Natação Inclusiva e Atividades Aquáticas
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Profº Roges Ghidini Dias
Universidade do Vale do Taquari – UNIVATESCurso de Educação Física – Bacharelado/Licenciatura
Inclusão e Educação Física Natação Adaptada Natação Adaptada para Deficientes Visuais
(DV) Natação Adaptada para Deficientes Físicos
(DF) e Intelectuais (DI) Natação para PCDs como Prática Competitiva
INCLUSÃO de PCDs Carta Internacional de Educação Física e Esporte (UNESCO,1978) ajudou a garantir a participação de TODOS nas atividades físicas e esportivas indiferente de: Classe social Cor Religião Credo
Contribuiu significativamente para a criação e fortalecimento de órgãos especializados como: Internacional Paralympic Committee (IPC);Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB);Comité International des Sports des Sourds (C.I.S.S); International Stoke Mandeville Wheelchair Sports Federation (I.S.M.W.S.F).
Mudança de Paradigmas (visão do professor para com o aluno);
Compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao indivíduo com deficiência;
Valorização das Diferenças Individuais;
Possibilidades - Esporte de Competição
- Saúde
- Reabilitação
- Recreativa
Corresponde à prática da natação convencional, sendo disputada pelos diversos tipos de pessoas com deficiências na natação com determinados ajustes para a finalidade;
Um dos esportes mais praticados por PCDs;
Água – Primeiros movimentos estimuladores da reabilitação.
Deficiência Visual x Cegueira
- Caracteriza de forma ampla, a perda parcial ou total da visão. - Deficiência visual ≠ cegueira - Cegueira é quando há perda total de visão - Deficiência visual quando ainda existe visão parcial (baixa visão) - Autores e instituições - “deficiente visual” = indicativo geral - perda parcial ou total da visão.
Natação Adaptada para Natação Adaptada para Deficientes Visuais (DV)Deficientes Visuais (DV)
Causas da deficiência visual – congênitas e adquiridas
Alguns aspectos são importantes para o desenvolvimento das capacidades perceptivas e afetivas do deficiente visual:
Conhecimento do corpo imprescindível para a noção de limites e possibilidades.
Propriocepção necessário que conheça e compreenda seu próprio corpo, a relação entre suas partes, e a relação que seu corpo tem com o espaço e seu entorno.
Winnick (2004)
Como ensinar?Qual o melhor método para ensinar?
Instruções verbais e a demonstração são os meios mais comumente usados para transmitir informação sobre a meta a ser alcançada.
Comportamento Motor e a Comportamento Motor e a Deficiência VisualDeficiência Visual
1. O que o aluno consegue enxergar?2. Quando (com que idade) ocorreu a perda da visão?3. Durante que período ela evoluiu?4. Continua evoluindo?5. Qual é a patologia?6. Como eu posso estimular e utilizar o resíduo visual?7. Já praticou a modalidade?8. Pratica ou praticou alguma outra atividade física?9. Qual o objetivo que o aluno busca atingir com a prática da natação?
Antes de Iniciar as AtividadesAntes de Iniciar as Atividades Avaliação para determinar o nível atual de desempenho do aluno.
Domínio espacial; Percepções de equilíbrio,
resistência e empuxo; Técnicas de respiração e
bloqueio; Flutuações e deslizamentos; Nado submerso; Saltos elementares; Nados de sobrevivência.
Deslocamentos: o aluno, de qualquer maneira e utilizando qualquer estilo de nado;
Saltos: o aluno deve dominar mergulhos e saltos de pé e de ponta, partindo de fora e de dentro d’água;
Giros: o aluno deve conseguir girar sobre os três eixos do corpo e sobre qualquer plano. Também com combinações de salto;
Aprendizagem dos nados
Fixação dos nados e dos seus fundamentos técnicos:
saídas; viradas; coordenação de pernas, braços e respiração; coordenação geral de nado; posição do corpo.
- Utilização do Tapping
- Utilização de óculos blackout (competição)
- Auxílio técnico
Equipamento Equipamento (Adaptap)(Adaptap)
Para DF e DI, normalmente a iniciação na natação se dá pelo trabalho de reabilitação feito geralmente em hospitais, clínicas ou faculdades de educação física;
A facilidade de locomoção e execução de movimentos dentro d´água, garantam o retorno físico e psicológico da natação para o DF e DI.
Ambientação com a prática - A execução do nado implica a passagem por vários níveis de aprendizado associados e sequenciais.
O professor deve analisar cada tipo de deficiência para aplicar a metodologia correta, visto que, em alguns casos, é impossível utilizar-se a ordem lógica;
A ludicidade auxilia na motivação.
1) Desenvolvimento da habilidade de entrar e sair da piscina - de preferência sem ajuda de outra pessoa (mesmo que seja com auxílio da escada ou raia);
2) Locomoção na piscina em diferentes profundidades - seja andando, pulando ou boiando, até fazê-lo com água na altura do peito. Inicialmente o aluno pode dispor de boias ou coletes salva-vidas;
3) Manter-se equilibrado dentro d’água – estimular e desenvolver a habilidade da melhor forma que a deficiência permita;
4) Trabalho de controle da respiração;
5) Trabalho de equilíbrio em posição de nado - com mudança de decúbito (de barriga para baixo, para cima, lateral), podendo variar de acordo com a deficiência de cada aluno;
6) Movimentação dos membros exigidos pelo esporte (braços e pernas) - os alunos amputados, ou sem movimentos nos membros, podem nessa fase desenvolver outras técnicas de nado;
- Utilização de toalhas, correias e fitas
- Auxílio técnico
Racionalmente alguns cuidados são necessário para o início da prática aquática:
1. Avaliação do potencial de integração - deve ser feita juntamente com os pais. É preciso que a inclusão da criança tenha um mínimo de possibilidades de sucesso;
2. Número reduzido por turma - de preferência, apenas uma em cada turma. Absorve as atenções do professor (geralmente ocorre no início dos trabalhos);
3. Ritmo e progressão do aprendizado - esclarecer aos pais e responsáveis pela criança. Evitar expectativas demasiadas acerca do ritmo de aprendizado.
4. Preconceito - rechaçar toda e qualquer manifestação preconceituosa, seja de quem for;
5. Acesso à informação - os profissionais que vão trabalhar com essas crianças devem ter conhecimento a respeito da condição do aluno;
6. Período de adaptação - Aconselhado um período experimental (aproximadamente 30 dias). Após, realizar nova avaliação sobre a continuidade e também para correções do trabalho.
Para a prática esportiva competitiva, utiliza-se largamente as classificações: Médica, Legal e Esportiva. No desporto para pessoas com deficiência, “classificar significa agrupar atletas com capacidades semelhantes com o propósito de competir”.
S1 – Lesão medular completa abaixo de C4/5, ou pólio comparado, ou paralisia cerebral quadriplégico severo e muito complicado;
S2 – Lesão medular completa abaixo de C6, ou pólio comparado, ou PC quadriplégico grave com grande limitação dos membros superiores;
S3 – Lesão medular completa abaixo de C7, ou lesão medular incompleta abaixo de C6, ou pólio comparado, ou amputação dos quatro membros;
S4 – Lesão medular completa abaixo de C8, ou lesão medular incompleta abaixo de C7, ou pólio comparado, ou amputação de três membros;
S5 – Lesão medular completa abaixo de T1-8, ou lesão medular incompleta abaixo de C8, ou pólio comparado, ou acondroplasia de até 130 cm com problemas de propulsão, ou paralisia cerebral de hemiplegia severa;
(PENAFORT, 2006)
OBRIGADO
SASSAKI, Romeu K. Inclusão. Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro, Ed. WVA 1997. TUBINO, Manoel. As perspectivas do esporte contemporâneo. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br> Acesso em: 08 out. 2012 WINNICK, J. P. Educação física e esportes adaptados. Barueri, São Paulo: Manole, 2004. Swimming Rules. IPC Swimming. 2005-2008. PENAFORT, J. D. Estratégias de Aula para Inclusão da Pessoa com Deficiência: Da recepção do aluno deficiente em núcleos que ofereçam Educação Física Adaptada à escolha de atividades/turmas. Apostila de Capacitação. São Paulo, 2006. COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO (CPB) – Natação Paraolímpica – Manual de Orientação Para Professores de Educação Física. Brasília, 2006.