Nbr 9916 Nb 1056 Aeroportos Protecao Sanitaria Do Sistema de Abastecimento de Agua Potavel

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Copyright © 1996, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavras-chave: Aeroporto. Água 8 páginas NBR 9916 JUL 1996 Aeroportos - Proteção sanitária do sistema de abastecimento de água potável Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Requisitos ANEXO A Tabelas Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta Norma inclui o anexo A, de caráter normativo. Esta Norma apresenta modificações técnicas em relação à NBR 9916/1987. 1 Objetivo Esta Norma estabelece as condições exigíveis para a proteção sanitária do sistema de abastecimento de água em aeroportos e controle de manutenção da qualidade de água utilizada em aeronaves. 2 Referências normativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 8351/1995 - Carro de água potável para abas- tecimento de aeronaves - Especificação CNEN-NE 3.01 - Diretrizes básicas de radioproteção (Norma experimental) 3 Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições. 3.1 água bruta: Aquela proveniente de fontes abastecedoras subterrâneas ou de superfície, que ainda não sofreu tratamento por cloro ou qualquer outro método. 3.2 água potável: Aquela cuja qualidade a torna adequada ao consumo humano. Origem: Projeto NBR 9916/1995 CB-08 - Comitê Brasileiro de Aeronáutica e Transporte Aéreo CE-08:002.07 - Comissão de Estudo de Higiene e Saneamento em Aeroportos NBR 9916 - Airports - Sanitary protection of potable water system Descriptors: Airport. Water Esta Norma substitui a NBR 9916/1987 Válida a partir de 30.08.1996

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Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Palavras-chave: Aeroporto. Água 8 páginas

NBR 9916JUL 1996

Aeroportos - Proteção sanitária dosistema de abastecimento de águapotável

SumárioPrefácio1 Objetivo2 Referências normativas3 Definições4 RequisitosANEXOA Tabelas

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é oFórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,cujo conteúdo é de responsabilidade dos ComitêsBrasileiros (CB) e dos Organismos de NormalizaçãoSetorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros(universidades, laboratórios e outros).

Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbitodos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre osassociados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma inclui o anexo A, de caráter normativo.

Esta Norma apresenta modificações técnicas em relaçãoà NBR 9916/1987.

1 Objetivo

Esta Norma estabelece as condições exigíveis para aproteção sanitária do sistema de abastecimento de água

em aeroportos e controle de manutenção da qualidadede água utilizada em aeronaves.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,ao serem citadas neste texto, constituem prescrições paraesta Norma. As edições indicadas estavam em vigor nomomento desta publicação. Como toda norma está sujeitaa revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordoscom base nesta que verifiquem a conveniência de seusarem as edições mais recentes das normas citadas aseguir. A ABNT possui a informação das normas em vigorem um dado momento.

NBR 8351/1995 - Carro de água potável para abas-tecimento de aeronaves - Especificação

CNEN-NE 3.01 - Diretrizes básicas de radioproteção(Norma experimental)

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintesdefinições.

3.1 água bruta: Aquela proveniente de fontes abastecedorassubterrâneas ou de superfície, que ainda não sofreutratamento por cloro ou qualquer outro método.

3.2 água potável: Aquela cuja qualidade a torna adequadaao consumo humano.

Origem: Projeto NBR 9916/1995CB-08 - Comitê Brasileiro de Aeronáutica e Transporte AéreoCE-08:002.07 - Comissão de Estudo de Higiene e Saneamento em AeroportosNBR 9916 - Airports - Sanitary protection of potable water systemDescriptors: Airport. WaterEsta Norma substitui a NBR 9916/1987Válida a partir de 30.08.1996

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3.3 amostra-padrão:

(1) Conjunto de cinco porções-padrão de 10 mL cadauma, a serem examinadas na mesma ocasião eprovenientes do mesmo frasco de amostra de água, se atécnica de exame bacteriológico for a do processo dostubos múltiplos.

(2) Volume de 100 mL de água a ser examinada, se atécnica de exame bacteriológico for a da membranafiltrante.

3.4 análise laboratorial: Exames de rotina efetuados emlaboratório oficial ou especializado em amostras de águado sistema de abastecimento do aeroporto, para verifica-ção das características físico-químicas, microbiológicase radioativas.

3.5 autoridade sanitária: Funcionário devidamentecredenciado por órgão especializado federal, estadualou municipal, sempre do poder público.

3.6 controle sanitário: Fiscalização exercida pela autori-dade sanitária sobre o sistema de abastecimento de águado aeroporto, com a finalidade de manter a água dentrodos padrões de potabilidade aprovados pelo Ministérioda Saúde.

3.7 desinfeção: Processo de tratamento por hipocloritode sódio, ou qualquer outro método, quer em caráterpreventivo, quer em caráter corretivo, que visa a elimina-ção de germes patogênicos eventualmente presentes naágua.

3.8 padrão de potabilidade de água: Conjunto de valoresmáximos permissíveis das características de qualidadeda água destinada ao consumo humano, emconformidade com a legislação em vigor.

3.9 valor máximo permissível (VMP): Valor de qualquercaracterística de qualidade da água, acima do qual aágua não é considerada potável.

4 Requisitos

4.1 Controle sanitário do sistema de abastecimento deágua

Este controle objetiva descobrir indiretamente a ocorrên-cia de falhas no projeto e sua execução, falhas humanasou falhas na manutenção e/ou operação do sistema deabastecimento de água no aeroporto, que venham a influirnegativamente no padrão de potabilidade da água a serconsumida.

4.1.1 A administração aeroportuária deve manter convêniocom laboratório oficial ou credenciado pelo órgão compe-tente do Ministério da Saúde, para avaliação das caracte-rísticas de qualidade da água para consumo humano,em conformidade com a legislação em vigor.

NOTA - Nos aeroportos, o órgão competente do Ministério daSaúde em ações de vigilância sanitária é a COPAF - Coordenaçãode Saúde de Portos, Aeroportos, Meio Ambiente, Ecologia Hu-mana e Saúde do Trabalhador.

4.1.2 As análises laboratoriais devem ser feitas rotineira-mente e de acordo com o previsto em 4.3.2.

4.1.3 No caso de possibilidade de comprometimento da qua-lidade da água a ser consumida, as análises devem ter a

freqüência necessária até que se constate que a açãocorretiva adotada no caso tenha surtido efeito, ou que orisco deixou de existir.

4.1.4 Nenhuma nova fonte de abastecimento de água deveser utilizada sem que uma avaliação da qualidade daágua tenha sido feita e aprovada.

4.1.5 A água bruta, quando utilizada, deve ser submetidaà análise e tratamento para adequá-la ao consumo.

4.2 Ações preventivas

As ações preventivas visam a manutenção de padrão depotabilidade da água no sistema de abastecimento.

4.2.1 Pessoal

A operação e manutenção do sistema deve ser executadapor pessoal técnico qualificado.

4.2.2 Materiais de consumo

Materiais de consumo adequados para a operação e ma-nutenção do sistema devem ser mantidos em disponibi-lidade.

4.2.3 Equipamentos

Os equipamentos mínimos e necessários devem ser:

a) sistema de cloração adequado às necessidadese condições da rede de distribuição do aeroporto;

b) comparador colorimétrico para medidas de clororesidual livre;

c) potenciômetro ou comparador colorimétrico paramedidas de pH.

4.2.4 Bomba de recalque

Para o escorvamento das bombas que recalcam a águapotável, deve ser usada somente água de qualidade idêntica.

4.2.5 Rede de distribuição

4.2.5.1 A rede deve ter uma pressão interna positiva, pelocontínuo fornecimento de água.

4.2.5.2 Devem ser evitadas as manobras que conduzam aoesvaziamento de certos trechos da rede, para que nãoocorra a formação de pressões negativas.

4.2.5.3 Quando das construções ou reparos, as canalizaçõesdevem ser devidamente limpas e desinfetadas com umasolução de 50 mg de cloro por litro de água, durante 24 h.

4.2.6 Reservatórios

4.2.6.1 Os reservatórios de água potável devem sermantidos permanentemente cobertos e protegidos contraa entrada de luz ou de qualquer agente externo decontaminação. Telas devem ser colocadas nos tubos deventilação, drenagem e “ladrão”.

4.2.6.2 Os reservatórios devem ser limpos e desinfetadosa cada seis meses ou quando as amostras coletadas an-tes e depois do reservatório apresentarem uma diminuição

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significativa na concentração de cloro ou valores aci-ma dos permitidos das características físicas de cor e/outurbidez.

4.2.7 Pontos de abastecimento

4.2.7.1 Os níveis dos pontos de tomadas de água queabastecem as aeronaves devem ser suficientemente altospara evitar o contato com água de limpeza ou pluvial.

4.2.7.2 O abastecimento de água para as aeronaves deveser feito com equipamentos especiais existentes para talfim, sendo que, quando da manutenção ou reparo dasbombas, estas, mais as mangueiras e os bocais, devemser limpos e desinfetados com uma solução de 50 mg decloro por litro de água, durante 30 min.

4.2.8 Carros de água potável

4.2.8.1 Os reservatórios dos carros de água potável devemser construídos conforme a NBR 8351 e desenhados detal maneira que não permitam a presença de resíduos noseu interior, quando drenados totalmente.

4.2.8.2 Os bocais das mangueiras devem ser resistentesà corrosão, protegidos, e de forma a resguardar a águade eventual contaminação.

4.2.8.3 Independentemente da pureza da água, todos oscarros de água potável devem ser limpos e desinfetadosregularmente uma vez por mês, utilizando-se umasolução de 50 mg de cloro por litro de água, durante30 min.

4.2.8.4 Os carros de água potável devem ter, em ambosos lados da carroceria, em lugar visível, a inscrição “águapotável”.

4.2.8.5 Os locais destinados ao estacionamento dos carrosde água potável, devem ser afastados de fonte de conta-minação.

4.3 Coletas de amostras

4.3.1 As amostras-padrão para exames devem ser coleta-das em pontos diferentes do sistema e devem incluir,entre outros:

a) bebedouros;

b) cozinhas;

c) t omadas de água para abastecimentos de aeronaves;

d) carros de água potável;

e) reservatórios;

f) lavatórios.

4.3.2 O número mínimo de amostras e a freqüência deamostragens a serem efetuadas, para avaliação dascaracterísticas de qualidade físicas, organolépticas equímicas da água, devem atender ao especificado na ta-bela A.1.

4.3.3 O número mínimo de amostras e a freqüência mínimade amostragens a serem efetuadas, para avaliação dascaracterísticas de qualidade bacteriológica da água, de-vem atender ao especificado na tabela A.2.

4.3.4 A freqüência mínima de amostragem para verifica-ção das características de qualidade radiológica da águadepende da existência de causas de radiação artificialou natural, decorrentes ou não de atividades humanas.

4.3.5 A concentração mínima de cloro residual livre emqualquer ponto de oferta deve ser de 0,2 mg/L.

4.3.6 A água de abastecimento não deve apresentar ne-nhuma das substâncias especificadas na tabela A.3, emteores que lhe confiram odor característico.

4.4 Padrões de potabilidade

4.4.1 Características físicas, organolépticas e químicas

De acordo com a tabela A.4.

4.4.2 Características bacteriológicas

4.4.2.1 Ausência de coliformes fecais em 100 mL deamostra.

4.4.2.2 Ausência de bactéria do grupo coliformes totaisem 100 mL, quando a amostra é coletada na entrada darede de distribuição.

4.4.2.3 Nas amostras procedentes da rede de distribuição,95% devem apresentar ausência de coliformes totais em100 mL. Nos 5% das amostras restantes, são toleradosaté três coliformes totais em 100 mL, desde que isso nãoocorra em duas amostras consecutivas, coletadas suces-sivamente no mesmo ponto.

4.4.2.4 Nos sistemas de distribuição de água sem tra-tamento, 98% das amostras devem apresentar ausênciade coliformes totais em 100 mL. Nos 2% das amostrasrestantes, são tolerados até três coliformes em 100 mL,desde que isso não ocorra em duas amostras consecu-tivas, coletadas sucessivamente no mesmo ponto.

4.4.2.5 Em água não canalizada, usada comunitariamentee sem tratamento (poços, fontes, nascentes e outros),desde que não haja disponibilidade de água de melhorqualidade, 95% das amostras devem apresentar ausênciade coliformes totais em 100 mL. Nos 5% das amostrasrestantes, são tolerados até 10 coliformes totais em100 mL, desde que isso não ocorra em duas amostrasconsecutivas, coletadas sucessivamente no mesmo pon-to. Neste caso, deve-se providenciar a melhoria destacondição ou a utilização de água que apresente melhorqualidade bacteriológica, acompanhada por inspeçõessanitárias freqüentes e coleta de dados epidemiológicos.

4.4.2.6 O volume mínimo de amostras a ser analisado éde 100 mL. No caso da técnica dos tubos múltiplos, quandonão houver possibilidade de analisar os 100 mL, permite-se a análise de cinco porções de 10 mL (total 50 mL).

4.4.2.7 Quando forem obtidos resultados desfavoráveis peloensaio P/A (presença/ausência), duas novas amostrasdevem ser coletadas nos mesmos pontos, em diasimediatamente consecutivos, para exame quantitativo,pela técnica de tubos múltiplos ou de membrana filtrante,visando atender a 4.4.2.1 a 4.4.2.6 no que se refere aporcentagem de amostras, onde se considera o limitemáximo tolerado de coliformes totais.

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4.4.2.8 Em qualquer dos casos de 4.4.2, quando foremobtidos resultados desfavoráveis, novas amostras devemser coletadas nos mesmos pontos em dias imediatamentesucessivos, até que duas amostras consecutivas revelemqualidade satisfatória, em função das providênciasadotadas. Estas amostras, consideradas extras, não de-vem ser computadas no número mínimo de amostras,conforme especificado na tabela A.2.

4.4.2.9 Para efeito desta Norma na determinação decoliformes totais pelas técnicas dos tubos múltiplos e P/A,quando o ensaio da amostra for positivo, a análise deveser conduzida até o ensaio confirmatório.

4.4.2.10 Se ocorrer positividade das amostras analisadaspelos órgãos responsáveis pela vigilância da qualidade daágua, o Serviço de Abastecimento de Água deve sernotificado para adoção das medidas corretivas e execuçãode novas análises, até que duas amostras sucessivasapresentem resultados satisfatórios, após o que deve serinformado aos órgãos responsáveis pela vigilância quepodem coletar novas amostras, para a confirmação daefetividade das medidas.

NOTA - Para avaliar as condições sanitárias dos sistemas deabastecimento público de água, é recomendado que em 20%das amostras analisadas por mês, semestre ou ano sejaefetuada a contagem de bactérias heterotróficas, que não podemexceder 500 Unidades Formadoras de Colônias (UFC) por mL.Se ocorrer número superior ao recomendado, deve serprovidenciada imediata recoleta e inspeção local. Confirmadae/ou constatada irregularidade, devem ser tomadas providênciaspara sua correção. A técnica do espalhamento em placas(spread plate method) também pode ser adotada. Na recoleta,para verificação da colimetria positiva, recomenda-se que sejamcoletadas três amostras simultâneas, no local da amostragem eem dois pontos situados antes e depois do mesmo local.

4.4.3 Características radioativas

4.4.3.1 O valor de referência para a radioatividade alfatotal (incluindo o Rádio 226) é de 0,1 Bq/L (um décimo deBequerel por litro).

4.4.3.2 O valor de referência para a radioatividade beta totalé de 1 Bq/L (um Bequerel por litro).

4.4.3.3 Se os valores encontrados forem superiores aosreferidos em 4.4.3.1 e 4.4.3.2, devem ser feitas a identifi-cação dos radionuclídeos presentes e a medida dasconcentrações respectivas. Nestes casos, devem seraplicados para os radionuclídeos encontrados os valoresestabelecidos pela Norma Experimental da ComissãoNacional de Energia Nuclear - CNEN - NE 3.01, para seconcluir sobre a potabilidade da água.

NOTA - Recomenda-se a realização de levantamento geral emcada Estado e no Distrito Federal, a fim de possibilitar o conhe-cimento dos níveis de radioatividade dos corpos de água destina-dos ao abastecimento público em cada região.

4.4.4 Recomendações

4.4.4.1 O pH deve ficar situado no intervalo de 6,5 a 8,5.

4.4.4.2 A concentração mínima de cloro residual livreem qualquer ponto da rede de distribuição deve ser de0,2 mg/L.

4.4.4.3 A água de abastecimento não deve apresentar ne-nhuma das substâncias especificadas na tabela A.3, emteores que lhe confiram odor característico.

4.4.4.4 Recomenda-se a realização de análises pelo mé-todo da medida da atividade anticolinesterásica paraverificação da presença de carbamatos e fosforados naságuas de abastecimento público (limite detectável do mé-todo = 10 µg/L).

4.4.5 Amostragem

O número mínimo de amostra e a freqüência mínima deamostragens a serem efetuadas pelos serviços de abaste-cimento público de água devem ser conforme especi-ficado nas tabelas A.1 e A.2.

/ANEXO A

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Anexo A (normativo)Tabelas

Tabela A.1 - Número mínimo de amostras e freqüências mínimas de amostragens para análise dascaracterísticas de qualidades físicas, organolépticas e químicas das águas de abastecimentopúblico a serem efetuadas pelos serviços de abastecimento público, coletadas na entradado sistema de distribuição e na rede de distribuição

Entrada do Rede de distribuiçãosistema dedistribuição Número mínimo de amostras

Pontos de 50001 Acimaabastecimento *********** Até 50000 a de(hab.) 250000 250000

Número de 1 1 1 para cada 4+ (1 para cadaamostras 50000 250000)

Freqüência mínima de amostragem

I - Características físicas e organolépticas

Cor aparente

Turbidez

Sabor Diária Mensal Mensal Mensal

Odor

pH

II - Características químicas

II-a) Componentes inorgânicos que afetam a saúde

Cádmio Semestral Semestral Semestral SemestralChumbo

Cloro residual Diário -1) -1) -1)

Cromo total Semestral Semestral Semestral Semestral

Fluoreto Diário Mensal 2) Mensal 2) Mensal 2)

ArsênioBário

CianetosMercúrio Semestral -3) -3) -3)

Nitratos

PrataSelênio

II-b) Componentes orgânicos que afetam a saúde

Tribalometanos Mensal Semestral Semestral Semestral

Aldrin e dialdrinBenzeno

Benzo-A-pirenoClordano (total deisômeros) Semestral -3) -3) -3)

DOT (ver tab. I)EndrinHeptacloro e H.E.Hexaclorobenzeno

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Tabela A.1 (conclusão)

Lindano (Gama HCH)MetoxicloroPentaclorofenolTetracloreto decarbonoTetracloroeteno Semestral -3) -3) -3)

ToxafenoTricloroeteno1,1-Dicloroeteno1,2-Dicloroetano2,4-D2,4,6-Triclorofenol

II-c) Componentes que afetam a qualidade organoléptica

Alumínio Mensal Semestral Semestral Semestral Ferro total

ManganêsAgentes tensoativosCloretosCobreDureza total Semestral -3) -3) -3)

Sólidos totais dissolvidosSulfatosZinco

1) Analisar o cloro residual em todas as amostras coletadas para análises bacteriológicas.

2) Se houver fluoretação artificial. Quando houver fluoreto natural no manancial, a amostra deve ser semestral apenas na entradado sistema de distribuição.

3) Coleta de amostras não obrigatória.

NOTAS

1 As amostras devem ser representativas da rede de distribuição, independentemente de quantas unidades de produção a alimen-tem.

2 Na determinação do número de amostras, toda fração decimal deve ser aproximada para o número inteiro imediatamente maispróximo.

Tabela A.2 - Número mínimo de amostras e freqüência mínima de amostragem, para verificação das características bacteriológicas da água do sistema de abastecimento público

População total abastecida Número mínimo de amostras a serem efetuadas pelo SAA

Freqüência Amostras mensais

Até 5000 Semanal 5

5001 a 20000 Semanal 1 para cada 1000 (hab.)

20000 a 100000 2 x por semana 1 para cada 1000 (hab.)

Acima de 100000 Diária 90 + 1 p/ cada 1000 (hab.)

NOTA - As amostras devem ser representativas da rede de distribuição, independentemente de quantas unidades de produção a alimentem, distribuídas uniformemente ao longo do mês.

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Tabela A.3 - Concentrações de substâncias

µT2)

Tabela A.4 - Valores máximos permissíveis (VMP) das características físicas, organolépticas e químicas da águapotável

Substância Concentração limiar de odor

Clorobenzenos 0,1 a 3 µg/L Clorofenóis e fenóis 0,1 µg/L Sulfeto de hidrogênio (não ionizável) 0,025 a 0,25 µg/L (em S)

Características Unidade VMP

I - Físicas e organolépticas

Cor aparente µH1) 5 3)

Odor Não objetávelSabor Não objetávelTurbidez 14)

II - Químicas

II-a) Componentes inorgânicos que afetam a saúde

Arsênio 0,05Bário 1,0Cádmio 0,005Chumbo 0,05Cianetos mg/L 0,1Cromo total 0,05Fluoretos - 5)

Mercúrio 0,001

Características Unidade VMP

Nitratos mg/L N 10

Prata mg/L 0,05 Selênio 0,01

II-b) Componentes orgânicos que afetam a saúde

Aldrin e Diedrin 0,03Benzeno 10Benzo-a-pireno 0,01Clordano (total de isômeros) 0,3DDT (p-p ‘DDT; o-p ‘DDT; p-p‘DDE;o-p ‘DDE) 1Endrin 0,2Heptacloro e Heptacloro epoxido µg/L 0,1Hexiclorobenzeno 0,01Lindano (Gama HCH) 3Metoxicloro 30Pentaclorofenol 10Tetracloreto de carbono 3Tetracloroeteno 10Toxafeno 5Tricloroeteno 30Trialometanos 100 6)

1,1 Dicloroetano 0,31,2 Dicloroetano 102,4 D 1002,4,6 Triclorofenol µg/L 10 7)

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Tabela A.4 (conclusão)

II-c) Componentes que afetam a qualidade organoléptica

Alumínio mg/L 0,2 8)

Agentes tensoativos(reagente ao azul-de-metileno) mg/L 0,2Cloretos mg/L CL 250Cobre mg/L 1Dureza total mg/L CaCO3 500Ferro total mg/L 0,3Manganês mg/L 0,1Sólidos totais dissolvidos mg/L 1000

Sulfatos mg/L SO4 400Zinco mg/L 5

1) µH - Unidade de escala de Hazen (de platina-cobalto).

2) µT - Unidade de turbidez, seja em unidade de Jackson ou nefelométrica.

3) Para a cor aparente, o VMP é 5 µH, para água entrando no sistema de distribuição. O VMP de 15 µH é permitido em pontos darede de distribuição.

4) Para a turbidez, o VMP é 1,0 µT, para a água entrando no sistema de distribuição. O VMP de 5,0 µt é permitido em pontos da redede distribuição, se for demonstrado que a desinfecção não é comprometida pelo uso deste valor menos exigente.

5) Os valores recomendados para a concentração do íon fluoreto em função da média das temperaturas máximas diárias do ardevem atender à legislação em vigor.

6) Sujeito a revisão em função dos estudos toxicológicos em andamento; a remoção ou prevenção de trialometanos não deveprejudicar a eficiência da desinfecção.

7) Concentração limiar de odor de 0,1µg/L.

8) Sujeito a revisão em função de estudos toxicológicos em andamento.