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7/21/2019 NARUA
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OS GÊMEOSExistem diferenças entregrafti e ixação?
#1
MixtaesO início dos dj’s
e das mixtapes
Ra aos 80Descubra o
início da cultura
Tutorial Aprenda montar
sua letra grafti
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Conselho Editorial: Rafael
do Prado Silva
Presidente Executivo:
Rafael do Prado SilvaOperações e Gestão:Nakedz Crew
Diretor Geral: Rafael do
Prado Silva
Direção de Produção:Gráca Agiliga
NARUA 1198 ANO 66, nº17 (ISSN 008-559-44) é
uma pfublicação mensalda Editora Losango S.ADistribúida em todo paíspela Dinap S.A DistribuidoraNacional da Publicações
São paulo.NARU
A nãoadmite publicaçãoredacional.
A revista NARUA foi criadacom o intuito de trazerinformações sobre acultura hip hop de formamais universal, de modoque bimestralmente, sejautilizada como referência eque traga conhecimentos enovidades, sobre produtos etécnicas.
Para assinar:0800-775-2212www.nakedz.com
6 Evolução do hi ho8 O auge do ra
10 Grafti e ixação14 Mixtaes e d’s16 A exlosão do break18 Faça sua letra de grafti20 Tramos dos leitores
SUMÁRIO
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DÚVIDAS DO LEITOR N
A
R
U
A
@kzcrew
@akedz
Comartilhesuas dúvidas
e sugestões.Caal diretocom a revista.
Ra e Hi Ho: Facçao e/ou Eduardo a laçaram
alguma música aós a saída do Edu?
Facção Central Lançou ‘’Colecionando
Lagrima’’ e ‘’Pra vcs Faccionarios”.....e Edu
não lançou nenhum ainda!
Um gordiho ode daçar BreakDace?
Claro que pode! Já vi “gordinhos” dançando
melhor do que muitos “magrinhos” por aí, isso
não tem nada a ver.
Os “graftis” iduzem a violêcia?
Parece que sim. Kees Keizer, da Universidade
de Groningen (Países Baixos), realizou seis
experiências a fm de comprovar se as
pessoas estavam mais dispostas a desafar
as regras sociais quando viam os outros
fazê-lo. Uma consistia em colocar folhetos em
bicicletas estacionadas. Ao lado, um cartaz
informava: “Proibido deitar papéis no chão”.
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6
Hi-Ho é
uma culturabaseada acriatividade.
Hip-Hop é uma cultura que consiste em 4 sub-
culturas ou subgrupos, baseadas na criatividade. Um
dos primeiros grupos seria, e se não o mais impor-
tante da cultura Hip-Hop, por criar a base para todaa cultura, o DJing é o músico sem “instrumentos” ou
o criador de sons para o RAP, o B.Boying (a dança
B.Boy, Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a
dança, o MCing (com ou sem utilizar das técnicas de
improviso) representa o canto, o Writing (escritores e/
ou grafteiros) representa a arte plástica, expressão
gráca nas paredes usando o spray.
O Hip-Hop não pode ser consumido, tem que
ser vivido (não comprando roupas caras, mais sim
melhorando suas habilidades em um ou mais ele-
mentos dia a dia). É um estilo de vida.... Uma ide-
ologia...uma cultura a ser seguida. A “consciência”ou a “informação” na minha opinião não pode ser
considerada como elemento da cultura, pois isso já
vem inserido às culturas do DJing, B.BOYing, MCing
e Escritor/WRITing (Grafteiros), ou seja aos elemen-
tos da cultura Hip-Hop, mais é válido para a nova
geração, dizendo se fazer parte da cultura Hip-Hop
sem ao menos conhecer os criadores da cultura e
suas reais intenções.
R a p p e r s q u e v i v e r a m
n a d é c a d
a o u r o d o
h i p h o p
INTRODUÇÃO EEVOLUÇÃO DO HIP HOP:HISTÓRIA E CONCEITO
HISTÓRIA
A origem e as raízes da cultura Hip-Hop estãocontidas no sul do Bronx em Nova Iorque (EUA). A
idéia básica desta cultura era e ainda é: haver uma
disputa com criatividade. Não com armas; uma ba-
talha de diferentes (e melhores) estilos, para transfor-
mar a violência insensata em energia positiva. Este
bairro experimentou mudanças radicais durante os
anos 60 por causa de construções urbanas mal pla-
nejadas (construíram uma via expressa no coração
H
I P
H
O
P
HIp HOp - nARUA
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7
Algumas dasgagues:Black Sades
e Savageskulls
Jovens praticando break dance no Bronks - EUA
P r i n c i p a i s a r t i s t a s d o m o v i m e n t o h i p h o p ,
d é c a d a d e 8 0
do Bronx, construíram complexos
de apartamentos enormes) o que
fez com que o bairro casse des-
valorizado. A classe média que
consistia em Italianos, Alemães,
Irlandeses e Judeus se mudaram
por causa da qualidade decres-
cente de vida. Em vez deles, se
estabeleceram afro-americanos
pobres e famílias Hispânicas. Por
causa da pobreza crescente osproblemas causados por crimes,
drogas e desemprego aumenta-
ram. No ano de 1968 sete adoles-
centes que se nomearam “Savage
Seven” (Sete Selvagens) começa-
ram a aterrorizar o bairro, criando
assim a base para algo que domi-
naria o Bronx durante os próximos
6 anos: as Streetgangs (gangues de rua). Em pouco
tempo apareceram outras gangues em todo o bairro.
Muitos jovens poderiam ser vistos em todos lugares.
Depois que as atividades das gangues alcançaram o
topo da criminalidade em 73, elas começaram a se
acabar uma a uma. A razão para isto pode ser en-
contrada em níveis diferentes. As gangues estavam
brigando, muitas estavam envolvidas em crimes,drogas e miséria. E muitos integrantes não quiseram
mais se envolver com isso, o tempo estava mudando
e as pessoas da década de 70.
Estavam à procura de festas em clubes, apenas
diversão, dançar, curtir a música cada vez mais e
mais. O número de gangues cada vez mais estava
diminuindo principalmente porque cada vez mais
jovens estavam envolvidos com um movimento e
se identicavam com alguma atividade. Pois a idéia
básica era competir com criatividade e não com vio-
lência. A força motriz de todas as atividades dentrodos 4 elementos era fugir do anonimato, ser ouvido
e visto e espalhar o nome por toda parte. Se alguém
quisesse melhorar suas habilidades teria que deixar
de fazer coisas ruins (drogas, crimes, etc...) por todo
tempo, teria que por sua energia a disposição da cul-
tura e com isso ajudar a trazer mais adiante o próxi-
mo nível da Cultura Hip-Hop.
nARUA - HIp HOp
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8 RAp - nARUA
Uma coisa extraordinária aconteceu com o rap:
contrariando todas as expectativas (inclusive as suas
próprias), ele é um sucesso. Sucesso assim: execu-
ção em todas as rádios, discos passando da casa de
um milhão de cópias. Sucesso de massa, do tipo queleva artistas à TV, que obriga a MTV a abrir um horário
só para o gênero, que coloca fotograas em revistas
de fofocas. Dez anos depois do lançamento daque-
le que todos - rappers e não rappers - reconhecem
como o disco pioneiro do estilo, o “Rapper´s Deli -
ght” da Sugarhill Gang, a música canto-falada que
era propriedade exclusiva dos bairros negros e mais
pobres das grandes cidades americanas tornou-se
Sugarhill Gang, a música canto-falada exclusiva Artistas principais da década de 80
Sugarhill Gag, bada que é ioeira do raaquilo que os especialistas em marketing mais pre-
zam - um crossover, uma forma musical capaz de ser
bem sucedida em qualquer praça, independente de
cor ou renda pessoal.
O sucesso do rap nos anos derradeiros destadécada é ainda mais extraordinário se compreendi-
do à luz das peculiaridades - suas e da sociedade
americana. “É fato consumado, por exemplo, que,
mesmo com todas as vitórias civis dos anos 60 e 70,
os EUA repelem instintivamente a integração racial,
e preferem ver seu tecido social mais como uma pra-
teleira de supermercado - coisas diferentes, lado a
lado - que como um cadinho de fusões.
O AUGE DO RAP E SUASGRANDES MUDANÇAS
R
A
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9nARUA - RAp
C o m o r a p
e n g r a ç a d o T h e
F r e s h P r i n c e
A dupla de Los Angeles que atende
pelo nome deN.W.A.
faz olaróides
sem retoquesda vida dasgangues
Para que o rock, intrinsecamente negro, se tor-
nasse o que é hoje foi preciso o endosso e o ba-
tismo por radialistas e gravadoras brancas, a rebo-
que de guras como Elvis, Jerry Lee Lewis, Buddy
Holly - artistas brancos “aceitáveis” para o mercadode massa. O rap, contudo, à exceção dos Beastie
Boys - que foram vistos e tratados mais como uma
curiosidade passageira que qualquer outra coisa -
permanece como área exclusiva de artistas negros.
E mais: como o reggae (que ainda não conseguiu
atravessar de fato para o veio principal dos EUA),
o rap surgiu para ser, basicamente, uma forma de
expressão e comunicação dentro de uma comuni-
dade. Musicalmente, o estilo sempre foi carnívoro,
canibalesco e inclemente, triturando sem a menor
cerimônia qualquer coisa que lhe parecesse útil, in-
clusive e principalmente o rock branco dos anos 60 e
70 - que, naquele exato momento, tornava-se “clás-
sico” e ganhava um duvidoso posto no sacrário das
relíquias históricas - e não cedendo um milímetro às
necessidades harmônicas e melódicas do senso co-
mum white. No texto, o rap sempre falou criticamen-
te, para iniciados, para a sua tribo (ver box anexo):
seus assuntos são coisas remotas para os meninos
brancos da “grande” suburbiolândia americana que
gosta de comprar discos: drogas,discriminação, batidas policiais,
tiroteios, escuros horizontes pro-
ssionais - sua fala era puro lingo,
código, jive, incompreensível, pro-
positalmente, para os periféricos.
E mais: com o crescimento,
em tamanho, poder e violência,
das gangues negras - que, nos
anos 80, se prossionalizaram
na esteira da disseminação do
crack -, o rap celebrou mais uma
duvidosa aliança - passou a ser
não apenas “música de negro”,mas “música de gangues”. E no
entanto... Apontar como expli-
cação apenas a imensa maré de
tédio musical que se abate sobre
o mercado musical do “primeiro
mundo” não satisfaz. A própria
insolência antimelódica do rap já
seria causa suciente para o seu
sucesso numa praça enfadada
com o passado e disposta a deto-
nações pós-modernas.
A grande explicação só podeestar no próprio rap. Velocíssi-
mo camaleão e voraz triturador,
o estilo conseguiu se multiplicar
em subcamadas sucientes para
atender todas as expectativas e
públicos - e, ainda, manter-se algo
diferenciado.
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O QUE É GRAFFITI? DEONDE SURGIU? GRAFFITIE PIXAÇÃO SÃO IGUAIS?
C
A
P
A
CApA - nARUA
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11
Essas perguntas não podem ser respondidas
com exatidão, o que se tem são épocas, fatos, per-
sonagens, mídia e boatos, muitos boatos. Juntando
todos esses ingredientes, e outros que não mencio-
nei, podemos traçar um pouco do caminho do grafti
na história do mundo. Os mais antigos exemplos de
grafti vêm da pré-história e sem dúvida, o grafti
acompanha o homem desde seus primeiros passos. As pinturas rupestres representavam animais sendo
caçados, deuses, sua rotina diária e um sem número
de motivos para escrever nas paredes das cavernas.
Hoje em dia existem teorias que tentam explicar
o motivo pelo qual o homem registrava todas essas
imagens, uma delas é a de que os moradores eram
nômades e registravam o cotidiano daquela região
para se comunicarem com os próximos moradores
que passassem pelo local. Levando em conta todos
esses fatos das primeiras experiências, podemos di-
zer que grafti é todo risco, rabisco, traço (ordena-
dos ou não), linhas, formas feitas em qualquer supor-te que dê características de inscrição urbana.
nARUA - CApA
podemos traçar um
ouco do camiho dografti a história
De acordo com alguns estudos o nome grafti
é o plural de “grafto”, de origem italiana, no inglês
foi adotado “grafti”, sem distinções. No português
adotou-se “grato”, e no plural, gratos (o dicionário
Aurélio a partir de 1988 registra o grafti como ins-
crição urbana). Outro registro de inscrições urbanas
vem de “Pompéia”, cidade engolida por um vulcão,
que preservou registros de que a forma de expressãoque vemos hoje nas ruas já era utilizada das mais va-
riadas maneiras: escreviam desde palavrões até pro-
pagandas políticas, aí você me diz: “Ah! Então não
era grafti, era pichação!”. De acordo com o raciocí-
nio anterior grafti são traços, rabiscos que quando
organizados tomam forma de imagens que irão com-
por um mesmo espaço urbano. “Estas imagens não
poderiam ser letras?” Sim! E a união de letras forma
palavras, que por sua vez, formam mensagens, e en-
tão voltamos para o fato dos homens das cavernas
passarem mensagens para os novos moradores. Naverdade o grafti pode ser usado para reivindicar di-
reitos, para dizer o que se pensa, para se expressar
artisticamente, mostrar o que outros meios de comu-
nicação não mostram, denunciar questões sociais,
propaganda de vários tipos, ou simplesmente riscar
seu nome em um local para registrar que você este-
ve ali. Seguindo esse pensamento, há vestígios de
que grafti e pichação são a mesma unidade ou que
O s G ë m e o s e m S á o P a u l o
P i n t u r a d e O s
G ë m e o s e m S á o
P a u l o , c o n t r a
c o r r u p ; á o
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12 CApA - nARUA
o grafti é uma linguagem única
e a pichação é a ação de gratar
qualquer coisa que não agrade
o receptor, principalmente se elenão conseguir entender essa es-
crita ou achar que se deve fazer
um trabalho de acordo com seus
gostos ou costumes. Quem nunca
leu mensagens escritas nas por-
tas de banheiros públicos ou bo-
tecos? Todos acham legal, menos
o faxineiro ou o dono do estabe-
lecimento, e assim tudo o que a
sociedade acha que é “ruim”, que
não combina com a estética da
sociedade falsamente chamadade ideal, acabam chamando de
pichação, que dentre outros sig-
nicados também se resume em
“falar mal de alguém” e vem da
idade média, quando padres es-
creviam mensagens recheadas de
palavrões nas paredes das igre-
jas de religião contrária, usando
um líquido betuminoso chamado
“piche” (que também era usadopara queimar pessoas acusadas
de bruxaria). Em se tratando de
registros, existe um documento
de 1932 que relata a escrita nas
ruas, até 1968. Essa linha per-
manecia com poucas mudanças,
mas nessa época ou alguns anos
antes, os E.U.A. já estavam fazen-do uma nova linha de escrita, seus
objetivos eram marcar seus terri-
tórios com codinomes e no maior
número de lugares possíveis. As
gangues viviam em constante dis-
puta com seus inimigos e tudo era
“marcado”: trem, muro, telefone,
cesta de lixo...
Um de seus
obetivos eramarcar seusterritórios
P i n t u r a
e m r e f e r ê n c i a a s i t u a ç ã o p o l í t i c a d o B r a s i l , O s G ê m e o s
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13
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14 Dj - nARUA
As tas eram originalmentefeitas pelos DJs para tocar en-
quanto não podiam estar nos to-
ca-discos. Elas re- presentavam
o conceito de cada DJ, desde a
ordem do set,as entradas e saídas
das mixagens, etc. Lançada pela
Phillips na década de 60, a ta
cassete esta- beleceu-se como
uma mídia barata e viável para di-
vulgar com eciência a produção
musical em cenas underground -
como no início do hip -hop, nossubúrbios nova- iorquinos, nal
dos anos 70. Com a entrada dos
aparelhos de som nos carros e a
invenção do Walkman pela Sony,
no início dos anos 80, as tinhas
ganharam fôlego na cultura jovem.
Assim, trabalhos de grandes no-
mes como Grand- master Flash,
AFRIKA BAMBAATA, KOOLHERC: O INÍCIO DASMIXTAPES E DJ’S
D
E
E
J
A
Y
O s p r i m e i r o s
g r a v a d o r e s e r a m
m o n o ,
d a v a a t é p a r a
o u v i r m ú s i c a
A ta cassete foi a
primeira a ganharum logo para indicarseu tipo de mídia, aocontrário do LP quenão possuía logo
Afrika Bambaata, e outros ultrapassaram fronteiras
físicas, sociais e culturais. A mixtape virou sinô- nimo
de hip-hop. A música rap é um estilo muito dinâmi-
co, evolui a cada momento e não foi diferente com as
mixtapes. O formato dos anos 70 ainda permanece
vivo, mas não é o mais comum. Até meados da dé-
cada de 90, mixtapes eram basicamente amostras
de DJs ou exposição da sua habilidade. Eram como
uma vitrine para mostrar o talento de um Disc Jockey.
Também serviram como vitri- nes da produção local
de determinada cena. Da mesma for- ma que ocorreu
com o hip-hop, também funciona hoje. Exemplo dis-
so é o grime, novo estilo da música urbana in- glesa:
baseou sua popularização com as mixes, que hoje
po- dem ser encontradas nas prateleiras de uma me-
gastore. Com o tempo, alguns desses tapes come-
çaram a apresentar MCs mais do que DJs mixando
e eram comercializados nas lojas de discos under-
ground ou na rua. A partir de meados dos anos 90, a
mixtape foi um celeiro de novos talentos.
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15nARUA - Dj
Grande Dj GreenLantern comseus famososheadphones
F o t o
d o s g r a n d e s
e p r i n c
i p a i s r a p p e r s
q u a n d o e r a m c r i a n ç a s e
c o m e ç a r a m a c u l t i v a r o
h i p h o p
Nessas “novas” mixtapes, o DJ trabalha tambémcomo produtor, fazendo batidas próprias, usando
versões ins- trumentais de músicas já conheci- das.
Convidava diversos MCs para fazer versos inéditos
ou improvisos (freestyle). Usando dois toca- dis- cos,
editava os sons de forma a não carem com grande
duração, inse - rindo scratches, sons de sirenes e
outros ruídos urbanos entre as fai- xas. Nessa épo-
ca, a indústria da mú- sica rap não era como hoje,
lançando milhões de cópias e com novos artis- tas
aparecendo todo mês. A mixtape era onde as grava-
doras iam procurar novos talentos. Por meio delas,
você sabia quem estava em evidência, quem não
estava mais, e descobriam- se os novos nomes. Asmixtapes eram como um ltro, um amortecedor en-
tre a rua e as gravadoras. Elas nunca assumiam o ris-
co de contratar um artista que não tinha percorrido
esse caminho.
Hoje, nomes como Dj Green Lantern, Dj Dra-
ma, Kay Slay, Mick Boogie e Whoo Kid são artistas
conhecidos graças às suas mixtapes, que chegam
a vender cem mil cópias. Existe até uma premiação
anual para mixtapes, o Annual Mixtape Awards, que
já está em sua décima primeira edi- ção, com mais
de 20 categorias. Mesmo nas premiações exclusivas
de música rap/hip hop, existe uma categoria chama-da de melhor mixtape.
Disto surgemomes do raatual comoEmiem, 50Cet, jay-Z eKaye West
Nesse nicho, surgiram algunsoutros estilos. Bem interessantes
são os ta- pes de mixagens em
versões a cappela de rappers,
misturadas com instrumentais de
outros produtores e estilos, uma
espécie de mash-up. Grande
exemplo disso foi o do DJ Danger
Mouse, que atualmente faz parte
da dupla Gnarls Barkley. Em 2004,
pe- gou a capella do “The Black
Album” do rapper Jay-Z e mistu-
rou com ins- trumentais que ele
produziu usando samples do “TheWhite Album”, dos Beatles. O su-
cesso do “The Grey Album” foi es-
trondoso com mais de um milhão
de downloads na Internet.
A cultura das mixtapes é es-
sencialmente norte-americana,
mas em al- guns lugares da Eu-
ropa, como França e Portugal, a
mixtape teve grande im- portância
na cena hip-hop.
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16 BREAK - nARUA
A EXPLOSÃO DA DANÇADE RUA E SUA GRANDEEXPOSIÇÃO AO PÚBLICO
B
R
E
A
K
D
A
N
C
E
O Break vai muito além de
uma forma de dança. É mais que
tudo, um estilo de vida para quem
ama o Hip Hop, é atitude, é artede rua. Embora o Break já existia
há pelo menos 30 anos (de acor-
do com as maiores autoridades
do mundo), sua explosão e expo-
sição ao grande público, passou a
acontecer à partir de 1979, quan-
do já estavam formados todos
os conceitos do Hip Hop como o
conhecemos hoje, anal, um ano
antes (1978), já existiam as for-
mações organizadas de inúmeros
crews de Break; as grandes gra-
vadoras já acertavam as contrata-
ções de artistas de Rap e a con-
cepção da Graftti-Art assumia a
atual forma de painel multicor se-
gundo a revolucionária denição
do artista plástico Phase 2.
Pronto. Estava formado o Hip
Hop em suas três manifestações máximas: O Break,
Graftti e Rap. Hoje, quando a mídia mundial divul -
ga cada vez mais o Rap, muitos devem perguntar
porque não cito o Rap, e sim o Break como base
para a existência do Hip Hop. Vejamos, no meio da
década de 70, a Disco Music dominava o mundo, e
outras formas de expressão musical como o Rap não
tinham aceitação junto à mídia. Enquanto tudo isso
acontecia, o Hip Hop já existia, e não tinha chance de
se propagar nos meios de comunicação, e mesmonas ruas, não conseguiria sucesso utilizando apenas
o Rap em sua pura forma de ritmo e poesia, pois o
mundo inteiro se embalava no universo de luzes do
Disco.
Por outro lado, o Break era a única forma de arte
livre, e impossível de ser contido, por quem quer que
fosse, pois tinha o apelo visual necessário para cha-
mar a atenção das massas.
O Break é aúica formade arte livre, eimossível de
ser cotido
B r e a k d a n c e r e m
N o v a
I o r q u e ,
E U A .
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17nARUA - BREAK
Tudo orqueexiste o break
P e e W e e ( R o c k S t e a d y C r e w )
f a z e n d o u n s p a s s o s p e l a s
r u a s d
e N Y - E U A
Breakdancerfazendo um show
nas ruas de Los Angeles - EUA Os movimentos intrincados, acrobáticos, mas
altamente plásticos e harmônicos dos B-Boys come-
çaram a buscar fãs e seguidores nas ruas, na base
do corpo à corpo, trazendo junto o Graftti, com sua
colorida expressão artístico-visual, e o Rap, a trilha
sonora que completava o cenário. E foi assim que
o Hip Hop começou a se fortalecer, pois era preciso
algo que enchesse os olhos do público para atingir
a popularidade, que trouxesse todos os elementos
básicos para satisfazer os requisitos da indústria de
entretenimento.
O Break era tudo isso. A “nova” dança atingiu
o público como um furacão, e as emissoras de rá-
dio e televisão; os clubes e as revistas começavam
a mostrar a todo mundo o Break, muitas vezes sem
perceber que com isso, estavam iniciando a promo-
ção e divulgação do Hip Hop como um todo. Pode
se dizer que o Break fazia, entre 70 e 80, o papel
que os vídeos fazem hoje, em benefício da indústria
fonográca, aumentando a força de mercado através
do apelo visual.
Com a popularização do Bre-
ak, rmava-se a gura do B-Boy;
surgia o interesse sobre as ténicas
utilizadas pelos Djs e rappers. No
princípio, a motivação do Break
era defender, palmo a palmo, nas
ruas, o espaço para a emancipa-
ção da cultura Hip Hop. Com o
tempo, as lendárias batalhas ou
“rachas” evoluíram para um está-
gio de desenvolvimento de con-
ceitos diversos, que iam desde a
compreensão dos difíceis passos
da dança, até programas de re-
cuperação de jovens viciados ou
que viviam nas ruas. Quando a
indústria cinematográca resol-
veu mostrar o Hip Hop em lmes,
mais uma vez, o Break cumpriu oseu papel, e milhões de jovens em
todo o mundo, passaram a prati-
car em qualquer lugar possível,
desde a aparição do Rock Steady
Crew em Flashdance, passando
por históricos lmes como um dos
mais famosos o Style wars.
Peewee (Rock Steady Crew),
os N.Y.City Breakers, fazendo
parte das notícias; nas ruas toda
a linha de vestuário street remete
aos áureos tempos do Break (tê-
nis Adidas, Puma, Converse; gru-pos de Rap em evidência vêm co-
locando dançarinos de Break em
show e videoclipes Afrika Bamba-
ataa, e muitos outros, artistas do
Graftti fazem mostras como pin-
tores clássicos em galerias. Tudo
porque existe o Break.
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18
PASSO A PASSO: COMOFAZER A ESTRUTURA DASUA LETRA DE GRAFFITI
T
U
T
O
R
I A
L
TUTORIAL - nARUA
Ok, então você quer escrever o seu nome, você
quer fazê-lo com bom aspecto, não é um processo
simples de fazer isso, e por isso vou compartilhar o
conhecimento necessário que a maioria dos amantesdesse estilo não têm. A estrutura da letra é essencial
no Grafti, sem ele você não tem nada, não importa
quão maravilhoso o seu preenchimento é ou como
louco suas extensões são, é tudo sobre uma base
tipográca.
Olhe para o seu teclado, faça isso, faça isso
agora, você pode ver que as letras são feitas a partir
de um número de linhas? Por exemplo, a letra T é
composta de duas linhas, a letra H é composto de
3 linhas, etc ... Essas letras simples são os esque-
letos no qual vamos construir e expandir-se.Eu vou
te mostrar o processo de como chegar a partir dos
esboços a uma letra bem estruturada desenvolvida,usando a minha letra favorita como o exemplo: M.
A imagem acima mostra o
processo de obtenção de uma
letra estilizada na forma de tag,
o estilo é uma palavra forte, e as
vezes não pode ser ensinado ou
aprendido, só se desenvolveu
com os anos de prática. Em vezde ir para a frente e usando a -
nal M com a base de tag, eu vou
mostrar-lhe como fazê-lo com a
mais simples das formas, no seu
teclado!
Esiar a estruturar letra de grafti
P r i m e i r o s r i s c o s
d a l e t r a M
Começando a estruturar a letra
7/21/2019 NARUA
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19nARUA - TUTORIAL
Veja como o M foi dividido
em 4 linhas diferentes, que cria-lo,
transformá-los em barras, apenas
em linha reta até retângulos sim-
ples com cantos 90 graus perfei-
tos, ligue todos juntos e você tem
uma letra perfeita. Simples não?
Ok, então você obviamente precisa desenvolvera anterior linha reta até simples, para torná-la mais
interessante e com estilo e graff como eu acho ...
Não que à frente de si mesmo e começar a adicio-
nar alguns ass loucas coisas estranhas nos cantos,
mantê-lo simples, cortar o papo furado.
A imagem acima é quase o mesmo que o outro,
exceto as barras foram curvo, alongado, mas a parte
superior permaneceu a mesma largura que é crucial
em aprender sobre a estrutura. Você poderia vir para
cima com bastante variações de diferentes letras
apenas, passando por estágios anteriores e este, ex-
perimentando os comprimentos das barras ou como
eles curvam ao ângulo que se conectarem.
Ok, então isso pode parecer um grande passo
mas se você mantê-lo simples como eu tenho na
verdade não é. Olha como a carta ainda é compos-
ta daqueles bares , todos eles mantiveram a mesma
largura criando um uxo contínuo através, mas desta
vez eles foram discriminados em vez de ter apenas
dois bares reunião ou um bar , por si própria , que eu
tenho apresentado outro bar para o m de tudo. Este
é denitivamente quando a prática vem nele , vendo
o que funciona eo que não. Como você pode ver queeu ainda quebrado um bar ao meio, no entanto, se
eu z isso para todos os 4 bares que originalmente
compunham a carta , pode parecer um pouco - ou
seria - tente descobrir. É realmente difícil de expli -
car como a estrutura funciona em carta graff, mas
espero que você pode fazer algum sentido de tudo
isso Mumbo- jumbo. Eu acho que a principal regra é
apenas para mantê-lo simples.
(Nota: esboço foifeito em menos de
um minuto - se vocêquer criar essa letra
perfeita trabalhe maisem cima dela)
O k , e n t ã o i s s o p o d e
p a r e c e r u m g r a n d e
p a s s o , m a s s e v o c ê
m a n t ê - l o s i m p l e s
agora você tem osprincípios básicos do
grafti, divirta-se
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20
DIVULGUE SEU TRAMPO N
A
R
U
A
Gean OliveiraJacareí - SP
Matheus MatsJacareí - SP
Danilo Major Jacareí - SP
ShiroSão Paulo - SP
NakedzSão Paulo - SP
nARUA - SEU TRAMpO
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Thiago ÍconeSão Paulo - SP
Thiago ÍconeSão Paulo - SP
ENDJacareí - SP
CapetaJacareí - SP
Baxter Jacareí - SP
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