NBR 13783.2004 - Posto de serviço - Instalação do sistema de

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© ABNT 2004 Posto de serviço - Instalação do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis – SASC Service station – Installation of fuel underground storage system Palavras-chave: Posto de serviço. Instalação. Armazenamento Descriptors: Service station. Installation. Fuel storage ICS 75.200 Número de referência ABNT NBR 13783:2004 10 páginas NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 13783 Segunda edição 30.06.2004 Válida a partir de 30.07.2004

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Posto de serviço - Instalação do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis – SASC Service station – Installation of fuel underground storage system Palavras-chave: Posto de serviço. Instalação. Armazenamento Descriptors: Service station. Installation. Fuel storage ICS 75.200

Número de referência ABNT NBR 13783:2004

10 páginas

NORMA BRASILEIRA

ABNT NBR13783

Segunda edição30.06.2004

Válida a partir de30.07.2004

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© ABNT 2004 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito pela ABNT. Sede da ABNT Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar 20003-900 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 2220-1762 [email protected] www.abnt.org.br Impresso no Brasil

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Sumário Página

Prefácio............................................................................................................................................................... iv

1 Objetivo ..................................................................................................................................................1 2 Referências normativas........................................................................................................................1 3 Definições ..............................................................................................................................................2 4 Projeto ....................................................................................................................................................3 5 Seleção de equipamentos ....................................................................................................................4 6 Movimentação/armazenagem de materiais ........................................................................................4 7 Inspeção pré-instalação........................................................................................................................4 8 Instalação ...............................................................................................................................................4 8.1 Câmaras de contenção .........................................................................................................................4 8.1.1 Câmara de contenção de descarga de combustível..........................................................................4 8.1.2 Câmara de contenção da boca-de-visita.............................................................................................5 8.1.3 Câmara de contenção da unidade de abastecimento .......................................................................5 8.1.4 Câmara de contenção da unidade de filtragem .................................................................................5 8.1.5 Flange de vedação ................................................................................................................................5 8.2 Tubulações.............................................................................................................................................6 8.2.1 Cava para as tubulações ......................................................................................................................6 8.2.2 Tubulações de respiro ..........................................................................................................................7 8.2.3 Descarga de combustível .....................................................................................................................7 8.2.4 Sucção....................................................................................................................................................8 8.2.5 Pressão positiva ....................................................................................................................................8 8.2.6 Retorno do filtro ....................................................................................................................................8 8.2.7 Retorno do eliminador de ar ................................................................................................................8 8.2.8 Filtro-bomba...........................................................................................................................................8 8.3 Sistema de sifão entre tanques ...........................................................................................................8 8.4 Tubo metálico flexível ...........................................................................................................................8 8.5 Válvula antitransbordamento...............................................................................................................8 8.6 Válvula de esfera flutuante...................................................................................................................8 8.7 Válvula de retenção na sucção............................................................................................................9 8.8 Tubo de descarga removível................................................................................................................9 8.9 Monitoramento de interstício - Tanque de parede dupla ..................................................................9 8.10 Válvula de segurança contra abalroamento para sistema de pressão positiva.............................9 8.11 Sistema de drenagem oleosa...............................................................................................................9 8.12 Sistema de medição volumétrica, monitoramento ambiental e intersticial, unidade de

abastecimento , bomba de pressão positiva e dispenser...............................................................10 8.13 Tanque de óleo usado.........................................................................................................................10 8.14 Aterramento .........................................................................................................................................10 8.15 Equalização de potencial....................................................................................................................10 9 Ensaio de estanqueidade ...................................................................................................................10 9.1 Tubulação.............................................................................................................................................10 9.2 Conjunto tanque/tubulação................................................................................................................10

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 13783 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo (ABNT/ONS-34), pela Comissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustíveis (CE–34:000.04). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 08 de 29.08.2003, com o número Projeto NBR 13783.

Esta Norma substitui a ABNT NBR 13783:1997.

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Posto de serviço - Instalação do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis - SASC

1 Objetivo

Esta Norma estabelece os princípios gerais de instalação e montagem de equipamentos e tubulações do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) de posto revendedor.

Esta Norma não se aplica à colocação e ao aterro do tanque subterrâneo na cava, que estão contemplados na ABNT NBR 13781.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizem acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

ABNT NBR 5580:2002 – Tubos de aço-carbono para usos comuns na condução de fluidos – Requisitos e ensaios

ABNT NBR 6925:1995 – Conexão de ferro fundido maleável classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação – Especificação

ABNT NBR 6943:2000 – Conexões de ferro fundido maleável, com rosca ABNT NBR NM-ISO 7-1, para tubulações

ABNT NBR 13781:2001 – Posto de serviço – Manuseio e instalação de tanque subterrâneo de combustíveis

ABNT NBR 13786:2001 – Posto de serviço – Seleção de equipamentos e sistemas para instalações subterrâneas de combustíveis

ABNT NBR 14605:2000 – Posto de serviço – Sistema de drenagem oleosa

ABNT NBR 14639:2001 – Posto de serviço – Instalações elétricas

ABNT NBR 14722:2001 – Posto de serviço – Tubulação não-metálica

ABNT NBR 14867:2002 – Posto de serviço – Tubos metálicos flexíveis

ABNT NBR NM-ISO 7-1:2000 – Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca – Parte 1: Dimensões, tolerâncias e designação

API 1615 – Installation of underground petroleum storage tank systems

NFPA 30 -A – Flammable and combustible liquids code

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3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 caixa separadora de água e óleo (SAO): Equipamento que separa fisicamente produtos imiscíveis com a água.

3.2 câmara de acesso à boca-de-visita: Recipiente estanque instalado sobre a boca-de-visita do tanque.

3.3 câmara de contenção da descarga de combustível: Recipiente estanque usado no ponto de descarregamento de combustível, para contenção de possíveis derrames.

3.4 câmara de contenção para unidade de filtragem: Recipiente estanque usado para conter as conexões e interligações da unidade de filtragem, para contenção de possíveis vazamentos e derrames.

3.5 câmara de contenção sob a unidade de abastecimento: Recipiente estanque usado sob a unidade de abastecimento de combustível, para contenção de possíveis derrames.

3.6 conexão eletrossoldável: Conexão não metálica, que funde com o tubo por meio de indução elétrica, sistema de eletrofusão.

3.7 descarga selada: Sistema que garante a estanqueidade da operação de descarregamento de combustível.

3.8 ensaio de estanqueidade: Método que avalia a estanqueidade dos sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC).

3.9 flange de vedação: Dispositivo com a finalidade de vedar a passagem de tubulação através das paredes das câmaras de contenção.

3.10 monitoramento intersticial: Monitoramento efetuado entre o tanque primário e a contenção secundária para detecção de vazamento.

3.11 sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC): Conjunto de tanques subterrâneos, tubulações e acessórios, interligados e enterrados.

3.12 tanque de parede dupla: Tanque construído com duas paredes, uma interna e outra externa, e interstício.

3.13 tanque subterrâneo: Tanque instalado abaixo do nível do solo.

3.14 tubulação de contenção secundária: Tubulação externa que envolve totalmente a tubulação primária, com a função de reter qualquer vazamento da tubulação primária e proporcionar um meio para monitorar esta ocorrência.

3.15 tubulação primária: Tubulação que transporta combustível e tubulação de respiro.

3.16 tubulação de descarga a distância: Tubulação adicional a descarga direta de combustível.

3.17 tubulação de descarga direta: Tubulação para descarga de combustível, instalada sobre o tanque.

3.18 tubulação de sucção: Tubulação primária de condução de combustível sob pressão negativa, que interliga o tanque à unidade de abastecimento ou à unidade de filtragem.

3.19 tubulação de respiro do trecho subterrâneo: Tubulação do respiro do tanque, instalada abaixo do nível do solo.

3.20 tubulação de retorno do filtro: Tubulação de interligação da unidade de filtragem ao tanque para retorno do produto não filtrado.

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3.21 tubulação de pressão positiva: Tubulação primária de condução de combustível sob pressão positiva, que interliga o tanque à unidade de abastecimento.

3.22 tubulação de retorno do eliminador de ar: Tubulação de interligação do eliminador de ar da unidade de abastecimento à unidade de filtragem.

3.23 tubulação filtro-bomba: Tubulação primária de condução de combustível sob pressão positiva, que interliga a unidade de filtragem à unidade de abastecimento.

3.24 unidade abastecedora: Equipamento destinado ao abastecimento de veículos, indicando o volume, preço e valor a pagar.

3.25 válvula antitransbordamento: Dispositivo que evita o extravasamento de combustível durante a operação de descarregamento.

3.26 válvula de retenção instalada em linha de sucção: Uma única válvula de retenção instalada na tubulação, junto à sucção de cada bomba da unidade abastecedora ou do filtro prensa de óleo diesel dos postos de serviço.

3.27 monitoramento ambiental: Monitoramento efetuado nas câmaras de contenção de bombas, tanques e unidades de filtragem.

3.28 posto revendedor: Instalação onde se exerce a atividade de revenda varejista de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos, dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos medidores.

3.29 posto de serviço: É o posto revendedor com serviços agregados.

4 Projeto

Cada instalação deve possuir projeto (planta baixa) que especifique e localize os equipamentos a serem utilizados na instalação do SASC, atendendo à classificação do posto de serviço, de acordo com a ABNT NBR 13786.

O projeto deve contemplar o encaminhamento das tubulações de interligação dos equipamentos do SASC, respeitando os raios de curvatura definidos pelo fabricante e os ângulos de entrada nas câmaras de contenção, conforme previsto nesta Norma.

Tubulações que passem por cima dos tanques devem ser evitadas. Utilizar este recurso somente quando absolutamente inevitável.

Durante a instalação, caso a tubulação venha a ser instalada em posição ou configuração de acessórios diferente daquela apontada no projeto, a modificação deve significar a revisão do projeto original.

Deve ser mantido no posto o projeto “como realizado”.

As tubulações devem ser dispostas nas condições informadas no projeto e inclinadas no percentual, no sentido e no diâmetro mínimo, conforme cada aplicação.

O posicionamento da unidade de abastecimento e unidade de filtragem deve atender à legislação local.

Tubulação não metálica deve ser utilizada somente em instalações subterrâneas.

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5 Seleção de equipamentos

A seleção dos equipamentos e sistemas a serem aplicados nas instalações devem estar de acordo com as exigências estabelecidas na ABNT NBR 13786.

6 Movimentação/armazenagem de materiais

Todo equipamento, e/ou material auxiliar, deve ser descarregado, inspecionado, recebido e posteriormente armazenado de acordo com as instruções do fabricante.

Todos os equipamentos e materiais devem ser inspecionados no ato do recebimento, verificando a conformidade das especificações e o estado geral da mercadoria. Inspeções e/ou ensaios devem ser efetuados tomando-se como base as especificações do fabricante e os critérios de aceitabilidade.

Caso o armazenamento temporário (durante o período de instalação) venha a ser em local descoberto, sujeitos à ação atmosférica, como exposição ao sol, à chuva, etc., deve-se verificar junto ao fabricante se estão aptos a suportar tal ação e por qual período.

As embalagens originais devem ser preservadas até o momento da instalação.

7 Inspeção pré-instalação

Anteriormente aos procedimentos de instalação de qualquer equipamento ou acessório, estes devem ser rigorosamente inspecionados de forma a se assegurar que estejam íntegros e em perfeitas condições, conforme as especificações e instruções do fabricante.

A observação de qualquer dano deve ser relatada ao fornecedor e o material não deve ser instalado, devendo ser identificado e segregado dos demais materiais.

Nenhum equipamento e/ou material pode ser reparado ou modificado sem a prévia autorização do fabricante.

8 Instalação

Após a instalação do tanque subterrâneo, conforme a ABNT NBR 13781, devem ser instalados os acessórios do SASC conforme descrito em 8.1 a 8.1.5.

8.1 Câmaras de contenção

As câmaras devem ser instaladas conforme as orientações de 8.1.1 a 8.1.5, para cada tipo de câmara, complementadas com as orientações do fabricante.

8.1.1 Câmara de contenção de descarga de combustível

Deve ser instalada em piso de concreto armado, distante no mínimo 0,50 m da borda da câmara de descarga de combustível.

O aro deve ser apoiado no concreto para evitar a sua quebra e deve envolver toda a sua extremidade.

O nivelamento do aro deve ser pela face inferior, para manter inclinação e evitar a entrada de água no seu interior.

O aterro que envolve o reservatório deve ser com areia grossa ou pedrisco, observando uma granulometria de diâmetro máximo de 8 mm, isento de objetos pontiagudos, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o reservatório.

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Quando da instalação de descarga à distância, a base deve ser mantida nivelada, não podendo estar inclinada.

A face superior do colar da descarga selada deve estar posicionada a uma altura que permita o fechamento da tampa da câmara e também permita o perfeito acoplamento do conector da mangueira do caminhão-tanque.

Deve ser efetuado ensaio de estanqueidade conforme orientação do fabricante.

Nos pontos de descarga de combustível, tanto na descarga direta como na descarga à distância, deve ser instalada câmara de contenção da descarga de combustível, com descarga selada. A localização do ponto de abastecimento da descarga à distância deve possuir afastamento de limite das divisas do terreno e de qualquer edificação existente conforme legislação local, sendo a distância mínima 0,75 m.

8.1.2 Câmara de contenção da boca-de-visita

A câmara deve ser instalada no dispositivo próprio do tanque, na boca-de-visita.

A altura livre mínima entre a tampa da câmara de contenção da boca-de-visita e a tampa da câmara de calçada, montada na pista acabada, deve ser 0,08 m.

Caso seja montado/construído anel de concreto para apoio da câmara de calçada ou acabamento do aterro, este não pode estar apoiado sobre o tanque ou sobre a câmara de contenção da boca-de-visita. A distância entre o anel e a câmara de contenção deve ser maior que 0,20 m.

Antes da compactação, verificar a montagem enchendo com água até a altura mínima de 0,20 m, o interior da câmara de contenção da boca-de-visita, para inspeção visual da estanqueidade do conjunto instalado no tanque. Caso seja detectado vazamento, refazer a fixação no tanque e repetir o procedimento de verificação.

A compactação em torno da câmara de contenção da boca-de-visita deve ser executada em camadas de 0,10 m, de forma homogênea, de modo a evitar pressões diferenciais em torno de sua parede. O aterro utilizado no interior do anel de concreto deve ser o mesmo utilizado em 8.1.1.

8.1.3 Câmara de contenção da unidade de abastecimento

Instalar a câmara de contenção sob a unidade de abastecimento com o tamanho correspondente para esta unidade, conforme orientação do fabricante da câmara.

A câmara deve ser instalada sobre colchão de areia lavada, compactada, sem a presença de detritos pontiagudos, com espessura mínima de 0,10 m.

O sistema de ancoragem, para fixação e estruturação da câmara no ponto de apoio da unidade abastecedora, deve ser posicionado de acordo com o nível do piso acabado, de modo a garantir uma projeção mínima de 0,02 m da parede da câmara de contenção. Esta projeção tem como objetivo evitar a entrada de água de lavagem de pista no interior da câmara de contenção.

8.1.4 Câmara de contenção da unidade de filtragem

A câmara deve ser instalada de forma que todas as conexões e válvulas de interligação das tubulações de entrada e saída da unidade de filtragem fiquem alinhadas e posicionadas no interior da câmara de contenção.

A câmara deve ser instalada sobre colchão de areia lavada, compactada, sem a presença de detritos pontiagudos, com espessura mínima de 0,10 m.

8.1.5 Flange de vedação

Instalar os flanges de vedação nas câmaras de contenção com a dimensão correspondente ao diâmetro do tubo.

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No caso da instalação na câmara de contenção da boca-de-visita, o posicionamento dos flanges deve ser o mais próximo possível da conexão a ser interligada na tampa da boca-de-visita do tanque; o flange deve ser instalado em uma das faces planas verticais da câmara; a altura do posicionamento do flange deve ser no mínimo suficiente para não permitir a formação de sifão no tubo metálico flexível.

8.2 Tubulações

Qualquer válvula instalada na tubulação, em trecho subterrâneo, deve estar contida em uma câmara de contenção estanque.

Nas conexões metálicas roscadas, deve ser aplicado material vedante compatível com os combustíveis automotivos, de forma que garanta a estanqueidade do sistema. Para as conexões de descarga selada e válvula de retenção da sucção, não é permitido usar qualquer produto que cause o travamento das roscas, como material vedante.

As roscas das conexões metálicas e/ou tubos metálicos devem ser cônicas tipo BSP, 11 fios/pol, conforme ABNT NBR NM -ISO 7-1.

As tubulações que adentram a câmara de contenção da boca-de-visita não devem avançar sobre a projeção da tampa da boca-de-visita, para permitir sua eventual retirada.

As tubulações que não estiverem em uso devem estar tamponadas e desconectadas dos equipamentos, garantindo a estanqueidade.

As tubulações em instalação devem permanecer provisoriamente tamponadas, até a finalização da conexão, para evitar entrada de detritos, resíduos ou corpos estranhos que prejudiquem seu funcionamento.

Para tubulação subterrânea, os tubos devem ser contínuos e sem emendas. Caso necessária, a operação de emenda deve ser por meio de conexão eletrossoldável, podendo assim o tubo ficar enterrado diretamente no solo. Caso a emenda seja por conexões do tipo mecânica, esta deve estar no interior de uma caixa estanque e que possibilite a inspeção periódica por câmara de acesso.

Para trecho de tubulação não metálica conforme a ABNT NBR 14722, com distância superior a 12 m, o tubo não deve ser montado como trecho completamente reto, deve ser previsto um acréscimo de 2% no comprimento deste trecho, para compensar possíveis dilatações térmicas do tubo. A curva resultante deve estar na horizontal, não formando sifão.

Caso haja a necessidade de serem promovidas curvas na extensão da tubulação não metálica conforme a ABNT NBR 14722, esta deve respeitar os limites do raio de curvatura do tubo. O raio mínimo de curvatura é aquele que corresponde a 30 vezes o diâmetro nominal do tubo.

Na conexão e interligação da tubulação com a câmara de contenção o ângulo entre o trecho final de 0,50 m do tubo e a parede da câmara deve ser de 90°, com variação de ± 15°.

Nunca permitir que o tubo faça qualquer tipo de curva no plano vertical que possa acarretar a formação de bolsões e/ou sifões.

No caso de instalação de tubulações de contenção secundária observar o sentido do escoamento para uma câmara de contenção com monitoramento de eventual vazamento.

8.2.1 Cava para as tubulações

Ao preparar a cava para receber uma ou mais tubulações, observar os seguintes parâmetros:

a) a distância mínima entre uma tubulação e a parede lateral da cava deve ser de no mínimo uma vez o diâmetro do tubo;

b) as tubulações devem estar afastadas entre si por uma distância equivalente a uma vez o diâmetro do tubo;

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c) caso na mesma cava existam diâmetros diferentes de tubos, adotar o maior deles para cálculo das distâncias;

d) caso haja necessidade de cruzamento de linhas, deve-se prever uma separação vertical entre estas pela distância equivalente ao diâmetro do tubo. Em caso de tubos com diâmetros diferentes, adotar o maior deles como parâmetro;

e) o leito da cava deve ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o tubo ou seu revestimento;

f) após a limpeza, promover a compactação do fundo da cava;

g) depositar uma camada de 0,10 m de areia grossa ou pedrisco, observando uma granulometria de diâmetro máximo de 8 mm, e compactar mecânica ou hidraulicamente;

h) após terem sido lançados os tubos, o início do preenchimento e da compactação deve ser executada manualmente, até que se atinja a altura de pelo menos ¼ do diâmetro do tubo, garantindo que o recobrimento atinja, consistentemente, toda a parte inferior do tubo;

i) recobrir com o mesmo material, compactado hidraulicamente, até que o(s) tubo(s) esteja(m) recoberto(s) em no mínimo uma vez o maior do(s) diâmetro(s);

j) após este limite mínimo, a cava pode ser preenchida com solo local;

k) a altura mínima de profundidade da tubulação deve ser de 0,45 m em relação ao nível do piso acabado.

8.2.2 Tubulações de respiro

Os vapores liberados pelo respiro devem ser direcionados para cima com o objetivo de facilitar a dispersão, conforme exigências da API 1615 e NFPA 30 -A.

Cada compartimento do tanque deve possuir tubulação de respiro independente.

8.2.2.1 Respiro de trecho subterrâneo

Considerar a inclinação mínima de 2% no sentido do tanque.

8.2.2.2 Respiro de trecho aéreo

O trecho aéreo da tubulação de respiro (acima do nível do solo) deve ser metálico, conforme ABNT NBR 5580, e ter conexões de ferro maleável galvanizado, conforme ABNT NBR 6925 ou ABNT NBR 6943.

O ponto extremo da tubulação de respiro deve ficar no mínimo a 1,50 m de raio esférico de qualquer edificação, inclusive a cobertura da área de abastecimento e a uma altura mínima de 3,70 m da pavimentação; também não pode ser posicionado abaixo da cobertura de abastecimento; quando definida em área livre, deve ser sustentado por estrutura autoportante e protegido do tráfego de veículos.

8.2.3 Descarga de combustível

As conexões de montagem da tubulação de descarga à distância ou descarga direta não podem ter diâmetro interno inferior a 103 mm, de forma a permitir a instalação de tubo de carga removível ou válvula antitransbordamento.

Caso não seja instalada válvula antitransbordamento, deve ser instalado tubo de carga removível na descarga direta.

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8.2.3.1 Descarga direta

O trecho vertical subterrâneo do tubo de descarga direta deve possuir diâmetro de 4” e ser fabricado em aço galvanizado, conforme a ABNT NBR 5580, revestido externamente com fita de proteção contra corrosão, após a sua montagem.

8.2.3.2 Descarga à distancia

Considerar inclinação mínima de 2% no sentido do tanque.

Posicionar a conexão TEE o mais próximo possível do tanque.

8.2.4 Sucção

Considerar inclinação mínima de 2% no sentido do tanque.

8.2.5 Pressão positiva

Considerar inclinação mínima de 2% no sentido do tanque.

8.2.6 Retorno do filtro

Considerar inclinação mínima de 2% no sentido do tanque.

8.2.7 Retorno do eliminador de ar

Considerar inclinação mínima de 1% e sentido conforme a aplicação.

8.2.8 Filtro-bomba

Considerar inclinação mínima de 1% e sentido conforme a aplicação.

8.3 Sistema de sifão entre tanques

Nos sistemas de abastecimento por meio de bomba submersa, é permitido instalar sifão entre um ou mais tanques.

8.4 Tubo metálico flexível

Tubo flexível metálico, conforme a ABNT NBR 14867, não pode ser instalado enterrado, a instalação deve ser no interior de uma câmara de contenção. Deve ser aplicado nas interligações entre tubulações e equipamentos, exceto nas descargas direta e à distância.

A instalação deve seguir a orientação do fabricante.

8.5 Válvula antitransbordamento

A válvula deve ser instalada conforme orientação do fabricante.

A válvula deve ser posicionada para bloqueio da descarga quando atingido o limite de 95% da capacidade nominal do tanque.

8.6 Válvula de esfera flutuante

A válvula deve ser instalada na conexão do respiro no flange da boca-de-visita do tanque, conforme orientação do fabricante.

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8.7 Válvula de retenção na sucção

A válvula deve ser instalada conforme orientação do fabricante e deve ser posicionada entre o tubo metálico flexível e a unidade de abastecimento ou de filtragem, ou no interior da unidade de abastecimento.

A válvula deve permitir acesso para manutenção sem a necessidade de retirar a unidade de abastecimento ou de filtragem, e deve ser compatível com o combustível.

Esta válvula é aplicável para sistemas de sucção (pressão negativa).

8.8 Tubo de descarga removível

O tubo deve ser instalado conforme orientação do fabricante e deve ser fabricado em alumínio anodizado, com a parte superior dimensionada para apoio no tubo de descarga de combustível, e fixado pela conexão de descarga selada.

O tubo deve possuir diâmetro externo mínimo de 3” e, quando for o caso, abertura para ponto de descarga a distância.

A extremidade inferior do tubo deve estar posicionada a aproximadamente 150 mm do fundo do tanque e possuir chanfro de 45°.

O tubo deve permitir a sua retirada para manutenção e/ou substituição sem a necessidade de quebra de pista e/ou tubo de descarga de combustível.

8.9 Monitoramento de interstício - Tanque de parede dupla

Deve ser instalado tubo com diâmetro de 2”, interligado na conexão de monitoramento intersticial do tanque, por meio de material vedante e selante. A outra extremidade deve ser posicionada próxima da pista, no interior de uma câmara estanque de acesso para inspeção. Na extremidade superior do tubo deve ser montada uma caixa de passagem estanque, para permitir a ligação do sensor de monitoramento intersticial. Este tubo deve possuir rosca BSP 11 FPP e deve ser em aço galvanizado, conforme ABNT NBR 5580, revestido externamente com fita de proteção contra corrosão, após a sua montagem.

8.10 Válvula de segurança contra abalroamento para sistema de pressão positiva

A válvula deve ser instalada conforme orientação do fabricante e deve ser posicionada entre o tubo metálico flexível e a unidade de abastecimento por sistema de bomba submersa.

A válvula deve ser montada com barra estabilizadora para travamento da válvula, quando do abalroamento da unidade de abastecimento.

A válvula deve ser compatível com o combustível.

8.11 Sistema de drenagem oleosa

O sistema de drenagem oleosa deve atender às prescrições da ABNT NBR 14605 e ser instalado conforme orientação do fabricante.

A pista da área de abastecimento deve ser em concreto armado com caimento para o sistema de drenagem, cujas canaletas devem estar localizadas internamente à projeção da cobertura, e deve direcionar o fluxo para uma caixa separadora de água e óleo.

Para o tanque cuja descarga de combustível não possua válvula antitransbordamento e o ponto de descarga de combustível, direto ou à distância, estiver localizado fora da área de abastecimento, ou seja, não protegido pela canaleta da área de abastecimento, deve possuir piso em concreto armado e canaleta própria, distante no maximo 0,50 m da borda da câmara de descarga de combustível, e deve direcionar o fluxo para uma caixa separadora de água e óleo.

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A unidade de filtragem quando localizada em área descoberta deve ser instalada em piso de concreto armado, provido de sistema de drenagem, com canaleta própria, e deve direcionar o fluxo para uma caixa separadora de água e óleo.

O dimensionamento do sistema de drenagem oleosa deve considerar o volume de contribuição das canaletas.

8.12 Sistema de medição volumétrica, monitoramento ambiental e intersticial, unidade de abastecimento , bomba de pressão positiva e dispenser

Caso esteja prevista a instalação de pelo menos um dos sistemas acima devem ser seguidas as orientações do fabricante e a ABNT NBR 14639.

8.13 Tanque de óleo usado

Para instalação subterrânea devem ser observados os critérios estabelecidos pela ABNT NBR 13781.

8.14 Aterramento

Quando necessario deve atender a ABNT NBR 14639.

Os tanques subterraneos não devem ser aterrados.

8.15 Equalização de potencial

Deve ser executada conforme ABNT NBR 14639.

9 Ensaio de estanqueidade

Os ensaios devem ser conduzidos antes da deposição do aterro sobre as tubulações.

Antes da realização dos ensaios toda a tubulação deve ser inspecionada visualmente, de forma a garantir que a instalação foi corretamente realizada conforme definição do projeto.

Os resultados dos ensaios devem ser registrados e guardados adequadamente.

9.1 Tubulação

Antes da interligação ao tanque, a tubulação deve ser submetida a ensaio de estanqueidade, com ar comprimido ou água, a pressão mínima de 100 kPa durante 1 h. As conexões e pontos de interligação devem receber uma solução de água e sabão. Os eventuais vazamentos devem ser identificados pela formação de bolhas no local, reparados e novamente ensaiados. Ao final do ensaio, a pressão inicial deve permanecer inalterada.

No caso de sistema pressurizado, a pressão de ensaio deve ser de 1,5 vez a pressão máxima de operação, atendendo no mínimo a 100 kPa.

9.2 Conjunto tanque/tubulação

Após a execução do ensaio de estanqueidade da tubulação e efetuada a interligação ao tanque, deve ser executado um novo ensaio de estanqueidade, envolvendo o conjunto. O procedimento deve ser o mesmo descrito em 9.1, com a pressão máxima de 34,5 kPa (5 psi). Todas as conexões do tanque e interligações com as tubulações devem estar estanques.