

Na sua longa e profícua actividade recebeu diversos louvores. Em Dezembro de 2001, o Conselho de Arbitragem do Porto, onde esteve sempre filiado, prestou-lhe uma merecida homenagem, nomeando-o patrono de um curso de candidatos. A APAF, quatro anos depois, também o convidou para ser padrinho do III Torneio Inter-Núcleos de Futsal. Coube ao Governo português outorgar-lhe a Medalha de Bons Serviços Desportivos pelo seu passado nomeadamente em prol da arbitragem, condecoração que lhe foi entregue em Fafe pelo Secretário de Estado dos Desportos Dr. Laurentino Dias.

Abel da Costa deve servir de lição para

ANTIGOS ÁRBITROS

Abel da Costa galardoado pelo governo com a Medalha de Bons Serviços Desportivos

HENRIqUE SILVA GALARDOADO

A Câmara Municipal de Vila Real, numa das suas últimas reuniões, deliberou atribuir a Henrique Silva a Medalha de Prata Municipal.O homenageado durante várias épocas fez parte do quadro da I Divisão Nacional de Futebol, tendo-se distinguido igualmente nas modalidades de andebol e ténis de mesa. Prelector em mais de uma dezena de cursos para candidatos, foi também o fundador naquela cidade transmontana de um Núcleo com o seu nome, constando ainda no seu vasto currículo relevantes serviços em favor da arbitragem vendo agora os seus méritos reconhecidos ele que já em Setembro de 1999 tinha recebido a Medalha de Bons Serviços Desportivos.A APAF apresenta ao seu associado sinceras felicitações.

todos os que aspiram a singrar na defesa da causa tão incompreendida que abraçou. Presença assídua nos encontros anuais dos Antigos Árbitros com a esposa, ainda se dá ao luxo de conduzir o seu automóvel desde Fão, paredes-meias com Esposende, até Fátima.

A Associação de Futebol de Lisboa guarda no seu museu o último par de botas com travessas em vez de pitões, em excelente estado de conservação, gratificante oferta.

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JOAqUIM CAMPOS MEDALHA DE MéRITO PELA CM DE LISBOA

No dia 14 de Novembro de 2007, foi atribuída ao Mestre Joaquim Campos a Medalha de Ouro ao Mérito Municipal pela Câmara Municipal de Lisboa. Actualmente com 84 anos de idade, recupera de uma operação cirúrgica à anca e aguarda pela data da entrega da merecida medalha após

30 anos de carreira na arbitragem. Mantém a sua coluna no Jornal Record e contribui significativa e apaixonadamente para a revista “O Árbitro”

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Fernando Lage e Acompanhantes Grupo de Lisboa Ismael Baltazar e Ernesto Borrego Manuel Faustino da SIlva com António Sérgio

Paulo Fonseca, Governador Civil de Santarém com Vitor Almeida e Henrique Santos

Sales Gomes e esposa, de Viana do Castelo

Vendas Vitor Almeida com António Sérgio

Abel da Costa e Acompanhantes Almoço Convívio Animação com Gabriela Quaresma Comissão Organizadora

O XIV Encontro Nacional de Antigos Árbitros realizou-se no dia 1 Junho no Restaurante D. Nuno em Fátima. Estiveram presentes cerca de 150 pessoas ligadas à arbitragem, vindas de diversos pontos do país.Joaquim Campos, um dos organizadores e grandes impulsionadores do Encontro Nacional de Antigos Árbitros, apesar de não ter estado presente nesta última edição por motivos de saúde, anunciou que não faltará nas próximas 30 reuniões.

XIV ENCONTRO NACIONALDE ANTIGOS ÁRBITROS

A Associação de Futebol de Castelo Branco decidiu homenagear o Mestre Joaquim Campos tornando-o patrono de um Curso de Árbitros. Este Curso teve a sua cerimónia de abertura no dia 21 de Outubro de 2007 e nela estiveram presentes, para além dos candidatos, o patrono Mestre Joaquim Campos, o responsável pela Comissão Técnica de Futebol de Onze.

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NÚCLEOS

“MARqUES BOM” COM NOVOS DIREIGENTES

Tomaram posse no dia 8 de Fevereiro os elementos que compõe os Órgãos Sociais recentemente eleitos em Assembleia Geral. Eis a sua composição:

MESA DA ASSEMBLEIA GERALPresidente – Apolino PereiraSecretário – Henrique LapaVogal – José Nunes

DIRECçÃOPresidente – Rui TavaresVice-Presidente – José LaranjeiraTesoureiro – Miguel Aguilar1º Secretário – Filipe Rainha2º Secretário – Fábio SerraVogal – Luís BastosVogal – Hélder Medeiros

CONSELHO FISCALPresidente – Amílcar MoreiraSecretário – José TavaresRelator – António Costa

NÚCLEO DE ALMADA E SEIxAL

Para comemorar o 48º aniversário, o Núcleo de árbitros de Futebol de Almada e Seixal (o mais antigo do país) levou a efeito em 11 e 12 de Janeiro dois eventos que tiveram elevada participação. O primeiro realizou-se no Auditório do Ginásio Clube do Sul e consistiu num colóquio subordinado ao tema “Os árbitros e os outros agentes desportivos” e que teve como convidados Hélio Santos, Treinador de futebol do Costa da Caparica e José Dias “Zézito” jogador de futsal do Sporting, servindo de moderador José Luís Tavares.

O jantar da festa de aniversário teve lugar num Restaurante em Casas Velhas, no decurso do qual foram distinguidas individualidades que se destacaram na época finda.Em ambas as iniciativas a nossa Associação esteve representada pelo Dr. António Sérgio.

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NAF LISBOA COM NOVOS DIRIGENTES

Na Assembleia Geral realizada no dia 31 de Janeiro, foram eleitos para o biénio 2008/09 os novos Órgãos Sociais do Núcleo que passa a dispor do seguinte elenco:

ASSEMBLEIA GERALPresidente - Luís Filipe Estrela MariaVice Presidente - Carlos Manuel Sales PiresSecretário - José Manuel Teixeira Fontelas Gomes

DIRECçÃOPresidente - Agostinho José Correia

Vice-Presidente - Rui Jorge Piteira RodriguesVice-Presidente - Pedro Manuel F. P. RibeiroTesoureiro - Manuel Oliveira SantosSecretário - Nelson Filipe Batista da Costa Henriques

CONSELHO FISCALPresidente - João Carlos dos Santos Capela

Secretário - Rita Catarina Melo FreitasRelator - Pedro Alexandre Gaspar da Silva

NÚCLEO DA CIDADE DE SETÚBAL

Com a presença do Dr. António Sérgio, presidente da APAF, teve lugar no dia 1 de Fevereiro a tomada de posse dos novos corpos sociais do NAFCS para o biénio de 2008/2009, ficando assim constituídos:

MESA ASSEMBLEIA GERALPresidente - Fernando Pais António1º Secretário - Armando Jorge Veríssimo2º Secretário - Acácio GuedesSuplente - Paulo Jorge Ramos

DIRECçÃOPresidente - Paulo MacauVice-Presidente - Joel GonçalvesSecretário Geral - Carlos Gaé dos SantosTesoureiro - Paulo ParreiraVogal - Helder Filipe OliveiraSuplente - Carlos HipolitoSuplente - Nuno Mafra

CONSELHO FISCALPresidente - Luis RamosSecretário - Hugo ArrudaRelator - António TraguedoSuplente - Paulo Jorge Silva

Fundado em 15 de Setembro de 1967 o Núcleo está a atravessar o período mais

próspero da sua história, contando actualmente com cerca de uma centena de sócios. Adoptando o lema “servir uma causa em nome de uma grande cidade” tem como principal objectivo a formação e o aperfeiçoamento técnico e físico dos seus associados, promovendo sessões todas as sextas

feiras para os filiados de futsal e de futebol de 11. Os treinos são ministrados

às terças e quintas-feiras na pista de atletismo de Manteigadas.

NÚCLEO DOS ÁRBITROS DE FAFE

No passado dia 8 de Fevereiro o Núcleo reuniu-se em Assembleia Geral no decurso da qual foram aprovadas as contas, por unanimidade, relativas ao ano 2007. Em seguida procedeu-se à eleição dos Corpos Sociais para o ano de 2008 que passa a ter a seguinte constituição:

ASSEMBLEIA GERAL: Presidente: Valdemar Lopes; Vice-Presidente: Marco Mendes e Secretário: Licínio Vieira.

DIRECçÃO: Presidente: Albano Correia; Vice-Presidente: António Ferreira; Secretário: Inácio Pereira; Tesoureiro: António Moura e Vogal: Duarte Oliveira.

CONSELHO FISCAL :Presidente: Álvaro Dantas; Secretário: Joaquim Pereira e Relator: Pedro Costa.

No final realizou-se um jantar de convívio, que teve a presença do Dr. António Sérgio, Presidente da APAF e onde foram distinguidos os associados que mais se destacaram, tendo o Núcleo decidido atribuir o prémio de “Mérito” à Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Fafe.Com a presença de diversas individualidades registe-se a apresentação do protocolo com os Núcleos de Árbitros, por parte do Dr. António Sérgio, presidente da nossa Associação, sendo que o Núcleo de Fafe subscreveu o documento.

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NÚCLEOS

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para uma visita ao Jardim Episcopal, uma maravilha (ex-libris) da cidade.No final, Ricardo Alexandre, presidente do NAF Albicastrenses, declarava-se satisfeito deste ter sido um dia do agrado de todos, deixando ainda um agradecimento ao Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol, à Câmara Municipal e à Junta de Freguesia local.Para o êxito do evento tiveram notável influência e mereceram rasgados elogios, o Núcleo de Castelo Branco com Cláudio, David, Luís Gabriel, Teixeira, Ricardo , Sérgio Mendes, Sérgio Soares, Tiago Antunes, a APAF com o seu presidente Dr.

EM CASTELO BRANCOCERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO FOI UM SUCESSO

Castelo Branco esmerou-se para receber a final da 5ª. Edição do Torneio de Futsal Vitor Correia, organização da APAF e que teve por parte do Núcleo Albicastrense uma excelente colaboração.Presentes as equipas de Francisco Guerra (Porto), Linha de Sintra, Viana do Castelo e Lisboa, que apresentaram entre técnicos e jogadores os consagrados Hugo Miguel, Pedro Henriques, Rui Costa e os irmãos Pedro e Paulo Paraty. Na partida da final os portuenses levaram a melhor sobre a formação vianense, com jogos de manhã e à tarde. O almoço e o jantar de encerramento decorreram no Restaurante das Piscinas de Alcains, com tempo ainda

António Sérgio e Francisco Parrinha, a Associação de Futebol e o seu Conselho de Arbitragem, a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, a Cruz Vermelha, as Águas de Fraga, os árbitros e até o repórter Maia.Na sessão de encerramento procedeu-se à entrega de prémios não só às equipas participantes mas a todos os que se distinguiram e a alguns convidados como Alberto Hélder, ex-secretário geral da APAF, Amaro Rodrigues de Cabo Verde, Vitor Reis e Joaquim Campos, no meio de esfusiante alegria e camaradagem com o momento comovente da entrega de uma salva de prata à viúva do infortunado e saudoso Vitor Correia, antigo árbitro internacional e patrono da quinta edição do Torneio de Futsal.

TORNEIO INTER-NÚCLEOS

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NAF SANTIAGO DO CACéM VENCE VI TORNEIO DE FUTSAL DA APAF

Com a excelente organização do Núcleo de Árbitros de Futebol Francisco Guerra, a Final Four do VI Torneio Inter-Núcleos de Futsal Armando Paraty, realizou-se nos dias 28 e 29 de Junho no Pavilhão Vila D’Este em Gaia e foi ganho pelo Núcleo de Árbitros de Futebol de Santiago do Cacém, na final disputada com NAF Lisboa.

Além dos diversos participantes e amigos, estiveram presentes Armando Paraty e a esposa Sra. D. Júlia, o Presidente da APAF Dr. António Sérgio, o Director da APAF responsável pelo Torneio António Pinto, o Director da APAF Vitor Faustino, representantes da Associação de Futebol do Porto, do seu Conselho de Arbitragem, da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, da Câmara Municipal de Gaia e do Departamento de Desporto da mesma autarquia, o sócio honorário e antigo Vice-Presidente da APAF João Mesquita (na foto a dar o pontapé de saída da final) e o Presidente do NAF Francisco Guerra.

ARMANDO PARATY

Homenagem merecida pelos mais de 20 anos dedicados à arbitragem nacional. Armando Paraty da Silva, nascido em 26 de Dezembro de 1932, foi Árbitro entre 1958 e 1982, tornando-se posteriormente Observador e Instrutor de Árbitros pela Associação de Futebol do Porto e pela Federação Portuguesa de Futebol até 1997.

Sócio de Mérito da AF Porto, venceu o “Apito de Ouro” do Jornal Record e o prémio Gandula. A propósito deste último prémio, um jornal da região escreveu “Armando Paraty, um homem extraordinariamente humanitário como árbitro, que dirige por amor e solidariedade humana”.

Armando Paraty é pai de Paulo e Pedro dois Árbitros com carreiras brilhantes na vertente de Futebol e Futsal, respectivamente.

1º Classificado - NAF Santiago do Cacém 2º Classificado - NAF Lisboa 3º Classificado - NAF Porto de Mós

4º Classificado - NAF Almada e Seixal João Mesquita e Armando Paraty

foto: Alberto Helder

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Armando Paraty e António Sérgio

Armando Paraty entrega taça aos vencedores Final - NAF S. Cacém e NAF Lisboa

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Esperam, contudo, que tal maté-ria seja adequadamente regulada e confiam que o Governo já encon-trou, nesta matéria, a melhor solu-ção para eliminar a inconstitucional discriminação negativa – contra os Árbitros – regulando, de forma justa e equitativa, este Dossier tão delica-do, nomeadamente, quanto às ga-rantias de sigilo das Declarações.

Confiamos que todos os Dirigentes (de Federações, de Ligas e de Clu-bes profissionais fiquem abrangidos, de modo idêntico, na legislação em causa).

O que se pode esperar para que os Árbitros se sintam mais reconhecidos?

O reconhecimento do papel dos Ár-bitros vai passar a ser uma realidade mais visível, já que, de acordo com a Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto e do novo Regime Jurídico das Federações Desportivas, passa-rão os mesmos a integrar a Liga Pro-fissional de Futebol (ainda que em moldes a regulamentar).

E esperamos que lhes seja reconhecido não só pela lei geral como adentro de cada Federação, o «direito de imagem».

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António Sérgio Magalhães, actual Presidente da Direcção da APAF e da CAJAP, Jurista e Advogado, tem sido incansá-vel na defesa dos direitos dos Árbitros.

“O Árbitro” colocou algumas ques-tões fundamentais que se estão a passar na arbitragem.A APAF tem participado em inúme-ros sectores políticos e desportivos, na defesa dos Árbitros. Em que as-pecto lhes vê reconhecidos mais e melhores direitos?

Por exemplo, houve alterações no que respeita à questão da melhor protecção penal dos Árbitros despor-tivos, através do disposto no Código Penal, já que quem agredir, física ou moralmente, um Árbitro, no exercí-cio da sua função está sujeito a uma pena diferenciada, no caso, a um crime cuja pena é, no seu mínimo e máximo, mais grave em 1/3 do que a pena aplicável aos agressores dos demais cidadãos.Mas esse reconhecimento do papel dos Árbitros traduziu-se, também, em algo há muito desejado por to-dos: a sua plena integração no já “velho” (mas bem novo para a classe dos Árbitros) Conselho Nacional do Desporto (CND), órgão de consulta e apoio do Governo na área do Des-porto.

Como foi possível a integração da classe dos Árbitros no Conselho Nacional do Desporto?

A integração derivou do reconheci-mento, pelo Governo, através de De-creto-Lei, do forte e vincado sentido interventivo dos Árbitros, maxime da APAF e de todos os que foram du-rante este longos anos seus colabo-radores, seja, dirigentes, funcionários ou outros.

A CAJAP, cujo Presidente é o Presi-dente da APAF, está, desde 2 de Ou-

tubro de 2007, integrada no CND – órgão de apoio e consulta do Go-verno - e, desde então tem estado em todas as suas Reuniões, apresen-tando propostas no sentido de me-lhorar as condições de trabalho dos Árbitros em várias áreas; seja, nome-adamente, na futura Lei da preven-ção da Violência no Desporto, seja no Programa Nacional sobre a Ética, seja no tão esperado e desejado di-ploma sobre o Regime Jurídico das Federações Desportivas.

Nesse âmbito, em que medida é que os Árbitros intervêm?

Importa salientar que o papel dos Árbitros – tal como o dos restantes agentes desportivos activos (Joga-dores e Treinadores) – foi, signifi-cativamente acrescido; não só por passarem a ter maior “influência” nas decisões referentes à gestão da Ar-bitragem como também mais peso nas Assembleias Gerais federativas; no que é um reforço do “papel” dos agentes desportivos activos na Ges-tão do Desporto, nomeadamente na área do Futebol.

E não poderá deixar de ser salienta-do que, e porque as “velhas nuvens” da gestão da Arbitragem já vão lon-ge, a nova legislação prevê que a essa gestão seja unificada – facto do qual todos, pela melhor integra-ção funcional, esperamos venham a resultar benefícios acrescidos para a Arbitragem, e, reflexamente, para os Árbitros.

Ainda há um longo caminho a percorrer para que os Árbitros não sejam diferenciados relativamente a outros agentes desportivos?

Sim, os Árbitros ainda continuam descontentes com algo que os pre-ocupa: a indignidade de só eles e os dirigentes da Arbitragem terem de declarar o seu património através da conhecida Declaração de Registo de Interesses e de Incompatibilidades.

ENTREVISTA

“O reconhecimento do papel dos Árbitros vai passar a ser uma realidade mais visível”como Tabelas de Prémios, formas de intervenção dos Árbitros no seu processo classificativo e, em geral, direitos e deveres vários.

Mas essa «lógica de cooperação» implica também que não se monopolize a gestão da Arbitragem – o que acarreta que seja “arrumada” a um canto da História a velha fórmula de serem apenas os Clubes a eleger ou escolher os dirigentes da Arbitragem, antes havendo que passarem os Árbitros a ter uma forte intervenção directa nesta matéria.

Confia nos Árbitros e na sua capacidade de intervir activamente na melhoria dos seus direitos, agora com ferramentas objectivas em vista?

Sim porque a união faz a força, todos, jovens ou idosos, temos que estar preparados para estes novos “desafios”.

Mas temos que interiorizar e reforçar a ideia de que nada se faz e nada se consegue sem trabalho.

E, sobretudo, com posições justas e equilibradas e que, acima de tudo, estejam

imbuídas de ética, de transparência e de coerência.

E pensando num trabalho a médio e longo prazos, já que os grandes objectivos só se atingem pela via da razão e de uma lógica dos “valores”.

Se assim se agir, os «velhos da Arbitragem» que, durante os últimos 50 anos, andaram a lutar por largos e consolidados objectivos dos Árbitros, poderão dizer que, …afinal, valeu a pena lutar.

A FISCALIDADE dos ÁRBITROS António Sérgio dá resposta concreta sobre a Fiscalidade

Mas não poderá deixar de afirmar-se que ficou já, no seu grosso, resolvida a magna questão da Fiscalidade dos Árbitros, ao ter-se conseguido que, através da Lei do Orçamento de Estado de 2008, tivesse sido alterado o Código do I. R. S. no sentido de ser criada uma forma de não-tributação dos proventos dos Árbitros na sua vertente desportiva, se bem que, apenas até ao montante de 5 salários mínimos nacionais (actualmente 2.130 euros). Desta forma foi, finalmente, reconhecido pelo Parlamento, através da Lei nº 67-A/2007, de 31 de Dezembro de 2007, o papel importante dos Árbitros no seu contributo para a melhor formação desportiva dos cidadãos, a criação, em sede de Código do IRS, de “bolsas de formação desportiva” até sendo que as claras “dificuldades” do exercício das suas funções (de que são exemplo típicos a meia-dúzia de jogos ao fim-de-semana) não poderiam ter tradução mínima na Lei que fixa sobre a tributação de proventos. Por isso, os Árbitros, e em relação às importâncias que venham a ser recebidas ao serviço da Arbitragem durante o ano civil de 2008 e seguintes, não ficarão sujeitos a qualquer tributação se os mesmos não ultrapassarem aquele valor e, nesse caso, só terão que se colectar nesse ano se receberem mais do que essa verba. Ainda não foi assinado o Despacho Conjunto dos Ministérios que regule esta matéria; contudo, aguarda-se, a breve trecho, que tal ocorra. Nesse Despacho Conjunto ficarão reguladas as formas de controlo da boa execução da norma fiscal agora instituída e a delimitação objectiva e subjectiva da mesma, designadamente, o que concerne à questão de saber quais os “limites” para a não inclusão em tais verbas das importâncias que se reportem a Despesas de deslocação e ao custo das refeições.

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Os Árbitros terão maior intervenção no panorama político-desportivo ?

A APAF e os Árbitros vão, pois, passar a ter um papel mais interventivo no areópago do Futebol nacional, pois, sendo aumentado o seu papel nas Assembleias Gerais federativas, vão aumentar as suas responsabilidades sócio-desportivas, tanto mais que se prevê que, em princípio, passará a existir um sistema de eleição directa dos representantes dos Árbitros.

Então, os Árbitros poderão finalmente eleger os seus representantes?

A legislação permitirá – e a Assem-bleia Geral da FPF assim o disponibi-lizará por certo – que as Associações representativas dos agentes despor-tivos, tais como os Árbitros, os trei-nadores e os praticantes, possam ter um papel importante na gestão do Futebol, recebendo poderes delega-dos da mesma Federação.

E confiamos que, adentro da FPF, seja também possível eleger repre-sentantes dos Árbitros, dos Treinado-res e Jogadores, para uma Direcção mais colegial do que o actualmente previsto.

Julga que a CAJAP veio reforçar a actuação da APAF nessa matéria?

A partir de agora, e, até, reforçados com a constituição da CAJAP, novos e largos “desafios” se apresentam aos Árbitros.

Mas, também por isso mesmo, im-porta que se “ultrapasse” a velha «fórmula» de pensar que a APAF é uma instituição que serve apenas para «levantar problemas» a quem tem por funções, nos variados pata-mares, levar a cabo a difícil gestão da Arbitragem.

E é fundamental que, em todas as áreas, se institua uma lógica de coo-peração institucional permanente.

O que implica que se pense mais nos objectivos de desenvolver e aprofun-dar o Futebol, distribuindo, de modo justo e equitativo, a sua riqueza co-mum, do que propriamente em pre-tensos interesses de âmbito distrital ou regional e, desse modo, que to-dos os agentes desportivos activos tenham, cada vez mais, um papel-motor na gestão da federação e das associações distritais e regionais.

Importa que haja cada vez mais in-tercâmbio e cooperação entre tudo e todos, não andando a trabalhar “de olhos fechados” ao mundo que nos rodeia.

A curta «experiência» da CAJAP veio demonstrar quão importante é que todos os Árbitros de todas as moda-lidades se unam em objectivos co-muns, sendo que, pelo meu sentir, pelo menos dois terços das questões e problemas são comuns a todas as modalidades desportivas.

Quanto às questões mais práticas da vida dos Árbitros: o que esperar?

Importa ainda que se consolide o es-tatuto dos Árbitros e das suas rela-

ções com as estruturas da federação, acordando-se “patamares mínimos” em várias áreas, tais como Tabelas de Prémios, formas de intervenção dos Árbitros no seu processo classifi-cativo e, em geral, direitos e deveres vários, tal como o direito a equipa-mentos, o direito a assistência jurídi-ca, o direito a ser ressarcido em fun-ção do “direito de imagem”.

Mas essa «lógica de cooperação» im-plica também que não se monopo-lize a gestão da Arbitragem – o que acarreta que seja “arrumada” a um canto da História a velha fórmula de serem apenas os Clubes a eleger ou escolher os dirigentes da Arbitragem, antes havendo que passarem os Ár-bitros a ter uma forte intervenção di-recta nesta matéria.

Confia nos Árbitros e na sua capa-cidade de intervir activamente na melhoria dos seus direitos, agora com ferramentas objectivas em vista?

Sim; porque a união faz a força, to-dos, jovens ou idosos, temos que estar preparados para estes novos “desafios”.Mas temos que interiorizar e reforçar a ideia de que nada se faz e nada se consegue sem trabalho.

E, sobretudo, com posições justas e equilibradas e que, acima de tudo, estejam imbuídas de ética, de trans-parência e de coerência.

E pensando num trabalho a médio e longo prazos, já que os grandes objectivos só se atingem pela via da razão e de uma lógica dos “valores”.Se assim se agir, os «velhos da Arbi-tragem» que, durante os últimos 50 anos, andaram a lutar por largos e consolidados objectivos dos Árbitros, poderão dizer que, …afinal, valeu a pena lutar.

“O reconhecimento do papel dos Árbitros vai passar a ser uma realidade mais visível”como Tabelas de Prémios, formas de intervenção dos Árbitros no seu processo classificativo e, em geral, direitos e deveres vários.

Mas essa «lógica de cooperação» implica também que não se monopolize a gestão da Arbitragem – o que acarreta que seja “arrumada” a um canto da História a velha fórmula de serem apenas os Clubes a eleger ou escolher os dirigentes da Arbitragem, antes havendo que passarem os Árbitros a ter uma forte intervenção directa nesta matéria.

Confia nos Árbitros e na sua capacidade de intervir activamente na melhoria dos seus direitos, agora com ferramentas objectivas em vista?

Sim porque a união faz a força, todos, jovens ou idosos, temos que estar preparados para estes novos “desafios”.

Mas temos que interiorizar e reforçar a ideia de que nada se faz e nada se consegue sem trabalho.

E, sobretudo, com posições justas e equilibradas e que, acima de tudo, estejam

imbuídas de ética, de transparência e de coerência.

E pensando num trabalho a médio e longo prazos, já que os grandes objectivos só se atingem pela via da razão e de uma lógica dos “valores”.

Se assim se agir, os «velhos da Arbitragem» que, durante os últimos 50 anos, andaram a lutar por largos e consolidados objectivos dos Árbitros, poderão dizer que, …afinal, valeu a pena lutar.

A FISCALIDADE dos ÁRBITROS António Sérgio dá resposta concreta sobre a Fiscalidade

Mas não poderá deixar de afirmar-se que ficou já, no seu grosso, resolvida a magna questão da Fiscalidade dos Árbitros, ao ter-se conseguido que, através da Lei do Orçamento de Estado de 2008, tivesse sido alterado o Código do I. R. S. no sentido de ser criada uma forma de não-tributação dos proventos dos Árbitros na sua vertente desportiva, se bem que, apenas até ao montante de 5 salários mínimos nacionais (actualmente 2.130 euros). Desta forma foi, finalmente, reconhecido pelo Parlamento, através da Lei nº 67-A/2007, de 31 de Dezembro de 2007, o papel importante dos Árbitros no seu contributo para a melhor formação desportiva dos cidadãos, a criação, em sede de Código do IRS, de “bolsas de formação desportiva” até sendo que as claras “dificuldades” do exercício das suas funções (de que são exemplo típicos a meia-dúzia de jogos ao fim-de-semana) não poderiam ter tradução mínima na Lei que fixa sobre a tributação de proventos. Por isso, os Árbitros, e em relação às importâncias que venham a ser recebidas ao serviço da Arbitragem durante o ano civil de 2008 e seguintes, não ficarão sujeitos a qualquer tributação se os mesmos não ultrapassarem aquele valor e, nesse caso, só terão que se colectar nesse ano se receberem mais do que essa verba. Ainda não foi assinado o Despacho Conjunto dos Ministérios que regule esta matéria; contudo, aguarda-se, a breve trecho, que tal ocorra. Nesse Despacho Conjunto ficarão reguladas as formas de controlo da boa execução da norma fiscal agora instituída e a delimitação objectiva e subjectiva da mesma, designadamente, o que concerne à questão de saber quais os “limites” para a não inclusão em tais verbas das importâncias que se reportem a Despesas de deslocação e ao custo das refeições.

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para quem abraçou a carreira da arbitragem. À Federação Portuguesa de Futebol cabe essa missão, não bastando debitar palavras, quando não se liga ao passado e não se prepara o futuro.

TâNIA MARTINS, ascendeu à 1 ª C a t e g o r i a Nacional de Futsal, da Associação de Futebol do Porto. Tendo sido a primeira classificada da 2ª Categoria Nacional de Futsal, é estudante universitária e revela que ama o que faz e, por isso, estabelece um objectivo de cada vez, confiando na vontade, motivação e trabalho constante. É outra candidata a ter em conta.

NO GANA O MELHOR ÁRBITRO é UMA MULHER

Numa votação para eleger o melhor árbitro do Gana, Mercy Tagoe Quarcos, de 29 anos, ganhou vantagem a dois homens Cecil Fletcher e Daniel Offreei, prémio que lhe foi atribuído pela Federação Ganesa de Futebol.

JORNALISTA E ÁRBITRA

Lurdes Garcia Campos, apresentadora do Programa na Televisão espanhola “Futebol e Coração”, afirma que cada vez mais há menos mulheres entre os jornalistas, comentando: “Um mundo só de homens”.Árbitra nos seus tempos livres é uma das que não se importa de discutir problemas de arbitragem.

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ÁRBITRAS DE FUTSAL SEM INSÍGNIAS DA FIFA

Pela primeira vez, no ano passado, a FIFA decidiu aceitar para inclusão nos seus quadros, árbitras de futsal, tendo sido aceites as candidaturas do Brasil (4 filiadas), Peru (duas) e Venezuela outras duas. Em relação a este ano a lista foi alargada à China, Espanha, Hungria e Itália, perfazendo um total de 14 árbitras internacionais de futsal.E porque não são as portuguesas também distinguidas?Será que as jovens Filipa Santos e Sandra Silva, ambas do Conselho de Arbitragem do Porto, não terão categoria ou capacidade igual ou superior às suas colegas estrangeiras, algumas delas oriundas de países sem a expressão e o prestígio de Portugal?

FILIPA SANTOS tem 28 anos, é professora do 1.º Ciclo. Frequenta actualmente o curso de mestrado. Árbitra de 1.ª categoria nacional há sete épocas ininterruptas depois de ter iniciado a actividade com 17 anos de idade. Dirigiu uma imensidade de jogos distritais e nacionais, exercendo ainda funções de monitora da Federação há cinco temporadas, colaborando com a Associação do Porto não só como formadora mas também como membro da Comissão Técnica.

E, pasme-se, é instrutora da FIFA há dois anos, Organismo que a nomeou para ir ao Irão formar árbitras de futsal,

com o objectivo de participarem nos IV Jogos Islâmicos de Solidariedade. Dominando os idiomas francês e inglês, os seus ensinamentos constituíram um sucesso.

SANDRA SILVA, actualmente com3 0 a n o s , é coordenadora em Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente. Árbitra de 1.ª categoria nacional ingressou na arbitragem na temporada 1997/98, sendo igualmente componente da Comissão Técnica na Associação de Futebol do Porto.

Não será tudo isto suficiente para serem propostas para figurarem nos quadros da FIFA já no próximo ano, exibindo currículos e trabalho desenvolvido em favor da arbitragem do futsal? Porque espera a Federação que até agora as tem ignorado pura e simplesmente? Não lhes serve de exemplo aquilo que aconteceu às suas colegas de Futebol de 11, Berta Tavares e Sandra Bastos, as quais têm dignificado a causa a que se devotaram apaixonadamente mormente nas actuações além-fronteiras? Resta à leiriense Márcia Pejápes seguir as pisadas das suas companheiras de Vila Real e Aveiro.

Mais uma pergunta se impõe: Quando é que temos árbitras e assistentes portuguesas a ostentar o ambicionado escudo da FIFA? Atingir a internacionalização é, além de uma aspiração, um forte estímulo

ARBITRAGEM NO FEMININO

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ética

“Ética e Fair Play novas perspectivas e novas exigências”, é um livro daConfederação do Desporto de Portugal, que sintetiza a opinião de consagradas figuras ligadas ao desporto, referenciando temas importantes como, entre outros, uma contra a dopagem, os princípios éticos e as condutas sociais e os comportamentos agressivos.

A APAF viu enriquecida a sua Biblioteca, com a oferta de livros sobre desporto e arbitragem, cumprindo-lhe agradecer aos autores e editores.

BEM HAJAM!

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BIBLIOTECA

Vítor Pereira

Por dentro dos mundiais de futebol é uma obra de Ana Paula Araújo e Vítor Pereira, este último antigo árbitro e actualmentepresidente da Comissão de Arbitragem da Liga e onde não só são escalpelizadas as histórias dos mundiais como a sua presença no França/98 e Coreia/Japão2002, além das funções que exerceu como instrutor da FIFA.

Conheça as Regras do Futebol

Este livro da autoria dos antigos e c o n s a g r a d o s árbitros Adelino Antunes e Vítor Reis é um m a g n í f i c o compêndio das leis de jogo, com mais de centena e meia de páginas

onde são dissecadas todas as regras do futebol que, obrigatoriamente, deve fazer parte da bagagem teórica dos que estão ligados ao desporto-rei.

Cultura Física

António LuísMontiel, doutorado em Filosofia da Educação, à sua longa carreira docente junta uma muito vincada dedicação ao futebol e à arbitragem. “A Arbitragem e o futebol profissional” é uma publicação que vem enriquecer a nossa Bibliografia

de há três anos.

Ladeado pelo comandante Vicente de Moura (à esquerda) e Dr. António Sérgio, presidente da APAF, o Dr. Manuel Sérgio exibe a comenda que lhe foi merecidamente outorgada.

Professor agregado em Motricidade Humana, pela Universidade Técnica da capital, o Professor Manuel Sérgio, que nasceu em Lisboa em 20 de Abril de 1933, colaborador da nossa Revista, foi distinguido pela APAF, com a Medalha “Reconhecimento”, em sessão pública no dia 12 de Maio

Motrisofia

Um livro de homenagem ao Professor Manuel Sérgio editado pelo Instituto Piaget e no qual o seu coordenador exprime os agradecimentos a todos quantos nele colaboraram e que se revelou honrosa e determinante para o brilho de tão significativa homenagem por tudo o que tem feito e escrito no campo da motricidade humana, cuja leitura se recomenda.

Realizou-se no Instituto Piaget, no lançamento do seu livro “Motrisofia” uma homenagem ao Professor Manuel Sérgio.

Autor de diversas obras, licenciado em filosofia pela Universidade Clássica de Lisboa e director e

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JOÃO CALADO

Só há pouco tempo nos foi dado conhecimento da morte de João Luís Calado, antigo árbitro de Santarém.Natural de Torres Novas e contando 84 anos de idade, após ter terminado a sua carreira de jogador envergando a camisola dos Ferroviários do Entroncamento, onde se notabilizou, dedicou-se à arbitragem que serviu durante 18 temporadas, tendo atingido a primeira categoria nacional e ingressado nos quadros da FIFA.Depois de ter terminado a actividade, atingido pelo limite de idade, desempenhou as funções de delegado técnico distrital e nacional, assim como a de membro da Comissão de Apoio Técnico do Conselho de Arbitragem. Leccionou e instruiu cursos de arbitragem, foi monitor e membro de júris de exame e dirigente desportivo.Alvo de vários louvores e distinções, uma delas por parte da Comissão Central de Árbitros, foi em 1988 homenageado pela Câmara Municipal do Entroncamento.

ARMANDO JORGE

Faleceu, com 73 anos de idade, o árbitro do Conselho de Arbitragem de Lisboa, Armando Jorge. Iniciou a actividade em 1967, tendo sido licenciado quando atingiu o limite de idade, tendo-lhe sido atribuído o diploma de sócio de mérito da Associação de Futebol de Lisboa.

FERNANDO DELGADO

Faleceu no passado dia 7 de Fevereiro em Manteigas, sua terra natal, com 49 anos de idade, Fernando Delgado, nosso associado, acometido de doença súbita.

Depois de ter acabado a sua actividade como árbitro ficou ligado à formação passando para o quadro de observadores do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol da Guarda. Era um exemplo de dedicação e empenho. Homem simples, inteligente, prestável e cumpridor era por todos estimado e admirado devido às suas elevadas qualidades e postura exemplar, constituindo uma perda irreparável para a arbitragem egitaniense.

ARMANDO CASTRO

Com 76 anos faleceu Armando Castro do Conselho de Arbitragem de Lisboa. Iniciou a actividade na época de 1959/60, tendo sido indicado para fazer parte dos quadros federativos quatro anos depois e licenciado por limite de idade. Armando Miranda de Castro atingiu a primeira categoria nacional onde se manteve durante várias temporadas. Além do futebol exerceu ainda actividade no andebol, notabilizando-se até ser promovido a internacional onde formou equipa com Carlos Dinis também ele de Lisboa falecido recentemente. Sócio de mérito da A.F. Lisboa, foi dirigente do seu Conselho de Arbitragem. MANUEL PINHO

Faleceu no passado dia 22 de Fevereiro, com 89 anos, Manuel Ferreira Pinho, que exerceu a actividade durante 14 épocas ao serviço do Conselho de Arbitragem de Lisboa, desde 1963 a 1977.Foi assistente de diversos jogos da 1ª categoria nacional entre eles uma final da Taça de Portugal e sócio de mérito da

Associação de Futebol de Lisboa.O funeral saiu da Basílica da Estrela para o cemitério dos Olivais onde foi cremado..

MIRANDA DE SOUSA

Vítima de doença súbita, faleceu no passado dia 14 de Março. Filiado na Associação de Futebol do Porto e Associado da APAF, desde 1983, tinha sido Árbitro da 1ª Categoria Nacional, era Instrutor, Observador de Árbitros e Assessor do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, exercendo ainda a função de membro da Comissão de Apoio Técnico do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto. Frequentou, como convidado, 5 Cursos da U. E. F. A., o último dos quais na Irlanda. Casado, 57 anos, era natural de Canidelo, Vila Nova de Gaia, local onde residia

ARMINDO PIRES

Faleceu no dia 13 de Março, vítima de doença incurável, om 64 anos de idade, Armindo Rodrigues Pires. Admitido no Conselho de Arbitragem de Lisboa, na época de 1974/75, foi licenciado catorze anos depois, após ter atingido a 3ª Categoria Nacional e distinguido como sócio de mérito da AF de Lisboa. Era associado da APAF que lhe outorgou o prémio de 25 anos de fidelidade. O funeral saiu da Igreja da Charneca do Lumiar para o cemitério da Nazaré.

A APAF INFORMA

ARBITRAGEM DE LUTO

A “família da arbitragem” está mais pobre. E é com tristeza que aqui registamos o falecimento de mais alguns amigos que nos deixaram, desde a publicação da última edição da nossa revista. No momento em que recordamos o seu desaparecimento físico, «O árbitro» dirige aos seus familiares e amigos o seu mais sentido voto de pesar, lembrando que eles estarão sempre presentes entre todos quantos os conheceram e com eles conviveram.

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29º ANIVERSÁRIO

A APAF comemorou 29 anos de existência no passado dia 12 de Maio. Celebrou-se Missa em memória dos nossos associados e amigos falecidos, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora dos Anjos, na Avenida Almirante Reis junto à nossa sede.

No jantar comemorativo, que se realizou no Restaurante Caravela D’Ouro em Algés, no dia 16 de Maio, estiveram presentes diversas personalidades da arbitragem portuguesa, representantes do poder político, dirigentes das Associações Distritais de Futebol e seus Conselhos de Arbitragem, representantes de Núcleos de Árbitros, Directores e colaboradores da APAF. Como é já habitual, foi entregue o emblema de prata da Associação aos sócios que, este ano, completaram 25 anos de associado.

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ACTIVIDADES E ACONTECIMENTOS

Internacionais Olegário Benquerença e Paulo Paraty, o trabalho na área da psicologia da equipa coordenada pelo Dr. João Nuno Pacheco, e a sessão prática de preparação física da equipa liderada pelo Mestre José Neto, Prof. José Dias e Prof. José Miguel. A APAF agradece a todos os convidados que participaram nesta acção de formação e deseja o maior sucesso a todos os Jovens Árbitros que participaram no VI Encontro Nacional do Árbitro Jovem - 2007, estando já a preparar a

próxima edição, que se realiza nos dias 26 a 28 de Setembro de 2008.

VI ENCONTRO NACIONAL DO ÁRBITRO JOVEM

O VI Encontro Nacional do Árbitro Jovem - 2007 que decorreu nos dias 14, 15 e 16 de Setembro no Centro de Estágios de Rio Maior foi de enorme sucesso.Foram conseguidos os objectivos que eram motivar os Jovens Árbitros para a sua carreira como Árbitros, ajudando a construir o “perfil ideal” e o enriquecimento da sua personalidade. Nesta acção de formação participaram 62 Jovens Árbitros, verificando um acréscimo de 77% em relação à edição anterior.Como se pode verificar pelo inquérito, em anexo, é de realçar que os Jovens Árbitros distinguiram como temas de excelência a conversa com os Ábitros

TAÇA CARLSBERG – Taça da LIGA, no Estádio do Algarve, no dia 22.03.2008, às 20h30, convivessem com a mesma no percurso para o jogo e prestassem, à mesma Equipa de Arbitragem, alguma colaboração durante o jogo (conforme designado por parte da CA da Liga). Para tanto, foi escolhida a Árbitra-Jovem Ana Amorim (da AF Aveiro), de 17 anos, e o Árbitro-Jovem Virgílio Salvador (da AF Coimbra), de 16 anos, ambos a arbitrar desde 2005.Esta importante Iniciativa da CA da Liga visou não só promover o gosto pela

ÁRBITROS JOVENS ACOMPANHAM PEDRO PROENçA NA FINAL DA TAçA DA LIGA

Dois jovens árbitros acompanharam a equipa de arbitragem, liderada por Pedro Proença, que dirigiu a Final da Carlsberg Cup, no dia 20 de Março no Estádio do Algarve.

Numa excelente iniciativa da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, à qual de imediato aderiu, aplaudindo-a, a APAF indicou à LPFP os 2 Árbitros que mais se distinguiram e mais foram marcantes no “VI Encontro Nacional do Árbitro Jovem” que se realizou, em Setembro passado, no acolhedor Complexo Desportivo de Rio Maior (e que este ano será igualmente realizado), tendo em vista que os mesmos “acompanhassem” a Equipa da Arbitragem (dirigida por Pedro Proença) que dirigiu a FINAL da

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Arbitragem nos jovens, incentivando estes a seguirem a espinhosa, mas nobre, carreira de Árbitro, como também divulgar os Encontros Nacionais de Árbitro Jovem, todos os anos realizados pela APAF em Rio Maior.

Confia-se que esta excelente Iniciativa da Liga, tenha reforçado a boa cooperação já existente entre as instituições desportivas, se repita em próximos anos e que seja a ante-câmara para a desejável realização de uma outra Iniciativa, de carácter mais amplo: a do “ÁRBITRO POR UM DIA”, desejando-se que todos os agentes desportivos a envolver estejam disponíveis para a realizar rapidamente, porventura no princípio da próxima época desportiva (ao menos, na BWin Liga).

Por todas as razões, a APAF deseja que a FINAL da TAÇA da LIGA seja um modelo de sucesso, em todos os sentidos.

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A APAF NO FUTEBOL SHOW

A nossa Associação esteve presente uma vez mais no Futebol Show que se realizou na Batalha sendo que o Pavilhão da APAF foi muito visitado.As fotos documentam os árbitros da final do jogo de futsal com Joaquim Campos e Dr. António Sérgio e as equipas de árbitros do Norte e do SUL, com esta última a sair vencedora no desempate através de pontapés a partir da marca de grande penalidade, numa jornada de amizade e convívio.

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JORNADA DE SOLIDARIEDADE

O Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira e a Escola no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira organizaram jogo de futebol que se realizou no dia 31 de Maio, pelas 15 horas no Estádio da Mata Real, gentilmente cedido pelo clube Paços de Ferreira.

Uma jornada de amizade e solidariedade que incluiu um jogo de futebol entre árbitros de primeira categoria nacional, capitaneados por Paulo Paraty e alunos reclusos do Estabelecimento Prisional.

Este evento de solidariedade para com os reclusos, que se repete há já alguns anos, tem tido o apoio da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol.

Vemos aqui uma foto do Vice-presidente da APAF, Cunha Antunes, a entregar uma lembrança ao capitão da equipa dos reclusos, no jogo/convívio realizado o ano passado.

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HUMOR NEGRO

Luís Afonso em “A Bola”

O CASAMENTO DA CARINA

Realizou-se no passado dia 21 de Julho no Santuário de Nossa Senhora da Rocha, em Linda-a-Pastora, o casamento de Carina Ribeiro, simpática e zelosa funcionária da APAF.Na foto do enlace matrimonial estiveram presentes individualidades ligadas à nossa Associação, podendo ver-se a partir da esquerda: Joaquim Campos e esposa, Vítor Reis e filha, os noivos Carina e Fábio, Elisabete Rosa, sua companheira na APAF com marido e filha e Alberto Hélder e esposa.

ÁRBITROS SALVAM A VIDA A UM JOVEM JOGADOR

Disputava-se em Castro Verde um jogo dos distritais de iniciados com a equipa local a defrontar o Vidigueira, quando o guarda-redes do Castrense caiu inanimado.

Apercebendo-se da gravidade da situação o árbitro do encontro Silvério Albino e o seu assistente Mário Baptista (associado da APAF), ambos bombeiros, procederam à reanimação do jovem jogador que fez uma paragem cardio-respiratória, na sequência de um choque acidental, operação que foi completada

com sucesso no Hospital de Beja. O pai do jogador emocionado e agradecido reconheceu que os árbitros salvaram a vida do seu filho atitude que os dirigentes do clube da terra enalteceram.Humildemente Silvério Albino afirmou ter feito, naquele dia, a melhor “arbitragem “ da sua vida!

ACTIVIDADES E ACONTECIMENTOS

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AS LINHAS DESALINHADAS

O Vilaverdense é um clube da Associação de Futebol de Braga, inscrito no Campeonato Distrital de Sub-9. Antes do jogo com o Prado, realizado há uns meses atrás, o campo do Turiz não tinha marcações.Foi então que dirigentes, técnicos e atletas meteram mãos à obra, com muita vontade mas pouca habilidade. É que as linhas saíram desalinhadas e torcidas, mas houve jogo e apesar da goleada imposta pelos visitantes, os miúdos passaram uma manhã agradável fazendo uma das coisas de que mais gostam, ou seja, jogar à bola.

BEIJO VALE UM AMARELO

Um caso insólito aconteceu no Brasil. Um jogador deu um beijo ao árbitro para ver se ele não o advertia depois de algumas acusações sobre o comportamento do juiz Ubiraci, que não agradaram a Cleberson. Resignado mas não crente na palavra do árbitro, o jogador ripostou: “Eu quero que ele me mostre se há algum regulamento que pune um jogador de beijar o árbitro”. É que se a moda pega vai ter que a registar no cartório.

TEMPO DE INTERVALO

Três raparigas de Bangladesh, quais princesas, vestindo tradicionais saris e sandálias, entregam-se entusias-madas ao seu passatempo favorito.

A relva apenas se advinha na areia ver-melha do campo, no meio do qual está plantada uma árvore, num campo do Kenia

APITAR CAMELOS NO DESERTO

O assistente búlgaro Bogdan Dotchev, que esteve no Mundial/86 e que apitou o Argentina-Inglaterra, no qual Maradona obteve o ainda hoje falado golo da “mão de Deus”, acusou o árbitro tunisino de responsável pela asneira, classificando-ode idiota que devia estar a passear camelos no deserto em vez de estar a arbitrar um jogo do Mundial, adiantando que um europeu nunca teria validado o golo pois dirigem pelo menos dois jogos importantes por mês.

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foto: Associated Press

TROCAR A BOLA PELO BALÃO

Um caso insólito sucedeu no jogo Manchester City – Sheffield Wednesday. Alguns balões foram lançados para o campo, lançando a confusão de tal maneira que um defesa do City atrapalhou-se de tal modo com os balões que ao esquecer-se da bola permitiu que um adversário se aproveitasse para marcar o golo da vitória o que fez com que o Sheffield passasse a eliminatória. Contudo o árbitro deveria ter interrompido a partida e recomeçá-la com uma bola ao solo dado que os balões constituíam corpos estranhos.

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FUTEBOL DE ONZE

Teste escrito nº 34

1. A lei 1 determina as medidas das marcações do terreno de jogo. Diga qual a distância da marca da grande penalidade ao arco de círculo exterior à área de grande penalidade.

2. Antes de começar um encontro, disputado segundo os regulamentos de uma competição, um jogador efectivo foi substituído por um substituto sem que o árbitro tivesse sido informado. O árbitro apercebeu-se da sua presença irregular, mas deixou prosseguir o jogo. Terá agido bem? Porquê?

3. Já havia 10 minutos de jogo quando o árbitro se apercebeu que uma das equipas está a jogar com doze elementos. O que deve fazer o árbitro?

4. No decurso do jogo, um jogador perdeu uma bota. Sentou-se no chão e pôs-se a calçá-la. O que deve fazer o árbitro?

5. Quando um grupo de jogadores rodeia o árbitro, reclamando uma sua decisão, qual o papel a desempenhar pelo árbitro assistente que se encontra mais longe do incidente?

6. Um jogador entrou em tacle sobre um adversário que conduzia a bola, com algum perigo, atingindo-o nas pernas e fazendo-o cair. No entanto a bola sobra para um colega do jogador que foi derrubado, mas, mesmo assim, o árbitro resolveu e bem interromper o jogo. O que o terá levado a não aplicar a lei da vantagem?

7. O guarda-redes sai da sua baliza a um cruzamento e, lançando-se em voo, consegue apanhar a bola em pleno ar, fazendo uma grande defesa e vindo cair ligeiramente fora da área de grande penalidade com ela agarrada. O árbitro apita, pune a equipa do guarda-redes com um pontapé-livre directo, mas não o adverte por jogar a bola com as mãos fora da área. Está de acordo com as decisões tomadas? Porquê?

8. Pontapé de saída. O executante toca a bola lateralmente ao longo da linha de meio campo, para um colega que, aplicando forte pontapé obtém golo na baliza adversária. O árbitro deve validar o golo? Porquê?

9. Um jogador, com a bola em jogo, atira uma bota, desde a sua área de grande penalidade, sobre um adversário situado fora dela, mas dentro do terreno de jogo. O árbitro apitou. O que deve então fazer?

10. Inexplicavelmente, junto ao centro do terreno, um jogador dá um pontapé num colega de equipa. O árbitro viu e interrompe o jogo que no momento decorria a meio do meio campo dessa equipa. Que procedimento deve tomar em seguida?

11. Dois jogadores disputam, saltando para a bola que vem alta. Então um deles dá uma cotovelada no outro, atingindo-o na cara. O árbitro interrompe o jogo. Como deve agir?

12. O árbitro interrompe o jogo para advertir um jogador que, de braços no ar, reclamava uma sua decisão. Ordena em seguida o recomeço do jogo através de um pontapé-livre, esquecendo-se de levantar o braço, o que induz o guarda-redes em erro, pois como a bola foi chutada directamente à baliza, em vez de se desviar, tenta defendê-la, mas, apesar de lhe tocar com a ponta dos dedos, não conseguiu evitar que ela entrasse. Como deverá então agir o árbitro?

13. Por ocasião de um livre a favor da equipa defensora e a escassos metros da área de grande penalidade, o executante deita-se no chão e atrasa a bola com a cabeça para o seu guarda-redes. Este recebe a bola e pontapeia-a rapidamente para longe. Entretanto o árbitro tinha apitado. O que deverá fazer em seguida?

14. O árbitro deu sinal para a execução de um pontapé de grande penalidade e, antes da bola estar em jogo, verifica que um colega do executante penetra na área. Por esse facto suspendeu a execução do castigo, repondo a legalidade da colocação daquele jogador. Só então permite que o pontapé seja novamente executado. Concorda com a decisão do árbitro? Porquê?

15. Um jogador efectua um lançamento lateral e marca golo directamente. O árbitro mandou executar um pontapé de baliza. Terá razão? Porquê?

Respostas ao teste nº 33

1: Essa distância é de 100 – 2 x 16,5 = 67 metros

2: Sim. Uma vez que estava em condições regulamentares quando ultrapassou a linha de baliza entre os postes.

3: O árbitro adverte o jogador suplente por comportamento antidesportivo e recomeça o jogo com um pontapé-livre indirecto no local onde a bola se encontrava no momento da interrupção (neste caso é exactamente o local onde ele pontapeou a bola.

4: O aquecimento dos suplentes deve ser feito atrás do árbitro assistente ou atrás da linha de baliza, nunca atrás da baliza adversária.

5: A decisão estará correcta se o jogador saiu do terreno de jogo por motivo de lesão ou indisposição de saúde.

6: Desde que o jogo não tenha ainda recomeçado ou terminado.

7: O árbitro deve interromper o jogo, expulsar o suplente por anular uma ocasião clara de golo, tocando deliberadamente a bola com a mão e recomeçar o jogo com um pontapé livre indirecto, contra a equipa do jogador infractor, no local em que a bola se encontrava no momento da interrupção.

8: Sim, se na opinião dos árbitros assistentes o golo foi correctamente obtido.

9: O pontapé - livre indirecto deve ser executado no local onde o jogador infractor se encontrava quando o seu colega lhe passou a bola.

10: O árbitro deve mandar repetir a grande penalidade.

11: A decisão foi incorrecta porque, tratando-se de uma agressão feita por um dos técnicos da equipa, o jogo devia ser dado por terminado.

12: O árbitro deve avisá-lo para não tomar aquela atitude e informá-lo de que se ele, ou qualquer outro jogador da sua equipa, o tornar a fazer, será advertido.

13: Deverá unir a equipa do infractor com um pontapé livre directo ou uma grande penalidade.

14: O árbitro deve ordenar a repetição do pontapé de baliza.

15: O árbitro deve interromper o jogo, expulsar o jogador agressor e mandar repetir o lançamento pela equipa contrária no local em que a bola saiu, visto o lançamento ter sido efectuado fora desse local.

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FUTSAL

Teste escrito nº 3

1ª. Aquando de uma substituição, o jogador substituto, esqueceu-se de tirar o colete entrando na superfície de jogo pela sua zona de substituições mas, após o seu colega sair da superfície de jogo, pela sua zona de substituições. Como deverá o árbitro proceder nesta situação tendo em conta que ambos os jogadores anteriormente haviam sido advertidos?

2ª. Qual será a punição a aplicar a um jogador, que se apoie dentro da sua área de grande penalidade num colega de equipa para chegar à bola?

3ª. Estando a bola em jogo, um suplente entra na superfície de jogo, sem autorização do árbitro. Um adversário agride-o. Como deverá proceder o árbitro?

4ª. Um jogador efectivo que se encontrava momentaneamente fora da superfície de jogo a receber assistência médica, é agredido por um adversário que lhe arremessou uma sapatilha de dentro da superfície de jogo. Estando a bola em jogo, como deveria proceder o árbitro?

5ª. Responda a estas duas questões:a) O que é um pontapé-livre

directo?b) Quando se deve marcar um

pontapé-livre directo?

6ª. No momento da execução de um pontapé de linha lateral, o jogador executante tinha um pé completamente dentro da superfície de jogo e pontapeou a bola na direcção de um colega de equipa, tendo o árbitro deixado que o jogo prosseguisse: foi correcta a sua decisão? Porquê?

7ª. Do ponto de vista da punição a aplicar, que diferença existe entre:

a) Uma obstrução com contacto físico provocado pelo jogador que obstrui;

b) Uma obstrução com contacto físico provocado pelo jogador que é obstruído?Justifique a resposta que der.

8ª. Na execução de um pontapé de saída, o jogador executante movimenta a bola com a sola da sapatilha para o campo adversário, pontapeando de imediato para a baliza adversária. Que decisão deverá ser tomada pelo árbitro?

9ª. Ao proceder à execução de um pontapé-livre indirecto, um jogador corre para a bola, põe-lhe um pé em cima, não a deslocando, e é um segundo jogador, que vem em seguida, que chuta e obtém golo. Nestas circunstâncias, que deve fazer o árbitro?

10ª. Para que serve a marca no exterior da superfície de jogo, a 5 metros do vértice da linha de baliza, com a linha lateral, perpendicular à linha de baliza?

11ª. Em que circunstâncias se torna obrigatória a transferência da braçadeira de capitão para o sub-capitão?

12ª. Quando é que um guarda-redes depois de pôr a bola em jogo, através de um lançamento de baliza, pode voltar a jogar a bola vinda de um colega de equipa?

13ª. Defina faltas consecutivas. Qual o critério de punição?

14ª. O que levou o árbitro a autorizar a entrada de um jogador para completar a sua equipa por expulsão de um seu colega de equipa, passado dez segundos?

15ª. Uma equipa no segundo tempo não utilizou o minuto de tempo morto. Uma vez que o jogo teve prolongamento para se achar o vencedor, poderá essa mesma equipa utilizar esse tempo morto no prolongamento?

Respostas ao teste nº 2

1. O árbitro deverá interromper o jogo, expulsar o agressor, advertir o substituto por entrar indevidamente na superfície de jogo, ordenar a sua saída e recomeçar o jogo com um pontapé livre-indirecto com a equipa do substituto no local da infracção ou seja no local da entrada indevida.

2. O golo deve ser anulado, o guarda-redes deve ser expulso por conduta violenta e deve ser concedido um pontapé de grande penalidade à equipa contrária.3. Sim deve ser advertido à mesma o jogador pelo seu comportamento anti desportivo.

4. Na superfície de jogo, dará conta ao capitão de equipa e ao jogador que o cartão amarelo ficou sem efeito. No seu relatório técnico mencionara os factos o mais detalho possível.

5. Deve ordenar o recomeço do jogo com um pontapé-livre indirecto a favor da equipa que defende no local que se encontrava o jogador que violou a área de grande penalidade.

6. O árbitro interrompe o jogo e ordena o seu recomeço com um pontapé-livre indirecto contra a equipa do executante no local da marca da grande penalidade.

7. O jogador deverá ser advertido, devendo ser-lhe exibido o cartão amarelo, por retardar o recomeço de jogo.

8. O guarda-redes apenas seria advertido por comportamento anti desportivo, pois pode jogar a bola com as mãos dentro da sua área de grande penalidade e a caneleira constitui um prolongamento da mão, enquanto que o outro jogador, ao impedir a equipa adversária de marcar um golo com a mão, terá que ser expulso.

9. Não. Só os árbitros podem expulsar um jogador.

10. Não, porque o apito do árbitro interrompe o jogo. Assim, uma vez o jogo suspenso, terá de o recomeçar com um lançamento de bola ao solo no local em que esta se encontrava no momento da interrupção.

11. Serve para definir a colocação dos jogadores por ocasião de um pontapé de saída e para definir as faltas do guarda-redes, quer na regra dos 4 segundos ou ainda nas devoluções da bola a este.

12. É necessário que o jogo esteja a decorrer e a falta seja cometida dentro da superfície de jogo.

13. Não, a FIFA não permite qualquer publicidade comercial nas bolas., decisões da Lei 2.

14. O jogo deve ser dado por terminado sem que o pontapé de grande penalidade seja executado e mencionar o facto no relatório do jogo.

15. Sim, se verificar ser incorrecta ou, à sua discrição, desde que o jogo não tenha ainda recomeçado ou terminado.

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António Sérgio dá resposta concreta sobre a Fiscalidade

Ficou já, no seu grosso, resolvida a magna questão da Fiscalidade dos Árbitros, ao ter-se conseguido que, através da Lei do Orçamento de Estado de 2008, tivesse sido al-terado o Código do I. R. S. no sentido de ser criada uma forma de não-tributação dos proven-tos dos Árbitros na sua vertente desportiva, se bem que, apenas até ao montante de 5 salários mínimos nacionais (actualmente 2.130 euros).

Desta forma foi, finalmente, reconhecido pelo Parlamento, através da Lei nº 67-A/2007, de 31 de Dezembro de 2007, o pa-pel importante dos Árbitros no seu contributo para a melhor forma-ção desportiva dos cidadãos, a cria-ção, em sede de Código do IRS, de “bolsas de formação desportiva” até

FISCALIDADE

sendo que as claras “dificuldades” do exercício das suas funções (de que são exemplo típicos a meia-dúzia de jogos ao fim-de-semana) não pode-riam ter tradução mínima na Lei que fixa sobre a tributação de proventos.Por isso, os Árbitros, e em relação

às importâncias que venham a ser recebidas ao serviço da Arbitragem durante o ano civil de 2008 e anos seguintes, não ficarão sujeitos a

qualquer tributação se os mesmos não ultrapassarem aquele valor e, nesse caso, só terão que se colectar nesse ano se receberem mais do que essa verba.

Ainda não foi assinado o Despacho Conjunto dos Ministérios que regule esta matéria; contudo, aguarda-se, a breve trecho, que tal ocorra.

Nesse Despacho Conjunto fi-carão reguladas as formas de controlo da boa execução da norma fiscal agora instituída e a delimitação objectiva e subjecti-va da mesma, designadamente, o que concerne à questão de saber quais os “limites” para a não inclusão em tais verbas das importâncias que se reportem a

Despesas de deslocação e ao custo das refeições.

como Tabelas de Prémios, formas de intervenção dos Árbitros no seu processo classificativo e, em geral, direitos e deveres vários.

Mas essa «lógica de cooperação» implica também que não se monopolize a gestão da Arbitragem – o que acarreta que seja “arrumada” a um canto da História a velha fórmula de serem apenas os Clubes a eleger ou escolher os dirigentes da Arbitragem, antes havendo que passarem os Árbitros a ter uma forte intervenção directa nesta matéria.

Confia nos Árbitros e na sua capacidade de intervir activamente na melhoria dos seus direitos, agora com ferramentas objectivas em vista?

Sim porque a união faz a força, todos, jovens ou idosos, temos que estar preparados para estes novos “desafios”.

Mas temos que interiorizar e reforçar a ideia de que nada se faz e nada se consegue sem trabalho.

E, sobretudo, com posições justas e equilibradas e que, acima de tudo, estejam

imbuídas de ética, de transparência e de coerência.

E pensando num trabalho a médio e longo prazos, já que os grandes objectivos só se atingem pela via da razão e de uma lógica dos “valores”.

Se assim se agir, os «velhos da Arbitragem» que, durante os últimos 50 anos, andaram a lutar por largos e consolidados objectivos dos Árbitros, poderão dizer que, …afinal, valeu a pena lutar.

A FISCALIDADE dos ÁRBITROS António Sérgio dá resposta concreta sobre a Fiscalidade

Mas não poderá deixar de afirmar-se que ficou já, no seu grosso, resolvida a magna questão da Fiscalidade dos Árbitros, ao ter-se conseguido que, através da Lei do Orçamento de Estado de 2008, tivesse sido alterado o Código do I. R. S. no sentido de ser criada uma forma de não-tributação dos proventos dos Árbitros na sua vertente desportiva, se bem que, apenas até ao montante de 5 salários mínimos nacionais (actualmente 2.130 euros). Desta forma foi, finalmente, reconhecido pelo Parlamento, através da Lei nº 67-A/2007, de 31 de Dezembro de 2007, o papel importante dos Árbitros no seu contributo para a melhor formação desportiva dos cidadãos, a criação, em sede de Código do IRS, de “bolsas de formação desportiva” até sendo que as claras “dificuldades” do exercício das suas funções (de que são exemplo típicos a meia-dúzia de jogos ao fim-de-semana) não poderiam ter tradução mínima na Lei que fixa sobre a tributação de proventos. Por isso, os Árbitros, e em relação às importâncias que venham a ser recebidas ao serviço da Arbitragem durante o ano civil de 2008 e seguintes, não ficarão sujeitos a qualquer tributação se os mesmos não ultrapassarem aquele valor e, nesse caso, só terão que se colectar nesse ano se receberem mais do que essa verba. Ainda não foi assinado o Despacho Conjunto dos Ministérios que regule esta matéria; contudo, aguarda-se, a breve trecho, que tal ocorra. Nesse Despacho Conjunto ficarão reguladas as formas de controlo da boa execução da norma fiscal agora instituída e a delimitação objectiva e subjectiva da mesma, designadamente, o que concerne à questão de saber quais os “limites” para a não inclusão em tais verbas das importâncias que se reportem a Despesas de deslocação e ao custo das refeições.

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De acordo com a sondagem efectuada em Junho e Julho de 2008, o Site www.apaf.pt faz parte da lista dos “favoritos” de 56 % dos visitantes, sendo que 20 % visitam com regularidade este espaço dedicado à arbitragem e os outros 24 % ocasionalmente.

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