Nair de teffé

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Rian: Caricatura e Pioneirismo Feminino no Brasil Natania nogueira nogueira.natania@gmail. com

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Apresentação de slides sobre Nair de Teffe - ST História em quadrinhos, Anpuh/2011.

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Rian: Caricatura e Pioneirismo Feminino no Brasil

Natania [email protected]

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Objetivo e base teórica

• A presente comunicação tem por objetivo propor um estudo sobre a vida e a obra da caricatunista Nair de Teffé tendo como base teórica Pierre Bourdieu e o conceito de violência Simbólica.

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• A violência simbólica corresponde a um tipo de violência que é exercida em parte com o consentimento de quem a sofre.

• A raiz da violência simbólica estaria no reconhecimento da autoridade exercida por certas pessoas e grupos de pessoas .

(BOURDIEU. Pierre. La domination masculine. Paris - Éditions du Seuil, 1998).

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• Foram utilizadas como fontes de pesquisas trabalhos acadêmicos na forma de livros dissertações; biografias e autobiorafias; periódicos digitlizados (disponveis na internet), como a Fon-Fon e publicações especializadas na área.

Fontes pesquisadas

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• AMARAL, Solange Melo do. Discurso autobiográfico: o caso de Nair de Teffé. – Rio de Janeiro: Museu da República, 2007.

• CAMPOS, Maria de Fátima Hanaque. Rian: a primeira caricaturista brasileira (primeira fase artística: 1909-1926). Dissertação de mestrado apresentada ao Departamento de Comunicações Artes da USP. São Paulo, 1990.

• FONSECA, Nair de Teffé da. A verdade sobre a Revolução de 1922. Rio de Janeiro, 1974.

• LIMA, Herman. História da Caricatura no Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio Ed., 1963,

• RODRIGUES, Antônio Edmilson Martins. Nair de Teffé: vidas cruzadas.- Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.

• SANTOS, Paulo César dos. Nair de Teffé: Símbolo de uma época. 2ª ed. – Petrópolis, RJ: Sermograf, 1999. 127p.

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Nair de Teffé• Nair de Teffé Von Hoonholtz nasceu na cidade do Rio

de Janeiro no ano de 1886. Filha de Antônio Luiz Von Hoonholtz, o Barão de Teffé, frigura proeminente no Império.

• Nair e sua família partiram para a Europa pouco depois da proclamação da República.

• Lá estudou nas melhores esoclas do sul da França e descobriu seu talento para o desenho. Aos nove anos produziu sua primeira caritacatura.

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Nair de Teffé - Rian

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• Em 1909, assinando como Rian, publicou sua primeira caricatura retratando a artista francesa Réjane, na Fon-Fon.

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A dominação masculina e a libertação pela arte

• Nair era uma mulher que vivia sob a tutela masculina. Primeiro do pai, depois do marido.

• A arte sempre foi a forma que ela encontrou de expressar livremente suas opiniões.

• Mas mesmo sua caricatura sofria interferência masculina, na forma dos editores das revistas para as quais publicava.

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• A pesquisadora Maria de Fátima Hanaque Campos chama atenção para o fato de que havia uma preocupação dos editores em amenizar o tom jocoso da caricatura por meio de legendas elogiosas.

• No entanto, na sua “Galeria dos Smarts”, não existe esta preocupação.

Caricatura de Laurinda Santos Lobo (FONSECA, 1974: 165), publicada com a seguinte legenda: A super-chic Mne. S.L. ou a vitória de Mato Grosso sobre Paris (Galeria das Elegâncias. Fon-Fon! Rio de Janeiro, n. 31, ano IV, 13 de agosto de 1910).

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• A Galeria dos Smarts começou a ser publicada na Gazeta de Notícias em 1910 e era exclusivamente para figuras masculinas.

• As legendas nada acrescentavam à caricatura.

• Os homens podem ser expostos ao “ridículo” da caricatura, as mulheres devem ser poupadas.

Gaillard Lacombe – Ministro da FrançaGazeta de Notícias, 1910

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• Nair teve sua vida controlada pelo pai, que lhe permitia desenvolver sua arte mas não desejava que a filha tivesse independência econômica;

• Aceitou seu casamento com Hermes da Fonseca, mas procurou controlar a vida do casal o tanto quanto possível;

• Na viuvez e já mais velha Nair continua a ter no pai um padrão de comportamento ético e moral.

• O Barão de Teffé estabeleceu com Nair uma espécie de liberdade controlada: concedia a ela seus caprichos, mas impunha condições.

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Predominância do mundo masculino e invisibilidade feminina

• Nair é uma representação da mulher moderna de elite que tem na arte uma forma de expressar suas rebeldias.

• Por outro lado, Nair estabelece com os homens de sua vida uma relação de violência simbólica onde acaba sacrificando suas ambições pessoais mediante a necessidade de atender aos desejos e expectativas do pai e/oi do marido.

• Esta relação pode ser verificada em suas biografias: nelas imperam duas figuras, o Barão e o Presidente.

• As mulheres aparecem em segundo plano.• A mãe é uma figura praticamente invisível.

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Antônio Luiz Von Hoonholtz, o

Barão de Teffé

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Foto do casamento de Nair com o Presidente

Hermes da Fonseca.

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Rui Barbosa, por Nair de

Teffé

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Galeria das Elegâncias - Madame A.

Azevedo

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Galeria das Elegâncias -

Mlle Cordilho

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Nair e o grotesco “Hermes da

Fonseca Nú” – fotografia de

caricatura exposta na Casa

França-Brasil, em 2004