NARUA

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OS GÊMEOS Existem diferenças entre grafti e ixação? #1 Mixtaes O início dos dj’s e das mixtapes Ra aos 80 Descubra o início da cultura Tutorial  Aprenda montar sua letra grafti

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OS GÊMEOSExistem diferenças entregrafti e ixação?

#1

MixtaesO início dos dj’s

e das mixtapes

Ra aos 80Descubra o

início da cultura

Tutorial Aprenda montar

sua letra grafti

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Conselho Editorial: Rafael

do Prado Silva

Presidente Executivo: 

Rafael do Prado SilvaOperações e Gestão:Nakedz Crew

Diretor Geral: Rafael do

Prado Silva

Direção de Produção:Gráca Agiliga

NARUA  1198 ANO 66, nº17 (ISSN 008-559-44) é

uma pfublicação mensalda Editora Losango S.ADistribúida em todo paíspela Dinap S.A DistribuidoraNacional da Publicações

São paulo.NARU

 A  nãoadmite publicaçãoredacional.

 A revista NARUA  foi criadacom o intuito de trazerinformações sobre acultura hip hop de formamais universal, de modoque bimestralmente, sejautilizada como referência eque traga conhecimentos enovidades, sobre produtos etécnicas.

Para assinar:0800-775-2212www.nakedz.com

6  Evolução do hi ho8  O auge do ra

10  Grafti e ixação14  Mixtaes e d’s16  A exlosão do break18  Faça sua letra de grafti20  Tramos dos leitores

SUMÁRIO

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5

DÚVIDAS DO LEITOR   N

   A

   R

   U

   A

@kzcrew

@akedz

Comartilhesuas dúvidas

e sugestões.Caal diretocom a revista.

Ra e Hi Ho: Facçao e/ou Eduardo a laçaram

alguma música aós a saída do Edu?

Facção Central Lançou ‘’Colecionando

Lagrima’’ e ‘’Pra vcs Faccionarios”.....e Edu

não lançou nenhum ainda!

Um gordiho ode daçar BreakDace?

Claro que pode! Já vi “gordinhos” dançando

melhor do que muitos “magrinhos” por aí, isso

não tem nada a ver.

Os “graftis” iduzem a violêcia?

Parece que sim. Kees Keizer, da Universidade

de Groningen (Países Baixos), realizou seis

experiências a fm de comprovar se as

pessoas estavam mais dispostas a desafar

as regras sociais quando viam os outros

fazê-lo. Uma consistia em colocar folhetos em

bicicletas estacionadas. Ao lado, um cartaz

informava: “Proibido deitar papéis no chão”.

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6

Hi-Ho é

uma culturabaseada acriatividade.

Hip-Hop é uma cultura que consiste em 4 sub-

culturas ou subgrupos, baseadas na criatividade. Um

dos primeiros grupos seria, e se não o mais impor-

tante da cultura Hip-Hop, por criar a base para todaa cultura, o DJing é o músico sem “instrumentos” ou

o criador de sons para o RAP, o B.Boying (a dança

B.Boy, Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a

dança, o MCing (com ou sem utilizar das técnicas de

improviso) representa o canto, o Writing (escritores e/ 

ou grafteiros) representa a arte plástica, expressão

gráca nas paredes usando o spray.

O Hip-Hop não pode ser consumido, tem que

ser vivido (não comprando roupas caras, mais sim

melhorando suas habilidades em um ou mais ele-

mentos dia a dia). É um estilo de vida.... Uma ide-

ologia...uma cultura a ser seguida. A “consciência”ou a “informação” na minha opinião não pode ser

considerada como elemento da cultura, pois isso já

vem inserido às culturas do DJing, B.BOYing, MCing

e Escritor/WRITing (Grafteiros), ou seja aos elemen-

tos da cultura Hip-Hop, mais é válido para a nova

geração, dizendo se fazer parte da cultura Hip-Hop

sem ao menos conhecer os criadores da cultura e

suas reais intenções.

   R  a  p  p  e  r  s  q  u  e  v   i  v  e  r  a  m

  n  a   d   é  c  a   d

  a  o  u  r  o   d  o

   h   i  p   h  o  p

INTRODUÇÃO EEVOLUÇÃO DO HIP HOP:HISTÓRIA E CONCEITO

HISTÓRIA

 A origem e as raízes da cultura Hip-Hop estãocontidas no sul do Bronx em Nova Iorque (EUA). A

idéia básica desta cultura era e ainda é: haver uma

disputa com criatividade. Não com armas; uma ba-

talha de diferentes (e melhores) estilos, para transfor-

mar a violência insensata em energia positiva. Este

bairro experimentou mudanças radicais durante os

anos 60 por causa de construções urbanas mal pla-

nejadas (construíram uma via expressa no coração

   H

   I   P

    H

   O

   P

HIp HOp - nARUA

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Algumas dasgagues:Black Sades

e Savageskulls

Jovens praticando break dance no Bronks - EUA 

   P  r   i  n  c   i  p  a   i  s  a  r   t   i  s   t  a  s   d  o  m  o  v   i  m  e  n   t  o   h   i  p   h  o  p ,

   d   é  c  a   d  a   d  e   8   0

do Bronx, construíram complexos

de apartamentos enormes) o que

fez com que o bairro casse des-

valorizado. A classe média que

consistia em Italianos, Alemães,

Irlandeses e Judeus se mudaram

por causa da qualidade decres-

cente de vida. Em vez deles, se

estabeleceram afro-americanos

pobres e famílias Hispânicas. Por

causa da pobreza crescente osproblemas causados por crimes,

drogas e desemprego aumenta-

ram. No ano de 1968 sete adoles-

centes que se nomearam “Savage

Seven” (Sete Selvagens) começa-

ram a aterrorizar o bairro, criando

assim a base para algo que domi-

naria o Bronx durante os próximos

6 anos: as Streetgangs (gangues de rua). Em pouco

tempo apareceram outras gangues em todo o bairro.

Muitos jovens poderiam ser vistos em todos lugares.

Depois que as atividades das gangues alcançaram o

topo da criminalidade em 73, elas começaram a se

acabar uma a uma. A razão para isto pode ser en-

contrada em níveis diferentes. As gangues estavam

brigando, muitas estavam envolvidas em crimes,drogas e miséria. E muitos integrantes não quiseram

mais se envolver com isso, o tempo estava mudando

e as pessoas da década de 70.

Estavam à procura de festas em clubes, apenas

diversão, dançar, curtir a música cada vez mais e

mais. O número de gangues cada vez mais estava

diminuindo principalmente porque cada vez mais

 jovens estavam envolvidos com um movimento e

se identicavam com alguma atividade. Pois a idéia

básica era competir com criatividade e não com vio-

lência. A força motriz de todas as atividades dentrodos 4 elementos era fugir do anonimato, ser ouvido

e visto e espalhar o nome por toda parte. Se alguém

quisesse melhorar suas habilidades teria que deixar

de fazer coisas ruins (drogas, crimes, etc...) por todo

tempo, teria que por sua energia a disposição da cul-

tura e com isso ajudar a trazer mais adiante o próxi-

mo nível da Cultura Hip-Hop.

nARUA - HIp HOp

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8 RAp - nARUA

Uma coisa extraordinária aconteceu com o rap:

contrariando todas as expectativas (inclusive as suas

próprias), ele é um sucesso. Sucesso assim: execu-

ção em todas as rádios, discos passando da casa de

um milhão de cópias. Sucesso de massa, do tipo queleva artistas à TV, que obriga a MTV a abrir um horário

só para o gênero, que coloca fotograas em revistas

de fofocas. Dez anos depois do lançamento daque-

le que todos - rappers e não rappers - reconhecem

como o disco pioneiro do estilo, o “Rapper´s Deli -

ght” da Sugarhill Gang, a música canto-falada que

era propriedade exclusiva dos bairros negros e mais

pobres das grandes cidades americanas tornou-se

Sugarhill Gang, a música canto-falada exclusiva Artistas principais da década de 80

Sugarhill Gag, bada que é ioeira do raaquilo que os especialistas em marketing mais pre-

zam - um crossover, uma forma musical capaz de ser

bem sucedida em qualquer praça, independente de

cor ou renda pessoal.

O sucesso do rap nos anos derradeiros destadécada é ainda mais extraordinário se compreendi-

do à luz das peculiaridades - suas e da sociedade

americana. “É fato consumado, por exemplo, que,

mesmo com todas as vitórias civis dos anos 60 e 70,

os EUA repelem instintivamente a integração racial,

e preferem ver seu tecido social mais como uma pra-

teleira de supermercado - coisas diferentes, lado a

lado - que como um cadinho de fusões.

O AUGE DO RAP E SUASGRANDES MUDANÇAS

   R

   A

   P

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9nARUA - RAp

   C  o  m  o  r  a  p

  e  n  g  r  a  ç  a   d  o   T   h  e

   F  r  e  s   h   P  r   i  n  c  e

 A dupla de Los Angeles que atende

pelo nome deN.W.A.

faz olaróides

sem retoquesda vida dasgangues

Para que o rock, intrinsecamente negro, se tor-

nasse o que é hoje foi preciso o endosso e o ba-

tismo por radialistas e gravadoras brancas, a rebo-

que de guras como Elvis, Jerry Lee Lewis, Buddy

Holly - artistas brancos “aceitáveis” para o mercadode massa. O rap, contudo, à exceção dos Beastie

Boys - que foram vistos e tratados mais como uma

curiosidade passageira que qualquer outra coisa -

permanece como área exclusiva de artistas negros.

E mais: como o reggae (que ainda não conseguiu

atravessar de fato para o veio principal dos EUA),

o rap surgiu para ser, basicamente, uma forma de

expressão e comunicação dentro de uma comuni-

dade. Musicalmente, o estilo sempre foi carnívoro,

canibalesco e inclemente, triturando sem a menor

cerimônia qualquer coisa que lhe parecesse útil, in-

clusive e principalmente o rock branco dos anos 60 e

70 - que, naquele exato momento, tornava-se “clás-

sico” e ganhava um duvidoso posto no sacrário das

relíquias históricas - e não cedendo um milímetro às

necessidades harmônicas e melódicas do senso co-

mum white. No texto, o rap sempre falou criticamen-

te, para iniciados, para a sua tribo (ver box anexo):

seus assuntos são coisas remotas para os meninos

brancos da “grande” suburbiolândia americana que

gosta de comprar discos: drogas,discriminação, batidas policiais,

tiroteios, escuros horizontes pro-

ssionais - sua fala era puro lingo,

código, jive, incompreensível, pro-

positalmente, para os periféricos.

E mais: com o crescimento,

em tamanho, poder e violência,

das gangues negras - que, nos

anos 80, se prossionalizaram

na esteira da disseminação do

crack -, o rap celebrou mais uma

duvidosa aliança - passou a ser

não apenas “música de negro”,mas “música de gangues”. E no

entanto... Apontar como expli-

cação apenas a imensa maré de

tédio musical que se abate sobre

o mercado musical do “primeiro

mundo” não satisfaz. A própria

insolência antimelódica do rap já

seria causa suciente para o seu

sucesso numa praça enfadada

com o passado e disposta a deto-

nações pós-modernas.

 A grande explicação só podeestar no próprio rap. Velocíssi-

mo camaleão e voraz triturador,

o estilo conseguiu se multiplicar

em subcamadas sucientes para

atender todas as expectativas e

públicos - e, ainda, manter-se algo

diferenciado.

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O QUE É GRAFFITI? DEONDE SURGIU? GRAFFITIE PIXAÇÃO SÃO IGUAIS?

   C

   A

   P

   A

CApA - nARUA

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Essas perguntas não podem ser respondidas

com exatidão, o que se tem são épocas, fatos, per-

sonagens, mídia e boatos, muitos boatos. Juntando

todos esses ingredientes, e outros que não mencio-

nei, podemos traçar um pouco do caminho do grafti

na história do mundo. Os mais antigos exemplos de

grafti vêm da pré-história e sem dúvida, o grafti

acompanha o homem desde seus primeiros passos. As pinturas rupestres representavam animais sendo

caçados, deuses, sua rotina diária e um sem número

de motivos para escrever nas paredes das cavernas.

Hoje em dia existem teorias que tentam explicar

o motivo pelo qual o homem registrava todas essas

imagens, uma delas é a de que os moradores eram

nômades e registravam o cotidiano daquela região

para se comunicarem com os próximos moradores

que passassem pelo local. Levando em conta todos

esses fatos das primeiras experiências, podemos di-

zer que grafti é todo risco, rabisco, traço (ordena-

dos ou não), linhas, formas feitas em qualquer supor-te que dê características de inscrição urbana.

nARUA - CApA

podemos traçar um

ouco do camiho dografti a história

De acordo com alguns estudos o nome grafti

é o plural de “grafto”, de origem italiana, no inglês

foi adotado “grafti”, sem distinções. No português

adotou-se “grato”, e no plural, gratos (o dicionário

 Aurélio a partir de 1988 registra o grafti como ins-

crição urbana). Outro registro de inscrições urbanas

vem de “Pompéia”, cidade engolida por um vulcão,

que preservou registros de que a forma de expressãoque vemos hoje nas ruas já era utilizada das mais va-

riadas maneiras: escreviam desde palavrões até pro-

pagandas políticas, aí você me diz: “Ah! Então não

era grafti, era pichação!”. De acordo com o raciocí-

nio anterior grafti são traços, rabiscos que quando

organizados tomam forma de imagens que irão com-

por um mesmo espaço urbano. “Estas imagens não

poderiam ser letras?” Sim! E a união de letras forma

palavras, que por sua vez, formam mensagens, e en-

tão voltamos para o fato dos homens das cavernas

passarem mensagens para os novos moradores. Naverdade o grafti pode ser usado para reivindicar di-

reitos, para dizer o que se pensa, para se expressar

artisticamente, mostrar o que outros meios de comu-

nicação não mostram, denunciar questões sociais,

propaganda de vários tipos, ou simplesmente riscar

seu nome em um local para registrar que você este-

ve ali. Seguindo esse pensamento, há vestígios de

que grafti e pichação são a mesma unidade ou que

   O  s   G   ë  m  e  o  s  e  m   S   á  o   P  a  u   l  o

   P   i  n   t  u  r  a   d  e   O  s

   G   ë  m  e  o  s  e  m   S   á  o

   P  a  u   l  o ,  c  o  n   t  r  a

  c  o  r  r  u  p  ;   á  o

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12 CApA - nARUA

o grafti é uma linguagem única

e a pichação é a ação de gratar

qualquer coisa que não agrade

o receptor, principalmente se elenão conseguir entender essa es-

crita ou achar que se deve fazer

um trabalho de acordo com seus

gostos ou costumes. Quem nunca

leu mensagens escritas nas por-

tas de banheiros públicos ou bo-

tecos? Todos acham legal, menos

o faxineiro ou o dono do estabe-

lecimento, e assim tudo o que a

sociedade acha que é “ruim”, que

não combina com a estética da

sociedade falsamente chamadade ideal, acabam chamando de

pichação, que dentre outros sig-

nicados também se resume em

“falar mal de alguém” e vem da

idade média, quando padres es-

creviam mensagens recheadas de

palavrões nas paredes das igre-

 jas de religião contrária, usando

um líquido betuminoso chamado

“piche” (que também era usadopara queimar pessoas acusadas

de bruxaria). Em se tratando de

registros, existe um documento

de 1932 que relata a escrita nas

ruas, até 1968. Essa linha per-

manecia com poucas mudanças,

mas nessa época ou alguns anos

antes, os E.U.A. já estavam fazen-do uma nova linha de escrita, seus

objetivos eram marcar seus terri-

tórios com codinomes e no maior

número de lugares possíveis. As

gangues viviam em constante dis-

puta com seus inimigos e tudo era

“marcado”: trem, muro, telefone,

cesta de lixo...

Um de seus

obetivos eramarcar seusterritórios

   P   i  n   t  u  r  a

  e  m  r  e   f  e  r   ê  n  c   i  a  a  s   i   t  u  a  ç   ã  o  p  o   l   í   t   i  c  a   d  o   B  r  a  s   i   l ,   O  s   G   ê  m  e  o  s

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14 Dj - nARUA

As tas eram originalmentefeitas pelos DJs para tocar en-

quanto não podiam estar nos to-

ca-discos. Elas re- presentavam

o conceito de cada DJ, desde a

ordem do set,as entradas e saídas

das mixagens, etc. Lançada pela

Phillips na década de 60, a ta

cassete esta- beleceu-se como

uma mídia barata e viável para di-

vulgar com eciência a produção

musical em cenas underground -

como no início do hip -hop, nossubúrbios nova- iorquinos, nal

dos anos 70. Com a entrada dos

aparelhos de som nos carros e a

invenção do Walkman pela Sony,

no início dos anos 80, as tinhas

ganharam fôlego na cultura jovem.

 Assim, trabalhos de grandes no-

mes como Grand- master Flash,

 AFRIKA BAMBAATA, KOOLHERC: O INÍCIO DASMIXTAPES E DJ’S

   D

   E

   E

   J

   A

   Y

   O  s  p  r   i  m  e   i  r  o  s

  g  r  a  v  a   d  o  r  e  s  e  r  a  m

  m  o  n  o ,

   d  a  v  a  a   t   é  p  a  r  a

  o  u  v   i  r  m   ú  s   i  c  a

 A ta cassete foi a

primeira a ganharum logo para indicarseu tipo de mídia, aocontrário do LP quenão possuía logo

 Afrika Bambaata, e outros ultrapassaram fronteiras

físicas, sociais e culturais. A mixtape virou sinô- nimo

de hip-hop. A música rap é um estilo muito dinâmi-

co, evolui a cada momento e não foi diferente com as

mixtapes. O formato dos anos 70 ainda permanece

vivo, mas não é o mais comum. Até meados da dé-

cada de 90, mixtapes eram basicamente amostras

de DJs ou exposição da sua habilidade. Eram como

uma vitrine para mostrar o talento de um Disc Jockey.

Também serviram como vitri- nes da produção local

de determinada cena. Da mesma for- ma que ocorreu

com o hip-hop, também funciona hoje. Exemplo dis-

so é o grime, novo estilo da música urbana in- glesa:

baseou sua popularização com as mixes, que hoje

po- dem ser encontradas nas prateleiras de uma me-

gastore. Com o tempo, alguns desses tapes come-

çaram a apresentar MCs mais do que DJs mixando

e eram comercializados nas lojas de discos under-

ground ou na rua. A partir de meados dos anos 90, a

mixtape foi um celeiro de novos talentos.

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15nARUA - Dj

Grande Dj GreenLantern comseus famososheadphones

   F  o   t  o

   d  o  s  g  r  a  n   d  e  s

  e  p  r   i  n  c

   i  p  a   i  s  r  a  p  p  e  r  s

  q  u  a  n   d  o  e  r  a  m  c  r   i  a  n  ç  a  s  e

  c  o  m  e  ç  a  r  a  m  a  c  u   l   t   i  v  a  r  o

   h   i  p   h  o  p

Nessas “novas” mixtapes, o DJ trabalha tambémcomo produtor, fazendo batidas próprias, usando

versões ins- trumentais de músicas já conheci- das.

Convidava diversos MCs para fazer versos inéditos

ou improvisos (freestyle). Usando dois toca- dis- cos,

editava os sons de forma a não carem com grande

duração, inse - rindo scratches, sons de sirenes e

outros ruídos urbanos entre as fai- xas. Nessa épo-

ca, a indústria da mú- sica rap não era como hoje,

lançando milhões de cópias e com novos artis- tas

aparecendo todo mês. A mixtape era onde as grava-

doras iam procurar novos talentos. Por meio delas,

você sabia quem estava em evidência, quem não

estava mais, e descobriam- se os novos nomes. Asmixtapes eram como um ltro, um amortecedor en-

tre a rua e as gravadoras. Elas nunca assumiam o ris-

co de contratar um artista que não tinha percorrido

esse caminho.

Hoje, nomes como Dj Green Lantern, Dj Dra-

ma, Kay Slay, Mick Boogie e Whoo Kid são artistas

conhecidos graças às suas mixtapes, que chegam

a vender cem mil cópias. Existe até uma premiação

anual para mixtapes, o Annual Mixtape Awards, que

 já está em sua décima primeira edi- ção, com mais

de 20 categorias. Mesmo nas premiações exclusivas

de música rap/hip hop, existe uma categoria chama-da de melhor mixtape.

Disto surgemomes do raatual comoEmiem, 50Cet, jay-Z eKaye West

Nesse nicho, surgiram algunsoutros estilos. Bem interessantes

são os ta- pes de mixagens em

versões a cappela de rappers,

misturadas com instrumentais de

outros produtores e estilos, uma

espécie de mash-up. Grande

exemplo disso foi o do DJ Danger

Mouse, que atualmente faz parte

da dupla Gnarls Barkley. Em 2004,

pe- gou a capella do “The Black

 Album” do rapper Jay-Z e mistu-

rou com ins- trumentais que ele

produziu usando samples do “TheWhite Album”, dos Beatles. O su-

cesso do “The Grey Album” foi es-

trondoso com mais de um milhão

de downloads na Internet.

 A cultura das mixtapes é es-

sencialmente norte-americana,

mas em al- guns lugares da Eu-

ropa, como França e Portugal, a

mixtape teve grande im- portância

na cena hip-hop.

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16 BREAK  - nARUA

 A EXPLOSÃO DA DANÇADE RUA E SUA GRANDEEXPOSIÇÃO AO PÚBLICO

   B

   R

   E

   A

   K

    D

   A

   N

   C

   E

O  Break vai muito além de

uma forma de dança. É mais que

tudo, um estilo de vida para quem

ama o Hip Hop, é atitude, é artede rua. Embora o Break já existia

há pelo menos 30 anos (de acor-

do com as maiores autoridades

do mundo), sua explosão e expo-

sição ao grande público, passou a

acontecer à partir de 1979, quan-

do já estavam formados todos

os conceitos do Hip Hop como o

conhecemos hoje, anal, um ano

antes (1978), já existiam as for-

mações organizadas de inúmeros

crews de Break; as grandes gra-

vadoras já acertavam as contrata-

ções de artistas de Rap e a con-

cepção da Graftti-Art assumia a

atual forma de painel multicor se-

gundo a revolucionária denição

do artista plástico Phase 2.

Pronto. Estava formado o Hip

Hop em suas três manifestações máximas: O Break,

Graftti e Rap. Hoje, quando a mídia mundial divul -

ga cada vez mais o Rap, muitos devem perguntar

porque não cito o Rap, e sim o Break como base

para a existência do Hip Hop. Vejamos, no meio da

década de 70, a Disco Music dominava o mundo, e

outras formas de expressão musical como o Rap não

tinham aceitação junto à mídia. Enquanto tudo isso

acontecia, o Hip Hop já existia, e não tinha chance de

se propagar nos meios de comunicação, e mesmonas ruas, não conseguiria sucesso utilizando apenas

o Rap em sua pura forma de ritmo e poesia, pois o

mundo inteiro se embalava no universo de luzes do

Disco.

Por outro lado, o Break era a única forma de arte

livre, e impossível de ser contido, por quem quer que

fosse, pois tinha o apelo visual necessário para cha-

mar a atenção das massas.

O Break é aúica formade arte livre, eimossível de

ser cotido

   B  r  e  a   k   d  a  n  c  e  r  e  m

   N  o  v  a

   I  o  r  q  u  e ,

   E   U   A .

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17nARUA - BREAK 

Tudo orqueexiste o break

   P  e  e   W  e  e   (   R  o  c   k   S   t  e  a   d  y   C  r  e  w   )

   f  a  z  e  n   d  o  u  n  s  p  a  s  s  o  s  p  e   l  a  s

  r  u  a  s   d

  e   N   Y  -   E   U   A

Breakdancerfazendo um show

nas ruas de Los Angeles - EUA Os movimentos intrincados, acrobáticos, mas

altamente plásticos e harmônicos dos B-Boys come-

çaram a buscar fãs e seguidores nas ruas, na base

do corpo à corpo, trazendo junto o Graftti, com sua

colorida expressão artístico-visual, e o Rap, a trilha

sonora que completava o cenário. E foi assim que

o Hip Hop começou a se fortalecer, pois era preciso

algo que enchesse os olhos do público para atingir

a popularidade, que trouxesse todos os elementos

básicos para satisfazer os requisitos da indústria de

entretenimento.

O Break era tudo isso. A “nova” dança atingiu

o público como um furacão, e as emissoras de rá-

dio e televisão; os clubes e as revistas começavam

a mostrar a todo mundo o Break, muitas vezes sem

perceber que com isso, estavam iniciando a promo-

ção e divulgação do Hip Hop como um todo. Pode

se dizer que o Break fazia, entre 70 e 80, o papel

que os vídeos fazem hoje, em benefício da indústria

fonográca, aumentando a força de mercado através

do apelo visual.

Com a popularização do Bre-

ak, rmava-se a gura do B-Boy;

surgia o interesse sobre as ténicas

utilizadas pelos Djs e rappers. No

princípio, a motivação do Break

era defender, palmo a palmo, nas

ruas, o espaço para a emancipa-

ção da cultura Hip Hop. Com o

tempo, as lendárias batalhas ou

“rachas” evoluíram para um está-

gio de desenvolvimento de con-

ceitos diversos, que iam desde a

compreensão dos difíceis passos

da dança, até programas de re-

cuperação de jovens viciados ou

que viviam nas ruas. Quando a

indústria cinematográca resol-

veu mostrar o Hip Hop em lmes,

mais uma vez, o Break cumpriu oseu papel, e milhões de jovens em

todo o mundo, passaram a prati-

car em qualquer lugar possível,

desde a aparição do Rock Steady

Crew em Flashdance, passando

por históricos lmes como um dos

mais famosos o Style wars.

Peewee (Rock Steady Crew),

os N.Y.City Breakers, fazendo

parte das notícias; nas ruas toda

a linha de vestuário street remete

aos áureos tempos do Break (tê-

nis Adidas, Puma, Converse; gru-pos de Rap em evidência vêm co-

locando dançarinos de Break em

show e videoclipes Afrika Bamba-

ataa, e muitos outros, artistas do

Graftti fazem mostras como pin-

tores clássicos em galerias. Tudo

porque existe o Break.

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PASSO A PASSO: COMOFAZER A ESTRUTURA DASUA LETRA DE GRAFFITI

   T

   U

   T

   O

   R

   I   A

   L

TUTORIAL - nARUA

Ok, então você quer escrever o seu nome, você

quer fazê-lo com bom aspecto, não é um processo

simples de fazer isso, e por isso vou compartilhar o

conhecimento necessário que a maioria dos amantesdesse estilo não têm. A estrutura da letra é essencial

no Grafti, sem ele você não tem nada, não importa

quão maravilhoso o seu preenchimento é ou como

louco suas extensões são, é tudo sobre uma base

tipográca.

Olhe para o seu teclado, faça isso, faça isso

agora, você pode ver que as letras são feitas a partir

de um número de linhas? Por exemplo, a letra T é

composta de duas linhas, a letra H é composto de

3 linhas, etc ... Essas letras simples são os esque-

letos no qual vamos construir e expandir-se.Eu vou

te mostrar o processo de como chegar a partir dos

esboços a uma letra bem estruturada desenvolvida,usando a minha letra favorita como o exemplo: M.

 A imagem acima mostra o

processo de obtenção de uma

letra estilizada na forma de tag,

o estilo é uma palavra forte, e as

vezes não pode ser ensinado ou

aprendido, só se desenvolveu

com os anos de prática. Em vezde ir para a frente e usando a -

nal M com a base de tag, eu vou

mostrar-lhe como fazê-lo com a

mais simples das formas, no seu

teclado!

Esiar a estruturar letra de grafti

   P  r   i  m  e   i  r  o  s  r   i  s  c  o  s

   d  a   l  e   t  r  a   M

Começando a estruturar a letra

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19nARUA - TUTORIAL

Veja como o M foi dividido

em 4 linhas diferentes, que cria-lo,

transformá-los em barras, apenas

em linha reta até retângulos sim-

ples com cantos 90 graus perfei-

tos, ligue todos juntos e você tem

uma letra perfeita. Simples não?

Ok, então você obviamente precisa desenvolvera anterior linha reta até simples, para torná-la mais

interessante e com estilo e graff como eu acho ...

Não que à frente de si mesmo e começar a adicio-

nar alguns ass loucas coisas estranhas nos cantos,

mantê-lo simples, cortar o papo furado.

 A imagem acima é quase o mesmo que o outro,

exceto as barras foram curvo, alongado, mas a parte

superior permaneceu a mesma largura que é crucial

em aprender sobre a estrutura. Você poderia vir para

cima com bastante variações de diferentes letras

apenas, passando por estágios anteriores e este, ex-

perimentando os comprimentos das barras ou como

eles curvam ao ângulo que se conectarem.

Ok, então isso pode parecer um grande passo

mas se você mantê-lo simples como eu tenho na

verdade não é. Olha como a carta ainda é compos-

ta daqueles bares , todos eles mantiveram a mesma

largura criando um uxo contínuo através, mas desta

vez eles foram discriminados em vez de ter apenas

dois bares reunião ou um bar , por si própria , que eu

tenho apresentado outro bar para o m de tudo. Este

é denitivamente quando a prática vem nele , vendo

o que funciona eo que não. Como você pode ver queeu ainda quebrado um bar ao meio, no entanto, se

eu z isso para todos os 4 bares que originalmente

compunham a carta , pode parecer um pouco - ou

seria - tente descobrir. É realmente difícil de expli -

car como a estrutura funciona em carta graff, mas

espero que você pode fazer algum sentido de tudo

isso Mumbo- jumbo. Eu acho que a principal regra é

apenas para mantê-lo simples.

(Nota: esboço foifeito em menos de

um minuto - se vocêquer criar essa letra

perfeita trabalhe maisem cima dela)

   O   k ,  e  n   t   ã  o   i  s  s  o  p  o   d  e

  p  a  r  e  c  e  r  u  m  g  r  a  n   d  e

  p  a  s  s  o ,  m  a  s  s  e  v  o  c   ê

  m  a  n   t   ê  -   l  o  s   i  m  p   l  e  s

agora você tem osprincípios básicos do

grafti, divirta-se

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DIVULGUE SEU TRAMPO   N

   A

   R

   U

   A

Gean OliveiraJacareí - SP

Matheus MatsJacareí - SP

Danilo Major Jacareí - SP

ShiroSão Paulo - SP

NakedzSão Paulo - SP

nARUA - SEU TRAMpO

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 Thiago ÍconeSão Paulo - SP

 Thiago ÍconeSão Paulo - SP

ENDJacareí - SP

CapetaJacareí - SP

Baxter Jacareí - SP

SEU TRAMpO - nARUA

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