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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O NOVO PERFIL DO CONTADOR NA ATUALIDADE JUNTO A
CONTROLADORIA
Por: Daniel Cândido de Souza
Orientador
Prof. Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O NOVO PERFIL DO CONTADOR NA ATUALIDADE JUNTO A
CONTROLADORIA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Auditoria e Controladoria
Por: Daniel Cândido de Souza
3
AGRADECIMENTOS
A Deus e a minha família que sempre me
apoiou e acreditou no meu potencial.
4
DEDICATÓRIA
A minha querida esposa que sempre esteve
presente em todos os momentos me
compreendendo e ajudando-me.
5
RESUMO
Este estudo tem como finalidade abordar o novo perfil do profissional contábil
imprescindível a sociedade e as organizações, visando atender as normas dos
padrões internacionais e mostrando suas características no século XXI. A presença
do contador continua sendo necessária às empresas, no entanto sua função, na
atualidade é a de um gestor de informações onde o conhecimento deve ser amplo.
Para detalhar o Perfil do Contador na atualidade; um profissional flexível, estudioso
e preparado para enfrentar um mercado de trabalho cuja competição e exigências
crescem a cada dia, colaborando, assim, para o crescimento profissional e acima de
tudo, para o desenvolvimento cada vez maior da profissão. Assim sendo, surge a
necessidade de abordar o novo perfil do contador junto à controladoria.
6
METODOLOGIA
O trabalho se baseou em pesquisas bibliográficas nos últimos 10 anos e os
principais autores foram: Paulo Schmidt nos temas sobre fundamentos e teorias da
contabilidade; Geisa Maria Almeida Dias sobre a informatização da contabilidade;
José Carlos Marion a respeito do novo perfil do contador e Sandro Figueiredo e
Paulo César Caggiano nos temas de controladoria.
Neste viés a pesquisa aborda como tema principal o novo perfil do contador
na atualidade junto a controladoria.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A história da Contabilidade 10
CAPÍTULO II - A informatização da Contabilidade 21
CAPÍTULO III – O Novo Perfil do Contador 27
CAPÍTULO IV – Controladoria 44
CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48
ÍNDICE 52
8
INTRODUÇÃO
As constantes mudanças socioeconômicas surgiram, desde o início da
civilização, que as pessoas e profissionais, transformassem suas posturas visando
adaptarem-se às condições de sua época.
Diante disto, a profissão contábil teve que seguir as tendências surgidas em
cada período histórico, modificando-se conforme sua evolução.
Desta forma, com o rápido desenvolvimento tecnológico através da
informatização, bem como a divulgação das informações em tempo real e o advento
da globalização o profissional contábil teve que se adequar para entender melhor o
negócio gerido e se manter no mercado de trabalho.
Sendo assim, hoje não basta apenas a conclusão do curso superior para
garantia do sucesso e a estabilidade do profissional de contabilidade. Além disso, é
necessário aquele que deseja uma carreira promissora ter características
multiprofissionais e estar preparado para quebra de paradigmas a fim de mudar a
forma de agir e interpretar as informações disponíveis.
E neste contexto, que este estudo tem como finalidade mostrar o novo perfil
do profissional contábil imprescindível a sociedade e as organizações, em uma
abordagem simples e acessível, visando atender as normas dos padrões
internacionais e suas características no século XXI.
Para tanto o trabalho foi dividido em quatro capítulos, iniciando-se, pelo
estudo da história da contabilidade desde os tempos primórdios até os dias atuais,
relatando seu surgimento e amplitude até sua chegada ao Brasil.
Desta forma, o capitulo I aborda as primeiras discussões sobre a
padronizações contábil, a importância da assinatura dos livros e documentos
contábeis, bem como as perspectivas da contabilidade e do profissional contábil,
especificando o disposto na Lei nº 6.404/76 e suas alterações segundo a Lei nº
11.638/07 que visam a normatização dos princípios contábeis no Brasil.
O segundo capítulo, por sua vez, explora sobre a informatização da
contabilidade, tendo em vista o avanço tecnológico e a necessidade das
informações de forma mais acessível em um curto espaço de tempo.
9
Neste contexto, aborda o sistema de informação contábil, a importância da
tecnologia da telecomunicação, os benefícios gerados pela informática e sua
influência na atuação da controladoria na gestão da tecnologia da informatização.
O novo perfil do contador é assunto tratado no terceiro capítulo.
Com a promulgação da Lei nº 11.638/07 (que altera, revoga e introduz novos
dispositivos a Lei nº 6.404/76) visando a uma atualização das regras contábeis
brasileiras, abriu-se espaço para o desenvolvimento da profissão contábil,
sobretudo, para aquele profissional que buscar se manter-se mais atualizado e
antenado.
Neste contexto, em um mundo competitivo e global, o profissional de
contabilidade que mais se destacar é aquele que vai além do registro de atos e fatos
administrativos, transformando-se um contador gerencial.
Desta forma, a presença do contabilista é cada vez mais imprescindível para
a sociedade e para as organizações, atualmente, sua função pode ser considerada
a de um gestor de informações.
É nesta perspectiva, que o terceiro capítulo relata um dos principais focos da
pesquisa: o novo perfil do contador, sendo assim, explana sobre o profissional
contábil e as modificações no mercado de trabalho, a tendência da profissão, o
profissional contábil na globalização e o perfil do contador.
O capítulo quatro tem como objetivo complementar o tema principal do
trabalho abordando sobre a importância da controladoria, bem como sua função e
influência na contabilidade, enfatizando, sobretudo, a vantagens advindas desta
área.
Por fim, esta pesquisa tem como objetivo primeiro conscientizar sobre a
importância da atualização do profissional contábil nos dias de hoje, principalmente,
diante do avanço tecnológico e das novas tendências da profissão através de uma
nova perspectiva direcionada ao perfil do contador.
10
CAPÍTULO I
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
“O que fazemos em vida, ecoa por toda
eternidade”. (Frase extraída do filme O
Gladiador)
.
A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da
civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social
de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o
objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio.
A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em
superatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de
propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual. Ao morrer, o legado
deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos
ou parentes. A herança recebida dos pais denominou-se patrimônio. O termo
passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido
herdados.
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do
comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A
prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades
da antiguidade. A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o
acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada.
As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre
o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas,
embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo
governo de seu país no ano 2000 a.C.
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores,
preocupava lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de
aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando
já em maior volume, requerendo registros. Foi o pensamento do futuro que levou o
11
homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais
possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a
necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de
que se pudesse prestar conta da coisa administrada. É importante lembrarmos que
naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à
vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de
dívida ou quitação.
O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no
Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.
À medida que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se
refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam
receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas
nos itens salários, perdas e diversões. No período medieval, diversas inovações na
contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente
na Itália que surge o termo Contabilitá.
1.1 – História da contabilidade no Brasil
A Contabilidade no Brasil iniciada na época colonial vem ao decorrer dos
anos evoluindo burocrática e cientificamente. Sob novas normas, códigos no
procedimento contábil e mudanças. A Influência das escolas do pensamento
contábil no Brasil integra inicialmente o patrimônio, advinda da Itália, e defendida
por Vicenzo Masi e decreta pelo rei D. João VI, em 1808, e depois, em 1964 o
método norte-americano, onde a tendência era tornar a contabilidade mais pratica
assim a padronizando.
Existem várias associações de classe contábil para discussão de
padronização e regulamentação contábil, mas os destaques são a italiana
Patrimonialista e norte-americana.
Em 1770, surge a primeira regulamentação da profissão contábil no Brasil,
quando Dom José, expede a carta de lei a todos os domínios. Neste documento,
12
entre outras regulamentações, fica estabelecida a obrigatoriedade de registro da
matrícula de todos os guarda-livros na junta comercial.
Quando a Família Real veio de Portugal, para o Brasil, em 1808 Dom João VI
decretou a obrigação de uso do método das partidas dobradas pelos contadores,
segue o alvará manuscrito do decreto:
Para que o método de escrituração e fórmulas de contabilidade de minha
Real Fazenda não fique arbitrário à maneira de pensar de cada um dos
contadores gerais, que sou servido criar para o referido Erário: ordeno que
a escrituração seja mercantil por partidas dobradas, por ser a única seguida
por nações civilizadas, assim pela sua brevidade para o manejo de grandes
somas, como por ser mais clara e a que menos lugar dá a erros e
subterfúgios, onde se esconde a malícia e a fraude dos prevaricadores.
(Dom João VI, 1808)
Depois de alguns anos a contabilidade é organizada no método de partidas
dobradas, por Alves Branco sendo mais um passo para a contabilidade no setor
público. O Código comercial brasileiro, em 1850, passou a obrigar a manutenção e
escrituração de livros por comerciantes, daí então, teve de oferecer a disciplina de
Escrituração Mercantil, no Instituto Comercial do Rio de Janeiro, surgido em 1863,
para que os comerciantes estivessem preparados para a pratica do registro contábil.
Passados sete anos, acontece por meio de decreto a primeira regulamentação da
profissão contábil no Brasil, que passa a reconhecer a primeira profissão liberal
regulamentada no país. Nesse período foram dados os primeiros passos rumo ao
aperfeiçoamento da área.
Na contadoria pública passou-se a somente admitir guarda-livros que
tivessem cursado aulas de comércio, criado em 1863. O exercício da profissão
requeria um caráter multidisciplinar. (VENCESLAU, 2007) para ser guarda-livros era
preciso ter conhecimento das línguas portuguesa e francesa, esmerada caligrafia e,
mais tarde, com a chegada da máquina de escrever, ser eficiente nas técnicas
datilográficas.
Os Conselhos Federal, e regionais de Contabilidade foram criados em 1946,
para que "seja feita a fiscalização do exercício da profissão, contabilista, assim
atendendo-se os profissionais habilitados como contadores e guarda-livros, de
acordo com as disposições constantes do Decreto nº 20.158, de 30 de Junho de
13
1931, Decreto nº 21.033, de 8 de Fevereiro de 1932, Decreto-lei número 6.141, de
28 de Dezembro de 1943 e Decreto-lei nº 7.988, de 22 de Setembro de 1945, será
exercida pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de
Contabilidade (...)" (DECRETO-LEI n. 9295). E depois, em 2004, para o
aperfeiçoamento Contábil no Curso superior são instituídas as diretrizes curriculares
nacionais.
A Primeira fase de grande influência no Brasil se deve a escolas italianas,
pelo professor Vincenzo Masi, que defendeu a Ciência Contábil com objetivo
circunstancial do patrimônio, havendo então o início da escola patrimonialista, e
trazida e adotada no Brasil, segundo uma tese do professor Francisco D'Auria,
realizada em Barcelona (Espanha), implantando nos sistemas contábeis tornando o
Brasil adepto o método.
A Segunda grande fase, posteriormente é das escolas norte-americanas,
acarretada pelo professor José da Costa Boucinhas, onde se abrem novas portas á
vários estudiosos até os dias de hoje contribuírem ao desenvolvimento da profissão.
Patrimonialismo: Escola que considerava o patrimônio das entidades como
sendo o objeto da contabilidade (VINCENSO MAIS, 1923 apud MOROZINI, 2005).
O Método patrimonialista na contabilidade, trazido para o Brasil pelo professor
D'Auria, se expande em três partes: a estática, a dinâmica e a revelação patrimonial.
O inventário é usado para a demonstração do estado patrimonial, logo,
compreende as relações dos elementos lançados com as pessoas que compõem a
entidade. (D'AURIA, 1946) A cada elemento deve ser atribuído um valor
("avaliação"), nominal e efetivo, atual, diferido e figurativo (chamado em termos
contábeis de "quantificação do patrimônio"). Cada elemento do patrimônio,
determinado e avaliado, deverá ser distribuído em uma classificação (ou seja, a
"qualificação do patrimônio").
Sob os lançamentos do patrimônio lançado no inventario, a gestão
econômica buscara, através destas informações estáveis, obter os objetivos da
entidade, e obtendo seus lucros. No Brasil, fora aplicado o sistema integral na forma
que lhe deu a lei nas entidades de sociedade anônima, integrando o balanço
patrimonial e a demonstração de resultado do exercício (da escola alemã). A lei não
especificou o "rédito", mas indicou a separação dos "resultados operacionais" dos
"não-operacionais", adaptando a forma adotada pela atual legislação tributária.
14
A Escola Norte americana surgiu em 1887, que criada para padronizar a
contabilidade, a separando em gerencial e financeira. A Gerencial é a informação
aos usuários internos e a financeira aos externos. Segundo Kaplan e Johnson apud
Schmidt (2006), a contabilidade gerencial foi idealizada quando as organizações
comerciais, nos Estados Unidos, não dependiam mais dos mercados externos para
transações econômicas diretas, foi quando isso passou a ser feito internamente.
A origem europeia da contabilidade sofre modificações perante a contribuição
norte-americana, devido a qualificação das informações contábeis, financeira e
gerencial, e a necessidade de aperfeiçoamento nos documentos emitidos, torna a
norte-americana uma das principais escolas.
No Brasil esta fase se inicia somente em 1964, usada pelo professor Jose
da Costa Boucinhas, e desde então, mudanças se tornaram possíveis perante
estudiosos, no desenvolvimento de métodos da informação interna e gerencial.
1.2 – As primeiras discussões sobre padronização contábil – 1926
A padronização e a harmonização contábeis são preocupações mundiais,
que buscam dentro do contexto da economia global um entendimento único dos
termos, princípios, normas e formas de apresentação das Demonstrações
Contábeis, para que os diversos usuários possam realmente entendê-las e
interpretá-las.
Segundo Castro Neto (1998) a harmonização contábil pode ser conceituada
como o processo de padrões contábeis internacionais para algum tipo de acordo tal
que as Demonstrações Contábeis de diferentes países sejam preparadas segundo
um conjunto comum de princípios de mensuração e disclosure.
No Brasil estas ações são empreendidas pelos órgãos de classe e entidades
contábeis: Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil (IBRACON), juntamente com a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) em sintonia com órgãos internacionais.
A primeira exigência legal brasileira sobre padronização veio com a Lei n
1083 e o Decreto n 2679, ambos de 1860 e já abordados neste trabalho. Entretanto,
a primeira discussão sobre harmonização e padronização contábil no Brasil com a
participação da classe contábil ocorreu em 1926, e as primeiras alterações na
15
regulamentação ocorreram em 1940, com os Decretos-Leis n 2.416/40 e 2627/40,
com inovações significativas: o primeiro com normas sobre a Contabilidade Pública
dos Estados e Municípios, e segundo tratando das sociedades anônimas.
Os benefícios desta padronização foram fundamentais na análise
comparativa das demonstrações contábeis das empresas, pois permitiriam a
construção de séries históricas, evidenciando os resultados da atividade empresarial
ao longo do tempo. Outro benefício importante seria com relação ao estudo da
Contabilidade, contribuindo para que as instituições de ensino superior pudessem
oferecer a sociedades profissionais com maiores qualificações técnicas.
1.3– A exigência da assinatura dos livros e documentos contábeis
As décadas de 30 e 40 do século XX foram palco de ações relativas à
exigência da assinatura do profissional contábil em livros e documentos das
empresas, de novas ações governamentais que buscassem a padronização
contábil, da equiparação de direitos em função da regulamentação exigida pelo
novo cenário e da criação dos principais órgãos de classe da profissão contábil no
País.
O Decreto Lei n 21.033/32 estabeleceu as novas condições para o registro de
contadores e guarda-livros e tornou obrigatória a assinatura dos livros comerciais,
cumprindo determinações do Código Comercial e da Lei de Falências vigentes à
época. Determinou ainda outras regalias e exigências para o exercício da profissão
contábil. Este diploma legal proporcionou o reconhecimento dos mesmos direitos e
títulos concedidos pelo Decreto n. 20.158, de 30 de junho de 1931, aos que
prestaram exames de habilitação nos moldes deste decreto:
Ø Foram professores de contabilidade em ensino comercial, oficial ou
oficializado, que publicaram obras de contabilidade julgadas de mérito
pelo Conselho Consultivo do Ensino Comercial, e que exerceram antes de
09/07/31 o cargo de guarda-livros, ou contadores em repartições públicas,
tendo assinado antes da mesma data balanços de bancos, companhias,
empresas, sociedades, cooperativas ou instituições de caridade, e outras,
publicados em órgãos oficiais de imprensa da União ou dos Estados;
16
Ø Tenham assinado laudos periciais, que sejam possuidores de atestado de
idoneidade profissional, ou exercido, por no mínimo cinco anos, a
profissão em estabelecimentos organizados e registrados na Junta
Comercial dos Estados e outras equiparações.
As ações citadas, regulamentadas e equiparadas pelo Decreto Lei n 21.033/32,
permitiram a diversos profissionais atuantes antes de sua promulgação o direito de
exercerem a profissão regulamentada de Contador.
O ano de 1940 teve duas ações governamentais, que contribuíram para a
padronização contábil no País:
Ø O Decreto-Lei n 2416, de 17 de julho, que estabeleceu as normas sobre a
Contabilidade para os Estados e Municípios, definiu o modelo padrão de
balanço orçamentário, e as normas financeiras aplicáveis à gestão dos
recursos públicos;
Ø O Decreto-Lei n 2627, de 01 de outubro, que tratou das empresas de
capital aberto, cujas ações eram negociadas na Bolsa de Valores da
então capital federal, a Cidade do Rio de Janeiro. Dentre outros aspectos,
este diploma legal apresentou os critérios de avaliação do ativo, do uso do
custo histórico, da amortização, da constituição de fundos para a
desvalorização do imobilizado, de forma pioneira os critérios aplicáveis ao
ativo diferido, e também da formação da reserva legal, como forma de
preservação do capital das empresas. De acordo com a pesquisa
realizada por Iudícibus e Ricardino Filho, mencionada nas referências
bibliográficas, esta foi a segunda Lei das Sociedades Anônimas no Brasil.
Em 27 de maio de 1946 é promulgado o Decreto Lei n 9295/46, criando o
CFC – Conselho Federal de Contabilidade, e os CRC’s – Conselhos Regionais de
Contabilidade. Estes órgãos, operando sob a coordenação do CFC, atuam na
fiscalização do exercício da profissão contábil, colaboram na definição de normas e
procedimentos contábeis, por meio da promulgação das Normas Brasileiras de
Contabilidade, funcionam como tribunais de ética e definem, regulamentam e
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baixam normas e padrões de interesse da profissão contábil, além de definirem e
efetuarem o recolhimento das taxas relativas ao registro e exercício profissional.
1.4– Perspectivas da contabilidade e da profissão contábil no
Brasil
Em termos de mercado de trabalho para o Contador as expectativas são
excelentes, pois estamos entrando em uma era em que se está começando a
reconhecer toda a importância da função contábil. Porém, com a evolução, exige-se
algo mais do profissional que atua nessa área. Essa nova visão de contador, é de
um profissional que esteja em constante evolução, que deixe de ter uma postura de
escrituradores, “guarda-livros” ou “despachante”, e que se torne o “anjo-da-guarda”
da empresa, estando apto a tomar decisões, a liderar, ou seja, ser um profundo
conhecedor da empresa e se tornar o pilar indispensável para a continuidade e o
crescimento da mesma.
Essa postura, segundo Perez, apud Marion (2003) vai mais além de acumular
cifras para preparar um balanço para efeitos impositivos. Vai mais além que
registrar automaticamente uma ou várias operações: um software adequado pode
produzir melhores rotinas.
A Contabilidade é uma profissão que oferece um leque amplo de alternativas
profissionais, e atualmente algumas especializações têm oferecido boa
remuneração e satisfação profissional, como: administração financeira, custos e
auditoria, pois bons profissionais nessa área ainda são escassos. Entretanto, para
que uma evolução concreta ocorra em especial no Brasil, é necessário investir na
formação de tais profissionais e pesquisas, e não depender apenas de adaptações
de princípios norte-americanos.
1.5– Lei 6.404/76 e suas alterações segundo a Lei 11.638/07
Criada no ano de 1976, para normatizar os princípios contábeis no Brasil e
disciplinarem as companhias abertas, a Lei 6.404 sofreu grande influência norte-
americana, havendo também importantes contribuições brasileiras como: correção
monetária e reserva de lucros a realizar.
18
Quanto as suas contribuições podemos citar: separação entre a
Contabilidade comercial e fiscal, aperfeiçoamento da classificação das contas no
balanço e do mecanismo de correção monetária, implantação da reavaliação a valor
de mercado e do método de equivalência patrimonial e origem da reserva de lucros.
Em vista as mudanças na Legislação Societária e o Ambiente Internacional
de Negócios e por ações, juntamente com o poder regulatório e interpretativo que a
Comissão de valores mobiliários – CVM, possui, encontra-se a necessidade do
Brasil se adaptar a regulação contábil internacional e isso implica em impactos no
balanço patrimonial.
Entre os objetivos desta lei, além de alterar artigos da lei nº. 6.404/76 para
atualizá-la ao novo mundo de negócios global, deve ser ressaltado o de providenciar
maior transparência às atividades empresariais brasileiras e alguns dos principais
avanços em termos de práticas contábeis é a adequação do Balanço Patrimonial.
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL SEGUNDO A LEI 6.404/76 X LEI 11. 638/07:
Antes Depois
Ativo Circulante
Realizável a longo prazo
Ativo Permanente
·Investimento
·Imobilizado
·Diferido
Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
·Realizável a logo prazo
·Investimento
·Imobilizado
·Intangível
·Diferido
Passivo Circulante
Passivo exigível a longo prazo
Reserva de exercícios futuros
Patrimônio liquido
·Capital Social
·Reserva de capital
·Reserva de reavaliação
·Reserva de lucros
·Lucros ou prejuízos acumulados
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
·Exigível a longo prazo
·Resultado de exercícios futuros
Patrimônio liquido
·Capital Social
·Reserva de Capital
·Ajuste de avaliação patrimonial
·Reservas de Lucros
·Ações em tesouraria
·Prejuízos acumulados
Fonte: Artigo 790 – Portal Contábeis (2012)
19
Dentre as diversas novidades que a Lei 11.638/2007 trouxe, destacamos as
principais no quadro comparativo:
LEI 6.404/76 X LEI 11.638/07
Publicação das Demonstrações das Origens e
Aplicações de Recursos – Doar.
Publicação das Demonstrações dos Fluxos de
Caixas – DFC.
Não havia a exigência da publicação da
Demonstração do Valor Adicionado – DVA para
as companhias abertas.
Obrigatoriedade da publicação da Demonstração
do Valor Adicionado – DVA para as companhias
abertas.
Os aumentos de valores nos saldos de ativos
serão registrados com Reserva de Reavaliação,
no Patrimônio Líquido.
Os aumentos ou diminuições de valores nos
saldos de ativos e passivos decorrentes de
avaliações e preço de mercado serão registrados
na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, no
Patrimônio Líquido.
O ativo permanente é dividido em: investimentos,
ativo imobilizado e ativo diferido.
Ativo permanente passa a ser dividido em:
investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
Nas operações de incorporação, fusão ou cisão,
os saldos vertidos poderão ser registrados
pelos valores contábeis.
Os saldos serão vertidos a valor de mercados nos
casos de: fusões, cisões ou incorporações.
O Patrimônio Líquido: capital social reserva de
capital, reservas de reavaliação, reservas de
lucros ou prejuízos acumulados.
O Patrimônio Líquido: capital social reserva de
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas
de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.
As companhias abertas são obrigadas a publicar
as suas demonstrações contábeis devidamente
auditadas. As companhias fechadas são
obrigadas a publicar suas demonstrações
contábeis.
As companhias abertas e as sociedades de
grande porte de capital fechado são obrigadas a
apresentar demonstrações contábeis segundo os
mesmos padrões da Lei das S/As. e auditadas por
auditores independentes.
A escrituração contábil será efetuada de acordo
com os princípios de contabilidade geralmente
aceitos, podendo registrar nos livros comercias
ou em livros auxiliares os ajustes decorrentes da
legislação tributária.
Deverá ocorrer segregação entre escrituração
mercantil e tributária.
A CVM expedirá normas contábeis de acordo
com os princípios de contabilidade geralmente
aceitos.
A CVM expedirá normas contábeis em
consonância com as Normas Internacionais
de Contabilidade (IFRS)
As sociedades controladas devem ser avaliadas
pelo método da equivalência patrimonial.
As sociedades controladas, sociedades que
fazem parte do mesmo grupo que estejam sob
influência e controle comum, devem ser avaliadas
pelo método de equivalência patrimonial. Fonte: Lopes e Figueiredo - Revista Capital Aberto (2009, ed. 66)
20
Estão ocorrendo grandes mudanças no cenário internacional (nas empresas),
e exige-se que elas passem a adotar um novo procedimento contábil harmônico
com o mundo, para que a linguagem dos negócios possa ser entendida da mesma
forma em todos os lugares. O Brasil precisa estar inserido neste contexto e com a
lei das Sociedades por ações, juntamente com a CVM, a contabilidade no Brasil dá
passos concretos, atualizando as regras contábeis brasileiras e adequando suas
demonstrações e principalmente o Balanço Patrimonial ao cenário contábil
internacional.
Desta forma os impactos ocorridos no Balanço Patrimonial em razão das
atualizações nas normas contábeis brasileira são muito importantes, por razão da
adequação do Brasil ao cenário contábil internacional.
No próximo capitulo, será abordado sobre a informatização da contabilidade,
com o avanço tecnológico, necessidade das informações, o sistema de informação
contábil, a importância da tecnologia da telecomunicação, os benefícios gerados
pela informática e sua influência na atuação da controladoria na gestão da
tecnologia da informatização.
21
CAPÍTULO II
A INFORMATIZAÇÃO DA CONTABILIDADE
.
A informática tem contribuído, e muito na vida dos homens, nas realizações
de seus afazeres diários em seus trabalhos, bem como tem sido também uma
grande fonte de laser para entretenimento em jogos, bate-papo etc.
Esta contribuição ocorre, também, no campo da contabilidade, tornando mais
prática e rápida as realizações dos trabalhos exigidos por ela. A informática está
praticamente presente em todas as empresas, e as que não são informatizadas, não
possuem competitividade, estarão sempre atrás daquelas informatizadas.
2.1 – Sistema de Informação Contábil
Antes de falar a respeito deste sistema, faremos uma rápida abordagem dos
conceitos de sistemas, para se ter uma melhor visão do que vem a ser sistema de
informação contábil.
Padoveze (2004) comenta que o “sistema pode ser definido como um
complexo de elementos em inteiração” e também “considera-se sistema um
conjunto de partes interdependente, ou um todo organizado, ou partes que
interagem formando um todo unitário e complexo”. Comenta ainda, que “o todo
dever ser mais que a soma das partes”. Ou seja, em uma empresa, com diversos
setores (áreas) estão em uma ação conjunta, onde todos os setores relacionam
entre si, o resultado alcançado será melhor do que o resultado alcançado
isoladamente. Explica ainda: “por mais que se estudem as partes para entender o
todo, é necessário considerar as inter-relações e o contexto em que estão inseridas.
Dessa maneira, as inter-relações existentes permitem que o todo seja maior que a
soma isolada das partes, ou seja, no agregado encontramos características muitas
vezes não encontradas nos componentes isolados”.
O funcionamento básico de um sistema consiste em um processamento de
recursos (entrada do sistema) e com esse processamento obterá uma saída ou
produtos do sistema. Padoveze (2004) explica que o “sistema traz automaticamente
a noção de conjunto. Assim, ele é composto de elementos. Além disso, o sistema
existe para a produção de algo, com base nas funções a que ele se destina”.
22
Um sistema é composto por: objetivos do sistema, ambiente do sistema,
componentes do sistema, recursos ou entradas do sistema, componentes do
sistema, saída do sistema, administração ou controle e avaliação do sistema. Os
objetivos do sistema são o que se deseja com o sistema, ou seja, para que o
sistema foi criado.
Recursos do sistema são tudo o que entra no sistema para ser utilizado
durante o processo de transformação. São os recursos físicos, humanos, materiais,
energia, tempo, serviços, equipamentos, tecnologia etc.
As saídas do sistema são os resultados dos processos de transformação, é o
fruto do objetivo do sistema, aquilo que se quer que ele faça.
Já o controle e avaliação, servem para verificar se as saídas estão coerentes
com os objetivos estabelecidos. Assim pode-se observar que as empresas podem
ser classificadas como um sistema aberto, que interagem com o ambiente e a
sociedade, onde há recursos introduzidos, processados e resultando em suas
saídas em produtos ou serviços.
Deste modo o sistema de informação contábil, segundo Padoveze (2004) o
sistema de informação contábil é o grande sistema de informação contábil, é nele
que passam todos os dados contábeis que são processados, gerando assim
informações capazes de dar suporte às decisões que serão tomadas. Esse sistema
pode ser utilizado por vários usuários.
2.2 – Tecnologia de Telecomunicação
A tecnologia de telecomunicação atualmente é essencial para as empresas,
trazendo uma agregação de alto valor ao produto final: a informação útil e
tempestiva nas mãos de seus usuários finais. Ela é entendida como sendo as
comunicações de informações, entre dois ou mais elementos, envolvendo alguma
distância, por meio de recursos de informática (eletrônicos). As redes de
computadores fazem parte da tecnologia de telecomunicação, e podem dizer que as
redes de computadores é uma das ferramentas mais importantes para empresa,
especialmente as grandes companhias. Com o uso de uma rede de computares é
possível compartilhar todas as informações para todos os funcionários, gestores,
23
etc. de uma empresa bem como interligar várias companhias do grupo corporativo
(matriz, filiais etc.).
Esta classificação pretende ilustrar justamente o aumento do volume de
informações à disposição da sociedade e pode ser visualizada quando se fala de
Internet, considerada o máximo em tecnologia de telecomunicação (SANTOS,
2006), a mola propulsora da globalização, pela qual tem-se um intercâmbio cada
vez maior entre países e realidades ambíguas.
Com as redes de computadores, também, é possível fazer a integrações de
todos os subsistemas de uma empresa. Essa integração traz um grande benefício e
agilidade para a empresa.
Por exemplo, uma empresa que possui redes de computadores com sistemas
integrados, ao efetuar uma compra de mercadoria para revenda e registra os dados
(produto que foi adquirido, a quantidade comprada, custo do frete, valor dos
impostos pagos etc.), será preciso fazer a inclusão dos dados dessa compra em
apenas um subsistema (no caso no subsistema de valorização de inventários ou
custo contábil). Através desta interface, esse subsistema enviará as informações
para os demais subsistemas que utilizam os dados dessa transação (por exemplo: o
subsistema de gestão de impostos receberá automaticamente o valor dos impostos
a recuperar; no subsistema de contabilidade societária e fiscal serão registrados
todos os lançamentos contábeis provocados por essa transação automaticamente).
As principais vantagens da integração dos sistemas dizem respeito à
agilidade com que as informações são processadas na empresa, fluindo
rapidamente entre as áreas envolvidas ou interessadas por elas. Associada a isso
está a facilidade de conferência, sendo, em alguns casos, desnecessário conciliar
as contas movimentadas pelos controles paralelos. Isso é possível por que não
existe repetição de lançamento, que em muitos casos, é motivo da divergência de
um setor para outro.
2.3 – Benefícios gerados a contabilidade pela informática
Diante das mudanças tecnológicas que estão conquistando o mundo com
soluções práticas e inteligentes, melhorar o padrão de qualidade de seus serviços
tornou-se uma imposição para os contadores.
24
A informática atualmente é fundamental em todos os segmentos da
sociedade. Por outro lado, a contabilidade é um segmento que não vive sem a ajuda
dos computadores e, hoje se percebe um investimento crescente nas organizações
em softwares e hardwares ligados à área contábil.
As grandes empresas e os escritórios de contabilidade adotam fortemente a
informática como ferramenta de trabalho. Já não se admite mais os antigos métodos
da escrituração contábil feito à mão. Com a grande concorrência, as empresas de
contabilidade investem na informática para oferecerem um serviço mais rápido e de
melhor qualidade.
De acordo com Magalhães e Lunkes (2000), os sistemas contábeis nas
empresas objetivam as Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas
devidamente auditadas e as informações para tomada de decisão, para isto devem
pautar-se no planejamento contábil, nos registros contábeis e na avaliação
patrimonial e dos resultados.
A informática permitiu uma mudança sensível na atuação do profissional
contábil. Antes este perdia muito tempo com lançamentos e com isso estava mais
sujeito a erros inadmissíveis nos dias atuais.
Graças ao computador, o contador está mais para um analista de
contabilidade. Isso se deve ao fato de que os softwares fazem de tudo dentro do
departamento de contabilidade, dentro de uma empresa ou em um escritório de
contabilidade. Assim o profissional dedica mais tempo a leitura pertinente à área
contábil e consegue executar um trabalho mais preciso e seguro em um intervalo de
tempo menor.
São incontáveis os benefícios gerados pela informatização de uma empresa.
Entre esses benefícios estão:
- Aumento de produtividades;
- Melhoria da qualidade dos serviços;
- Mais estímulos para os profissionais da área;
- Facilidade para a leitura prévia dos relatórios;
- Atendimentos às exigências dos órgãos quanto ao cumprimento de prazos;
- Facilidade de acesso às informações da empresa;
- Maior segurança das informações;
- Menos espaço físico nos ambientes de trabalhos; e
- Mais facilidade no processo de tomada de decisão.
25
O uso da Tecnologia da Informação (TI) na Contabilidade vem introduzindo
uma nova maneira de visualizar os procedimentos contábeis. A informatização
contábil teve seu desenvolvimento mais acentuado na década de 80 (OLIVEIRA,
2000), com o crescimento no uso e disseminação dos micros, juntamente com os
sistemas informatizados.
Enfim, no campo contábil, sua utilização vem contribuindo para a melhoria,
como também, para a valorização da profissão pela disponibilidade do contador em
gerenciar informações para auxiliar a alta administração a trabalhar em bases
melhores.
2.4 – A atuação da controladoria na gestão da tecnologia da
informação
Para Manãs (2001), a gestão da Tecnologia da Informação constitui a
aplicação das técnicas de gestão em apoio a processos de inovação tecnológica.
Integra princípios e métodos de gestão (administração), avaliação, economia,
engenharia, informática e matemática aplicada.
Na Gestão Tecnológica, identificam-se as necessidades e as oportunidades
tecnológicas; também é onde as soluções tecnológicas são planejadas,
desenhadas, desenvolvidas e implantadas, constituindo-se num processo
administrativo das atividades da pesquisa tecnológica, assim como da transferência
dos seus resultados às unidades produtivas. O que é importante para a
competitividade (e a produtividade) é a capacidade de se demarcar os
desenvolvimentos tecnológicos (inovação, progresso técnico) dentro de uma
estratégia da empresa.
Neste sentido, esta área integra a visão de estratégia, liderança e
empreendedorismo. Estratégia, enquanto obtenção da vantagem concorrencial da
tecnologia utilizada, em face do desenvolvimento dos Sistemas de Informações;
liderança, aquela que se obtém por meio da influência nas pessoas do grupo
empresarial, no sentido de levá-las a realizar os objetivos estabelecidos, também
atuando com empreendedorismo necessário, quando se está introduzindo
mudanças nos processos da organização, ou seja, na implantação de novas
tecnologias, por exemplo.
26
Embora as duas áreas - Tecnologia da Informação e Controladoria - possuam
objetivos e metodologias distintas, a convergência de esforços é direcionada aos
interesses da continuidade do negócio, em que ambas possuem papel decisivo para
seu sucesso.
Um registro empírico desta convergência de interesses pode ser verificado
em uma pesquisa realizada no ano de 1996, onde Raghavan Rajaji (então Controller
da BancTec Ind, localizada no Estado americano do Texas) promoveu um debate
entre Controllers e Gerentes de Tecnologia da Informação de empresas americanas
e canadenses, discutindo suas opiniões sobre os problemas normalmente
compartilhados pelas áreas.
No curso da discussão estes executivos apontaram que a área de Finanças
representa mais um modelo para departamentos de Tecnologia da Informação que
impedimentos para seu desenvolvimento.
Assim sendo, os interesses dos gestores da Tecnologia da Informação, são
em grande parte, interesses dos gestores de Controladoria das organizações e
deste modo, tornar-se necessário estabelecer parâmetros de interesse e auxílio
entre as duas áreas.
Será abordado no próximo capítulo sobre o profissional contábil e as
modificações no mercado de trabalho, a tendência da profissão, o profissional
contábil na globalização e o perfil do contador.
27
CAPÍTULO III
O NOVO PERFIL DO CONTADOR
Foi-se o tempo do "guarda-livros". As funções meramente burocráticas estão
cedendo espaço para profissionais mais arrojados. Sabe-se que cursar quatro anos
do ensino superior e registrar-se no CRC é apenas o início da caminhada do
Contador. O mercado procura um perfil dinâmico, um profissional que se atualize
constantemente.
Muitas faculdades de Ciências Contábeis ainda não despertaram para o fato
de que existe uma necessidade imediata em formar contadores com pensamento de
gestores e não somente operacionais, relegando a concentração de ideias a
segundo plano. A globalização e a necessidade de inovações constantes levam os
empregadores a contratar pessoas pró-ativas, com senso de responsabilidade e
capacidade de se manterem atualizadas diante das constantes mudanças.
Os contabilistas têm tudo para ser extremamente importantes nas
organizações, poderão trazer um leque de análises, informações e ideias que
podem significar a diferença entre o sucesso e o fracasso empresarial. Num mundo
competitivo e global, quem errar em custos e formação de preços, fluxo de caixa e
gestão de crédito, está fadado ao fracasso e é fundamental o contador saber como
se comportou a empresa no passado, com base nas informações da contabilidade
financeira, isto ajudará a organização saber o que fazer no futuro, traçar
estratégicas para situações de dificuldades a serem enfrentadas, fazer um
planejamento das atividades, elaborar seu fluxo de caixa, executar um orçamento
de vendas, enfim, utilizar-se da contabilidade como ferramenta de gestão
empresarial e esta é a diferença para que possa projetar-se como um profissional
útil e bem remunerado, reconhecido na organização que atua.
A principal característica desta profissão, no século XXI, será o
conhecimento aplicado, o contabilista precisa ser um profissional flexível,
autodidata e preparado para enfrentar desafios de uma profissão na qual
a competição e exigências crescem a cada dia.
Sua função, neste século, pode ser considerada a de um Gestor de
Informações e seu conhecimento deve ser amplo, compreendendo as normas
internacionais de contabilidade, legislação fiscal, comercial e correlata a outras
28
habilidades imprescindíveis que são: capacidade de se expressar de forma clara e
sintética, ótima redação, domínio de recursos de informática (planilhas, textos,
internet) e conhecimentos de estatística.
Precisa conhecer e utilizar-se de relações humanas, além de técnicas de
administração. Não pode ficar alheio ao mundo que o cerca, e precisará ler
continuamente. Ter ética, ter capacidade de inovar e criar, desenvolvendo também
sua capacidade de adaptação - pois mudanças fazem parte do cenário
empresarial e corporativo.
A área de atuação do profissional contábil é bastante ampla, oferecendo
inúmeras alternativas de trabalho. Dentre algumas áreas, além da tradicional
atuação na prática de escrituração contábil, destacam-se:
Ø Perícia Contábil - apuração de haveres, lucros cessantes, impugnações
fiscais e avaliação de patrimônio líquido.
Ø Auditoria: exame e emissão de pareceres sobre demonstrações
financeiras, controles internos e gestão.
Ø Fiscal: fiscalização de contribuintes ou de contas de entes públicos.
Ø Gestão de Empresas – administração de finanças, custos, fluxo de caixa e
empreendimentos de qualquer porte.
Ø Gestão Pública – atuação em áreas de planejamento, finanças,
administração e contabilidade pública.
Ø Atuarial - área estatística ligada a problemas relacionados com a teoria e
o cálculo de seguros.
Ø Consultoria – aos 3 setores da sociedade (iniciativa privada, governos e
ONGs).
Ø Ensino – atuação em dezenas de disciplinas como Contabilidade Rural,
Contabilidade de Custos ou Orçamento Público.
No século XXI este profissional precisa ser multidisciplinar nos campos de
atuação e com a globalização vem um novo perfil do profissional contábil, uma meta
árdua, mas gratificante, sendo mais flexível, estudioso e preparado para conhecer
as minúcias de sua profissão não apenas a nível nacional, mas também
internacional.
29
O que toda história tem mostrado é que a contabilidade se torna importante à
medida que há desenvolvimento econômico. A profissão é muito valorizada nos
países de primeiro mundo. O desenvolvimento contábil acompanha de perto o
desenvolvimento econômico. O mundo vem passando por transformações, tanto na
área econômica, tecnológica e social, é preciso que o profissional contábil junto com
a contabilidade acompanhe essa evolução para que produza enquanto ciência
subsídios úteis na área de atuação, aprimorando suas relações sociais,
demonstrando de que maneira poderá contribuir nas relações entre empresas e a
sociedade.
É preciso que o profissional entenda a organização e sua razão de ser,
compreendendo seus modelos de gestão, seus objetivos políticos e suas inter-
relações com o ambiente externo. Só assim ele terá condições de ajudar a empresa
a crescer, orientando adequadamente seus dirigentes a tomarem decisões
acertadas.
O contador deve estar no centro e na liderança deste processo, pois, do
contrário, seu lugar vai ser ocupado por outro profissional. O contador deve
saber comunicar-se com as outras áreas da empresa para tanto, não pode
ficar com os conhecimentos restritos aos temas contábeis e fiscais. O
contador deve ter formação cultural acima da média, inteirando-se do que
aconteceu ao seu redor, na sua comunidade, no seu Estado, no país e no
mundo. O contador deve participar de eventos destinados à sua
permanente atualização profissional. O contador deve estar consciente de
sua responsabilidade social e profissional (NASI, 1994).
No que concerne ao perfil do contabilista, Branco (2003) diz que o contabilista
deve possuir um perfil e uma formação humanística, uma visão global que o habilita
a compreender o meio social, político, econômico e cultural onde está inserida,
tomando decisões em um mundo diversificado e interdependente. Deve ter uma
formação técnica e cientifica para desenvolver atividades especificas da prática
profissional, com capacidade de externar valores de responsabilidade social, justiça
e ética. Deve ter competência para compreender ações, analisando, criticamente as
organizações, antecipando e promovendo suas transformações, compreensão da
necessidade continuo aperfeiçoamento profissional, desenvolvimento da
autoconfiança e capacidade de transformar.
30
De acordo com as afirmações de Nasi (1994) e Branco (2003) quando diz
que o profissional de contabilidade tem que ser líder e assumir o seu verdadeiro
papel em assuntos que antes quase não lhe diziam respeito. O profissional de
contabilidade tem a função fundamental na organização, pública ou privada,
orientando e dando suporte para as tomadas de decisões.
Hoje o verdadeiro papel do contador, em qualquer organização, pública ou
privada, é interpretar, analisar, e tentar garantir a sobrevivência das entidades,
evitando desemprego e ajudar a construir um país melhor.
3.1 - O PROFISSIONAL CONTÁBIL E AS MODIFICAÇÕES NO MERCADO DE
TRABALHO
O crescimento da presença das empresas brasileiras no mercado financeiro
internacional está revolucionado o perfil dos contadores no país. Além de aumentar
a demanda, o novo cenário pede profissionais com um perfil mais estratégico e
voltado para o mundo dos negócios. Isso significa que a imagem de senhores
sisudos que passam o dia atrás de uma calculadora científica e de uma montanha
de formulários não convém mais com essa carreira.
A contabilidade não para de evoluir, mantendo atualizado seu usuário. O
mercado exige hoje um profissional cada vez mais gabaritado e competente a fim de
atender o ambiente social que utilizam suas informações, esses profissionais devem
admitir certas formas dos valores presentes no ambiente onde se juntam as
pessoas. O jogo do conhecimento nos dias de hoje é o novo jogo do mercado, nada
melhor do que compartilhar esses valores, gerando estímulo entre as pessoas para
o autoconhecimento e ao conhecimento do outro, fortalecendo o espírito em equipe
e o respeito mútuo e a solidariedade aos demais.
A Contabilidade tem evoluído significativamente através dos tempos, dentro
desse contexto é inegável a influência da tecnologia sob a nova visão e
desenvolvimento da profissão contábil. A introdução de sistemas e aplicativos
possibilitou entre outras coisas, maior flexibilidade na manutenção e
armazenamento dos dados, bem como na ampliação do conjunto de informações,
eliminando a lentidão dos processamentos apresentados em décadas anteriores.
Entretanto, o advento da informática na área contábil propõe que o contador,
assim como todo e qualquer profissional, participe de um processo de atualização
31
de seus conhecimentos, buscando constantemente compreender as inovações
tecnológicas, a fim de produzir com qualidade os serviços prestados a sociedade.
A exigência de profissionais capazes de quebrar velhas regras, capazes de
serem pessoas que abram novos horizontes e aceitem riscos pode ser, no contexto
atual, uma das principais preocupações no universo da formação acadêmica. Assim,
Franco afirma que “Apenas informações não mudam os comportamentos. É preciso
agir de acordo com elas”. (FRANCO, 1999). Vivemos na era das mudanças. Tudo
muda muito rapidamente, em todos os campos da vida.
Há algumas décadas, algumas características evidenciavam o bom
profissional. Nesse mercado exigente e competitivo essas características mudaram
muito para atender as novas demandas do mercado de trabalho. Para o novo perfil
profissional, é fundamental considerar atitudes como:
[...] iniciativa, liderança, criatividade, autodesenvolvimento,
multifuncionalidade, agilidade, flexibilidade, gerenciar o risco, educador,
lógica de raciocínio, prontidão para resolver problemas, habilidade para
lidar com pessoas, trabalho em equipe, conhecimento de línguas,
informática e resistência emocional [...]. (FRANCO, 1999).
Para esse novo profissional conquistar seu espaço no mercado de trabalho,
não bastam somente características pessoais, exige-se constante busca de
conhecimentos, não somente ligado à sua área especifica, exige-se formação
continuada. Assim Franco (1999) afirma que “O autodesenvolvimento inclui também,
ao lado das características de comportamento, a aquisição continuada de
conhecimentos dentro e fora de sua área de atuação”. (FRANCO, 1999)
Nesse mercado em contínuas transformações, o profissional precisa estar
preparado para as mudanças e entender rapidamente esse processo para se
adequar a elas e propor ações, desenvolvendo seu potencial criativo.
O contador lida todos os dias com o que é apontado como um dos bens mais
preciosos de uma economia: a informação contábil. Neste sentido, destaca-se o
valor do contador perante a sociedade em geral e o sentido que torna um perfil
profissional contextualizado, situado histórica, social e culturalmente.
Em qualquer área que esse profissional possa atuar, informação e
conhecimento apresentam-se com grande relevância. Como afirma Lisboa:
32
De maneira genérica, pode ser afirmado que todas as decisões tomadas
envolvendo as atividades de uma empresa, qualquer que seja o nível dessa
decisão, têm por base algum tipo de informação. Nesse contexto o
profissional de contabilidade tem papel importante. (LISBOA, 1997)
Muitas pessoas necessitam e fazem uso de informações que são elaboradas
pelos contadores e cada um desses usuários requer um tipo especifico de
informações que é utilizada para decisões de diferentes naturezas. Conforme
esclarece Lisboa (1997): “O papel do contabilista é suprir com informações
desejadas a cada um desses usuários, na medida de suas necessidades, sem
buscar o benefício ou o privilégio de qualquer um em particular”. (LISBOA, 1997, p.
38)
Além dos campos de atuação sinalizados, outro campo de atuação do
profissional contábil que tem vital importância para o desenvolvimento da
contabilidade nas camadas sociais é o profissional docente. Cabe a este
profissional, na área de contabilidade, além de transmitir e ensinar os princípios
fundamentais à contabilidade e a sua prática comum, desenvolver o senso crítico, o
comprometimento, a responsabilidade e a ética nos estudantes com os quais atua.
Nas empresas tudo muda continuadamente. Na era da informação essas
mudanças ocorrem com uma velocidade sem limites. A tecnologia como caminho da
informação faz esse processo de aceleração, portanto, é necessário que a
contabilidade e o contabilista se adaptem a novas formas, processos e gestão.
Conforme frisa Silva (2000): “O mercado atual requer modernidade, criatividade,
impondo com isso, um desafio: o de continuar competindo. ” (SILVA, 2000, p. 26).
O contador que atua nas empresas é um grande comunicador, pois está em
sintonia com diversas outras áreas como: produção, vendas, custos, finanças etc.
Nasi (1994) aponta que:
O contador deve estar no centro e na liderança desse processo, pois, do
contrário, seu lugar vai ser ocupado por outro profissional. O contador deve
saber comunicar-se com outras áreas da empresa. Para tanto, não pode
ficar com os conhecimentos restritos aos temas contábeis e fiscais. (NASI,
1994)
33
A era da informação passou a ser um desses elementos básicos para que
esse profissional modifique suas características e sua forma de atuação nas
organizações. Para Perez (1997) o objetivo da profissão contábil “[...] vai mais além
de acumular cifras para preparar um balanço para efeitos impositivos. Vai mais além
de registrar automaticamente uma ou várias operações: um software adequado
pode produzir melhor as rotinas”. (PEREZ, 1997, p. 68)
A profissão contábil oferece várias possibilidades de atuação, de
especialização. Essas, porém, se assemelham muito a elementos essenciais que
vêm sendo exigidas desses profissionais. De acordo com Mussolini (1994): “O
contador deve se conscientizar de que a valorização se fundamenta,
essencialmente, em dois pontos básicos: a indiscutível técnica e irrepreensível
comportamento ético”. (MUSSOLINI, 1994, p. 79):
Além de todas as características que se exigem atualmente desse
profissional, existe também o elemento fundamental para qualquer profissão: o
comportamento ético. A ética profissional dentro dessa área é de suma importância,
visto que este trabalha em diversas áreas, presta serviços para diversas pessoas e
é um elemento muito importante no cenário econômico, já que é uma peça-chave na
tomada de decisões dentro das organizações.
A profissão contábil, assim como qualquer outra, é exercida na combinação
da competência com a ética. Assim, a competência é fazer o certo, e a ética exige
que seja feito de maneira correta, repercutindo na boa reputação da profissão, na
atuação social.
Essa nova visão de mercado, todo o avanço tecnológico e a globalização
como centro desse novo paradigma mudou e continuará mudando de forma cada
vez mais acelerada as exigências profissionais, em especial destaque nesse estudo,
o contador.
Assim, essa nova visão do mercado de trabalho é uma questão a que se
deve dar ênfase, pois a profissão contábil tende a ser mais valorizada e, dentro
desse parâmetro, existem muitos futuros profissionais querendo entrar no mercado,
talvez ainda sem noção do que esperam deles ao terminarem o curso de
graduação.
34
3.2 - TENDÊNCIA DA PROFISSÃO
Com a abertura de mercado no começo da década passada, o país tem
presenciado a chegada de novas tecnologias e modelos de administração trazidos
por empresas estrangeiras, despertando o meio empresarial brasileiro a
necessidade de melhorar sua produtividade e da qualidade dos seus produtos
nacionais para que possam competir com o mercado exterior, os profissionais da
contabilidade precisa estar atento às novas ferramentas utilizados, passando por
constante reciclagem para não ficar alijado do mercado de trabalho.
As novidades tecnológicas de ponta impõem que todos mergulhem
num rico processo de adaptação, de forma a utilizar a informação virtual, a
internet, a telemática, e outros meios avançados de comunicação, para que
empresários e profissionais da Contabilidade sejam contemporâneos do
moderno instrumental que se encontra à sua disposição. No caso concreto
da informação contábil, temos de vê-la pelo menos por dois dos seus
principais eixos: o que diz respeito aos usuários e o que nos compete como
profissionais. (DIAS, 2003)
As exigências aos profissionais e às empresas contábeis, já que estamos no
epicentro da gestão e das decisões, são crescentes e desafiadoras, porém, precisa-
se aliar a capacidade técnica a uma permanente renovação e a um alto padrão de
criatividade como elementos-chave para poder enfrentar os desafios e ter êxito em
seus ofícios. Impõe-se a preocupação constante em acompanhar vigilantemente
tudo que vai surgindo de novo na atividade econômica e administrativa, assim como
na tecnologia da informação, seja no Brasil, seja em qualquer outro país, para que
se possa cumprir corretamente seu papel.
O desenvolvimento contábil, como já dissemos, acompanha de perto o
desenvolvimento econômico. Com a ascensão econômica do colosso norte-
americano, o mundo contábil volta sua atenção para os Estados Unidos,
principalmente a partir de 1920, dando origem ao que alguns chamam de
Escola Contábil Norte-americana.
O surgimento das gigantesca Corporations, principalmente no início do
século atual, aliado ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais
35
e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que aquele país experimentou
e ainda experimenta, constituiu um campo fértil para o avanço das teorias e
práticas contábeis norte-americanas. (IUDÍCIBUS, 2000)
A competitividade global é internacional, colocando os contadores e a
contabilidade diante de novos desafios e oportunidades de desenvolvimento ao
mesmo tempo, surgindo assim novas tendências para o profissional. Eis as
principais tendências:
a) Internacionalização dos mercados, com necessidade de harmonização
de princípios contábeis em nível supranacional.
b) Necessidade de a teoria da Contabilidade de Custos adequar-se, sem
perder suas vantagens comparativas de sistema de baixo custo, às novas
filosofias de qualidade total, competitividade e eficiência.
c). Considerando que análise mais recentes têm demonstrado que o
modelo decisório e as necessidades informativas, tanto de tomadores de
decisões internas à empresa como de agentes externos são basicamente
os mesmos; não mais se justifica, em nível conceitual, a existência de uma
teoria da Contabilidade financeira (para os usuários externos) e o que se
denomina Contabilidade Gerencial, na verdade uma coletânea de tópicos
que ainda não ganhou uma estrutura coerente. Esforços terão que ser
realizados a fim de estruturar Princípios Fundamentais de Contabilidade e,
consequentemente, montar uma teoria que abarque tanto a Contabilidade
Gerencial quanto à Financeira (e a de Custos, como parte de gerencial, é
claro). (IUDÍCIBUS, 2000)
De acordo com Franco (1996) a finalidade da contabilidade é controlar os
fenômenos ocorridos no patrimônio de uma entidade, através do registro, da
classificação, da demonstração expositiva, da análise e interpretação dos fatos
neles ocorridos, objetivando fornecer informações e orientações necessária à
tomada de decisões – sobre sua composição e variações, bem como sobre o
resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
É desse ponto de vista conceitual que o novo papel do responsável pela
contabilidade se acresce de outras responsabilidades e, inclusive, da necessidade
36
de uma participação social mais integrada ao novo contexto administrativo e
gerencial das organizações.
Se é dado à contabilidade um completo conhecimento de todos os atos e
fatos praticados no âmbito da organização, e até mesmo daqueles que praticados
fora da entidade, vierem de alguma forma, a afetar o seu patrimônio ou o seu
resultado, é imperioso que os profissionais de contabilidade saibam utilizar esse
grandioso manancial de informações na produção de relatórios e demonstrativos
que bem evidenciem a abrangência e impacto total da gestão do negócio nos
aspectos sociais, econômico-financeiros e patrimoniais.
Na área dos negócios a linguagem universal é a Contabilidade. Da mesma
forma que se busca aprender a língua inglesa como idioma internacional
para se comunicar, no mundo dos negócios é imperativo conhecer a
Contabilidade. MARION (2000)
De toda maneira, esta nova visão da contabilidade, vale dizer, já está bem
assimilada pelos profissionais da contabilidade e até mesmo pelos órgãos e
entidades de classe e responsáveis pela oficialidade das informações a serem
divulgadas nos demonstrativos contábeis, haja vista a exigência recente da
elaboração da Demonstração do Valor Adicionado, demonstrativo que agrega às
demonstrações financeiras informações sobre o alcance social e econômico das
operações da empresa na sociedade.
3.3 - O PROFISSIONAL CONTÁBIL NA GLOBALIZAÇÃO
No cenário mundial, com a globalização, os avanços da tecnologia,
influenciaram sobremaneira o mundo dos negócios, essas mudanças não só
afetaram o perfil das relações empresariais, como vieram acarretar mudanças no
perfil do profissional contábil, cujo trabalho não só se diferenciou no uso das
informações, como também na relevância de suas atividades.
O perfil do contador moderno é o de um homem de valor que precisa
acumular muitos conhecimentos mas que tem um mercado de trabalho garantido,
todavia, que o profissional tenha consciência de que a maior remuneração exige
qualidade de trabalho e que está se consegue com o melhor conhecimento, com
37
estudo, com aplicação, esses profissionais tem que ser tecnicamente inteligentes e
ter capacidade criativa, ser proativo, ter alta integridade, não podem ter medo de
arriscar, não podem ser egoístas, ter boa capacidade de comunicação,
compreender a sistemática econômico-financeira, política e social, em nível local,
regional ou mesmo internacional, entender dos aspectos técnicos do negócios, para
isso tem que estar sempre atualizado e procurar estudar a situação da empresa a
qual irá prestar assessoria ou consultoria, sem essas concepções e consciência, o
desenvolvimento profissional fica bastante prejudicado.
No momento, no Brasil, a realidade não é tão positiva. Porém, está
mudando muito rapidamente e com certeza surpreenderá a muitos. A vinda
de empresas estrangeiras para o Brasil trouxe e ainda trará muitas
oportunidades aos profissionais da Contabilidade. O processo da
Globalização é um caminho sem volta. No Caso do Paraná, muitas
empresas têm aqui se instalado em função da florescente indústria
automobilística, abrindo novas perspectivas aos profissionais da área
contábil, além do desenvolvimento e crescimento das empresas locais.
MARION (2000)
Esse novo milênio exigirá muito esforço e determinação para mudanças, a
corrida para a disputa dos mercados internacionais e o mercado competitivo não
aceita indecisões, o profissional moderno tem que ter iniciativa, coragem, ética,
visão de futuro, habilidade de negociação, agilidade, segurança para resolver os
problemas que surgem, capacidade de aprender a lidar com mudanças, ideias de
melhoria, flexibilidade, capacidade de inovar e criar, sobretudo na sua área de
atuação, interagir e estudar as realidades políticas, sociais e financeiras, saber
orientar as empresas para o melhor caminho de forma que elas sobrevivam aos
fortes abalos gerados pela globalização da economia, o poder de manipular
conhecimentos é o ponto chave das grandes decisões.
Segundo Sá (2003) as modificações que estão ocorrendo e que alcançam a
cultura contábil são, em meu entendimento, as seguintes:
• Avanço prodigioso da informática,
• Internacionalização dos mercados e que imprimem modificações nos
procedimentos de concorrência através de preços e qualidade,
38
• Declínio considerável da ética e da moral,
• Facilidade extrema da comunicação,
• Relevância dos aspectos sociais,
• Abusiva concentração da riqueza,
• Aumento considerável dos índices de miséria,
• Progressiva dilatação das áreas de mercados comuns,
• Avanço considerável das tecnologias e da ciência,
• Necessidade de preservar o planeta em suas condições ecológicas, grandes
esforços de harmonização de princípios e normas.
Com isso pode-se afirmar que as empresas estão em constante desafios e
que há necessidade de muita competência, habilidade e criatividade dos
profissionais contábeis para superar as expectativas dos clientes.
A contabilidade é uma área muito ampla. O profissional, por sua formação,
pode atuar em diversos campos como: contabilidade privada, pública, perícia
contábil, controladoria, etc. Dentre essas áreas de atuação do profissional contábil,
ele pode ainda vir a atuar como empregado, empregador ou como profissional
liberal.
O profissional deve estar preparado para atuar nas tomadas de decisões,
visando corrigir as dificuldades que surgem ao longo do caminho.
No capitulo a seguir, será abordado sobre a controladoria e como pode
trabalhar junto a contabilidade.
39
CAPÍTULO IV
CONTROLADORIA
As empresas modernas e que se preocupam com um processo de gestão
bem desenvolvido, necessitam de uma estrutura organizacional bem delineada para
a sua sobrevivência. Neste novo cenário surge um órgão interno cuja finalidade é
garantir que as informações sejam adequadas ao processo decisório e que esteja
sempre pronta a apoiar a diretoria da entidade no processo de gestão. É claro que
estamos falando da controladoria!
A necessidade de manter a empresa sempre competitiva exige uma equação
que une produtividade e eficiência, à alta lucratividade a custos menores; então,
uma função que antes era apenas de suporte, passa a ter uma importância
estratégica, mas suprir a demanda por controladoria tem sido um dos grandes
problemas para as empresas.
Para ser um bom controller é necessário ter o conhecimento em gestão
organizacional, de recursos humanos, supply e produção, por exemplo. Este
conhecimento vem de um controle preciso de indicadores da empresa, que
envolvem um melhor gerenciamento da contabilidade, dos custos, das finanças e da
tecnologia da informação, dentre outros. O controle precisa envolver auditorias
complexas e que cheguem ao nível de detalhes não demonstrados diretamente em
relatórios contábeis.
O controller precisa demonstrar a capacidade de prever os problemas que
poderão surgir e de coletar as informações necessárias para a tomada de decisões,
visando à implantação de ações de melhorias. Precisa fornecer as informações em
linguagem clara, simples e direta aos usuários e principalmente traduzir os fatos,
uma vez que os números isolados não auxiliam a administração da empresa.
O que as empresas vêm buscando é um profissional que esteja capacitado e
disposto a assumir o papel de conselheiro imparcial e não de um crítico insatisfeito.
A controladoria é um papel gerencial que precisa ser desenvolvida por um
profissional contábil capacitado e com um conhecimento amplo. A busca contínua
por atualização e por novas soluções são apenas o começo de um caminho para
quem pretende seguir neste mercado.
40
4.1 – FUNÇÕES DA CONTROLADORIA
A controladoria no Brasil se trata de uma atividade relativamente nova o que
faz com que ainda existam algumas dúvidas em relação ao seu papel nas
organizações. Segundo Perez Junior (1997), dependendo do porte e estrutura
organizacional, a função de Controladoria pode atuar de formas diferentes e dentro
dos mais diversos níveis da administração.
De forma resumida, essa função é desempenhada basicamente sob dois
enfoques distintos. No primeiro enfoque o controller tem o papel de coordenar
diversos setores a ele subordinados, tendo como sua principal finalidade gerar
informações, semelhante a um “gerente de contabilidade” subordina-se ao principal
executivo financeiro da empresa.
Dentre as áreas que ele seria responsável, podemos citar:
Ø Contabilidade Geral, fiscal e de custos;
Ø Controle patrimonial;
Ø Orçamentos;
Ø Auditoria interna;
Ø Administrativo-financeira.
O segundo enfoque atribui ao controller a tarefa de compilar, sintetizar e
analisar as informações, ele não é o responsável por gerar essas informações.
Para Perez Junior (1997) a função básica é garantir que tais informações
sejam preparadas e distribuídas oportunamente dentro da entidade.
Sob esse enfoque o controller relaciona-se diretamente com à alta
administração, para quem seleciona e filtra as informações recebidas dos diversos
departamentos da empresa, para que sejam usadas na tomada de decisão.
4.2 – A CONTROLADORIA CONTÁBIL E SUAS VANTAGENS
A Controladoria é um segmento da contabilidade, mas também pode ser
definida como ramo da Administração, que tem como objetivo auxiliar os gestores
da empresa no processo de planejamento e controle orçamentário e na organização
de um plano financeiro estratégico e organizacional. A função do
controller ou controlador é fornecer informações sobre desempenho, monitorar o
41
processo de elaboração do orçamento, definir padrões, projetar resultados com foco
no equilíbrio organizacional e prevenir qualquer tipo de excesso, desperdício ou
minimizar a possibilidade de possíveis fraudes, além de fortalecer os controles
internos da organização.
Uma das vantagens da Controladoria é oferecer a administração segurança e
consistências nas informações financeiras, o que permite aos administradores
compreenderem melhor seus processos e torna possível o feedback das
informações nos ambientes em que é implantada, permitindo assim o
monitoramento e o controle do processo para a tomada de decisões.
O controlador é responsável em gerar informações que supram a
necessidade dos gestores. Através de análises sobre eventos passados
comparadas ao desempenho atual, ele consegue prevenir problemas eventuais e
auxiliar a definir possíveis rumos da empresa. Além disso, ele é responsável por
manter o foco nos planejamentos e orçamentos traçados pela organização, com o
que, desta forma, todos os membros, independente dos setores em que trabalham,
são envolvidos.
Ao atuar sobre padrões de controle estabelecidos, a Controladoria ainda se
mostra apta a sugerir soluções para os problemas identificados e os gestores
conseguem ter as informações necessárias para tomar a decisão mais adequada.
Uma Controladoria bem desenvolvida contribui para a eficácia gerencial.
Através do planejamento, organização e controle de todos os riscos e custos, ela
também contribui para o alcance das metas estabelecidas e assegura a
continuidade do negócio da empresa.
4.3 – A CONTROLADORIA E A CONTABILIDADE
O gerenciamento das finanças das empresas também tem se destacado
como um fator de grande importância dentro dos processos e negócios das
empresas.
Segundo Caggiano, Figueiredo (1997), a separação entre a função contábil e
a função financeira foi o caminho lógico a ser tomado [...].
Por conta dessas mudanças na gestão das empresas surgiu uma nova área
de conhecimento chamada controladoria.
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Para Padoveze (2004), a controladoria pode ser entendida como a ciência
contábil evoluída.
Assim, a controladoria pode ser definida como o conjunto de teorias,
conceitos e métodos que é responsável pela interação da empresa com os diversos
meios e pela otimização de resultados no processo de gestão organizacional.
43
CONCLUSÃO
O constante avanço ocorrido na sociedade, aliado a globalização, provocou
alterações substanciais na Contabilidade. Dessa forma, as economias estão mais
interligadas e os países estão em busca de uma padronização contábil em âmbito
internacional. Em virtude disso, a Contabilidade evidencia-se como uma ferramenta
essencial, principalmente fornecendo aos seus usuários externos e internos
informações padronizadas sobre a situação econômica e financeira das entidades.
Nesta perspectiva que entra o profissional contábil qualificado que
desenvolva o perfil para atender as necessidades que o mercado busca, sendo
necessário que este conheça e participe dessas novas mudanças, pois hoje não
basta apenas atender as necessidades tributárias. É preciso que o contador do
século XXI preste informações precisas, dando perfeitas condições aos empresários
de auxiliá-los com informações seguras para suas atividades econômicas.
A função do contador dentro de uma empresa não se limita a creditar e
debitar, este deve assumir a postura de um Gestor de Informações, que interpreta,
orienta e do suporte ao processo de tomada de decisões. Hoje o contador tem um
novo perfil, profissional voltado para formação humanística, com visão macro do
meio social, político e cultural o qual faz parte.
Em face da globalização, o profissional de contabilidade não pode se dedicar
exclusivamente à sua profissão, tem que buscar outras áreas de conhecimento, ou
seja, um profissional que procura estar aberto para todas as áreas de informações.
Que é o caso da Controladoria onde deve ser vista como o pináculo da
carreira do contador numa empresa e o caminho natural de sua ascensão à
Direção. Afinal, no mundo todo, não é pequena a proporção de Controllers que se
tornaram os principais executivos (CEO) de suas empresas. Todavia, há uma
questão anterior de vital importância: como os contadores podem tornar-
se Controllers?
Assim sendo, o campo de atuação contábil é promissor e está ampliando e
oferecendo oportunidades de emprego e de realizações profissionais. Para tanto, o
profissional necessita de constantes atualizações a fim de que tenha um novo perfil
e seja bem-sucedido profissionalmente.
44
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abordagem da tecnologia da informação aplicada à gestão econômica (GECON).
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49
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
(HISTÓRIA DA CONTABILIDADE) 10
1.1 - História da contabilidade no Brasil 11
1.2 – As primeiras discussões sobre padronização contábil – 1926 14 1.3 – A exigência da assinatura dos livros e documentos contábeis 15 1.4 – Perspectivas da contabilidade e da profissão contábil no Brasil 17
1.5 – Lei 6.404/76 e suas alterações segundo a Lei 11.638/07 17
CAPÍTULO II
(A INFORMATIZAÇÃO DA CONTABILIDADE) 21
2.1 - Sistema de Informação Contábil 21
2.2 – Tecnologia de Telecomunicação 22 2.3 – Benefícios Gerados a Contabilidade pela Informática 23 2.4 – A Atuação da Controladoria na Gestão da Tecnologia da Informação 25
CAPÍTULO III
(O NOVO PERFIL DO CONTADOR) 27
3.1 - O Profissional Contábil e as modificações no Mercado de Trabalho 30
3.2 – Tendência da Profissão 34 3.3 – O Profissional Contábil na Globalização 36
50
CAPÍTULO IV
(CONTROLADORIA) 39
4.1 – Função da Controladoria 40
4.2 – A Controladoria Contábil e suas vantagens 40
4.3 – A Controladoria e a Contabilidade 41
CONCLUSÃO 43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
BIBLIOGRAFIA CITADA 46
ÍNDICE 49