N.º 19 o ideias maio 98 ano iv digital

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Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Telef.: 29009 Telef.: 29009 Telef.: 29009 Telef.: 29009 Telef.: 29009 Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉM Telef.: 29009 Telef.: 29009 Telef.: 29009 Telef.: 29009 Telef.: 29009 A Sua Nova Escola de Línguas em Santarém A Sua Nova Escola de Línguas em Santarém ESCOLA DE LÍNGUAS DE SANTARÉM, LDA Maio 98 Ano IV Nº 19 S UMÁRIO Pág. Pág. Pág. Pág. Pág. 2 “Recursos Humanos, o acentuar “Recursos Humanos, o acentuar “Recursos Humanos, o acentuar “Recursos Humanos, o acentuar “Recursos Humanos, o acentuar da vantagem competitiva no da vantagem competitiva no da vantagem competitiva no da vantagem competitiva no da vantagem competitiva no futuro” futuro” futuro” futuro” futuro” Pág. 3 Pág. 3 Pág. 3 Pág. 3 Pág. 3 Reflexão sobre a Condição Reflexão sobre a Condição Reflexão sobre a Condição Reflexão sobre a Condição Reflexão sobre a Condição Humana Humana Humana Humana Humana Pág. 4 Pág. 4 Pág. 4 Pág. 4 Pág. 4 Perigo, sem fios Perigo, sem fios Perigo, sem fios Perigo, sem fios Perigo, sem fios Pág. 5 Pág. 5 Pág. 5 Pág. 5 Pág. 5 Triângulo Asiático = Perigo? Triângulo Asiático = Perigo? Triângulo Asiático = Perigo? Triângulo Asiático = Perigo? Triângulo Asiático = Perigo? Pág. 6 Pág. 6 Pág. 6 Pág. 6 Pág. 6 Entrevista ao Presidente da Entrevista ao Presidente da Entrevista ao Presidente da Entrevista ao Presidente da Entrevista ao Presidente da Assembleia Geral da A.E. Assembleia Geral da A.E. Assembleia Geral da A.E. Assembleia Geral da A.E. Assembleia Geral da A.E. Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9 Um olhar sobre a Reencarnação Um olhar sobre a Reencarnação Um olhar sobre a Reencarnação Um olhar sobre a Reencarnação Um olhar sobre a Reencarnação Pág. 10 Pág. 10 Pág. 10 Pág. 10 Pág. 10 “O T.Q.M. está adaptado à “O T.Q.M. está adaptado à “O T.Q.M. está adaptado à “O T.Q.M. está adaptado à “O T.Q.M. está adaptado à Realidade Portuguesa?” Realidade Portuguesa?” Realidade Portuguesa?” Realidade Portuguesa?” Realidade Portuguesa?” Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Do You Speak English? Do You Speak English? Do You Speak English? Do You Speak English? Do You Speak English? A propósito da alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo, das consequências que essa alteração produz no Ensino Superior Politécnico e da forma como o Ministério de Educação está a proceder relativamente a todo este processo a conclusão óbvia a que qualquer pessoa sensata pode chegar é que das duas uma: ou o Ensino Superior Politécnico não tem qualquer factor de diferenciação relativamente ao Ensino Superior Universitário ou o Ministério ainda não se apercebeu da existência desse factor, na medida em que continua empenhado em destinguir o Politécnico da Universidade pela via da forma e não pela via do conteúdo. De facto o último grito da moda lançado pelo Ministério veste as cores de uma licenciatura bi-etápica em que os estudantes do Ensino Politécnico para transitarem do terceiro para o quarto ano da licenciatura (ou seja, da primeira para a segunda etapa) terão que ter concluído todas as disciplinas do três primeiros anos lectivos. Consequências desta decisão: diminuição da rentabilidade dos equipamentos e das instalações das escolas, necessidades dos alunos do Politécnico, em igualdade de circunstâncias com os alunos da Universidade, frequentarem a escola durante mais anos para obter o mesmo grau académico, aumento dos encargos das famílias para financiar a educação dos filhos e possivelmente a perda do direito à bolsa pelos estudantes do Ensino Politécnico em circunstâncias que verificadas na Universidade não dão direito à perda da mesma. Mas enquanto isto e muitas outras coisas se passam a única coisa que preocupa os alunos são as propinas. Por isso tá- se mesmo a ver qual é que vai ser o futuro do Ensino Superior Politécnico. Tá-se, tá-se!… Tá-se!!! José Luís Carvalho

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Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMPraceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMPraceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMPraceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMPraceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMTelef.: 29009Telef.: 29009Telef.: 29009Telef.: 29009Telef.: 29009

Praceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMPraceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMPraceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMPraceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMPraceta Alves Redol, 15 - 2000 SANTARÉMTelef.: 29009Telef.: 29009Telef.: 29009Telef.: 29009Telef.: 29009

A Sua Nova Escola deLínguas em SantarémA Sua Nova Escola deLínguas em Santarém

ESCOLA DE LÍNGUASDE SANTARÉM, LDA

Maio 98 Ano IV Nº 19

SUMÁRIO

Pág. Pág. Pág. Pág. Pág. 22222 “Recursos Humanos, o acentuar“Recursos Humanos, o acentuar“Recursos Humanos, o acentuar“Recursos Humanos, o acentuar“Recursos Humanos, o acentuarda vantagem competitiva noda vantagem competitiva noda vantagem competitiva noda vantagem competitiva noda vantagem competitiva nofuturo”futuro”futuro”futuro”futuro”

Pág. 3Pág. 3Pág. 3Pág. 3Pág. 3 Reflexão sobre a CondiçãoReflexão sobre a CondiçãoReflexão sobre a CondiçãoReflexão sobre a CondiçãoReflexão sobre a CondiçãoHumanaHumanaHumanaHumanaHumana

Pág. 4Pág. 4Pág. 4Pág. 4Pág. 4 Perigo, sem fiosPerigo, sem fiosPerigo, sem fiosPerigo, sem fiosPerigo, sem fios

Pág. 5Pág. 5Pág. 5Pág. 5Pág. 5 Triângulo Asiático = Perigo?Triângulo Asiático = Perigo?Triângulo Asiático = Perigo?Triângulo Asiático = Perigo?Triângulo Asiático = Perigo?

Pág. 6Pág. 6Pág. 6Pág. 6Pág. 6 Entrevista ao Presidente daEntrevista ao Presidente daEntrevista ao Presidente daEntrevista ao Presidente daEntrevista ao Presidente daAssembleia Geral da A.E.Assembleia Geral da A.E.Assembleia Geral da A.E.Assembleia Geral da A.E.Assembleia Geral da A.E.

Pág. 9Pág. 9Pág. 9Pág. 9Pág. 9 Um olhar sobre a ReencarnaçãoUm olhar sobre a ReencarnaçãoUm olhar sobre a ReencarnaçãoUm olhar sobre a ReencarnaçãoUm olhar sobre a Reencarnação

Pág. 10Pág. 10Pág. 10Pág. 10Pág. 10 “O T.Q.M. está adaptado à“O T.Q.M. está adaptado à“O T.Q.M. está adaptado à“O T.Q.M. está adaptado à“O T.Q.M. está adaptado àRealidade Portuguesa?”Realidade Portuguesa?”Realidade Portuguesa?”Realidade Portuguesa?”Realidade Portuguesa?”

Pág. 11Pág. 11Pág. 11Pág. 11Pág. 11 Do You Speak English?Do You Speak English?Do You Speak English?Do You Speak English?Do You Speak English?

A propósito da alteração à Leide Bases do Sistema Educativo, das

consequências que essa alteração produz noEnsino Superior Politécnico e da forma como o

Ministério de Educação está a proceder relativamente atodo este processo a conclusão óbvia a que qualquer pessoasensata pode chegar é que das duas uma: ou o Ensino SuperiorPolitécnico não tem qualquer factor de diferenciaçãorelativamente ao Ensino Superior Universitário ou o Ministérioainda não se apercebeu da existência desse factor, na medidaem que continua empenhado em destinguir o Politécnico daUniversidade pela via da forma e não pela via do conteúdo. Defacto o último grito da moda lançado pelo Ministério veste ascores de uma licenciatura bi-etápica em que os estudantes doEnsino Politécnico para transitarem do terceiro para o quarto anoda licenciatura (ou seja, da primeira para a segunda etapa) terãoque ter concluído todas as disciplinas do três primeiros anoslectivos. Consequências desta decisão: diminuição darentabilidade dos equipamentos e das instalações das escolas,necessidades dos alunos do Politécnico, em igualdade decircunstâncias com os alunos da Universidade, frequentarem aescola durante mais anos para obter o mesmo grau académico,aumento dos encargos das famílias para financiar a educação dosfilhos e possivelmente a perda do direito à bolsa pelosestudantes do Ensino Politécnico em circunstâncias queverificadas na Universidade não dão direito à perda da mesma.

Mas enquanto isto e muitas outras coisas se passam aúnica coisa que preocupa os alunos são as propinas. Por isso tá-se mesmo a ver qual é que vai ser o futuro do Ensino SuperiorPolitécnico. Tá-se, tá-se!… Tá-se!!!

José Luís Carvalho

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O Jornal "O Ideias" épublicado nos meses de Janeiro,Março, Abril, Maio, Junho,Novembro e Dezembro com umatiragem de 600 exemplares.

Pode ser fotocopiado paradistribuição gratuita.

Director: José Luís CarvalhoChefe de Redacção: Nuno BernardoRedacção: Adriano Cruz e Sónia CarvalhoMontagem: Rui Costa e Nuno BernardoRevisão: José Luís CarvalhoColaboraram neste número: JoãoFrancisco Santos e Liliana Cristina MendesEdição: Associação de Estudantes da ESGSCoordenação: Núcleo de JornalismoAcadémico da ESGSImpressão: COPIMODEL

Endereço para contactos:Jornal "O Ideias" - Escola Superior de Gestãode SantarémComplexo AndaluzApartado 2952003 Santarém CodexTel.:332121 Fax: 332152

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Nos anos transactos o papel dosRecursos Humanos no seio daestratégia global da organizaçãodisparou, muito por culpa doaumento da complexidadeorganizacional.

Agora, na era da chamadaglobalização novos desafios seavizinham, já que é exigido aosRecursos Humanos, o desempenhode novos papéis num ambienteagreste e, onde a competição cresceà velocidade da luz.

Cabe aos gestores deRecursos Humanos darem um passoem frente e fazerem algo mais doque, determinar, prever e alocar osrecursos humanos. Cabe aosprimeiros fazer passar a chamadamística da organização assim comoatrair a si os quadros de primeiralinha que apresentem maior valia, nosentido de estabelecerem osobjectivos mestres da estratégiaorganizacional.

Num mundo onde asoportunidades e ameaças são cadavez mais globais ninguém se podedar ao luxo de ir ao encontro deconcepções tradicionalistas ou de“mézinhas“ completamenteultrapassadas. Deverá simdesenvolver um espírito deempowerment que aliado a exposiçõessem qualquer tipo de “tabus“contribuirão para sensibilizar oscolaboradores para a realidade vividapela estrutura organizacional(globalização).

Tais procedimentos permi-tirão diminuir significativamente osesforços de gestão, fomentar o

desenvolvimento tornando-se maisfácil atingir os objectivos/metas dageneralidade das estruturasorganizacionais:

- Responder o maiseficazmente possível aosseus clientes

- Precaver a competiçãoglobal

- Criar parcerias fortes paraatacar a concorrência

- Aumentar os lucros e oinvestimento aliandorentabilidade cominvestimento e contençãode custos

- Fomentar e utilizar até àexaustão as novastecnologias da informação

- Complementar aformação dos quadros

- Desenvolver políticasinovadoras no sentido deatacar a concorrência.Da análise das premissas

enunciadas anteriormenteuma conclusão evidente seretira “Só vence quem dita asregras vigentes no mercado“e, quem não se precaverpoderá perdê-las sem quasese aperceber.Mas, coloca-se a questão,

como é que os Recursos Humanosenquanto função se irão adaptar.

Neste contexto muito especialos Recursos Humanos terão deforçosamente mudar a sua estruturaquer em termos organizacionais, querno modo de gestão.

Flexibilidade, envolvimento einteracção com os colaboradores

terão de ser palavras de ordem, sobpena de, quer o negócio quer aestratégia de RH enquanto partesintegrantes da estratégia global daempresa serem completamente umfiasco.

Para se garantir o sucesso demudança tão ambiciosa aflexibilidade terá de passar depalavra de ordem a realidade e todosos aspectos inerentes à Gestão deRecursos Humanos a devemacompanhar, a título de exemplo cite-se a avaliação de desempenho, aremuneração e o recrutamento eselecção.

Em suma :Tal processo não se afigura

fácil e as dificuldades começam logona dificuldade de estabelecimento derelações interpessoais. Nestaperspectiva é necessárioresponsabilizar seriamente osGestores de Recursos Humanos efazê-los entender que acompetitividade não resulta apenasde esquemas bem conseguidos desubcontratação (outsourcing) ou depolíticas de diminuição do n.º dechefias (downsizing) mas também daexistência de uma equipa altamentecompetitiva e altamente motivadaque desenvolve esforços concertadose construtivos com vista a aumentaro nível de satisfação do cliente e aconsequente credibilidade ecompetitividade da empresa ao níveldo mercado.

João Francisco Santos

“Recursos Humanos, o acentuar da vantagem competitiva no futuro”

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Maio/1998

Desde que o homem é Homemele questiona-se, variando essasquestões com o decorrer do tempo.

Na época pré-históricaquestionava-se sobre como sedefender dos animais perigosos, naépoca de Galileu Galilei questionou-se sobre o girar do Sol à volta daTerra, no século XVIII questionou-seacerca da justiça e igualdade dedireitos. Outro tema muitoquestionado, e talvez o maismisterioso e que nunca obteveresposta é o seguinte:

· Deus existirá?;· Quem é Deus?;· Se Deus criou o Mundo,

quem criou Deus ?.Por agora vamos tratar da

condição humana, estandorelacionadas com este tema trêsquestões fulcrais:

· O que sou eu?;· De onde vim?;· Para onde vou?.B. Groethuysen diz na sua

antropologia filosófica, que bastaconhecer a resposta às questões “Deonde vim?“ e “Para onde vou ? “,para se saber quem se é.

Poderia aqui descreverinúmeros escritores e poetas,chegando sempre à mesmaconclusão: as três eternas questõesestão interligadas, sendointerdependentes e as respostas sãoinfinitas consoante a condiçãohumana.

A condição humana, este é umtema dos mais preocupantes, agoraque se avizinha o séc. XXI .

Ao longo da história o homempensando em si, na sua família esobrevivência (condição humana)devido ao seu avançado graucognitivo, foi destruindo tudo à suavolta principalmente o ciclo de vidada natureza.

Claro que esta afirmação écontestável, podendo ser refutada: oHomem também criou, eleconstruiu cidades, monumentos,alimentos em abundância e bem

estar humano. E então eu pergunto:Dentro de tudo isso, onde é queentram os animais, e as florestas, oambiente e a camada de ozono?; Oque é que lhes aconteceu?

Pois é, o Homem construiu masa que preço!

Actualmente a condição humanaé deplorável: existem guerras quenão deixam senão destruição,mortos e fome; existe umatecnologia tão avançada que é capazde destruir o mundo, e que leva oplaneta a um sobre aquecimento, aoefeito de estufa. Mas o podertambém faz pela condição humana,pois já que para lá chegar os homenssão capazes de matar, mutilar eexterminar pessoas, empresas e tudoo mais que esteja no seu caminho.

Hoje existem países ricos queajudam países pobres. Irónico nãoacham?

Depois de anos de colonizaçãoonde se aproveitaram e fizeram oque quiseram, (escravizaram,pilharam e criaram conflitos queantes não existiam devido aoagrupamento de povos diferentes,provocando mais tarde árduasguerras entre eles), tentam hojeajudá-los tanto financeiramentecomo orientando processos de paz,ora se foram eles (países ricos) quecriaram a fome e a guerra...

Nestes países pobres o homemvive em péssimas condiçõeshumanas; vive da caridade mundial,já nos países ricos vive-se muitoacima das condições médias de vidamundiais.

O nível de vida cresce aqui, masdiminui ali. Assim é o mundo hoje.E será o homem mais modesto queresponderá às três eternasperguntas:

1. Quem sou eu? - Pó;2. De onde vim?- Do pó;3. Para onde vou?- Para o pó.A condição humana no séc. XXI

não vai ser muito diferente, mas vaiser mais intensa : a tecnologia quefez com que o homem vivesse

melhor vai fazê-lo morrer.É a História a repetir-se.Existindo um super-povoamento

no séc. XXI, não existirá alimentaçãopara todos, mas isso também não vaiser um grande problema já que ocancro de pele e outras doenças,provocadas pela não existência dacamada de ozono (que protege aterra dos raios ultravioletas, e nãosó), vão reinar, reduzindodrasticamente a população humanamundial (parece a natureza a tentarrestabelecer o equilíbrio da vida, nãoparece?).

No séc. XXI oxigénio e águaserão dois elementos raros, pois hojepolui-se constantemente o ambiente.As florestas desaparecerão para darlugar a cada vez mais cidades que,por sua vez continuarão a tudopoluir. A chuva, a água mais purado séc. XXI , tenderá a ser ácidadevido aos constantes gaseslançados para a atmosfera, tanto dechaminés domésticas e industriaiscomo de tubos de escape de viaturasque dificultarão a respiração do ar,já por si só dificilmente respirável.

Mas, para que o séc. XXI , nãoseja como aqui foi descrito, énecessário actuar agora, e repensartodos os nossos actos do dia-a-dia,pois é o passear de vez em quandode automóvel movido a gasolina,que hoje não faz muito mal, amanhãfará com que, na rua usemosgarrafas de oxigénio às costas parapodermos sobreviver ! (Um pouco àsemelhança das máscaras de papelhoje usadas em Tóquio no Japão).

A condição Humana Hoje édeplorável e desigual.

A condição Humana Amanhã...dependerá das escolhas que sefizerem Hoje, a todos os níveis(financeiro, ambiental, industrial,etc.).

Por favor protejam a Naturezapara que ela nos proteja a nós. Delatudo depende, incluindo nós própriose a nossa Condição Humana.

Adriano Cruz

Reflexão sobre a Condição Humana

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Num mundo em que cada vezmais se vive cada minuto a umavelocidade espantosa, não será decertosurpreendente "falar-vos" em processosque permitam rentabilizar ao máximocada um desses minutos.

Vivemos num mundo em que otempo é o senhor do universo, e sepensam que não, vejam por exemplo, avossa própria vida. Levantam-se demanhã a uma determinada hora,procedem com as tarefas normaisnomeadamente as que dizem respeito àvossa higiene pessoal, contudo nuncatiram os olhos do relógio porque sabemque às X horas têm de estar noutro localpreparados(as) para mais um dia detrabalho/estudo e o mesmo acontece aolongo do dia, ao qual obedecem aosnormais rituais horários do quotidiano atéà hora que regressam ao ponto departida, a vossa casa. É isto o que eudesigno de rotina.

Voltando ao assunto inicial em quevos "falava" em meios de rentabilizar aomáximo o tempo de que dispomos,obviamente estaria a referir-me aosprodutos que no nosso quotidiano setornaram algo de normal, são eles oscomputadores portáteis (notebooks), ostelemóveis, enfim toda uma gama depequenos aparelhos que permitem aquem os usufrui aproveitar melhor (porvezes) o seu tempo.

Há alguns anos atrás, pensar emnotebooks ou até mesmo em telemóveis,era algo que apenas estava ao alcance dosque viviam despreocupadamente a nívelmonetário, devido não só aos elevadoscustos de aquisição de tais produtoscomo também aos custos de manutençãodos mesmos, mas, a evolução tecnológicafoi surpreendente, direi mesmofascinante. Hoje em dia tais produtos jánão são sinónimos de riqueza mas sim deutilidade prática, senão vejamos o casodos telemóveis. Os telemóveis são alvode elevada procura, por isso, assistimosa um autêntico boom destes pequenos“grandes” aparelhos. Na verdade, já nãoexiste homem de negócios que não sedigne a possuir um desses aparelhos,mas não são só estes, toda uma vastapopulação já os utiliza, por vezes não pelautilidade prática directamente implícita à

actividade que exercem mas pela imagemque esse aparelho poderá repercutir juntode terceiros.

Actualmente há já empresas quefornecem ao seu pessoal de chefia, oupessoal que ocupe cargos de relativaimportância para a vitalidade desta, umaespécie de Kit, que de entre outrosprodutos poderemos encontrar umcomputador pessoal, um telemóvel, umapequena impressora portátil e outro tipode periféricos e acessórios que permiteaos seus utilizadores , estarem empermanente contacto com as suasempresas, independentemente do localem que se encontrarem, podendo enviare receber faxes, aceder ao correioelectrónico, entrar em bases de dados,etc.. No entanto, e para que tudo isto sejapossível, tem de se revelar o papelimportantíssimo atribuído à rede celulardigital que como se sabe, em Portugalestá entregue a duas operadoras, a TMNe a Telecel, e num futuro próximo a umaterceira operadora que terá a designaçãocomercial de Optimus.

Provavelmente está a interrogar--se de qual será o perigo sem fios que dáprecisamente título a este artigo. Poisbem, não são só os produtos que atrásmencionei que apresentam perigo para apopulação, é toda uma gama dedispositivos electrónicos portáteis quesão geralmente designados por PED’s(sigla inglesa), e a título de exemplo temosos leitores portáteis de CD, consolas dejogos portáteis ...

Estes aparelhos poderão serrealmente perigosos aquando da suautilização a bordo de um avião, ou numhospital podendo interferir com aaparelhagem médica aí existente atravésde uma desestabilização nas suasfrequências que esses PED’s poderãooriginar .

Vejamos o perigo que os PEDpoderão representar a bordo de umavião.

A indústria aeronáutica, tem vindotambém a apresentar evoluçõesigualmente fascinantes, dentro da qual seassiste a uma digitalização quasecompleta de todo o equipamento debordo, desde a passagem de comandosque antigamente teriam de ser

executados manualmente e que agora sãoexecutados através de um sistema centralcomputadorizado até a um completocontrolo de pilotagem através da torre decontrolo. Portanto, poderemosfacilmente apercebermo-nos que taltecnologia poderá estar ainda mais sujeitaa interferências de equipamentos que nãofaçam parte da instrumentalização debordo.

Quanto a estudos elaboradosacerca desta matéria, grande parte sãoinconclusivos, no entanto admite-se quetais PED’s poderão interferir com as"aparelhagens electrónicas". Segundo osmais cépticos (nomeadamente no campoda aviação) só a proibição de todo equalquer equipamento electrónico abordo é que poderá garantir umasegurança a 100% (sem as ditasinterferências).

Contudo, num aspectopraticamente todas as companhias aéreasestão de acordo, na completa proibiçãode aparelhos electrónicos portáteis (PED)durante a descolagem e a aterragem e naproibição durante o voo de telefonescelulares e de computadores portáteis,permitindo apenas a utilização destesúltimos, caso não disponham dedeterminados periféricos que possamcausar interferências, tais como ummodem que como se sabe é um“instrumento” que permite a ligação àinternet.

É curioso referir que são proibidostodos os PED’s durante a descolagem ea aterragem, porque segundo a opiniãode alguns profissionais, quando oaparelho se encontra em velocidade euma determinada altitude, terão tempode corrigir uma eventual avaria técnicaque possa surgir, ao passo que nadescolagem e na aterragem essa margemde tempo é diminuta não permitindo acorrecção a tempo de tais problemas.

Sempre que se desloque a algumlocal onde esteja exposto um qualquertipo de alerta acerca do uso dedeterminados aparelhos, obedeça-o, poisnão só estará a contribuir para sua asegurança, como também estará acontribuir para a segurança de todos osque o rodeiam.

Nuno Bernardo

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Maio/1998

Certamente j á todosouvimos falar na influência que oTriângulo Asiático exerce sobre omundo em geral e, que quandoalgo se passa nessa zona doglobo, todo ele principalmente asgrandes potências entram numasituação de “apuro literal”.

Mas afinal o que tem de tãoespecial o Triângulo Asiático?

O Tr iângulo As iá t i coconsubstancia-se num conjunto depaíses, que vai desde Taiwan aS ingapura , passando pe laTailândia e Vietname até ao Japão.

Tais países com excepçãodo último apresentam, se é queassim se pode chamar, vantagenscompetitivas inalcansáveis porqualquer país do chamado mundoocidental.

Ta i s “vantagenscompetitivas“, traduzem-se nafalta de legislação laboral, mão deobra barata e pouco qualificada ea ex i s tênc ia dos chamadosparaísos fiscais onde os diversosagentes económicos podem actuara seu belo prazer sem correrem orisco de tributação, ou quandoeventualmente este se coloca osníveis da mesma são de tal modomedíocres que representamcentésimas ou até milésimas dosvolumes de negóc ios dosreferidos agentes.

Cientes desta real idadeque, poderá ser apel idada debenéfica no campo económico ede nefasta no campo social osagentes económicos(nomeadamente as principaisempresas a n íve l mundia l )f izeram-se deslocar em massa

para ta i s paragens indo aoencontro de um ob jec t ivoambic ionado por qua lqueres t rutura empresar ia l . “Aprogressiva e acentuada reduçãode custos“.

Na prá t i ca resu l tou oseguinte:

Paralelamente aos grandesinvestimentos desenvolveu-se achamada indústria caseira, queinvade os mercados mundiais comos seus produtos (ex. Têxteis deTa iwan) , que competemdesigualmente com produtos deorigem ocidental, aproveitandonão só o seu preço mais baixo quepor vezes e, em casos particularesdepois de acrescidos todos osagravamentos alfandegários nãoultrapassa ¾ do preço de umproduto similar “Made in West“,mas também o c rescentedesmembramento e flexibilizaçãodos mercados a nível global.

Noutra perspectiva que,também não deve ser esquecidaassistimos a casos de exploraçãohumana e a relações laborais queno mínimo se podem considerarperfeitamente inqualificáveis.

No entanto urge, colocar aseguinte questão: Se o sudesteas iá t i co proporc iona tantasvantagens aos seus locais e aosseus investidores porquê tantoreceio de eventuais problemasnessa zona?

Como nem tudo na vidasão rosas, esta caminhada porterras asiáticas também não é sóconstituída pelas mesmas.

É sabido que estes paísesapresentam graves problemas do

foro étnico, social e polít ico –cu l tura l que fazem que ainstabilidade se possa tornar umarealidade a qualquer momento.

Assim, e sempre que háproblemas nomeadamente a nívelpolítico a confiança dos mercadosfinanceiros, nomeadamente noque toca aos investidores, baixaafectando negativamente quer astaxas de juro, quer as diversasmoedas que começam a perdercotação vertiginosamente.

Como consequênc ia osistema financeiro fica debilitadoe sucedem-se problemas inerentesà sanidade financeira de certasorganizações , nomeadamentebancos e sociedades gestoras defundos que se não foremrapidamente colmatados poderãoconduzi r àqui lo que emlinguagem tipicamente financeirase denomina “crash“.

Tais situações obrigam porvezes os governos a tomaremmedidas com carác ter deexcepção como se jam adiminuição acentuada de taxas eimpostos para des te modorelançar a actividade produtiva eo PIB.

Em suma conclui-se que asins tânc ias in ternac iona isresponsáveis (Ex. OrganizaçãoMundial de Comércio), terão deter um papel cada vez mais activona celebração de acordos sobrel ibera l ização de comérc io nosentido de que a competição sejasa lutar em vez de des igual ealheada de factores qualitativos/concorrenciais.

João Francisco Santos

Triângulo Asiático = Perigo?

Lê e Divulga “O Ideias”

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O Ideias: Como caracterizas aevolução do movimento estudantilem Santarém?

Nuno Castelbranco: Creio queao longo dos tempos temos assistidoa profundas transformações noambiente estudantil na cidade deSantarém. Reflexo dademocratização que ocorreu no nossosistema educativo, que levou àsituação de existir quantidade, masfalta qualidade; hoje em diaencontramos graves lacunas a nívelde formação de valores pelos quais sedevem nortear os princípios ereivindicação dos estudantes.Normalmente critica-se de má fé, porignorância ou por “moda”, sem seser capaz de apresentar alternativas,e mais grave ainda, por vezes sem acapacidade de encontrar erros edefeitos próprios.

Também as relações inter-escolares padecem das anomaliasinerentes a uma existência recente doI.P.S., com poucos laços de empatia,falta de maturação e concentração deposições.

No entanto nem tudo tem sidonegativo, e tem sido possívelconcertar posições em determinadasmatérias, inclusivamente com o outrosubsistema superior, o privado.Tendo uma perspectiva positivista,acredito que será tendência para umamelhoria, pois será difícil bater maisbaixo, há que evoluir.

O Ideias: No contexto daevolução do ensino superior nosúltimos anos e da evolução orgânicado nosso Instituto, qual deverá ser opapel da nossa Associação deEstudantes?

N. C.: Com as alterações queforam introduzidas ao regime deautonomia e financiamento dasinstituições de ensino, com as quaiso governo demonstrou incapacidadepara melhorar, conseguindo mesmodeteriorar a credibilidade e aconfiança no sistema, dificilmentehaverá espaço para as AAEE. Aeducação não inspira confiança,existem diversos conceitos

completamente subvertidos eabusivamente interpretados. Subsistea indefinição estratégia do papel doEnsino Superior Politécnico,necessariamente diferente do dasUniversidades. O Ministério daEducação nos actuais moldes, é umentrave ao êxito de qualquer políticaeducativa. Há que defender umaautonomia que representedescentralização, desburocartizaçãoe não a irresponsabilidade e odemissionismo com que somosbrindados na política da empresa damá gestão. É inaceitável umaautonomia que sirva de álibi paraque professores e reitores seconvertam frequentemente na últimaou única razão de ser da instituição,

que é de todos. Acreditandosempre na boa fé e na capacidade daspessoas, não me parece que no futuroa A.E. seja como um intervenientedirecto na gestão e orientação dainstituição, devendo no entanto serencarado como um parceiro essencialna auscultação dos problemasexistentes.

O Ideias: Consideras viável afusão das três associações deestudantes do Politécnico numa sóassociação?

N. C.: Sei que é a solução maisfácil e que existem pressões dediversa ordem, inclusivamentepolíticas para que esta venha a ser aopção adoptada, no entanto nãopodemos esquecer os nossos colegasque por razões puramenteadministrativas e de manifestaincapacidade e falta de vontade do

poder político têm que estudar nosubsistema privado, e tambémdaqueles que tendo dois pais, sãoórfãos, o caso da Escola Superior deEnfermagem, que está sob a tutela dedois ministérios, a Educação e aSaúde, sem que lhe sejamreconhecidos os direitos quer de um,quer de outro sistema.Evidentemente, que numaperspectiva egoísta, seria um projectoviável, mas sendo defensor danecessidade de uma maiorsolidariedade entre a academia, ecomo forma de reforçar a posiçãonegocial dos estudantes, claramenteelegendo a reactivação em moldesestruturados da F.A.S..

O Ideias: Todos os dirigentesassociativos reconheceram nosúltimos anos a necessidade dereformar os estatutos da A.E., masninguém tomou essa iniciativa. Oque é que vocês pensam fazer nestecampo?

N. C.: Sempre fui dos maiscríticos relativamente aos estatutosda A.E. Foram feitos com base emgeneralidades, sem as devidasadaptações à realidade da instituição.Foram servindo nos primeirostempos, enquanto não houve apreocupação com algumas dasquestões mais polémicas. É verdadeque só relativamente há poucotempo, os estatutos foramconfrontados com as suas lacunas eincapacidades. No entanto já no iníciodo mandato anterior medisponibilizei mais algumas pessoassensíveis a este assunto para iniciar arevisão dos referidos estatutos, nãotendo no entanto acolhimento juntoda anterior direcção por falta devontade, iniciativa e disponibilidadepara o solucionamento destaquestão. Enquanto Presidente daAssembleia Geral espero recebercontributos para que se possaavançar neste assunto, enquantoassociado avancei já com umaproposta de alteração aos estatutos,de forma a dotar esta associação demecanismos e instrumentos

Entrevista ao Presidente da ...

Nuno CastelbrancoPresidente da Mesa da

Assembleia Geral da A.E. ePresidente da JSD de Santarém

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Maio/1998

adaptados às novas realidades eexigências. Acredito que sem sereminfalíveis e dogmáticos, possam seruma porta aberta ao futuro.

O Ideias: Qual a posição da A.E.face à actual Lei das Propinas?

N. C.: Com base nas opiniõesrecolhidas na Assembleia Geralconvocada para discutir e debater aspropinas, e esta é a única posição queposso emitir, sem vincular a direcçãoda A.E., os estudantes manifestaram-se clara e inequivocamente contra aspropinas. No entanto, e porintermédio de preocupaçõessimilares relativamente a esteassunto, e em estreitas relaçõesmantidas com o meu prezado colegae amigo António Fragoso, Presidenteda Direcção, sem ser a posição dadirecção da A.E. contra a actual leicom base nas situações de injustiçasocial decorrentes da sua aplicação.

O Ideias: O que é que o PSDe a JSD estão a fazer no sentido dealterar a Lei de forma a que estapossa corresponder às expectativasdos estudantes?

N. C.: A JSD apresentará naAssembleia da República umprojecto de lei relativo ao pagamentode propinas no ensino superiorpúblico, que visa entre outrosaspectos a suspensão do artigo 15.ºda Lei n.º 113/97, de 16 de Setembroe respectiva legislaçãocomplementar.

Era muito fácil para nós nestaaltura dizer que éramos contra aspropinas e que as baniríamos, talcomo outros o fizeram eprometeram, e depois fazer tábuarasa do prometido. No entanto,temos a capacidade de não renunciaraquilo que acreditamos ser melhorpara os jovens portugueses sem lesaro estado. Assim não recusamos oprincípio da existência de propinasno Ensino Superior, apesar de termosvotado contra a proposta de Lei 83/VII, em 22 de Maio de 1997; porqueem concreto, representava umincumprimento das promessasrealizadas pelo partido do governo.

Porque em concreto, se voltar a fazerdo pagamento de propinas a únicaprioridade educativa. Porque emconcreto, a Lei traduzia umaprofundíssima injustiça social. Apenalização dos alunos maiscarenciados, pelo pagamento de umapropina igual para todos, foimanifesta. As normas constantes naLei, relativas aos apoios sociaisindirectos e aos empréstimos aosestudantes continuam por aplicar.Foi violado o princípio da igualdadedado que sendo a Lei de Setembro de1997, alguns alunos pagaram pelopresente ano lectivo a taxa de 1200$00, sendo que outros já pagarama taxa de 56 700$00, pois não épossível a aplicação deretroactividade , de acordo com osustentado por diversos pareceresjurídicos. A declaração do I.R.S., quenão serviu para escalonar as propinasem função do rendimento familiar,afinal serviu para a atribuição debolsas de apoio social. A receita dopagamento das propinas, aocontrário do prometido, não seconstitui em qualidade de ensino,mas antes um álibi para o Estadodiminuir, em 1998, a dotaçãoorçamental para cada Escola. Aquiloque o governo deu às instituiçõescom uma mão, à custa dos estudantesacabou por tirar com a outra. No finaldas contas, só o Estado não perdeu.Assim, porque ao mal conduzidoprocesso de elaboração da actual Lei,sucedeu a aprovação de uma Leiinjusta, cuja aplicação prática serevelou perversa, propomos asuspensão das normas relativas aopagamento de propinas da Lei 113/97 do financiamento do ensinosuperior e a consequente devoluçãodo valor das mesmas aos alunos quejá tenham efectuado o seupagamento. Durante o período desuspensão voltará a estar em vigor apropina anual de 1 200$00. Mas estasuspensão só fará sentido se, aocontrário do que aconteceu durante aanterior suspensão da Lei, o governoperceber exactamente o que está em

causa.O Ideias: Qual a posição da

JSD face ao estatuto do trabalhador– estudante e face ao estatuto dodirigente associativo?

N. C.: Em Portugal ainda não seavançou muito relativamente aosdireitos que devem ser conferidos àspessoas que trabalham, ou exercemcargos de responsabilidade, existemabusos relativamente às entidadesque têm que lidar com estassituações especiais. Creio que oestatuto de dirigente associativodeveria ser alargado também àAssembleia Geral e ao ConselhoFiscal, pois estes cargos para seremdesempenhados com dignidade eresponsabilidade envolvem umadedicação dos titulares que nãopassam só pela comparência nasrespectivas reuniões, mas tambémpor um acompanhamento do evoluirda situação, momento a momento,sendo impensável, por exemplo, queo Presidente do Conselho Fiscaltenha que conferir os documentosapresentados pela direcção numanoite e tomar decisões nessemomento, são situações quedemoram o seu tempo de análise, eque não podem ser tomadas deânimo leve.

O Ideias: Quais as iniciativasque, como dirigente partidário,pensas vir a protagonizar no sentidode aperfeiçoar o actual sistema deensino?

N.C.: No âmbito dascompetências que são decorrentes daminha condição partidária,procurarei sempre defender ajuventude portuguesa, e muitoespecialmente a que está afecta aoensino superior.

Ao nível do Ensino Superior,deveremos partir da premissa de quehá uma abissal diferença entre aquiloque o PS prometeu e aquilo que é aactual realidade. Ao fim deste tempode governação socialista, ainexistência de uma linha orientadorada futura política do Ensino Superioré preocupante, surgindo apenas o

... Assembleia Geral da A.E.

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recurso a medidas pontuais edesconcertadas. A JSD não podecontinuar a pactuar com as reformasadiadas, pois o silêncio por tempodemais, torna-nos cúmplices.

Concretamente, proporemosuma verdadeira reforma do EnsinoSecundário, que passa por umrepensar do ensino em toda a linha,a revogação da actual lei daspropinas, que se limita a trazer-nosas propinas, socialmente injustas eum regime demagógico deprescrições financeiras eapresentaremos propostas ao nívelda acção social escolar, da avaliaçãodas instituições e da formação dosprofessores.

O ensino não pode ser vistoapenas como uma fonte de emprego.Terá de ser visto como uma forma dealargamento do nosso conhecimento,e dessa maneira se contribui para odesenvolvimento do país.

O Ideias: A JSD é a favor oucontra a criação da Universidade doRibatejo?

N.C.: A questão daUniversidade do Ribatejo não podeser colocada e equacionada de formaleviana. Nem sempre o surgimentode um polo universitário é a soluçãopara os problemas e carênciasestruturais de uma região. Nestemomento estamos a menos de umahora e meia de três dos maisimportantes pólos universitários dopaís, Lisboa, Coimbra e Évora, porisso creio ser difícil o surgimento daU.R., que necessariamente se veria

estrangulada e atrofiada pelaproximidade com os referidos pólos.Numa perspectiva realista do serviçoàs populações e às suas reaisnecessidades devem serimplementadas medidas queproporcionem um reforço dascapacidades do Ensino SuperiorPolitécnico.

O Ideias: Pessoalmente, comoencaras a possibilidade de setransformar o IPS numaUniversidade?

N. C.: Não sou a favor, como éóbvio pela minha anterior declaração,creio que existe uma sacralização edogmatização da Universidade,quando na realidade a nossa regiãonecessita não de pensadores eintelectuais, mas de profissionaiscom formações académicas devertente prática.

O Ideias: Qual a tua opiniãosobre o protocolo assinado há diasentre a nossa escola e o InstitutoMédio de Economia do Lubango?

N. C.: Para ser sincero ainda nãotive oportunidade de me debruçarsobre este protocolo, sendo o que seium conjunto de generalidades. Noentanto, penso que bem reflectido,será sempre uma boa opção. Portugaltem perdido imenso tempo a olharpara Bruxelas, sem se aperceber queBruxelas já está a acompanharatentamente a realidade Africana.Portugal tem condições para, de entretodos os países da U.E., ser o melhorparceiro dos Países Africanos, emparticular os de língua oficial

portuguesa. Por imperativo deconsciência e pelo futuro de Portugal,temos responsabilidades históricasem África, boas e más também. Masisso ao invés de nos complexar, deveconstituir uma razão ainda maiorpara apostarmos neste novo projecto.Mas este não pode ser um desejocaritativo, de mero auxílio, mas deparceria estratégica. Apoiando osjovens africanos que estudam emPortugal, auxiliando a construção deescolas e de Universidades emÁfrica, promovendo o intercâmbioprofissional de jovens portugueses eafricanos.

O Ideias: Queres transmitirmais alguma mensagem?

N. C.: A terminar deixo só aqueleque foi designado como um dosprincípios e objectivos prioritáriospela JSD, no seu último congressopara os próximos dois anos, areaproximação entre os jovens e apolítica. O actual desfasamento éincontestável, e ao contrário dealguns “pensadores” da nossa praça,nós achamos que a razão dessedivórcio não está nos jovens, massim na política. Os jovens não serevêem nos actuais políticos ereconhecamos nas juventudespartidárias. Queremos alterar estasituação, faremos sempre políticasem medo, com coragem eirreverência. A JSD será um espaçode participação política diferente.

José Luís Carvalho

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O ciclo de vida Humana émuito simples: nascer, crescer,reproduzir e morrer. Mas será sóassim?

Experiências de quase mortemostram que pode haver umacont inuidade , que a mor te éapenas mais uma fase do ciclo devida Humana.

Sessões de hipnose trazem-nos descrições exactas de vida depessoas já mortas.

Re la tos de raptos deextraterrestres provam que “eles”são mais evo lu ídos que nósapenas no sent ido de que j ápassaram da fase da mor te ,materialização, para a fase daverdade i ra v ida , a daespiritualização.

Experiências de quase morteforam já relatadas em hospitaisconceituados e até assistidas pormédicos de renome internacional.Mas o que é que e las podemprovar? Psicólogos e psiquiatrasperitos na reencarnação dizemque elas de que existe algo mais.

Sujeitos que viveram a quasemorte descrevem-nos um túnellongo com uma luz branca forteao fundo que é in terpre tadaconforme as grandes religiões doMundo, como Buda, Deus ou Alá.

Mas, como em tudo há osprós e os contras, médicos que sededicam a tentar provar que essasexper iênc ias nada têmrelacionado com a vida após amorte colocam a hipótese de essaluz branca ser uma ilusão, umaimagem cr iada pe lo cérebrodevido à proximidade do términodas funções do cérebro, um poucocomo aqueles televisores antigosque aquando do seu apagar, antesdo écran ficar a negro aparecia umpequeno ponto branco centradono écran.

Quanto à hipnose, hoje emdia pelo menos ela tem estadomuito em voga, sendo utilizada

não só para brincadeiras (comofazer pessoas sérias cacare jarcomo galinhas) como também parafins medicinais. Para os leigos namatéria o hipnotismo é o “falar”com o inconsc iente de umapessoa, basicamente o hipnotismofunciona da seguinte maneira:descontra i - se o su je i to ahipnotizar, levando-o a um talestado de calma e descontracçãoque e le fa rá tudo o que ohipnotizador lhe pedir para elefazer, sendo a razão pela qual elenão lembrará de nada do que sepassou , o seu es tado deinconsciência.

O h ipnot i smo comoferramenta de medic ina , j áutilizado por Freud, tenta curarseque las f í s i cas e menta i soriginadas por acontecimentostraumatizantes no passado e quea pessoa fez sair do consciente,memória para que os não tivessede enfrentar.

Por exemplo: uma criança detrês anos cai numa piscina tendo-se quase a fogado , f i catraumatizada pelo acontecimentos equando em adul to , ex i s t i rãoconsequências graves devido aesse acontec imentonomeadamente a fobia à água oumesmo até pânico. Após algumassessões de hipnose regressiva(hipnose ao passado) o psicólogofá - lo evocar essa recordaçãoescondida no cérebro eliminandoass im, pe lo s imples fac to dopac iente empreender essarecordação, a fobia à água.

Ora bem, há quem diganomeadamente psicólogos que sea hipnose regressiva nos faz ir aoencontro de acontec imentospassados, nesta vida, também opode fazer relativamente a vidaspassadas.

Histórias incríveis, relatosexac tos a té ao mais pequenopormenor são contados por

sujeitos hipnotizados que nuncanem sequer ouviram fa lar dapessoa que e les d izem terencarnado noutra v ida e noentanto conhecem toda a suahistória. E, bem meus amigos, sei s to não prova a v ida após amorte, então eu não sei.

Outra teoria que nos poderáajudar a entender a reencarnaçãoé a dos extraterrestres. Mas, eeles são verdadeiros ou apenasalucinações colectivas, bem seuma pessoa viver obcecada porOVNI’s é na tura l que tenhatendência para “os ver em todo olado”, mas quando se trata depessoas simples que nem sequerpensavam muito nessas coisas,bem ai o caso muda de figura.

Estat ist icamente falandoocorrem só nos E .U .A. 5 000raptos alienígenas por ano, ora10% desses raptos afirmam quesão embaixadores dessasentidades superiores e confirmamque eles vivem num plano astralsuper ior ao nosso e que nosvisitam somente para que nós,comuns terrestres o alcancemtambém. Os raptos não são entãonada mais que umempurrãozinho psicológico eespiritual para alcançar a pazinterior.

Após tudo i s to temosforçosamente que admitir quetodos nós reencarnamos diversasvezes ( sempre tentandocompensar algo da outra vida) demodo a atingirmos a perfeição,altura em que passamos para umaoutra fase da vida num universopara le lo onde não ex i s temguerras, fome, morte ou doença enem maldade. Enfim o Paraíso!

Adriano Cruz

UM OLHAR SOBRE A REENCARNAÇÃO

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“ O T.Q.M. está adaptado à realidade portuguesa? “

Após a assinatura do tratado deadesão à Comunidade EconómicaEuropeia, o nosso país entrou numanova era, quer em termos políticosquer em termos sociais eorganizacionais.

Durante muitos anos o nossopaís viveu sob a sombra do“Orgulhosamente sós“, traduzido numnacionalismo exacerbado queOliveira Salazar tanto se orgulhava,só que em termos económicos talfilosofia comprometeuirremediavelmente odesenvolvimento quer económico,quer social do país.

Em 1 de Janeiro de 1986 MárioSoares assina o que seria uma dasformas mais brilhantes, de estimularo desenvolvimento do nosso país. Aadesão à então CEE, organização deobjectivos latos e ambiciosos e muitosólida financeiramente muito porculpa dos “gigantes” Alemanha eInglaterra, tal adesão trouxe enormesbenefícios à nossa realidadenomeadamente ao nosso tecidoempresarial, até então muitodependente de capitais alheios queem Portugal eram pagos “a peso deouro“ e de importações.

Com a implementação deprogramas específicos de apoio àsempresas já existentes , no sentido damodernização e programasintegrados de apoio à criação deempresas directamente relacionadoscom o Fundo Social Europeu.

Só que a referida adesão, não foiapenas um “mar de rosas“, já queforam feitas exigências demodernização, flexibilidade ecompetitividade que grande partedas empresas portuguesas nãoconseguiu suportar.

O surgir do TQM na realida-de empresarial portuguesa

Com a abertura do nosso paísaos produtos provenientes dacomunidade, as empresasportuguesas começam a sentir o pesoda qualidade total nacompetitividade dos produtos

começando a sentir algumasdificuldades de competição.

Princípios do TQMA génese do TQM reporta-se ao

início do século tendo como grandepercursor Joseph Juran, tal prática degestão envolve genericamente asseguintes premissas:

Ø Satisfação do cliente – Nãoapenas os clientes externos,mas também toda aenvolvente interna daempresa, primando todos osaspectos inerentes à últimapor uma qualidade total einquestionável, exigindo-separa tal um esforçoconstrutivo e uma dedicaçãopermanente por parte detodos.

Ø Liderança – Aqui o líderdeverá ser aberto, e saberouvir as pessoas dequalidade que possui, otempo do líder autocrata jápassou há muito e cada vezmenos o líder pode levar emlinha de conta opiniões doforo pessoal . Deve ser muitorealista, e conjugar do melhormodo possível criatividadecom responsabilidade.

Ø Envolvimento de todos oscolaboradores – Nestaperspectiva não se poderáencarregar nenhumsubordinado de executarnenhuma tarefa sem que estetenha um conhecimentoadequado do teor da mesma(formação), bem como,ambiente deve ser o maisbem adaptado possível aodesempenho da mesma.

Ø Envolvimento dosFornecedores – Segundo estafilosofia cada vez mais sedevem formar parceriasfortes e duradouras, já que asúltimas são fortes aliadas daperfeição e inimigasassumidas das faltas decumprimento.

Ø Melhoria Contínua –Melhoria contínua eprogressiva das performancesda empresa aliando inovaçãocom espírito de equipa equalidade.

As premissas do TQMenquadra-se na realidadeportuguesa.

Para mal do nosso país ageneralidade das nossas empresasnão adopta estes pressupostos e, asempresas portuguesas têm sentidona pele não terem adoptado taispressupostos, nomeadamente:

Ø Falta de competitividadedos produtos noestrangeiro

Ø Diminuição crescente dovolume de negócios e dacredibilidade.

Mas coloca-se a questão:Porque será que a generalidade dasempresas portuguesas não adopta oTQM, já que tal conceito tem-serevelado tão proveitoso para asorganizações que o adoptam.

Fazendo uma análise à culturaempresarial portuguesa facilmente sedepreende que esta é fortementebaseada numa filosofia de poder eautocracia, pressupostos com que oTQM não se compadece.

Por outro lado esta filosofia degestão exige uma aposta muitogrande na formação e muitacompreensão para que ostrabalhadores se tornem além deextremamente eficazes seresaltamente motivados no trabalho quedesempenham.

Infelizmente a autocracia e avelha frase “No meu ramo eu sei tudo“continuam a imperar, inviabilizandoa implementação de medidascorrectivas que à partida seriam deaplicação fácil e pouco complexa, eque na prática se transformam emautênticos “elefantes brancos“praticamente inamovíveis.

Por outro lado quer a pressãodas chefias intermédias (por vezes

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Maio/1998

Do You Speak English?

Esta, é com certeza, uma questãoque já ouvimos algures. Falas Inglês?

Actualmente, uma respostaafirmativa é imperativa. O inglês écomo todos sabemos uma línguauniversal, e com palavras de ordemcomo internacionalização,globalização e no nosso casoespecífico, europeus, a construção daComunidade Europeia que é, hoje,um objectivo que todos os estadosmembros têm em comum, o domínioda língua de sua majestade é umfactor chave no sucesso a curto prazo.Daí resulta o ensino das línguas, emparticular, o inglês, como sendo umprocesso vertiginoso detransformação do mundo,acompanhado quer, pelo ritmo demudanças geopolíticas, comopodemos verificar com aComunidade Europeia, que, emmenos de uma geração vemimplementar o convívio entre váriaslínguas e culturas, quer pelaelaboração inovadora na àrea dasciências linguísticas e da tecnologia.

A Gestão com o seu processo deMudança Constante tem queacompanhar esta conjuntura que vemimpor na vida de qualquer um novascomplexidades e novos desafios.Desafios estes que são colocados aestudantes, docentes e também às

Instituições que se encontraminteressadas no estudo e ensino daslínguas que vêm reforçar anecessidade de ser plurilingue.

Neste sentido, estas instituições(onde podemos inserir o nossoPolitécnico) implementam o ensinodas línguas para dinamizar e apoiara pesquisa didáctica das línguas,facilitar a circulação de informaçãoútil, oferecer modelos de realização eproporcionar a troca de experiênciasa nível nacional e supra nacional.

A realidade é que, a línguainglesa tem vindo a impor-se comouma língua universal, utilitária e atétotalitária (devendo-se muito àcomunidade norte americana) erelegando para segundo plano apossibilidade de outras línguas, quereuropeias, ou não, de se imporem.Actualmente, começa a destacar-se aimportância da língua alemã, emgrande parte devido aodesenvolvimento de trocascomerciais e da importância destepaís a nível mundial.

No entanto, não podemos ficaralheios á língua dos nossos vizinhos,isto é, à língua espanhola, queembora muito semelhante à nossa,muitas vezes é de difícilentendimento. Não podemos aindaficar indiferentes a línguasminoritárias, ou seja, faladas por

grupos menos numerosos e,geralmente desfavorecidoseconomicamente. Não podemos,pois, esquecer que todas as línguassão um veículo de cultura, umespelho que reflecte a forma de vidade um povo, as experiênciashistóricas, formas de vida cultural eartística.

Mas no contexto europeu einternacional é exigido cada vez maisde cada um de nós a capacidade decompreender, no mínimo, umalíngua internacional, e de a utilizarcomo meio imprescindível decomunicação, que integra toda umapreparação cultural básica de cadaindivíduo. Assim como umaformação em línguas para finsespecíficos que são exigidos pelomundo do trabalho, como porexemplo o Business English.

Pretendendo-se a compreensão eo correcto uso do vocabulárioempresarial no contexto dosnegócios, esta é fundamental, umavez que os erros causam sempre máimpressão. Como tal, uma gramáticainsuficientemente dominada, umestilo inapropriado ou umvocabulário pobre vêm semprereforçar a má impressão que podecausar mal entendidos, que podemcustar perda de tempo e de dinheiro.

Liliana Mendes

perfeitamente desadequadas àrealidade presente), quer a figura dopatrão e a chamada “rotulagem depessoas“, afiguram-se comoelementos comprometedores a umaatmosfera de confiança, essencial àimplantação de um sistema social/cultural intra - empresa adequado.

Devem ser dados maispoderes às pessoas e promover osentido de responsabilidade aliado auma cultura de qualidade(empowerment). Infelizmente aarticulação com a formação não é amelhor, apesar de todos os diasentrarem milhões de contos no nossopaís destinados a esse fim.

Continuamos a preferir Sub –emprego e relações laborais menosclaros a possuirmos profissionaiscom formação adequada econsequentes vantagenscompetitivas.

No que toca às parcerias, estasainda estão pouco em “voga“ emPortugal, e só as grandes empresasas realizam .

No nosso país a generalidadedas empresas seguem o seguintepressuposto:

“Se comprar mais barato esemelhante não vou comprar maiscaro“

Só que por vezes compramos

Do You Speak English?Do You Speak English?Do You Speak English?Do You Speak English?Do You Speak English?

“gato por lebre“ e quem se ressenteé a sempre problemática estrutura decustos.

Finalmente, de realçar queinovação, espírito de equipa equalidade são indissociáveis, e quenunca devem ser vistos como algoque está à margem da empresa, paratal deverão as últimas desenvolveruma grande humildade que de formagenérica poderá ser ilustrada peloseguinte pensamento:

“A nossa viagem não tem fimnem destino, o objectivo é

continuar e sempre a melhorar” João Francisco Santos

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Há poucas coisas que demorHá poucas coisas que demorHá poucas coisas que demorHá poucas coisas que demorHá poucas coisas que demoram 5 minam 5 minam 5 minam 5 minam 5 minutos autos autos autos autos afffffazazazazazer e dão saer e dão saer e dão saer e dão saer e dão satisftisftisftisftisfação duração duração duração duração durante mante mante mante mante muitos anosuitos anosuitos anosuitos anosuitos anos...............

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