Neuma Aguiar, Professora Emérita UFMG Emílio Suyama, Professor Adjunto UFMG.

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Questões de Pesquisa Pressupostos Apresentação da Pesquisa Diários, Estratégias para Bxo nível de Instrução,

Sistema Classificatório O Modelo de Regressão Empregado Indicações para o Uso do Modelo de Heckman Histogramas Tabelas (5 e 6) Análise: Trabalho Doméstico e Trabalho Remunerado

em Dias de Semana e de Final de Semana.

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Qual é o efeito do incremento da participação das mulheres no mercado de trabalho, inclusive do efetuado pelas mulheres casadas, em combinação com as atividades realizadas por elas no lar? Há um aumento da participação dos homens nas atividades domésticas não remuneradas? Há uma redução das atividades domésticas pelas que participam do mercado de trabalho?

Se olharmos para essas duas modalidades de atividade cotidiana como uma totalidade, como as duas dimensões do trabalho (remunerado e não remunerado) estão relacionadas entre si?

Como as mulheres e os homens lidam com essas situações? O contrato de terceiros para o desempenho de atividades domésticas tem efeitos na vida cotidiana? E a presença de outros membros da família, como ajuda nas atividades domésticas, possui efeitos semelhantes?

Como no Brasil há amplas diferenças de classe e as mulheres de classe média entraram maciçamente no mercado de trabalho, como a estratificação social afeta a vida cotidiana de homens e mulheres?

Qual o efeito da idade e das etapas do ciclo vital na divisão sexual do trabalho?

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Trabalho doméstico e de cuidado de crianças não podem ser vistos separadamente das atividades que provêm rendimentos para a família.

O trabalho doméstico tem sido considerado como tempo doado ou comprometido em contraponto com as atividades remuneradas, definidas como tempo contratado ou alocado ao mercado.

Atividades que não produzem dinheiro são destituídas de valor nas sociedades capitalistas e isso tem consequências negativas para aqueles que estão fora do mercado de trabalho.

Cuidados domésticos e trabalho remunerado são dimensões independentes, porém relacionadas pelo tempo de relógio.

Essa mensuração do tempo tem levado alguns a buscar atribuir um valor ao trabalho doméstico, enquanto outros procuram mensurar a dificuldade do exercício cotidiano das duas modalidades de trabalho, referindo-se à luta cotidiana e à dupla jornada de trabalho.

 

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Pesquisa patrocinada pelo CNPq

Os dados foram derivados de uma amostra probabilística sem reposição desenhada por Wilton de Oliveira Bussab e Emílio Suyama.

Diários de uso do tempo foram coletados de cada membro do agregado familiar com 8 anos ou mais de idade, perfazendo um total de 371 famílias na cidade de Belo Horizonte.

Diários foram obtidos para um dia de semana e um dia de final de semana. Um dia após o preenchimento de cada diário, efetuou-se uma entrevista do dia seguinte com cada respondente.

Os dias da semana e de final de semana que deveriam ser respondidos foram designados por sorteio.

 

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Obtivemos 1124 diários para os dias de semana e 1133 diários para os dias do final de semana. As atividades obtidas pelo preenchimento dos diários foram pós-codificadas em 11 categorias de atividades.

Empregamos um número suplementar de diários pré-codificados, com o mesmo número de categorias que o dos diários pós-codificados.

As atividades nos diários pré-codificados foram acompanhadas de um dicionário pictórico formando desenhos que descreviam as atividades cotidianas. Esses desenhos foram numerados de tal forma a possibilitarem a sua identificação. Relógios digitais foram fornecidos para cada família  

Os diários pré-codificados continham intervalos de minuto a minuto e foramfornecidos aos que preferiram responder dessa forma. Entendemos que deixar a população com baixo nível educacional de fora da amostra significava a impossibilidade de analisar os pobres e muito pobres.

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Como apresentar diários a serem preenchidos pressupõe a capacidade de ler e escrever, optamos por apresentar um diário adequado à população analfabeta. Entendemos tal estratégia como sendo semelhante ao das pesquisas efetuadas com povos com mais de uma língua oficial. Sabemos que há termos que não podem sofrer tradução literal. A linguagem da pergunta, assim, precisa ser adaptada ao novo contexto lingüístico para que possa fazer sentido aos entrevistados.  

Para os fins de semana foram obtidos 1118 diários pós-codificados e 15 pré-codificados. Ajustes estatísticos corrigiram a amostra para igualar o peso dos diários para cada dia da semana em relação ao final de semana. Pós-estratificações também foram introduzidas para que a distribuição da amostra fosse idêntica à distribuição da população por sexo e idade comparadas aos resultados do Censo do mesmo ano.

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Os diários foram codificados posteriormente por um pequeno grupo de estudantes universitários que trabalharam com um livro de códigos, construído com base no livro de códigos das Nações Unidas (ICATUS) –que, na ocasião, estava em fase experimental-, em combinação com o livro de códigos construído para a pesquisa de uso do tempo dos países europeus.

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Para o cálculo das regressões empregamos o modelo de seleção de Heckman, constituído de duas partes. A primeira modela a seleção da amostra, isto é: aqueles que de fato exerceram uma determinada atividade. São exemplos de tal seleção: (a) todas as pessoas que cuidaram de casa ou (b) todas que trabalharam com remuneração. A segunda regressão modela o tempo gasto em cada atividade e se parece com o modelo usual de regressão por mínimos quadrados ordinários, mas a estimação de seus parâmetros sofre a influência do modelo de seleção.

Como os dados sobre o tempo gasto na atividade são (incidentalmente) truncados, os valores esperados ficam maiores do que os correspondentes ao modelo sem truncamento, pois são acrescidos de um regressor (λ), conhecido como o inverso da razão de Mills (inverse Mill’s Ratio).

Os erros dos dois modelos podem ou não estar correlacionados. Isso pode ser testado (H0: rho=0; H1: /rho ). Caso rho seja igual a zero, os dois modelos podem ser estimados separadamente. Levando em consideração o valor de rho estimado, independentemente desse valor ser significativo ou não, verificamos se os efeitos das variáveis nos vários modelos se modificam.

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Atividade não remuneradas semana Número de observações= 974 Observações truncadas= 371 Observações não truncadas= 603

Atividade não remuneradas final de semana

Número de observações= 953 Observações truncadas= 301 Observações não truncadas= 652

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Atividades remuneradas semana Número de observações= 958 Observações truncadas= 450 Observações não truncadas= 508

Atividades remuneradas final de semana Número de observações= 951 Observações truncadas= 748 Observações não truncadas= 203

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masculino fem inino

0,00 250,00 500,00 750,00 1000,00

trabalho com rendimentos (dia de semana)

0

100

200

300

Co

unt

0,00 250,00 500,00 750,00 1000,00

trabalho com rendimentos (dia de semana)

0,00 250,00 500,00 750,00 1000,00

trabalho com rendimentos (dia de semana)

0

10

20

30

Co

unt

masculino fem inino

0,00 250,00 500,00 750,00 1000,00

trabalho com rendimentos (dia de semana)

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Fatores sócio demográficos Idade, estado civil, Tem crianças, tem mulheres adultas np

domicílio Fatores sócio econômicos Contrata empregada doméstica Escolaridade, Renda Familiar per Capita, Status

Residencial Atividades concomitantes. 

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Modelos com a correção de Heckman foram construídos para verificar o que explica a atribuição de tempo por mulheres e homens às atividades cotidianas, durante um dia de semana e um dia do final de semana.

Nas tabelas, todos os modelos apresentados possuem constantes com valores estatisticamente significativos. Em todos os modelos, a média (centrada) de idade entre os homens é de 33,33 anos, enquanto das mulheres é de 34,92 anos.

Pessoas com essa idade, solteiras, analfabetas, sem trabalho remunerado, sem crianças em casa, com baixo status residencial, sem empregada doméstica, sem mulheres adultas residentes em casa (ou outras mulheres adultas no caso de respondente do sexo feminino) e com renda familiar per capita de R$14,40 reais (extrema pobreza) representam os valores das constantes.

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Documento do Microsoft Office Word

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Trabalhos Domésticos não Remunerados Não foi encontrada correlação significativa entre as duas dimensões

do modelo Heckman apresentadas na tabela como “Probabilidade de Phi”e “Duração em minutos”(p=0,948) no que diz respeito ao Trabalho Doméstico durante a semana.

Isto quer dizer que os resultados significativos encontrados no segundo modelo (duração média em minutos) não podem ser creditados à sua participação significativa no primeiro modelo (probabilidade de ocorrência).

O mesmo não ocorre com o Trabalho Doméstico em finais de semana,quando foi constatada uma correlação significativa entre os dois modelos.

Isto quer dizer que uma variação significativa encontrada no modelo da duração em minutos pode ser creditada à sua participação no modelo probit (Probabilidade de ocorrência), mesmo que naquele modelo o coeficiente encontrado não tenha sido significativo.

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Durante a semana mulheres A proporção de mulheres solteiras, analfabetas, de 34,92 anos de idade, com renda familiar

per capita de R$ 14,40, e status residencial de 18,6 (no patamar inferior da escala de status residencial), sem empregada doméstica, sem crianças em casa de menos de 7 anos de idade, sem outra mulher adulta em casa e que não tenha tido outra atividade concorrente(cuidar de casa, cuidar de criança ou atividade de lazer) que exercem trabalhos domésticos num dia de semana é de 92,89%. Essas atividades duram, em média , por dia de semana, 275 minutos ou 4 horas e 35 minutos

Se elas empregam alguém para exercer serviços domésticos, a probabilidade de que elas próprias exerçam tais atividades diminui para 85,19%. A redução encontrada na duração das atividades domésticas no caso em que haja emprego doméstico, não encontrou significância estatística.

Caso se trate de uma mulher casada, a duração do trabalho doméstico em dia de semana eleva-se em quase uma hora.

Se ela trabalha com rendimentos, a probabilidade de que ela exerça atividades domésticas reduz-se para 81,46% e também há uma redução de mais de três horas diárias, em média, no tempo dedicado aos trabalhos domésticos.

As chances das mulheres exercerem trabalho doméstico se eleva com a idade até que a participação máxima em atividades domésticas durante a semana atinge o seu maior valor, de 93,88%, atingido aos 42,43 anos de idade. Depois disso, até os 57 anos de idade a probabilidade de participação nos cuidados com a casa sofre ligeira redução para 89,27%, mas o tempo médio de seu exercício eleva-se para 321 minutos ou 5 horas e quarenta minutos por dia da semana.

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Durante a semana- homens Homens solteiros, analfabetos, de 33,33 anos de idade, com renda

familiar per capita de R$ 14,40 e indicadores do status residencial no valor de 18,6 (condições precárias), sem empregada doméstica, sem criança de menos de 7 anos de idade, sem outra mulher adulta na família e que não tenha tido outra atividade concorrente (cuidar de criança, trabalho remunerado, lazer) possuem a probabilidade de exercício de atividades domésticas durante a semana de 49,73% e a sua duração é de 3 horas e 18 minutos.

Quando há uma mulher adulta no domicílio diminui a probabilidade de exercício de afazeres domésticos para 43,48%

O trabalho com rendimentos reduz as chances de exercício dessa modalidade de trabalho para 28,11% e a duração dessas atividades cai para um pouco mais de duas horas.

O lazer semanal eleva para 68,24%a probabilidade de exercício de atividades domésticas para os homens.

O envelhecimento afeta o exercício das atividades domésticas, quando eles atingem os 56 anos de idade, há elevação das atividades domésticas para cerca de 4 horas diárias.

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Finais de semana-mulheres A proporção de mulheres solteiras, analfabetas, de 34,92 anos de idade, com renda familiar

per capita de R$ 14,40, e status residencial de 18,6 (no patamar inferior da escala de status residencial), sem empregada doméstica, sem crianças em casa de menos de 7 anos de idade, sem outra mulher adulta em casa e que não tenha tido outra atividade concorrente(cuidar de casa, cuidar de criança ou atividade de lazer) que exercem trabalhos domésticos num dia de final de semana é de 98,17%.

Essas atividades duram, em média , por dia de semana, 230 minutos ou 3 horas e 50 minutos.

A presença de emprego doméstico em seus domicílios nos finais de semana reduz a probabilidade de participação das mulheres em atividades domésticas para 94,32% e em cerca de 10 minutos de duração.

Ser casada eleva em mais de uma hora as atividades domésticas das mulheres, tal elevação é de 94 minutos nos casos de separação, e em quase uma hora, nos casos de viuvez.

O exercício de atividades remuneradas reduz a probabilidade de exercício de atividades domésticas nos finais de semana para 90,72% e a duração das atividades em mais de uma hora e meia.

A presença de mais uma mulher adulta em casa reduz a probabilidade de exercício de atividades domésticas para 96,29% e eleva em mais de 10 minutos o desempenho de atividades domésticas daquelas que as exercem.

Cuidar de crianças eleva a probabilidade de exercício de atividades domésticas para 99,46%.

Aos 55 anos de idade a probabilidade de exercício de atividades domésticas é de 99,41% e há uma elevação na duração das mesmas em um pouco mais de 3 minutos por dia de final de semana.

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Finais de semana-homens Homens solteiros, analfabetos, de 33,33 anos de idade, com renda familiar per capita de R$

14,40 e indicadores do status residencial no valor de 18,6 (condições precárias), sem empregada doméstica, sem criança de menos de 7 anos de idade, sem mulher adulta na família e que não tenha tido outra atividade concorrente (cuidar de criança, trabalho remunerado, lazer) possuem a probabilidade de exercício de atividades domésticas durante os dias do final de semana de 65,77% e a sua duração é de quase duas horas ou 118 minutos.

Se ele é casado, a sua participação em atividades domésticas durante o final de semana aumenta para 79,1% e a duração dessas atividades se eleva em 14,21 minutos.

Se ele cuida de criança a probabilidade de participação masculina se eleva para 80,70% e o tempo médio aumenta em 22,51 minutos por dia do final de semana.

Se há mulheres adultas em casa a probabilidade de participação masculina em atividades domésticas reduz-se para 54,07%, e aumento apenas de segundos no desempenho dessa modalidade de trabalho.

Com o exercício de atividades remuneradas durante o final de semana, há uma redução na probabilidade de participação masculina nas atividades domésticas para 35,96% e uma redução no tempo de atividades em 34,85 minutos.

A idade sempre aumenta a probabilidade de participação em atividades domésticas, por exemplo, aos 53,33 anos de idade ela é de 74,66%, com um aumento médio de 9,66 minutos.

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Documento do Microsoft Office Word

Microsoft Office Word Document

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Não foi encontrada correlação significativa entre as duas dimensões do modelo Heckman apresentadas na tabela como “Probabilidade de Phi” e “Duração em minutos”(p=0,225 ) no que diz respeito ao Trabalho Remunerado durante a semana.

Isto quer dizer que os resultados significativos encontrados no segundo modelo (duração média em minutos)não podem ser creditados à sua participação significativa no primeiro modelo (probabilidade de ocorrência).

O mesmo ocorre com o Trabalho Remunerado em finais de semana (p=0,608) que também não apresentou correlação significativa entre os dois modelos

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Trabalho remunerado em dias de semana-mulheres A proporção de mulheres (86,65%) solteiras, analfabetas, de 34,92 anos de

idade, com renda familiar per capita de R$ 14,40, e status residencial de 18,6 (no patamar inferior da escala de status residencial), sem empregada doméstica, sem crianças em casa de menos de 7 anos de idade, sem outra mulher adulta em casa e que não tenha tido outra atividade concorrente(cuidar de casa, cuidar de criança ou atividade de lazer) que trabalham num dia de semana com duração de quase 10 horas semanais.

Caso haja crianças de menos de sete anos de idade em suas residências essa probabilidade de exercício de atividades remuneradas eleva-se para 91,08%.

Se as mulheres cuidam de casa, a probabilidade de exercício de trabalho remunerado reduz-se para 59,20% e a sua duração reduz-se em cerca de uma hora e vinte minutos.

Se elas cuidam de criança, sua participação tende a reduzir-se para 67,12% e a duração das atividades diminui também em cerca de uma hora e 17 minutos.

O lazer em dia de semana reduz a probabilidade de exercício de atividades remuneradas para 81,08%, com diminuição de 54 minutos de duração por dia de semana, nas atividades remuneradas.

Um ano de escolaridade eleva para 89,66% a probabilidade de participação em atividades remuneradas e o máximo de participação nessas atividades é alcançado com a idade de 51 anos, com 10 horas e 4 minutos de atividades remuneradas diárias.

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Trabalho remunerado em dias de semana-homens Os homens solteiros, analfabetos, de 33,33 anos de idade, com renda familiar

per capita de R$ 14,40 e indicadores do status residencial no valor de 18,6 (condições precárias), sem empregada doméstica, sem criança de menos de 7 anos de idade, sem outra mulher adulta na família e que não tenha tido outra atividade concorrente (cuidar de criança, trabalho remunerado, lazer) possuem 71,86% de probabilidade de exercerem atividades remuneradas, com a duração de um pouco mais do que 9 horas diárias.

Se casados a probabilidade de participação em atividades remuneradas eleva-se para 86,63% e

Se têm crianças de até 7 anos de idade a probabilidade de participação é de 79,22%.

Se o homem cuida de casa há uma redução de sua participação em atividades remuneradas para 56.91%

Se o homem exerce lazer em dia de semana sua participação em atividades remuneradas reduz-se para 63,65% e o tempo médio em 56 minutos.

Um ano de escolaridade eleva para 74,60% suas chances de participação em atividades remuneradas.

A participação máxima no trabalho remunerado é atingida com a idade de 47 anos de idade e corresponde a 9 horas e vinte e dois minutos de atividades remuneradas diárias.

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Trabalho remunerado em dias de final de semana-mulheres A proporção de mulheres solteiras, analfabetas, de 34,92 anos de idade, com renda familiar

per capita de R$ 14,40, e status residencial de 18,6 (no patamar inferior da escala de status residencial, sem empregada doméstica, sem crianças em casa de menos de 7 anos de idade, sem outra mulher adulta em casa e que não tenha tido outra atividade concorrente (cuidar de casa, cuidar de criança ou atividade de lazer) que trabalha num dia de final de semana de exercerem atividades remuneradas no final de semana é de 75,93% , com uma duração de 13 horas e 39 minutos por dia de final de semana.

Caso ela contrate emprego doméstico a chance de trabalhar remuneradamente no final de semana é a de 87,48%

Se ela é viúva, a duração do trabalho remunerado em final de semana é reduzida em cerca de 3 horas.

Se ela cuida de casa, as chances de trabalho remunerado em final de semana se restringem a 51,41% e a jornada se reduz em mais de 3 horas por dia de final de semana.

Se ela cuida de criança as chances são de 59,34% e a jornada de trabalho remunerado em dias do final de semana reduz-se em quase duas horas.

Se ela exerce atividades de lazer nos dias do final da semana, as chances de exercer atividade de trabalho remunerado são de 63,97% e a jornada de trabalho do final de semana reduz-se em quase duas horas e meia.

Um aumento no status residencial reduz a chance de trabalho remunerado em fim de semana para 75,47%

A participação no mercado de trabalho em finais de semana atinge o máximo de duração à idade de 54 anos e equivale a 13 horas e 47 minutos.

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Trabalho Remunerado finais de semana-homens Os homens solteiros, analfabetos, de 33,33 anos de idade, com renda familiar per capita de

R$ 14,40 e indicadores do status residencial no valor de 18,6 (condições precárias), sem empregada doméstica, sem criança de menos de 7 anos de idade, sem outra mulher adulta na família e que não tenha tido outra atividade concorrente (cuidar de criança, trabalho remunerado, lazer) possuem 75,71% de probabilidade de exercerem atividades remuneradas, com a duração de 13 horas por dia de final de semana.

Caso contratem serviços domésticos a duração média dessas atividades remuneradas em final de semana aumenta para pouco mais de 3 horas por dia de final de semana.

Se são casados, há uma redução do trabalho remunerado de mais de uma hora e meia por dia de final de semana.

No caso em que haja uma mulher adulta em casa o tempo médio de exercício de atividades com rendimentos sofre um incremento de 45 minutos por dia de final de semana em atividades remuneradas.

Caso realizem cuidados domésticos as chances de trabalho remunerado em fim de semana se reduzem para 51,12%.

Quando exercem lazer no final de semana as chances que efetuem trabalho remunerado equivalem a 63,69% e há uma redução de pouco mais de duas horas na jornada de trabalho nos dias do final de semana.

Uma elevação da renda familiar per capita em R$1,00 representa uma redução em atividades remuneradas de 5 minutos e a cada nível de elevação na posição do status residencial há uma redução nas chances de trabalho remunerado no final de semana.

A participação em atividades remuneradas atinge o máximo aos 53 anos de idade e equivale a 13 horas e 35 minutos por dia de final de semana.

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Final