NBR 5413 vs NBR 8995-1
-
Upload
eng823664768 -
Category
Documents
-
view
279 -
download
3
Transcript of NBR 5413 vs NBR 8995-1
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
1/63
0
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA
JUNIOR GIACOBBO
ESTUDOS DE CASO COMPARATIVOS ENTRE
NORMAS DE ILUMINAO:
NBR 5413 e NBR ISO 8995-1
Porto Alegre2014
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
2/63
1
JUNIOR GIACOBBO
ESTUDOS DE CASO COMPARATIVOS ENTRENORMAS DE ILUMINAO:
NBR 5413 E NBR ISO 8995-1
Trabalho de Concluso do Curso de Graduao em
Engenharia Eltrica apresentado na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
Orientador: Prof. Dr. Flvio Antnio Becon Lemos.
Porto Alegre2014
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
3/63
2
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, por me proporcionarem todas as condies e todo o suporte
para a concretizao desta to importante conquista.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Flvio Antnio Becon Lemos, pelo
acompanhamento e timo aconselhamento ao longo de todo o trabalho, alm de
toda sua compreenso e conhecimento.
minha namorada, que indispensvel minha vida e me d todo apoio e
carinho necessrios.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
4/63
3
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo comparativo entre as normas de iluminao
brasileiras: a NBR 5413, que foi revogada em abril de 2013 e a NBR ISO 8995-1,
que passou a vigorar desde ento. Sero apresentados projetos para uma sala de
aula, uma sala bancria e uma metalurgia para usinagem de peas para com
clculos manuais e atravs do DIALUX para comparao. O nvel adequado de
iluminao evita fadiga dos usurios e melhora o desempenho para realizao das
tarefas. O planejamento adequado da iluminao interna alia economia e conforto.
Apesar da importncia da iluminao de interiores, que nos afeta diretamente em
locais de trabalho e lazer, a norma brasileira ficou mais de 20 anos sem atualizaesat ser substituda em 2013. A ISO 8995-1 segue padres internacionais de nveis
de iluminao e aborda aspectos quantitativos e qualitativos da iluminao. O estudo
tcnico mostrou que os custos envolvidos no projeto so semelhantes, o valor das
luminrias com controle de ofuscamento levemente superior ao valor das
luminrias comuns, entretanto, o valor exigido para iluminncia determinante para
o custo total do projeto.
Palavras-Chave: Iluminao; Norma NBR 5413, Norma ISO 8995-1.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
5/63
4
ABSTRACT
This paper presents a comparative study between Brazilian lighting standards: NBR
5413, which was repealed in April 2013 and ISO 8995-1, which became effective
since then. Designs for a classroom, a bank and a metallurgy was showed with
manual calculations and through DIALUX for comparison. Appropriate level of
lighting prevents fatigue and improves performance users to accomplish tasks.
Proper planning of indoor lighting, combines economy and comfort. Despite the
importance of indoor lighting that affects us directly at workplaces and leisure, the
Brazilian standard was more than 20 years without updates until replaced in 2013.
ISO 8995-1 follows international standards for lighting levels and addresses issues
quantitative and qualitative lighting. The technical study showed that costs involved in
the project are similar, the value of fixtures with glare control is slightly higher than
the common lamps, however, the required value for illuminance is crucial to the
overall project cost.
Keywords: Illuminance, NBR 5413, ISO 8995-1.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
6/63
5
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1: Comparativo de eficincia entre diferentes tipos de lmpadas ..................................... 14
Figura 2: Iluminncia .......................................................................................................................... 15Figura 3: Luminncia: Luz refletida visvel .................................................................................... 15
Figura 4: Intensidade Luminosa ........................................................................................................ 16
Figura 5: Luminria LAA 03-E e sua respectiva curva de iluminao ........................................... 16
Figura 6: Temperatura de Cor ............................................................................................................ 17
Figura 7: ndice de Reproduo da Cor ............................................................................................ 17
Figura 8: Ofuscamento ....................................................................................................................... 18
Figura 9: ngulo de corte ................................................................................................................... 19
Figura 10: Zona crtica de radiao ................................................................................................... 22
Figura 11: ngulo de Blindagem ....................................................................................................... 22
Figura 12: rea de Tarefa e Entorno Imediato ................................................................................. 25
Figura 13: Luminria LAN do fabricante Lumicenter para a escola .............................................. 35
Figura 14: Distribuio das luminrias NBR 5413 ........................................................................ 38
Figura 15: Clculo feito no DIALUXNBR 5413 .............................................................................. 38
Figura 16: Luminria LAA-E da Lumicenter para a escola ............................................................. 39
Figura 17: Distribuio das luminrias na sala de aula NBR ISO 8995-1 ................................... 41
Figura 18: Clculo feito no DIALUX para a escola NBR ISO 8995-1 ........................................... 41
Figura 19: Luminria LAN da Lumicenter ......................................................................................... 43Figura 20: Distribuio de luminrias para a sala bancria NBR 5413....................................... 45
Figura 21: Clculo feito no DIALUX para a sala bancria NBR 5413 .......................................... 45
Figura 22: Luminria LAA-E da Lumicenter ..................................................................................... 47
Figura 23: Distribuio de luminrias para a sala bancria NBR ISO 8995-1 ............................ 48
Figura 24: Clculo do DIALUX para o comrcio NBR ISO 8995-1 ............................................... 48
Figura 25: Luminria LHB-S ............................................................................................................... 51
Figura 26: Clculo do DIALUX para a indstria metalrgica NBR 5413 ..................................... 52
Figura 27: Distribuio de luminrias para a indstria de metalurgia NBR 5413 ...................... 53
Figura 28: Luminria LHB-S ............................................................................................................... 54
Figura 29: Clculo do DIALUX para a indstria metalrgica NBR ISO 8995-1 ........................... 55
Figura 30: Distribuio de luminrias para a indstria de metalurgia NBR ISO 8995-1 ........... 56
Figura 31: Iluminncia em Pontos Distantes da rea de TrabalhoNBR ISO 8995-1 ................. 56
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
7/63
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Relao entre luminncia e ngulo de corte ................................................................... 19
Tabela 2: Tabela nmero .................................................................................................................... 23Tabela 3: Quadro comparativo entre as Normas NBR 5413 e NBR ISO 8995-1 ............................ 31
Tabela 4: Quantitativo de iluminncia para escolas NBR 5413 ................................................... 35
Tabela 5: Fator de utilizao .............................................................................................................. 35
Tabela 6: Fatores de Manuteno para Lmpada Fluorescente .................................................... 36
Tabela 7: Fator de Manuteno fornecido pela ETAP para luminrias de LED ............................ 36
Tabela 8: Valores calculados NBR 5413 ........................................................................................ 37
Tabela 9: Quantitativo de iluminncia para escolas NBR ISO 8995-1 ........................................ 39
Tabela 10: Fator de utilizao ............................................................................................................ 40
Tabela 11: Valores calculados NBR ISO 8995-1 ............................................................................ 40
Tabela 12: Anlise de custo para a escola ....................................................................................... 42
Tabela 13: Quantitativo de iluminncia para bancos NBR 5413 ................................................. 44
Tabela 14: Fator de utilizao ............................................................................................................ 44
Tabela 15: Valores calculados NBR 5413 ...................................................................................... 46
Tabela 16: Quantitativo de iluminncia para comrcio NBR ISO 8995-1 ................................... 46
Tabela 17: Fator de utilizao ............................................................................................................ 47
Tabela 18: Valores calculados para o comrcio NBR ISO 8995-1 ............................................... 49
Tabela 19: Anlise de custo para o banco ........................................................................................ 50Tabela 20: Quantitativo de iluminncia para a indstria NBR 5413 ............................................ 51
Tabela 21: Fator de utilizao ............................................................................................................ 51
Tabela 22: Valores calculados para a indstria NBR 5413 .......................................................... 53
Tabela 23: Quantitativo de iluminncia para a indstria - NBR ISO 8995-1 .................................. 54
Tabela 24: Fator de utilizao ............................................................................................................ 55
Tabela 25: Valores calculados para a indstria NBR ISO 8995-1 ................................................ 57
Tabela 26: Anlise de custo para a indstria ................................................................................... 57
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
8/63
7
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABILUX: Associao Brasileira da Indstria de Iluminao
ABNT: Associao Brasileira de normas Tcnicas
ASBAI: Associao Brasileira de Arquitetos de Iluminao
CEEE: Companhia Estadual de Energia Eltrica do RS
CIE: Comisso Internacional de Eletrotcnica
ETAP: Fabricante belga de luminrias de LED
INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
LED: Diodo Emissor de Luz
PROCEL: Programa Nacional de conservao de Energia eltricaUDESC: Universidade do Estado de Santa Catarina
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
9/63
8
SUMRIO
1 INTRODUO ............................................................................................... 10
1.1. CONTEXTO ................................................................................................ 10
1.2. MOTIVAO .............................................................................................. 10
1.3. OBJETIVOS ................................................................................................ 12
2 CONCEITOS E DEFINIES ........................................................................ 13
2.1. CONCEITOS DE LUMINOTCNICA .......................................................... 13
2.1.1. Luz .......................................................................................................... 13
2.1.2. Cor .......................................................................................................... 13
2.1.3. Fluxo Luminoso ..................................................................................... 13
2.1.4. Eficincia Luminosa .............................................................................. 142.1.5. Iluminncia ou Iluminamento ............................................................... 14
2.1.6. Luminncia ............................................................................................ 15
2.1.7. Intensidade Luminosa ........................................................................... 16
2.1.8. Temperatura da Cor .............................................................................. 16
2.1.9. ndice de Reproduo de Cores (IRC) ................................................. 17
2.1.10. Ofuscamento.......................................................................................... 18
2.1.10.1. Proteo contra o Ofuscamento .......................................................... 19
2.1.10.2. Ofuscamento Desconfortvel ............................................................... 20
2.1.10.3. Ofuscamento Inabilitador ..................................................................... 20
2.1.10.4. Reflexo Veladora e Ofuscamento Refletido ....................................... 20
2.1.10.5. Controle do Ofuscamento .................................................................... 21
2.1.10.6. Blindagem ............................................................................................ 22
2.1.11. Direcionalidade ...................................................................................... 22
2.1.11.1. Modelagem .......................................................................................... 22
2.1.11.2. Iluminao Direcional de Tarefas Visuais ............................................ 232.1.12. Aspectos da Cor .................................................................................... 23
2.1.13. Cintilao e Efeito Estroboscpico ..................................................... 24
2.1.14. rea da Tarefa e Entorno Imediato ...................................................... 24
2.1.15. Refletncia ............................................................................................. 26
2.1.16. Contraste ................................................................................................ 26
2.1.17. Uniformidade ......................................................................................... 26
2.1.18. ndice do Local (k) ................................................................................. 26
2.1.19. Coeficiente de utilizao () ................................................................. 27
2.1.20. Fator de Depreciao ou Manuteno(D) ............................................ 27
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
10/63
9
3 A NORMATIZAO DA ILUMINAO DE INTERIORES NO BRASIL ....... 28
3.1. HISTRICO ................................................................................................ 28
3.2. FORMATO ATUAL ...................................................................................... 28
3.3. COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS NBR 5413 E NBR ISO 8995-1 ..... 293.3.1. Apresentao ......................................................................................... 29
3.3.2. Anlise e Diferenas ............................................................................. 29
4 ESTUDOS DE CASO ..................................................................................... 33
4.1. AS DUAS NORMAS APLICADAS EM UMA ESCOLA ................................ 34
4.1.1. NBR 5413 ................................................................................................ 34
4.1.2. ISO 8995-1 .............................................................................................. 39
4.1.3. Comparativo de Custos na Vida til da Operao ............................. 42
4.2. AS DUAS NORMAS APLICADAS NO COMRCIO.................................... 43
4.2.1. NBR 5413 ................................................................................................ 43
4.2.2. ISO 8995-1 .............................................................................................. 46
4.2.3. Comparativo de Custos na Vida til da Operao ............................. 49
4.3. AS DUAS NORMAS APLICADAS NA INDSTRIA .................................... 50
4.3.1. NBR 5413 ................................................................................................ 50
4.3.2. ISO 8995-1 .............................................................................................. 53
4.3.3. Comparativo de Custos na Vida til da Operao ............................. 575 CONCLUSES .............................................................................................. 59
6 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................ 61
REFERNCIAS.................................................................................................... 62
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
11/63
10
1 INTRODUO
1.1. CONTEXTO
De acordo com o Informe da Abilux (Associao Brasileira da Indstria de
Iluminao) de 15 de janeiro de 2014 (ABILUX, Informe, Ano 04, n. 32) o setor de
iluminao no Brasil fechou 2013 com um faturamento da ordem de R$ 4 bilhes,
crescendo aproximadamente 4% em relao a 2012. A Abilux atribuiu o
desempenho positivo oferta de produtos mais eficientes (fontes de luz e
luminrias) e evoluo do mercado com a chegada de novas tecnologias.
Os prximos anos so vistos pelos empresrios do setor de iluminao com ootimismo. A preocupao com a qualidade de iluminao crescente e algumas
obras como Copa do Mundo e Olimpadas favorecem a indstria de iluminao.
Existe ainda a expectativa do estabelecimento de uma Poltica Nacional para o setor
de iluminao que apoie o desenvolvimento e a fabricao no territrio nacional de
produtos com tecnologia LED (Light Emitting Diode, ou em portugus Diodo Emissor
de Luz). Entretanto, cabe ressaltar que algumas empresas j iniciaram no Pas
atividades que envolvem a fabricao de produtos com LED, mesmo sem contarcom o apoio de uma poltica nacional para este fim. Outra iniciativa o trabalho em
conjunto de entidades afins na busca de melhorias para o desenvolvimento de
projetos de produtos que se destaquem pela tecnologia e design com vistas ao
incremento das exportaes do setor e a qualificao dos produtos por meio de
regulamentaes do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia) e normas ABNT (Associao Brasileira de normas Tcnicas).
Nesse amplo cenrio da luminotcnica, a iluminao de interiores ocupa
papel de destaque, pois se preocupa em criar um ambiente seguro e confortvel
para a viso, tal que as tarefas sejam executadas da maneira mais concisa e menos
cansativa possvel.
1.2. MOTIVAO
At o incio do ano de 2013, as Normas Regulamentadoras NBR 5413 e NBR
5382, eram responsveis pela instruo da iluminao de ambientes internos. Essas
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
12/63
11
normas, relativamente obsoletas, no sofriam modificaes h bastante tempo.
Essa, desde 1985 e aquela, desde 1992.
Em 21 de abril de 2013, passou a vigorar uma nova norma responsvel por
especificar os requisitos de iluminao para locais de trabalho internos e os
requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
com conforto e segurana durante todo o perodo de trabalho, a ISO 8995-1.
Segundo a ISO 8995-1 (2013), uma iluminao de qualidade propicia que as
pessoas vejam o ambiente, movimentando-se de forma segura e desempenhando
tarefas de forma mais rpida. ISO 8995-1 cita que se pode iluminar o ambiente de
forma natural, artificial ou combinando ambas.
Uma boa iluminao requer igual ateno para a quantidade e qualidade dailuminao. Embora seja necessria a proviso de uma iluminnciasuficiente em uma tarefa, em muitos exemplos a visibilidade depende damaneira na qual a luz fornecida, das caractersticas da cor da fonte de luze da superfcie em conjunto com o nvel de ofuscamento do sistema. NestaNorma foi levado em considerao no apenas a iluminncia, mas tambmo limite referente ao desconforto por ofuscamento e o ndice de reproduode cor mnimo da fonte para especificar os vrios locais de trabalho e tiposde tarefas. Os parmetros para criar as condies visuais confortveis estopropostos no corpo desta Norma. Os valores recomendados foramconsiderados a fim de representar um balano razovel, respeitando os
requisitos de segurana, sade e um desempenho eficiente do trabalho. Osvalores podem ser atingidos com a utilizao de solues energeticamenteeficientes. (ISO 8995-1, 2013)
Ainda segundo a Norma, existem os parmetros ergonmicos visuais: a
capacidade de percepo do usurio e as caractersticas e atributos da atividade,
que determinam a qualidade das habilidades visuais das pessoas que esto
utilizando a iluminao. Esses parmetros determinam tambm a qualidade do nvel
de desempenho das tarefas.
Em alguns casos a otimizao destes fatores de influncia pode melhorar odesempenho sem ser necessrio aumentar os nveis de iluminncia. Porexemplo, pela melhora do contraste na tarefa, ampliando a visualizao deprpria tarefa atravs do uso de equipamentos de auxlio viso (culos) epela proviso de sistemas de iluminao especiais com capacidade de umailuminao local direcional. (ISO 8995-1, 2013)
Nesse contexto, tendo em vista a importncia do tema e tambm a sua
relao com a realidade atual, este trabalho usar a norma ABNT 5413, revogada
em abril de 2013 e a norma ISO 8995-1, em vigor a partir de abril de 2013, para a
realizao de projetos de uma Escola, uma Indstria metalrgica e uma sala de
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
13/63
12
atendimento bancrio. O trabalho far um comparativo ressaltando as principais
diferenas entre as duas normas, inclusive com uma anlise de custos de
implantao.
1.3. OBJETIVOS
De acordo com o exposto acima, os objetivos do trabalho esto estruturados
da seguinte forma:
a) Contextualizar o leitor a respeito das normas de luminotcnica, com uma
breve descrio histrica;b) Definir os principais conceitos de luminotcnica, a fim de permitir um
entendimento do trabalho e deixar a leitura autocontida;
c) Comparar a norma ISO 8995-1/2013 com a NBR 5413/1992, explicitando as
principais diferenas;
d) Projetar, com o auxlio do DIALUX, a iluminao de acordo com as duas
normas e usando lmpadas de LED, para ilustrar o trabalho e permitir as
comparaes;e) Atuar como um instrumento de auxlio no entendimento da nova norma.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
14/63
13
2 CONCEITOS E DEFINIES
De acordo com Hlio Creder (2007, p. 160), para que possamos fazer os
clculos luminotcnicos, devemos tomar conhecimento das grandezas fundamentais
baseadas nas definies apresentadas pela ABNT. Sendo assim, os conceitos
elencados abaixo daro auxlio para o entendimento dos elementos da
luminotcnica.
2.1. CONCEITOS DE LUMINOTCNICA
2.1.1. Luz
Segundo Creder (2007, p. 160), a Luz o espectro da energia radiante que
um observador humano constata pela sensao visual, determinado pelo estmulo
da retina ocular.
A faixa das radiaes eletromagnticas capaz de ser percebida pelo olho
humano se situa entre os comprimentos de onda de 3800 a 7600 angstrms1.
2.1.2. Cor
Consoante Creder (2007, p. 161), a cor da luz determinada pelo
comprimento de onda, sendo a luz violeta a de menor comprimento de onda visvel
do espectro, entre 3800 e 4500 , e a cor vermelha a de maior comprimento de
onda visvel, entre 6400 e 7600 .
2.1.3. Fluxo Luminoso
Segundo o Manual da Osram (2000), o Fluxo Luminoso a radiao total da
fonte luminosa entre os limites de comprimento de onda (380 e 780nm). O fluxo
luminoso a quantidade de luz emitida por uma fonte na tenso nominal de
funcionamento. Sua unidade o lmen (lm).
1O Angstrm, cujo smbolo , o comprimento de onda unitrio e igual a dez milionsimos domilmetro
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
15/63
14
2.1.4. Eficincia Luminosa
O Manual da Osram (2000) ainda diz que as lmpadas se diferenciam entre si
no s pela diferena de fluxo luminoso que elas irradiam, mas tambm pelas
diferentes potncias que consomem. Para poder compar-las necessrio que se
saiba quantos lumens so gerados por watt absorvido. Sua unidade o lmen/watt
(lm/W). Na figura 1 se pode observar um comparativo entre vrios tipos de
lmpadas:
Figura 1: Comparativo de eficincia entre diferentes tipos de lmpadas
Fonte: Carrion, Daniel Brum (2012, p. 09)
2.1.5. Iluminncia ou Iluminamento
A iluminncia a luz que uma lmpada irradia, relacionada superfcie sobre
a qual ela incide. Indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre uma
superfcie situada a certa distncia desta fonte. Na prtica, a quantidade de luz
dentro de um ambiente e pode ser medida com o auxlio de um luxmetro. Como o
fluxo luminoso no distribudo uniformemente, a iluminncia no ser a mesma em
todos os pontos da rea em questo. Considera-se por isso a iluminncia mdia
(Em). A norma NBR 5413 estabelecia os valores mdios de iluminamento at 2013.
A partir de abril de 2013 a ISO 8995-1 passou a estabelecer os valores mdios para
cada ambiente.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
16/63
15
Figura 2: Iluminncia
Fonte: Manual Luminotcnico da Osram
2.1.6. Luminncia
Est ligada ao brilho, a diferena entre zonas claras e escuras.
Matematicamente, a razo da intensidade luminosa (dI) incidente num elemento
de superfcie que contm o ponto dado, para a rea (dA) aparente vista pelo
observador, quando esta rea tende a zero. expressa em cd/m (candela por
metro quadrado).
Figura 3: Luminncia: Luz refletida visvel
Fonte: Manual de Luminotcnica da Osram
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
17/63
16
2.1.7. Intensidade Luminosa
o fluxo luminoso irradiado na direo de um determinado ponto. Essa
direo representada por vetores, cujo comprimento indica a Intensidade
Luminosa. expressa em candela (cd). As lmpadas comerciais exibem
comumente, uma curva de distribuio luminosa. Essa curva a representao
vetorial da intensidade luminosa em todos os ngulos em que ela direcionada num
plano. obtida ligando-se as extremidades desses vetores, representada em
coordenadas polares e nos diz se a luz concentrada, difusa, simtrica, etc.
Figura 4: Intensidade Luminosa
Fonte: Manual de Luminotcnica da Osram (p. 03)
Figura 5: Luminria LAA 03-E e sua respectiva curva de iluminao
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
2.1.8. Temperatura da Cor
a grandeza que expressa aparncia de cor da luz. Quanto mais alta a
temperatura de cor, mais branca a cor da luz. Sua unidade o Kelvin (K). A luz
quente a que tem aparncia amarelada e temperatura de cor baixa: 3.000K ou
menos. A luz fria, ao contrrio, tem aparncia azul-violeta, com temperatura de cor
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
18/63
17
elevada: 6.000K ou mais. A luz branca natural aquela emitida pelo sol em cu
aberto ao meio-dia, cuja temperatura de cor de 5.800K.
Figura 6: Temperatura de Cor
Fonte: Manual de Luminotcnica da Osram
2.1.9. ndice de Reproduo de Cores (IRC)
a medida de correspondncia entre a cor real de um objeto ou superfcie e
sua aparncia diante de uma fonte de luz. A luz artificial, como regra, deve permitir
ao olho humano perceber as cores corretamente, ou o mais prximo possvel da luz
natural. Lmpadas com IRC de 100% apresentam as cores com total fidelidade e
preciso. Quanto mais baixo o ndice, mais deficiente a reproduo de cores. Os
ndices variam conforme a natureza da luz e so indicados de acordo com o uso de
cada ambiente.
Figura 7: ndice de Reproduo da Cor
Fonte: Lumicenter, Informaes Tcnicas (p. 02)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
19/63
18
2.1.10. Ofuscamento
Segundo a Norma ABNT ISO 8995-1 (2013):
Ofuscamento a sensao visual produzida por reas brilhantes dentro docampo de viso e pode ser experimentado tanto como um ofuscamentodesconfortvel quanto um ofuscamento inabilitador. O ofuscamento podetambm ser causado por reflexes em superfcies especulares e normalmente conhecido como reflexes veladoras ou ofuscamento refletido. importante limitar o ofuscamento para evitar erros, fadiga e acidentes. Oofuscamento inabilitador mais comum na iluminao exterior, mastambm pode ser experimentado em iluminao pontual ou fontes brilhantesintensas tais como uma janela em um espao relativamente poucoiluminado. (ABNT ISO 8995, 2013)
Para a Norma, no interior de locais de trabalho o ofuscamento desconfortvel
geralmente surge diretamente de luminrias brilhantes ou janelas. Se os limites
referentes ao ofuscamento desconfortvel so atendidos, o ofuscamento inabilitador
no geralmente um grande problema.
Figura 8: Ofuscamento
Fonte: Site do Laboratrio Nacional de Astrofsica
importante observar que a norma NBR 5461, de 1991, tambm tratava de
alguns conceitos de ofuscamento, porm, somente definia brevemente o
ofuscamento e os tipos de ofuscamento. Pode-se perceber maior preocupao na
ISO 8995-1 com o assunto, que alm de definir de uma maneira um pouco mais
abrangente, tambm se preocupa em mostra como evitar os ofuscamentos em
locais de trabalho. O ofuscamento pode ocorrer de duas diferentes maneiras:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
20/63
19
a) Contraste: Quando a proporo entre as luminncias de objetos do campo
visual maior do que 10:1;
b) Saturao: A viso fica saturada quando existe luz em excesso, ocorrendo
normalmente quando a luminncia mdia no campo de viso excede
25000 cd/m (candelas por metro quadrado).
2.1.10.1. Proteo contra o Ofuscamento
Para a Norma ABNT ISO 8995-1 (2013), a principal causa do ofuscamento
so as luminncias excessivas ou contrastes no campo de viso que podem
prejudicar a visualizao de objetos. Para a Norma, convm que isto seja evitado,por exemplo, atravs da proteo contra viso direta das lmpadas ou por um
escurecimento nas janelas por anteparos.
Para lmpadas eltricas ou outras fontes naturais de luz o ngulo de corte,
mnimo para proteo da visualizao direta da lmpada no pode ser menor do que
os valores da tabela 1:
Tabela 1: Relao entre luminncia e ngulo de corte
Fonte: Norma ABNT ISO 8995-1 (2013)
Segundo a NBR ISO 8995-1, ngulo de corte o ngulo medido a partir do
plano horizontal, abaixo do qual a(s) lmpada(s) so protegidas da viso direta do
observador pela luminria conforme a figura 9.
Figura 9: ngulo de corte
Fonte: UDESC (Iluminao de ambientes de trabalho)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
21/63
20
2.1.10.2. Ofuscamento Desconfortvel
aquele que normalmente surge de luminrias brilhantes ou janelas, vem de
brilho excessivo entre superfcies adjacentes, perturbando a viso sem
necessariamente prejudicar a distino de objetos.
Conforme a ISO 8995-1 (2013), o valor referente ao ofuscamento
desconfortvel de uma instalao de iluminao deve ser determinado pelo mtodo
tabular do ndice de Ofuscamento Unificado da CIE (UGR2), baseado na equao:
(1)
Onde:
Lb a luminncia de fundo (cd/m2),
L a luminncia da parte luminosa de cada luminria na direo do olho do
observador (cd/m2)
o ngulo slido da parte luminosa de cada luminria junto ao olho do
observador (esferorradiano)
-p o ndice de posio Guth de cada luminria individualmente relacionado ao seudeslocamento a partir da linha de viso
2.1.10.3. Ofuscamento Inabilitador
aquele que impede o desenvolvimento da tarefa visual momentaneamente,
ocorre quanto tem uma intensidade muito grande de luz, normalmente excede 25000
cd/m
2.1.10.4. Reflexo Veladora e Ofuscamento Refletido
A ISO 8995-1 (2013) afirma que as reflexes especulares em uma tarefa
visual, muitas vezes chamadas reflexo veladora ou ofuscamento refletido, podem
alterar a visualizao da atividade e podem ser prejudiciais.
2UGR (Unified Glare Rating), na sigla em Ingls
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
22/63
21
A reflexo veladora e o ofuscamento refletido podem ser evitados oureduzidos se tomadas as seguintes medidas: distribuio de luminrias elocais de trabalho (evitando colocar luminrias na zonaprejudicada);acabamento superficial (utilizar superfcies com materiaispouco reflexivos); luminncia das luminrias (limite);aumento da rea
luminosa da luminria (ampliar a rea luminosa);teto e as superfcies daparede (clarear, evitar pontos brilhantes). (ABNT ISO 8995-1, 2013)
2.1.10.5. Controle do Ofuscamento
A ISO 8995-1 (2013, anexo C) preocupa-se com o controle do ofuscamento
desconfortvel e sugere valores mximos e formas de controle.
De acordo com a norma, os limites mximos definidos pelo mtodo UGR
esto descritos abaixo:
a) Desenho tcnico 16
b) Leitura, escrita, salas de aula, computao, inspees 19
c) Trabalho em indstria, exposies, recepo 22
d) Trabalho bruto, escadas 25
e) Corredores 28
Na mesma linha de controle, existe a preocupao com o ofuscamento
refletido, pois em uma estao de trabalho contendo monitores, a luz refletida na tela
pode causar desconforto. A norma sugere ngulo mximo de posicionamento dos
monitores e tambm ngulo mximo do plano de radiao, conforme texto abaixo:
Os limites da luminncia so especificados para luminrias que podemrefletir ao longo da linha normal de viso de uma tela inclinada at 15.Como regra geral, 1 000 cd/m2 precisa ser observado para a tela de LCDpositiva e os monitores CRT com um bom acabamento anti-reflexivo ou anti-ofuscamento e 200 cd/m2 para tela de monitores CRT negativos tais comoaqueles utilizados para estaes de trabalho CAD. (ABNT ISO 8995-1,2013)
Recomenda-se que as luminncias especificadas no sejam excedidas em
ngulos de elevao 65 a partir de uma vertical descendente em qualquer plano de
radiao.
Na figura 10 mostra-se a Zona crtica de radiao (65) para luminncia de
luminria que pode provocar brilho refletido em uma tela.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
23/63
22
Figura 10: Zona crtica de radiao
Fonte: Norma ABNT ISO 8995-1 (2013)
2.1.10.6. Blindagem
De acordo com a norma NBR ISO 8995-1, recomendado que as lmpadas
sejam devidamente blindadas, pois o excesso de brilho no campo de viso pode
causar ofuscamento. O ngulo de blindagem para as luminrias que so abertas por
baixo ou so equipadas com um tampa clara, definido como o ngulo entre a
horizontal e a linha da de viso abaixo da qual as partes luminosas da lmpada na
luminria so visveis.
Figura 11: ngulo de Blindagem
Fonte: Norma ABNT ISO 8995-1 (2013)
2.1.11. Direcionalidade
De acordo com a norma NBR ISO 8995-1(2013), a direcionalidade usada
para realar cores e texturas, sendo que a iluminao direcional pode aumentar a
visibilidade. usada, por exemplo, em museus e exibies de arte.
2.1.11.1. Modelagem
Conforme a Norma ISO 8995-1:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
24/63
23
A modelagem se refere ao equilbrio entre a luz difusa e direcional. Isto um critrio vlido da qualidade da iluminao em praticamente todos ostipos de ambientes internos. A aparncia geral de um ambiente interno realada quando sua estrutura, as pessoas e objetos inseridos nele soiluminados de tal forma que as texturas so reveladas de forma clara e
agradvel. Isto ocorre quando a luz vem notadamente de uma direo; assombras formadas so essenciais para uma boa modelagem e soformadas sem confuso. (ABNT, ISO 8995-1, 2013)
2.1.11.2. Iluminao Direcional de Tarefas Visuais
Ainda segundo a ISO 8995-1 (2013), iluminao em uma direo especfica
pode revelar os detalhes de uma tarefa visual, aumentando sua visibilidade e
fazendo com que a tarefa seja realizada mais facilmente. particularmente
importante para tarefas de texturizao finas e gravaes/entalhes.
2.1.12. Aspectos da Cor
Conforme a ISO 8995-1 (2013), as qualidades da cor de uma lmpada so
caracterizadas por dois atributos: a aparncia de cor e a sua capacidade de
reproduo de cor, que afeta a cor de objetos e pessoas iluminadas pela lmpada.
Considerando esses dois atributos separadamente:
a) Aparncia da cor que se refere cor aparente (cromaticidade da
lmpada) da luz que ela emite e pode ser descrita pela sua temperatura de
cor correlata.
As lmpadas normalmente so divididas em trs grupos de acordo com suas
temperaturas de cor correlata (Tcp).
Tabela 2: Tabela nmero
Fonte: Norma ABNT ISO 8995-1 (2013)
A escolha da aparncia da cor depende de fatores psicolgicos, estticos e
do que entendido como natural. Para a ISO 8995-1, a escolha depende da
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
25/63
24
iluminncia, cores da sala e mobilirio, clima e a aplicao. Em climas quentes
normalmente preferencial a aparncia da cor de uma luz mais fria, e em climas
frios preferencial a aparncia da cor de uma luz mais quente.
b) Reproduo de cor - importante tanto para o desempenho visual quanto
para a sensao de conforto e bem-estar que as cores sejam reproduzidas
de forma correta e natural.
As cores para segurana, de acordo com a ISO 3864, devem sempre ser
reconhecveis e claramente discriminadas.
Para fornecer uma indicao objetiva das propriedades de reproduo de corde uma fonte de luz foi introduzido o ndice geral de reproduo de cor Ra. O valor
mximo de Ra 100. Este valor diminui com a reduo da qualidade de reproduo
de cor.
No se recomenda a utilizao de lmpadas com Ra inferior a 80 eminteriores onde as pessoas trabalham ou permanecem por longos perodos.Pode haver excees para a iluminao de montagem alta (high-bayiluminao utilizada em alturas de montagem superior a 6 m) e parailuminao externa. Mas mesmo nessas condies devem ser tomadas
medidas adequadas para garantir que lmpadas com uma reproduo decor mais alta sejam utilizadas em locais de trabalho continuamenteocupados e tambm onde as cores para segurana tm que serreconhecidas. (ABNT, ISO 3864, 2013)
2.1.13. Cintilao e Efeito Estroboscpico
A cintilao causa distrao e pode provocar efeitos fisiolgicos como dores
de cabea. Convm que o sistema de iluminao seja projetado para evitar a
cintilao e os efeitos estroboscpicos. Os efeitos estroboscpicos podem levar a
situaes de perigo pela mudana da percepo de movimento de rotao ou por
mquinas alternativas (de movimento repetitivo).
2.1.14. rea da Tarefa e Entorno Imediato
rea da tarefa definida como a rea parcial no local de trabalho em que a
tarefa visual realizada. O desempenho visual necessrio para a tarefa visual
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
26/63
25
determinado pelos respectivos elementos visuais (tamanho dos objetos, contraste de
fundo, luminncia dos objetos e tempo de exposio) da atividade realizada.
Para os locais onde o tamanho e/ou a localizao da rea da tarefa
desconhecida, a rea onde o trabalho pode ocorrer considerada como a rea da
tarefa.
O entorno imediato definido como a rea ao redor da rea da tarefa dentro
do campo de viso.
Recomenda-se que esta imediao seja de pelo menos de 0,5 m de largura e
pode ser considerada como uma faixa ao redor da rea da tarefa.
Quando em um sistema de iluminao, a localizao precisa da tarefa visual
no tiver condies de ser definida devido a localizao ser desconhecida ou aatividade realizada envolver um nmero de tarefas visuais diferentes,
recomendado que as diversas reas de tarefa sejam combinadas para formar uma
rea maior (referenciada a seguir como a rea de trabalho). Onde a localizao dos
locais de trabalho for desconhecida, esta rea de trabalho pode tambm ser a sala
inteira.
Se a distribuio da iluminncia nestas reas maiores tem uma uniformidade
de U1 >0,6, pode ser assumido que o U1 >0,7 necessrio sempre atendido nasreas de tarefa individuais (ver Figura 12).
Figura 12: rea de Tarefa e Entorno Imediato
Fonte: Norma ABNT ISO 8995-1 (2013)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
27/63
26
2.1.15. Refletncia
A refletncia definida como a relao entre o fluxo luminoso incidente e o
refletido. Ela diretamente relacionada com a cor, pois quanto maior a refletncia,
melhor ser a distribuio do fluxo e maior ser a iluminncia do recinto.
A NBR ISSO 8995-1 sugere as seguintes faixas de refletncia teis para as
principais superfcies internas:
- teto: 0,6 - 0,9
- paredes: 0,3 - 0,8
- planos de trabalho: 0,2 - 0,6
- piso: 0,1 - 0,5
2.1.16. Contraste
O contraste a diferena de brilho entre um objeto e seu entorno.
A norma NBR ISO 899-1 observa que: Contrastes de luminncias muito altos
causam fadiga visual devido contnua readaptao dos olhos. e contrastes de
luminncia muito baixos resultam em um ambiente de trabalho sem estmulo etedioso.
2.1.17. Uniformidade
a relao entre o valor mnimo e o valor mdio de iluminncia em um
ambiente. A ISO NBR 8995-1 recomenda que esse valor seja superior a 0,7 na rea
de tarefa e superior a 0,5 no entorno imediato.
2.1.18. ndice do Local (k)
um ndice que depende das dimenses do ambiente projetado, quanto mais
estreito e alto for um local, mais luz as paredes absorvem; quanto mais largo for o
local, menos luz as paredes absorvem. Varia conforme o fabricante, mas uma
relao entre comprimento largura e altura, nesse trabalho, ser considerado o
ndice local (ou fator local) definido pela Philips como:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
28/63
27
K =
, onde: (2)
2.1.19. Coeficiente de Utilizao ()
Nem todo o fluxo emitido () atinge o plano de trabalho (), surge ento, um
ndice que relaciona o fluxo emitido e o fluxo incidente nesse plano. O quociente
entre o segundo e o primeiro chama-se coeficiente de utilizao:
=
(3)
O coeficiente de utilizao depende do ndice de local (K), do coeficiente de
reflexo de teto e paredes e do sistema de iluminao e luminrias utilizadas.
Para determinar este valor, recorre-se tabela do Fator de Utilizao disponibilizada
pelo fabricante ou usamos programas de clculo luminotcnico que determinam
esse valor automaticamente.
2.1.20. Fator de Depreciao ou Manuteno(D)
Leva em conta o envelhecimento das lmpadas e das luminrias e a sujeira
que se acumula dentro delas diminuindo os fluxos luminosos. Para evitar que em
pouco tempo a iluminncia se torne demasiado baixa, deve-se sobredimensionar
inicialmente o valor do fluxo a calcular, e levando em conta um fator corretivo que
o fator de depreciao. A ISO 8995-1 considera o fator de manuteno como um
mltiplo de fatores determinado a seguir:
MF = FMFL x FSL x FML x FMSS, onde: FMFL considera a depreciao dofluxo luminoso da lmpada; FSL considera o efeito de falha porenvelhecimento da lmpada; FML considera os efeitos de reduo do fluxoluminoso devido ao acmulo de sujeira nas luminrias e FMSS considera areduo da refletncia devido deposio de sujeira nas superfcies dasala.Os valores dos fatores de manuteno individuais podem ser obtidosatravs dos fabricantes ou ser encontrados em curvas de valores mdiospadro em publicaes de iluminao como a CIE 97. (ABNT, ISO 8995-1,
2013)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
29/63
28
3 A NORMATIZAO DA ILUMINAO DE INTERIORES NO BRASIL
3.1. HISTRICO
A normatizao de interiores no Brasil, remonta ao ano de 1958, quando em
01 de janeiro daquele ano a NBR 5413 teve sua publicao oficial para estabelecer
os nveis de iluminamento recomendados, obtidos com iluminao artificial, para
interiores. Desde ento, a norma foi atualizada algumas vezes: em 1969, 1982 e
1992; a norma teve atualizaes que no trouxeram grandes novidades nem
grandes diferenas. A ltima novidade, que passou a vigorar a partir de 2013, foi a
publicao de uma nova norma que revogou as anteriores (NBR 5413 e NBR 5382).
3.2. FORMATO ATUAL
A nova norma, baseada em normas internacionais, comeou a tomar forma
em 2009. Entre 2009 e 2013 foram realizadas 13 reunies com a participao de
diversas instituies: ABILUX, CIE) Brasil (Comisso Internacional de Eletrotcnica),
ASBAI (Associao Brasileira de Arquitetos de Iluminao), Eletrobrs, Procel(Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica), Inmetro, Fundacentro,
universidades, arquitetos, lighting designers, fabricantes de equipamentos,
laboratrios e concessionrias de energia eltrica. A NBR ISO 8995-1 foi publicada
em 21/03/2013 com nova nomenclatura, pois se baseou na norma internacional ISO
8995-1Lighting of indoor workplaces, elaborada em conjunto com a CIE (CIE S
008/E) e consonante com a norma europia 12464-1- Lighting of workplaces.
A nova norma aborda aspectos qualitativos e quantitativos da iluminao paraque as pessoas desempenhem suas tarefas visuais de maneira eficiente, com
conforto e segurana. A nova norma tem uma preocupao com eficincia
energtica, buscando utilizar tambm a luz natural quando possvel.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
30/63
29
3.3. COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS NBR 5413 E NBR ISO 8995-1
3.3.1. Apresentao
A nova norma trouxe uma srie de melhorias em relao anterior. Ela
baseada em normas internacionais e possui muito mais itens do que anterior. Para
se ter uma ideia, a NBR 5410 possui 13 pginas e a NBR ISO 8995-1, 46 pginas.
3.3.2. Anlise e Diferenas
A NBR ISO 8995-1 baseia-se na Norma Internacional ISO 8995-1 (Lighting ofindoor workplaces), elaborada em conjunto com a CIE (CIES 008/E) e encontra-se
em consonncia com a norma europeia EN 12464-1 (Lighting of workplaces).
Dentre as alteraes ocorridas aps a edio da nova norma, podemos
verificar uma mudana significativa de nomenclatura. Antes a norma era
exclusivamente brasileira e no possua referncia CIE. Agora, a norma segue a
ISO e tornou-se norma internacional.
Dentre as diferenas verificadas, pode-se citar que a NBR 5413 levava emconta a idade, a velocidade e preciso da tarefa e a refletncia de fundo para o
projeto de iluminao, j a ISO 8995-1 excluiu a idade como varivel de projeto.
Apesar de a capacidade visual ficar prejudicada com o passar dos anos, seria difcil
planejar ambientes para uma faixa etria especfica. difcil imaginar, por exemplo,
uma sala de aula ou uma indstria sendo ocupada por uma faixa etria especfica.
A NBR ISSO 8995-1 criou um novo ambiente recomendado quando a idade
pode ser um valor relevante, por exemplo, para salas de aula, a norma separou-asem diurnas e noturnas e tambm o ensino adulto do infantil. Apesar de no levar em
conta a idade, a nova norma preocupa-se muito com os problemas gerados pelo
ofuscamento, pois com uso cada vez mais frequentes de monitores de LED, o
ofuscamento desconfortvel aparece com mais frequncia em ambientes de
trabalho. As telas de monitores de LED so altamente reflexivas provocando
ofuscamento desconfortvel
Na norma antiga, os projetos levavam em conta apenas a iluminao em
geral, a nova norma define o que tarefa e entorno imediato, diferenciando os nveis
de iluminncia para essas reas.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
31/63
30
importante separar a rea de tarefa do entorno pois essa separao pode
gerar uma economia nos custos de instalao de projeto e de energia eltrica, uma
vez que a uniformidade recomendada para entorno imediato inferior
uniformidade recomendada para rea de trabalho. Esta recomenda uniformidade de
0,7, aquela de 0,5. O conforto e a segurana esto presentes na nova norma. Em
zonas de transio, por exemplo, corredores que ligam salas com iluminamento
diferentes, a ISO 8995-1, determina que se tenha uma zona de transio para evitar
mudanas bruscas de iluminao. Em locais onde existem cores para segurana,
por exemplo, estacionamentos, postos de combustveis, tneis e fornos, a ISO 8995-
1 exige que as cores sejam facilmente reconhecveis, independente do iluminamento
exigido para a rea da tarefa Na norma nova tambm possvel verificar umapreocupao com a eficincia energtica, que leva em conta, por exemplo, a luz
natural e especifica manutenes (depreciao de lmpadas, desgaste de
luminrias e superfcies).
Embora a manuteno seja uma evoluo importante na NBR ISO 8995-1,
pois especifica um mtodo de clculo para o fator de manuteno considerando a
depreciao do fluxo luminoso, o envelhecimento, a reduo do fluxo luminoso com
o passar do tempo e a reduo da refletncia devido sujeira, ela no contemplauma tabela de fatores caractersticos para LED, contemplando apenas lmpadas
fluorescentes, lmpadas fluorescentes compactas e lmpadas de vapor de sdio.
Ao contrrio da norma atual, a NBR 5413 no abordava o ndice de
reproduo da cor e a temperatura da cor, preocupava-se apenas com os nveis de
iluminncia. Para algumas classes de tarefa, a NBR ISSO 8995-1 determina a
temperatura da cor, por exemplo, para atividades de pintura e controle de qualidade,
a temperatura da cor mnima exigida de 4000k. O ndice de reproduo da cortambm exigido, e quanto mais crtica for a atividade, maior o ndice de
reproduo da cor exigido, para uma ideia inicial, o IRC exigido para uma sala
cirrgica de no mnimo 90, enquanto o IRC exigido para tarefas industriais sem
preciso de 60. Outra novidade importante a grade de clculo que define
distncias entre pontos de iluminao. Nesse caso, uma sala pequena tem uma
distncia menor entre os pontos de iluminao do que uma sala grande.
Um quadro comparativo com as principais diferenas entre as normas est
apresentado abaixo:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
32/63
31
Tabela 3: Quadro comparativo entre as Normas NBR 5413 e NBR ISO 8995-1
Fatores Norma NBR 5413 Norma NBR ISO 8995-1
Idade A idade era um fator
importante no projeto. Era
apresentada uma grade
dividida em trs grandes
grupos de idade: inferior a
40 anos, entre 40 e 55 anos
e acima de 55 anos
No contempla
ndice de ofuscamento No contempla uma das grandes
inovaes da nova norma.
abordado o ofuscamento
direto, o ofuscamento
refletido e so indicados
valores de referncia. A
norma preocupa-se
tambm com o controle de
ofuscamento. So
definidas salas-padro
para controle de
ofuscamento
Refletncia Era dividida em trs grandes
grupos: at 30%, de 30% a
70% e acima de 70%
Definiu faixas padro de
refletncia para teto,
paredes, pisos e planos de
trabalho
Dificuldade e Preciso
da Tarefa
Dividida em trs grandes
grupos: Sem importncia,Importante e Crtica
contemplada juntamente
com o ofuscamento, ondice de reproduo da
cor e a Iluminncia, com
valores de referncia para
as principais tarefas e
ambientes
ndice de Reproduo
da Cor
No contempla Sugere que o fabricante de
cada lmpada fornea os
valores
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
33/63
32
rea de Tarefa e
Entorno imediato
No contempla A rea de tarefa foi
definida como a rea onde
a tarefa executada e o
entorno imediato comouma zona de 0,5 metros ao
redor do plano da tarefa.
Especifica valores que
podem ser diferentes para
rea e entorno
Manuteno No contempla O anexo D trata da
manuteno do sistema de
iluminao. A norma
explica o que dever ser
considerado em uma
manuteno, como
depreciao de lmpadas,
manuteno de luminrias
e de superfcies da sala, e
d exemplos de quais
devem ser os fatores de
manuteno em funo do
tipo de ambiente e da
periodicidade de limpeza
Grade de Clculos No contempla O anexo B recomenda
critrios para elaborao
de projetos em softwares
com as diferentes
geometrias, recomenda
espaamento entre
lmpadas para diferentes
tamanhos de salas
Uniformidade No contempla Recomenda que seja
superior a 0,7
Temperatura da Cor No contempla Recomenda, em
determinados ambientes,temperatura mnima da cor
Fonte: Elaborada pelo autor
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
34/63
33
4 ESTUDOS DE CASO
A adequao dos nveis de iluminncia parte fundamental de um bom
projeto luminotcnico e o LED apresenta-se como uma tendncia interessante
devido longa vida til e ao baixo consumo de energia, portanto, para os estudos de
caso a seguir sero usadas lmpadas de LED do fabricante Lumicenter. O mtodo
de clculo usado ser o mtodo dos lumens, com a adaptao para cada uma das
normas.
O mtodo consiste nos passos abaixo:
1) Verificao do Iluminamento de acordo com a norma: Escolha, videtabela definida em norma, da quantidade de luz para o ambiente projetado;
2) Escolha da lmpada e da luminria: Determinao do modelo e
potncia da lmpada e do modelo da luminria;
3) Clculo do fator local atravs da equao (2);
4) Determinao do fator de utilizao: O coeficiente de utilizao
depende do ndice de local (K), do coeficiente de reflexo de teto e paredes e do
sistema de iluminao e luminrias utilizadas. Para determinar este valor, recorre-se
tabela do Fator de Utilizao constante do folheto da luminria escolhida. Cruza-se
o valor do ndice do local (K) com os coeficientes de reflexo do espao a ser
iluminado;
5) Determinao do fator de depreciao: Para evitar que em pouco
tempo a iluminncia se torne demasiadamente baixa, deve-se sobredimensionar
inicialmente o valor do fluxo a calcular, levando em conta um fator corretivo
chamado fator de depreciao;
6) Clculo do fluxo total. Depois de conhecidas todas as grandezas
anteriores, podemos finalmente calcular o fluxo que deve ser instalado atravs da
equao: =
,onde: (4)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
35/63
34
7) Determinao do nmero de luminrias: Divide-se o fluxo total pelo
fluxo individual fornecido pelo fabricante da lmpada;
, (5)
8) Distribuio das luminrias.
4.1. AS DUAS NORMAS APLICADAS EM UMA ESCOLA
As salas de aula objeto deste estudo possuem as seguintes dimenses: 12
metros de comprimento, 8 metros de largura e 3 metros de altura (p direito). As
paredes possuem refletncias de 80% no teto (cor clara), 50% nas paredes (corclaro-mdia) e 20% no cho (cor escura).
4.1.1. NBR 5413
Abaixo ser apresentado o projeto para uma sala de aula de uso noturno e
adulto usando a NBR 5413 com iluminao com lmpadas de LED.
O primeiro passo verificar na norma a quantidade de luxes especificada.Nesse ponto, surge a primeira dvida para um projetista que se baseia na norma
NBR 5413, pois a norma especifica trs faixas de iluminncia para cada ambiente.
Essas trs faixas, variam de acordo com: idade dos ocupantes, preciso da tarefa e
refletncia de fundo. Isso acarreta em dificuldade para prever a faixa etria
predominante de usurios do local, bem como o nvel das tarefas desempenhadas.
Como exemplo, imagina-se uma sala de aula que usada para o ensino mdio e
para uma aula de desenho tcnico para a terceira idade. fcil perceber que o tipo
de tarefa mudaria drasticamente entre os usos, bem como a idade dos usurios.
O item 5.3.13 da NBR 5413 fornece os trs valores iluminncia.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
36/63
35
Tabela 4: Quantitativo de iluminncia para escolas NBR 5413
Fonte: NBR 5413 (1992)
Para o projeto, ser usada a luminria LAN, da Lumicenter. Essa uma
luminria simples e, de acordo com descrio do fabricante, indicada para
ambientes que no exigem controle de ofuscamento. A temperatura da cor dessa
lmpada 4.000K
Figura 13: Luminria LAN do fabricante Lumicenter para a escola
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
Essa luminria equipada com lmpada de LED de 58W e o ndice local
calculado pela frmula (2): K = 2,105.
J o fator de utilizao fornecido na tabela 5 do fabricante conforme abaixo:
Tabela 5: Fator de utilizao
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
37/63
36
Chega-se ao fator de utilizao de 0,88.
O fluxo total dado pela expresso (3).
De acordo com Cotrim (2009, p. 442), os valores usuais para fatores de
manuteno (so dados pela tabela 6:
Tabela 6: Fatores de Manuteno para Lmpada Fluorescente
Fonte: Cotrim (2009, p. 442)
Os valores mostrados na tabela so para lmpadas fluorescentes. Ainda hoje,
com o advento do uso de LEDS, muito projetistas utilizam essa tabela, pois a NBR
ISO 8995-1 no contempla uma tabela padro para LED.
No caso desse projeto, utilizarei uma tabela de referncia fornecida pela
ETAP (tabela 7), fabricante europeia de luminrias de LED, pois a Lumicenter nofornece valores tpicos de fatores de manuteno para LED. oportuno lembrar que
a OSRAM e a Philips tambm no fornecem esses valores.
Tabela 7: Fator de Manuteno fornecido pela ETAP para luminrias de LED
Fator de Manuteno
Tipo de Luminria Aplicao 25.000h 50.000h 60.000h
D1/D2/D3 Escritrio 79 69 64
D42 Escritrio 88 86 86
E10/E11/E12 Indstria 84 83 82
E14 Indstria 78 72 66
FLAIRE Escritrio 87 84 83
R7 Escritrio 88 87 86
R8 Escritrio 80 72 69
U7 Escritrio 88 87 86
UM2 Escritrio 84 80 78
V2M11 Escritrio 88 87 86
V2M17 Escritrio 83 77 74V2M1F/J Escritrio 83 78 76
Fonte: Site da ETAP (Traduzida)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
38/63
37
A luminria que mais se aproxima da luminria da Lumicenter a da linha U,
com vida til de 50000h, portanto, de acordo com a tabela 7, . Encontram-se
os valores para os trs nveis de iluminncia:
=
= 25.078 lumens
=
= 37.617 lumens
=
= 62.696 lumens
A quantidade de luminrias necessrias, calculada pela equao (4), ser:
A tabela 8 sintetiza os valores encontrados:
Tabela 8: Valores calculados NBR 5413
Escola E - Iluminncia(lux) 200 300 500
k - Indice Local 2,10526 2,105263 2,105263Refletncia 531 531 531
Coeficiente de utilizao() 0,88 0,88 0,88
Fator de Depreciao(D) 0,87 0,87 0,87
rea do recinto(S) 96 96 96
Fluxo Luminoso em Lumens() 25078,4 37617,55 62695,92
fluxo luminoso cada
lampada(lumens) 3780 3780 3780
nmero de lmpadas(n) 6,63449 9,951734 16,58622
Distribuiao(lampadas/m) 0,06911 0,103664 0,172773
Fonte: Elaborada pelo autor
A distribuio das luminrias do caso mdio (E = 300 lux) dada pela figura
14, extrada do DIALUX, que o principal software livre disponvel no mercado para
projetos de iluminao:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
39/63
38
Figura 14: Distribuio das luminrias NBR 5413
Fonte: Elaborada pelo autor
Na figura 14, percebe-se que a quantidade de luminrias no projeto do
DIALUX 12, isso acontece para manter a uniformidade da sala, uma vez que seria
difcil alinhar 10 luminrias para fornecer a iluminncia mnima.
A figura 15 mostra a tela de clculos do DIALUX:
Figura 15: Clculo feito no DIALUXNBR 5413
Fonte: Elaborada pelo autor no software DIALUX
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
40/63
39
4.1.2. ISO 8995-1
Abaixo ser apresentado o projeto para uma sala de aula de uso noturno e
adulto usando a NBR ISO 8995-1e iluminao com lmpadas de LED.
Com a nova norma as mudanas no clculo aparecem de imediato. Ao
verificar a quantidade de lux necessria para o projeto, percebe-se que a nova
norma especifica somente um valor de iluminncia, agora acompanhado do
ofuscamento e do ndice de reproduo da cor. A iluminncia recomendada 500
lux, com UGR < 19 e IRC superior a 80, conforme recorte do item 28 da ISO 8995-1.
Tabela 9: Quantitativo de iluminncia para escolas NBR ISO 8995-1
Fonte: NBR ISO 8995-1 (2013)
A indicao de iluminncia clara e objetiva, inclusive, dividindo em duas
linhas diferentes a iluminncia para uma sala de aula de uso diurno e uma sala de
aula de uso noturno.A escolha da luminria traz duas preocupaes: UGR 80.
Nesse sentido, foi escolhida a luminria LAA, tambm da fabricante
Lumicenter. A escolha foi proposital, pois as luminrias LAA so semelhantes s
luminrias LAN utilizadas no projeto com a NBR 5413, porm com aletas de
alumnio que garantem UGR
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
41/63
40
O ndice local o mesmo calculado no projeto da sala de aula com a NBR
5413, pela equao (2), K = 2,105.
O fator de utilizao fornecido na tabela 10 do fabricante:
Tabela 10: Fator de utilizao
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
O fluxo total dado pela expresso (4) e de acordo com a tabela (7),
.
= 62.696 lumens
A quantidade de luminrias necessrias ser, pela expresso (5),
N = 19.
A tabela 11 sintetiza os valores encontrados:
Tabela 11: Valores calculados NBR ISO 8995-1
Escola E - Iluminncia(lux) 500
k - Indice Local 2,105263158
Refletncia 531
Coeficiente de utilizao() 0,88
Fator de Depreciao(D) 0,87
rea do recinto(S) 96
Fluxo Luminoso em Lumens() 62695,92476
fluxo luminoso cada
lampada(lumens) 3400
nmero de lmpadas(n) 18,43997787
Distribuiao(lampadas/m) 0,192083103Fonte: Elaborada pelo autor
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
42/63
41
A distribuio das luminrias dada pela figura 17, extrada do DIALUX:
Figura 17: Distribuio das luminrias na sala de aula NBR ISO 8995-1
Fonte: Elaborada pelo autor
A figura 18, extrada do DIALUX, confirma o clculo feito, chegando a 20
luminrias. Essa pequena variao uma deciso esttica para um arranjo 4x5.
Figura 18: Clculo feito no DIALUX para a escola NBR ISO 8995-1
Fonte: Elaborada pelo autor no software DIALUX
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
43/63
42
Essa tela nos d uma informao relevante para a norma 8995-1: a
uniformidade do projeto, que ficou em 0,62. Esse valor, segundo a norma, garante
que a uniformidade na estao de trabalho seja superior a 0,7. (Vide item 2.1.14)
4.1.3. Comparativo de Custos na Vida til da Operao
Para anlise de custo ser considerada a vida til das lmpadas, que de
50.000 horas. Tambm considerarei o projeto apresentado pelo DIALUX, que
eventualmente pode ser um pouco diferente do calculado, por questes estticas e
de alinhamento das luminrias. Basta pensar em como alinharamos 19 luminrias
em uma sala quadrada. Num caso assim, para garantir uniformidade e melhorapresentao usa-se 20 luminrias. O uso dirio das lmpadas foi fixado em 6
horas, dessa maneira, a tabela 12 apresenta os valores em reais correspondentes
ao custo total (instalao + operao) durante a vida til total das lmpadas que de
aproximadamente 23 anos. O valor do kWh o valor praticado pela CEEE em junho
de 2014. Para o estudo comparativo, ser considerado o caso mdio de
iluminamento da norma NBR 5413.
Tabela 12: Anlise de custo para a escola
Escola
Valor com a NBR
5413
Valor com a ISO
8995-1
Descrio
Lmpada + luminria + driver (em reais) 379,59 392,67
Mo de obra instalao por ponto( em reais) 50,00 50,00
Quantidade de pontos 12 20
Valor Total de instalao (em reais) 5.155,08 8.853,40
Uso anual em horas(considerando 6 horas dirias) 2190 2190
Preo do kWh em reais 0,33 0,33
Potncia de cada lmpada (W) 58 58
Valor total da Energia Eltrica Anual (em reais) 503,00 838,33
Valor da Limpeza Anual (em reais) 100,00 100,00
Despesa Operacional Anual (em reais) 603,00 938,33
Despesa ao longo da Vida til (em reais) 19.024,06 30.435,04
Fonte: Elaborada pelo autor
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
44/63
43
Percebe-se que o valor de instalao com a nova norma cerca de 71%
superior e o valor da energia consumida, cerca de 66% superior. Isso acontece,
pois alm do preo das luminrias com controle de ofuscamento ser superior, o valor
mdio de iluminncia exigido pela ISO 8995-1, quando comparado ao valor mdio
da norma NBR 5413 superior. Essa exige 300 Lux e aquela exige 500 Lux.
4.2. AS DUAS NORMAS APLICADAS NO COMRCIO
Nesse caso, ser considerada uma sala de atendimento bancrio, o projeto
muito semelhante ao projeto para uma sala de aula, uma vez que as atividades
pouco diferem (uso para leitura e digitao). A sala de atendimento possui asseguintes medidas: 12m x 8m x 3m.
O mtodo de clculo utilizado est descrito nas pginas 34 e 35 deste
trabalho.
4.2.1. NBR 5413
Para o projeto, ser utilizada a luminria LAN, da fabricante Lumicenter. Essa uma luminria simples e, de acordo com descrio do fabricante, indicada para
ambientes que no exigem controle de ofuscamento. A lmpada possui 58W e a
temperatura da cor 4.000K.
Figura 19: Luminria LAN da Lumicenter
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
45/63
44
Essa luminria equipada lmpada de LED de 58W.
De acordo com a NBR 5413, o valor do iluminamento est descrito abaixo:
Tabela 13: Quantitativo de iluminncia para bancos NBR 5413
Fonte: NBR 5413 (1992)
O ndice local calculado pela equao (2):K = 2,105
O fator de utilizao fornecido em tabela do fabricante (tabela 14):
Tabela 14: Fator de utilizao
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
Chega-se ao fator de utilizao de 0,88 atravs da tabela 7.
A luminria que mais se aproxima da luminria da Lumicenter a da linha U,
com vida til de 50000h, portanto, usarei . A expresso (4), permite calcular
o fluxo.
= 34.483 lumens
= 57.471 lumens
= 86.207 lumens
A quantidade de luminrias necessrias, conforme equao (5), ser:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
46/63
45
A distribuio das luminrias, para o caso mdio, dada pela figura 20,
extrada do DIALUX:
Figura 20: Distribuio de luminrias para a sala bancria NBR 5413
Fonte: Elaborada pelo autor no software DIALUX
Observa-se que a quantidade de lmpadas fornecida pelo DIALUX 18, um
pouco superior ao quantitativo calculado, para uma melhor distribuio esttica.
A figura 21 mostra os clculos realizados pelo DIALUX:
Figura 21: Clculo feito no DIALUX para a sala bancria NBR 5413
Fonte: Elaborada pelo autor
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
47/63
46
Os clculos realizados esto sintetizados na tabela 15:
Tabela 15: Valores calculados NBR 5413
Comrcio E - Iluminncia(lux) 300 500 750
k - Indice Local 2,10526 2,105263 2,105263
Refletncia 531 531 531
Coeficiente de utilizao() 0,96 0,96 0,96
Fator de Depreciao(D) 0,87 0,87 0,87
rea do recinto(S) 96 96 96
Fluxo Luminoso em Lumens() 34482,8 57471,26 86206,9
fluxo luminoso cada lmpada(lumens) 3400 3400 3400
nmero de lmpadas(n) 10,142 16,90331 25,35497Distribuiao(lampadas/m) 0,10565 0,176076 0,264114
Fonte: Elaborada pelo autor
4.2.2. ISO 8995-1
Abaixo ser apresentado o projeto para a mesma sala bancria usando a
nova norma
Nesse caso, o quantitativo de iluminncia requerido pela ISO 8995-1 omesmo do requerido pela norma antiga, conforme podemos visualizar abaixo no
recorte da norma.
Tabela 16: Quantitativo de iluminncia para comrcio NBR ISO 8995-1
Fonte: NBR ISO 8995-1 (2013)
A escolha da luminria traz duas preocupaes: UGR 80.
Nesse sentido, foi escolhida a luminria LAA, tambm da fabricante
Lumicenter. A escolha foi proposital, pois as luminrias LAA so semelhantes s
luminrias LAN utilizadas no projeto com a NBR 5413. A potncia da lmpada
58W e a temperatura da cor, 4.000K.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
48/63
47
Figura 22: Luminria LAA-E da Lumicenter
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
O ndice local o mesmo calculado no projeto da sala de aula com a NBR
5413, e pela equao (2), : K = 2,105.
O fator de utilizao fornecido em tabela do fabricante (tabela 17):
Tabela 17: Fator de utilizao
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
O fluxo total dado pela expresso (4), e de acordo com a mesma tabela 7,
da ETAP, .
= 57.471 lumens
A quantidade de luminrias necessrias ser, conforme equao (5):
N = 17.A distribuio das luminrias dada pela figura 23, extrada do DIALUX:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
49/63
48
Figura 23: Distribuio de luminrias para a sala bancria NBR ISO 8995-1
Fonte: Elaborada pelo autor
A figura 24 mostra os clculos realizados pelo DIALUX:
Figura 24: Clculo do DIALUX para o comrcio NBR ISO 8995-1
Fonte: Elaborada pelo autor
A tabela 18 sintetiza os valores encontrados:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
50/63
49
Tabela 18: Valores calculados para o comrcio NBR ISO 8995-1
Comrcio Classe de Tarefa Visual
E - Iluminncia(lux) 500
k - Indice Local 2,105263158Refletncia 531
Coeficiente de utilizao() 0,96
Fator de Depreciao(D) 0,87
rea do recinto(S) 96
Fluxo Luminoso em Lumens() 57471,26437
Fluxo luminoso cada lmpada(lumens) 3400
Nmero de lmpadas(n) 16,90331305
Distribuio (lmpadas/m) 0,176076178
Fonte: Elaborada pelo autor
Percebe-se que no caso da sala bancria, o nmero de luminrias igual
entre as normas, se considerarmos o caso mdio da NBR 5413, pois a iluminncia
requerida a mesma.
4.2.3. Comparativo de Custos na Vida til da Operao
Para anlise de custo ser considerada a vida til das lmpadas, que de
50.000 horas. Tambm considerarei o projeto apresentado pelo DIALUX, que
eventualmente pode ser um pouco diferente do calculado por questes estticas de
alinhamento das luminrias. Basta pensar em como alinharamos 19 luminrias em
uma sala quadrada. Num caso assim, para garantir uniformidade e melhor
apresentao usa-se 20 luminrias. O uso dirio das lmpadas foi fixado em 8
horas, dessa maneira, a tabela 19 apresenta os valores em reais correspondentesao custo total (instalao + operao) durante a vida til total das lmpadas que de
aproximadamente 23 anos. O valor do kWh o valor praticado pela CEEE em junho
de 2014. Para a comparao de custos considerado o caso de iluminamento
mdio da norma NBR 5413.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
51/63
50
Tabela 19: Anlise de custo para o banco
Banco
Valor com a NBR
5413
Valor com a ISO
8995-1Descrio
Lmpada + luminria + driver em reais 379,59 392,67
Mo de obra instalao por ponto em reais 50,00 50,00
Quantidade de pontos 18 18
Valor Total de instalao em reais 7.732,62 7.968,06
Uso anual em horas(considerando 6 horas
dirias) 2190 2190
Preo do kWh em reais 0,39 0,39Potncia de cada lmpada (W) 58 58
Valor total da Energia Eltrica Anual em
reais 891,68 891,68
Valor da Limpeza Anual em reais 100,00 100,00
Despesa Operacional Anual em reais 991,68 991,68
Despesa ao longo da Vida til em reais 30.541,27 30.776,71
Fonte: Elaborada pelo autor
Para o caso do projeto de iluminao do banco, pode-se perceber que os
valores foram muito prximos usando as duas normas, a nica diferena est no
valor de instalao que possui preo um pouco mais elevado para as luminrias com
controle de ofuscamento.
4.3. AS DUAS NORMAS APLICADAS NA INDSTRIA
A indstria considerada neste estudo de caso uma metalrgica com tarefas
de usinagem. O ambiente possui25 metros de comprimento, 15 metros de largura e
7 metros de altura (p direito).
4.3.1. NBR 5413
A NBR 5413 estabelece como nvel de iluminncia, o quantitativo abaixo:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
52/63
51
Tabela 20: Quantitativo de iluminncia para a indstria NBR 5413
Fonte: NBR 5413 (1992)
A luminria usada para este projeto a LHB 01-S da Lumicenter mostrada
abaixo com 160 watts e temperatura da cor de 5.300K.
Figura 25: Luminria LHB-S
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
O ndice local , de acordo com equao (2), : K = 1,56.
O fator de utilizao fornecido em tabela do fabricante (tabela 21):
Tabela 21: Fator de utilizao
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
53/63
52
O fluxo total dado pela expresso (4).
A luminria que mais se aproxima da luminria da Lumicenter a da linha E,
com vida til de 50000h, portanto, conforme tabela (7), usarei .
= 161.082 lumens
= 268.471 lumens
= 402.706 lumens
A quantidade de luminrias necessrias ser, conforme equao (5)
As figuras 26 e 27 mostram o projeto realizado com o DIALUX, que
demonstram o iluminamento para o caso mdio (E = 500 lux) e o ambiente em trs
dimenses.
Figura 26: Clculo do DIALUX para a indstria metalrgica NBR 5413
Fonte: Elaborada pelo autor
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
54/63
53
Figura 27: Distribuio de luminrias para a indstria de metalurgia NBR 5413
.
Fonte: Elaborada pelo autor
Percebe-se que a uniformidade nesse caso, ficou em 0.55, entretanto, a NBR
5413 no tem a preocupao com a uniformidade.
A tabela 22 sintetiza os valores encontrados:
Tabela 22: Valores calculados para a indstriaNBR 5413Indstria E - Iluminncia(lux) 300 500 750
k - Indice Local 1,5625 1,5625 1,5625
Refletncia 531 531 531
Coeficiente de utilizao() 0,97 0,97 0,97
Fator de Depreciao(D) 0,72 0,72 0,72
rea do recinto(S) 375 375 375
Fluxo Luminoso em Lumens() 161082 268471 402706
fluxo luminoso cada lmpada(lumens) 13600 13600 13600
nmero de lmpadas(n) 11,844 19,74 29,611
Distribuiao(lampadas/metro) 0,0316 0,0526 0,079
Fonte: Elaborada pelo autor
4.3.2. ISO 8995-1
A nova norma estabelece os valores abaixo para iluminncia de uma indstria
metalrgica na tarefa de usinagem:
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
55/63
54
Tabela 23: Quantitativo de iluminncia para a indstria - NBR ISO 8995-1
Fonte: Norma NBR ISO 8995-1 (2013)
Para uso industrial o mercado de LED ainda restrito, usarei, portanto, a
mesma luminria usada no caso da NBR 5413, pois o fabricante garante IRC Maior
do que 70 e UGR mximo de 22. importante perceber, que nesse caso, a nova
norma baixou o valor da iluminncia em comparao com a iluminncia mdia da
NBR 5413. O valor recomendado 300 lux.
A luminria usada para este projeto a LHB 01-S da Lumicenter mostrada
abaixo, com 160 watts e 5.300K de temperatura de cor.
Figura 28: Luminria LHB-S
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
O ndice local, conforme equao (2) : K = 1,56.
O fator de utilizao fornecido em tabela do fabricante (tabela 24):
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
56/63
55
Tabela 24: Fator de utilizao
Fonte: Lumicenter (Catlogo)
O fluxo total dado pela expresso (4) e de acordo com a tabela (7) da
ETAP, .
O fluxo total, conforme equao (4), :
= 161.082 lumens
A quantidade de luminrias necessrias ser, de acordo com equao (5),
N = 12Na figura 29 mostrado o projeto do DIALUX que confirma os resultados
obtidos algebricamente.
Figura 29: Clculo do DIALUX para a indstria metalrgica NBR ISO 8995-1
Fonte: Elaborada pelo autor
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
57/63
56
Figura 30: Distribuio de luminrias para a indstria de metalurgia NBR ISO 8995-1
Fonte: Elaborada pelo autor
No caso da indstria, percebe-se que a luminria LHB no satisfaz a condio
de Uniformidade mnima de 0,6 para garantir uniformidade de 0,7 no ambiente de
trabalho. Isso demonstra que o software DIALUX ainda no est adaptado para
garantir a uniformidade no projeto. A condio de uniformidade no foi cumprida
nem quando aumentei significativamente o nvel de iluminncia. Devido ao fato de
que os pontos com iluminncia mdia abaixo do recomendado esto em pontosmuito prximos parede, ou seja, distantes da rea de trabalho, o projeto ser
mantido. A figura 31 destaca esses pontos.
Figura 31: Iluminncia em Pontos Distantes da rea de TrabalhoNBR ISO 8995-1
Fonte: Elaborado pelo autor
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
58/63
57
A tabela 25 sintetiza os clculos realizados:
Tabela 25: Valores calculados para a indstria NBR ISO 8995-1
Indstria E - Iluminncia(lux) 300
k - Indice Local 1,5625
Refletncia 531
Coeficiente de utilizao() 0,97
Fator de Depreciao(D) 0,72
rea do recinto(S) 375
Fluxo Luminoso em Lumens() 161082,4742
fluxo luminoso cada
lmpada(lumens) 13600
nmero de lmpadas(n) 11,84429958
Distribuiao(lampadas/metro) 0,031584799
Fonte: Elaborado pelo autor
4.3.3. Comparativo de Custos na Vida til da Operao
Para anlise de custo ser considerada a vida til das lmpadas, que de50.000 horas. Para essa indstria, ser considerada uma operao de 12 horas
dirias com limpeza anual. A comparao de custos levar em conta o iluminamento
mdio pela Norma NBR 5413.
Tabela 26: Anlise de custo para a indstria
Metalrgica
Valor com a NBR
5413
Valor com a ISO
8995-1
DescrioLmpada + luminria + driver (em reais) 1.452,68 1.452,68
Mo de obra instalao por ponto (em reais) 70,00 70,00
Quantidade de pontos 20 12
Valor Total de instalao em reais 30.453,60 18.272,16
Uso anual em horas(considerando 12 horas
dirias) 4380 4380
Preo do kWh em reais 0,36 0,36
Potncia de cada lmpada (W) 160 160Valor total da Energia Eltrica Anual (em reais) 5.045,76 3.027,46
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
59/63
58
Valor da Limpeza Anual (em reais) 100,00 100,00
Despesa Operacional Anual (em reais) 5.145,76 3.127,46
Despesa ao longo da Vida til (em reais) 148.806,08 90.203,65
Fonte: Elaborada pelo autor
No caso da indstria, percebe-se que o iluminamento baixou com a
publicao da nova norma, se comparado com o caso mdio da NBR 5413.
Anteriormente eram exigidos 500 lux e atualmente, 300 lux. Se considerarmos a vida
til total da luminria, aproximadamente de 12 anos, os custos com a norma antiga
seriam 65% superiores ao projeto com norma atual.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
60/63
59
5 CONCLUSES
A atualizao da norma de iluminao de interiores sofreu mudanas
significativas com a publicao da ISO 8995-1. A norma regulamentou a qualidade
da iluminao, exigindo mais testes por parte dos fabricantes.
Do ponto de vista do projetista, as mudanas mais significativas (controle de
ofuscamento e garantia do IRC) dependem do fabricante da lmpada. Percebeu-se
que os fabricantes ainda no disponibilizam todas as informaes em seus
catlogos comerciais. O fator de manuteno, por exemplo, no foi encontrado com
os principais comerciantes de lmpadas do Brasil, nem mesmo com solicitaes
formais.No trabalho, percebeu-se que apesar das grandes evolues que a ISO 8995-
1 trouxe para o projeto da iluminao de interiores, ela no contempla tabela com
fator de manuteno para luminrias a LED.
Alm disso, a prpria iluminao industrial de LED ainda bastante
deficiente, pois no se encontram no mercado luminrias que garantam altos ndices
de reproduo da cor e baixos valores de ofuscamento.
A anlise de custos de projetos com LEDS mostrou que no existe umacorrelao entre a edio da nova norma e o aumento de custos. Em alguns casos
eles podem at diminuir, pois o nvel de iluminamento mdio exigido em alguns
ambientes, como a indstria metalrgica, baixou.
O projeto com LED possui custos de manuteno baixssimos, por conta da
vida til longa. Para esse tipo de lmpada, a manuteno restringe-se limpeza.
De maneira geral, a nova norma passou a considerar os valores mdios de
iluminncia que constavam na NBR 5413 como o valor recomendado para o projeto.Dentre os casos analisados, a escola apresentou a maior alta de custos
utilizando a nova norma. Isso aconteceu porque a ISO 8995-1 aumentou o valor da
iluminncia recomendada em relao iluminncia mdia da NBR 5413. O valor
desse aumento tambm explicado porque a norma NBR 5413 considerava a sala
de aula sem distinguir uso diurno e noturno e a NBR ISO 8995-1 foi mais abrangente
separando esses dois tipos de uso. A ISO 8995-1 tambm se preocupou em dividir
as salas de ensino entre diversas atividades (desenho, turno de estudo, salas
maternais, etc), especificando ndices de iluminncia para as diferentes tarefas.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
61/63
60
A sala de atendimento bancrio praticamente no teve alterao de custos,
pois o valor de iluminncia foi mantido. A nova norma sintetizou diversas atividades
correlatas ao trabalho bancrio em um, nico item chamado leitura digitao e
processamento de dados, ou seja, a norma preocupou-se em abranger atividades
prximas atividade bancria nesse item.
O projeto luminotcnico da indstria enfrenta o fornecimento escasso do
mercado, pois ainda so restritas luminrias com maior potncia que satisfaam alto
ndice de reproduo da cor e baixo valor de ofuscamento. Mas para o caso da
indstria metalrgica, esses critrios no so rigorosos.
A nova norma baixou o ndice de iluminamento, reduzindo consideravelmente
os custos de um projeto que obedece a NBR ISO 8995-1. O ndice de iluminamentomdio da tarefa de usinagem era alto (500 lux) para um tipo de tarefa que no exige
muito esforo visual, para uma ideia desse quantitativo, esse o valor de ilmunncia
recomendado para uma sala de aula noturna, que envolve leitura e digitao. O
custo de instalao com a NBR 5413 foi 66% maior e o custo total (operao +
energia eltrica) ao longo da vida til foi 65% superior.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
62/63
61
6 SUGESTES PARATRABALHOS FUTUROS
1) Comparar os custos utilizando lmpadas fluorescentes, pois elas ainda
so amplamente utilizadas no mercado e possuem investimento inicial
mais baixo;
2) Projetar um ambiente inteiro levando em conta rea de entorno imediato
da tarefa;
3) Usar fator de manuteno calculado;
4) Projetar salas que exigem controle ainda mais rigoroso de ofuscamento
com altos ndices de reproduo da cor, pois o mercado de lmpadas de
LED ainda restrito para essas exigncias.5) Contemplar uma anlise de custos trazendo todos os custos para valor
presente.
-
7/24/2019 NBR 5413 vs NBR 8995-1
63/63
62
REFERNCIAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DA INDSTRIA DE ILUMINAO.Informe de Janeiro
de 2014. Disponvel em .
Acesso em: 30 maro 2014.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5101Iluminncia de
Interiores. 1992.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5101Verificao de
Iluminncia de Interiores. 1985.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5461 Terminologia.
1991.ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR ISO 8995-1
Iluminao de Ambientes de Trabalho. 2013
CARRION, Daniel Brum. Estudo Luminotcnico usando o software DIALUX.
Monografia de Concluso de Curso. UFSM, 2012
CREDER, Hlio. Instalaes eltricas. 15. ed. [Rio de Janeiro] : LTC, c2007.
COTRIM, Ademaro Alberto Machado Bittencourt. Instalaes eltricas. 5. ed. So
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.ETAP. The Maintenance Factor for LED Lighting. Disponvel em:
. Acesso em: 30 maio 2014.
FERGTZ, Marcos. Iluminao de Ambientes de Trabalho NBR 8995-1/2013.
Joinville: Udesc, 2014. Disponvel em: