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jurídica possa repercutir para todos os processos, incluindo tempo e forma do pagamento”. Ficou agendada para o dia 03 de dezembro a continuidade da audiência de conciliação do Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica. No dia 01 de dezembro, o Conselho Deliberativo da FUP e as assessorias jurídicas dos sindipetros, se reúnem para avaliar o cenário e definir um encaminhamento comum para de como tratar o assunto. Conheça a defesa que a FUP e seus sindicatos filiados apresentaram no dia 14 de novembro, acessando a íntegra do processo no site do TST. Fonte: FUP FUP e Sindipetro Bahia no TST: expectativa continua em nova audiência dia 03/12 diálogo JORNAL JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA anos Resgatando o passado para construir o futuro JUNTOS PODEMOS MAIS NEGRA MÊS DA CONSCIÊNCIA ATO PELA IGUALDADE RACIAL NO TRABALHO E NA VIDA. “Reparação e Igualdade Racial” SEMINÁRIO EDITORIAL Movimento sindical quer punição para corruptos e corruptores no caso da Petrobrás. CARTA ABERTA AOS COMPANHEIROS Trabalhador quer Policia Federal e Força Nacional para resolver problema de insegurança nas áreas da Petrobrás. Pág. 4 Pág.2 Pág. 2 RMNR Audiência de conciliação prossegue dia 03/12 Petrobrás não apresenta proposta 24 de Novembro 2014 | nº 142 Na audiência de conciliação que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) realizou na terça-feira, 18, a Petrobrás não apresentou uma proposta para resolver o impasse em torno do pagamento correto do “Complemento de RMNR”. Em vez disso, a empresa optou por apresentar ao vice-presidente do Tribunal, ministro Ives Gandra, que conduziu a audiência, uma petição com uma redação nova para a cláusula da RMNR, que, na realidade, apenas reafirma a forma equivocada com que a Petrobrás interpreta a atual cláusula. A FUP afirmou que se a empresa de fato quisesse repactuar a cláusula da RMNR deveria ter feito durante a negociação salarial. Como se não bastasse isso, a Gerência de RH, presente à audiência junto com o jurídico da empresa, ainda tentou justificar a proposta de uma “nova” cláusula, apresentando ao ministro do TST um quadro distorcido de salários que seriam altamente impactados pelo pagamento correto da RMNR. A manobra dos gestores da Petrobrás foi pinçar algumas das maiores remunerações praticadas pela companhia e majorá-las pelo teto com valores inaceitáveis de horas extras. A FUP alertou o ministro do TST sobre a má fé da Petrobrás, esclarecendo que o acúmulo de horas extras imposto pela empresa aos trabalhadores é resultado de uma política de gestão equivocada, que não prioriza a recomposição dos efetivos, como cobram a FUP e seus sindicatos. A Federação cobrou uma proposta concreta da Petrobrás para resolver o impasse e que a empresa apresente uma planilha com todas as faixas remuneratórias da empresa com e sem horas extras, incluindo o número de trabalhadores em cada faixa. O vice-presidente do TST concordou com a reivindicação da FUP e dos sindicatos filiados e deu prazo para que a empresa apresente no processo até a próxima segunda-feira, 24, a planilha com as faixas salariais. O ministro também cobrou que a Petrobrás formule “uma proposta articulada de como pretende resolver a questão das ações judiciais em tramitação e já transitadas em julgado de forma a se conseguir que a solução dada ao dissídio coletivo de natureza WANDAICK COSTA

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jurídica possa repercutir para todos os processos, incluindo tempo e forma do pagamento”.Ficou agendada para o dia 03 de dezembro a continuidade da audiência de conciliação do Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica. No dia 01 de dezembro, o Conselho Deliberativo da FUP e as assessorias jurídicas dos sindipetros, se reúnem para avaliar o cenário e definir um encaminhamento comum para de como tratar o assunto.

Conheça a defesa que a FUP e seus sindicatos filiados apresentaram no dia 14 de novembro, acessando a íntegra do processo no site do TST. Fonte: FUP

FUP e Sindipetro Bahia no TST: expectativa continua em nova audiência dia 03/12

diálogoJ O R N A L

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA

anos

Resgatando o passado para construir o futuro JUNTOSPODEMOS

MAIS NEGRAMÊS DA CONSCIÊNCIA

ATO PELA IGUALDADE RACIALNO TRABALHO E NA VIDA.

“Reparação e Igualdade Racial”SEMINÁRIO

Editorial

Movimento sindical quer punição para corruptos e corruptores no caso da Petrobrás.

Carta abErta aos CompanhEiros

Trabalhador quer Policia Federal e Força Nacional para resolver problema de insegurança nas áreas da Petrobrás.

pág. 4

pág.2

pág. 2

RMNR

Audiência de conciliação prosseguedia 03/12

petrobrás não apresenta proposta

24 de Novembro 2014 | nº 142

Na audiência de conciliação que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) realizou na terça-feira, 18, a Petrobrás não apresentou uma proposta para resolver o impasse em torno do pagamento correto do “Complemento de RMNR”. Em vez disso, a empresa optou por apresentar ao vice-presidente do Tribunal, ministro Ives Gandra, que conduziu a audiência, uma petição com uma redação nova para a cláusula da RMNR, que, na realidade, apenas reafirma a forma equivocada com que a Petrobrás interpreta a atual cláusula.

A FUP afirmou que se a empresa de fato quisesse repactuar a cláusula da RMNR deveria ter feito durante a negociação salarial. Como se não bastasse isso, a Gerência de RH, presente à audiência junto com o jurídico da empresa, ainda tentou justificar a proposta de uma “nova” cláusula, apresentando ao ministro do TST um quadro distorcido de salários que seriam altamente impactados pelo pagamento correto da RMNR.

A manobra dos gestores da Petrobrás foi pinçar algumas das maiores remunerações praticadas pela companhia e majorá-las pelo teto com valores inaceitáveis de horas extras.

A FUP alertou o ministro do TST sobre a má fé da Petrobrás, esclarecendo que o acúmulo de horas extras imposto pela empresa aos trabalhadores é resultado de uma política de gestão equivocada, que não prioriza a recomposição dos efetivos, como cobram a FUP e seus sindicatos. A Federação cobrou uma proposta concreta da Petrobrás para resolver o impasse e que a empresa apresente uma planilha com todas as faixas

remuneratórias da empresa com e sem horas extras, incluindo o número de trabalhadores em cada faixa.

O vice-presidente do TST concordou com a reivindicação da FUP e dos sindicatos filiados e deu prazo para que a empresa apresente no processo até a próxima segunda-feira, 24, a planilha com as faixas salariais. O ministro também cobrou que a Petrobrás formule “uma proposta articulada de como pretende resolver a questão das ações judiciais em tramitação e já transitadas em julgado de forma a se conseguir que a solução dada ao dissídio coletivo de natureza

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24 de Novembro 2014 | nº 142

diálogoJ O R N A L

anos 2

boletim informativodos trabalhadores

do sistema petrobrás

E X P E d i E N t E Rua Boulevard América 55, Jardim Baiano, ssA/BA,cEP 40050-320 – tel.: 71 3034-9313E-mail: [email protected] site: www.sindipetroba.org.br

diretores de imprensa: Leonardo Urpia e Paulo césar Martintextos e Edição: Alberto sobral e carol de AthaydeEditoração: Márcio klaudat tiragem: 6.000 exemplares – Gráfica: contraste

Os derrotados na última eleição – e aqui não falamos somente de partidos e candidatos, em especial o Aético Never – mas também a mídia que fez oposição ao governo e ao projeto democrático popular, a chamada Imprensa Golpista, sob o comando da Rede Globo de Televisão e Editora Abril, ainda não desceram do palanque da derrota.

É chegada a hora de a presidente Dilma Rousseff convocar cadeia nacional de rádio e televisão, fazer um pronunciamento incisivo em defesa da Petrobrás e de seus trabalhadores, reafirmando seu compromisso de que a Polícia Federal e o Governo continuarão a investigar a tudo e a todos, “doa a quem doer”, para mostrar à sociedade e aos que nela votaram que nada teme, nada deve.

Fazer a defesa dos verdadeiros e abnegados trabalhadores da Petrobras, dos que produzem a riqueza desse país. Isso é um imperativo político. Com o pronunciamento em cadeia nacional ela dará um basta aos que pensam que não cumprirá o que disse durante a campanha eleitoral. Evitará que a imprensa golpista e outros continuem a manipular a informação, confundindo os menos esclarecidos, como se as investigações e prisões não sejam resultados das ações do seu governo, do seu compromisso em esclarecer tudo que ocorre na Petrobras à sociedade, pois a estatal é um patrimônio do povo brasileiro.

O jornalista Ricardo Boechat, da Band News, ao comentar sobre a operação Lava Jato, afirmou que os casos de corrupção na Petrobrás aconteceram independentemente de quem estava à frente no Palácio do Planalto. Ele lembrou que em 1989 ganhou um Prêmio Esso denunciando a roubalheira na Petrobrás e que os roubos aconteceram nas gestões de Fernando Collor, Sarney e Itamar. O jornalista também criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por dizer ter ‘vergonha’ do que acontece na estatal, sem citar, segundo o jornalista, que acontecia o mesmo durante o seu governo.

Outro tema de grande importância, que está diretamente ligado às investigações que estão sendo feitas na Petrobrás é a regulação dos meios de comunicação, assunto citado pela presidente Dilma em sua última entrevista à imprensa, quinta (7/11). A presidente disse, entre outras coisas, que os setores de energia, petróleo e de transportes têm regulação, por que mídia não pode ter? A regulação, bom que se frise, não se confunde com censura – a não ser entre os críticos do tema, por interesses próprios – restringe-se às comunicações eletrônicas, rádio, televisão e teles, em razão de ser concessão pública.

A direção do Sindipetro Bahia dá um voto de confiança a ela.

EditoRiAL

petrobrás – pela investigação de todos os casos de corrupção desde a década de 1990.“doa a quem doer”

O Sindipetro Bahia convida para o seminário "Reparação e Igualdade Racial", que será realizado no dia 28 de novembro, sexta-feira, às 13h, no auditório desta entidade sindical (Rua Boulevard América,55, Jardim Baiano). O evento, abordará o tema do "Estatuto da Igualdade Racial, Avanços e Desafios", e contará com um público diversificado e debatedores que abordarão a questão racial na sociedade e nas esferas de poder.

Contamos com a sua presença!

Tema

“Estatuto da Igualdade Racial, Avanços e Desafios”

Debatedores

Primeira mesa

Everaldo Anunciação - Presidente do PT estadual Ramatis Jacino - Presidente do INSPIR (Instituto Sindical

Interamericano pela Igualdade Racial) Cedro Silva - Presidente da CUT Bahia Raimundo Nascimento - Secretário da SEPROMI-Secretaria de

Promoção da Igualdade Racial do governo da Bahia Rosangela Maria - Secretaria de Combate ao Racismo do

Sindipetro Bahia Seppir -

Segunda mesa

Deyvid Bacelar - Coordenador do Sindipetro Bahia

Raimundo Coutinho - Secretário de Combate ao racismo do PT

Ailton Ferreira- SEMUR - Secretaria Municipal da Reparação

Irani - Representante dos Movimentos Sociais

Danilo Assunção - Coordenador do Sindae

28 de novembro, sexta-feira, no Auditório do Sindipetro Bahia(Rua Boulevard América, 55, Jardim Baiano), às 13h

JUNTOSPODEMOS

MAIS NEGRAMÊS DA CONSCIÊNCIA

ATO PELA IGUALDADE RACIALNO TRABALHO E NA VIDA.

“Reparação e Igualdade Racial”SEMINÁRIO

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nº 142 | 24 de Novembro 2014diálogoJ O R N A L

anos3

diretores denunciammanobras e cobram debate

trabalhadores aprovamacordos com ganhos

Na quinta-feira (13/11), no EDISE/Rio de Janeiro, ocorreu a reunião para tratar do PCAC dos ISIs da Petrobrás. Presentes o coordenador da FUP, Zé Maria e os diretores Maia, Leopoldino e Paulo César, além dos diretores do Sindipetro Bahia, Genebaldo Santos e Jairo Batista, e o representante da base, Da Guia. Pela Petrobrás, os gerentes Marcelo Sá (Compartilhados) e Felipe, Lairton, Gabriel e Regina (RH). Como não havia proposta aprovada pela Diretoria Executiva da empresa, mas tão somente o aval do diretor Dutra para a

continuidade dos estudos, nessa reunião não foram discutidos os pontos conflitantes entre a proposta da empresa e os anseios dos trabalhadores.O gerente Marcelo Sá defendeu a tese de que houve amplo debate com todos os ISISs para a construção da atual proposta, os representantes dos trabalhadores rechaçaram com veemência tal afirmativa, denunciando que somente houve reunião com apenas oito ISIs, indicados pelas gerências das regionais - chapa branca – e que nenhum deles consultou a categoria. Por

esse motivo, os trabalhadores cobraram rediscussão do assunto para que sejam feitos ajustes e modificações. Os diretores da FUP e os representantes da SSP fizeram vários questionamentos relativos à nova nomenclatura e matriz de competência, reenquadramento dos níveis, o prejuízo aos 10 companheiros que não possuem o ensino médio completo, redimensionamento do efetivo e os efeitos deletérios da terceirização no setor, manutenção do turno, vinculação da atividade ao CBO e à Lei 7.102, fardamento, etc.

O diretor Jairo Batista informou ao final da reunião que em razão de tantos questionamentos dos trabalhadores, os representantes da empresa agendaram novo encontro para a última semana de novembro. Dessa maneira, a FUP demonstra, mais uma vez, que está ao lado dos trabalhadores e disso não abrirá mão. Cumpre também salientar que tais modificações unilaterais do PCAC desses trabalhadores só não foram ditatorialmente implantadas pela gerência por conta da mobilização dos ISI apoiada pelo SindipetroBahia.

A Exterran Petróleo e Gás apresentou à FUP nova proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, elevando o reajuste de 6,35% para 7,5% até o piso de R$ 8 mil, repassando este mesmo percentual para todos os benefícios, incluindo a PLR. O diretor da FUP, Ubiraney Porto (Setor Privado), considera que houve avanços significativos no que foi apresentado e o colegiado da FUP orienta aos sindicatos filiados que a proposta seja aceita. O calendário de assembleias será definido pelos diretores do setor privado.

PcAc dos isis

sEtoR PRiVAdo

HALLIBURTONNa assembleia realizada quinta (20/11), também pela manhã, os trabalhadores aprovaram por maioria, um reajuste de 7,2% para os salários base até R$ 5.000,00; de 6% para os salários entre R$ 5.000,01 a R$ 10.000,00; de 5% para os salários acima de R$ 10.000,00; ticket alimentação no valor de R$ 484,00 (10% superior em relação ao anterior e ticket refeição de R$ 31,00 (10,5% superior ao anterior). Foram 34 votos a favor, 1 contra e 9 abstenções

CONTERPNa Conterp, a assembleia foi realizada na quarta (19/11), pela manhã, quando os trabalhadores aprovaram a proposta de reajuste salarial de 9,3% (ICV/DIEESE acumulado em agosto de 2014 + ganho real de 2,57 %) e a garantia de implantação de Plano de Cargos e Salários. Votaram a favor da proposta 24 trabalhadores, 19 contra e 4 abstenções.

A Comissão Estadual do Benzeno/CEBz, realiza na quarta-feira (26/11), a partir das 9h, um encontro com os GTBs da Bahia, na Cidade do Saber, município de Camaçari. São convidados os representantes de GTB das empresas cadastradas e terceirizadas, a CEBz, representantes ou designados por empresas cadastradas, mas que não tenham CIPA, e os sindicatos de trabalhadores que se expõem ao agente cancerígeno benzeno. A Petrobrás e Transpetro estarão representadas, assim como os GTBs da RLAM e Temadre. No encontro haverá apresentação de como é o trabalho do GTB na empresa, as boas práticas e o que se pode fazer para melhorar o ambiente de trabalho.

BCHNa BCH, a assembleia ocorreu na segunda (17/11), pela manhã. Os trabalhadores aprovaram por maioria a proposta de reajuste salarial de 6,35%, vale alimentação de R$ 330,00, com reajuste de 10% relacionado ao anterior, vale refeição de R$ 32,00, com reajuste de 60% referente ao anterior. 67 trabalhadores votaram a favor e 1 contra.

Encontro reúne GtBs

em camaçari

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24 de Novembro 2014 | nº 142

diálogoJ O R N A L

anos 4MiRANGA

Carta aberta aos companheiros

iNsEGURANÇA

Mais uma vez três bandidos invadiram instalações da Petrobrás para tomar armas de vigilantes. Tem se tornado quase rotina para os trabalhadores das estações coletoras, a invasão de marginais que buscam apoderar-se de suas ferramentas de trabalho, encontrando nas empresas de vigilância a fonte de fornecimentos de revólveres que abastecem as mãos destes para execução de diversos crimes nas cidades.

A última foi na estação de Miranga Norte, uma estação desabitada que conta com a presença de um vigilante armado durante 24 horas. Durante a madrugada da última sexta (14/11), um vigilante foi surpreendido com a presença de três "maus elementos" que o renderam, tomaram sua arma e o seu colete a prova de bala e danificaram o rádio. E também vandalizaram instrumentos dos processos operacionais.

Gostaria de lembrar que: já tivemos tiroteios dentro da ECOL B na qual o operador, sem colete, foi exposto a risco de ser baleado, já tivemos companheiros vigilantes tanto da Petrobras como da contratada, baleados e mortos dentro das instalações da empresa. O pior de tudo isso é que não estamos conseguindo visualizar nenhuma luz no fim deste violento túnel.

O que estamos presenciando é a total ineficiência da Petrobrás e do Estado, com relação ao problema da segurança nas áreas de sua responsabilidade.

Lembro que pouco tempo atrás, nos movimentos paredistas de greves dos petroleiros, quando se discutia a greve por ocupação, aparecia um volumoso aparato policial para intimidar os trabalhadores.

Já tivemos até a presença de militares do Exército para a proteção das instalações da Petrobras, considerada área de segurança nacional, ou seja, nós trabalhadores, que temos todo o conhecimento técnico para operar nossas instalações, se fizéssemos uma greve de ocupação seríamos tratados como terroristas, porém maus elementos, sem nenhum conhecimento técnico, invadem nossas instalações, disparam armas de fogo próximo a equipamentos que fazem parte de processos altamente inflamáveis, com risco iminente de explosão, seguido de catástrofe ambiental, colocando em risco os trabalhadores e as comunidades que estão ao redor das instalações.

Estes são tratados simplesmente com BO (Boletim de Ocorrência), que tem a mesma eficiência de um BO de alguém que teve uma bicicleta tomada de assalto.

Não dá em nada.

Talvez seja a hora, de pedir a alguém um pouco mais acima destas instâncias, que lidam com este problema até agora, que interceda por nós, pois está provado que, por enquanto, quem está lidando com isso não sabe o que fazer.

Admiro muito que uma empresa com esta estrutura técnica, com esta influência que tem na sociedade, possa ser alvo de maus elementos: quando necessitam de armas é só ir buscar na Petrobras.

Desde que começaram os roubos de transformadores, somente um caso em RPJ, em que o meliante se acidentou, enquanto isso, se compararmos com a quantidade de acidentes de trabalho no exercício da função, nos remete a fazer uma pergunta: será que o programa de segurança dos meliantes é melhor do que o nosso?

Pois na execução de suas atividades como furto de óleo diesel dos geradores de MGO e SUS, cortes de linhas pressurizadas, furto de baterias da automação dos poços, derrubada de postes com os transformadores, furto de cabos elétricos dos poços bombeados, etc; toda esta atividade tem sido realizada com extrema eficiência.

Quantas vezes soubemos de alguém preso por material furtado? O bandido não vai ter o trabalho de furtar toneladas de tubo para colocar no fundo do quintal para fazer cerca, este material todos sabem que tem um "mercado consumidor".

Portanto, faço algumas perguntas: se fosse uma greve de ocupação, como seria tratada? E se o MST invadisse uma ECOL, como seria tratado? Se o Movimento dos Sem Teto invadisse o EDIBA, como seria tratado? Se houvesse um atentado terrorista em alguma dependência da empresa, como seria tratado?

Será que não está na hora de uma intervenção da Policia Federal ou da Força Nacional?

Antônio Magno de Jesus – lotado na UO-BA

É para acreditar mesmo, não se trata de brincadeira, apesar do risco de vida que corre o trabalhador e das dezenas de cobranças feitas pelo Sindipetro Bahia. Infelizmente, como a omissão continua na Petrobras, mais um assalto foi registrado na noite de domingo, por volta das 21h, no campo de Miranga.

Três bandidos fortemente armados invadiram uma sonda e após renderem todos os funcionários, furtaram um veículo tipo Strada, cor prata, placa NZT-2307 – Catu, com a marca daLupatech. O diretor Alcimar do Sacramento foi quem comunicou o fato à direção do sindicato. A Petrobras continua a não se manifestar sobre todos estes assaltos e roubos.

insegurança continua e os assaltos também

anosResgatando o passadopara construir o futuro