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10 Economianotícias do dia Grande Florianópolis sábado E domingo, 29 E 30 dE maio dE 2010

cartão. Com maior poder aquisitivo, mulheres assumem lado consumista e abrem a mão na hora de ir às compras

o poder é todo delasElas são bonitas, jovens, deci-

didas e têm poder de compra. De acordo com o dado mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a massa salarial das mulheres – a soma de todos os salários delas no Brasil – cresceu 42,3% entre 2001 e 2008, enquanto o total que eles rece-bem subiu apenas 25,9%. Hoje, a empresa que quer crescer, precisa ficar de olho neste segmento, que ampliou seu poder aquisitivo. E elas não pensam apenas nos já conhecidos produtos femininos (sapatos, joias e cosméticos).

Metade do salário de Daniella Sá, 26 anos, promotora de even-tos, é gasto com roupas e calça-dos. “Sou uma consumista assu-mida”, confessa, entre risos. No entanto, também está contabili-zado nos gastos fixos o financia-mento do carro e do apartamento em que mora.

Daniella conta que faz pelo menos quatro grandes compras

todos os anos, “uma a cada troca de coleção”. Assim como vestidos, calças e blusas, os calçados tam-bém estão na lista de compras da jovem. Em cada uma destas idas ao shopping, Daniella conta que sai com um saldo de compras de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil. “É muito di-fícil que eu não saia com pelo me-nos uma bolsa cada vez que entro nas lojas”, revela.

As novas formatações fami-liares também alteram o poder financeiro das mulheres. Pelos dados do IBGE, a cada quatro chefes de família no Brasil, um deles é do sexo feminino. E mais: em 1992, as mulheres represen-tavam 41% da população econo-micamente ativa no país. E agora, elas são 44%.

Apenas entre o sexo femini-no, a cada dez, cinco delas tra-balha fora de casa, segundo o IBGE. Todo este crescimento no poder aquisitivo demonstra que, além de aumentar os salários que as mulheres recebem, elas são maioria entre as pessoas que tra-balham com carteira assinada.

danilo [email protected]

Público feminino também costuma viajar maisIndependentes também no que-

sito finanças, as mulheres viajam mais. Daniella conta que já fez inter-câmbio na Califórnia (EUA), por três meses, em 2001. Entre os estudos, não resistiu e comprou roupas, vesti-dos e – principalmente – cosméticos.

Resultado: voltou de lá com o triplo de bagagens que levou e agora

é aos parentes que recorre quando quer algum souvenir de lembrança. “Gosto de fazer minhas encomen-das para quem viaja ao exterior”.

Sobre o valor gasto, ela diz que não se importa em pagar mais caro desde que o produto tenha qualida-de. E não é a única a pensar assim. O pensamento é semelhante ao de

Luana Felisbino. “Em primeiro lu-gar, escolho o que gosto e que eu te-nha capacidade de pagar sozinha”.

A empresária Marraiana Perez revela que possui três preferências em compras: automóveis, cosméti-cos e joias. “Gosto de usar o que é bom e se tenho acesso, por que não comprar?”, afirma ela.

Empresária aproveita tendência Assim como a renda delas, o há-

bito de fazer compras cresceu. E de-finiu o nicho de mercado escolhido pela empresária Marraiana Perez, dona da loja que vende produtos de cama, mesa e banho da marca Trosseau, em Jurerê Internacional. Segundo ela, as mulheres que antes influenciavam nos itens compra-dos pelos homens, agora têm mais poder de persuasão.

Daniela concorda e revela que influencia, inclusive, nas compras

do namorado, mas decide sozinha o que vai comprar para si própria. “Ele tenta me frear, mas quando as compras são pagas por ele, eu sem-pre dou meus palpites”, explica.

Um pouco mais comedida que Daniella, a publicitária Luana Fe-lisbino, 26 anos, conta que utiliza 20% do salário para comprar rou-pas, calçados, acessórios. Outros 60% vão para as contas fixas, como o financiamento do carro e do apar-tamento.

A compra de carro, casa, além do trio habitual de maquiagem, cosméticos e roupas, ocupa a mente das mulheres do século 21. Além disso, entre os itens do planejamento da mulher está o investimento no futuro. Em ter-mos nacionais, esta é uma preo-cupação para 26,4% delas.

Daniella e Luana contam que guardam parte do salário. A pu-blicitária reserva cerca de 10% em uma conta poupança com objetivo de aquisições maiores ou para emergências. Já Daniella faz uma aplicação em uma ope-radora de fundos de investimen-to com duração de cinco anos.

Além disso, ambas planejam complementar os estudos com cursos de pós-graduação, pois, segundo elas, isto contribui para elevar os salários. A ampliação dos negócios está nas metas de Marraiana para investir profis-sionalmente. “Em cerca de dois anos deveremos ter outra loja da Trosseau no Centro de Florianó-polis”, revela.

Carros e artigos de beleza são

sonhos comuns

compras. Promotora de eventos Daniella Sá gosta de roupas e sapatos e assume a condição de consumista

balcão. Comércio popular também é mais frequentado pelas mulheres

Vendas. Empresária Marraiana Perez tem loja voltada ao público feminino

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