Nilton Sacenco Diretor do Departamento de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia (SDP/MDIC) 22...
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Nilton SacencoDiretor do Departamento de Setores Intensivos
em Capital e Tecnologia (SDP/MDIC)
22 de novembro de 2006 – São Paulo/SP
Inovações Tecnológicas como Estratégia Governamental
Incentivos Federais
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior - PITCE
O Brasil no contexto mundial da inovação
Sumário Contexto mundial da inovação
CContexto Mundial da Inovação
As barreiras tarifárias vêm progressivamente deixando de ser o principal empecilho para que as companhias de países emergentes façam parte do jogo do comércio internacional.
Contexto mundial da inovação
De 1947, ano da criação do GATT, até 2004, quando a organização se transformou na OMC, a média das tarifas sobre os bens negociados caiu de 40% para 5%.
Países como o Brasil precisam ultrapassar outro tipo de barreiras: as de ordem tecno-científica.
Panorama mundial está marcado por um novo dinamismo econômico
Contexto mundial de inovação
Inovação como um elemento-chave para o crescimento da competitividade industrial e nacional.
ampliação da demanda por produtos e processos diferenciados, viabilizados pelo desenvolvimento intensivo e acelerado de novas tecnologias e formas de organização.
Forte mudança nas exportações mundiais em 15 anos.
Produtos de alta e média intensidade tecnológica
Acentuado declínio dos bens primários e dos manufaturados de baixa tecnologia, os quais perderam espaço para manufaturados de alta tecnologia, particularmente os ligados a tecnologias de informação e comunicação, que tiveram sua participação nas exportações mundiais aumentada de 5,3 para 14% entre 1985 e 2000.
Contexto mundial da inovação
O Brasil no ContextoO Brasil no Contexto Mundial da Inovação
Indústria brasileira: posicionada num espectro intermediário da disputa competitiva.
O Brasil no contexto mundial da inovação
Fatia inferior: concorrência por baixos custos, via preços (longas jornadas, poucos direitos trabalhistas e sindicais).
Fatia superior: dominada por empresas inovadoras, radicadas em países de alta renda, altos salários e melhores condições de trabalho. Buscam criar novas necessidades de consumo.
A maior taxa de intensidade do P&D – medida pela proporção entre gastos de P&D e o PIB – foi verificada na Suécia (4,0%), seguindo-se Finlândia, Japão e Islândia, todos com taxas superiores a 3,0% em 2003.
O Brasil no contexto mundial de inovação
Dentre os países não-membros da OCDE, as maiores taxas foram obtidas por Israel (4,9%), Taiwan (2,5%), Cingapura (2,1%), Eslovênia (1,5%), Rússia (1,3%) e China (1,3%).
Brasil permaneceu em 8º lugar, com 1,0% do PIB. Fonte: OCDE, MSTI. Maio de 2005.
Em 1990, Brasil registrou 88 patentes depositadas nos Estados Unidos; China, 111; Coréia do Sul, 775. Em 2004, a Coréia do Sul tinha 13.646; China, 1.655; e o Brasil, 287. Fonte: Fund. Dom Cabral
O Brasil no contexto mundial da inovação
Em meados dos anos 90, Brasil respondia por 16,3% das patentes registradas por países em desenvolvimento. Atualmente, tem apenas 4,2%. Fonte: ANPEI
Em 2003, só 17,2% das empresas brasileiras consideravam altamente importante a realização de P&D. Fonte: ANPEI
Entre 1987/2003, o número de brasileiros que recebeu o título de mestre e doutor cresceu respectivamente 757% e 932%. Em 2000, formaram-se 18.000 mestres e 5.000 doutores.
O Brasil no contexto mundial da inovação
Todavia, apenas 4% das empresas industriais brasileiras lançaram um produto novo para o mercado nacional.
Gastos privados com pesquisa e desenvolvimento são relativamente baixos.
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
Políticas industriais brasileiras foram centradas na substituição de importações, com foco na construção de capacidade física e manufatura.
Estado criou empresas importantes e atraiu IED
Atrativo: grande mercado interno, protegido da competição internacional, e um conjunto articulado de incentivos
Políticas industriais brasileiras: paradigmas anteriores
Resultados desses paradigmas:
Base industrial bastante diversificada e integrada
Base metal-mecânica, mas pouco êxito em eletrônica e informática
Indústria pouco competitiva internacionalmente
Foco na atividade fabril, sem maiores preocupações de desenvolver outras funções (ex.: P&D, distribuição e marcas internacionais)
Políticas industriais brasileiras: paradigmas anteriores
Diretriz: dinamizar a estrutura produtiva por meio da inovação tecnológica e da ampliação do comércio exterior
Objetivo: Aumento da eficiência produtiva e da competitividade; desenvolvimento da base produtiva do futuro
Mudar o patamar competitivo da ind. brasileira rumo à diferenciação e inovação de produtos, estratégia competitiva que tende a gerar mais renda.
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTOESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
AUMENTAR A CAPACIDADE INOVADORA DAS EMPRESAS
FORTALECER E EXPANDIR A BASE INDUSTRIAL
BRASILEIRA
RESTRIÇÕES AO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, TECNOLÓGICO, TECNOLÓGICO E
DE COMÉRCIO EXTERIOR
EDUCAÇÃOFINANCIAMENTO PARA A ATIVIDADE PRODUTIVA
INFRA-ESTRUTURA CARGA TRIBUTÁRIA MARCOS REGULATÓRIOS
Desafio 1:Fortalecer as Cadeias Produtivas
Desafio 2:FORTALECER APLs E A ESTRUTURA PRODUTIVA REGIONAL
Desafio 3:INSERÇÃO INTERNACIONAL ATIVA
Desafio 4:APOIAR O DESENVOLVIMENTO DAS OPÇÕES ESTRATÉGICAS E DAS ATIVIDADES PORTADORAS DE FUTURO
Desafio 5:DESENVOLVER CULTURA E AMBIENTE INOVADOR
Desafio 6:DESENVOLVER INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO PD&I
Desafio 7:INCENTIVAR A DEMANDA POR PRODUTOS INOVADORES
Desafio 8:INCENTIVAR OS PROCESSOS DE INOVAÇÃO NAS OPÇÕES ESTRATÉGICAS E NAS ATIVIDADES PORTADORAS DE FUTURO
Indústria ameaçada “por baixo” pela concorrência de
produtores que se apoiam em baixos
salários e “por cima” por produtores que
tem alto potencial de inovação e criação de produtos e serviços
Visão de Presente
Mudança do patamar da indústria pela
inovação e diferenciação de
produtos e serviços, com inserção e
reconhecimento nos principais mercados
do mundo.
Visão de Futuro
Inovação e desenvolvimento tecnológicoInovação e desenvolvimento tecnológico
Mudança do patamar competitivo da indústria brasileira
Modernização industrial, com ênfase setorial
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
Opções EstratégicasOpções Estratégicas
Ações horizontaisAções horizontais
Áreas portadoras de futuroÁreas portadoras de futuro
software
semicondutores
bens de capital
fármacos e medicam.
biotecnologia nanotecnologia biomassa
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
Linhas de ação horizontalLinhas de ação horizontal
Inovação e desenvolvimento tecnológico
Inserção externa
Modernização industrial
Ambiente institucional / incentivo ao investimento
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
OPÇÕES ESTRATÉGICAS:
Apresentam dinamismo crescente e sustentável;
Respondem por parcelas expressivas dos investimentos internacionais em P&D;
Relacionam-se diretamente com a inovação de processos, produtos e formas de uso;
Promovem o adensamento do tecido produtivo;
Potencial para o desenvolvimento de vantagens comparativas dinâmicas.
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
Conselho Nacional de Desenvolvimento
Industrial13 ministros e o presidente do
BNDES, e 14 membros da iniciativa privada e trabalhadores
Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial
Novos Instrumentos de Política Industrial
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
Ações da ABDI
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
Planos Tecnológicos Setoriais:→ Voltados à prospecção de rotas tecnológicas para orientar negócios em setores específicos.→ Desenvolvidos em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e entidades empresariais.
Planos de Desenvolvimento Setoriais: → articulação entre ABDI e entidades representativas da indústria para o fortalecimento das cadeias produtivas e das estruturas produtiva regional → Instrumentos do Estado e recursos próprios
Ações da ABDI
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
Portal Inovação:→ www.portalinovacao.info
Iniciativa Nacional para Inovação (INI): → Articulada no CNDI e coordenado pela ABDI e entidades como o MBC (Movimento Brasil Competitivo), Anpei, CNI/IEL.→ Ações: a) Jornadas de Inovação – semelhantes ao Encomexb) Renapi – Rede Nacional de Agentes de Pol. Industrialc) Seminário Internacional Celso Furtado
Incentivos FederaisIncentivos Federais
Lei de Inovação (L. nº 10973/04): Novo marco para relação entre universidade e institutos de pesquisa públicos e empresas privadas.
Ação mais positiva do Estado no apoio à inovação empresarial: a) instrumento de subvenção econômica a empresas; b) compras tecnológicas pelo Estado.
Permite investimento público em empresas privadas; cria estímulos para que empresas contratem pesquisadores para seus quadros ou que pesquisadores constituam empresas relacionadas à inovação.
Incentivos Federais
Lei do Bem (L. nº 11196/05):
Deduções de IR e da CSLL de dispêndios efetuados em atividades de P&D; redução do IPI na compra de máquinas e equipamentos para P&D; depreciação acelerada depreciação acelerada de bens intangíveis; redução do IRRF incidente sobre remessa ao exterior resultantes de contratos de transferência de tecnologia; isenção do IRRF nas remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares.
Incentivos Federais
Lei de Informática (L. nº 11077/04): Redução do IPI para bens de informática, produzidos segundo o Processo Produtivo Básico.
Incentivos Federais
Reestruturação do INPI: em 2003 e 2004, sua produtividade situou-se em cerca de 60% daquela média dos institutos congêneres de outros países. Em 2004/2005, situou-se em 90%.
Lei do Bem (L. nº 11196/05) – cont.: REPES: suspensão da contribuição do PIS/PASEP e COFINS na aquisição no mercado interno e na importação de serviços ou de bens destinados ao ativo imobilizado das empresas habilitadas ao regime.
Fundos Setoriais: Com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), são instrumentos de financiamento de projetos de P, D & I no País.
Incentivos Federais
Aeronáutico; Agronegócios; Amazônia; Aquaviários; Biotecnologia; Energia; Espacial; Hidro; Info;
Infra; Mineral; Petro; Saúde; Transportes; Verde Amarelo; Funtel.
Linhas de financiamento do BNDES: FINAME-MODERMAQ: financiar aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES, com vistas à dinamização do setor de BK e à modernização geral da indústria e do setor de saúde. Setores beneficiados: ind. extrativa, transformação, construção ou ativ. de atenção à saúde.
FUNTEC: projetos que objetivam estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação de interesse estratégico para o país (energias renováveis provenientes da biomassa; semicondutores, softwares e soluções biotecnológicas; fármacos).
Incentivos Federais
Linhas de financiamento do BNDES (cont.): PROSOFT: visa o desenvolvimento da indústria de software e serviços correlatos.
Incentivos Federais
Linhas de financiamento da FINEP: Pro-Inovação: para estímulo a projetos inovadores de médias e grandes empresas.
Secretaria do Desenvolvimento da Produção (SDP)
Esplanada dos Ministérios - Bloco “J”5° Andar - CEP: 70.053-900 – Brasília/DF
e-mail: [email protected]