Neurociência da esquizofrenia

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Neurociência da Esquizofrenia

Prof. Dr. Caio MaximinoIESB/UnifesspaCoordenador - NeuroLiga

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Esquizofrenia: Critérios diagnósticos

A. Dois ou mais dos seguintes sintomas, cada um deles presente por um período significativo de tempo, durante 1 mês:

1. Delírios2. Alucinações3. Fala desorganizada4. Comportamento

grosseiramente desorganizado ou catatônico

5. Sintomas negativos (embotamento afetivo, alogia ou avolição).

B. Disfunção social / ocupacional

C. Os sinais contínuos do transtorno persistem durante pelo menos 6 meses, incluindo pelo menos 1 mês de sintomas, podendo incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais.

D. Não ocorreu episódio depressivo maior, maníaco ou misto simultaneamente com os sintomas da fase ativa.

E. Não é atribuível diretamente aos efeitos fisiológicos de uma substância ou condição clínica geral.

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Dimensões da psicose

Stahl, 2000

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Sintomas positivos e negativos• Alterações da percepção:

Alucinações visual, auditivas, olfatórias, táteis, ou viscerais; distorções corporais.

• Delírios: de grandeza, de perseguição, ou niilistas.

• Alterações do pensamento: Pensamento desorganizado ou possessão de pensamento.

• Alterações na capacidade de insight.

• Comportamento desorganizado ou catatônico.

• Alterações da emoção: Embotamento afetivo, baixa reatividade.

• Pobreza da fala.

• Avolição.

• Anedonia.

• Déficit de atenção sustentada

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Curso temporal da esquizofrenia

(Stefan et al., 2002)

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Patofisiologia da esquizofrenia: Anormalidades estruturais

(Stefan et al., 2002)

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Patofisiologia da esquizofrenia: Migração celular

(Stefan et al., 2002)

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Sincronização neural na esquizofrenia (Ulhaas et al., 2006)

• A sincronia de fase em sujeitos normais apresenta dois pontos máximos, em uma amplitude de freqüência entre 20-30 Hz.

• O primeiro pico (200-300 ms) parece indexar a construção de representações coerentes de objetos, enquanto o segundo pico indexa a preparação e a execução de uma resposta motora.

• Em esquizofrênicos, o início do primeiro pico tem atraso, ocorrendo entre 350-400 ms e tendo freqüência entre 20-25 Hz.

• Agonistas DA diminuem oscilações β no núcleo subtalâmico e aumentam oscilações γ no córtex e em redes subcorticais (Brown et al., 2001; Sharott et al., 2005)

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Vias dopaminérgicas associadas à psicose

Stahl, 2000

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Teoria dopaminérgica: Hiperatividade mesolímbica e sintomas positivos

Stahl, 2000

Page 12: Neurociência da esquizofrenia

Teoria dopaminérgica: Hipoatividade mesolímbica e sintomas negativos

Stahl, 2000

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Glutamato e esquizofrenia• Kim et al (1980): Redução nos níveis de glutamato no CSF de

pacientes esquizofrênicos.

• Muller e Schwartz (2006): Aumento nos níveis de ácido quinurênico no CSF de pacientes esquizofrênicos.

• Antagonistas NMDA (PCP, quetamina) produzem efeitos parecidos com os sintomas positivos, negativos e cognitivos da esquizofrenia, e precipitam a expressão de psicose aguda incorporando conteúdos das crises anteriores em pacientes psicóticos.

• Mahadik e Scheffer (1996): Níveis excessivos de EROs e outros produtos da peroxidação lipídica são observados no sangue e CSF e pacientes esquizofrênicos

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Glutamato, dopamina e esquizofrenia

• A ativação do córtex pré-frontal inibe a liberação de dopamina no estriado ventral através de uma via indireta (talvez GABAérgica).

• A DA apresenta uma modulação complexa da transmissão glutamatérgica, aumentando ou diminuindo a condutância dos neurônios de forma que depende do estado de atividade destes.

• A DA também pode regular a organização temporal da atividade elétrica do PFC e inibir a liberação de glutamato.