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1 NANOTECNOLOGIA APLICADA A COSMÉTICOS: AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM DE COSMÉTICOS COM NANOTECNOLOGIA Anne Desireé Figueiredo Reis 1 Marcela Bruschi Silvestrim 2 Daniela da Silva 3 Resumo: A área da estética está em alta e continua crescendo no mundo inteiro. Com isso, torna-se necessário a realização de pesquisas, trabalhos e ensaios visando o aperfeiçoamento e inovação de produtos e tratamentos. Os produtos cosméticos contendo nanotecnologia são bons representantes dessa tendência tecnológica, já estando inseridos no mercado brasileiro. Devido aos altos custos de produção, sua presença aqui ainda é pequena e seus riscos e benefícios ainda são discutidos entre os profissionais da classe e pesquisadores. Sendo assim, este artigo aborda a nanotecnologia aplicada a produtos cosméticos e tem como objetivo analisar os rótulos de produtos com aplicação de nanotecnologia. Pela utilização de livros, artigos, revistas, assim como os rótulos dos produtos, essa pesquisa tem caráter bibliográfico e documental, do tipo descritivo com abordagem qualitativa. Os resultados revelaram a pouca quantidade de produtos desta classe no universo pesquisado, além da dificuldade de identificação desta tecnologia em alguns dos produtos. Isso reforça a necessidade de uma legislação própria e regulamentação adequada a esta categoria de cosméticos. Palavras-chaves: Nanocosmético. Nanotecnologia. Rotulagem. Princípio Ativo. 1 INTRODUÇÃO Com o avanço da ciência e da tecnologia, várias técnicas e conhecimentos são desenvolvidos e ampliados. Dentre eles, a nanotecnologia destaca-se como uma metodologia inovadora, sendo o resultado de pesquisas e estudos para contribuição na aplicação prática (SANTOS, 2008). Esse resultado dá-se pela busca por inovações tecnológicas que se mostra muito crescente em várias áreas, pois no que diz respeito a insumos tecnológicos o interesse dos consumidores é grande. Isso pode ser explicado por alguns critérios que produtores e consumidores consideram importantes como a especificidade, o detalhamento, a busca por algo mais prático e o mais perto possível do que se considera perfeito, e é isso que a nanotecnologia pode oferecer. Com uma diferenciação especial nos efeitos e 1 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected]

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NANOTECNOLOGIA APLICADA A COSMÉTICOS: AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM DE COSMÉTICOS COM NANOTECNOLOGIA

Anne Desireé Figueiredo Reis1 Marcela Bruschi Silvestrim2

Daniela da Silva3

Resumo: A área da estética está em alta e continua crescendo no mundo inteiro. Com isso, torna-se necessário a realização de pesquisas, trabalhos e ensaios visando o aperfeiçoamento e inovação de produtos e tratamentos. Os produtos cosméticos contendo nanotecnologia são bons representantes dessa tendência tecnológica, já estando inseridos no mercado brasileiro. Devido aos altos custos de produção, sua presença aqui ainda é pequena e seus riscos e benefícios ainda são discutidos entre os profissionais da classe e pesquisadores. Sendo assim, este artigo aborda a nanotecnologia aplicada a produtos cosméticos e tem como objetivo analisar os rótulos de produtos com aplicação de nanotecnologia. Pela utilização de livros, artigos, revistas, assim como os rótulos dos produtos, essa pesquisa tem caráter bibliográfico e documental, do tipo descritivo com abordagem qualitativa. Os resultados revelaram a pouca quantidade de produtos desta classe no universo pesquisado, além da dificuldade de identificação desta tecnologia em alguns dos produtos. Isso reforça a necessidade de uma legislação própria e regulamentação adequada a esta categoria de cosméticos. Palavras-chaves: Nanocosmético. Nanotecnologia. Rotulagem. Princípio Ativo.

1 INTRODUÇÃO

Com o avanço da ciência e da tecnologia, várias técnicas e conhecimentos

são desenvolvidos e ampliados. Dentre eles, a nanotecnologia destaca-se como

uma metodologia inovadora, sendo o resultado de pesquisas e estudos para

contribuição na aplicação prática (SANTOS, 2008). Esse resultado dá-se pela busca

por inovações tecnológicas que se mostra muito crescente em várias áreas, pois no

que diz respeito a insumos tecnológicos o interesse dos consumidores é grande.

Isso pode ser explicado por alguns critérios que produtores e consumidores

consideram importantes como a especificidade, o detalhamento, a busca por algo

mais prático e o mais perto possível do que se considera perfeito, e é isso que a

nanotecnologia pode oferecer. Com uma diferenciação especial nos efeitos e

1 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,

Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,

Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected]

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oferecendo um resultado muitas vezes maior do que aquele esperado, a

nanotecnologia é considerada por muitos uma alternativa para alcançar novos

caminhos e tem sido aplicada a diversas áreas há bastante tempo (ERENO, 2011).

Com a proposta de trabalhar utilizando materiais na escala de átomos e

moléculas, a nanotecnologia conquistou e já se aplica a diversas grandes áreas,

dentre elas a cosmetologia. O uso dessa tecnologia em cosméticos oferece produtos

que buscam atuar com maior efetividade, pois apresentam princípios ativos

encapsulados e em moléculas muito pequenas que são capazes de permear em

camadas mais profundas da pele (COSTA et al, 2004).

Mas mesmo sabendo que um cosmético precisa permear entre as camadas

da pele para cumprir o que promete, não se pode afirmar com absoluta certeza se

esse diferencial de permeação da nanotecnologia apresenta apenas benefícios

(DUTRA, 2009).

Dessa maneira, torna-se relevante identificar a diferenciação dessa tecnologia

em produtos cosméticos que dizem conter princípios ativos nanoencapsulados para

não tornar-se apenas estratégia de marketing. Em decorrência deste fato, é

necessário compreender as vantagens, aplicações, segurança e possíveis riscos

dos nanocosméticos.

Com o levantamento dessas questões e diante desse contexto, este artigo

aborda a nanotecnologia aplicada a produtos cosméticos e tem como objetivo

analisar os rótulos de produtos com aplicação de nanotecnologia.

O Laboratório de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí -

Campus de Balneário Camboriú foi o universo de pesquisa escolhido para análise da

rotulagem destes produtos.

Esse tema foi escolhido por sua relevância e notoriedade, pois muitas

pesquisas e um grande número de patentes de nanomateriais estão relacionados ao

setor de cosméticos (ZANETTI-RAMOS; CRECZYNSKI-PASA, 2007). Por isso a

importância da continuidade de estudos no intuito de contribuir para as áreas

científica, técnica e prática, sendo este um dos critérios utilizados e a intensão com a

elaboração deste artigo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Nanotecnologia

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Pode se definir nanotecnologia como um conjunto de técnicas usadas para

manipular a matéria na escala de átomos e moléculas, de acordo com o grupo ETC

(Action Group on Erosion Technology and Concentration). Sendo também definida

como um campo científico multidisciplinar que baseia e descreve as tecnologias que

permitem a construção de materiais na escala dos nanômetros (nm), partículas

muito pequenas correspondentes à bilionésima parte do metro (RICCI JUNIOR, [s.

d.]; STYLIOS et al., 2005; GRUPO ETC, 2005).

A nanotecnologia começou a tomar uma forma mais institucionalizada no país

a partir de 2001. Foi nesse ano que o governo federal lançou o primeiro edital

brasileiro na área da Nanociência e Nanotecnologia para a formação de redes

cooperativas nessa mesma área. A utilização desta tecnologia se aplica em diversas

áreas, como medicina, farmácia, cosmetologia. E em outras áreas como a tecnologia

de informação e de eletrônicos a base nanotecnológica já era utilizada em meados

de 1960, com realização de pesquisas mais efetivas por volta da década de 80

(BRASIL, 2011; GRUPO ETC, 2005).

A indústria de produtos cosméticos incorporou esta tecnologia com sucesso

há aproximadamente duas décadas. As nanocápsulas se tornaram um sistema

muito interessante de carreação e liberação dos princípios ativos, pois ao invés de

adicionada diretamente ao veículo do produto a substância ativa é encapsulada

nessas vesículas nanométricas (JANSEN, [s. d.]).

2.2 Nanotecnologia aplicada a cosméticos

Desenvolvida a partir dos anos 80, a nanotecnologia ainda representa

novidade nos produtos cosméticos. O que é utilizado hoje em cuidados pessoais e

beleza tem origem nas formulações que antes foram implementadas no segmento

farmacêutico, entretanto no Brasil os fabricantes têm que driblar altos valores de

maquinário para fabricá-los (GOTARDO, 2011).

O caminho para os nanocosméticos no mercado mundial foi aberto pela

empresa francesa Lancôme, divisão de luxo da L’Oréal, há 15 anos em média, com

o lançamento de um creme para o rosto transportado por nanocápsulas de vitamina

E pura para combater o envelhecimento da pele (ERENO, 2011).

Rieux et al. (2006) define as nanopartículas são sistemas coloidais

poliméricos com tamanho entre 10 e 1000 nm, nos quais o princípio ativo do

cosmético pode se encontrar dissolvido, recoberto, encapsulado ou disperso

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(SANTOS; FIALHO, 2007). Essas nanopartículas são classificadas em duas

categorias, as nanoesferas e as nanocápsulas, as quais diferem entre si segundo a

composição e a organização estrutural. Nanocápsulas são sistemas vesiculares em

que o ativo se encontra no interior de uma cavidade aquosa ou oleosa circundada

por uma membrana polimérica, ou podendo também ser encontrado adsorvido na

membrana polimérica. Nanoesferas são formadas por uma matriz polimérica onde o

ativo encontra-se disperso ou adsorvido (ABDELWAHED et al., 2006).

Segundo o Comitê Científico de Produtos ao Consumidor da Comissão

Européia, as nanopartículas ainda podem ser classificadas em lábeis e insolúveis.

As nanopartículas lábeis são as que se dissolvem física ou quimicamente, depois de

aplicadas sobre a pele, geralmente derivadas de lipídios. Entretanto, as

nanopartículas insolúveis não se desestruturam, ou seja, não se dissolvem nos

meios biológicos, podendo se agregar e gerar danos ao local de destino (DUTRA,

2009).

No que diz respeito à área cosmética existem promessas de crescimento e

expansão, pois a proposta de permeação cutânea em grandes níveis é o que mais

chama atenção (COSTA et al., 2004). Somada a este fator, a diversidade de

aplicação dessa tecnologia aos produtos cosméticos se estende a partículas

metálicas para aumento de brilho em maquiagens; nanoemulsões para cabelos mais

hidratados; proteção de ativos contra a degradação (encapsulamento da vitamina

C); liberação em camadas mais profundas da pele de ativos antirugas; melhoria da

textura do creme e formação de um filme mais eficiente para protetores solares

(SANTOS, 2008).

Em relação a liberação e distribuição das substâncias, existem vantagens no

uso da nanotecnologia aplicada aos cosméticos, pois protegem os ativos instáveis

da degradação, por diminuir seu contato com o restante da formulação. Outro fator

importante é a liberação gradual da substância ativa evitando também o tempo de

contato com a pele o que diminui os riscos de possíveis irritações. É positivo

também o aumento da quantidade e profundidade de penetração dos ativos na pele,

o que, resulta em maior eficácia além da administração segura e possibilidade de

direcionamento a alvos específicos SCHMALTZ; SANTOS; GUTERRES (2005,

APUD: CUA et al., 1990; KUMAR, 2000; LBOUTONNE et al., 2002; JIMENEZ et al.,

2004); (COSTA et al., 2004; SANTOS, 2008).

De acordo com o Grupo ETC (2005) algumas atividades, pesquisas e

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aplicações da área trazem discussões sobre os riscos e impactos da

nanotecnologia. Existem nanocosméticos que já se encontram no mercado e podem

estar sendo utilizados sem que o consumidor tenha algum conhecimento sobre as

controvérsias científicas em relação a possíveis riscos. Eles são de certa forma,

inovadores, por isso ainda geram uma incerteza quanto à possibilidade de efeitos

indesejados, inesperados e até mesmo acidentes.

Então, torna-se essencial a reflexão a frente da Lei nº 8.078, de 11 de

setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor – pois essa traduz a vontade

do legislador em oferecer ao consumidor vulnerável a sua proteção no uso de

produtos que possam apresentar determinados riscos à saúde, destacando nesse

caso o uso de produtos com novas tecnologias (DUTRA, 2009).

Sabendo que a nanotecnologia aplicada aos cosméticos tem como benefício

à melhora na permeação dos princípios ativos para ter sua propriedade efetivada

(COSTA et al., 2004), torna-se conveniente descrever o processo de permeação

cutânea dos produtos bem como a diferenciação de locais e tempo de ação dos

produtos com ativos nanoencapsulados.

2.3 Permeação cutânea

Permeação compreende o movimento de substâncias através da pele.

Embora o estrato córneo proporcione uma barreira à penetração, a pele é

considerada uma membrana semipermeável (MICHALUN; MICHALUN, 2010).

As propriedades de barreira do estrato córneo são atribuídas à composição

dos lipídios presentes, ao arranjo estrutural da matriz extracelular e ao envelope

lipídico que envolve as células (MOSER et al., 2001). Já o caráter semipermeável

deve-se a sua afinidade por certas substâncias, especialmente materiais

lipossolúveis (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1992). Assim, o desafio dos cosméticos é

romper essa barreira através da atuação de princípios ativos e sistemas de

carreação inovadores, promovendo maior absorção (HARRIS, 2003).

Existem três vias potenciais para a penetração de moléculas na pele: através

dos folículos pilosos associados às glândulas sebáceas; através das glândulas

sudoríparas; ou através da epiderme (BARRY, 2001). Porém, a contribuição da via

de penetração através dos apêndices é considerada pequena, pois estes ocupam

apenas 0,1% da superfície total da pele (MOSER et al., 2001).

Sendo assim, a via transepidérmica (através da epiderme) é considerada a

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mais importante. A permeação cutânea por essa via envolve a difusão através do

estrato córneo, das células viáveis da epiderme, das camadas superiores da derme

até a microcirculação (MARTINS; VEIGA, 2002). Existem então duas possíveis rotas

de penetração através da epiderme: a rota lipídica intercelular, que ocorre entre os

corneócitos, e a rota transcelular que ocorre através dos corneócitos e lipídios

(MOSER et al., 2001).

A capacidade de permeação, assim como a toxicidade das nanocápsulas está

relacionada a fatores como tamanho, formato, curvatura da superfície, composição

das partículas, capacidade de dissolução, área de aplicação, condições da

superfície aplicada, idade do indivíduo e também a quantidade e tamanho dos

folículos pilosos (COSTA et al., 2004).

2.4 Riscos da Nanotecnologia

Governos, indústrias e instituições científicas permitiram que produtos

nanotecnológicos chegassem ao mercado sem que houvesse debate público e sem

regulamentação. E estima-se que aproximadamente 475 produtos contendo

partículas em nanoescala, inclusive não-regulamentada e não-mencionadas nos

rótulos já estão comercialmente disponíveis – incluindo cosméticos (GRUPO ETC,

2005).

Recentemente, Fronza (2007) realizou uma busca de informações de

empresas, as quais são produtoras e/ou importadoras de produtos cosméticos

associados à nanobiotecnologia. Os resultados mostram que, de aproximadamente

490 indústrias e importadoras de cosméticos de higiene pessoal e perfumes,

somente 7,7% apresentam informações acerca da classificação do produto com

base nanotecnológica (DUTRA, 2009).

O Grupo ETC (2005) expõe que existem poucos estudos sobre a toxicologia

de nanopartículas, mas parece que, como uma classe, são mais tóxicas do que os

mesmos compostos em escala maior devido à sua mobilidade e aumento de

reatividade. Isso levanta sérias preocupações quanto à saúde, porque as

nanopartículas podem passar despercebidas pelos guardas do sistema imunológicos

do corpo, através das membranas de proteção como a pele, a barreira do sangue e

cérebro ou talvez da plaqueta (RICCI JUNIOR, [s. d.]).

Uma das principais questões sobre os riscos nos nanocosméticos reside em

seu tamanho nanométrico, e caracteristica das nanopartículas. Os riscos se voltam

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com maior intensidade às nanopartículas insolúveis, considerando a possibilidade de

provocarem interações indesejadas entre a sua estrutura e os sistemas biológicos

(DUTRA, 2009).

Com 70 nanômetros as partículas podem se incrustar profundamente no

tecido pulmonar; e com 50 nanômetros introduzem-se dentro da célula sem ser

notada. Partículas tão pequenas quanto 30 nm podem atravessar a barreira do

sangue e cérebro (GRUPO ETC).

Penetrando pela via transfolicular (folículo piloso), os produtos contendo

nanopartículas podem ficar armazenados por até dez dias, sendo que os produtos

tradicionais ficam armazenados por no máximo quatro dias (COSTA et al., 2004), o

que pode ser menos seguro.

Com relação ao uso de nanopartículas em protetores solares, Santos (2008)

afirma que o óxido de zinco é bastante aplicado nas formulações de produtos para

este fim e que protetores solares com nanocápsulas prometem menos oleosidade,

maior fotoproteção e mais transparência no momento da aplicação. Mas a autora

ainda comenta que as nanopartículas de dióxido de zinco em proteção solar, por

exemplo, não devem penetrar até camadas mais profundas da pele, uma vez que

poderiam ocasionar reações inclusive de danos ao DNA.

Os pesquisadores citam vários desafios que deverão ser vencidos para que a

nanotecnologia possa ser totalmente desenvolvida sem apresentar riscos para a

população. E cinco desses são relevantes e maiores: métodos para avaliar a

exposição ambiental aos nanomateriais; avaliação eficaz da toxicidade dos

nanomateriais; modelos para prever o impacto potencial de nanomateriais

sintetizados; formas de avaliar o impacto dos nanomateriais ao longo de seu ciclo de

vida; programas estratégicos para permitir pesquisas sobre os riscos da

nanotecnologia (SANTOS, 2008).

Deve-se considerar algumas recomendações aconselhadas por Santos

(2008) para a melhoria da aplicação dessa tecnologia, como: estudos de permeação

utilizando modelos in vitro / in vivo, que garantam a segurança de uso dos

nanocosméticos. Estudos de nanotoxicidade que assegurem a inocuidade destes

materiais aos trabalhadores das indústrias de cosméticos, aos consumidores, e ao

meio ambiente.

Pacheco (2010) descreve a opinião do Ministério da Saúde que, por meio da

Anvisa, se posicionou isento de responsabilidade perante a formulação de uma

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política industrial para a área da saúde. O Ministério da Saúde diz que prefere trazer

essa discussão para a sociedade por entender que sua natureza regulatória afasta

ou inibe a inovação tecnológica, esclarecendo que, em conjunto com a sociedade

podem formular uma solução, pois um marco regulatório é de responsabilidade de

todos.

3 METODOLOGIA

Este estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica e documental do tipo

descritiva, com abordagem qualitativa.

Foi feita uma análise teórica embasada em livros, artigos, revistas

especializadas e sites, visando buscar informações sobre a nanotecnologia aplicada

a cosméticos. Oliveira (2002) diz que a pesquisa bibliográfica tem como finalidade o

conhecimento das distintas formas de contribuição científica que se realizaram sobre

determinado fenômeno ou assunto.

Além disso, foram avaliados e descritos os rótulos de produtos contendo

nanotecnologia. Uma pesquisa documental é formada por documentos provenientes

de órgãos que realizaram as observações em questão, explora fontes documentais e

utiliza materiais que ainda não receberam um tratamento analítico (MARCONI;

LAKATOS, 2001). A pesquisa descritiva tem como objetivo descrever as

características de determinada população ou fenômeno, ou então o estabelecimento

de relações entre variáveis (GIL, 2002).

A pesquisa qualitativa segundo Denzin e Lincoln (2006) permite entender o

meio pesquisado e localiza o pesquisador a este meio, com práticas interpretativas,

apoiadas a ferramentas que comprovam as afirmações feitas. Neste caso são os

estudos já realizados, e os livros escritos por estudiosos da área.

Foram avaliados os rótulos de 09 cosméticos com apelo de utilizarem a

nanotecnologia disponíveis no Laboratório de Cosmetologia e Estética do campus

de Balneário Camboriú da Universidade do Vale do Itajaí. Foram identificados os

produtos cosméticos relacionando a composição descrita na rotulagem e os ativos

nanotecnológicos, para correlacionar os benefícios da nanotecnologia aliada aos

tratamentos estéticos.

Os dados foram tabelados no programa Microsoft Office Word 2007 e

distribuídos graficamente utilizando o programa Microsoft Office Excel 2007.

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4 ANÁLISE DOS DADOS

Produtos cosméticos contendo nanotecnologia são bons representantes da

tendência tecnológica que continua crescendo na área da beleza. A nanotecnologia

pode estar inserida nos cosméticos de diferentes formas: aplicada na preparação de

suas bases, no caso das nanoemulsões; ou então seus princípios ativos podem

estar nanoencapsulados. Além disso, pode estar presente nos mais variados tipos

de produtos, como maquiagens até protetores solares (SANTOS, 2008).

Foram avaliados 165 produtos cosméticos utilizados pelo Laboratório de

Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí - Campus de Balneário

Camboriú, destes observou-se que apenas 9 ( 5,45%) apresentavam apelo de

possuir nanotecnologia. Apesar da nanotecnologia ser uma tendência e um

diferencial para o cosmético o resultado encontrado é contraditório isto pode estar

relacionado aos altos custos para produção da nanotecnologia, além da falta de

regulamentação específica podem ser os principais fatores para esta situação

(GRUPO ETC, 2005).

Ressalta-se que foram avaliados apenas os produtos com apelo

nanotecnológico presente no rótulo, visto que é à maneira de mais fácil identificação

para o consumidor, sendo assim possível que dentre os outros 94,55% haja algum

cosmético com nanotecnologia que não apresente nenhum diferencial de apelo na

rotulagem.

Os cosméticos com apelo de nanotecnologia avaliados são utilizados nas

diferentes áreas do laboratório como observado no gráfico 1.

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Gráfico 1- Finalidade dos produtos contendo nanotecnologia

Fonte: Dados da pesquisa

Constata-se que dos 9 produtos, 4 são destinados a área capilar, outros 4

destinados a área da estética facial e apenas 1 para a área corporal (gráfico 1)

apesar de normalmente ser esta a área onde existe a real necessidade de alta

penetração dos cosméticos, pois seus ativos muitas vezes devem atingir a

hipoderme.

Outra questão relacionada a esta análise é o fato de 44,44% produtos serem

de uso capilar (gráfico 1), sendo todos de uma mesma linha que contém um

nanocomplexo de aminoácidos. Princípios ativos presentes nos cosméticos

destinados aos cabelos precisam muitas vezes para serem eficientes ultrapassar as

cutículas e atingir o córtex para agir na “massa” capilar, reestruturando os fios.

Levando em conta que os cabelos não são vascularizados, ativos

nanoencapsulados em produtos capilares representam um menor risco, pois estes

não atingem a corrente sanguínea (WICHROWSKI, 2007).

Porém um dos produtos da linha capilar é um shampoo o qual tem como

finalidade limpar e remover sujidades da superfície dos cabelos e couro cabeludo.

Considerando o fato colocado por Barry (2001) de uma das vias de penetração de

cosmético ser através dos folículos pilosos, um shampoo contendo nanotecnologia

não seria tão adequado por não ter a necessidade de permear, podendo assim

tornar-se menos seguro que os outros produtos destinados aos cabelos.

Na área facial foram identificados 4 produtos com proposta nanotecnológica e

dentre estes, 2 possuíam o mesmo principio ativo e pertenciam à mesma linha de

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tratamento. Devido à exposição contínua a agentes externos como radiação

ultravioleta e poluentes, é nos cuidados com a face que se esperam maiores

resultados. Seus ativos devem agir em camadas mais profundas da pele para

reverter mudanças inerentes ao envelhecimento assim como outras alterações

(BARBA, RIBEIRO, 2009).

Além da identificação do apelo da nanotecnologia analisou-se a composição

dos cosméticos para relacionar o benefício de utilizar esta tecnologia. Através do

gráfico 2 observa-se que foram encontrados 5 princípios ativos diferentes. Apesar de

ser pequena a variedade, torna-se relevante correlacionar estes ativos que se

encontram encapsulados e suas respectivas funções.

Gráfico 2 - Diferentes princípios ativos nanoencapsulados presentes nos produtos

Fonte: Dados da pesquisa

Na área corporal o ativo identificado foi o Algisium C, substância sintética à

base silícios orgânicos que possui principalmente ação lipolítica, anti-inflamatória e

bioestimulante da regeneração epidérmica. O uso da nanotecnologia nesse produto

pode agregar maior eficácia especialmente nos tratamentos para lipodistrofia

ginóide, pois facilita a permeação dos ativos até os adipócitos, onde devem atuar

(GOMES, DAMAZIO, 2009).

Os produtos da área capilar contêm um complexo de ativos

nanoencapsulados com base protéica. Proteínas do arroz, da soja, do trigo e do

milho estão presentes na sua forma hidrolisada - aminoácidos. Essa estrutura é

bastante pequena e apresenta facilidade de internalizar-se na área aplicada.

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Quando utilizados nos cabelos, os aminoácidos têm a função de reestruturar o

córtex, área que mais é afetada com os danos sofridos pelo fio (WICHROWSKI,

2007).

Pelo fato dos aminoácidos serem naturalmente capazes de penetrar mais

profundamente na fibra capilar, colocá-los em partículas nanométricas talvez não

fosse necessário. Entretanto em cabelos submetidos a procedimentos que

contenham formol ou outras substâncias capazes de formar um filme na parte

externa dos fios, o baixo peso molecular de aminoácidos nanoencapsulados pode

ser vantajoso, visto que estes cabelos requerem um tratamento específico e

diferenciado.

Os ativos presentes nos produtos de estética facial foram o ácido kójico,

silícios orgânicos e aminoácidos, e hidroxiprolisilane C.

Hidroxiprolisilane C é composto pela associação de silanol, um tipo de silício,

com hidroxiprolina, um aminoácido precursor do colágeno. A finalidade desses

ativos seria regenerar a epiderme ao invés de epiderme e induzir a síntese do

colágeno respectivamente. Trazendo benefícios como melhora do aspecto da pele e

sustentação do tecido cutâneo, fatores essenciais no tratamento do envelhecimento.

Devido ao fato do colágeno estar presente na derme, justifica-se o uso de

nanopartículas nestes produtos para potencializar os resultados dos tratamentos

uma vez que precisa agir mais internamente (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1992).

Outro ativo encontrado é o ácido kójico que com ação despigmentante auxilia

na redução de hipercromias. Esse tipo de discromia está relacionada com o

aumento da melanogênese. Devido à melanina ser produzida pelos melanócitos -

células epidérmicas localizadas na membrana basal - ativos com função

despigmentante devem penetrar até esta camada. Estando veiculado em

nanopartículas, o ácido kójico alcançará a última porção da epiderme com menor

dificuldade (WICHROWSKI, 2007).

Tanto os silícios orgânicos como os aminoácidos são moléculas pequenas e

não se pode afirmar que haja necessidade de seu uso em nanopartículas. Contudo,

Costa et al. (2004) diz que quando nanoencapsulado, o princípio ativo permanece na

região dos apêndices cutâneos por mais tempo que os ativos na forma tradicional

podendo ser este o motivo para o uso dessa tecnologia. Em se tratando da face, os

silícios orgânicos podem agir no combate à acne atuando diretamente nas glândulas

sebáceas diminuindo a produção de oleosidade.

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Em relação à rotulagem, não foram observadas diferenças consideráveis em

comparação aos cosméticos sem nanotecnologia. Alguns dos produtos continham a

informação necessária para identificação dos ativos nanoencapsulados em sua

descrição química - como no caso dos produtos capilares, e 2 dos produtos faciais.

No entanto, os outros produtos continham apenas o apelo de nanotecnologia na

parte frontal do rótulo, sem diferencial algum na descrição de seus componentes –

os 2 produtos faciais e o corporal.

Apesar dos benefícios da nanotecnologia é importante que o profissional da

estética consiga distinguir os produtos contendo nanotecnologia, pois estes

possuem partículas em escala nanométrica que podem passar despercebidas pelo

sistema imunológico (GRUPO ETC, 2005). Dutra (2009) comenta que o uso

contínuo dessas partículas pode gerar riscos ao penetrar e transpor a corrente

sanguínea, pois seus efeitos não são totalmente elucidados.

Os produtos dessa categoria estão disponíveis livremente no mercado mesmo

sem regulamentação própria e seu consumo ocorre de forma crescente. Porém

deixa o consumidor sem a devida informação sobre sua segurança, benefícios e

possíveis riscos (DUTRA, 2009).

Apesar de representar uma promessa de crescimento com a constante

preocupação em potencializar resultados, esta pode não ser a característica mais

evidente nos produtos dessa categoria, pois os consumidores não possuem de

forma clara a informação da utilização da nanotecnologia, ficando a critério do

fabricante a responsabilidade no que diz respeito a propaganda e rotulagem do

produto.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após análise da rotulagem dos produtos, poucos foram identificados com

aplicação de nanotecnologia, pois comparando o número total de produtos ao

número de produtos contendo nanotecnologia, este é considerado pequeno. Dutra

(2009) afirma que estes produtos se encontram disponíveis no mercado e com

proposta de crescimento. Isso permite concluir que alguns fatores possam ser

responsáveis por tal panorama, dentre eles destaca-se os altos custos para

produção, falta de uma legislação própria e regulamentação adequada.

Outra conclusão permitida por esta analise é que dos 9 produtos contendo a

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proposta de nanotecnologia no rótulo, 3 produtos não possuíam nenhuma

identificação de nanotecnologia na descrição da composição química.

Essa característica deixa em aberto dúvidas a respeito da real aplicação de

nanotecnologia a esses produtos e também não permite saber qual o princípio ativo

encontra-se nanoencapsulado. Considerando que os produtos analisados são de

uso profissional, o conhecimento necessário a respeito da ação de princípios ativos

é essencial para análise da real necessidade dessa tecnologia.

Profissionais Tecnólogos em Cosmetologia e Estética são capacitados para

diferenciar propriedades de princípios ativos, porém em se tratando de produtos com

ativos nanoencapsulados, é necessário além do conhecimento, contar com a

idoneidade das empresas fabricantes destes produtos para a garantia dos

resultados propostos.

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APÊNDICE A – Produtos cosméticos contendo nanotecnologia disponíveis no laboratório de cosmetologia da Universidade do Vale do Itajaí, no campus de Balneário Camboriú Nome do Produto

e Finalidade Marca Apelo de

Rótulo Composição Função do

Ativo Shampoo (Capilar)

Máscara Restauradora

(Capilar)

Defrizante Efeito Cacheado (Capilar)

1

1 1

Nanocomplex Amora Negra

Nanocomplex Amora Negra

Nanocomplex Amora Negra

Aqua(water), Sódium Laureth Sulfate, Cocamide DEA, Lauryl Glucoside, Oleamide DEA, Polysorbate 80, Nanocomplex (PEG- 40/ PPG-8 Methylaminopropyl/ Hydropopyl Dimethicone Copolymer/ Hydrolyzed Rice Protein/ Hydrolyzed Soy Protein/ Hydrolized Wheat Protein/ Hydrolized Com Protein/ Polyquaternium-7/ Polyquaternium-10/ Polyquaternium-22), Parfum (Fragrance), Butylphenyl Methylpropional, Hexyl Cinnamal Limonene, Linalool, Polyquaternium-39, Laureth-2, Moris Nigra Fruit Extract, Panthenol, PEG-150 Distearate, Hydroxypropyl Guar Hydroxypropyltrimonium Chloride, Acrylates/ C 10-30 Alkyl Acrylate Crosspolymer, Polyquaternium- 67, Citric Acid, Cocoamidopropyl Betaíne, Methylchloroisothiazolinone, Methylisothiazolinone, Disodium EDTA, Sodium Hydroxide, PEG 180M

Aqua (Water), Cetearyl Alcohol, Cetrimonium Chloride, Cetyl Alcohol, Dimethicone, Helianthus Annus (Sunflower) Seed Oil, Cyclomethicone/ Dimethiconol, Nanocomplex (PEG-40/ PPG-8 Methylaminopropyl/ Hydropropyl Dimethicone Copolymer/ Hydrolyzed Rice Protein/ Hydrolyzed Soy Protein/ Hydrolyzed Wheat Protein/ Hydrolyzed Com Protein/ Polyquaternium-7/ Polyquaternium-10/ polyquaternium-22), Behenamidopropyl Dimethylamine, Ceteareth-20, Distearyldimonium Chloride, Dimethicone/ Laureth-23, Diisopropyl Adipate, Parfum (Fragrance), Butylphenyl Methylpropional, Hexyl Cinnamal, Limonene, Linalool, Morus Nigra Fruit Extract, Citric Acid, Methylchloroisotiazolinone/ Methylisothiazolinone, Disodium EDTA, BHT

Aqua (Water), Cetearyl Alcohol, Behentrimonium Methosulfate, Dimethicone/ Laureth–4/ Laureth-23, Helianthus Annus (Sunflower) Seed Oil, Cyclomethicone/ Dimethiconol, PEG–75 Lanolin, Ethylhexyl Palmitate, Glycerin, Cetrimonium Chloride, Nanocomplex (PEG-40/ PPG-8 Methylaminopropyl/ Hydropropyl Dimethicone Copolymer/ Hydrolyzed Rice Protein/ Hydrolyzed Soy Protein/ Hydrolyzed Wheat Protein/ Hydrolyzed Com Protein/ Polyquaternium-7/ Polyquaternium-10/ polyquaternium-22), Ceteareth-20, Ethylhexyl Methoxycinnamate, Parfum (Fragrance), Benzyl Salicylate, Butylphenyl Methylpropional, Citronellol, Coumarin, Hexyl Cinnamal, Limonene, Linalool, Morus Nigra Fruit Extract, Panthenol, Methylchloroisotiazolinone/ Methylisothiazolinone, Disodium EDTA, Citric Acid

Reestruturador da fibra,

hidratante

Reestruturador da fibra,

hidratante

Reestruturador da fibra,

hidratante

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2

Restaurador Autoaquecimento

(Capilar)

Serun Acne

(Facial)

Serun Vitalizante (Facial)

Loção Eletrolítica Clareadora

(Facial)

Gel Creme Clareador (Facial)

1 2

2

3 3

Nanocomplex

Nanocápsulas de Silícios Orgânicos

e Aminoácidos

Nanocápsulas de Hidroxiprolisilane

C

Nano ácido kójico

Nano ácido kójico

PEG-6, Propylene Glycol, Cetearyl Alcohol, Dimethicone, Cetrimonium Chloride, Ceteareth-20, Cetyl Alcohol, Behentrimonium Methosulfate, Polysorbate 20, Ethylhexyl Palmitate, Nanocomplex (PEG-40/ PPG-8 Methylaminopropyl/ Hydropropyl Dimethicone Copolymer/ Hydrolyzed Rice Protein/ Hydrolyzed Soy Protein/ Hydrolyzed Wheat Protein/ Hydrolyzed Com Protein/ Polyquaternium-7/ Polyquaternium-10/ polyquaternium-22), PEG-75 Lanolin, Diisopropyl Adipate, PEG-150 Distearate, Parfum (Fragrance), Butylphenyl Methylpropional, Hexyl Cinnamal, Limonene, Linalool, Citric Acid, Morus Nigra Fruit Extract

Aqua, Salicilyc Acid, Zinc Acethylmethionate, Silanediol Salicylate, Aloe Barbadensis Leaf Extract, Cucumis sativus (Cucumber) Fruit Extrac, Citrus Medica Limonum (Lemon) Fruit Extract, Hydrolyzed Elastin, Hydrolyzed Collagen (Acne Biol), Glycerin, Potassium Azeloil Diglycinate, Metylsilanol Hydroxyproline Aspartate (and) Styrene/Acrylates Copolymer (Nanocápsulas de Silícios Orgânicos e Aminoácidos), Hibiscus Sabdariffa Extract (Hibiscus Vermelho), Hyaluronic Acid, Phenoxyethanol, Methylisothiasolinone, Sodium Chloride, Hydroxyethilcellulose, Parfum, Dissodium EDTA

Aqua, Lipossomes, PMLs containing VC-PMG/Adenin and Alpha-Lipoic Acid (Kinetin L), Sorbitol, Methylsilanol Hydroxyproline Aspartate (Nanocápsulas de Hidroxiprolisilane C), Sodium PCA, Hyaluronic Acid, Sodium Chloride, Prolinamidoethylimidazole/Butyleneglicol (and) Aqua (EXSY ARL), Phenoxyethanol, Carbomer, Xanthan Gum, Triethanolamine, Parfum, Methylisothiazolinone

Hydroxyethilcellulose, Dissodium EDTA, DMDM Hydantoin, Iodopropynyl Butyl Carbamate, Mandelic Acid, Allantoin, Ascophillum Nodosum Extract, Butylparaben, Propyleneglycol, Sodium Chloride Sodium Hydroxide, Sodium Metabissulfite, Glycerin, Xanthan Gum, Kojic Acid, Dissodium EDTA, Phenoxyethanol, Methylparaben, Ethylparaben, Isobutylparaben, Panthenol, Parfum, Aqua Mandelic Acid, Ascophillum Nodosum Extract, Kojic Acid, Glycerin, Lecitin, Sorbitol, Xanthan Gum, Dissodium EDTA, Phenoxyethanol, Methylparaben, Isobutylparaben, Benzophenone-4, Dissodium Hydroxide, Glycery Stearate, Cetearyl Alcohol, Stearic Acid, Sodium Cocoyl Glutamate, Sodium Acrylates Copolymer, Hydrogenated Polysobytene, phospholipids, Polyglyceryl-10 Stearat, Helianthus Annus Seed Oil,

Reestruturador da fibra,

hidratante

Regulador da oleosidade

Regenerador da epiderme,

bioestimulante

Despigmentante

Despigmentante

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3

Nano Creme de Massagem (Corporal)

3

Nano Algisium C

Alcohol, Citrus Medica Limonum Peel Extract, Sodium Metabissulfite, Parfum, Aqua Carbomer, Isopropyl Palmitate, Dimeticone Disodium, EDTA, Cetearerh-20, BHT, Methylsilanol Mannuronate, Methylparaben, Propylparaben, Prunnus Amygdalus Dulcis Oil, Propylene Glycol, Rosamarinus Officinalis Oil, Cupressus Sempervirens Oil, Juniperus Communis Oil, Citrus Aurantium Amara Oil, Triethanolamine, Mineral Oil, Ruta Graveolens, Ginkgo Biloba Extract, Aesculus Hipocastanum Extract, Glyceryl Stearate, Cetearyl Alcohol, Stearic Acid, Sodium Cocoyl Glutamate, Aqua

Lipolítico, anti-inflamatório,

bioestimulante

Fonte: Dados retirados do laboratório de cosmetologia da Universidade do Vale do Itajaí, no campus de Balneário Camboriú, em abril de 2011.

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