NBR 14931 - Execucao de Estruturas de Concreto - Procedimentos

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    NORMABRASILEIRA

    ABNT NBR14931

    Segunda edio30.04.2004

    Vlida a partir de31.05.2004

    Execuo de estruturas de concreto -Procedimento

    Execution of concrete structures - Procedure

    Palavras-chave: Projeto. Estrutura. Concreto armado. Concreto simples.Concreto protendido.

    Descriptors: Design. Structural. Plain concrete. Reinforced concrete.Prestressed concrete. Concrete.

    ICS 91.080.40

    Nmero de refernciaABNT NBR 14931:2004

    53 pginas

    ABNT 2004

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    Sumrio Pgina

    Prefcio............................................................................................................................................................... iv

    1 Objetivo .................................................................................................................................................. 1

    2 Referncias normativas ........................................................................................................................ 1

    3 Definies .............................................................................................................................................. 3

    4 Simbologia ............................................................................................................................................. 3

    5 Requisitos gerais................................................................................................................................... 3

    5.1 Projeto estrutural e de fundaes ....................................................................................................... 35.2 Documentao ....................................................................................................................................... 35.2.1 Documentao do projeto .................................................................................................................... 35.2.2 Documentao da execuo da estrutura de concreto..................................................................... 45.3 Requisitos da qualidade dos materiais da estrutura ......................................................................... 45.3.1 Requisitos da qualidade do concreto ................................................................................................. 45.3.2 Requisitos da qualidade do ao .......................................................................................................... 45.4 Responsabilidades................................................................................................................................ 4

    6 Canteiro de obra .................................................................................................................................... 46.1 Generalidades ........................................................................................................................................ 46.2 Recebimento dos materiais.................................................................................................................. 56.3 Armazenamento dos materiais ............................................................................................................ 5

    6.3.1 Materiais componentes do concreto................................................................................................... 56.3.2 Aos para as armaduras....................................................................................................................... 56.4 Equipamentos ........................................................................................................................................ 56.5 Instalaes ............................................................................................................................................. 5

    7 Sistema de frmas................................................................................................................................. 57.1 Requisitos bsicos................................................................................................................................ 57.2 Execuo do sistema de frmas.......................................................................................................... 67.2.1 Propriedades dos materiais ................................................................................................................. 67.2.2 Projeto .................................................................................................................................................... 67.2.3 Precaues contra incndios .............................................................................................................. 77.2.4 Componentes embutidos nas frmas e redues de seo ............................................................ 87.2.5 Aberturas temporrias em frmas....................................................................................................... 87.2.6 Frmas perdidas (remanescentes dentro da estrutura..................................................................... 87.2.7 Uso de agentes desmoldantes............................................................................................................. 87.3 Remoo de frmas e escoramentos.................................................................................................. 9

    8 Armaduras.............................................................................................................................................. 98.1 Armadura passiva ................................................................................................................................. 98.1.1 Generalidades ........................................................................................................................................ 98.1.2 Materiais ................................................................................................................................................. 98.1.3 Transporte e estocagem ....................................................................................................................... 98.1.4 Limpeza .................................................................................................................................................. 98.1.5 Preparo e montagem da armadura .................................................................................................... 108.1.6 Protees ............................................................................................................................................. 148.2 Armadura ativa .................................................................................................................................... 148.2.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 14

    8.2.2 Sistemas de protenso ....................................................................................................................... 149 Concretagem........................................................................................................................................ 149.1 Modalidade de preparo do concreto ................................................................................................. 14

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    9.1.1 Concreto preparado pelo executante da obra ................................................................................. 149.1.2 Concreto preparado por empresa de servios de concretagem ................................................... 149.2 Cuidados preliminares ....................................................................................................................... 159.2.1 Frmas ................................................................................................................................................. 159.2.2 Escoramentos ..................................................................................................................................... 15

    9.2.3 Armaduras ........................................................................................................................................... 169.2.4 Tolerncias .......................................................................................................................................... 169.2.5 Condies operacionais na obra ...................................................................................................... 189.3 Plano de concretagem ....................................................................................................................... 189.3.1 Generalidades ..................................................................................................................................... 189.3.2 Concretagem em temperatura muito fria ......................................................................................... 199.3.3 Concretagem em temperatura muito quente ................................................................................... 199.4 Transporte do concreto na obra ....................................................................................................... 199.5 Lanamento......................................................................................................................................... 209.5.1 Generalidades ..................................................................................................................................... 209.5.2 Relao entre lanamento, adensamento e acabamento do concreto ........................................ 209.5.3 Lanamento submerso ...................................................................................................................... 219.6 Adensamento ...................................................................................................................................... 21

    9.6.1 Generalidades ..................................................................................................................................... 219.6.2 Cuidados no adensamento com vibradores de imerso................................................................ 219.7 Juntas de concretagem...................................................................................................................... 229.8 Acabamento ........................................................................................................................................ 23

    10 Cura e retirada de frmas e escoramentos...................................................................................... 2310.1 Cura e cuidados especiais................................................................................................................. 2310.2 Retiradas das frmas e do escoramento ......................................................................................... 2310.2.1 Generalidades ..................................................................................................................................... 2310.2.2 Tempo de permanncia de escoramentos e frmas....................................................................... 2410.2.3 Precaues.......................................................................................................................................... 24

    11 Recebimento da estrutura de concreto ............................................................................................ 24

    Anexo A (normativo) Execuo da protenso em concreto protendido com aderncia posterior ......... 25A.1 Objetivo................................................................................................................................................ 25A.2 Definies ............................................................................................................................................ 25A.3 Requisitos gerais ................................................................................................................................ 26A.4 Materiais .............................................................................................................................................. 26A.4.1 Aos para armadura de protenso ................................................................................................... 26A.4.2 Bainhas ................................................................................................................................................ 27A.4.3 Ancoragens ......................................................................................................................................... 27A.5 Confeco dos cabos......................................................................................................................... 28A.6 Montagem dos cabos ......................................................................................................................... 28A.6.1 Instalao dos cabos ......................................................................................................................... 28A.6.2 Dados necessrios ............................................................................................................................. 28A.6.3 Cuidados na montagem ..................................................................................................................... 29

    A.7 Concretagem ....................................................................................................................................... 29A.7.1 Plano de concretagem ....................................................................................................................... 29A.7.2 Cuidados antes da concretagem ...................................................................................................... 29A.7.3 Cuidados durante a concretagem..................................................................................................... 29A.7.4 Cuidados aps a concretagem.......................................................................................................... 30A.8 Operao de protenso...................................................................................................................... 30A.8.1 Dados necessrios ............................................................................................................................. 30A.8.2 Plano de protenso............................................................................................................................. 30A.8.3 Providncias preliminares protenso ........................................................................................... 31A.8.4 Cuidados durante a operao de protenso ................................................................................... 31A.8.5 Controle da protenso e interpretao desses controles .............................................................. 32

    Anexo B (normativo) Execuo da injeo de calda de cimento Portland em concreto protendidocom aderncia posterior .................................................................................................................... 35

    B.1 Objetivo................................................................................................................................................ 35B.2 Definies ............................................................................................................................................ 35B.3 Requisitos gerais ................................................................................................................................ 35

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    B.4 Estudos prvios da calda ................................................................................................................... 36B.4.1 Programa de injeo ........................................................................................................................... 36B.4.2 Ensaios de laboratrio........................................................................................................................ 36B.4.3 Ensaios de campo ............................................................................................................................... 37B.4.4 Ensaios de injeo em cabos-teste................................................................................................... 37

    B.5 Fabricao da calda ............................................................................................................................ 38B.5.1 Equipamentos utilizados .................................................................................................................... 38B.5.2 Mistura dos componentes da calda .................................................................................................. 39B.6 Disposies construtivas para facilitar a injeo ............................................................................ 40B.6.1 Bainhas................................................................................................................................................. 40B.6.2 Tubos para injeo e respiros ........................................................................................................... 40B.6.3 Cuidados com a concretagem ........................................................................................................... 40B.7 Procedimentos prvios s operaes de injeo ............................................................................ 40B.7.1 Corte das cordoalhas e vedao das ancoragens........................................................................... 40B.7.2 Lavagem dos cabos e eliminao da gua....................................................................................... 41B.8 Operao de injeo ........................................................................................................................... 41B.8.1 Condies necessrias....................................................................................................................... 41B.8.2 Injeo .................................................................................................................................................. 42

    B.8.3 Procedimentos para compensar a exsudao da calda ................................................................. 43B.8.4 Proteo final das ancoragens .......................................................................................................... 45B.9 Registro de dados ............................................................................................................................... 45B.10 Acidentes de injeo........................................................................................................................... 45

    Anexo C (normativo) Execuo da protenso em concreto protendido sem aderncia .......................... 46C.1 Objetivo ................................................................................................................................................ 46C.2 Definies ............................................................................................................................................ 46C.3 Requisitos gerais................................................................................................................................. 47C.4 Materiais ............................................................................................................................................... 47C.4.1 Aos para armadura de protenso .................................................................................................... 47C.4.2 Capas PEAD ......................................................................................................................................... 47C.4.3 Ancoragens .......................................................................................................................................... 48C.5 Confeco dos cabos ......................................................................................................................... 48C.6 Montagem dos cabos.......................................................................................................................... 48C.6.1 Instalao dos cabos .......................................................................................................................... 48C.6.2 Dados necessrios.............................................................................................................................. 48C.8.3 Cuidados na montagem...................................................................................................................... 49C.7 Concretagem........................................................................................................................................ 49C.7.1 Plano de concretagem ........................................................................................................................ 49C.7.2 Cuidados antes da concretagem ....................................................................................................... 49C.7.3 Cuidados durante a concretagem ..................................................................................................... 49C.7.4 Cuidados aps a concretagem .......................................................................................................... 50C.8 Operao de protenso ...................................................................................................................... 50C.8.1 Dados necessrios.............................................................................................................................. 50C.8.3 Plano de protenso ............................................................................................................................. 50

    C.8.3 Providncias preliminares protenso ............................................................................................ 51C.8.4 Cuidados durante a operao de protenso .................................................................................... 51C.8.5 Controle da protenso e interpretao desses controles............................................................... 51

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    ABNT NBR 14931:2004

    Prefcio

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Frum Nacional de Normalizao.As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dosOrganismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais Temporrias(ABNT/CEET), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setoresenvolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    A ABNT NBR 14931 foi elaborada no Comit Brasileiro de Construo Civil (ABNT/CB02), pela Comissode Estudo de Execuo de Estruturas de Concreto (CE-02:124.16). Seu Projeto circulou em Consulta Pblicaconforme Edital n 07, de 31.07.2002, com o nmero 02:124.16-001. Seu Projeto de Emenda 1 circulou emConsulta Pblica conforme Edital n 09, de 30.09.2003.

    A necessidade de elaborao desta Norma deveu-se mudana de escopo da NBR 6118:2003 Projeto deestruturas de concreto Procedimento com relao ao documento de origem (NBR 6118:1980 Projeto eexecuo de estruturas de concreto armado Procedimento). Estabeleceu-se tambm a necessidade dereviso da NBR 7187:1987 Projeto e execuo de pontes de concreto armado e protendido Procedimentoe da NBR 8681:1984 Aes e segurana nas estruturas Procedimento. Esta informao tem porfinalidade alertar os usurios quanto convenincia de consultarem as edies atualizadas dos documentoscitados.

    Esta Norma baseada nas prENV 13670-1:1999 e ACI 318:1992.

    Esta Norma contm os anexos A, B e C, de carter normativo.

    Esta segunda edio incorpora a Emenda 1 de 30.04.2004 e cancela e substitui a edio anterior(ABNT NBR 14931:2003).

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    NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 14931:2004

    Execuo de estruturas de concreto - Procedimento

    1 Objetivo

    1.1 Esta Norma estabelece os requisitos gerais para a execuo de estruturas de concreto. Em particular,esta Norma define requisitos detalhados para a execuo de obras de concreto, cujos projetos foramelaborados de acordo com a ABNT NBR 6118.

    1.2 Esta Norma abrange requisitos para a execuo de uma estrutura, conforme definido em projeto.

    1.3 Esta Norma se aplica a estruturas de concreto permanentes ou temporrias.

    1.4 Esta Norma se aplica execuo de fundao superficial, sapata, radier, sapata associada, blocos evigas de fundao, conforme definido em 3.1 a 3.7 e 3.30 da ABNT NBR 6122:1996.

    1.5 Esta Norma no estabelece os requisitos para especificao, produo e conformidade do concreto,que devem seguir o que estabelece a ABNT NBR 12655.

    1.6 Esta Norma no se aplica produo de elementos pr-moldados de concreto, que devem serexecutados de acordo com a ABNT NBR 9062.

    1.7 Esta Norma no cobre os requisitos para a execuo de certos elementos de fundaes profundas

    definidos em 3.8 a 3.21 da ABNT NBR 6122:1996.1.8 Esta Norma no cobre os requisitos para a execuo de tirantes injetados que esto normalizados pelaABNT NBR 5629.

    1.9 Esta Norma no cobre os requisitos para a execuo de paredes-diafragma, de paredes decontenes com o uso de chumbadores ou concreto projetado, bem como no se aplica para a execuo desolo grampeado.

    1.10 Esta Norma no cobre aspectos da execuo relativos segurana do trabalho e sade,estabelecidos em regulamentos governamentais, normas regulamentadoras e na ABNT NBR 12284.

    2 Referncias normativas

    As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituemprescries para esta Norma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Comotoda norma est sujeita a reviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta queverifiquem a convenincia de se usarem as edies mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNTpossui a informao das normas em vigor em um dado momento.

    ABNT NBR 5426:1985 Planos de amostragem e procedimentos na inspeo por atributos Procedimento

    ABNT NBR 5629:1996 Execuo de tirantes ancorados no terreno Procedimento

    ABNT NBR 6118:2003 Projeto de estruturas de concreto Procedimento

    ABNT NBR 6122:1996 Projeto e execuo de fundaes Procedimento

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    ABNT NBR 14931:2004

    ABNT NBR 6123:1987 Foras devidas ao vento em edificaes Procedimento

    ABNT NBR 7187:2003 Projeto e execuo de pontes de concreto armado e protendido Procedimento

    ABNT NBR 7190:1997 Projeto de estruturas de madeira

    ABNT NBR 7212:1984 Execuo de concreto dosado em central Procedimento

    ABNT NBR 7480:1996 Barras e fios de ao destinados a armaduras para concreto armado Especificao

    ABNT NBR 7481:1990 Tela de ao soldada Armadura para concreto Especificao

    ABNT NBR 7482:1991 Fios de ao para concreto protendido Especificao

    ABNT NBR 7483:1991 Cordoalhas de ao para concreto protendido Especificao

    ABNT NBR 7681:1983 Calda de cimento para injeo Especificao

    ABNT NBR 7682:1983 Calda de cimento para injeo Determinao do ndice de fluidez Mtodo deensaio

    ABNT NBR 7683:1983 Calda de cimento para injeo Determinao dos ndices de exsudao eexpanso Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 7684:1983 Calda de cimento para injeo Determinao da resistncia compresso Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 7685:1983 Calda de cimento para injeo Determinao da vida til Mtodo de ensaioABNT NBR 8548:1984 Barras de ao destinadas a armaduras para concreto armado com emendamecnica ou por solda Determinao da resistncia trao Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 8800:1986 Projeto e execuo de estruturas de ao de edifcios (mtodos dos estados limites) Procedimento

    ABNT NBR 8965:1985 Barras de ao CA42 S com caractersticas de soldabilidade destinadas aarmaduras para concreto armado Especificao

    ABNT NBR 9062: 2001 Projeto e execuo de estruturas de concreto pr-moldado Procedimento

    ABNT NBR 10839:1989 Execuo de obras de arte especiais em concreto armado e concreto protendido Procedimento

    ABNT NBR 11919:1978 Verificao de emendas metlicas de barras de concreto armado Mtodo deensaio

    ABNT NBR 12190:2001 Seleo da impermeabilizao

    ABNT NBR 12284:1991 reas de vivncia em canteiros de obras Procedimento

    ABNT NBR 12654:1992 Controle tecnolgico de materiais componentes do concreto Procedimento

    ABNT NBR 12655:1996 Concreto Preparo, controle e recebimento Procedimento

    ABNT NBR NM-ISO 3310-1:1997 Peneiras de ensaio Requisitos tcnicos e verificao Parte 1:Peneiras de ensaio com tela de tecido metlico

    NR 18:1998 Condies e ambiente de trabalho na indstria da construo

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    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definies das ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 6122, e asseguintes:

    3.1 construtor: Profissional ou entidade responsvel pela execuo da obra.

    3.2 execuo da estrutura de concreto: Todas as atividades desenvolvidas na execuo das estruturasde concreto, ou seja, sistema de frmas, armaduras, concretagem, cura e outras, bem como as relativas inspeo e documentao de como construdo, incluindo a anlise do controle de resistncia do concreto.

    3.3 inspeo e fiscalizao: Atividades desenvolvidas para verificar se a execuo est de acordo comas especificaes do projeto e desta Norma.

    3.4 documentao para procedimentos de execuo: Documentao descrevendo os mtodos eprocedimentos usados para execuo da estrutura de concreto.

    3.5 tolerncias: Limite de diferena entre dimenses especificadas ou de projeto e dimenses executadas(ver 9.2.4).

    3.6 elemento pr-moldado de concreto: Produto de concreto moldado e curado em local que no aquelede uso final, de acordo com a ABNT NBR 9062, no objeto desta Norma.

    3.7 especificaes de projeto: Documentos que estabelecem dados tcnicos e requisitos para umprojeto em particular, preparados para complementar e qualificar os requisitos desta Norma.

    3.8 acabamento da superfcie: Descrio da aparncia da superfcie de concreto, incluindo aspectos degeometria, textura, cor, entre outros.

    3.9 estrutura temporria: Estrutura projetada para um curto perodo de utilizao, definido em projeto.

    4 Simbologia

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os smbolos estabelecidos na ABNT NBR 6118.

    5 Requisitos gerais

    5.1 Projeto estrutural e de fundaes

    A execuo da estrutura de concreto deve ser baseada em projetos de estruturas e de fundaes,

    elaborados de acordo com o que estabelecem as Normas Brasileiras (por exemplo, ABNT NBR 6118,ABNT NBR 6122, ABNT NBR 7187 e outras).

    5.2 Documentao

    5.2.1 Documentao do projeto

    Nas especificaes de projeto devem ser apresentadas todas as informaes necessrias e todos osrequisitos tcnicos para a execuo da estrutura de concreto, conforme estabelece a seo 5 daABNT NBR 6118:2003.

    As especificaes de projeto devem considerar e fazer referncia a normas nacionais e requisitos

    especficos do local da obra, com respeito a todos os aspectos inerentes construo, como: instalaescontra incndios, impermeabilizaes (ABNT NBR 12190), aes sobre a estrutura (como o vento,ABNT NBR 6123), segurana, condio ambiental, e outros.

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    ABNT NBR 14931:2004

    Antes do incio da execuo de qualquer parte da estrutura de concreto, as especificaes de projetorelativas a essa parte devem estar completas e disponveis.

    5.2.2 Documentao da execuo da estrutura de concreto

    5.2.2.1 Documentao de Como Construdo

    A documentao dos procedimentos de execuo deve estabelecer todos os requisitos para distribuio,arquivo e registro de documentos tcnicos usados na obra.

    Quando for exigida documentao relativa execuo da estrutura de concreto, o tipo e a abrangnciadessa documentao devem ser estabelecidos entre as partes.

    5.2.2.2 Documentao da qualidade

    Quando for exigido, deve ser estabelecido um plano da qualidade para a execuo da estrutura de concreto,sendo elaborado pelo projetista em comum acordo com o proprietrio da obra. Neste caso, o plano de

    garantia da qualidade deve estar de acordo com a ABNT NBR 6118.

    Se um procedimento de controle da qualidade for exigido pela especificao de projeto, ele deve estardisponvel no local da obra.

    5.3 Requisitos da qualidade dos materiais da estrutura

    5.3.1 Requisitos da qualidade do concreto

    O concreto deve ser preparado e atender aos critrios de controle da qualidade previstos naABNT NBR 12655.

    Quando se tratar de concreto dosado em central, alm dos requisitos da ABNT NBR 12655, o concreto deveainda estar de acordo com o que estabelece a ABNT NBR 7212.

    No controle da qualidade dos materiais componentes do concreto deve ser obedecido o disposto naABNT NBR 12654.

    5.3.2 Requisitos da qualidade do ao

    O ao utilizado na estrutura de concreto deve atender s ABNT NBR 7480, ABNT NBR 7481,ABNT NBR 7482 e ABNT NBR 7483, segundo a natureza e tipo de armadura.

    5.4 Responsabilidades

    Devem ser seguidas as atribuies de responsabilidades estabelecidas na ABNT NBR 12655.

    6 Canteiro de obra

    6.1 Generalidades

    O espao destinado ao canteiro da obra deve estar de acordo com as caractersticas da construo a serrealizada, sendo previsto o correto armazenamento de materiais e equipamentos, bem como as instalaesnecessrias para escritrios e dependncias para a permanncia de operrios durante a execuo da obra,de acordo com as normas de segurana (NR 18) e de canteiro (ABNT NBR 12284).

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    6.2 Recebimento dos materiais

    Todos os materiais empregados na execuo da estrutura de concreto devem ser recebidos conformeestabelecem as normas relacionadas em 5.3. Materiais no previstos nesse item devem seguir asespecificaes pertinentes em cada caso.

    6.3 Armazenamento dos materiais

    Os materiais a serem utilizados devem permanecer armazenados na obra ou na central de dosagem,separados fisicamente desde o instante do recebimento at o momento de utilizao. Cada material deveestar perfeitamente identificado durante o armazenamento, no que diz respeito classe, graduao e,quando for o caso, procedncia. Os documentos que comprovam a origem, as caractersticas e a qualidadedos materiais devem permanecer arquivados, conforme legislao vigente.

    6.3.1 Materiais componentes do concreto

    Quando o concreto for preparado na obra, o armazenamento dos materiais que o compem deve estar

    conforme com o que estabelece a ABNT NBR 12655.

    6.3.2 Aos para as armaduras

    Devem ser estocados de forma a manterem inalteradas suas caractersticas geomtricas e suaspropriedades, desde o recebimento na obra at seu posicionamento final na estrutura.

    Cada tipo e classe de barra, tela soldada, fio ou cordoalha utilizado na obra deve ser claramente identificadologo aps seu recebimento, de modo que no ocorra troca involuntria quando de seu posicionamento naestrutura.

    Para os aos recebidos cortados e dobrados, valem as mesmas prescries para as diferentes posies.

    A estocagem deve ser feita de modo a impedir o contato com qualquer tipo de contaminante (solo, leos,graxas, entre outros).

    6.4 Equipamentos

    Os equipamentos necessrios execuo dos servios previstos, inclusive equipamentos de segurana,devem estar disponveis na obra, em condies de trabalho, de acorodo com as especificaes do fabricantee normas vigentes.

    6.5 Instalaes

    Devem estar de acordo com a NR 18.

    7 Sistema de frmas

    7.1 Requisitosbsicos

    O sistema de frmas, que compreende as frmas, o escoramento, o cimbramento e os andaimes, incluindoseus apoios, bem como as unies entre os diversos elementos, deve ser projetado e construdo de modo ater:

    a) resistncia s aes a que possa ser submetido durante o processo de construo, considerando:

    ao de fatores ambientais;

    carga da estrutura auxiliar;

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    carga das partes da estrutura permanente a serem suportadas pela estrutura auxiliar at que oconcreto atinja as caractersticas estabelecidas pelo responsvel pelo projeto estrutural pararemoo do escoramento;

    efeitos dinmicos acidentais produzidos pelo lanamento e adensamento do concreto, em especial o

    efeito do adensamento sobre o empuxo do concreto nas frmas, respeitados os limitesestabelecidos em 9.5 e 9.6;

    no caso de concreto protendido, resistncia adequada redistribuio de cargas originadas durantea protenso;

    b) rigidez suficiente para assegurar que as tolerncias especificadas para a estrutura em 9.2.4 e nasespecificaes do projeto (ver 5.2.1) sejam satisfeitas e a integridade dos elementos estruturais no sejaafetada.

    O formato, a funo, a aparncia e a durabilidade de uma estrutura de concreto permanente no devem serprejudicados devido a qualquer problema com as frmas, o escoramento ou sua remoo.

    No plano da obra deve constar a descrio do mtodo a ser seguido para construir e remover estruturasauxiliares, devendo ser especificados os requisitos para manuseio, ajuste, contraflecha intencional, desformae remoo. A retirada de frmas e escoramentos deve ser executada de modo a respeitar o comportamentoda estrutura em servio. No caso de dvidas quanto ao modo de funcionamento de uma estrutura especfica,o engenheiro responsvel pela execuo da obra deve entrar em contato com o projetista, a fim de obteresclarecimento sobre a seqncia correta para retirada das frmas e do escoram ento.

    7.2 Execuo do sistema de frmas

    7.2.1 Propriedades dos materiais

    O material utilizado deve atender aos requisitos de 7.1 e s normas do produto.

    O uso adequado possibilita o reaproveitamento de frmas e dos materiais utilizados para sua construo. Noentanto, em um processo de utilizao sucessiva, devem ser verificadas as caractersticas e principalmente acapacidade resistente da frma e do material que a constitui.

    7.2.2 Projeto

    7.2.2.1 Generalidades

    O sistema de frmas deve ser projetado e construdo obedecendo a 7.1 e s prescries dasABNT NBR 7190 e ABNT NBR 8800, respectivamente, quando se tratar de estruturas de madeira oumetlicas.

    As contraflechas estabelecidas no projeto estrutural devem ser obedecidas na execuo.

    Quando da execuo do sistema de frmas deve-se prever a retirada de seus diversos elementosseparadamente, se necessrio.

    7.2.2.2 Escoramento

    O escoramento deve ser projetado de modo a no sofrer, sob a ao de seu prprio peso, do peso daestrutura e das cargas acidentais que possam atuar durante a execuo da estrutura de concreto,deformaes prejudiciais ao formato da estrutura ou que possam causar esforos no previstos no concreto.

    No projeto do escoramento devem ser consideradas a deformao e a flambagem dos materiais e asvibraes a que o escoramento estar sujeito.

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    Quando de sua construo, o escoramento deve ser apoiado sobre cunhas, caixas de areia ou outrosdispositivos apropriados a facilitar a remoo das frmas, de maneira a no submeter a estrutura a impactos,sobrecargas ou outros danos.

    Devem ser tomadas as precaues necessrias para evitar recalques prejudiciais provocados no solo ou na

    parte da estrutura que suporta o escoramento, pelas cargas por este transmitidas, prevendo-se o uso delastro, piso de concreto ou pranches para correo de irregularidades e melhor distribuio de cargas, assimcomo cunhas para ajuste de nveis.

    No caso do emprego de escoramento metlico, devem ser seguidas as instrues do fornecedor responsvelpelo sistema.

    Os planos de desforma e escoramentos remanescentes devem levar em conta os materiais utilizadosassociados ao ritmo de construo, tendo em vista o carregamento decorrente e a capacidade suporte daslajes anteriores, quando for o caso.

    A colocao de novas escoras em posies preestabelecidas e a retirada dos elementos de um primeiroplano de escoramento podem reduzir os efeitos do carregamento inicial, do carregamento subseqente e

    evitar deformaes excessivas.

    Neste caso devem ser considerados os seguintes aspectos:

    nenhuma carga deve ser imposta e nenhum escoramento removido de qualquer parte da estruturaenquanto no houver certeza de que os elementos estruturais e o novo sistema de escoramento tmresistncia suficiente para suportar com segurana as aes a que estaro sujeitos;

    nenhuma ao adicional, no prevista nas especificaes de projeto ou na programao da execuo daestrutura de concreto, deve ser imposta estrutura ou ao sistema de escoramento sem que se comproveque o conjunto tm resistncia suficiente para suportar com segurana as aes a que estar sujeito;

    a anlise estrutural e os dados de deformabilidade e resistncia do concreto usados no planejamentopara a reestruturao do escoramento devem ser fornecidos pelo responsvel pelo projeto estrutural oupelo responsvel pela obra, conforme acordado entre as partes;

    a verificao de que a estrutura de concreto suporta as aes previstas, considerando a capacidade desuporte do sistema de escoramento e os dados de resistncia e deformabilidade do concreto.

    7.2.2.3 Frmas

    As frmas devem adaptar-se ao formato e s dimenses das peas da estrutura projetada, respeitadas astolerncias de 9.2.4, caso o plano da obra, em virtude de circunstancias especiais, no as exija maisrigorosas.

    A frma deve ser suficientemente estanque, de modo a impedir a perda de pasta de cimento, admitindo-secomo limite a surgncia do agregado mido da superfcie do concreto.

    Os elementos estruturantes das frmas devem ser dispostos de modo a manter o formato e a posio dafrma durante toda sua utilizao.

    Durante a concretagem de elementos estruturais de grande vo deve haver monitoramento e correo dedeslocamentos do sistema de frmas no previstos nos projetos.

    7.2.3 Precaues contra incndios

    Devem ser tomadas as devidas precaues para proteger o sistema de frmas de riscos de incndio,

    observando a NR 18.

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    7.2.4 Componentes embutidos nas frmas e redues de seo

    A concentrao de componentes e furos em uma determinada regio da estrutura deve ser objeto deverificao pelo projetista.

    Elementos estruturantes das frmas, barras, tubulaes e similares, com as funes estabelecidas emprojeto, alm de insertos ou pinos de ancoragem, podem ser colocados dentro da seo, devendo:

    ser fixados para assegurar o posicionamento durante a concretagem;

    no alterar as caractersticas estruturais da pea;

    no reagir de maneira nociva ou prejudicial com os componentes do concreto, em especial o cimentoPortland, ou com as armaduras;

    no provocar manchas na superfcie de concreto aparente;

    no prejudicar o desempenho funcional e a durabilidade do elemento estrutural;

    permitir que as operaes de lanamento e adensamento do concreto fresco sejam feitas de maneiraadequada.

    Qualquer componente embutido deve preservar o formato durante a operao de concretagem e resistir acontaminaes que possam afetar sua integridade, a do concreto ou a da armadura. No caso de ser metlicodeve-se prever proteo contra corroso.

    7.2.5 Aberturas temporrias em frmas

    Aberturas e orifcios usados para trabalhos temporrios devem ser preenchidos e acabados com um materialde qualidade similar do concreto da estrutura.

    7.2.6 Frmas perdidas (remanescentes dentro da estrutura

    Recomenda-se evitar o uso de frmas perdidas. Nos casos em que, aps a concretagem da estrutura ou deum determinado elemento estrutural, no for feita a retirada da forma ou parte dela, essa condio deve serpreviamente estabelecida em projeto e devem ser verificadas:

    a durabilidade do material componente da frma (em se tratando de madeira, verificar se est imunizadacontra cupins, fungos e insetos em geral);

    a compatibilidade desse material com o concreto;

    a estabilidade estrutural do elemento contendo a frma perdida;

    a correta ancoragem da frma perdida.

    7.2.7 Uso de agentes desmoldantes

    Quando agentes destinados a facilitar a desmoldagem forem necessrios, devem ser aplicadosexclusivamente na frma antes da colocao da armadura e de maneira a no prejudicar a superfcie doconcreto.

    Agentes desmoldantes devem ser aplicados de acordo com as especificaes do fabricante e normasnacionais, devendo ser evitados o excesso ou a falta do desmoldante.

    Salvo condio especfica, os produtos utilizados no devem deixar resduos na superfcie do concreto ouacarretar algum efeito que cause:

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    alterao na qualidade da superfcie ou, no caso de concreto aparente, resulte em alterao de cor;

    prejuzo da aderncia do revestimento a ser aplicado.

    7.3 Remoo de frmas e escoramentos

    Aplica-se o disposto em 10.2.

    8 Armaduras

    Em nenhum caso deve ser empregado na estrutura de concreto ao de qualidade diferente da especificadano projeto, sem aprovao prvia do projetista.

    Cada produto deve ser claramente identificado na obra, de maneira a evitar trocas involuntrias.

    O processo de ancoragem dos componentes de armaduras por aderncia ou por meio de dispositivos

    mecnicos deve seguir o que estabelece o projeto da estrutura.

    8.1 Armadura passiva

    8.1.1 Generalidades

    As condies estabelecidas nesta seo so vlidas para armaduras preparadas no local ou pr-fabricada.

    8.1.2 Materiais

    A ABNT NBR 7480 estabelece as caractersticas do ao a ser utilizado nas armaduras passivas de concreto.A ABNT NBR 6118 define as condies de utilizao desse material em cada caso.

    Nos casos onde haja exigncia de utilizao de ao com caractersticas especiais de resistncia fadiga, aencomenda ou pedido de compra do ao deve ser feita diretamente ao produtor, mencionando estaexigncia.

    8.1.3 Transporte e estocagem

    Barras de ao para construo, telas soldadas e armaduras pr-fabricadas no devem ser danificadasdurante as operaes de transporte, estocagem, limpeza, manuseio e posicionamento no elementoestrutural.

    Cada produto deve ser claramente identificvel na obra, de maneira a evitar trocas involuntrias, e os

    produtos no podem ser estocados em contato direto com o solo.

    8.1.4 Limpeza

    A superfcie da armadura deve estar livre de ferrugem e substncias deletrias que possam afetar demaneira adversa o ao, o concreto ou a aderncia entre esses materiais. Armaduras que apresentemprodutos destacveis na sua superfcie em funo de processo de corroso devem passar por limpezasuperficial antes do lanamento do concreto.

    Aps limpeza deve ser feita uma avaliao das condies da armadura, em especial de eventuais reduesde seo.

    Armaduras levemente oxidadas por exposio ao tempo em ambientes de agressividade fraca a moderada,

    por perodos de at trs meses, sem produtos destacveis e sem reduo de seo, podem ser empregadasem estruturas de concreto.

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    Caso a armadura apresente nvel de oxidao que implique reduo da seo, deve ser feita uma limpezaenrgica e posterior avaliao das condies de utilizao, de acordo com as normas de especificao doproduto, eventualmente considerando-a como de dimetro nominal inferior. No caso de corroso por ao epresena de cloretos, com formao de pites ou cavidades, a armadura deve ser lavada com jato de guasob presso para retirada do sal e dos cloretos dessas pequenas cavidades.

    NOTA A limpeza pode ser feita por qualquer processo mecnico como, por exemplo, jateamento de areia ou jato degua.

    8.1.5 Preparo e montagem da armadura

    Os processos para preparo e montagem da armadura passiva devem atender ao que estabelece o projeto daestrutura e a ABNT NBR 6118.

    8.1.5.1 Desbobinamento

    O desbobinamento de barras somente deve ser feito quando for utilizado equipamento que limite tenseslocalizadas.

    8.1.5.2 Corte

    O corte das barras da armadura deve atender s indicaes do projeto da estrutura, observadas asrespectivas tolerncias (ver 9.2.4).

    8.1.5.3 Dobramento

    O dobramento das barras, inclusive ganchos, deve ser feito respeitando os dimetros internos de curvaturada tabela 1.

    As barras de ao devem ser sempre dobradas a frio.

    As barras no devem ser dobradas junto s emendas por solda, observando-se uma distncia mnima de10 .

    Tabela 1 Dimetro dos pinos de dobramento

    Bitola Tipo de ao

    mm CA-25 CA-50 CA-60

    10 3 3 3

    10

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    As emendas de barras devem estar de acordo com o que estabelece a seo 9 da ABNT NBR 6118:2003. Asemendas no previstas no projeto s podem ser localizadas e executadas mediante consulta prvia aoprojetista.

    8.1.5.4.2 Emendas por traspasse

    Todas as disposies a serem seguidas constam na ABNT NBR 6118.

    8.1.5.4.3 Emendas por luvas

    As luvas devem ter resistncia maior que as barras emendadas.

    8.1.5.4.4 Emendas com solda

    Apenas podem ser emendadas por solda barras de ao com caractersticas de soldabilidade. Para que umao seja considerado soldvel, sua composio deve obedecer aos limites estabelecidos naABNT NBR 8965.

    As emendas por solda podem ser:

    de topo, por caldeamento, para bitola no menor que 10 mm;

    de topo, com eletrodo, para bitola no menor que 20 mm;

    por traspasse com pelo menos dois cordes de solda longitudinais, cada um deles com comprimento noinferior a 5 afastados no mnimo 5 (ver figura 1);

    com outras barras justapostas (cobrejuntas), com cordes de solda longitudinais, fazendo-se coincidir oeixo baricntrico do conjunto com o eixo longitudinal das barras emendadas, devendo cada cordo ter

    comprimento de pelo menos 5

    (ver figura 1).As emendas por solda podem ser realizadas na totalidade das barras em uma seo transversal do elementoestrutural.

    Devem ser consideradas como na mesma seo as emendas que de centro a centro estejam afastadas entresi menos que 15 medidos na direo do eixo da barra.

    A resistncia de cada barra emendada deve ser considerada sem reduo.

    Em caso de barra tracionada e havendo preponderncia de carga acidental, a resistncia deve ser reduzidaem 20%.

    As mquinas soldadoras devem ter caractersticas eltricas e mecnicas apropriadas qualidade do ao e bitola da barra, e devem ser de regulagem automtica. A solda deve ser realizada por pessoal capacitado.

    A eficincia do processo de soldagem, a qualificao do soldador e a qualidade do equipamento utilizadodevem ser comprovadas experimentalmente, para barras de qualquer categoria, antes de serem empregadasna obra.

    Nas emendas por presso as extremidades das barras devem ser planas e normais aos eixos. Nas emendaspor solda com eletrodo as extremidades devem ser chanfradas. Em todos os casos as superfcies a serememendadas devem ser rigorosamente limpas.

    Devem ser realizados ensaios prvios, nas mesmas condies em que sero realizadas as operaes desoldagem na obra, ou seja, empregando os mesmos processo, equipamento, material e pessoal. Devem

    ainda ser realizados ensaios posteriores para controle, de acordo com o que estabelece a ABNT NBR 11919e verificadas as condies de aceitao da solda. No caso de contratao de empresas fornecedoras

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    comprovadamente especializadas, pode-se, a critrio do contratante, prescindir dos ensaios prvios mediantea apresentao da qualificao vlida do executor do servio.

    Figura 1 Emendas por solda

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    8.1.5.4.5 Requisitos de propriedades mecnicas de trao de barras emendadas

    As emendas das barras feitas mecanicamente ou por solda devem satisfazer previamente o limite deresistncia convencional ruptura das barras no emendadas, conforme ABNT NBR 7480. No ensaio dequalificao, o alongamento da barra emendada deve atender a um mnimo de 2%.

    Se qualquer resultado obtido nos ensaios, com os corpos-de-prova emendados (ver 8.1.5.4.6) ou noemendados, no satisfizer o limite acima fixado e as especificaes, deve ser verificada a causa dadeficincia e devidamente corrigida, sendo repetidos os ensaios prvios.

    8.1.5.4.6 Critrios de aceitao de emendas de barras

    O critrio adotado nesta Norma para a aceitao de emendas de barras de ao est baseado no queestabelece a ABNT NBR 5426, com nvel de qualidade aceitvel (NQA) igual a 4% e nvel de inspeo II. Emfuno do tamanho do lote previsto, aplica-se o nvel S3, com a amostragem definida a seguir:

    a) para lotes de at 150 unidades:

    amostragem simples com N= 5; Ac = 0 e Re =1;

    b) para lotes de 151 at 3 200 unidades:

    amostragem simples com N= 13; Ac = 1 e Re = 2;

    amostragem dupla com N= 8 + 8; Ac1 = 0; Re1 = 2; Ac2 = 1; Re2 2.

    onde:

    N o nmero de amostras ensaiadas do lote;

    Ac o nmero de aceitao, ou seja, a quantidade de unidades defeituosas que podem ocorrer no lotesem que este seja rejeitado;

    Re o nmero de rejeio, ou seja, a quantidade de unidades defeituosas que rejeitam o lote.

    No caso da amostragem dupla, como estabelece a ABNT NBR 5426, o lote pode ser aceito apenasensaiando a primeira amostra, se cumpridas as exigncias relativas quantidade de unidades defeituosas(Ac1 e Re1). Se essa condio no for satisfeita, deve ser ensaiada a segunda amostra e serem satisfeitas asexigncias de Ac2 e Re2.

    8.1.5.5 Montagem e posicionamento da armadura

    A armadura deve ser posicionada e fixada no interior das frmas de acordo com as especificaes de projeto,com as tolerncias estabelecidas em 9.2.4, caso o projeto da estrutura, em virtude de circunstnciasespeciais, no as exija mais rigorosas, de modo que durante o lanamento do concreto se mantenha naposio estabelecida, conservando-se inalteradas as distncias das barras entre si e com relao s facesinternas das frmas.

    A montagem da armadura deve ser feita por amarrao, utilizando arames. No caso de aos soldveis, amontagem pode ser feita por pontos de solda. A distncia entre pontos de amarrao das barras das lajesdeve ter afastamento mximo de 35 cm.

    O cobrimento especificado para a armadura no projeto deve ser mantido por dispositivos adequados ouespaadores e sempre se refere armadura mais exposta. permitido o uso de espaadores de concretoou argamassa, desde que apresente relao gua/cimento menor ou igual a 0,5, e espaadores plsticos, ou

    metlicos com as partes em contato com a frma revestidas com material plstico ou outro material similar.No devem ser utilizados calos de ao cujo cobrimento, depois de lanado o concreto, tenha espessuramenor do que o especificado no projeto.

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    Podem ser utilizados outros tipos de espadores no descritos nesta Norma, desde que no tenham partesmetlicas expostas.

    NOTAS

    1 O posicionamento das armaduras negativas deve ser objeto de cuidados especiais em relao posio vertical.Para tanto, devem ser utilizados suportes rgidos e suficientemente espaados para garantir o seu posicionamento.

    2 Deve ser dada ateno armadura e ao cobrimento onde existam orifcios de pequenas dimenses (ver 7.2.5).

    8.1.6 Protees

    8.1.6.1 Proteo durante a execuo

    Antes e durante o lanamento do concreto, os caminhos e passarelas devem estar dispostos de modo a noacarretarem deslocamento da armadura.

    8.1.6.2 Barras de esperaCaso a concretagem seja interrompida por mais de 90 dias, as barras de espera devem ser pintadas compasta de cimento para proteo contra a corroso. Ao ser retomada a concretagem as barras de esperadevem ser limpas (8.1.4), de modo a permitir boa aderncia com o concreto.

    8.2 Armadura ativa

    8.2.1 Generalidades

    Todo o trabalho deve ser orientado e acompanhado por pessoal especializado.

    Documentos definidos na especificao de projeto devem ser includos na documentao da obra (ver 5.2).

    8.2.2 Sistemas de protenso

    Os sistemas de protenso a serem utilizados devem estar de acordo com o que estabelecem os anexos A eC e as normas pertinentes em cada caso (ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7187, ABNT NBR 10839 ou outras).

    9 Concretagem

    9.1 Modalidade de preparo do concreto

    Para o concreto destinado s estruturas, so previstas duas modalidades diferentes de preparo, descritas aseguir.

    9.1.1 Concreto preparado pelo executante da obra

    As etapas de preparo so realizadas pelo executante da obra, de acordo co o que estabelece aABNT NBR 12655.

    9.1.2 Concreto preparado por empresa de servios de concretagem

    A central deve assumir a responsabilidade pelo servio e cumprir as prescries relativas s etapas depreparo do concreto (ver ABNT NBR 12655), bem como as disposies da ABNT NBR 7212. Adocumentao relativa ao cumprimento destas prescries e disposies deve ser disponibilizada para oresponsvel pela obra e arquivada na empresa de servios de concretagem, sendo preservada durante oprazo previsto na legislao vigente.

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    9.1.2.1 Especificao do concreto

    A especificao do concreto deve levar em considerao todas as propriedades requeridas em projeto, emespecial quanto resistncia caracterstica, ao mdulo de elasticidade do concreto e durabilidade daestrutura, bem como s condies eventualmente necessrias em funo do mtodo de preparo escolhido e

    das condies de lanamento, adensamento e cura.

    9.1.2.1.1 Especificao pela resistncia caracterstica do concreto compresso

    O concreto solicitado especificando-se a resistncia caracterstica do concreto compresso na idade decontrole, conforme a ABNT NBR 12655, a dimenso mxima caracterstica do agregado grado e oabatimento do concreto fresco no momento de entrega, de acordo com a ABNT NBR 7212.

    9.1.2.1.2 Especificao pelo consumo de cimento

    O concreto solicitado especificando-se o consumo de cimento Portland por metro cbico de concreto, adimenso mxima caracterstica do agregado grado e o abatimento do concreto fresco no momento da

    entrega.

    9.1.2.1.3 Especificao pela composio da mistura (trao)

    O concreto solicitado especificando-se as quantidades por metro cbico de cada um dos componentes,incluindo-se aditivos, se for o caso.

    9.1.2.1.4 Exigncias complementares

    A ABNT NBR 7212 estabelece outras exigncias que podem ser solicitadas quando da especificao doconcreto, definindo ainda os critrios de entrega desse material e estabelecendo condies inerentes aoprocesso.

    9.2 Cuidadospreliminares

    9.2.1 Frmas

    Antes do lanamento do concreto devem ser devidamente conferidas as dimenses e a posio (nivelamentoe prumo) das frmas, a fim de assegurar que a geometria dos elementos estruturais e da estrutura como umtodo estejam conforme o estabelecido no projeto, com as tolerncias previstas em 9.2.4, alm das previstasnas normas de projeto (5.1) ou nas especificaes do projeto (5.2.1).

    A superfcie interna das frmas deve ser limpa e deve-se verificar a condio de estanqueidade das juntas,de maneira a evitar a perda de pasta ou argamassa. Nas frmas de paredes, pilares e vigas estreitas e altas,devem ser deixadas aberturas provisrias prximas ao fundo, para limpeza.

    Frmas construdas com materiais que absorvam umidade ou facilitem a evaporao devem ser molhadasat a saturao, para minimizar a perda de gua do concreto, fazendo-se furos para escoamento da gua emexcesso, salvo especificao contrria em projeto.

    Se a frma for utilizada para concreto aparente, o tratamento das superfcies da frma deve ser feito demaneira que o acabamento requerido seja alcanado.

    O uso de desmoldantes deve seguir o que determina 7.2.7.

    9.2.2 Escoramentos

    Antes do lanamento do concreto devem ser devidamente conferidas as posies e condies estruturais doescoramento, a fim de assegurar que as dimenses e posies das frmas sejam mantidas de acordo com o

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    projeto e permitir o trfego de pessoal e equipamento necessrios operao de concretagem comsegurana.

    9.2.3 Armaduras

    A montagem, o posicionamento e o cobrimento especificados para as armaduras passivas devem serverificados e as barras de ao devem estar previamente limpas de acordo com o que estabelecem 8.1.4 e8.1.5.

    Os estribos de pilares no trecho da interseco com a viga devem ser projetados de modo a possibilitar suamontagem.

    NOTA Nas regies de grande densidade de armadura, como por exemplo na regio de traspasse de armadura depilar, o projeto deve prever detalhamento que garanta o espaamento necessrio entre barras para a execuo daconcretagem.

    O posicionamento e a fixao das armaduras ativas devem ser verificados como estabelecem os anexos A eC. Devem ser tomados os cuidados especiais contra problemas relacionados corroso.

    9.2.4 Tolerncias

    A execuo das estruturas de concreto deve ser a mais cuidadosa, a fim de que as dimenses, a forma e aposio das peas e as dimenses e posio da armadura obedeam s indicaes do projeto com a maiorpreciso possvel.

    Devem ser respeitadas as tolerncias estabelecidas nesta seo e nas tabelas 2 a 4, caso o plano da obra,em virtude de circunstncias especiais, no as exija mais rigorosas.

    Tabela 2 Tolerncias dimensionais para as sees transversais de elementos estruturaislineares e para a espessura de elementos estruturais de superfcie

    Dimenso (a)

    cm

    Tolerncia (t)

    mm

    a 60 5

    60 < a 120 7

    120 < a 250 10

    a > 250 0,4 % da dimenso

    Tabela 3 Tolerncias dimensionais para o comprimento de elementos

    estruturais lineares

    Dimenso (l)

    m

    Tolerncia (t)

    mm

    l 3 5

    3 < l 5 10

    5 < l 15 15

    l > 15 20

    NOTA A tolerncia dimensional de elementos lineares justapostos deve ser consideradasobre a dimenso total.

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    Para fins de liberao dos gastalhos de pilares de um pavimento, a tolerncia para posio dos eixos de cadapilar em relao ao projeto de 5 mm.

    A tolerncia individual de desaprumo e desalinhamento de elementos estruturais lineares deve ser menor ouigual a l /500 ou 5 mm, adotando-se o maior valor, e a tolerncia cumulativa deve obedecer seguinte

    equao:

    ttot 8 Htot

    onde:

    ttot a tolerncia cumulativa ou total da edificao, em milmetros;

    Htot a altura da edificao, em metros.

    Dimenso (s)

    cmTolerncia1), 3)(t)

    Tipo de elementoestrutural

    Posio da verificao mm

    Elementos de superfcie

    Elementos lineares

    Horizontal 5

    Vertical 202)

    Horizontal 10

    Vertical 101) Em regies especiais (tais como: apoios, ligaes, interseces de elementos estruturais,traspasse de armadura de pilares e outras) essas tolerncias no se aplicam, devendo serobjeto de entendimento entre o reponsvel pela execuo da obra e o projetista estrutural.

    2)

    Tolerncia relativa ao alinhamento da armadura.3) O cobrimento das barras e a distncia mnima entre elas no podem ser inferiores aosestabelecidos na ABNT NBR 6118.

    O nivelamento das frmas, antes da concretagem, com relao s cotas de projeto, deve respeitar atolerncia estabelecida a seguir:

    5 mm t l

    10mm1 000

    onde:

    t a tolerncia do nivelamento da frma, em milmetros;

    l a maior dimenso da frma, em metros.

    O nivelamento do pavimento, aps a concretagem (ainda escorado) e exclusivamente devido ao pesoprprio, com relao s cotas de projeto, deve respeitar a tolerncia estabelecida a seguir:

    5mm tl

    40mm1 000

    onde:

    t a tolerncia do nivelamento do pavimento, em milmetros;

    l a maior dimenso do pavimento, em metros.

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    9.2.5 Condies operacionais na obra

    Antes de proceder mistura do concreto na obra ou solicitar a entrega de concreto dosado em central, necessrio verificar as condies operacionais dos equipamentos disponveis no local de trabalho e suaadequabilidade ao volume de concreto a ser produzido e transportado.

    As condies e a quantidade disponvel de equipamentos necessrios ao lanamento e ao adensamento doconcreto devem tambm ser verificadas nesta etapa.

    A equipe de trabalhadores devidamente treinados para a operao de concretagem deve estar dimensionadapara realizar as etapas de preparo do concreto (se for o caso), lanamento e adensamento, no tempoestabelecido.

    No caso de concreto dosado em central, o trajeto a ser percorrido pelo caminho betoneira no canteiro deobras at o ponto de descarga do concreto deve estar desimpedido e o terreno firme, de forma a evitardificuldades na concretagem e atrasos no cronograma dessa operao. A circulao dos caminhes deve serfacilitada, para que caminhes vazios possam deixar o local de descarga, dando espao para entrada deoutros. Aps a descarga do concreto, a bica de descarga deve ser lavada no canteiro de obras.

    Quando o concreto for lanado por meio de bombeamento ou quando, em funo das dimenses daestrutura de concreto, houver grande quantidade de caminhes circulando, deve-se prever um local prximoao de concretagem para que os caminhes aguardem pelo momento de descarregar.

    Cuidados adicionais relativos concretagem em temperaturas excessivamente baixas ou elevadas soestabelecidos em 9.3.2 e 9.3.3.

    9.3 Plano de concretagem

    9.3.1 Generalidades

    Os procedimentos de recebimento, liberao, lanamento e amostragem para controle do concreto devematender ao que estabelece 5.3.

    A concretagem de cada elemento estrutural deve ser realizada de acordo com um plano previamenteestabelecido. Um plano de concretagem bem elaborado deve assegurar o fornecimento da quantidadeadequada de concreto com as caractersticas necessrias estrutura.

    O plano de concretagem deve observar o disposto em 7.1-a) com relao ao sistema de frmas e prever:

    a rea ou o volume concretados em funo do tempo de trabalho;

    a relao entre lanamento, adensamento e acabamento (ver 9.5.3);

    as juntas de concretagem, quando necessrias, a partir de definio em comum acordo entre osresponsveis pela execuo da estrutura de concreto e pelo projeto estrutural;

    o acabamento final que se pretende obter.

    A capacidade (pessoal e equipamentos) de lanamento deve permitir que o concreto se mantenha plstico elivre de juntas no previstas durante a concretagem.

    Todos os equipamentos utilizados no lanamento do concreto devem estar limpos e em condies deutilizao e devem permitir que o concreto seja levado at o ponto mais distante a ser concretado naestrutura sem sofrer segregao.

    Os equipamentos devem ser dimensionados e adequados ao processo de concretagem escolhido e emquantidade suficiente, de forma a possibilitar que o trabalho seja desenvolvido sem atrasos e a equipe de

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    trabalhadores deve ser suficiente para assegurar que as operaes de lanamento, adensamento eacabamento do concreto sejam realizadas a contento.

    Se a concretagem for realizada durante a noite, o sistema de iluminao deve permitir condies deinspeo, acompanhamento de execuo e controle dos servios e promover segurana na rea de trabalho.

    A inspeo e liberao do sistema de frmas, das armaduras e de outros itens da estrutura deve serrealizada antes da concretagem. O mtodo de documentao dessa inspeo deve ser desenvolvido eaprovado pelas partes envolvidas antes do incio dos trabalhos. Cada um desses aspectos deve sercuidadosamente examinado, de modo a assegurar que est de acordo com o projeto, as especificaes e asnormas tcnicas.

    9.3.2 Concretagem em temperatura muito fria

    A temperatura da massa de concreto, no momento do lanamento, no deve ser inferior a 5C.

    Salvo disposies em contrrio, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsvel tcnico pela obra, aconcretagem deve ser suspensa sempre que estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de0C nas 48 h seguintes.

    O emprego de aditivos requer prvia comprovao de seu desempenho. Em nenhum caso devem ser usadosprodutos que possam atacar quimicamente as armaduras, em especial aditivos base de cloreto de clcio.

    9.3.3 Concretagem em temperatura muito quente

    Quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente muito quente ( 35C) e, em especial, quandoa umidade relativa do ar for baixa ( 50%) e a velocidade do vento alta ( 30 m/s), devem ser adotadas asmedidas necessrias para evitar a perda de consistncia e reduzir a temperatura da massa de concreto.

    Imediatamente aps as operaes de lanamento e adensamento, devem ser tomadas providncias para

    reduzir a perda de gua do concreto.

    Salvo disposies em contrrio, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsvel tcnico pela obra, aconcretagem deve ser suspensa se as condies ambientais forem adversas, com temperatura ambientesuperior a 40C ou vento acima de 60 m/s.

    9.4 Transporte do concreto na obra

    O concreto deve ser transportado do local do amassamento ou da boca de descarga do caminho betoneiraat o local da concretagem num tempo compatvel com as condies de lanamento (ver 9.5). O meioutilizado para o transporte no deve acarretar desagregao dos componentes do concreto ou perda sensvelde gua, pasta ou argamassa por vazamento ou evaporao.

    NOTA Salvo condies especficas definidas em projeto, ou influncia de condies climticas ou de composio doconcreto, recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a gua de amassamento entra emcontato com o cimento e o final da concretagem no ultrapasse a 2 h 30 min. Quando a temperatura ambiente for elevada,ou sob condies que contribuam para acelerar a pega do concreto, esse intervalo de tempo deve ser reduzido, a menosque sejam adotadas medidas especiais, como o uso de aditivos retardadores, que aumentem o tempo de pega semprejudicar a qualidade do concreto.

    No caso de concreto bombeado, o dimetro interno do tubo de bombeamento deve ser no mnimo quatrovezes o dimetro mximo do agregado.

    O sistema de transporte deve, sempre que possvel, permitir o lanamento direto do concreto nas frmas,evitando o uso de depsitos intermedirios; quando estes forem necessrios, no manuseio do concretodevem ser tomadas precaues para evitar segregao.

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    9.5 Lanamento

    9.5.1 Generalidades

    Antes da aplicao do concreto, deve ser feita a remoo cuidadosa de detritos.

    O concreto deve ser lanado e adensado de modo que toda a armadura, alm dos componentes embutidosprevistos no projeto, sejam adequadamente envolvidos na massa de concreto.

    Em nenhuma hiptese deve ser realizado o lanamento do concreto aps o incio da pega. Concretocontaminado com solo ou outros materiais no deve ser lanado na estrutura.

    O concreto deve ser lanado o mais prximo possvel de sua posio definitiva, evitando-se incrustao deargamassa nas paredes das frmas e nas armaduras.

    Devem ser tomadas precaues para manter a homogeneidade do concreto. No lanamento convencional,os caminhos no devem ter inclinao excessiva, de modo a evitar a segregao decorrente do transporte. Omolde da frma deve ser preenchido de maneira uniforme, evitando o lanamento em pontos concentrados,que possa provocar deformaes do sistema de frmas.

    O concreto deve ser lanado com tcnica que elimine ou reduza significativamente a segregao entre seuscomponentes, observando-se maiores cuidados quanto maiores forem a altura de lanamento e a densidadede armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar 2m, no caso de peas estreitas e altas, de modo a evitar a segregao e falta de argamassa (como nos ps depilares e nas juntas de concretagem de paredes). Entre os cuidados que podem ser tomados, no todo ou emparte, recomenda-se o seguinte:

    emprego de concreto com teor de argamassa e consistncia adequados, a exemplo de concreto comcaractersticas para bombeamento;

    lanamento inicial de argamassa com composio igual da argamassa do concreto estrutural;

    uso de dispositivos que conduzam o concreto, minimizando a segregao (funis, calhas e trombas, porexemplo).

    Deve haver um cuidado especial em evitar o deslocamento de armaduras, dutos de protenso, ancoragens efrmas, bem como para no produzir danos nas superfcies das frmas, principalmente quando o lanamentodo concreto for realizado em peas altas, por queda livre.

    As frmas devem ser preenchidas em camadas de altura compatvel com o tipo de adensamento previsto (ouseja, em camadas de altura inferior altura da agulha do vibrador mecnico) para se obter um adensamentoadequado (ver 9.6). Em peas verticais e esbeltas, tipo paredes e pilares, pode ser conveniente utilizarconcretos de diferentes consistncias, de modo e reduzir o risco de exsudao e segregao.

    Cuidados especiais devem ser tomados at nas concretagens correntes, tanto em lajes inclinadas quanto emlajes planas, sempre conduzindo o concreto lanado contra o j adensado.

    9.5.2 Relao entre lanamento, adensamento e acabamento do concreto

    O plano de concretagem deve prever a relao entre as operaes de lanamento e adensamento, de formaque seja suficientemente elevada para evitar a formao de juntas frias e baixa o necessrio para evitarsobrecarga nas frmas e escoramentos.

    A operao de lanamento deve ser contnua, de maneira que, uma vez iniciada, no sofra nenhumainterrupo, at que todo o volume previsto no plano de concretagem tenha sido completado.

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    9.5.3 Lanamento submerso

    Quando o lanamento for submerso, o estudo de dosagem deve prever um concreto auto-adensvel, coeso e

    plstico. Na falta de um estudo de dosagem que garanta essas caractersticas, deve-se preparar oconcreto com consumo mnimo de cimento Portland maior ou igual a 400 kg/m 3 e consistncia plstica, deforma que possa ser levado ao local de lanamento por meio de uma tubulao submersa. A ponta do tubode lanamento deve ser mantida dentro do concreto j lanado, a fim de evitar agitao prejudicial. Aps olanamento o concreto no deve ser manuseado para adquirir uma forma definitiva especfica, devendo-semanter continuidade na concretagem.

    O lanamento de concreto submerso no deve ser realizado quando a temperatura da gua for menor que 5 C,mesmo estando o concreto fresco com temperatura normal, nem quando a velocidade da gua for maior que 2 m/s.

    9.6 Adensamento

    9.6.1 Generalidades

    Durante e imediatamente aps o lanamento, o concreto deve ser vibrado ou apiloado contnua eenergicamente com equipamento adequado sua consistncia. O adensamento deve ser cuidadoso paraque o concreto preencha todos os recantos das frmas.

    Durante o adensamento devem ser tomados os cuidados necessrios para que no se formem ninhos ouhaja a segregao dos materiais. Deve-se evitar a vibrao da armadura para que no se formem vazios aoseu redor, com prejuzos da aderncia.

    No adensamento manual, a altura das camadas de concreto no deve ultrapassar 20 cm. O adensamentopor meio de vibradores de imerso est estabelecido em 9.6.2. Em todos os casos, a altura da camada deconcreto a ser adensada deve ser menor que 50 cm, de modo a facilitar a sada de bolhas de ar.

    O plano de lanamento deve estabelecer a altura das camadas de lanamento do concreto e o processomais adequado de adensamento. No caso de alta densidade de armaduras, cuidados especiais devem sertomados para que o concreto seja distribudo em todo o volume da pea e o adensamento se processe deforma homognea.

    9.6.2 Cuidados no adensamento com vibradores de imerso

    Quando forem utilizados vibradores de imerso, a espessura da camada deve ser aproximadamente igual a3/4 do comprimento da agulha. Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar cerca de 10 cmna camada anterior.

    Tanto a falta como o excesso de vibrao so prejudiciais ao concreto.

    Devem ser tomados os seguintes cuidados durante o adensamento com vibradores de imerso (ver figura 2):

    preferencialmente aplicar o vibrador na posio vertical;

    vibrar o maior nmero possvel de pontos ao longo do elemento estrutural;

    retirar o vibrador lentamente, mantendo-o sempre ligado, a fim de que a cavidade formada pela agulhase feche novamente;

    no permitir que o vibrador entre em contato com a parede da frma, para evitar a formao de bolhasde ar na superfcie da pea, mas promover um adensamento uniforme e adequado de toda a massa deconcreto, observando cantos e arestas, de maneira que no se formem vazios;

    mudar o vibrador de posio quando a superfcie apresentar-se brilhante.

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    Figura 2-a)

    Figura 2-b)

    Figura 2 Adensamento do concreto com vibradores de imerso

    9.7 Juntas de concretagem

    Quando o lanamento do concreto for interrompido e, assim, se formar uma junta de concretagem noprevista, devem ser tomadas as devidas precaues para garantir a suficiente ligao do concreto jendurecido com o do novo trecho.

    O concreto deve ser perfeitamente adensado at a superfcie da junta, usando-se frmas temporrias (por

    exemplo, tipo pente), quando necessrio, para garantir apropriadas condies de adensamento.

    Antes da aplicao do concreto, deve ser feita a remoo cuidadosa de detritos.

    Antes de reiniciar o lanamento do concreto deve ser removida a nata da pasta de cimento (vitrificada) efeita a limpeza da superfcie da junta, com a retirada do material solto. Pode ser retirada a nata superficialcom a aplicao de jato de gua sob forte presso logo aps o fim de pega (corte verde). Em outrassituaes, para se obter a aderncia desejada entre a camada remanescente e o concreto a ser lanado, necessrio o jateamento de abrasivos ou o apicoamento da superfcie da junta, com posterior lavagem, demodo a deixar aparente o agregado grado. Nesses casos, o concreto j endurecido deve ter resistnciasuficiente para no sofrer perda indesejvel de material, gerando a formao de vazios na regio da junta deconcretagem. Cuidados especiais devem ainda ser tomados no sentido de no haver acmulo de gua emcavidades formadas pelo mtodo de limpeza da superfcie.

    Devem ser tomadas as precaues necessrias para garantir a resistncia aos esforos que podem agir nasuperfcie da junta. Uma medida adequada consiste normalmente em deixar arranques da armadura oubarras cravadas ou reentrncias no concreto mais velho. Na retomada da concretagem, aplicar argamassacom a mesma composio da argamassa do concreto sobre a superfcie da junta, para evitar a formao devazios.

    NOTA Podem ser utilizados produtos para melhorar a aderncia entre as camadas de concreto em uma junta deconcretagem, desde que no causem danos ao concreto e seja possvel comprovar desempenho ao menos igual ao dosmtodos tradicionalmente utilizados. O uso de resinas, nesse caso, deve levar em conta seu comportamento ao fogo.

    As juntas de concretagem, sempre que possvel, devem ser previstas no projeto estrutural e estarlocalizadas onde forem menores os esforos de cisalhamento, preferencialmente em posio normal aos

    esforos de compresso, salvo se demonstrado que a junta no provocar a diminuio da resistncia doelemento estrutural. No caso de vigas ou lajes apoiadas em pilares, ou paredes, o lanamento do concretodeve ser interrompido no plano horizontal.

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    Juntas de concretagem no previstas no projeto estrutural devem ser previamente aprovadas peloresponsvel tcnico pela obra.

    9.8 Acabamento

    Para obter uma superfcie durvel e uniforme de concreto, processos adequados devem ser cuidadosamenteseguidos.

    Inicialmente, a escolha do trao e conseqentemente da consistncia do concreto deve atender aosrequisitos de projeto da estrutura e s condies de trabalhabilidade necessrias. Os processos delanamento e adensamento devem ser realizados de forma a obter um material homogneo e compacto, ouseja, sem apresentar vazios na massa de concreto, com o mnimo manuseio possvel, para se obter osresultados desejados no acabamento das peas concretadas.

    Deve ser evitada a manipulao excessiva do concreto, como processos de vibrao muito demorados ourepetidos em um mesmo local, que provoca a segregao do material e a migrao do material fino e dagua para a superfcie (exsudao), prejudicando a qualidade da superfcie final com o conseqenteaparecimento de efeitos indesejveis.

    10 Cura e retirada de frmas e escoramentos

    10.1 Cura e cuidados especiais

    Enquanto no atingir endurecimento satisfatrio, o concreto deve ser curado e protegido contra agentesprejudiciais para:

    evitar a perda de gua pela superfcie exposta;

    assegurar uma superfcie com resistncia adequada;

    assegurar a formao de uma capa superficial durvel.

    Os agentes deletrios mais comuns ao concreto em seu incio de vida so: mudanas bruscas detemperatura, secagem, chuva forte, gua torrencial, congelamento, agentes qumicos, bem como choques evibraes de intensidade tal que possam produzir fissuras na massa de concreto ou prejudicar a suaaderncia armadura.

    O endurecimento do concreto pode ser acelerado por meio de tratamento trmico ou pelo uso de aditivos queno contenham cloreto de clcio em sua composio e devidamente controlado, no se dispensando asmedidas de proteo contra a secagem.

    Elementos estruturais de superfcie devem ser curados at que atinjam resistncia caracterstica compresso (fck), de acordo com a ABNT NBR 12655, igual ou maior que 15 MPa.

    No caso de utilizao de gua, esta deve ser potvel ou satisfazer s exigncias da ABNT NBR 12654.

    10.2 Retiradas das frmas e do escoramento

    10.2.1 Generalidades

    Frmas e escoramentos devem ser removidos de acordo com o plano de desforma previamente estabelecidoe de maneira a no comprometer a segurana e o desempenho em servio da estrutura.

    Para efetuar sua remoo devem ser considerados os seguintes aspectos:

    peso prprio da estrutura ou da parte a ser suportada por um determinado elemento estrutural;

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    cargas devidas a frmas ainda no retiradas de outros elementos estruturais (pavimentos);

    sobrecargas de execuo, como movimentao de operrios e material sobre o elemento estrutural;

    seqncia de retirada das frmas e escoramentos e a possvel permanncia de escoramentos

    localizados (ver 7.2.2.2);

    operaes particulares e localizadas de retirada de frmas (como locais de difcil acesso);

    condies ambientais a que ser submetido o concreto aps a retirada das frmas e as condies decura;

    possveis exigncias relativas a tratamentos superficiais posteriores.

    10.2.2 Tempo de permanncia de escoramentos e frmas

    Em elementos de concreto protendido fundamental que a remoo das frmas e escoramentos seja

    efetuada em conformidade com a programao prevista no projeto estrutural.

    Escoramentos e frmas no devem ser removidos, em nenhum caso, at que o concreto tenha adquiridoresistncia suficiente para:

    suportar a carga imposta ao elemento estrutural nesse estgio;

    evitar deformaes que excedam as tolerncias especificadas;

    resistir a danos para a superfcie durante a remoo.

    Deve ser dada especial ateno ao tempo especificado para a retirada do escoramento e das frmas quepossam impedir a livre movimentao de juntas de retrao ou dilatao, bem como de articulaes, atendidoo disposto em 7.2.

    Se a frma for parte integrante do sistema de cura, como no caso de pilares e laterais de vigas, o tempo deremoo deve considerar os requisitos de cura da seo 10.

    A retirada das frmas e do escoramento s pode ser feita quando o concreto estiver suficientementeendurecido para resistir s aes que sobre ele atuarem e no conduzir a deformaes inaceitveis, tendoem vista o baixo valor do mdulo de elasticidade do concreto (Eci) e a maior probabilidade de grandedeformao diferida no tempo quando o concreto solicitado com pouca idade.

    Para o atendimento dessas condies, o reponsvel pelo projeto da estrutura deve informar ao responsvelpela execuo da obra os valores mnimos de resistncia compresso e mdulo de elasticidade que devemser obedecidos concomitantemente para a retirada das frmas e do escoramento, bem como a necessidadede um plano particular (seqncia de operaes) de retirada do escoramento.

    10.2.3 Precaues

    A retirada do escoramento e das formas deve ser efetuada sem choques e obedecer ao plano de desformaelaborado de acordo com o tipo da estrutura.

    11 Recebimento da estrutura de concreto

    A estrutura de concreto deve ser recebida desde que cumpridas as exigncias desta Norma, verificadas nodocumento de como construdo (5.2.2.1), atendendo tambm ao estabelecido nas especificaes de projeto(3.7) e nas normas de projeto, em especial na ABNT NBR