No Contexto Da Guerra Fria

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 No contexto da Guerra Fria Conflito ideológico, político e militar entre Estados unidos (bloco capitalista) e União o!i"tica (bloco socialista)# $%rias tens&es surgiram entre os dois países# Crise dos 'ísseis em *+ foi a mais gra!e# -ropaganda os Estados Unidos tentam mostrar, de todas as formas atra!"s da .NU e .E/, 0ue a U1 esta!a errada# -olítica de e0uilíbrio de poder# Não ocorriam enfrentamentos diretos# EU/ 2egemonia sobre a .NU# Fu3u4ama (funcion%rio do go!erno dos EU/) 5 o s2i2iro Fr anci s Fu3u4ama " um filóso fo e econ omista político nipo6 es ta dunidense# Fi gu ra c2a!e e um do s idlogo s do go !e rno 1e ag an , Fu3u4ama " uma importante figura do conser!adorismo# / maior fonte de problemas são os Estados falidos#  .s exemplos são o /feganistão, a om%lia e o 7aiti# Esses países não t8m, ou não tin2am at" pouco tempo atr%s, algo 0ue se possa c2amar com con!ic9ão de go!erno# / falta de um go!erno 0ue exer9a as fun 9& es b%sicas abr e esp a9 o pa ra doe n9a s, como a aids, ref ugi ados, abusos de direitos 2umanos# :epois do de etembro ficou claro 0ue um Estado falido tamb"m pode alimentar o terrorismo# No s"culo passado, todos os nossos problemas esta!am relacionados ao fato de 0ue 2a!ia Estados fortes demais a /leman2a na;ista, 0ue pro!ocou a << Guerra, ou a União o!i"tica, 0ue le!ou = Guerra Fria# . problema 2o>e " o oposto# 7% um n?mero grande demais de Estados caóticos, incapa;es de manter a ordem no próprio território# Esses são os países mais problem%ticos do s"culo @@<# Aueda do 'uro de Berlim **# Fim da Guerra Fria# Fim do comunismo# Fim do socialismo# .timismo norte6americano# 7egel expansão das ideias liberais# 1acionalidade# Fim da 7istória# ociedade para Fu3u4ama uni!ersali;a9ão das ideias l iberais# -latão di!ide o 2omem em Dr8s esferas ra;ão, dese>o e t24mos (dese>o pelo recon2ecimento# <deias liberais# :emocracia liberal pr oblemas co mp et i9 ão, crimin al idade, nacionalismos, fanatismos# Nunca 2a!er% desigaldade#  / desigualdade " inerente % democracia liberal#

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No contexto da Guerra Fria

Conflito ideológico, político e militar entre Estados unidos (bloco capitalista) eUnião o!i"tica (bloco socialista)#$%rias tens&es surgiram entre os dois países#

Crise dos 'ísseis em *+ foi a mais gra!e#-ropaganda os Estados Unidos tentam mostrar, de todas as formas atra!"sda .NU e .E/, 0ue a U1 esta!a errada#-olítica de e0uilíbrio de poder#Não ocorriam enfrentamentos diretos#EU/ 2egemonia sobre a .NU#

Fu3u4ama (funcion%rio do go!erno dos EU/)

5os2i2iro Francis Fu3u4ama " um filósofo e economista político nipo6

estadunidense# Figura c2a!e e um dos ideólogos do go!erno 1eagan,Fu3u4ama " uma importante figura do conser!adorismo# / maior fonte deproblemas são os Estados falidos# .s exemplos são o /feganistão, a om%lia eo 7aiti# Esses países não t8m, ou não tin2am at" pouco tempo atr%s, algo 0uese possa c2amar com con!ic9ão de go!erno# / falta de um go!erno 0ue exer9aas fun9&es b%sicas abre espa9o para doen9as, como a aids, refugiados,abusos de direitos 2umanos# :epois do de etembro ficou claro 0ue umEstado falido tamb"m pode alimentar o terrorismo# No s"culo passado, todosos nossos problemas esta!am relacionados ao fato de 0ue 2a!ia Estadosfortes demais a /leman2a na;ista, 0ue pro!ocou a << Guerra, ou a Uniãoo!i"tica, 0ue le!ou = Guerra Fria# . problema 2o>e " o oposto# 7% um n?merogrande demais de Estados caóticos, incapa;es de manter a ordem no próprioterritório# Esses são os países mais problem%ticos do s"culo @@<#Aueda do 'uro de Berlim **#Fim da Guerra Fria#Fim do comunismo#Fim do socialismo#.timismo norte6americano#7egel expansão das ideias liberais# 1acionalidade#Fim da 7istória#ociedade para Fu3u4ama uni!ersali;a9ão das ideias liberais#

-latão di!ide o 2omem em Dr8s esferas ra;ão, dese>o e t24mos (dese>opelo recon2ecimento#• <deias liberais#• :emocracia liberal problemas competi9ão, criminalidade,

nacionalismos, fanatismos#• Nunca 2a!er% desigaldade#•  / desigualdade " inerente % democracia liberal#

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Fu3u4ama, Con!ersão, :ese>o de 1econ2ecimento, 7egel, 1eic2 der Frei2eit,Es0uerdas, D24mos, Exuma9ão do apon8s, e (Ne) uis esuíta, o Fim, e o:ia / 7istória acabou Não# /t" os EU/ estão estatistas# .b6amados# Ex6tado# Eos c2ineses capitalistas# Confuso .ra### $amos !er se ela acabou ou se isso

a0ui " um espasmo do 0ue teclei 2% dois segundos# 7o>e " o passado dofuturo#

Francis Fu3u4ama (escol2i ele aleatoriamente, pode ser !oc8 o leitor, como!eremos) tem muito em comum com protagonistas de mo!imentos como odadaísta, beatnic3, 2ippie, etc### Como seus predecessores, ele " mais umincompreendido# $%rios artigos foram escritos no s"culo passado sobre seuensaio 0uestionando e não afirmando 6 se a 2istória estaria c2egando ao fim# /c2o 0ue *HI dos resen2istas e JeditoriadoresK não de!em ter lido o ensaiooriginal 0ue deu no li!ro# . ensaio era c2amado JD2e End of 7istor4K(acompan2ado por esse importante ponto de interroga9ão), e saiu na obscura

D2e National <nterest# .bscura em todos os sentidos, mas isso não !em aocaso# 'as aí o Francis (2mmm) deu asas = sua sofisticada e contro!ertidaobra, 0ue de ode insípida ao neoliberalismo tem pouco, na !erdade#

Comecemos por essa conceitua9ão sobre o car%ter finito da 2istória# -ara osmais incautos e ing8nuos, de!e ser dito 0ue at" 2o>e Fu3u4ama não pre!8 ofim de e!entos significati!os, das ocorr8ncias 0ue constituem a própria f%bricada 7istória#

Fala6se a0ui sobre a finalidade (um duplo, por fa!or) da 7istória#

No mundo ocidental, esse conceito tem sua origem na id"ia >udaico6cristã, cu>ara;ão de ser est% intimamente ligada ao Jfim dos temposK, ao apocalipse# /inda0ue !oc8 não goste do c2eiro de napalm de man2ã, sabemos 0ue adissocia9ão filosófica entre o religioso e o científico, o resgate do conceito definalidade da 2istória, deu6se no <luminismo, principalmente atra!"s de Durgot eCondorcet no campo das id"ias# Este inclusi!e delineou uma 2istóriauni!ersal do 2omem em seu J. -rogresso da 'ente 7umanaK, enumerandode; est%gios distintos# . ?ltimo seria caracteri;ado por igualdade deoportunidade, liberdade, democracia e educa9ão uni!ersal (grifo meu)#

Lant tamb"m sugeriu depois tal conceito# -ara ele, Ja 2istória do mundo nadamais " do 0ue o progresso da consci8ncia da liberdade#K <sto ", Lant !ia umpropósito final inerente no auto60uestionamento do 2omem sobre seu destino epotencialidade# Dal propósito se reflete no progresso cí!ico e científico da2umanidade#

'as Fu3u4ama se ampara sobretudo em 7egel# /ntes de Mi;e3# Nesse pontoele tamb"m " incompreendido# .corre 0ue 7egel, no mundo de id"ias anglo6saxão, era !isto como um apologista reacion%rio da monar0uia prussiana# /t"'arx (2egeliano tamb"m sim sin2O) di;ia 0ue 7egel era um entusiasta daburguesia (sic)# / !isão de 'arx " importante, como sempre# /ssim, ac2a!am

0ue 7egel 0ueria preser!ar boa parte das ati!idades econmicas longe da rededo estado e nas mãos da burguesia# .ra, mas essa antagoni;a!a com o

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absolutismo na "poca# Era a Mona .este de então# . cara então ta!a com omocin2o e não com o bandido# e bem 0ue nunca se sabe###

Basta di;er 0ue para 7egel, a culmina9ão do processo 2istórico daí ointeresse de muitos e tamb"m o desinteresse de outros tantos por suas id"ias

  !iria com a reali;a9ão de conceitos uni!ersais como liberdade e igualdade# Eo est%gio final !iria 0uando atingíssemos um estado de total auto6consci8ncia(sic)# -ronto# Fim de papo no 'araca# -sican%lise, ci8ncia política, filosofia eeconomia numa grande suruba# Essa orgia denota6se em termos 0ue roubaramdo estudo da alma, filosófico, para JoutorgaremK a outras ci8ncias# Conceitoscomo Jcr"ditoK, JacreditarK, Jcren9aK, e Jconfian9aK tem uma rai; pecuni%ria 0uefoi >ogada no colo at" da psican%lise# Aue agora de!ol!e a peteca praeconomia nas pes0uisas de confian9a do consumidor# 'uito Nobel deeconomia recente foi concedido a trabal2os relacionados ao comportamento deagentes econmicos#

 /ssim o marxismo reflitam bem est% nessa mesma corrente teleológica# .use>a, o marxismo tem um propósito final 0ue !isa atingir a plenitude deigualdade sócio6econmica# :entro desse prisma, seria arriscado criticar otrabal2o de (não) marxistas# . comunismo representa não um est%gio superior = essa Jdemocracia liberalK 0ue mal se sustenta mundo afora, e sim o mesmoest%gio# -ois contribui para a difusão da id"ia de liberadade e igualdade2egeliana# /mbos arremedos ideológicos, " claro, oriundos da 1e!olu9ãoFrancesa# . 0ue >% esta!a mais do 0ue claro, a essa altura#

. fracasso da0uele comunismo tosco e fora de moda, nos fa; ponderar se a2istória uni!ersal concebida por 7egel não seria na !erdade mais prof"tica do0ue a sua !ersão marxista atual# Falamos da auto6consci8ncia# E aí ela seconfunde com o indi!idualismo# Uma pena# 'as 'arx, como !eremos no final com trocadil2o tem a mel2or resposta para isso# ung pensou no inconscientecoleti!o, mas ele nos afastaria do bem6estar, dentro desse prisma# /inconsci8ncia seria a antítese de 'arx e 7egel# . consciente JinK no caso est%JoutK# -ortanto a mola mestra dessa democracia liberal meio apatetada 0uetemos por aí est% fortemente associada ao conceito da auto6consci8nciaabsoluta de 7egel#

 / isso soma6se tamb"m um dese>o de Jrecon2ecimentoK no plano abstrato (por 

!e;es espiritual), o t24mos platnico, 0ue impulsionaria o 2omemcoleti!amente# Como falamos a0ui num plano não6normati!o, a 2ipótese2egeliana (ou fu3u4amense, ou a sua, e não a min2a) parece curiosa# No bomsentido# . n?mero aparente de escol2as 0ue um país tem para determinar suaorgani;a9ão econmica e política diminuiu atra!"s dos tempos# Não 2%nen2uma ideologia, fora o embate dial"tico de sempre, 0ue possa ter umapretensão mais uni!ersalista# 'ormente acompan2ada do imanente oureligioso#

. conceito da União Europ"ia aponta para esse car%ter de obser!ar aJfinalidadeK da 2istória# /t" mesmo a expressão de Pula, JNunca na 7istória do

-aís####K, " 2egeliana# /lgo então >% nasceu, sob o conceito de nosso

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presidente, fora do escopo 2istórico e ali permanece# E ele " (de um partido) dees0uerda#

Auanto a essas porradas 0ue obser!amos e inssurrei9&es nacionalistas emterritórios menores, s3irmis2es, não passam do 0ue /lexandre Lo>Q!e c2ama!a

de Jbonapartismo6robespierriano (sic) 0ue obrigou a Europa pós6napolenica aacelerar a elimina9ão de se0uelas anacrnicas de seu passado pr"6re!olucion%rioK# .u se>a, temos a0ui e ali um surto de inconsci8ncia ufanista,mas " parte do est%gio natural rumo = auto6consic8ncia pós62istórica#

$oltando de no!o# /ntes da derrocada do comunismo tosco, !estido de :ucal,ti!emos a derrubada de !%rios go!ernos de direita na Europa nos /nos RH# /coisa " cíclica, mas como -D e -:B, todo mundo " da 1ua 'aria /ntnio ou seria /ntonieta Fa;em o re!e;amento de bastão# Uns ac2am 0ue issobasta# .utros tamb"m, mas com um diferente significado e conota9ão para apala!ra#

$oltando ao fim da 2istória, o título do li!ro de Fu3u4ama " J. Fim da 7istória eo Sltimo 7omemK# Esse cara aí !em a cal2ar# . dese>o de recon2ecimento, por 2umanos e na9&es, !em acompan2ado pelo orgul2o, paixão, rai!a e !iol8ncia#Características do ser 2umano e do animal irracional (na nossa malta temosalguns de tal esp"cie representados)# <sso " o próprio combustí!el do processo2istórico#

. argumento engloba dois tipos de Jprimeiro 2omemK# Um 2obbesiano, 0ue,preocupado com o mundo cão, e moti!ado por um dese>o racional de auto6preser!a9ão, acabou dando no J?ltimo 2omemK de 2o>e# Este, por sua !e;,seria complacente e absorto em si mesmo# egundo George Gilder, essaesp"cie de Jprimeiro 2omemK tem na sua Jbusca da felicidadeK a fal2a fatal domundo ocidental de nossos dias, pois sua morosidade torna6o incapa; dedefender6se dos assaltos relati!istas# -ois o relati!o " um absoluto em si,conceitualmente falando#

'as temos tamb"m um Jprimeiro 2omemK niet;sc2iano, 0ue se arriscamortalmente em nome do Jrecon2ecimentoK (pala!ra recorrente no2egelianismo 6 Freud gosta!a muito) e respeito por suas id"ias#

Então o J?ltimo 2omemK, cidadão desse reino liberal democrata final, "segundo Fu3u4ama pasmem Jum 2omem !a;io e 0uase sem ra;ão de serK,pois seus dese>os, ideais e busca >% teriam acabado# er% Auando !e>o oBerlusconi na D$, ac2o 0ue não# . problema aí " origin%rio do conceito deNiet;sc2e de 0ue a (então) moderna democracia não representa!a a auto6reali;a9ão e transcend8ncia (self6master4) dos 0ue eram escra!os (sic), e sima própria !itória total (sic) dos escra!os, tra;endo consigo uma esp"cie demoralidade escra!i;ada# 1e!olu9ão Francesa ei l%###

Com isso apóia6se prescriti!amente 6 uma política s"ria e real de direitos2umanos, 0ue passa pelo ambientalismo tonificado, algo impens%!el num

regime ancorado na real politi3 ou de emergentes botando as manguin2as prafora# Auando " o caso, sempre se fala em aumentar o or9amento militar,

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comprar submarino nuclear etc### Claro# -ois a ironia final de toda essacon!ersa est% presente na conceitua9ão marxista da luta de classes# Estasluta!am entre si por um JdomínioK (mais um duplo, por fa!or)# /ssim, noslembra Lo>Q!e, 2a!ia o 0ue 'arx definia como :omínio da Necessidade (1eic2der NotTendig3eit) e outro situado al"m (sic) 0ue seria o :omínio da Piberdade

(1eic2 der Frei2eit) no 0ual os 2omens não lutariam e trabal2ariam o mínimopossí!el# 1eic2 pode ser domínio, fica mais po"tico e significati!o#

.s espiritualistas de!em pensar nisso e muito# . pessoal das filosofiasorientais de!ia se orientar tamb"m# em ironias# Men, Dao e $edas# $emos 0ue'arx e 7egel aposta!am no al"m e numa liberdade 0ue poderia !ir da auto6consci8ncia, no 0ue concerne a JfinalidadeK 2istórica# . materialismo dial"ticopressup&e um desfec2o igual ao religioso# eria pós62istórico, pois pre!ia o fimde algo, no caso o capitalismo, ou estado (outro duplo, por fa!or, o ?ltimo) dascoisas atuais# . religioso pragm%tico contando seu dí;imo (a C"sar o 0ue " deC"sar), e o ateu espiritualista, pensando no al"m#

e não " o fim da 2istória para uns, " o fim da picada (o3, mais um duplo) paraoutros# . 0ue " a mesma coisa#