NATÁLYA INÁCIA BENTO...alta acidez, mas possui alguns inconvenientes, por necessitar de...
Transcript of NATÁLYA INÁCIA BENTO...alta acidez, mas possui alguns inconvenientes, por necessitar de...
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
ENGENHARIA QUÍMICA
NATÁLYA INÁCIA BENTO
DESACIDIFICAÇÃO DE SEBO BOVINO PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
Poços de Caldas/MG
2015
NATÁLYA INÁCIA BENTO
DESACIDIFICAÇÃO DE SEBO BOVINO PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
Trabalho de Conclusão de Curso referente ao
curso de Engenharia Química da Universidade
Federal de Alfenas – Campus Poços de Caldas.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Grazielle Santos Silva
Andrade.
Poços de Caldas/MG
2015
B478d Bento , Natálya Inácia .
Desacidificação de sebo bovino para produção de biodiesel./ Natálya Inácia Bento;
Orientação de Grazielle Santos Silva Andrade. Poços de Caldas: 2015.
28fls.: il.; 30 cm.
Inclui bibliografias: f. 27-28
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Química ) –
Universidade Federal de Alfenas– Campus de Poços de Caldas, MG.
1. Biodiesel.. 2. Desacidificação. 3. Sebo bovino. I . Andrade, Grazielle Santos Silva
(orient.). II. Universidade Federal de Alfenas – Unifal. III. Título.
CDD 662.88
Agradecimentos
À Deus acima de tudo por ter permitido que eu concluísse mais essa etapa da minha
vida.
Aos meus pais por sempre me apoiarem e me darem o suporte para que eu
conseguisse seguir firme nesse objetivo.
À minha orientadora, Prof. Dra. Grazielle Santos Silva Andrade, por sempre estar
disposta a ajudar e pela sua paciência.
Aos meus amigos, em especial à Karine Cappuccio de Castro por sempre estar ao
meu lado me dando forças para seguir em frente.
Aos técnicos, principalmente à Ana Paula e ao Bruno por sempre cederem seus
tempos para me ajudar e a todos que de alguma forma contribuíram para que eu chegasse até
aqui.
RESUMO
O biodiesel é um biocombustível de fonte renovável que gradativamente vem se tornando o
foco de pesquisas científicas e do setor industrial. Esse enfoque vem aumentando pelo
biodiesel ser um combustível cuja combustão causa menos danos ao meio ambiente se
comparado ao óleo diesel. A produção do biodiesel pode ocorrer a partir dos óleos vegetais ou
a partir de gorduras animais. Para que se obtenha tal produto é necessário que aconteça uma
reação de transesterificação entre um álcool e um triglicerídeo, na presença de catalisador,
tendo como subproduto o glicerol. A avaliação do biodiesel se dá pela verificação de alguns
parâmetros de qualidade que indicam se o produto em questão está ou não dentro dos padrões
estabelecidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Para
alcançar um biodiesel de melhor qualidade, neste trabalho foi realizada uma desacidificação
do sebo bovino a partir de uma extração líquido-líquido antes da reação de transesterificação.
A extração líquido-líquido obteve uma redução de aproximadamente 50% do IA (índice de
acidez) e %AGL (ácidos graxos livres) do sebo bovino.
Palavras chave: Biodiesel. Desacidificação. Sebo bovino. Extração líquido – líquido.
ABSTRACT
The biodiesel is a renewable fuel that gradually comes becoming focus of scientific research
and of the industrial sector. This focus comes increasing by the biodiesel be a fuel whose
combustion causes less damage to the environment compared to diesel oil. The production of
biodiesel can occur from vegetable oil or even animal fat. To obtain such product is required
happen a transesterification reaction between an alcohol and a triglyceride including the
presence of a catalyst, obtaining as a byproduct of the glycerol. The evaluation of the
biodiesel occurs by checking some quality’s parameters that indicate whether the product falls
within the established standards by ANP (Agency National of Petroleum, Natural Gas and
Biofuels). To achieve a better quality of biodiesel, in this study was performed a
deacidification of beef tallow by liquid-liquid extraction before the transesterification
reaction. The liquid-liquid extraction obtained reduction of approximately 50% of AI (acidity
index) and %FFA (free fat acids) of the beef tallow.
Keywords: Biodiesel. Desacidification. Beef tallow. Liquis-liquid extraction.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6 2 OBJETIVO .................................................................................................................... 7 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................... 7
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 8 3.1 BIODIESEL .................................................................................................................... 8 3.2 SEBO BOVINO .............................................................................................................. 9 3.3 PURIFICAÇÃO DE ÓLEOS E GORDURAS COM ELEVADA ACIDEZ ................. 10 3.4 EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO ............................................................................. 11
4 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 13 4.1 MATERIAIS ................................................................................................................. 13 4.2 METODOLOGIA EXPERIMENTAL ......................................................................... 13
4.2.1 Desacidificação do sebo bovino por meio de extração líquido-líquido .................. 13
4.2.2 Reação de transesterificação ...................................................................................... 14
4.2.3 Purificação do biodiesel .............................................................................................. 15
4.3 METODOLOGIA ANALÍTICA .................................................................................. 15
4.3.1 Determinação do índice de acidez e AG livres ......................................................... 15
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 17 5.1 DESACIDIFICAÇÃO DO SEBO BOVINO ................................................................ 17
5.2 ÍNDICE DE ACIDEZ ................................................................................................... 19 5.3 SÍNTESE DE BIODIESEL ........................................................................................... 19
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 27
6
1 INTRODUÇÃO
Com a crescente preocupação ambiental, algumas fontes de energias renováveis vêm
sendo estudadas para aos poucos irem substituindo o óleo diesel, que é um combustível que
gera maior parte da poluição por causar a emissão de certos poluentes em maiores
quantidades (KRAUSE, 2008). Dentre as diversas fontes de energias renováveis existentes,
uma que vem se destacando é o biodiesel, que embora apresente uma emissão de NOx na
atmosfera ao ser submetido à combustão, ele libera menos CO2 se comparado ao óleo diesel, o
que torna seu uso mais vantajoso (MATA et al., 2011; ATABANI et al., 2012).
Atualmente, no Brasil, a matéria-prima mais utilizada para a produção de biodiesel é
o óleo de soja por fornecer ao biocombustível melhores qualidades em seus parâmetros físico-
químicos em comparação às produções de biodiesel feitas a partir de outros tipos de óleos
(HIRAKURI et al., 2010). A segunda matéria-prima que mais se destaca é o sebo bovino, que
é produzido em larga escala, tem baixo custo no mercado e as suas vantagens em relação aos
óleos vegetais é a não utilização do mesmo no setor alimentício (HIRAKURI et al., 2010;
MATA et al., 2011).
Para a produção de biodiesel é realizada uma alcoólise de lipídios, onde triglicerídeos
são transformados, via catálise homogênea, heterogênea ou enzimática, em ésteres de alquila
tendo glicerol como subproduto (GRABAUSKAS, 2013; MYTHILI, et al, 2014). Com a
finalidade de se controlar a produção de biodiesel, alguns padrões relacionados às
características físico-químicas do produto foram estipulados a partir de normalizações. Tais
características devem ser analisadas obedecendo os métodos de análise mais recentes (ANP,
2014).
A utilização do óleo vegetal ou da gordura animal de forma bruta na produção de
biodiesel pode causar um menor rendimento na reação (LOBO; FERREIRA; CRUZ, 2009).
Para que não tenha um baixo rendimento são utilizadas algumas técnicas de purificação
desses óleos ou gorduras antes de se realizar a reação de transesterifcação, como por exemplo,
a extração líquido-líquido, que se baseia no fenômeno de transferência de massa e tem por
objetivo promover a desacidificação dessas matérias-primas (GRABAUSKAS, 2013;
GEANKOPLIS, 1993).
7
2 OBJETIVO
O presente trabalho teve como objetivo principal utilizar o método de extração
líquido-líquido para desacidificação do óleo de sebo bovino para posterior produção de
biodiesel a partir de uma reação de transesterificação na presença de um catalisador
homogêneo básico.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Avaliar o índice de acidez presente no sebo bovino;
- Determinar uma metodologia de extração líquido-líquido para reduzir a sua acidez;
- Realizar uma reação de transesterificação utilizando o sebo bovino desacidificado com
etanol anidro, utilizando hidróxido de potássio como catalisador;
- Analisar as características físico-químicas do produto final.
8
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 BIODIESEL
Segundo a ANP (2014), o biodiesel pode ser definido como um “combustível
composto de alquil ésteres de ácidos graxos de cadeia longa, derivados de óleos vegetais ou
de gorduras animais”.
Os óleos vegetais utilizados para produção de biodiesel são provenientes de: soja,
canola, girassol, pinhão-manso, palma, mamona, babaçu, amendoim, algodão e dendê
(HIRAKURI et al., 2010; WUST, 2004). Além dos óleos vegetais, há também a produção
realizada a partir de gorduras animais, sendo elas: gordura de frango, sebo bovino e banha de
porco (HIRAKURI et al., 2010; MATA et al., 2011).
Os óleos ou gorduras são submetidos a uma reação de transesterificação, que ocorre
entre álcool e triglicerídeos, caracterizada pela quebra das moléculas dos triglicerídeos,
formando assim uma mistura de alquil ésteres que passa por um processo de separação e de
purificação para que se obtenha o biodiesel. Essa reação deve ocorrer na presença de
catalisador, que pode ser homogêneo (ácido ou básico), heterogêneo ou enzimático, e tem
como subproduto o glicerol (MYTHILI et al, 2014), como mostra a reação representada na
Figura 1.
Figura 1 – Reação de transesterificação.
Fonte: Lobo, Ferreira e Cruz (2009).
9
Industrialmente o catalisador mais utilizado é o catalisador básico, geralmente
hidróxido de sódio ou de potássio, por apresentar um baixo custo e um rendimento que
satisfaz as produções desejadas (HIRAKURI et al., 2010). O metanol possui vantagens em
sua utilização por conferir ao processo um menor tempo de reação e possibilitar uma melhor
separação entre as fases do produto, porém tal reagente possui uma alta toxidade. Por outro
lado, o etanol além de alcançar uma maior taxa de solubilização dos óleos, possui baixa
toxidade se comparado ao metanol, fazendo com que sua utilização seja implementada
quando seu custo não represente algo crítico para a produção (YUSOFF; XU; GUO, 2014).
3.2 SEBO BOVINO
O sebo bovino é a segunda matéria-prima mais utilizada para produção de biodiesel
no Brasil, como pode ser observado na Figura 2 (ANP, 2014). Esse cenário pode ser
explicado pela grande criação de gado no Brasil, além do fato do sebo bovino não ser
utilizado no setor alimentício e possuir um baixo custo, favorecendo assim a sua utilização em
tal processo (MATA et al., 2011).
Figura 2 – Matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel.
Fonte: ANP (2014).
Outra importante característica do sebo bovino que faz com que ele seja utilizado
para a produção de biodiesel é por ele apresentar uma maior quantidade de cetano
(hexadecano) em sua composição, o que gera uma maior combustão se comparado aos óleos
10
vegetais (CORRÊA; MAZIERO; STORINO, 2011). Por ser um ácido graxo saturado, o sebo
leva um tempo maior para sofrer oxidação. No entanto, essa saturação causa a formação de
névoa, o que leva ao entupimento de tubos na produção industrial pelo fato do sebo se
cristalizar a temperaturas baixas. A Tabela 1 relaciona os ácidos graxos presentes no sebo
bovino, onde se observa que o ácido graxo predominante no sebo bovino, como na maioria
dos óleos e gorduras, é o ácido oleico (GASPARINI, 2010).
Tabela 1: Ácidos graxos componentes do sebo bovino
Ácido graxo Número de carbono %
Ácido miristico (C14:0) 2-7
Ácido palmítico (C16:0) 25-37
Ácido esteárico (C18:0) 10-34
Ácido oleico (C18:1) 14-50
Ácido linoleico (C18:2) 26-50
Fonte: GASPARINI (2010).
3.3 PURIFICAÇÃO DE ÓLEOS E GORDURAS COM ELEVADA ACIDEZ
Com a finalidade de obter uma matéria prima com baixa acidez e sem impurezas,
alguns processos de purificação ou refino podem ser empregados, como por exemplo, o refino
físico e químico (MOTA et al., 2010). Nesses processos, a etapa mais importante é a de
desacidificação da matéria-prima (PAUCAR-MENACHO et al., 2007).
No refino físico, a etapa de desacidificação consiste num processo físico, geralmente
destilação, onde os ácidos graxos livres são separados baseando-se em sua volatilidade
(PAUCAR-MENACHO et al., 2007). Esse tipo de purificação é muito utilizado em óleos de
alta acidez, mas possui alguns inconvenientes, por necessitar de condições extremas de
temperatura e pressão, o que pode afetar a qualidade do produto, como por exemplo, na sua
estabilidade oxidativa (MOTA et al., 2010).
A etapa de desacidificação no refino químico ocorre pela adição de um álcali que
promoverá a neutralização dos ácidos graxos livres ocorrendo a reação de saponificação
(TORREZAN, 2014). Atualmente, o refino químico é o mais utilizado industrialmente por
existir um maior conhecimento a seu respeito, porém sua aplicação é destinada principalmente
11
aos óleos com baixa acidez o que é considerado uma desvantagem, por causar uma grande
perda do óleo neutralizado ao submetê-lo ao processo de centrifugação para separação
(TORREZAN, 2014).
Uma outra técnica utilizada na desacidificação de óleos e gorduras é a extração
líquido-líquido, que contribui para a minimização dos problemas encontrados no refino físico
e no refino químico. A extração líquido-líquido é realizada em temperatura e pressão
ambiente, necessita de menos energia se comparada ao refino físico e tem a vantagem de
diminuir as perdas relacionadas ao refino químico (MOTA et al., 2010). O solvente que mais
se destaca nesse processo é o etanol anidro. No processo de extração líquido-líquido, o óleo
(ou gordura) é considerado uma mistura binária, onde os triglicerídeos atuam como diluente e
os ácidos graxos são considerados solutos. Assim, o solvente é adicionado para que ocorra a
desacidificação do óleo (GRABAUSKAS, 2013).
3.4 EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO
O processo de extração líquido-líquido é uma operação unitária baseada na separação
de fases, onde um solvente é adicionado a uma mistura com a finalidade de extrair a maior
quantidade possível do composto desejado, sendo este denominado de soluto. Este processo
pode ser utilizado para separação de misturas ou para purificação de determinadas
substâncias. Considerando uma mistura inicialmente binária, contendo um diluente e um
soluto, a extração ocorre baseando-se na diferença de solubilidade existente do soluto em
relação ao solvente (líquido adicionado à mistura inicial) e em relação ao diluente
(GEANKOPLIS, 1993).
A razão de equilíbrio ou coeficiente de partição (K), está diretamente ligada à
eficiência da extração líquido-líquido, onde quanto maior o K, maior será a eficiência da
extração, ou seja, maior será o rendimento relacionado a esse processo. Tal parâmetro
também é utilizado para a escolha do solvente a ser utilizado, onde o solvente que apresenta
um maior coeficiente de partição, ao ser analisado em conjunto com a solução inicial, indicará
uma boa eficácia ao processo de extração a ser realizado (DIAS; COSTA; GUIMARÃES,
2004; FRANK et al., 2008). O K pode ser obtido pela Equação 1.
12
(1)
Onde CA é a concentração do soluto presente no extrato e CB é a concentração do soluto
existente no rafinado.
A extração pode ocorrer de forma concorrente, onde o solvente e a mistura original
entram no mesmo sentido na coluna de extração, ou de forma contracorrente, onde eles
entram em sentidos opostos na coluna de extração. Como resultado, a extração líquido-líquido
forma duas fases, uma rica no solvente (extrato) e outra rica no diluente (refinado, rafinado ou
resíduo) (FRANK et al., 2008; GEANKOPLIS, 1993).
13
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 MATERIAIS
Os reagentes e equipamentos utilizados para desacidificação do sebo e para a síntese
de biodiesel estão listados abaixo.
Sebo bovino adquirido na empresa Aroma’s Indústria e Comércio Ltda.;
Álcool Etílico Anidro (Etanol anidro) P.A. – Synth;
Éter Etílico, P.A. – Isofar Indústria e Comércio de Produtos Químicos;
Álcool Etílico absoluto, P.A. – Sciavicco Comércio e Indústria Ltda.;
Hidróxido de Potássio 0,01M (Padronizado);
Biftalato de Potássio, P.A. – Isofar Indústria e Comércio de Produtos
Químicos;
Hidróxido de Potássio P.A. – ACS – Dinâmica Química Contemporânea Ltda.;
Fenolftaleína, P. A. – Isofar Indústria e Comércio de Produtos Químicos;
Reator de extração – Prof. Dr. Marlus Pinheiro Rolemberg;
Agitador magnético com aquecimento HX 114 – Nova Ética;
Banho ultratermostático SL 152/18 – Solab;
Estufa com circulação e renovação de ar SL 102/221 – Solab;
Centrífuga NT 810 – Nova Técnica.
4.2 MÉTODO EXPERIMENTAL
4.2.1 Desacidificação do sebo bovino por meio de extração líquido-líquido
Para desacidificação do sebo bovino foi utilizado um reator de extração encamisado
onde foram adicionados sebo bovino e etanol anidro na proporção mássica de 1:1
(GRABAUSKAS, 2013). O sistema foi submetido à agitação com o auxílio de um agitador
magnético durante o período de 15 minutos. Após agitação a solução foi deixada em repouso
por um período de 24 horas, ao fim desse período, o extrato (ácidos graxos livres mais etanol
14
anidro) foi descartado e o rafinado (sebo desacidificado mais ácidos graxos livres
remanescentes) foi armazenado.
Durante todo esse processo o sistema foi mantido aquecido à temperatura de 60°C
por meio de água aquecida no banho maria e distribuída em cada reator por meio de
bombeamento. Isso foi necessário uma vez que o sebo bovino é sólido em temperatura
ambiente (temperatura de fusão na faixa de 40 a 45°C) e para tal procedimento a matéria
prima deveria ser líquida (BARROS; JARDINE, 2014). O aparato experimental utilizado na
extração está representado na Figura 3.
Figura 3 – Aparato experimental utilizado na desacidificação do sebo.
4.2.2 Reação de transesterificação
Em um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 150 g de sebo bovino
desacidificado; esse balão foi imerso parcialmente em um béquer contendo água para que a
temperatura do sistema pudesse ser mantida em 50°C. O aquecimento ocorreu a partir de um
agitador magnético com aquecimento. O catalisador utilizado foi o hidróxido de potássio
(KOH) 1,0% em relação à massa de sebo utilizada. Em um Erlenmeyer foram adicionados
KOH e etanol anidro, onde a quantidade de etanol adicionada obedeceu a proporção molar de
6:1 em relação ao sebo bovino desacidificado. Esse sistema contido no Erlenmeyer
permaneceu sob agitação até o catalisador se dissolver completamente. Após a dissolução
completa do KOH e assim que o sebo bovino desacidificado contido no balão alcançou a
temperatura de 50°C, a solução alcóolica de KOH foi adicionada ao balão, iniciando-se a
reação por um período de 30 minutos sob agitação magnética.
15
Para efeito de comparação, foram realizados dois processos de transesterificação
utilizando o sebo bovino desacidificado e o sebo bovino sem a desacidificação, ambos
obedecendo ao mesmo procedimento experimental. O aparato experimental está representado
na Figura 4.
Figura 4 – Aparato experimental utilizado na síntese de biodiesel de sebo bovino.
4.2.3 Purificação do biodiesel
Após finalizada a reação de transesterificação o meio reacional foi transferido para
um funil de separação para que pudesse ocorrer as separação das fases. Depois foi realizada a
separação por meio da centrífuga e por último foram realizadas lavagens com água destilada,
adicionando aproximadamente a mesma quantidade de líquido obtido após a centrifugação.
4.3 MÉTODO ANALÍTICO
4.3.1 Determinação do índice de acidez e ácidos graxos livres
O teste de acidez foi realizado pelo método AOCS Cd 3d-63, recomendado pela
AOCS (AMERICAN OIL CHEMISTS’ SOCIETY, 2004).
16
O índice de acidez (IA) é determinado por meio da quantidade de hidróxido de
potássio, em miligramas, utilizada para neutralizar os ácidos graxos contidos em um grama de
gordura ou óleo. O IA pode ser definido também como a porcentagem em massa de ácidos
graxos livres (%AGL) em relação a um ácido graxo específico.
Para encontrar o IA pesou-se 2,0 g da amostra de sebo bovino Erlenmeyers de 125
mL. Preparou-se uma mistura de álcool etílico e éter etílico na proporção de 2:1 em volume.
Adicionou-se 25 mL desta mistura em cada Erlenmeyer. Posteriormente, titulou-se a solução
com hidróxido de potássio, 0,01 M, previamente padronizado com biftalato de potássio.
O IA e %AGL para sebo bovino podem ser obtidos a partir da Equação 2, em mg
KOH/g e da Equação 3, em porcentagem de ácidos graxos livres, respectivamente.
(2)
(3)
Onde, Cbase (M) é a concentração de hidróxido de potássio utilizada na titulação,
Mbase (g/mol) é a massa molecular de hidróxido de potássio, Mácido graxo (g/mol) é a massa
molecular do ácido graxo predominante, mamostra (g) é a massa de amostra que será pesada,
Vamostra e Vbranco é o volume de hidróxido de potássio gasto na titulação da amostra e da
solução em branco respectivamente. Para o cálculo do IA a unidade dos volumes foi mL, já
no calculo da %AGL a unidade utilizada foi L.
17
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 DESACIDIFICAÇÃO DO SEBO BOVINO
Por ser sólido à temperatura ambiente, após ser pesada a massa necessária para a
extração, o sebo foi colocado em estufa a 100°C para completa fusão. A Figura 5 mostra o
sebo à temperatura ambiente (a) e após ser fundido (b).
Figura 5 – Sebo bovino bruto a) sólido e b) líquido.
O etanol anidro foi adicionado ao sebo fundido numa proporção mássica 1:1 e o
sistema foi transferido para o reator de extração. O sistema ficou sob agitação por 15 minutos
a uma temperatura de 60°C, conforme mostra a Figura 6.
Figura 6 – Agitação da solução de etanol anidro mais sebo bovino.
Ao fim do tempo determinado para a agitação o sistema foi deixado em repouso
durante 24 horas para que ocorresse a separação das fases, conforme mostra a Figura 7. A fase
18
superior denominada extrato continha etanol anidro e ácidos graxos livres (AGL) e a fase
inferior denominada rafinado, continha sebo e AGL ainda presentes na matéria prima.
Figura 7: Separação das fases no processo de extração.
Depois da separação das fases o extrato foi descartado e o rafinado foi recuperado e
armazenado para ser utilizado na síntese de biodiesel e para a determinação do índice de
acidez.
Segundo Geankoplis (1993), quanto maior o coeficiente de partição (K) mais
eficiente é a extração, ou seja, uma boa extração ocorre quando uma maior concentração de
soluto é encontrada no solvente se comparada com a concentração de soluto existente no
diluente. Cada tipo de solvente utilizado para extração de ácidos graxos livres de óleos e
gorduras está relacionado com um valor de K. A escolha do etanol anidro para a
desacidificação do sebo bovino foi baseada na literatura, onde testes experimentais
comprovam que tal solvente apresenta um maior coeficiente de partição se comparado a
outros álcoois (GRABAUSKAS, 2013; BATISTA, 2001).
Essa extração se torna possível pela afinidade existente entre o etanol anidro e os
AGL ser maior que a afinidade existente entre o sebo e os AGL. Isso acontece por causa da
polaridade dessas substâncias, o etanol e os AGL são substâncias que apresentam maior
polaridade, enquanto o sebo se apresenta de forma predominantemente apolar, então de
acordo com a regra de semelhante dissolve semelhante, o solvente em questão consegue
extrair os AGL da matéria prima.
19
5.2 ÍNDICE DE ACIDEZ
O índice de acidez e a porcentagem de ácidos graxos livres presentes no sebo bovino
desacidificado e no sebo bovino bruto foram determinados e estão descritos na Tabela 2. O
ácido oleico foi considerado o ácido graxo predominante do sebo bovino (GASPARINI,
2010), assim a massa molar utilizada nos cálculos foi de 282 g/mol.
Tabela 2: Índice de acidez (IA) e porcentagem de ácidos graxos livres (%AGL)
Sebo bovino desacidificado Sebo bovino
IA (mgKOH/g) 3,5009±0,0002 7,1153±0,0004
%AGL 1,86 3,59
Os valores de IA e %AGL do sebo desacidificado e do sebo bruto se apresentaram de
forma elevada. Outros processos de desacidificação do sebo bovino estão descritos na
literatura, como por exemplo, o tratamento via éter de petróleo e o tratamento via bicarbonato
de sódio (FERREIRA; PEREIRA; OLIVEIRA, 2014). Esses processos também são utilizados
para que se possa ter uma boa condição da matéria-prima para a produção de biodiesel. Entre
os dois processos citados, resultados melhores estão sendo obtidos pelo tratamento via
bicarbonato de sódio que conseguiu reduzir a acidez do sebo bovino em cerca de 17%
(FERREIRA; PEREIRA; OLIVEIRA, 2014). Esses dados demonstram que o processo de
extração utilizado nesse trabalho é favorável, uma vez que conseguiu reduzir cerca de 50% da
acidez do sebo bovino.
5.3 SÍNTESE DE BIODIESEL
A Figura 8 mostra os períodos que caracterizam o a) início, a b) metade e o c) final
do período da reação de transesterificação do sebo bovino desacidificado.
20
Figura 8 – Reação de transesterificação – sebo desacidificado.
Para efeito comparativo a reação de transesterificação com o sebo bovino bruto foi
realizada obedecendo às mesmas quantidades de reagentes e catalisador empregados na
reação com o sebo desacidifcado. A Figura 11 representa o a) início, o b) meio e o c) final do
período de reação de transesterificação do sebo bovino bruto.
Figura 9 – Reação de transesterificação – sebo bovino bruto.
Terminada a reação de transesterificação os dois sistemas foram transferidos para
funis de separação para que ocorresse a separação das fases, conforme mostra a Figura 10.
21
Figura 10 – Separação de fases do a) sebo bovino desacidificado e do b) sebo bovino bruto.
Os sistemas foram deixados em repouso durante 24 horas. Após esse período o
sistema contendo sebo bovino bruto adquiriu uma forma pastosa e não houve a separação das
fases, como pode ser observado na Figura 11.
Figura 11 – Sistema contendo sebo bovino bruto após o período de repouso.
O sistema contendo o sebo bovino desacidificado adquiriu uma forma viscosa e
também não houve a separação das fases, como pode ser visto na Figura 12.
22
Figura 12 – Sistema contendo sebo bovino desacidificado após o período de repouso.
Porém como este último se apresentou de forma mais líquida ele foi submetido ao
processo de centrifugação como uma nova tentativa de separar as fases. Obteve-se uma fase
mais sólida e uma fase líquida que estava na parte superior do tubo, a qual foi recuperada,
como mostra a Figura 13.
Figura 13 – Líquido recuperado na centrifugação após a separação contendo biodiesel (fase
superior) e glicerol (fase inferior).
23
O líquido obtido foi transferido para um funil de separação e lavado com água
destilada e deixado em repouso para separação das fases. O sistema obtido após 24h em
repouso está representado na Figura 14.
Figura 14 – Separação de fases após lavagem.
Após a retirada da água, fase inferior, notou-se que na fase superior formou-se uma
emulsão (Figura 15) que mesmo após passar pelo processo de centrifugação não ocorreu a
separação das fases.
Figura 15 – Emulsão formada após lavagem com água destilada.
24
Uma das possíveis causas de não se ter alcançado o objetivo da obtenção do
biodiesel pode ser a acidez da matéria prima que mesmo reduzida em cerca 50% ainda se
manteve alta. Elevados índices de acidez e impurezas presentes na matéria prima podem
causar um menor rendimento na produção de biodiesel (LOBO; FERREIRA; CRUZ, 2009).
O problema da acidez se mostra claramente ao analisar a tentativa de realizar a
reação de transesterificação com o sebo bovino bruto, que possui elevado índice de acidez.
Pode-se notar que a solução, assim que adquiriu a temperatura ambiente, retornou ao estado
sólido que é a consistência da matéria prima utilizada. Por outro lado o sebo bovino
desacidificado adquiriu maior viscosidade, mas não se solidificou, o que indica que a reação
ocorreu, mas de forma parcial.
ARAÚJO et al. (2014) conseguiu realizar a síntese de biodiesel utilizando o sebo
bovino com acidez de 7,29±0,03 mg KOH/g. Porém a reação de transesterificação foi feita
usando o metanol e a purificação da solução após a reação foi procedida de forma diferente
pois, após a separação e descarte da glicerina, foi adicionado ao biodiesel uma determinada
quantidade de ácido clorídrico e, em seguida, realizou-se lavagens sucessivas com água
deionizada até a completa neutralização. O rendimento obtido por ARAÚJO et al (2014) foi
de 96,26%, considerado um ótimo resultado.
FADHIL (2012) também conseguiu proceder com a síntese de biodiesel a partir do
sebo bovino mesmo com elevada acidez (4,66 mg KOH/g). As condições reacionais e de
purificação foram bem semelhantes às condições adotadas nesse trabalho. Porém o álcool
utilizado foi o metanol. Para efeito de comparação, FADHIL (2012) realizou quatro sínteses
de biodiesel, usando KOH e NaOH como catalisadores nas temperaturas de 32°C e 60°C. Um
melhor resultado foi observado utilizando como catalisador o KOH na temperatura de 60°C,
obtendo um rendimento de 91%. Analisando os rendimentos obtidos por ARAÚJO et al
(2014) e FADHIL (2012), pode-se dizer que provavelmente o uso do metanol propicia
melhores resultados na síntese de biodiesel. Outro ponto observado no teste de FADHIL
(2012) foi que a proporção de catalisador utilizada foi de apenas 0,5% e, mesmo assim, a
reação ocorreu de forma completa, ao contrário do que ocorreu nesse trabalho onde foi
utilizada uma maior quantidade de catalisador, de 1%.
Outra possível causa foi a baixa massa de catalisador empregada, somente 1%, que
pode não ter sido suficiente para obter um alto rendimento. A literatura mostra que a
quantidade de massa ideal para ser utilizada para produção de biodiesel varia de 1,5 a 2,0% de
catalisador (KRAUSE, 2008).
25
Outro fator envolvendo o catalisador é que a massa utilizada deve compensar o nível
de acidez do óleo/ gordura, ou seja, se a matéria-prima apresenta um nível de acidez elevado,
a quantidade de catalisador deve ser maior para que ocorra uma reação completa (ARAÚJO et
al., 2014; FADHIL, 2012). Isso significa que a massa de catalisador pode não ter sido
suficiente para fazer com que a elevada acidez não interferisse na síntese do biodiesel.
Uma terceira causa que pode explicar a dificuldade de purificação do biodiesel foi a
utilização de excesso de água no processo de purificação após centrifugação, o que causou
emulsificação do sistema, pois a água pode ser considerada um agente emulsificante (WUST,
2004). Como observado na Figura 15, a emulsão formada se apresentou de forma estável e
essa estabilidade dificultou a segunda tentativa de separação.
26
6 CONCLUSÃO
O processo de extração líquido-líquido empregado na desacidificação do biodiesel
obteve resultado positivo, pois foi possível reduzir o índice de acidez e o percentual de ácidos
graxos livres presentes no sebo bovino em aproximadamente 50%.
A produção de biodiesel não foi possível devido ao elevado índice de acidez presente
na matéria-prima mesmo após a desacidificação e a possível existência de impurezas, a baixa
quantidade de catalisador utilizada e o excesso de água que pode ter sido empregado na etapa
de purificação.
A fim de aumentar a eficiência do processo de desacidificação do sebo bovino, as
condições de extração podem ser otimizadas variando a proporção de óleo/solvente utilizados
na extração de ácidos graxos livres. Essa variação pode ser estudada de uma melhor forma
tendo como auxílio o diagrama de fases que indica uma proporção onde se obtém uma
extração com maior rendimento, tal diagrama poderia ser construído realizando-se testes de
extração com a matéria-prima e o álcool utilizados.
Com relação à produção de biodiesel, seria interessante aumentar a massa de
catalisador empregado para cerca de 1,5 a 2% a fim de aumentar o rendimento da reação de
transesterificação.
No processo de purificação deve-se atentar para que não seja empregado elevados
volume de água, evitando assim a emulsificação.
Embora não se tenha alcançado o objetivo determinado, o presente trabalho
possibilitou um entendimento sobre processo de extração líquido-líquido e um melhor
entendimento sobre a produção de biodiesel, e sua importância como combustível alternativo.
27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANP. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis: Boletim Mensal do
Biodiesel – Outubro de 2014. Disponível em:
<http://www.anp.gov.br/?pg=72913&m=&t1=&t2=&t3=&t4=&ar=&ps=&cachebust=141637
0325059>. Acesso em: 19 nov. 2014.
ANP. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis: Resolução nº 45, de
25 de agosto de 2014. Disponível em:
<http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2014/agosto/ranp 45 -
2014.xml>. Acesso em: 25 set. 2014.
AOCS. American Oil Chemists’ Society Official Methods and Recommended Practices
of the AOCS. 5. ed. Champaign: AOCS Press, 2004. 1200 p.
ARAÚJO, B. Q. et al. Synthesis and Characterization of Beef Tallow biodiesel. Energy and
Fuels, v. 24, p.4476-4480, 15 jul. 2010.
ATABANI, A.e. et al. A comprehensive review on biodiesel as an alternative energy resource
and its characteristics. Elsevier: Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 16,
p.2070-2093, 17 fev. 2012.
BARROS, T. D.; JARDINE, J. G. Agência Embrapa de Informação: Gordura animal.
Disponível em: <
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fj1om7kf02wyiv8
02hvm3jholyoom.html>. Acesso em: 27 mar. 2015.
BATISTA, E. A. C. Desacidificação de óleos vegetais por extração líquido-líquido:
Equilíbrio de fases e simulação de processos. 2001. 126 f. Tese (Doutorado) – Curso
Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
CORRÊA, I. M.; MAZIERO, J. V. G.; STORINO, M. Mistura de biodiesel de sebo bovino
em motor diesel durante 600 horas. Ciência Rural, Jundiaí, v. 41, n. 7, p.1189-1194, jul.
2011.
DIAS, A. G.; COSTA, M. A.; GUIMARÃES, P. I. C. Guia prático de química
orgânica. Rio de Janeiro: Interciência, 2004. 116 p.
FADHIL, A. B. Biodiesel Production from Beef Tallow Using Alkali-Catalyzed
Transesterification. Arabian Journal for Science and Engineering, v. 38, p.41-47, 5 dez.
2012.
FERREIRA, L. A.; PEREIRA, N. C.; OLIVEIRA, S. M. Alternativas viáveis para a redução
da acidez no sebo bovino. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA QUÍMICA,
20., 2014, Florianópolis. Anais. Florianópolis: COBEQ, 2014. p. 1 - 8.
FRANK, T. C. et al. Perry's chemical engineers': Section 15: Liquid-Liquid Extraction and
Other Liquid-Liquid Operations and Equipment. 8. ed. Nova Iorque: Mcgraw-hill, 2008.
28
GASPARINI, F. Avaliação e adaptação das condições da EN 14103 para quantificação de
ésteres em biodieseis etílicos puros de soja, babaçu, palma e sebo bovino e em suas
misturas. 2010. 101 f. Tese (Mestrado) - Curso de Química, Universidade Estadual Paulista,
Araraquara, 2010.
GEANKOPLIS, C. J. Transport processes and unit operations. 3. ed. Londres: Prentice-
hall International, 1993. 937 p.
GRABAUSKAS, D. Triagem de métodos de purificação de óleos com acidez elevada
para a produção de biodiesel. 2013. 108 f. Tese (Mestrado) - Curso de Engenharia Química,
Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo, Lorena, 2013.
HIRAKURI, M. H. i et al. Avaliação da relação entre soja e produção de
biodiesel. Londrina: Embrapa, 2010. 19 p.
KRAUSE, L. C. Desenvolvimento do processo de produção de biodiesel de origem
animal. 2008. 147 f. Tese (Doutorado) - Curso de Química, Instituto de Química,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.
LOBO, I. P.; FERREIRA, S. L. C.; CRUZ, R. S. Biodiesel: Parâmetros de qualidade e
métodos analíticos. Química Nova, Salvador, v. 32, n. 6, p.1596-1608, 14 jul. 2009.
MATA, T. M. et al. Evaluation of Two Purification Methods of Biodiesel from Beef Tallow,
Pork Lard, and Chicken Fat. Energy and Fuels, Porto, v. 25, p.4756-4762, 21 set. 2011.
MOTA, M. M. P. et al. Desacidificação do óleo de babaçu (Orbignya phalerata, mart.) pelo
processo de extração líquido-líquido visando seu uso na produção de biodiesel. Enciclopédia
Biosfera: Centro científico conhecer, Goiânia, v. 6, n. 11, p.1-13, 2010.
MYTHILI, R. et al. Production characterization and efficiency of biodiesel: a
review. International Journal Of Energy Research, v. 38, p.1233-1259, 15 fev. 2014.
PAUCAR-MENACHO, L. M. et al. Refino de óleo de farelo de arroz (Oryza sativa L.) em
condições brandas para preservação do γ-orizanol. Campinas: Ciência e Tecnologia de
Alimentos, 2007. 9 p.
TORREZAN, R.. Agência Embrapa de Informação: Refino. Disponível em:
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000gc8
yujq302wx5ok01dx9lcjsc206v.html>. Acesso em: 30 out. 2014.
WUST, E.. Estudo da viabilidade técnico-científica da produção de biodiesel a partir de
resíduos gordurosos. 2004. 113 f. Tese (Mestrado) - Curso de Engenharia Ambiental,
Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2004.
YUSOFF, M. F. M.; XU, X.; GUO, Z. Comparison of Fatty Acid Methyl and Ethyl Esters as
Biodiesel Base Stock: a Review on Processing and Production Requirements. Journal Of
The American Oil Chemists' Society, v. 91, p.525-531, 02 mar. 2014.