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Escola Sophia de Mello Breyner Curso de Educação e Formação de Adultos (2010/2011) NG5_DR1 Deontologia e Princípios Éticos DR1 – VALORES ÉTICOS E CULTURAIS UFCD – Avaliar a realidade à luz de uma ordem de valores consistente e actuar em conformidade. CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA Identificar diferentes valores culturais Argumentar e contra-argumentar em contextos de tensão cultural Intervir em contextos de tensão cultural 1

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Escola Sophia de Mello Breyner Curso de Educação e Formação de Adultos (2010/2011)

NG5_DR1Deontologia e Princípios Éticos

DR1 – VALORES ÉTICOS E CULTURAISUFCD – Avaliar a realidade à luz de uma ordem de valores consistente e actuar em conformidade.

CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIAIdentificar diferentes valores culturaisArgumentar e contra-argumentar em contextos de tensão culturalIntervir em contextos de tensão cultural

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O que são os valores?

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O QUE SÃO OS VALORES?O QUE SÃO OS VALORES?

Os valores não são “coisas”, bens materiais.

Os valores não têm existência própria, têm de ser aplicados aos objectos/ situações reais;

Os valores são conceitos, que se materializam em modos de agir das pessoas, são diferenciados de pessoa para pessoa e através deles cada um expressa seus sentimentos, suas críticas, sua forma de ser e ver o mundo.Os valores são critérios pelos quais valorizamos ou desvalorizamos as coisas.

Os valores são potencialidades, são do nível ideal e não do real;

O valor é transcendente, isto é, está para além dos factos (um facto para existir não precisa de ter valor)

O valor é imanente, isto é, está dentro do sujeito pois é ele quem valoriza.

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TIPOS DE VALORES?TIPOS DE VALORES?Valores éticos: os que se referem às normas ou critérios de conduta que afectam todas as áreas da nossa actividade. Exemplos: Solidariedade, Honestidade, Verdade, Lealdade, Bondade, Altruísmo...

Valores estéticos: os valores de expressão. Exemplo: Harmonia, Belo, Feio, Sublime, Trágico. 

Valores religiosos: os que dizem respeito à relação do homem com a transcendência. Exemplos: Sagrado, Pureza, Santidade, Perfeição.

Valores políticos: Justiça, Igualdade, Imparcialidade, Cidadania, Liberdade.

Valores vitais: Saúde, Força. 

Os valores não são coisas nem simples ideias que adquirimos, mas conceitos que traduzem as nossas preferências. Existe uma enorme diversidade de valores, podemos agrupá-los quanto à sua natureza da seguinte forma:

http://afilosofia.no.sapo.pt/6

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Distinção entre Juízos de Facto e Juízos de Valor

Savater escreveu: “O Mundo não é apenas o que é, mas também, uma vez que o Homem o habita e o anima, o Mundo é o que pode ser e o que deve ser.”

Distinção entre Juízos de Facto e Juízos de Valor

Savater escreveu: “O Mundo não é apenas o que é, mas também, uma vez que o Homem o habita e o anima, o Mundo é o que pode ser e o que deve ser.”

Juízos de Facto

-Os Factos correspondem a acontecimentos ou ocorrências;-Os juízos de facto pretendem apresentar-nos esses acontecimentos ou ocorrências de uma forma objectiva, isto é, tal como eles efectivamente se passaram, independentemente de qualquer interpretação. -Os ´juízos de facto caracterizam-se pela sua impessoalidade e neutralidade, limitando-se a descrever o acontecido sem qualquer apreciação por parte do sujeito que o apresenta.

Juízos de Valor

-Os juízos de valor emitem opinião pessoal, expressando preferências subjectivas;-Os juízos de valor implicam, portanto, apreciações e escolhas que expressam a relação de um indivíduo como uma ordem ideal..

Juízos de Valor

-Os juízos de valor emitem opinião pessoal, expressando preferências subjectivas;-Os juízos de valor implicam, portanto, apreciações e escolhas que expressam a relação de um indivíduo como uma ordem ideal..

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Polaridade dos valores

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Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposições ou polaridades. Preferimos e opomos a Verdade à Mentira, a Justiça à Injustiça, o Bem ao Mal, a beleza à fealdade, a genorosidade à mesquinhês. A palavra valor costuma apenas ser aplicada num sentido positivo. Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de estima positiva ou negativamente. Valor é tanto o Bem, como o Mal, o Justo como Injusto. (http://afilosofia.no.sapo.pt/ )

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposições ou polaridades. Preferimos e opomos a Verdade à Mentira, a Justiça à Injustiça, o Bem ao Mal, a beleza à fealdade, a genorosidade à mesquinhês. A palavra valor costuma apenas ser aplicada num sentido positivo. Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de estima positiva ou negativamente. Valor é tanto o Bem, como o Mal, o Justo como Injusto. (http://afilosofia.no.sapo.pt/ )

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Hierarquia de valores Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de tomar uma decisão, cada um de nós, hierarquiza os valores de forma muito diversa. A hierarquização é a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que outros. As razões porque o fazemos são múltiplas. Ex.:

A maioria da população mundial continua a passar graves carências alimentares. Todos os anos morrem milhões de pessoas por subnutrição. Não é de querer que na hierarquia dos valores destas pessoas a satisfação das suas necessidades biológicas não esteja logo em primeiro lugar...

Piramide de Maslow

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Hierarquia de valoresOs valores apresentam-se como superiores e inferiores.A formação da pessoa e a determinação do sentido da sua vida constitui-se, fundamentalmente, na afirmação dos valores positivos face aos negativos e dos superiores face aos inferiores.

• A escala de valores, para uma comunidade ou para um indivíduo, é dinâmica, não é estática.• Uma comunidade que não questione criticamente a sua escala de valores fica paralizada, e, como consequência, afasta-se inevitavelmente do desenvolvimento da Humanidade.• A determinação da posição (na hierarquia) de um valor deve atender em primeiro lugar às reacções de um sujeito, às suas necessidades, interesses e aspirações.• A experiência dos valores dá-se em situações reais, concretas.• Os valores incorporam-se, manifestam-se em acções e decisões do nosso quotidiano.• Cada indivíduo cria os critérios de preferência, partindo da sua razão e da experiência.

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A cultura influencia o que os indivíduos valorizam no grupo ou na sociedade em que vivem. Assim, o que nos parece natural ser belo ou feio, mau ou bom, respeitável ou indecoroso, verdadeiro ou falso, etc. são ideias que nos são socialmente transmitidas, ou seja, aprendemos a achar belo ou feio, aquilo que a nossa sociedade assim é considerado.

Este conjunto de ideias, próprias de cada grupo ou de cada sociedade, que definem o que é considerado importante, significativo ou desejável, constitui um sistema de valores. Quer isto dizer que os valores orientam os indivíduos nas relações de interacção que estabelecem com o mundo social.

De acordo com esta concepção, os valores não são universais, pois variam:

•no tempo, por exemplo, antigamente o conceito de beleza feminina estava associado a uma imagem de um corpo redondo e actualmente valoriza-se a magreza;

•no espaço, por exemplo, nas sociedades orientais, a idade é valorizada, pois é sinal de sabedoria, enquanto nas sociedades ocidentais se persegue o ideal da « eterna juventude».

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Valores- Noção e Características As ideias que definem o que é importante, útil ou desejável são fundamentais em todas as culturas. Estas ideias abstractas, ou valores, atribuem significado e orientam os seres humanos na sua interacção com o mundo social. A defesa da propriedade privada é um exemplo de um valor proeminente na maioria das sociedades ocidentais. Contudo, no seio de uma sociedade ou comunidade, os valores podem ser contraditórios: alguns grupos ou indivíduos podem valorizar crenças religiosas tradicionais, enquanto outros podem defender o progresso e a ciência. Há pessoas que preferem o sucesso e o conforto material, outras elegem a simplicidade e uma vida pacata. Nesta época, em que vivemos, marcada pela mudança, repleta de movimentos globais de pessoas, bens e informação, não é de estranhar que deparemos com casos de valores culturais em conflito Giddens, A (2004) op. Cit. (/adaptado)

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OS VALORES DA SOCIEDADE PORTUGUESA Em termos gerais, os portugueses são propensos à defesa e manutenção do crescimento económico e à valorização da segurança e da ordem; quando confrontados com o futuro, mostram-se cautelosos na tomada de novas opções de vida; não se revelam grandes entusiastas de uma ética consumista, ainda que os seus esforços de poupança nem sempre resultem- o que justificam por escassez de dinheiro; provavelmente porque são mais consumistas do que admitem ser. Os jovens valorizam o direito de liberdade de expressão; uma maior tolerância para com as minorias étnicas; e, sem dúvida, maior investimento nas relações afectivas e nos valores da intimidade. Ou seja, os jovens parecem ter trasportadores de valores mais modernistas- sobretudo os jovens que são mais instruídos-, orientados para a defesa da liberdade pessoal, da auto-realização, da igualdade de oportunidades, da democracia, da ecologia e da convivência multicultural. Dir-se-ia que, enquanto as gerações mais velhas subordinam as aspirações individuais a causas colectivas, os jovens subordinam estas causas colectivas às aspirações individuais.

Pais, J.M.(coord.) (1998) Gerações e Valores na Sociedade Portuguesa Contemporânea, Lisboa, ICS (adaptado)

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O que lhe propomos como actividade…

A - Responder às seguintes questões:

Distinga juízos de facto e juízos de valor. Dê exemplos relativos a cada um.

Dê exemplos de valores morais.

Explique em que consiste a hierarquia de valores.

Crie a sua hierarquia de valores justificando a posição das opções indicadas.

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DR1 – VALORES ÉTICOS E CULTURAIS

Formadoras: Cláudia Amaral M.ª Amélia Pinto

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