NBR 11889 (1992).pdf

9
Copyright © 1990, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR EndereçoTelegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavras-chave: Aço de baixa liga. Aço-carbono. Chapa 9 páginas ABR 1992 Bobinas grossas e chapas grossas de aço-carbono e de aço de baixa liga e alta resistência - Requisitos gerais NBR 11889 SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção 7 Aceitação e rejeição 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para encomen- da, fabricação e fornecimento a que devem obedecer as bobinas grossas e chapas grossas de aço-carbono e de aço baixa liga e de baixa resistência e de aços de alta re- sistência, laminadas em laminador contínuo ou em lami- nador reversível. Caso haja divergência entre esta Norma e a especificação particular do produto, prevalece o pres- crito na especificação particular do produto. 1.2 As bobinas e chapas do laminador contínuo são fa- bricadas com espessura em geral igual ou inferior a 12,7 mm. Acima desta espessura o produto plano só po- de ser fornecido na forma de chapa do laminador rever- sível. 1.3 Esta Norma não se aplica a bobinas e chapas de piso. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 5018 - Aço-carbono - Determinação de enxo- fre - Método volumétrico-acidimétrico - Método de ensaio NBR 5604 - Aço-carbono - Determinação do carbo- no - Método gasométrico por combustão - Método de ensaio NBR 5607 - Aço-carbono - Determinação de silício - Método do ácido perclórico - Método de ensaio NBR 5608 - Aço-carbono - Determinação de silício - Método do ácido sulfúrico - Método de ensaio NBR 5609 - Aço-carbono - Determinação de cobre - Método iodométrico - Método de ensaio NBR 5610 - Aço-carbono - Determinação de níquel - Método da dimetilglioxima - Método de ensaio NBR 5611 - Aço-carbono - Determinação de cromo - Método do persulfato - Método de ensaio NBR 5612 - Aço-carbono - Determinação de enxo- fre - Método volumétrico-iodométrico - Método de ensaio NBR 5613 - Aço-carbono - Determinação de manga- nês - Método do bismuto de ensaio - Método de en- saio NBR 5614 - Aço-carbono - Determinação de alumí- nio - Método calorimétrico - Método de ensaio Especificação Origem: Projeto EB-2189/1988 CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia CE-01:202.02 - Comissão de Estudo de Produtos Laminados de Aço de Baixo Carbono e de Aço de Baixa Liga e Alta Resistência NBR 11889 - Heavy thickness coils and plates of carbon and high strength low alloy steels - General requirements - Specification Descriptors: Low alloy steel. Carbon steel. Plate Esta Norma cancela e substitui a NBR 6664/1983 Reimpressão da EB-2189, de DEZ 1991 /LFHQoDGHXVRH[FOXVLYDSDUD3HWUREUiV6$

Transcript of NBR 11889 (1992).pdf

Page 1: NBR 11889 (1992).pdf

Copyright © 1990,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Palavras-chave: Aço de baixa liga. Aço-carbono. Chapa 9 páginas

ABR 1992

Bobinas grossas e chapas grossas deaço-carbono e de aço de baixa liga ealta resistência - Requisitos gerais

NBR 11889

SUMÁRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definições4 Condições gerais5 Condições específicas6 Inspeção7 Aceitação e rejeição

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para encomen-da, fabricação e fornecimento a que devem obedecer asbobinas grossas e chapas grossas de aço-carbono e deaço baixa liga e de baixa resistência e de aços de alta re-sistência, laminadas em laminador contínuo ou em lami-nador reversível. Caso haja divergência entre esta Normae a especificação particular do produto, prevalece o pres-crito na especificação particular do produto.

1.2 As bobinas e chapas do laminador contínuo são fa-bricadas com espessura em geral igual ou inferior a12,7 mm. Acima desta espessura o produto plano só po-de ser fornecido na forma de chapa do laminador rever-sível.

1.3 Esta Norma não se aplica a bobinas e chapas de piso.

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 5018 - Aço-carbono - Determinação de enxo-

fre - Método volumétrico-acidimétrico - Método deensaio

NBR 5604 - Aço-carbono - Determinação do carbo-no - Método gasométrico por combustão - Métodode ensaio

NBR 5607 - Aço-carbono - Determinação de silício -Método do ácido perclórico - Método de ensaio

NBR 5608 - Aço-carbono - Determinação de silício -Método do ácido sulfúrico - Método de ensaio

NBR 5609 - Aço-carbono - Determinação de cobre -Método iodométrico - Método de ensaio

NBR 5610 - Aço-carbono - Determinação de níquel -Método da dimetilglioxima - Método de ensaio

NBR 5611 - Aço-carbono - Determinação de cromo -Método do persulfato - Método de ensaio

NBR 5612 - Aço-carbono - Determinação de enxo-fre - Método volumétrico-iodométrico - Método deensaio

NBR 5613 - Aço-carbono - Determinação de manga-nês - Método do bismuto de ensaio - Método de en-saio

NBR 5614 - Aço-carbono - Determinação de alumí-nio - Método calorimétrico - Método de ensaio

Especificação

Origem: Projeto EB-2189/1988CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e MetalurgiaCE-01:202.02 - Comissão de Estudo de Produtos Laminados de Aço de BaixoCarbono e de Aço de Baixa Liga e Alta ResistênciaNBR 11889 - Heavy thickness coils and plates of carbon and high strength lowalloy steels - General requirements - SpecificationDescriptors: Low alloy steel. Carbon steel. PlateEsta Norma cancela e substitui a NBR 6664/1983Reimpressão da EB-2189, de DEZ 1991

�������������� ��������������������������

Page 2: NBR 11889 (1992).pdf

2 NBR 11889/1992

NBR 5615 - Aço-carbono - Determinação de mo-libdênio - Método gravimétrico - Método de ensaio

NBR 5616 - Ligas ferrovanádio - Análise química -Método de ensaio

NBR 6002 - Chapas grossas de aço - Determinaçãode descontinuidades por ultra-som - Método de en-saio

NBR 6006 - Classificação por composição químicade aços para construção mecânica - Procedimento

NBR 6153 - Produto metálico - Ensaio de dobra-mento semiguiado - Método de ensaio

NBR 6157 - Materiais metálicos - Determinação daresistência ao impacto em corpos-de-prova enta-lhados simplesmente apoiados - Método de ensaio

NBR 6215 - Produtos siderúrgicos - Terminologia

NBR 6340 - Aço-carbono - Determinação do fósfo-ro - Método alcalimétrico - Método de ensaio

NBR 6341 - Aço-carbono - Determinação do manga-nês - Método do persulfato - Método de ensaio

NBR 6364 - Defeitos de superfície, forma e dimen-sões em produtos laminados planos de aços não re-vestidos - Terminologia

NBR 6648 - Chapas grossas de aço-carbono parauso estrutural - Especificação

NBR 6655 - Chapas de aço com características me-lhoradas de propriedades mecânicas, conforma-bilidade e soldabilidade - Especificação

NBR 6671 - Materiais metálicos - Determinação dadureza Rockwell - Método de ensaio

NBR 6673 - Produto plano de aço - Determinaçãodas propriedades mecânicas à tração - Método deensaio

NBR 8268 - Produto plano laminado de aço-carbonoe de aço de baixa liga e alta resistência - Embala-gem - Padronização

Nota: Os métodos de análise química são válidos tambémpara os aços de baixa liga.

3 Definições

Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão defini-dos nas NBR 6215, NBR 6364 e em 3.1 a 3.12.

3.1 Aço de alta resistência

Para os efeitos desta Norma consideram-se aços de altaresistência todos os aços ao carbono com limite de escoa-

mento (LE) mínimo especificado maior ou igual a 300 MPa,os aços de baixa liga e alta resistência e os aços (médio ealto teor de carbono e baixo carbono com teor de Mnmaior ou igual a 1,20%) comercializados exclusivamentesegundo requisitos de composição química (ver NBR 6006e NBR 6215).

3.2 Aço de baixa resistência

Para os efeitos desta Norma consideram-se aços de bai-xa resistência os aços ao carbono com limite de escoa-mento (LE) especificado menor que 300 MPa e os aços(baixo carbono com teor de Mn menor que 1,20%) co-mercializados exclusivamente segundo critérios de com-posição química (ver NBR 6006 e NBR 6215).

3.3 Afastamento inferior

Diferença entre a dimensão nominal e a dimensão mínimapermissível.

3.4 Afastamento superior

Diferença entre a dimensão máxima permissível e adimensão nominal.

3.5 Amostra

Porção de material retirado de um produto, com a finalida-de de conhecer sua natureza, qualidade ou tipo, por meiode inspeção, análise e/ou ensaio.

3.6 Borda aparada

Borda resultante de um processo de corte mecânico oupor oxicorte, nas linhas finais de acabamento.

3.7 Borda natural

Borda obtida após a laminação a quente ou a frio, semaparamento nas linhas finais de acabamento.

3.8 Coroa

Diferença entre a espessura no meio da largura do produ-to e a média aritmética das espessuras tomadas a partirdas bordas do produto plano laminado, conforme asFiguras 1, 2 e 3, de acordo com a equação:

C = e -

Onde:

C = coroa, em mm

e = espessura no meio da largura do produto lamina- do, em mm

e1 e e2 = espessuras tomadas a partir das bordas, em mm

e1 + e2

2

�������������� ��������������������������

Page 3: NBR 11889 (1992).pdf

NBR 11889/1992 3

3.9 Dimensão nominal

Dimensão especificada na encomenda que fixa a origemdos afastamentos.

3.10 Perfil transversal

Representação gráfica dos valores da espessura ao lon-

go da largura, tomadas numa seção perpendicular à direçãofinal da laminação do produto plano.

3.11 Cunha

Diferença entre as espessuras das duas bordas do produ-to plano laminado, conforme a Figura 4.

Figura 1 - Coroa

Figura 2 - Coroa positiva (C > 0)

Figura 3 - Coroa negativa (C < 0)

L = largura

x = 10 mm

(bordas aparadas)

ou 20 mm

(bordas naturais)

Onde:

e1, e2 = espessuras tomadas a partir das bordas, em mm

X = 10 mm (bordas aparadas) ou 20 mm (bordas naturais)

Figura 4 - Cunha

3.12 Unidade de laminação

Produto resultante da laminação de uma placa em la-minador reversível de chapas grossas, na espessura finaldo pedido. As operações subseqüentes são o corte trans-versal para obtenção do comprimento final da chapa e oaparamento das bordas, quando solicitado pelo com-prador.

4 Condições gerais

4.1 Siglas

As siglas que devem ser utilizadas, quando for convenien-te a designação simplificada de termos e expressões

referentes a produtos planos laminados de aço, são da-das conforme quadro a seguir.

Termo ou expressão Sigla

Chapa de piso CP

Chapa grossa do LCG CG

Chapa grossa do LTQ CGT

Bobina do piso BP

Bobina grossa BG

Borda aparada BA

Borda natural BN

�������������� ��������������������������

Page 4: NBR 11889 (1992).pdf

4 NBR 11889/1992

(1) Exemplo de encomenda:

a) chapas grossas do LCG (ou CG), NBR 6648 CG-26, 6,30 mm x 2440 mm x 6000 mm, 150 t, bordas naturais, para fabricação deperfis soldados;b) bobinas grossas (ou BG), NBR 6655 LN-26,7,10 mm x 1200 mm, 50 t, para a peça “travessa do motor”.

4.2 Modo de fazer a encomenda(1)

4.2.1 Nos pedidos de bobinas grossas e chapas grossasde aço-carbono e de aço baixa liga e alta resistênciasegundo esta Norma devem constar:

a) bobinas ou chapas grossas;

b) número da Norma part icular do produto, grau, c las-se ou tipo, quando houver;

c) dimensões, em milímetros, na seguinte ordem:

- espessura;

- largura;

- comprimento, exceto para bobinas;

d) quantidade pedida, em toneladas;

e) bordas naturais ou bordas aparadas;

f) requisitos adicionais combinados previamenteentre produtor e comprador.

4.2.2 Cada item do pedido deve conter somente materialque apresente as mesmas características de cada alíneade 4.2.1.

4.3 Marcação

4.3.1 As chapas grossas, quando produzidas em lamina-dor reversível, não são fornecidas em amarrados, deven-do ser marcadas individualmente. Quando as chapasgrossas forem produzidas em laminador contínuo, só achapa grossa superior do amarrado deve ser marcada. Nocaso de bobina, a marcação deve ser feita na espira in-terna e/ou externa.

4.3.2 A forma de marcação fica a critério do produtor. Nocaso de marcação por pintura, a tinta deve ser de qualida-de tal que não seja removida durante o manuseio.

4.3.3 Nas bobinas grossas e chapas grossas fornecidassegundo esta Norma, deve constar a seguinte marcação:

a) nome ou símbolo do produtor;

b) número de identificação dado pelo produtor, queindividualize o lote e permita o levantamento doprocessamento do material durante a produção;

c) número da norma part icular do produto, grau, clas-se ou tipo, quando houver;

d) dimensões, em milímetros, na seguinte ordem:

- espessura;

- largura;

- comprimento, exceto para bobinas;

e) massa em toneladas ou número de chapas (no ca-so de chapas grossas) ou bobinas produzidas nolaminador contínuo;

f) puncionamento do número de laminação no casode chapas grossas do laminador reversível, excetoquando houver orientação em contrário do com-prador.

4.4 Embalagem

O tipo de embalagem e a exigência de massa máxima doamarrado ou bobina devem ser estabelecidos na enco-menda de acordo com as limitações do produtor. No ca-so da embalagem, consultar a NBR 8268.

4.5 Certificado

4.5.1 Por solicitação do comprador, pode ser fornecidocertificado contendo a identificação, a designação com-pleta da especificação particular do produto, as dimen-sões nominais, e um ou mais dos seguintes grupos decaracterísticas do lote:

a) propriedades mecânicas;

b) composição química;

c) massa e/ou número de chapas grossas.

4.5.2 Quando fornecido, o certificado deve acompanhar anota fiscal ou ser entregue antecipadamente.

4.5.3 O certificado só pode ser emitido e fornecido peloprodutor.

5 Condições específicas

5.1 Espessuras padronizadas

A série de espessuras padronizadas das bobinas grossase chapas grossas bem como a equivalência entre massateórica e espessura devem estar conforme a Tabela 1.

Tabela 1 - Espessuras padronizadas das bobinas grossas e chapas grossas e massa teórica correspondentes

Espessura Massa Espessura Massa por m2(A) por m2(A)

(mm) (kg) (mm) (kg)

5,30 41,61 25,00(B) 196,25 5,60 43,96 26,50 208,03 6,00 47,10 28,00 219,00 6,30(B) 49,46 30,00 235,50 6,70 52,60 31,50(B) 247,28 7,10 55,74 33,50 262,98 7,50 58,88 35,00 274,75

/continua

�������������� ��������������������������

Page 5: NBR 11889 (1992).pdf

NBR 11889/1992 5

8,00(B) 62,80 37,50(B) 294,38 8,50 66,73 40,00 314,00 9,00 70,65 42,50 333,63 9,50(B) 74,58 45,00 353,2510,00 78,50 47,50 372,8810,60 83,21 50,00(B) 392,5011,20 87,92 55,00 431,7512,00 94,20 60,00 471,0012,50(B) 98,13 63,00(B) 510,2513,20 103,62 70,00 549,5014,00 109,90 75,00(B) 588,7515,00 117,75 80,00 628,0016,00(B) 125,60 90,00 706,5017,00 133,45 100,00(B) 785,0018,00 141,30 110,00 863,5019,00(B) 149,15 120,00 942,0020,00 157,00 130,00 1020,0021,20 166,42 140,00 1099,0022,40(B) 175,84 150,00 1177,5023,60 185,26 - -

(A) A massa indicada tem por base a massa específica média de 7,85 x 103 kg/m3.(B) As espessuras são preferenciais, isto é, são padrões em pelo menos uma usina.

5.2 Processo de fabricação

O processo de fabricação das bobinas grossas e chapasgrossas fica a critério do produtor, devendo ser, quandosolicitado, comunicado ao comprador.

5.3 Condições de acabamento

A critério do comprador, as chapas grossas podem serfornecidas com bordas naturais ou com bordas apara-das. As bordas naturais podem apresentar-se danifica-das por manuseio ou processamento, garantindo-se, en-tretanto, o valor da largura pedida. As bobinas grossas sósão fornecidas com bordas naturais. No caso de chapasgrossas produzidas no laminador reversível, o aparamen-to pode ser feito mecanicamente ou através de maçarico.Em geral, até 40,0 mm é feito por corte mecânico, comespessuras maiores, só por maçarico.

5.4 Condições de superfície

5.4.1 As bobinas grossas e chapas grossas não devem a-presentar imperfeições de superfície que impeçam o seuemprego no uso previsto.

5.4.2 O produtor deve fazer a inspeção em apenas umadas faces da bobina grossa ou chapa grossa.

5.4.3 As chapas grossas do LCG podem ter suas superfí-cies recondicionadas para eliminar os defeitos, por es-merilhamento apenas, desde que o afastamento inferiorestabelecido para a espessura nominal não seja ultra-passado.

5.4.4 A remoção de defeitos com posterior preenchimentopor solda pode ser executada, desde que a espessuranominal da chapa não seja ultrapassada por mais do que2%. Esse recondicionamento deve ser conduzido por sol-dador e procedimento qualificados.

5.4.5 O recondicionamento da superfície das chapas gros-sas produzidas em laminador contínuo não é usual devidoàs características do processo e forma de fornecimentodessas chapas.

5.5 Tolerância para análise química

Nos casos em que se efetuar análise química na bobinagrossa ou chapa grossa, as variações permissíveis emrelação à análise de panela devem estar conforme a Tabe-la 2. Como os aços efervescentes e capeados são ca-racterizados por falta de uniformidade em sua composiçãoquímica, especialmente para os elementos como carbo-no, fósforo e enxofre, as variações permissíveis para a a-nálise química não são apropriadas para esses elementos.

5.6 Tolerâncias dimensionais e de forma

5.6.1 Localização das tolerâncias desta Norma

A Tabela 3 orienta a localização das tolerâncias dimensio-nais e de forma que constam nesta Norma.

5.6.2 Tolerância na espessura

5.6.2.1 As tolerâncias na espessura das bobinas grossas echapas grossas produzidas em laminador reversível de-vem estar conforme a Tabela 4.

Espessura Massa Espessura Massa por m2(A) por m2(A)

(mm) (kg) (mm) (kg)

/continuação

Tabela 2 - Tolerâncias de análise química

Variação permissível (%)Elemento

Abaixo do limite Acima do limite mínimo máximo

Carbono 0,03 0,04Manganês 0,04 0,10Fósforo - 0,01Enxofre - 0,01Silício 0,02 0,05Cobre 0,02 0,03

Variação permissível (%)Elemento

Abaixo do limite Acima do limite mínimo máximo

Nióbio 0,001 0,01Vanádio 0,001 0,01Molibdênio 0,01 0,01Cromo 0,04 0,04Níquel 0,03 0,03Titânio 0,001 -

/continua

/continuação

�������������� ��������������������������

Page 6: NBR 11889 (1992).pdf

6 NBR 11889/1992

Tabela 3 - Localização das tolerâncias dimensionais e de forma

Material Tolerância Aplicação Seção Tabela

Laminador reversível 5.6.2 4

Laminador contínuo 5.6.2 5

Bordas aparadas 5.6.3 6

Bordas naturais produzidas emlaminador reversível 5.6.3 7

Bordas naturais produzidas emlaminador contínuo 5.6.3 7

Comprimento - 5.6.4 8

Desvio de aplainamento - 5.6.5 9

Empeno lateral Bordas aparadas 5.6.6 -

Largura

Espessura

Chapasgrossas

Tabela 4 - Tolerâncias na espessura das chapas grossas produzidas no laminador reversível

Espessura nominal (e) Afastamento superior na espessura em função da largura (L) (%)

(mm) L - 1200 1200 < L - 1500 1500 < L - 1800 1800 < L - 2100 2100 < L - 2400 2400 < L - 2700 2700 < L - 3000 3000 < L - 3300 3300 < L - 3600 3600 < L - 4200

e - 6,0 6,0 7,0 8,0 8,5 10,5 12,0 14,0 16,0 18,5 -

6,0 < e - 8,0 6,0 6,0 7,0 8,0 8,5 10,5 12,0 14,0 18,5 19,5

8,0 < e - 9,5 5,0 6,0 6,0 7,0 8,0 8,5 10,5 12,0 15,0 17,0

9,5 < e - 11,0 4,5 5,0 6,0 6,0 7,0 8,0 8,5 10,5 13,0 15,0

11,0 < e - 12,5 4,0 4,5 5,0 6,0 6,0 7,0 8,0 8,5 11,0 13,0

12,5 < e - 16,0 4,0 4,0 4,5 5,0 6,0 8,0 7,0 8,0 9,5 11,0

16,0 < e - 20,0 4,0 4,0 4,0 4,5 6,0 6,0 6,0 7,0 8,0 8,0

20,0 < e - 25,0 3,5 4,0 4,0 4,0 4,5 5,0 6,0 6,0 7,0 8,0

25,0 < e - 50,0 3,5 3,5 4,0 4,0 4,0 4,5 5,0 6,0 6,0 7,0

50,0 < e - 75,0 3,5 3,5 3,5 4,0 4,0 4,5 5,0 6,0 6,0 6,5

75,0 < e - 100,0 3,5 3,5 3,5 3,5 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,5

100,0 < e - 150,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,5

Nota: Afastamento inferior: 0,25 mm.

5.6.2.2 As tolerâncias na espessura das bobinas grossas echapas grossas produzidas em laminador contínuo de-vem estar conforme a Tabela 5.

5.6.2.3 A medição da espessura deve ser feita em qual-quer ponto distante no mínimo 20 mm da borda, no casode bordas aparadas, e 40 mm, no caso de bordas natu-rais.

5.6.2.4 Por solicitação do comprador, os afastamentos su-perior e inferior podem ser diferentes dos valores dadosnas Tabelas 4 e 5, desde que a tolerância correspondaaos valores destas Tabelas.

5.6.2.5 As bobinas grossas fornecidas sem aparamentodas pontas podem conter até 5 m em cada extremidadecom a espessura fora dos limites permissíveis.

Tabela 5 - Tolerâncias na espessura das bobinas grossas e chapas grossas de aço de baixa resistência e aço de alta resistência produzidas em laminador contínuo

Afastamento superior na espessura em função da largura nominal (L)(A)

Espessura nominal (e) L - 1200 1200 < L - 1500 1500 < L - 1900

AR(B) BR(B) AR BR AR BR

5,0 < e - 6,0 0,53 0,35 0,60 0,40 0,68 0,45

6,0 < e - 8,0 0,60 0,40 0,68 0,45 0,75 0,50

8,0 < e - 9,5 0,68 0,45 0,75 0,50 0,83 0,55

e > 9,5 0,75 0,50 0,83 0,55 0,90 0,60(A) Afastamento inferior: 0,25 mm.(B) AR = Alta resistência. BR = Baixa resistência.

Unid.: mm

�������������� ��������������������������

Page 7: NBR 11889 (1992).pdf

NBR 11889/1992 7

Tabela 9 - Tolerâncias no desvio de aplainamento de chapas grossas de aço de baixa resistência e de aço de alta resistência

Unid.: mm

Desvio de aplainamento permissível em função da largura nominal (L)

Espessura nominal L < 1200 1200 - L < 1500 1500 - L < 2000 2000 - L < 3000 L ¯ 3000

(e) AR BR AR* BR* AR BR AR BR AR BR

e < 6,50 30 20 38 25 53 35 68 45 75 50

6,50 - e < 9,50 23 15 30 20 45 30 60 40 60 40

9,50 - e < 13,00 23 15 23 15 30 20 45 30 53 35

13,00 - e < 19,00 23 15 23 15 23 15 38 25 45 30

19,00 - e < 25,00 23 15 23 15 23 15 30 20 45 30

25,00 - e < 50,00 23 15 23 15 23 15 23 15 45 30

e ¯ 50,00 15 10 15 10 23 15 23 15 38 25

* AR = Alta resistência. BR = Baixa resistência.

5.6.3 Tolerâncias na largura

5.6.3.1 As tolerâncias na largura das chapas grossas combordas aparadas devem estar conforme a Tabela 6.

5.6.3.2 As tolerâncias na largura das bobinas grossas echapas grossas com bordas naturais devem estar confor-me a Tabela 7.

5.6.3.3 As bobinas grossas com bordas naturais podem ternas extremidades certo comprimento com a largura forados limites permissíveis. A porcentagem (ou valor) má-xima requerida deve ser objeto de consulta ao produ-tor.

5.6.4 Tolerâncias no comprimento

As tolerâncias no comprimento das chapas grossas de-vem estar conforme a Tabela 8.

5.6.5 Tolerâncias no desvio de aplainamento

As tolerâncias no desvio de aplainamento ao longo dalargura e ao longo do comprimento das chapas grossas deaço de baixa resistência e de aço de alta resistência de-vem estar conforme a Tabela 9. Considera-se flecha emtrechos máximos de 3.600 mm de comprimento. Para aaplicação da Tabela 9 deve ser considerada a maiordimensão da chapa grossa como comprimento

Tabela 6 - Tolerâncias na largura das bobinas grossas e chapas grossas com bordas aparadas

Unid.: mm

Largura nominal Afastamento superior na largura em função da espessura nominal (e)*

(L) e - 10 10 < e - 16 16 < e - 25 25 < e - 40 40 < e - 100 100 < e - 150

L - 1500 10 15 15 20 25 30

1500 < L - 2100 15 15 20 20 25 30

2100 < L - 2700 15 20 20 25 25 30

L > 2700 20 20 20 30 25 30

* Afastamento inferior: zero.

Tabela 7 - Tolerâncias na largura das bobinas grossas e chapas grossas com bordas naturais

Unid.: mm

Largura nominal Afastamento super ior*

(L) Laminador cont ínuo Laminador reversível

L - 1200 30 120

1200 < L - 1500 35 150

1500 < L - 1800 40 180

L > 1800 50 200

* Afastamento inferior: zero.

Tabela 8 - Tolerâncias no comprimento de chapas grossas

Unid.: mm

Comprimento nominal (C) Afastamento superior*

C - 3000 30

3000 < C - 6000 35

6000 < C - 9000 40

9000 < C - 12000 50

12000 < C - 15000 50

C > 15000 65

* Afastamento inferior: zero.

�������������� ��������������������������

Page 8: NBR 11889 (1992).pdf

8 NBR 11889/1992

5.6.6 Tolerância no empeno lateral

O empeno lateral permissível para chapas grossas combordas aparadas deve ser de 2 mm para cada 1000 mm decomprimento ou fração.

5.6.7 Tolerância no desvio de esquadria

O desvio de esquadria, medido como a diferença entre asdiagonais, não deve exceder 6 mm. Esta tolerância aplica-se para chapas grossas aparadas.

6 Inspeção

6.1 Condições de inspeção

6.1.1 A inspeção, a amostragem e os ensaios das bobinasgrossas e chapas grossas devem ser realizados integral-mente nas dependências no produtor antes do embarquedo material.

6.1.2 Se for do interesse do comprador acompanhar a ins-peção, a amostragem e os ensaios das bobinas grossas echapas grossas, o produtor deve conceder-lhe todas asfacilidades necessárias e suficientes à verificação de quea encomenda está sendo atendida de acordo com o pedi-do, sem que haja interrupção do processamento ou atra-so na produção. A inspeção pode ser feita diretamentepelo comprador ou por inspetor credenciado.

6.2 Amostragem

6.2.1 As amostras para os ensaios das bobinas grossas echapas grossas devem ser retiradas conforme a rotina doprodutor e conforme as Figuras 5 e 6. A freqüência daamostragem é objeto da especificação particular doproduto.

6.2.2 As amostras para os ensaios das bobinas são retira-das da espira externa. Se os valores obtidos nos ensaiosnão atenderem aos requisitos especificados, admite-se aretirada de outra amostra após o descarte desta espira,devendo os resultados dos novos ensaios atenderem aosrequisitos especificados na Norma particular do produto.

6.2.3 As amostras para os ensaios das chapas grossasprovenientes do corte de bobinas grossas devem serretiradas após o descarte da extremidade e em qualquerposição ao longo da bobina, a critério do produtor.

6.2.3.1 As chapas grossas provenientes de laminador re-versível devem ter a amostra para ensaios retirada daunidade de laminação, em qualquer posição ao longo docomprimento, a critério do produtor.

6.2.4 A distribuição dos corpos-de-prova na amostra e asdimensões da amostra ficam a critério do produtor, res-peitando-se, entretanto, a posição das amostras (A ou B,da Figura 5, dependendo da especificação particular doproduto) e a orientação dos corpos-de-prova em relaçãoà direção final de laminação, conforme a Figura 6.

Figura 6 - Orientação dos corpos-de-prova nas amostras A ou B

Onde:

L = largura da bobina grossa ou chapa grossaA = amostra a um quarto da larguraB = amostra de borda

Figura 5 - Posição das amostras

�������������� ��������������������������

Page 9: NBR 11889 (1992).pdf

NBR 11889/1992 9

6.2.5 Os corpos-de-prova para os ensaios de tração longi-tudinal, impacto longitudinal e dobramento longitudinaldevem ser retirados respectivamente nas posições TL, ILe DL, conforme a Figura 6, de modo que os eixos lon-gitudinais dos corpos-de-prova sejam paralelos à direçãofinal de laminação.

6.2.6 Os corpos-de-prova para os ensaios de tração trans-versal, impacto transversal e dobramento transversal de-vem ser retirados respectivamente nas posições TT, IT eDT, conforme a Figura 6, de modo que os eixos longitu-dinais dos corpos-de-prova sejam perpendiculares à di-reção final de laminação.

6.2.7 O corpo-de-prova para a análise química deveconsistir em cavacos retirados de toda a espessura daamostra A ou B da bobina grossa ou chapa grossa,conforme a Figura 5. Quando a especificação particular doproduto não exigir a retirada da amostra A ou B, a análi-se química deve ser retirada na posição Q, conforme aFigura 5.

6.2.8 O ensaio de dureza deve ser realizado na cabeça docorpo-de-prova do ensaio de tração, antes deste ensaio,ou em uma das extremidades do corpo-de-prova do en-saio de dobramento, antes deste ensaio. Se for efetuadosomente ensaio de dureza, este deve ser realizado na po-sição D, conforme a Figura 5.

6.3 Ensaios

6.3.1 A definição dos ensaios a que devem ser submetidasas bobinas grossas e chapas grossas, a quantidade e aorientação dos corpos-de-prova são objeto da especifi-

cação particular de cada produto e devem ser executadasnas dependências do produtor.

6.3.2 Os ensaios a que devem ser submetidas as bobinase chapas grossas, quando prescritos na especificaçãoparticular do produto, devem ser realizados conformeNBR 5018, NBR 5604, NBR 5607, NBR 5609, NBR 5610,NBR 5611, NBR 5612, NBR 5613, NBR 5614, NBR 5615,NBR 5616, NBR 6002, NBR 6153, NBR 6157, NBR 6215,NBR 6340, NBR 6341, NBR 6364, NBR 6671, NBR 6673.

7 Aceitação e rejeição

7.1 Se os resultados de qualquer ensaio representativo deum lote não satisfizerem aos requisitos especificados naNorma particular do produto, os ensaios devem ser re-petidos utilizando-se as mesmas amostras, devendo osnovos ensaios atenderem aos requisitos especificados.Caso contrário, o lote deve ser rejeitado, ou então novasbobinas grossas ou chapas grossas (em número duplo aoanterior) devem ser amostradas e ensaiadas, sendo asanteriores rejeitadas. Os novos ensaios devem atenderaos requisitos especificados. Caso contrário, todo o lotedeve ser rejeitado.

7.2 As bobinas ou chapas grossas, que durante a inspe-ção de recebimento ou durante a utilização por parte docomprador, não estiverem de acordo com o estabelecidonesta Norma ou na especificação particular do produto,devem ser separadas, mantendo-se adequadamente aidentificação e a armazenagem do lote, notificando-se deimediato o produtor para a comprovação no estabele-cimento do comprador. Ao produtor devem ser concedi-das todas as condições necessárias à inspeção.

�������������� ��������������������������