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www.metodistavilaisabel.org.br/jornaldavila Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2008 - Ano XXIX - N o . 1.400 EDIÇÃO ESPECIAL COMEMORANDO O NÚMERO 1400 Natal na Vila: Coral apresenta sua cantata Hoje, no culto matutino, o Coral Henrique Soares apresentará a sua Cantata de Natal. Será um programa completo, que ocupará todo o horário do culto. Os ensaios vêm acontecendo há bastante tempo e haverá muitas músicas novas. E encerrando a programação de Natal da Vila, na próxima quinta, dia 25, teremos o tradicional Culto de Natal, com mensagem e também muitas músicas natalinas. O JV chega ao número 1400 E o Jornal da Vila chegou ao número 1400. Sem festa, apenas com uma edição mais recheada. Afinal, como já dissemos anteriormen- te, a maior festa que podemos fazer é continuarmos a circular, a cada domingo. E sempre com a marca da credibilidade. Neste mo- mento, eu gostaria de agradecer a todos que contribuíram para o JV ao longo de todos estes anos. Eu não teria como me lembrar de to- dos, mas destaco os colaboradores mais freqüentes deste ano: Air- ton Campos, Anna Luisa de Carvalho, João Wesley Dornellas, Luiz Pimenta e Rev. Ronan Boechat. E, por fim, mas não menos impor- tante, o Walkírio Matos, responsável pelas cópias, montagem e dis- tribuição das edições impressas. É bom também relembrar alguns aspectos do funcionamento do JV. Os colaboradores do JV não re- cebem qualquer remuneração. Os valores arrecadados com a assi- natura mensal (cujo valor está congelado há vários anos, mostran- do que conseguimos reduzir nossos custos) são usados exclusiva- mente para pagar as cópias. O redator coordena a recepção de notí- cias e artigos. O diretor, além de ser o responsável final pelo que é publicado, tem um papel mais de supervisor sobre a estrutura de cada edição. Acaba também sendo o redator da página 1, sempre a última a ser concluída. Evidentemente, desejo também agradecer o apoio de nossos leitores, na realidade a razão de ser do JV. Final- mente, ressalto que o JV sempre esteve e continua aberto para as colaborações dos leitores. A hoje tão falada “interatividade” da mídia tem décadas de prática aqui no JV. Aliás, com a maior difu- são da informática e do uso do e-mail, felizmente o fluxo de con- tribuições tem sido constante e muitas vezes temos até “fila” de artigos a serem publicados. Participe você também! Roberto Pimenta – diretor do JV [email protected] Rápidas Depois de um longo processo de crise na UNIMEP, finalmente foi eleito na segunda-feira passada o Prof. Clovis Pinto de Castro como novo reitor daquela universidade metodista. Também depois de um longo processo, o Colégio Episcopal a- provou, na sua reunião de novem- bro passado, o regulamento da Or- dem Diaconal. Leia nesta edição Falar de comunicação às véspe- ras do Natal - artigo do Rev. Ronan Boechat - página 2. Ninguém ganha da Vila – artigo de João Wesley Dornellas – página 3 Saúde é o que interessa - artigo de Roberto Pimenta– página 4 Ainda sobre a Bíblia - artigo do Rev. Luciano Vergara– página 5 E crescia Jesus - artigo do Bispo Sady Machado - página 6 O Natal que eu quero - poema de Ivan Ávila – página 6 João Wesley Dornellas escreve sobre o Quarto Domingo do Ad- vento – página 7 Presente de Natal - artigo de Luiz Pimenta– página 8 Direitos Humanos - artigo de Airton Campos – página 9 Viver com Esperança - poesia de Aderita Alves da Silva – página 10 As notícias de nossa comunidade estão em O que há pela Vila – pá- gina 10.

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www.metodistavilaisabel.org.br/jornaldavila

Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2008 - Ano XXIX - No. 1.400

EDIÇÃO ESPECIAL COMEMORANDO O NÚMERO 1400

Natal na Vila: Coralapresenta sua cantataHoje, no culto matutino, o Coral Henrique Soares apresentará a suaCantata de Natal. Será um programa completo, que ocupará todo ohorário do culto. Os ensaios vêm acontecendo há bastante tempo ehaverá muitas músicas novas. E encerrando a programação de Natalda Vila, na próxima quinta, dia 25, teremos o tradicional Culto deNatal, com mensagem e também muitas músicas natalinas.

O JV chega ao número 1400E o Jornal da Vila chegou ao número 1400. Sem festa, apenas comuma edição mais recheada. Afinal, como já dissemos anteriormen-te, a maior festa que podemos fazer é continuarmos a circular, acada domingo. E sempre com a marca da credibilidade. Neste mo-mento, eu gostaria de agradecer a todos que contribuíram para o JVao longo de todos estes anos. Eu não teria como me lembrar de to-dos, mas destaco os colaboradores mais freqüentes deste ano: Air-ton Campos, Anna Luisa de Carvalho, João Wesley Dornellas, LuizPimenta e Rev. Ronan Boechat. E, por fim, mas não menos impor-tante, o Walkírio Matos, responsável pelas cópias, montagem e dis-tribuição das edições impressas. É bom também relembrar algunsaspectos do funcionamento do JV. Os colaboradores do JV não re-cebem qualquer remuneração. Os valores arrecadados com a assi-natura mensal (cujo valor está congelado há vários anos, mostran-do que conseguimos reduzir nossos custos) são usados exclusiva-mente para pagar as cópias. O redator coordena a recepção de notí-cias e artigos. O diretor, além de ser o responsável final pelo que épublicado, tem um papel mais de supervisor sobre a estrutura decada edição. Acaba também sendo o redator da página 1, sempre aúltima a ser concluída. Evidentemente, desejo também agradecer oapoio de nossos leitores, na realidade a razão de ser do JV. Final-mente, ressalto que o JV sempre esteve e continua aberto para ascolaborações dos leitores. A hoje tão falada “interatividade” damídia tem décadas de prática aqui no JV. Aliás, com a maior difu-são da informática e do uso do e-mail, felizmente o fluxo de con-tribuições tem sido constante e muitas vezes temos até “fila” deartigos a serem publicados. Participe você também!

Roberto Pimenta – diretor do [email protected]

Rápidas

Depois de um longo processo decrise na UNIMEP, finalmente foieleito na segunda-feira passada oProf. Clovis Pinto de Castro comonovo reitor daquela universidademetodista.

Também depois de um longoprocesso, o Colégio Episcopal a-provou, na sua reunião de novem-bro passado, o regulamento da Or-dem Diaconal.

Leia nesta ediçãoFalar de comunicação às véspe-ras do Natal - artigo do Rev. RonanBoechat - página 2.Ninguém ganha da Vila – artigode João Wesley Dornellas – página3Saúde é o que interessa - artigode Roberto Pimenta– página 4Ainda sobre a Bíblia - artigo doRev. Luciano Vergara– página 5E crescia Jesus - artigo do BispoSady Machado - página 6O Natal que eu quero - poema deIvan Ávila – página 6 João Wesley Dornellas escrevesobre o Quarto Domingo do Ad-vento – página 7Presente de Natal - artigo de LuizPimenta– página 8Direitos Humanos - artigo deAirton Campos – página 9Viver com Esperança - poesia deAderita Alves da Silva– página 10As notícias de nossa comunidadeestão em O que há pela Vila – pá-gina 10.

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Falar de comunicação às vésperas do NatalRev. Ronan Boechat de Amorim

Olhando o texto sagrado vemos a Palavra de umDeus que se comunica e cuja palavra nos chama para acomunhão. É o Deus que fala e cuja fala não falha. É oDeus que fala e que ouve, ou seja, que dialoga.

Falando especificamente da comunicação àsvésperas do Natal, temos as seguintes ações decomunicação por parte de Deus:

- fala com Maria chamando-a para ser a mãe domenino Jesus (Lc 1:24-38);

- fala com José orientando-o acerca do que estavaacontecendo (Mt 1:20-24);

- fala com João Batista (Lc 1:13);- fala com os magos do oriente, que percebem na

estrela um sinal de Deus (Mt 2:1) e depois os orienta afugir da presença do Rei Herodes (Mt 2:12);

- fala com Maria e José orientando-os a fugiremtemporariamente para o Egito (Mt 2:13) e mais tardeorientando-os a regressarem para a Palestina (Mt 2:19);

- fala aos pastores do campo (Lc 2:10);- f ala com Simeão (Lc 2:26).“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de

muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestesúltimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiuherdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez ouniverso” (Hb 1:1-2).

A história do natal e, portanto, a história daencarnação e da salvação, possivelmente seria bemdiferente se o Senhor não tivesse se comunicado gentil,poderosa, sobrenatural e claramente com as pessoasenvolvidas.

Jesus nos ensinou com suas atitudes e com seusensinos, mas também com o que falou do modo comose comunicou com as pessoas. Se Jesus não houvessecomunicado a sua mensagem, o Evangelho, certamentetudo o que ele ensinou, teria sido em vão, pois aspessoas não teriam entendido seus ensinos e não teriamaprendido, registrado e preservado o que Ele nosensinou. E nós além de aprendermos o que ele ensinou,tivemos de aprender também a comunicar e repassar oque Ele ensinou. Discípulos que fazem discípuloscapazes de gerar discípulos, que sabem fazer novosdiscípulos e assim indefinidamente.

A grande tarefa da Igreja é viver e comunicar oevangelho: “ide por todo o mundo e pregai oevangelho...”

A Igreja Metodista no Brasil tem um importantedocumento chamado Plano para a Vida e Missão daIgreja que falando da missão da Igreja, especifica opapel da comunicação nessa tarefa. Lá está escrito:

“1 - Conceito: Comunicação Cristã como parte damissão é o processo de transmissão da mensagem doEvangelho de Jesus Cristo, através dos veículos dacomunicação social, visando a transformação da pessoae da sociedade segundo as exigências do Reino deDeus.

2 - Objetivos :

2.1 - despertar a Igreja a estimulá-la, em todas assuas áreas, a usar os meios da comunicação social,como veículo de divulgação, propagação e efetivarealização da Missão;

2.2 - orientar a Igreja em todas as suas áreas, no usodas comunicações sociais;

2.3 - conscientizar a população quanto ao uso dosmeios de comunicação em massa, esclarecendo-lhe osaspectos positivos e negativos dos mesmos, e comoafetam a própria concepção da vida, podendo serutilizados como instrumentos de sustentação da anti-vida;

2.4 - produzir ou fazer produzir o material decomunicação social, necessário aos programas eatividades da Missão;

2.5 - atender às solicitações de prestação de serviço,dentro das prioridades da Igreja, em todos os setoresde sua atuação;

2.6 - criar ou estimular a criação de programas decomunicação social, especialmente em áreas carentesda presença evangelizante da Igreja.”

Nossa igreja, no artigo 47 do seu regimento interno,atribui ao Ministério da Comunicação as seguintestarefas como ações básicas:“Compete ao Ministério da Comunicação:1. Divulgar e angariar assinaturas para os periódicos

da Igreja.2. Promover o uso da literatura metodista.3. Manter a Igreja informada dos atos internos e

externos de interesse geral da Igreja.4. Executar o trabalho de relações públicas da Igreja

Local, relacionando-a com instituições existentes noâmbito da comunidade e, participando de suasprogramações.

5. Divulgar junto à comunidade, todas as atividadesda Igreja Local e da Igreja Metodista em geral.

6. Controlar os serviços e distribuição de cartazes,murais e propaganda no âmbito da Igreja Metodistade Vila Isabel.Controlar a presença e circulação de publicações e

folhetos no âmbito da Igreja Metodista de Vila Isabel,submetendo à apreciação do Pastor aqueles julgadosestranhos às orientações da Igreja Metodista”.

Para uma comunidade sobreviver é fundamental acomunicação interna que agrega, educa, informa,mobiliza, democratiza o processo decisório,conscientiza, etc. E a comunicação externa que nosidentifica diante da comunidade onde estamosinseridos, que comunica a mensagem do Evangelhosem qualquer risco de incompreensão ou mácompreensão.

Hoje às 18h teremos a reunião do Ministério daComunicação para eleger a sua coordenação para 2009.Precisamos de pessoas que se importem com o desafioda comunicação que gere inspiração e construçãofraterna da comunidade de fé. Precisamos de pessoasque se importem com a comunicação.

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Ninguém ganha de Vila Isabel !JORNAL DA VILA – 1400 edições.

João Wesley Dornellas

É isto aí. Hoje é uma datahistórica para o jornalismo semanalem Vila Isabel. Estamos apresen-tando a 1.400ª edição do Jornal daVila. É realmente uma proeza, man-ter circulando por tanto tempo ecom tanta regularidade um veículosemanal. No princípio, em mimeó-grafo. Depois, ainda datilografado,em cópias xérox. Com o advento docomputador, melhorou-se a apre-sentação. Com boas copiadoras,publicamos até fotos. E a distribui-ção é feita não só na entrega do jor-nal em papel na igreja como tam-bém pela Internet e pelo site de nos-sa Igreja. Não se sabe quantas pessoas lêem se-manalmente o Jornal da Vila, mas de uma coisasabemos muito bem: ele é muito importante navida da nossa igreja e na própria Igreja brasileira.

Para mim, é uma honra ter escrito muitopara o JV. Sou um dos seus admiradores e dougraças a Deus porque sempre houve gente dispos-ta a trabalhar por ele. Também dou graças pelaliberdade que existenele. Aqui, a liber-dade de imprensa étotal. É claro quetem havido inciden-tes em sua história.Por algum tempo,por ter feito críticas,deixou de circular.Depois, voltou como nome de O NossoJornal. Mais tarde,unificamos a nume-ração, já que o veí-culo era o mesmo (vale a pena matar a saudadedaquela edição na cópia de sua capa) e chegamosagora ao exemplar número 1.400.

Se somados os mil e poucos exemplares dojornal dos jovens que antecedeu ao Jornal da Vila,o ALVORADA, esse realmente é um recorde que

jamais será ultrapassado. O AL-VORADA também foi um jornallutador. Na crise de 1968, queacabou determinando o fechamen-to de nossa Faculdade de Teologi-a, o jornal posicionou-se de formaabsolutamente contrária. Pratica-mente por essa razão, acabou em-pastelado num ato de força porocasião de um Concílio Regionalque se realizava em nossa igreja.Felizmente, apesar de terem sidodestruídos os exemplares confis-cados, ficou um para contar a his-tória, isto é, mostrar, pelo seu tex-to, que a medida não se justifica-

va. O artigo que foi talvez o pivô da atitude, escri-to por mim, naquele mesmo dia foi publicado emoutros jornais da mocidade carioca, como no“CATETENSE” (do Catete), no “POSSO FA-LAR?”, de Cascadura, “T-Juca”, da Tijuca, e no“JARBO”, de Jardim Botânico. Era janeiro de 1969.

Apesar de nãoperder de vista as ques-tões regionais e nacionaisde nossa Igreja, a preocu-pação maior do JORNALDA VILA tem sido a pró-pria igreja local. Não sódando voz e vez a todosos que querem escrever eexpor suas idéias comotambém noticiando e a-poiando todas as ativida-des de nossa comunidade. Pode-se dizer, no en-tanto, que, embora agindo localmente, pensamosde maneira global. Por último mas não menosimportante, é muito justo destacar o trabalho deRoberto Pimenta à frente do jornal e de Luiz Pi-menta, seu pai e grande colaborador, que temuma grande história no jornalismo semanal deVila Isabel. E, também, a Walquírio Matos, quecuida com muito carinho da impressão e distri-buição na banca.

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Saúde é o que interessaRoberto Pimenta

Confesso que estou meio enferrujado, pois hámuito tempo não consigo escrever um artigo parao JV. Agora neste mês de dezembro, porém, doisacontecimentos médicos não só me obrigaram aparadas obrigatórias como a pensar em certascoisas que acabam praticamente esquecidas nacorreria do dia-a-dia.

Começando no dia 5: num inocente jogo de tênistorci o calcanhar esquerdo. Pouco tempo depois,estava num hospital, numa cadeira de rodas. I-mediatamente me lembrei de situação semelhan-te, ocorrida há 18 anos.

Eu estava em Londres, desfrutando da hospitali-dade de nosso querido Paulo Joaquim, quandofui atropelado de raspão por um carro que circu-lava numa rua que estava fechada ao trânsito. Omotorista me levou a um hospital público e desa-pareceu. Demorei a ser atendido, mas além de tero pé direito imobilizado, recebi um par de mule-tas zero quilômetro. Como minha volta só seriauns dez dias depois, e eu não estava disposto adesperdiçar a oportunidade da estadia, passei ostrês dias seguintes desenvolvendo a difícil e can-sativa técnica de andar de muletas, sem encostarum dos pés no chão.

No primeiro dia, consegui dar umas voltinhas nacalçada. No segundo, fui até a esquina. No tercei-ro, consegui chegar a um pequeno shopping cen-ter, a alguns quarteirões, que tinha uma loja deequipamentos esportivos onde pude “customi-zar” minhas muletas com o material que se usapara acolchoar o cabo das raquetes de tênis. Apartir daí, tomei coragem e passei a sair sozinhopara explorar a cidade.

Logo descobri que os trocadores dos famososônibus de dois andares sempre pediam para al-guém liberar um assento para o “desabilitado”.Mas descobri também nem todas as escadas ro-lantes do metrô funcionam, me obrigando às ve-zes a subir longos trechos com meus dotes desaci.

Seguindo a orientação recebida no hospital, dei-xei minhas muletas no aeroporto, com indicaçãode onde devolvê-las. Ainda sofri com um atraso

de muitas horas, sentado “de castigo” numa ca-deira de rodas, fornecida pela VARIG, que nãopermitia que o próprio “desabilitado” se locomo-vesse. De volta ao Rio, já estava craque com asmuletas, mas ainda tive que fazer muita fisiotera-pia.

Fechado o flashback, caí na real. Tive que sair dohospital a bordo de um taxi, com o pé esquerdoimobilizado, rumo a uma loja para comprar mule-tas. O preço até que não assusta: R$ 50 o par. Porcinco dias fiquei em repouso absoluto em casa.Constatei que a programação da tarde na TV nemde longe lembrava a altamente cultural da BBCda temporada londrina: desisti depois de desco-brir que existe até uma “escolinha” cujo professoré o Sidnei Magal... Aproveitei então para fazeraquelas coisas que a gente sempre deixa pra de-pois: arrumar a papelada, fazer backups dos ar-quivos no micro...

Nas rápidas saídas que dei, usando muletas, bempertinho de casa, vi como a vida diária de um“desabilitado” é bem mais complicada que a deum turista. Comprar pães na padaria, por exem-plo, exige todo um planejamento. E mesmo astarefas diárias mais simples, como tomar banho,revelam como nossas casas são inadequadas parapessoas com deficiência.

Nem estava totalmente recuperado, ainda man-cando um pouco, quando tive um outro com-promisso médico, este já com data marcada. Naterça-feira passada, fiz uma operação cirúrgicapara retirada da vesícula. Hoje em dia é quaseuma operação de rotina, de baixo risco. Mas seriaminha primeira operação e ainda mais com anes-tesia geral.

É uma sensação muito estranha ser conduzido,deitado numa maca, por corredores, elevadores emais corredores. Eu me lembrei de uma brinca-deira do grande Tom Jobim, que dizia que NovaYork era uma cidade para ser visitada de maca,para se apreciar melhor os arranha-céus. Só queem vez de edifícios eu só via agora as luzes docentro cirúrgico, como nas clássicas cenas de ci-nema. Aos poucos as luzes vão se “apagando”,mas ficam as vozes. A anestesista fala ao celularcom uma colega, combinando a agenda de opera

(Conclui na página 5)

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Saúde é ... (conclusão da página 4)

ções. Os assistentes vão chegando, falando decoisas comuns do dia-a-dia... Apaguei.

Algumas horas mais tarde, começo a acordar, semsaber direito que horas são. Felizmente não sintodores, a não ser um pouco ao me mexer. Assistoao Jornal Nacional. A Favorita parece que nãoacaba nunca. A noite demora a passar, até quefinalmente durmo.

Na manhã seguinte, felizmente, já está na hora devoltar para casa, para mais uma temporada derepouso. Enquanto aguardo ser liberado, ficopensando sobre como damos pouca importância àsaúde, exceto quando estamos doentes.

É evidente que não podemos evitar certos pro-blemas de saúde, mas em maior ou menor grau,sempre acabamos negligenciando algum aspectode nossa saúde. Isso quando não fazemos verda-deiros ataques à nossa saúde. Fumo e álcool sãodois vilões bem conhecidos, mas a alimentaçãoinadequada também pode ter conseqüências gra-ves.

De minha parte, vou procurar ficar mais atentoporque, afinal, como dizia o bordão de um alunode uma outra “escolinha” da TV, saúde é o queinteressa!

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Gostaria de dar os parabéns aos organizadores eparticipantes da apresentação de Natal realizadano culto matutino do domingo passado. Tudo debom gosto, com bom humor e muita criatividade,destacando-se a presença de um Papai Noel robo-tizado, como se estivesse perdido na verdadeiracelebração do Natal. Também merecem os para-béns os organizadores e os participantes da expo-sição interativa sobre o Dia da Bíblia. As diversasbarracas também esbanjaram criatividade e dedi-cação. São programações como estas que me fa-zem relembrar a famosa frase, muito falada aquiem nossa igreja no passado: “Vila Isabel é VilaIsabel”.

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Quem souber de alguém – ou de alguma institui-ção - que esteja precisando de um par de muletas,é só me avisar.

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Ainda sobre a Bíblia:em tempo, uma ponderação

Rev. Luciano VergaraPassou o Dia da Bíblia, que os evangé-

licos brasileiros comemoram no segundodomingo de dezembro, e a propósito do qual,em nossa Igreja Metodista de Vila Isabel,houve um belíssimo trabalho de exposiçãoque mobilizou e realçou o valor da EscolaDominical. Todos ficamos muito felizes como resultado. No Boletim Dominical daqueledia 14/12 (nº 49), foi encartada uma adapta-ção do texto do Curso de Bíblia (módulo I),escrito pelo frei carmelita Carlos Mesters, pa-ra leitores iniciantes.

Frei Carlos nasceu na Holanda, em1931. Quando ainda era estudante, em 1949,veio para o Brasil com sete colegas, para sermissionário. Ele ingressou na Ordem Carme-lita em 1952, estudou filosofia em São Paulo erealizou seus estudos teológicos em Roma, de1954 a 1963, na faculdade Santo Alberto e naUniversidade São Tomás (Angelicum). Eletambém fez estudos bíblicos na Escola Bíblicade Jerusalém. Ao retornar ao Brasil, em 1963,foi indicado professor de Escrituras no semi-nário. De 1973 a 2001, ele trabalhou com ascomunidades eclesiais de base, ajudando aspessoas a lerem e entenderem a Palavra deDeus. Frei Carlos é um dos fundadores doCentro Ecumênico de Estudos Bíblicos, doqual foi professor de 1977 a 1989. Desde 1987,ele integra o grupo que iniciou o projeto TuaPalavra é Vida, da Conferência dos Religiososdo Brasil, que dá formação bíblica a religio-sos. Participa também, desde 1987, da Inter-cab, que organiza encontros dos carmelitasno país.

Sem dúvida, o professor preenche osmais elevados requisitos em matéria de cânonda Bíblia. Seu texto introdutório ao tema, po-rém, pede ponderações. Mesters mencionaduas tradições canônicas: a grega (LXX) e apalestiniana (texto massorético) e tambémconceitua evangélicos e católicos a partir desua adesão a uma destas tradições. O desafio,então, será comentar, em próximo número,em que implicam as declarações de frei Car-los.

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E Crescia Jesus ...Bispo Sady Machado (publicado originalmente na Voz

Missionária)

Coisa boa que temos o Natal. O Nataldaquela criança da manjedoura, no relato bíblico. ONatal da Fé. O Natal do Amor. O Natal daEsperança. O Natal da Alegria. O Natal da Paz. Poronde andam essas coisas? Onde você as coloca?

Neste Natal, faço um convite. Lanço umdesafio, quem sabe um apelo, para uma caminhadana direção daquela criança da manjedoura. Pensarprofundamente nela, em seu conceito e nasimplicações que envolve. O Profeta falou assim: " ...um filho nos nasceu ... o governo está sobre os seusombros; e o seu nome será: Maravilhoso,Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,Príncipe da Paz ... " (Isaías 9.16). Mais tarde, Dr.Lucas, o evangelista, na sua visão do fato, declarou:“ E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça,diante de Deus e dos homens" (Lucas 2.52).

No conceito do médico, a criança nãopermaneceu deitada na manjedoura. Ela cresceu nofísico (estatura), no conhecimento das coisas davida (sabedoria) e no espiritual, unção (graça). Estacriança que saiu da manjedoura manifestava suapresença no profundo relacionamento com Deus ecom os homens. Nada de isolamento de Deus enada de distância dos homens, mas integração noplano de Deus e identificação com a problemáticahumana. Noutras palavras: participação dasnecessidades, das angústias, das desesperanças edas misérias em todas as suas facetas dacomunidade à qual pertencemos, fazendo-o comotestemunha do Reino de Deus.

Isto quer dizer: onde campeia a miséria,das mil formas que a caracterizam, ali Jesus nãonasceu. Igreja que não tem ouvidos atentos aoclamor dos discriminados, dos injustiçados, dosdesorientados e perseguidos, nessa Igreja Jesus nãonasceu ainda.

Aí vem o Natal. Faz um ano que ocelebramos com as comemorações do calendário edo sentimento do coração; ali, lembramos onascimento de Jesus e o colocamos na manjedoura.Sugiro, neste Natal, que pensemos no Jesus quecresceu. Não ficou na manjedoura. Tinha missão acumprir e a cumpriu totalmente, fazendo da cruz edo túmulo o púlpito para as afirmações da vida quevence a morte.

Façamos deste Natal a oportunidade paracrescer na caminhada do Reino de Deus, no esforçode adquirir maturidade, seguindo aquele quesempre vai adiante de nós. Por isso nunca estamossós.

Fraternalmente, este irmão em Cristo.

Natal que eu queroIvan Ávila

Tudo fica diferente, quando chega o Natal.As crianças têm sorriso mais doce.A cidade barulhenta é um pouco poesia.A música é mais coração.Os campos têm perfume novo.Há luzes em todos os lados.As árvores ficam mais bonitas.Pássaros cantam melodias novas.Parece que a ternura envolve tudo,na mensagem de esperança do Natalporque Jesus nasceu,pequenino, pobrezinho, quase sozinho,na estrebaria, lá em Belém.A estrela brilhou diferente.Os magos partiram logo.Anjos despertam pastores. Jesus nasceu!É rei divino, o pequenino que é perseguido...Herodes, fugas,a violência, a prepotência.Belém é luz que toma logo forma de cruz ...Jesus nasceu!Gosto do Natal assim.O Natal redenção.O Natal cruz.O Natal perdão.Os homens precisam de Natalnos cárceres tristes,no pranto da orfandade,na saudade dos que partem,na solidão dos que esperam,no passado que não volta.na esperança que fenece,na lágrima que a gente chora ...Sim. Hoje Agora.Que o Natal seja Emanuel,o Deus presente,Onipotente,o Deus clemente,Deus entre nós.E olhando as dores deste mundo triste,que o Menino de Belém palpite,bem soberano nos corações ...Desarmando os homens,que já não sabem que são irmãos.Natal é paz.É este Natal que eu quero:Natal - Natal,bem mais sorriso,bem mais amor,bem mais carinho,bem mais poesia,bem menos fome ...Natal - Natal,bem mais Natal!

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Quarto Domingo do AdventoJoão Wesley Dornellas

Hoje é o quarto domingo do Advento, odomingo do Natal. Hoje relembramos o anúncioda boa-nova feito aos pastores das campinas deBelém. O coro celestial desce à terra para saudar onascimento do Filho deDeus cantando “Glória aDeus nas alturas e Paz naterra”. Mal refeitos da sur-presa e do lindo espetáculo,pressurosamente os pastoresdirigem-se à estrebaria ondeJosé, Maria e Jesus estavamabrigados. EncontraramJesus deitado numa manje-doura.

No domingo passado, o pregador do culto,Rev. Paulo Teixeira, da Sociedade Bíblica, noscitava a linda frase de Lutero, exposta num ser-mão sobre o Advento, de que “a Bíblia é a manje-doura onde Jesus descansa”.

No Natal, temos o brilho da estrela do Ori-ente. Temos, no entanto, muito mais luz do queesta porque aquele que diria mais tarde ser a Luzdo Mundo nasceu e habitou entre nós. O atualPapa, quando ainda era o Cardeal Ratzinger, emartigo sobre o Advento, nos dizia que a presençade Cristo já começou e “somos nós, os crentes,que, por sua vontade, devemos fazê-lo presenteno mundo. É por meio de nossa fé, esperança eamor que ele quer fazer brilhar a luz continua-mente na noite do mundo. De modo que as luzesque acendamos nas noites escuras deste invernosejam ao mesmo tempo consolo e advertência:certeza consoladora de que «a luz do mundo» jáfoi acesa na noite escura de Belém e transformou anoite do pecado humano na noite santa do perdãodivino; por outra parte, a consciência de que estaluz somente pode - e somente quer - seguir bri-lhando se é sustentada por aqueles que, por seremcristãos, continuam através dos tempos a obra deCristo”.

Neste Natal nós somos chamados a umamissão toda especial. O objetivo de Jesus foi deapressar a construção do Reino de Deus na terra.Esse é também o nosso objetivo porque, como diza Palavra, “de Deus somos colaboradores”.

Natal não é, pois, como muita gente pensa,apenas uma festa da família. É muito mais do que

isto, é a festa da família de Cristo na terra. Nossaatração não deve ser, portanto, os enfeites multi-cores, a árvore enfeitada ou as comidas e bebidas.Muito menos apenas uma oportunidade para tro-

ca de presentes, que fa-zem a alegria do comér-cio.

Natal é celebraçãoreligiosa, embora, a cadaano, ela vai perdendo essacaracterística mesmo nasprogramações da Igreja. Oque é, realmente, umapena.

Em decorrência disto, muitos acabam sen-tindo a nostalgia do Natal. Para muitos, porque oenfoque mudou tanto, o Natal não é mais o mes-mo. Já Machado de Assis, cujo centenário da mor-te ainda estamos comemorando, se perguntavanum célebre soneto, ao sentir aquela nostalgia:“mudaria o Natal ou mudei eu?

O Natal não muda. É sempre a comemora-ção de um presente que recebemos de nosso Pai,um presente de amor. Inútil procurar outra coisano Natal.

Certamente, porém, todos aqueles maisvelhos que tiveram sua infância na Igreja sentemsaudade dos natais de antigamente. Eram experi-ências alegres, muito alegres, num tempo em queo comércio não atuava tão agressivamente, artifi-cializando a comemoração.

Quem sabe não seria a hora exata de mu-dar esse quadro? Que tal uma presença maciça noculto de Natal nesta quinta-feira? Não uma pre-sença rotineira para uma festa rotineira mas, narealidade, um novo encontro com Deus. Um en-contro para aumentar o nosso espírito de comu-nidade, para perdoar e esquecer ofensas, parapedir perdão a quem tratamos mal, para assu-mirmos o compromisso de sermos mais fiéis aCristo no ano que vai começar. Chame os paren-tes e amigos que não têm vindo, todos aquelesque já estão achando que “Natal já era”, todosaqueles que ainda sentem uma certa nostalgia dosnatais de antigamente. E vamos ter, então, umcongraçamento de amor. Porque o Verbo estavacom Deus, era Deus e habitou entre nós. No Na-tal.

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Presentes de NatalLuiz B. Pimenta

Natal. Época de dar e receber presentes. Possi-velmente esta tradição começou com os presentesque os magos deram a Jesus pouco depois de seunascimento. Bem mais tarde surgiu a tradição doPapai Noel, cuja função seria a de distribuir pre-sentes às crianças.

Acho bom dar ou receber presentes. É agradáveldar-se alguma coisa a alguém que se estima, sejaparente ou pessoa de nosso relacionamento. E obom mesmo é quando fazemos isto não por de-ver, mas espontaneamente, sentindo a alegria depoder compartilhar comoutrem aquilo de quepodemos dispor.

Geralmente, para crian-ças damos brinquedos.Para adultos, roupas,livros, CDs, e muitomais. Porém, há umoutro tipo de presenteque muitas vezes negli-genciamos. São aquelasatitudes que deveríamoster no dia-a-dia e, em especial, nesta época deNatal. São os gestos amáveis ou as palavras decarinho, de gratidão, de afeto, de perdão que de-vemos dirigir aos que conosco convivem, sejamos ligados por laços de família, sejam irmãos daigreja, vizinhos, amigos, colegas de trabalho ouestudo, empregados.

Tantas vezes as pessoas não precisam de coisasmateriais, porém sentem falta do apoio, de umapalavra amiga, de um gesto de compreensão oude amor. Estão como que vazias.

Com o passar do tempo tantos casais vão se es-quecendo dos momentos românticos, da atençãoe do respeito que o cônjuge merece. No corre-corre em que vivemos não mais achamos tempopara estas coisas, por vezes pequeninas aparen-temente, mas tão importantes para solidificarconvivências e sentimentos.

Esposos e esposas deixam para trás as atitudesbonitas dos primeiros tempos de união. Filhoscrescem e por vezes pensamos que eles não preci-sam mais de nossa atenção e de atitudes amorá-

veis. Pais vão ficando idosos e mais isolados, sema presença necessária dos que lhes são queridos.Dos amigos, vamos nos distanciando.

Que neste Natal possamos fazer uma análise decomo estão os nossos relacionamentos e dar osmelhores presentes a todos que nos cercam, pre-sentes imateriais, como amizade e amor, atençãoe presença.

Há, ainda, um outro aspecto a considerar. NoNatal nós recebemos o maior presente que podí-amos almejar: Deus nos deu seu próprio filho,Jesus Cristo. Que depois se deu na cruz para quealcançássemos a salvação. E nós, o que vamos dar

em troca?

Lembro-me das pala-vras do profeta Oséias,que pergunta o queDeus quer de nós e oque podemos lhe ofere-cer. Em outras palavras:que darei a quem temtudo, é Senhor de tudo?E o próprio profeta dizque Deus quer apenas

que pratiquemos a justiça, amemos a benignidadee andemos humildemente como Deus (Oséias:6:8).

Praticar a justiça e amar a benignidade poderiaser traduzido com fazer a vontade de Deus, a-mando-o acima de tudo e ao nosso próprio comoa nós mesmos.

Poderíamos, neste Natal, adotar este tipo de pre-sente. A Deus, dando-lhe louvor, reconhecendo-ocomo Senhor Eterno. Ao próximo, praticando acaridade verdadeira, a cada dia. E também anun-ciando as boas novas da Salvação, pregando oEvangelho, testemunhando o que Deus fez conos-co e pode fazer na vida de todas as pessoas.

Vamos presentear materialmente, se isto estiverao nosso alcance. Mas não deixemos de dar osmelhores presentes, de amor, de afeto, de tempo,de interesse pelas pessoas, de serviço, de teste-munho.

Que Deus nos oriente e nos dê força para isto.Amém!

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Direitos humanosAirton Campos

Comemorou-se no dia 10 de dezembro oaniversário de 60 anos da assinatura daDeclaração Universal dos Direitos Humanos.

A 2ª Guerra Mundial, que levou a mortee a destruição a quase todos os países, ao seufinal mostrou as atrocidades a que foramsubmetidas milhões de seres humanos.

Quando o comandante das ForçasAliadas encontrou as vítimas dos campos deconcentração nazistas ordenou que fossemfeitas filmagens e fotos declarando: “Que setenha o máximo de documentação – façamfilmes – gravem testemunhos – porque emalgum tempo ao longo da história, algum idiotase erguerá e dirá que isto nunca aconteceu”.

Diante do horror da guerra, em 1948 ospaíses uniram-se buscando estabelecer a pazmundial e no dia 24 de outubro assinaram aCarta das Nações Unidas criando a ONU –Organização das Nações Unidas, com oobjetivo não só de restabelecer a paz, comoevitar que uma nova guerra mundialacontecesse.

Logo depois, no dia 10 de dezembro, ospaíses que constituíam a ONU assinaram aDeclaração Universal dos Direitos Humanos,com exceção da Rússia, Tchecoslováquia,Polônia, Ucrânia, Iugoslávia, Arábia Saudita eÁfrica do Sul, que se abstiveram.

A Declaração dos Direitos Humanos nãoé uma lei, é um pacto entre as nações que secomprometem a respeitar a dignidade e osdireitos dos seres humanos de todo o mundo.

Os filósofos da antiguidade defendiam aidéia de que os homens já nascem com direitos,simplesmente pelo fato de serem humanos.Com o passar dos anos os direitos dos homenscontinuaram a ser discutidos e a idéia foiampliada: os homens são livres por natureza eseus direitos, inatos, não podem serdescartados quando em sociedade.

E assim estes pensamentos continuarama evoluir e foram progressivamente virandodocumentos legais, como a Magna Carta, de1215, que limitava o poder dos monarcasingleses, a declaração francesa dos direitos

humanos e do cidadão, da declaração daIndependência dos Estados Unidos e tambémincorporados às constituições de muitos países,adquirindo assim força de lei.

Mas nós cristãos já temos desde o inícioda era cristã um mandamento que é umasíntese de toda a Declaração dos DireitosHumanos: “Amar ao próximo como a nósmesmos”. É isto que a Declaração dos DireitosHumanos procura estabelecer em seus 30artigos.

A Declaração é formada por umpreâmbulo, seguido de 30 artigos queenumeram os direitos e as liberdadesfundamentais dos seres humanos. Entre outrostópicos, destaca:

O direito à vida e nacionalidade; A liberdade de pensamento, consciência

e religião; O direito ao trabalho e à educação; O direito à alimentação e habitação; O direito de fazer parte de um governo.

Mas, o conteúdo da Declaração, porém,só terá efeito quando fizer sentido na vida daspessoas.

Hoje os valores da Declaração parecemter perdido parte de sua força. Diante de ummundo que tende a encarar a defesa dosdireitos humanos como um obstáculo na buscade mais segurança, ou em que existem funda-mentalismos de todo tipo, sem margem para oindividuo, ela soa atualmente um tanto fora dolugar. Em recente texto Leonardo Boff escreveu:“... a questão maior é o ser humano voraz eirresponsável, que ama mais a morte que avida, mais o lucro que a cooperação, mais seubem estar individual que o bem geral de toda acomunidade de vida.”

A Declaração é uma espécie de padrãopara aferir o grau de dignidade que os Estadossão capazes de garantir às pessoas, mastambém têm que ser o padrão de conduta dasinstituições em relação às suas comunidades,inclusive as eclesiásticas. Se quisermos queestes ideais sejam sustentados e se quisermosque eles verdadeiramente protejam os direitoshumanos, necessitamos de governos einstituições que cumpram seus artigos.

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Viver com EsperançaAderita Alves da Silva (de Rio Doce,

Olinda – PE - Extraído da revista SAF)

No mundo há tanta maldade,A mídia propaga e nos cansa.Mas quero trazer à memóriaO que me dá esperança.

Vemos e ouvimos crueldadesFeitas a velhos, jovens, crianças,Mas quero trazer à memóriaO que me dá esperanças.

Os crimes não são punidosQuando existe a fiança,Por isso só trago à memóriaO que me dá esperança.

Nas favelas, a cada dia,Existe alguma matança,Mas só trarei à memóriaO que me dá esperança.

Há crentes se desviandoPor não terem temperança.Mas só vou trazer à memóriaO que me dá esperança.

Somente na Bíblia SagradaExiste a bem-aventurançaTrarei isto à nossa memóriaPorque me dá esperança.

O ano está acabandoO tempo passa e não se cansa.Mas só trarei à memóriaO que pode me dar esperança.

Vem aí o Ano novo,A todos paz e bonança!Que ele nos deixe em memóriaCoisas de dar esperança.

“O justo viverá pela fé”.Quem a tem, tem esperança.Por isso, Senhor, dá-nos féPra se viver na esperança!

JORNAL DA VILAANO XXIX – Nº 1400Publicado semanalmente pelo Ministé-rio de Comunicação da Igreja Metodistade Vila Isabel – Rio de Janeiro (RJ)Fundador: Carlos Valle RegoDiretor: Roberto PimentaRedator: Luiz PimentaXerox e distribuição: Walquírio MattosOs artigos assinados são de responsabi-lidade de seus autores.

O que há pela VilaDepartamento de Crianças da Escola Dominical apre-

sentou, no domingo passado, uma ótima dramatiza-ção do nascimento de Cristo, com bom número de partici-pantes, todos devidamente caracterizados, e números decanto. Logo a seguir continuamos a comemorar o Dia daBíblia, com a palavra do Rev. Paulo Teixeira, da SociedadeBíblica do Brasil.

a segunda feira que passou tivemos o encerramentodas atividades deste ano do futebol para menores

carentes. Foi uma bonita festa com gostoso jantar de con-fraternização.

na sexta-feira aconteceu a formatura do primeiro Cur-so de Libras – Linguagem Brasileira de Sinais de nossa

igreja e também o encerramento do ano letivo das aulas deeducação para adultos.

erão inauguradas hoje as salas construídas sobre a zela-doria e os banheiros. Na realidade, apenas a sala do

Ministério de Ação Administrativa será utilizada imedia-tamente, pois o espaço destinado ao Ministério da Memó-ria ainda necessitará de planejamento e efetivação de al-gumas instalações.

Instituto Metodista Carlota Pereira Louro está comum projeto interessante: CONQUISTANDO O SOR-

RISO DO CORAÇÃO. Ele nasceu da inspiração de algunsmembros da Igreja Metodista Central em Três Rios, certa-mente impulsionados por Jesus Cristo. O objetivo do pro-jeto é proporcionar aos idosos o crescimento da auto-estima e estímulo da vida espiritual, mantendo e amplian-do a capacidade funcional deles. O trabalho no Instituto éde voluntários. A casa está realizando curso de artesanato,de corte de cabelo, de manicure, de pedicure, de contaçãode histórias, de atividades de lazer e de organização defestividades. Nossa irmã Iris Leitão, que lá esteve e nospassou estas notícias, declarou: “eu achei maravilhoso otrabalho que estão fazendo e vi todos os idosos felizes ecom sorrisos estampados no rostinho.”

ão se esqueça do almoço de confraternização de finaldo ano. Será no domingo que vem, ao término da

Escola Dominical. Dois cardápios à escolha, no ato de aqui-sição dos ingressos, que deverão ser adquiridos até o diade hoje. Também hoje estarão disponíveis os ingressos pa-ra a ceia de 31 de dezembro. Custam apenas R$ 2,00.

reze novos membros foram recebidos no domingo pas-sado em nossa Congregação do Grajaú. Que Deus a

todos abençoe.

a reunião da CLAM na sexta-feira passada foi mais delouvor a Deus, cânticos e testemunhos do que aconte-

ceu de bom neste ano em nossa igreja. Ao final um farto,gostoso e sortido lanche. Teve até rabanada.

O

N

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