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Ano IV - Edição 19 Dezembro/2009 Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba UNIMEP JORNAL LABORATÓRIO CENÁRIO Profissionalismo Cultural Homem banda toca vários instrumentos e quer lançar primeiro CD solo Pág. 5 Pais controlam mesadas dos filhos com abertura de contas bancárias. Pág. 3 De olho nos gastos Calango Andando promove caminhada em busca do bem estar pessoal Pág. 9 A n d a r p o r p r a z e r APARÊNCIA CORPO E MENTE Esporte na terceira idade Os 13º Jogos Regionais do Idoso valorizam e estimulam atividades saudáveis Pág. 8 Rafaela Barboza Fernanda Zanetti Mercado de cosméticos mira adolescentes Pag. 4

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Ano IV - Edição 19 Dezembro/2009

Produzido pelos alunos doCurso de Jornalismo da Universidade

Metodista de Piracicaba

UNIMEP

JORNAL LABORATÓRIO

CENáRIO

Profissionalismo Cultural

Homem banda toca vários instrumentos e quer lançar

primeiro CD soloPág. 5

Pais controlam mesadas dos filhos com abertura de contas bancárias. Pág. 3

De olho nos gastos

Calango Andando promove caminhada em busca do bem estar pessoalPág. 9

Andar por prazer

APARêNCIA

CORPO E MENTE

Esporte na terceira idade

Os 13º Jogos Regionais do Idoso valorizam e estimulam

atividades saudáveisPág. 8

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Mercado de cosméticos mira adolescentes Pag. 4

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APREsENTAçãOExPEdIENtE

O principal objetivo da comunidade do jornal é o contato com os leitores e esse espaço está integralmente aberto à manifestação de suas opiniões, concordando ou não com o conteúdo da edição, opinando e sugerindo pautas para as próximas.

Vamos participar,mande seu recado! Valeu Galera!!!

NOssO e-mAIl:[email protected]

PartICIPE daCoMUNIdadE No orkUt

JORNAL NA PRáTICA/UNIMEP

ARTIGO DE OPINIãO

Crianças e adolescentes até 18 anos agora pos-suem o poder de abrir uma conta corrente nos bancos. Claro que precisa da autorização dos

responsáveis, mas a intenção dos pais é exatamente con-trolar melhor as despesas e conseqüentemente a vida dos filhos. Os bancos só tem a lucrar com essa oportunida-de, entretanto os pais, não sabemos até que ponto.

O ato de educar os filhos, até mesmo na questão fi-nanceira, é responsabilidade absoluta de quem os ge-rou. Com uma boa educação financeira que começa desde cedo, ninguém precisaria ficar monitorando as despesas dos filhos pelo extrato da conta corrente que os bancos fornecem.

Vamos citar um exemplo típico das crianças quando entram numa loja de brinquedos e se deparam com um “paraíso”. Quando o pai diz que não vai comprar o que a criança deseja ela parte para o segundo plano:

chora, chora e chora para conseguir o que quer e na maioria das vezes, consegue! O pai, por não agüentar mais o escândalo e agradá-la, acaba cedendo na maio-ria das vezes.

O erro se encontra exatamente nesta situação. Se os pais não repreenderem seus filhos mostrando que o certo não é dar tudo o que eles querem, mas sim o necessário, como essa criança se comportará financei-ramente no futuro? Temos que educar as crianças para que elas criem consciência dos seus atos e expor sempre seus direitos e deveres.

Alinne Schmidt [email protected] [email protected] assistentes do Na Prática

Consciência para gastar desde criança

Alinne Schmidt

[email protected] ZAZirSkAS

[email protected]

Imagens, criatividade, músicas, instantaneidade de informação, dinamismo e atualidade. Tudo está li-gado aos fatores da atitude contemporânea e podem

resumir em apenas uma palavra que frequentemente se vincula a essas características: juventude.

Essa palavra significa constante renovação e nunca envelhecimento. Como Lavoisier (“pai” da Química) dizia: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A força do jovem conduz o pensamento para a criatividade, para a busca de novos conhecimen-tos e os meios de comunicação estão interligados com esse objetivo. Como se fossem uma ponte, eles indicam a direção e satisfazem a busca por esse percurso.

Tamanha é a identificação dos jovens com a mídia que um estilo de vida ideal, geralmente exibidos em teleno-velas, seriados, programas de TV, blogs, forma multipli-cadores de sua realidade, tornando-se membro perma-nente na vida cotidiana todos.

A conexão dos temas juventude e mídia oferece um am-plo campo de reflexão. Dessa maneira, o jovem aparece de-sempenhando inúmeros papéis na sociedade, podendo ser

eles: o consumidor, leitor, produtor, ouvinte e espectador.A TV proporciona ao telespectador imagens e sons

de forma instantânea, tanto é, que através desse meio, temos a comodidade de receber uma notícia de outro lado do mundo sentados no sofá da sala de estar. Co-nhecemos outros lugares, culturas diferentes da nossa, povos diferentes, a natureza, os animais, o clima e mui-tas outras coisas.

O rádio tem a vantagem do mistério: quem será o dono da voz que se propaga pelo espaço? Com certeza muitas pessoas já se depararam com essa pergunta.

Apesar desse meio não trabalhar com a imagem ele prende a atenção dos jovens pela música, pelas vozes e pela descontração de programas. Escutamos em casa, no carro, no trabalho, através de celulares e internet. Ele pode estar conosco onde quisermos.

A internet, por sua vez, está se tornando cada vez mais o universo dos jovens. Nela você encontra tanto o som que vem do rádio quanto a imagem da TV. Sem contar a in-teratividade predominante neste meio e as outras formas de comunicação que ela proporciona, como: MSN,Orkut, Twitter, Skype, Blogs, E-mails, Chats, Fotologs, jogos onli-ne, entre muitos outras novidades que estão por vir.

E é assim, com ritmo, interatividade, criatividade e estí-mulo que os jovens buscam a todo instante o conhecimen-to conquistado e incentivado pela busca de novidades.

Meios de comunicação e jovens:combinação perfeita

Jornal Laboratório dos alunos do6º semestre de jornalismo da Unimep

Reitor:Prof. Dr. Clovis Pinto de Castro

Diretor da Faculdade de Comunicação:Belarmino César Guimarães da Costa

Coordenador do Curso de Jornalismo:Paulo Roberto Botão

Editor:Wanderley Garcia (MTB: 06041)

E-mail: [email protected]

Editores Assistentes:Alinne SchmidtLarissa Zazirskas

Editora de Fotografia: Clareana Marrafom

Editores(as)Ser e Saber: Luiza Mendo - Consciência: Evelim Covre - Atitude: Kaleo Alves - Corpo e Mente: - Renan Bortoletto - Cenário: Stephanie Tomazin

RepórteresAmanda Dantas , Camila Tavares, Camila

Viscardi, Carla Bovolini, Clareana Marrafom, Danielle Moura, Evelim Covre, Fernanda

Zanetti, João Henrique Lopes, Kaleo Alves, Luiza Mendo, Mayara Veiga , Mônica Camolesi,

Nathália Ravara, Rafaela Barboza, Renan Bortoletto, Samanta Marçal, Soraya Defavari e

Stephanie Tomazin.

Arte GráficaSérgio S. Campos (Lab. de Plan. Gráfico)

Correspondências:Faculdade de Comunicação-Campus Taquaral-Rodovia do Açúcar, km 156-Caixa Postal: 68.

Cep: 13400.911- Tel.: (19) 3124 1677

Tiragem: 2000 exemplares.

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cAmilA tAvAreS

[email protected]

Pensando na educação financeira, e indepen-dência, dos adolescentes, os bancos estão ofere-cendo um novo tipo de conta personalizada para o recebimento de mesadas e incentivando os jovens clientes a poupar dinheiro para o futuro.

Trata-se de uma conta corren-te que não possui tarifas para crianças e adolescentes até 18 anos e não oferecem limites de crédito de ne-nhuma espécie, sendo voltadas prioritaria-mente para a econo-mia e gerenciamento de seus próprios recur-sos.

O gerente de uma agência bancária Nival-do Fernandes, relata o como os adolescentes estão lidando com essa novidade, “Abrimos contas para crianças e adolescentes de todas as idades, e sa-bemos da importância de manter uma relação com o banco. Os investidores do futuro apren-dem desde cedo a administrar a mesada, poupar dinheiro para a compra de seus objetos pessoais e quando alcançarem a maioridade já terão anos de credibilidade com o banco”.

A estudante Bruna Souza, de 13 anos, possui

conta há três meses e utiliza o cartão de débito oferecido pelo banco para todas as suas despesas pessoais, “Minha mãe deposita minha mesada na conta e sempre utilizo o cartão para fazer com-pras, assim não tenho dinheiro na mão para gas-tar com qualquer coisa. Mas o lado ruim é que minha mãe fica sabendo de tudo que eu compro

e acaba ficando brava comigo porque eu gasto muito”, conta Bruna, aos ri-

sos.Os pais têm total controle das transações efetuadas

pelos filhos, assim ajudan-do a educá-los financei-ramente. Foi o caso de Paulo Zaia. Sua filha de 11 anos estava tendo problemas na cantina da escola. Paulo costumava entregar dinheiro para

que ela pudesse comer no recreio, porém começou a

desconfiar que o dono da can-tina estava pegando dinheiro a

mais pois o valor gasto não batia com o que ela dizia ter consumido. “Re-

solvi abrir uma conta, e agora ela passa o cartão na cantina e traz o recibo para casa, assim consigo controlar os gastos”, relata Paulo.

As contas também permitem acesso pela inter-net ou celulares, o banco oferece diversos tipos de aplicação, sendo o mais comum a poupança, e não oferecem riscos de ficar negativas.

StéphAnie tomAZin A. mAngueirA

[email protected]

O número de acidentes com motos em Americana caiu 8,9% de janeiro a outubro de 2009, se comparado com o mesmo período de 2008. Segundo o diretor do Departa-mento de Educação no Trân-sito, Antoninho Della Libera, neste ano foram registrados 1.177 acidentes, sendo 772 com vítimas, 403 sem vítimas, e quatro mortes. Já em 2008 (até outubro) ocorreram 1.292 acidentes envolvendo moto-ciclistas, sendo que 852 foram com vítimas, 438 sem vítimas, e sete mortes. O número de motociclistas na cidade subiu de 28.013 em 2008 para 29.259 em outubro de 2009.

Libera acredita que o que contribui para a redução é o projeto “Vivo em Duas Rodas”. A Campanha está na 5ª edição e conta com trabalho de cons-cientização em blitz educativas nas principais avenidas de Americana, além de realizar palestras em 17 indústrias da cidade e desenvolve um tra-balho de conscientização em empresas de moto-frete.

Libera enfatiza a redução de acidentes, mesmo com o aumento de 4,4% da frota de motociclistas no ano de 2009, e com o aumento de 1% da população americanense. Ele conta que a Campanha foi criada devido ao alto índice de acidentes e diz que a repercus-são dos motociclistas que são parados nas blitz educativas é na grande maioria positiva.

“Eles, quando veem a blitz, ficam com medo e desviam, acham que é blitz policial. Mas são tratados de forma amigá-vel, e entregamos folders com dicas para o motociclista ter uma maior segurança”, explica.

A campanha realiza tam-bém simulações de acidentes com personagens maquiados, ambulância e apoio do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Guarda Municipal. “A aveni-da é toda sinalizada com cones, para que os carros possam passar em baixa velocidade e observar a montagem e seis cenas de acidentes completos envolvendo motos e carros, impressionan-do a todos”, disse Libera. São cenas fortes, mas que precisam ser mostradas para que possa conscientizar que pode aconte-cer com qualquer ente querido, e alertar para a prevenção, o que um acidente pode causar.

Com o intuito de reunir multidões, são realizados shows em vários bairros da cidade, com sorteios de brindes - de capacetes a motos – aos mo-tociclistas que são parados nas blitzen educativas.

Segundo o motociclista Luiz Henrique Romão, 29 anos, o que falta para as motoristas e para os motociclistas são ques-tões de cidadania e de pensar no bem coletivo. “Falta respeito pelo próximo e educação pelo próximo. Não a educação cien-tífica, que aprendemos na es-cola, mas a educação que vem de casa.” Romão ainda acredita na importância da educação no trânsito nas escolas para as crianças, que serão futuros motoristas e motociclistas.

Acidentes tiveram redução de 8,9% em 2009; número de mortes também caiu

AMERICANA

Menos riscos para motociclistas

Bancosinvestem nas

crianças e adolescentes;seus futuros

clientes

FINANçAs

Conta cedo

Arquivo

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SorAyA defAvAri

[email protected]

O mais recente casamento comunitário de Rio das Pedras aconteceu em novem-bro, no Ginásio de Esportes Valter Pedro Guidolim. Foi possível regularizar a união estável, sem nenhum custo, pois muitos casais que vivem juntos há anos, não têm condição financeira para pagarem uma cerimônia completa.

Na cidade, a ideia surgiu de Suely Buzetto, Presidente do Fundo Social de Solidariedade do Município, a pedido de vários casais. Ela se inspirou em um grande casamento comunitário “que aconteceu em fevereiro de 2004, com a intenção de unir 1.420 casais em São Paulo, no Ginásio do Ibirapuera”, relembra Sonia Marly, responsável pelo cartório de Rio das Pedras.

O primeiro casamento comunitário na cidade aconteceu no dia quinze de novem-bro de dois mil e sete, com um total de 52 matrimônios. Para realizar o casamento, é necessário que os noivos apresentem no Cartório os documentos necessários e exigidos pelo Código Civil Brasileiro para a publicação de editais, durante o prazo de 15 dias. Posteriormente, a certidão de habilitação é emitida com validade de no-venta dias, afirma Marly. E, se os noivos forem solteiros, devem apresentar apenas certidão de nascimento e RG, juntamente com duas testemunhas maiores de ida-de. Já se os futuros noivos forem divor-ciados ou viúvos, é necessário apresentar a certidão de casamento com averbação do divórcio e/ou certidão de óbito do côn-juge falecido.

Para a realização de um grande sonho, basta que os interessados apresentem uma declaração que é assinada por am-bos. O custo para um casamento apenas com as despesas de cartório é de R$ 257, sem contar os valores necessários para enfeitar uma igreja e com a cerimônia religiosa. No casamento comunitário, estas taxas não são cobradas.

Na festa, que aconteceu também no Gi-násio de Esporte, teve bolo e refrigerante, que foram doados pela Indústria Limongi.

Sem custos, casais realizam sonho de formar união estável

FAMíLIA

rio das Pedras realiza casamento comunitário

cArlA Bovolini

[email protected]

Em 1965 o e-mail foi inventado e era uma forma que um pequeno grupo de pessoas tinha para trocar informa-ções entre si. Em 2009 ele ainda existe e quase todos que usam a informática possuem um ou mais endereços vir-tuais, com a mesma função do ano de sua invenção, porém com a caixa de mensagens cada vez mais cheia de e-mails desagradáveis, correntes, power points, vírus e spams.

Roberto Mendieta, chileno residen-te no Brasil há mais de trinta anos, presenciou a popularização do e-mail, criou sua conta e diz que a comunica-ção com sua família que ainda reside em Valparaiso, no Chile, ficou mais fácil e mais barat. Porém este artifício do correio eletrônico hoje é facil-mente substituído por redes sociais e comunicadores instantâneos.

A analista de treinamento Vanessa Gabriela Ferreira recomenda que quem usa o e-mail como ferramenta de trabalho, deve abrir uma conta

Você ainda usa

Revolucionário quando

surgiu, em 1965, hoje o correio eletrônico já possui

substitutos

e-mail

corporativa para passar menos tempo separando mensagens importantes de lixo eletrônico. “Hoje as pessoas não têm muito tempo para ficar lendo cada mensagem bonita, cada piada que recebe até porque você acaba recebendo várias vezes o mesmo conteúdo.”

Recentemente uma postagem de Leo Babauta no blog de produtivi-dade Zenhabits.net causou alvoroço entre os mais conectados e gerou discussões com o texto em inglês “Aboli o e-mail de minha vida”. Nele é possível encontrar dicas para quem tem a mesma intenção do autor. Entre elas, Babauta diz que não é necessário cancelar o endereço de e-mail, mas coloque uma resposta automática de como as pessoas po-dem contatar você. O autor do texto continua conectado, por exemplo, com o Twitter, porque segundo ele só é possível escrever 140 caracteres o que não prolonga a conversa e se quiser prolongar e manter priva-cidade é só utilizar os mensageiros instantâneos.

Vanessa Ferreira: uso do e-mail corporativo reduz tempo eliminando o lixo eletrônico

Carla Bovolini

Reprodução

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luiZA mendo

[email protected]

Conhecido como “Homem Banda” por tocar sozinho vários instrumentos, André DeMarco, usou o pouco dinheiro que era arrecadado nos shows para montar um pequeno estúdio caseiro. O músico está com projeto de lançar em 2010 seu primeiro CD solo, totalmente independente e gravado e editado exclusiva-mente em software livre.

Segundo Marco, o disco é experimental, e foge dos clichês e repetições que existem na música hoje. “Adoro canções que são impre-visíveis, e que misturam muitas coisas para soar legal” diz. A raiz e estilo musical soam para o rock, mas também conta elementos de Mpb, blues, jazz, batucadas e ritmos brasileiros. “Tudo misturado, não tem regra” complementa.

Além de ter violão, guitarra, gaita, percus-são, bateria e baixo, outros instrumentos como viola, bandolim, violino, piano, órgão, berim-bau e metais irão compor os arranjos musicais. “Até uma orquestra de latas que montei, e um “coro” de sons de garrafas com água”, diz.

Demarco toca a maioria dos instrumentos citados, com exceção do berimbau, dos metais, piano e órgão que serão utilizados pelo seu irmão, Leandro DeMarco. “Sou um artista in-dependente e acredito na facilidade do acesso a cultura e da música livre”, opina.

Homem bandaDemarco iniciou a carreira tocando tudo ao

mesmo tempo, quando era integrante de uma banda. Esta banda só tinha violão e teclas, e carecia de outros instrumentos, como bateria e baixo. Logo na primeira apresentação tocou com uma meia-lua em um pé, com violão e gaita. Depois adicionou um bumbo feito por ele mesmo (no outro pé) e, aos poucos, como tinha outros instrumentos na banda, crescia a possibilidade de tocar tambores (percussão em geral) e voltar pro violão na mesma música. Com o tempo, o músico foi se aprimorando, e conseguiu realizar tais tarefas em menor tempo.

Sua primeira apresentação solo foi em uma padaria, quando teve a oportunidade de mostrar as pessoas seu trabalho. Sua estréia foi um espanto, pois disse que as pessoas ficaram impressionadas. “Felizmente, a reposta sem-pre é positiva, ainda mais por ser um trabalho diferente, se emociona Demarco.”

Conhecido por tocar vários instrumentos ao mesmo tempo e ainda cantar, André DeMarco impressiona pela originalidade e profissionalismo

Homem Banda lança CD solo

AmAndA dAntAS [email protected]

O V Encontro Internacional de Pianistas do Conservatório Dramático e Musical Dr.Carlos de Campos (Con-servatório de Tatuí), pela primeira vez aconteceu simultâneo ao VI Concurso Nacional de Piano Maestro Spartaco Rossi, de 20 a 25 de outubro.

O Encontro é uma parceria do Governo de São Paulo e Secretaria de Estado e da Cultura. Os eventos foram organizados pelas professoras de piano Cristiane Bloes e Miriam Braga. “O concurso de piano é o único do gênero no Brasil”, diz Cristiane Bloes.

O Encontro e o Concurso reuniram estudantes, profissionais da área de piano e apreciadores de todo o país, para recitais, aulas, workshops, pales-tras e oficinas. Ilbert da Fonseca, de Maceió, disse que veio exclusivamente para o Encontro em Tatuí, porque o Conservatório da cidade fica no Brasil, e também pelo Encontro ter permiti-do que ela pudesse estar em contato

com grandes pianistas, sobretudo com relação ao estudo de piano.

Os recitais comemoram o Ano da França no Brasil, além de dedicatória aos cinquenta anos sem Villa Lobos, e duzen-tos anos do nascimento de Mendelssohn. Os eventos foram gratuitos, apenas os recitais custaram R$ 10 (estudantes e idosos pagaram meia) “Foram 115 pes-soas inscritas, além de 22 profissionais e uma orquestra”, destacou Cristiane.

Os estudantes puderam assistir à aula com o professor da UFRGS (Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul) e também com o melhor pianista no prêmio Eldorado de Música, Ney Fialkow, que aconteceu no dia 22 de outubro, que ouviu cinco apresenta-ções de piano dos alunos. “Procurei solucionar as dúvidas, corrigir os erros, fazer críticas e dar dicas, apesar do pouco tempo”, disse o professor.

A solista Eudóxia de Barros, integrante da Academia Brasileira de Música, ministrou palestra sobre sua carreira musical, e destacou a influên-cia de sua avó paterna para despertar

o interesse por piano, sobretudo na sua disciplina de estudo.

A artista explicou que estudou com professores no Brasil e no exterior, mas sempre pensou em voltar ao seu país. A professora trabalhou em diversos Conservatórios, entre eles, o Conser-vatório de Tatuí, “o principal é apren-der a estudar e não ter o repertório muito extenso, citou Eudóxia.

Ela ainda disse ter professor, e admitiu a importância de ter um músico que admire para ouvir e aconselhar. “Para ter sucesso na carreira é preciso estudar muito, fazer uma universidade e, se hou-ver condições, complementar os estudos fora do Brasil” recomendou a artista.

Luís Gustavo Bueno, pianista, aluno do Conservatório de Tatuí, e aluno de licenciatura em música pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) comenta que é privilegiado por receber orientações de mestres de piano. “Sou grato por beber dessa fonte, e ter a oportunidade de receber, contribuindo para o favorecimento de minha carreira.

Pianistas se reúnem em Tatuí

MúsICA

Conservatório reúne profissionais e estudantes de todo país

Professor Ney Fielkow ministra aula no

conservatório

Am

anda

Dan

tas

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rAfAelA BArBoZA

[email protected]

“Eu comecei a usar pouca maquiagem para sair, agora uso pelo menos sete produtos diferente só no rosto”, conta a estudante Giovanna Ribeiro Marques,17, que abusa das maquiagens para corrigir algumas imperfeições da pele.

Na busca pela perfeição, a indústria de HPPC (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) é quem mais sai ganhando, ou melhor, lucrando cada vez mais. “No período de janeiro a junho de 2009, o crescimento das vendas da HPPC foi estimado em 18%”, segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmética).

Especializada em HPPC, a franquia de lojas O Boticário oferece diversas linhas de maquiagem, uma delas com 22 produ-tos exclusivos para adolescentes, enquan-to uma linha adulta dispõe de apenas sete.

Maria Clara Nunes funcionária da loja O Boticário conta que “as adolescentes procuram mais por maquiagens do que as mulheres, por isso as vendas neste segmento são melhores”.

Tornando-se cada dia mais indispensá-vel no cotidiano das jovens, os artigos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos elevam o país no ranking mundial.

Segundo a Abihpec, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking de 2008 no mercado mundial de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.

Não são apenas os cosméticos que tem preferência entre as adolescentes. Anti-transpirantes e sabonetes são esco-

VAIDADE

Cada vez mais comuns entre os jovens, os cosméticos viram febre e aquecem o mercado da beleza

lANçAmeNtOs BOtICáRIOPARA mulHeRes:Linha Mineral Beauty

lip GlossBatom Base em póCorretivo bicolorBlushtrio de sombrasKit maquiagem com três produtos

lANçAmeNtOs BOtICáRIOPARA ADOlesCeNtes:

Linha CaprichoApontador Base líquida Blush Brilho labial Brilho labial groselha Brilho roll-on Cel gloss Kit básico pink it lápis contorno dos olhos make it pink 1 make it pink 2 máscara alongadora máscara básica incolor para cílios máscara para cílios incolor máscara preta para cílios multi-efeito minilápis mono sombra Pó facial Pocket brilho Pocket corretivo Pombra em pó Pombra roll-on

Fonte: site www.boticario.com.br

Adolescentes “usam e abusam”de

raNkINg dos PaísEs MaIs PoPULosos do MUNdo

País População total Homens mulheres

China 1,345,751.0 698,450.9 647,345.1

Índia 1,198,003.3 618,942.5 579,060.7

usA 314,658.8 155,244.1 159,414.7

Indonésia 229,964.7 114,807.2 115,157.5

Brasil 193,733.8 95,406.0 98,327.8Fonte: Site www.un.org

lhidos com o mesmo cuidado.“Eu não uso qualquer coisa. Tenho uma

pele delicada estou sempre em busca de um bom anti-transpirante, mas o que pro-curo tomar muito cuidado quando com-pro é o meu sabonete, porque não gosto

quando ele tem o perfume muito forte”, explica a estudante Natalia Sanchez,17.

Com um leque de variedades, os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos deixam de ser artigos op-cionais para se tornarem itens essenciais, principalmente para as adolescentes.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Abihpec, uma pesqui-sa realizada pela Avon em 24 países, a mulher brasileira como um todo é a mais vaidosa. Nada menos que 90% das entre-vistadas consideram produtos de beleza uma necessidade e não um luxo.

Sabendo disso, as lojas investem cada vez mais nesse ramo e por isso quando se trata de higiene, perfumes, e a atenção das clientes, melhor dizendo das adoles-centes, nenhum esforço é poupado.

Linha de produtos para jovens é maior que para adultas

Rafa

ela

Barb

oza

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renAn Bortoletto

[email protected]

Ganhar os céus e contemplar ima-gens aéreas inusitadas são algumas das sensações estimuladas nos praticantes do parapente (paraglider em inglês), esporte de aventura que proporciona momentos de reflexão e terapia atrelados ao convívio com a natureza. Na maioria dos voos, os pilotos alcançam alturas superiores a 2 mil metros do chão.

Responsável pela organização do evento que acontece há dois anos em São Pedro, o piloto Anderson Gomes da Costa, o Carioca, carrega na bagagem 12 anos de voos, oito deles como instrutor. “Não há sensação mais prazerosa do que você sentir seu corpo flutuar no céu. Quem faz o esporte uma vez não quer largar mais”, contou.

A competição reúne pilotos de para-pente de todo o estado de São Paulo, di-vididos em dois estilos de prova: serial e open. Auxiliados por um aparelho GPS, os pilotos devem obedecer às regras do campeonato. Minutos antes de começar a competição é permitido que haja testes e pequenos voos para verificar as condi-ções do equipamento antes do “start”, termo que significa largada em inglês.

A comunicação entre os participantes e a equipe organizadora se dá via rádio. Vence o competidor que fizer o “goal”, ou seja, aquele que atingir o local pré-determinado em menos tempo. Após completar o percurso, o piloto deve apresentar o GPS para a comissão, que irá verificar hora, tempo de voo e tempo de chegada. Na etapa realizada em São Pedro no último mês, cerca de 70 pilotos sobrevoaram 27 quilômetros, atingindo velocidades superiores a 60 quilômetros por hora.

Há três anos praticando o esporte, o comerciante João Tavares, conhecido por João Japonês, de Pirapora do Bom Jesus, disse que o hobby funciona como terapia. “O parapente tira todo o estresse do dia a dia e produz sensações de alívio, de liberdade. Quando estou no céu esqueço de tudo e isso me faz um bem enorme”, afirmou.

Tavares disse ainda que a relação homem-natureza fica mais próxima a

cada decolagem. “O voo está direta-mente ligado aos fenômenos naturais e é claro que em certos momentos você depende da natureza. Se o vento para ou se o calor das bolhas térmicas não ajuda, é impossível se manter no céu.”

A decolagem do parapente depende muito das condições climáticas. O ideal é que o tempo apresente rajadas cons-tantes de vento e calor ao mesmo tempo. A temperatura alta é responsável pela produção das chamadas bolhas térmicas, que consistem num acúmulo de calor liberado do chão para a atmosfera. As bolhas térmicas podem ser percebidas por meio da movimentação das plantas, pela formação das nuvens e até mesmo no voo dos urubus, que se mantêm sus-pensos no ar adotando a mesma técnica dos pilotos.

“Os urubus fazem parte deste cenário. Eles são nossas fontes de direção mais con-fiáveis, pois onde eles estão sempre há uma bolha termal. Acabamos criando um “elo de amizade” com os urubus. Nós respeitamos o espaço deles e eles respeitam o nosso”, disse o piloto Jotaerre de Sousa, que está há seis meses praticando o esporte.

Sousa faz parte da escola Invasora das Nuvens, de Pirapora do Bom Jesus, que ensina a iniciantes todo o processo técnico e prático para o manuseio do parapente. Antes de sobrevoar os céus, é preciso entender e praticar o esporte em terra firme. O recomendado é que os aprendizes façam, no mínimo, seis meses de treino antes de decolar pela primeira vez acompanhado de um instrutor.

O equipamento necessário, porém, requer um investimento alto. Em média, um parapente de uso profissional custa R$ 8 mil e tem duração de cinco anos, o que pode oscilar dependendo do cuida-do e manuseio das velas e células que compõem o aparelho. Na mochila que fica presa às costas, o piloto carrega um pára-quedas reserva.

Como em outros esportes de aventura, a prática do voo em parapente também oferece riscos. “Às vezes, a força do vento te leva para onde você não quer ir. É preciso ter experiência e um bom manu-seio do equipamento para não acontecer acidentes”, disse o organizador do evento.

RADICAL

Esporte

Praticantes do parapente dizem que vôos funcionam como terapia

é atração em Estânciaaventur a

de

durante um voo, o praticante de parapente pode ficar até 2 mil metros acima do chão

Renan Bortoletto

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cAmilA viScArdi

[email protected]

“A maior vitória é estar aqui”. Este foi o lema que definiu a final estadual do 13º Jori (Jogos Regionais do Idoso) que foram realizados em Piracicaba de 19 a 23 de novembro e reuniu cerca de dois mil atletas de 189 delegações do estado de São Paulo. As 13 modalidades disputadas foram atle-tismo, coreografia, dança de salão, malha, bocha, buraco, truco, dominó, damas, xadrez, natação, tênis de mesa e vôlei adaptado. Ao final das disputas, Piracicaba somou mais pontos e se consagrou campeã. O título é inédito para a cidade.

O objetivo dos jogos entre os idosos é valorizar e estimular a prática esporti-va que ajuda na saúde e bem estar dos atletas, além de melhorar o convívio social. Um exemplo da importância da participação é Álvaro Antonio Nazaret-to, 72 anos, piracicabano, que corre há cinco anos. “Fui convidado para os jogos porque sou da cidade. Fiquei em último lugar na minha competição, mas não estou triste. Lógico que todos querem

ganhar, mas o importante é participar”, comenta. Pensando na participação dos atletas é que os organizadores do evento dão medalhas para todos, desde o primei-ro até o último colocado.

O vôlei adaptado é uma das moda-lidades que mais exige preparo físico. Com times de seis jogadores e sets de 15 pontos, a modalidade não permite que os

evelim covre

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O basquete de Rio Claro terá em 2010 o reforço de jovens entre 11 e 18 anos selecionados pela peneira que acontece todos os anos na cidade. O treinador De-nison Gomes de Araújo, conhecido como Bamba, espera que com a ajuda de jovens a equipe rioclarense ganhe em qualidade.

De acordo com a idade, os jogadores são distribuídos entre as categorias equi-valentes para disputar os campeonatos. É para estas disputas que o treinador Bam-ba espera que os jovens possam reforçar os times do ano que vem.

São selecionados os garotos e garotas que, segundo a visão dos técnicos Bamba e Marcelo Gomes Tamião, apresentarem qualidade nos fundamentos básicos do basquete, como drible e bandeja.

Jogos Regionais do Idoso reúnem 189 delegações

competidores pulem na hora da disputa. É obrigatório que a bola passe pelo me-nos na mão de dois jogadores antes de ir para o campo adversário. A piracicabana Jane Gallego, 63, pratica o esporte há seis anos. �Comecei a jogar depois que separei do meu marido. Não gosto de ficar em casa, não quero ficar jogando bingo. Quando chega o fim de semana fico de-

pressiva, não gosto de ficar em casa”, diz. Outro exemplo é a atleta Mafalda Este-vom Lopes, 67 anos, representante de Tanabi � próxima a São José do Rio Preto –, que joga vôlei há oito anos. Ela conta que tinha depressão e vários problemas de saúde antes de começar a praticar o esporte. �Estou vivendo agora tudo o que não vivi quando tinha 30 anos”, afirma.

Os jogos de vôlei foram realizados nos ginásios municipais de esportes José Oliveira Garcia Netto e Waldemar Bla-tkauskas e tiveram o acompanhamento do curso de fisioterapia da Unimep.

Além dos cuidados médicos, a co-missão técnica tem grande importância quando se trata de jogos de idosos. Pois são os técnicos que orientam em cam-po, que ensinam e ajudam no que for preciso. A técnica do vôlei da cidade de Tanabi, Cristiane Paglioni, há cinco anos no comando da equipe masculina, co-menta que “é maravilhoso trabalhar com eles, o que a gente pede eles obedecem porque sabem que estamos pensando no bem deles. Todos os dias eles se superam, eles se ajudam. É fantástico”.

Vôlei adaptado entre Piracicaba e tanabi: exigência de bom preparo

Piracicaba consagrou-se campeã em pontos gerais; vôlei adaptado é título inédito para a cidade

QUALIDADE DE VIDA

Camila Viscardi

RIO CLARO

A peneira acontece todos os anos na cidade na busca por novos talentos

Lílian Tamaru, 12, conheceu o bas-quete na escola com o Bamba há cinco anos e desde então pratica o esporte. A mãe, Fátima Tamaru, diz que espera mais divulgação do basquete feminino de Rio Claro e acrescenta que o time precisa de reforços para 2010. As irmãs Patrícia e Luiza Hebling atuam no time da cidade e

foram convidadas pelo treinador Bamba para participarem da peneira. A mãe das meninas, Maria Elisa Bortolin Hebling, diz que acompanha sempre o desempe-nho das filhas e se mostra otimista para os campeonatos do próximo ano. Ela afir-ma que espera um time excelente para 2010. Orgulhosa, ela conta que as filhas

foram convidadas para jogar a próxima temporada no time de Iracemápolis.

O Rio Claro FC/Seme tem obtido bons resultados. A equipe Infantil masculina está na disputa pelo terceiro lugar do campeonato realizado pela Associação Regional de Basquete (ARB) e o time profissional masculino compete na divi-são especial do esporte em São Paulo, a série A-1.

O desempenho da equipe é o que esti-mula meninos como Gustavo Henrique Candido dos Santos, 15, que já joga no time de Rio Claro, mas fez questão de participar da peneira. Há um ano no basquete, Gustavo afirma que a motiva-ção vem da vontade de integrar a equipe profissional. Ele vê no esporte uma opor-tunidade de carreira para o futuro.

Atualmente, a equipe profissional de Rio Claro conta com dois jogadores que foram revelados pelas peneiras, Juliano Randal Furletti, 22, e Vinicius Sossai, 22.

Os testes estão divididos nas categorias Mini, Pré-mini, Mirim, Infantil, Infanto-juvenil, Cadete e Juvenil.

Jovens reforçam o basquete

antes da peneira, orientações do treinador

Evelim Covre

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Dezembro/2009 - Na Prática 9

fernAndA ZAnetti

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“De bem com a vida e a nature-za” é o lema do Calango Andando, grupo de pessoas que se reúnem uma vez ao mês para caminhar em busca de interação com a natureza, animais e o equilíbrio entre o corpo e a mente.

No dia 31 de outubro, o grupo se reuniu para mais uma caminhada que, segundo um dos fundadores. Pedro Lima, “é o objetivo do Ca-lango, caminhar por prazer, sendo apenas um dia no mês que a pessoa pode tirar para ela mesma”.

Nesta caminhada rumo a Tupi, havia cerca de 100 participantes, mas Lima conta que a quantidade de pessoas depende do dia, já que qual-quer um pode fazer parte do grupo, basta se inscrever no site ou aparecer em frente à Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), em Piracicaba, no dia combinado às 6h. No Calango costumam freqüentar médicos, empresários, domésticas, idosos e crianças. O importante é ter disposição e querer caminhar.

É o caso de Luiz Claudio Pereira que afirma gostar de andar e aproveitou para levar o filho Mateus Souza, 9, e seu amigo Miguel Fegadalli, 8, que pela primeira vez estão participando da caminhada.

Normalmente, as pessoas caminham nas ruas, parques ecológicos, área de lazer, ou próximos às suas residên-cias ouvindo os ruídos da cidade. No entanto, andar no Calango é diferente, as pessoas passeiam em estradas de terras, no meio de canaviais, com o silêncio do campo ouvindo apenas o som de passarinhos, águas correntes dos riachos, vento nas folhas.

Sendo este o atrativo para José Eduardo Paesman, que afirma “gostar de passear no sítio e andar no mato, ter contato com a natureza. Além do companheirismo das pessoas que freqüentam o grupo�.

O percurso até Tupi teve 20 quilômetros e contou com a bela vista do Horto Florestal de Piracicaba. Em geral, os trajetos variam de 18 a 23 quilômetros dependendo do percurso, que muda a cada mês, mas nunca deixam de ter as belas paisagens naturais.

O Calango também atrai pessoas de outras cidades.

CALANGO ANDANDOA

Como Ricardo de Santis, administrador que mora em São Pedro e não perde uma caminhada desde que conheceu o grupo em 2006, por indicação de um amigo. Ri-cardo se preparava para uma prova de trekking (com-petição composta por esportes radicais) e seu amigo recomendou o grupo para se preparar. “Hoje caminho para relaxar, esquecer as rotinas do trabalho e fazer no-vas amizades”, afirma.

Até cachorros estão fazendo parte do Calango. É o caso da cachorrinha Milly, que é levada pela dona Lour-des Ifa. “Sempre que posso trago a Milly. Como anda-mos em contato com a natureza, ela pode correr, brincar que não tem problema algum. Além do mais já virou uma mascote para o grupo e quando não posso levá-la as pessoas perguntam onde está a cadela”.

O sol quente e o cansaço não são páreo pra essa tur-ma. Quando a canseira bate, o carro de apoio está pre-parado para resgatar os participantes. Mas poucas pes-soas gostam de pegar carona e preferem ir caminhando até o final.

Para caminhar vale qualquer coisa, não é preciso de

nada em especial. No site do Calango há algumas reco-mendações, por isso as pessoas que já estão mais acos-tumadas utilizam bastões apropriados, chapéus, botas e mochilas equipadas. Outras improvisam e utilizam da natureza pegando galhos que se tornam bastões, pendu-rando toalhas pelo corpo para evitar o calor do sol.

E após um período de 4 às 6h de caminhada depen-dendo do percurso, os integrantes não desistem. Mesmo com o corpo suado, dolorido e bolhas nos pés, o mais importante pra essa turma é chegar ao final que sempre conta com um almoço ou piquenique. O retorno para Piracicaba é sempre de ônibus fretado.

As caminhadas acontecem sempre no último sábado do mês e todas as informações necessárias estão dispo-níveis no site antes da caminhada e depois com as fotos. Site: www.calangoandando.com.br

Percurso é feito em meio a canaviais e estradas

de terra; contato com a natureza é essencial para

os praticantes

Fern

anda

Zan

etti

caminhada como terapiagrupo caminha pela cidade assim que o sol nasce para aproveitar o dia nas estradas rurais

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Há professores que são contra essa inovação dizendo que esses recursos podem atrapalhar o ren-dimento escolar do aluno. Com a internet eles vão jogar, olhar e-mails ficar entrando em salas de bate papo menos estudar ou prestar atenção nas aulas comenta o professor Eduardo Soares.

nAtháliA rAvArA

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Para conquistar estudantes, colégios in-vestem em equipamentos digitais, como lousas especiais, e aulas interativas.

Tudo começa pela lista de materiais que alem dos livros e cadernos traz tam-bém atrativos como mídias de armazena-mentos Cds e Dvds, pen drives.

As tecnologias digitais trazem possibili-dades de interação entre os estudantes, a produção de vídeos e trabalhos em grupo como conta a pedagoga Leila Machado.

Mas será que os professores estão aptos a dar aulas com essas novas tecnologias?Até que ponto elas não atrapalham o desenvolvimento do aluno dentro de uma sala de aula?

Muitos professores preferem ignorar ou

até mesmo proibir o uso de tecnologias por não estar preparado ou por não saber fazer uso dos novos aparelhos.

A tecnologia vem aumentando e tomando espaço, fazendo com que professores se adaptem e consiga lidar com os desafios, manusear os novos aparelhos tecnológicos, produzir idéias e coloca-las em prática conseguindo assim incentivar os alunos.

Como os professores estão se preparando para lecionar com recursos tecnológicos

Aulas interativas é aposta de professoresTECNOLOGIA NAs EsCOLAs

Com os novos equipamentos as escolas estão tomando medidas de segurança colocando cadeados em televisores, datas show computadores, Dvds.

Em alguns casos os alunos são proibidos a usar os equipamentos como relata a estudante Vivian Nascimento de13 anos “Não deixam a gente usar o auditório e laboratório de informática.”. Já a diretora de um colégio estadual conta que não pode ligar três compu-tadores de uma vez, senão a rede cai. “Eu tenho de trocar as lâmpadas a cada 15 ou 20 dias, porque queimam logo” diz à diretora que prefere não ser identificada. As inovações em escolas estaduais vêm chegando aos poucos e o proble-ma é a quantidade de aparelhos não suficiente e a precária situação em que a escola se encontra.

segurança para os equipamentos

Contra as novas tecnologias

nAtAli cArvAlho

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A capoeira regional teve sua origem consagrada por Manoel dos Reis Machado, conhecido por Mestre Bimba. Segundo Eugenio Morato de Jesus, Mestre Geninho, Bimba mudou o modo de pensar das pessoas, criando um novo tipo de capoeira. “Ele (Bimba) pesquisou durante muito tempo e mudou alguns movimen-tos da capoeira, montando uma seqüência de golpes padronizados, com movimentos mais lentos e rasteiros“, explica Geninho.

Mestre Geninho começou em 77 e é formado por Mestre Cosmo (Claudival da Costa), um grande ídolo da capoeira. Desde criança apreciava e buscava aprender os golpes. Hoje com 50 anos coordena

a Associação Capoeira Engenho Central de Piracicaba, que leva o nome em homenagem a cidade, ao rio, considerando que o Engenho é o marco da cidade.

Piracicaba conta com pelo menos 10 grupos de capoeira. Destacando a Associação por conta de um projeto chamado “Capoeira Educação” que envol-ve Cultura, Esporte, Educação e Lazer. “O objetivo é tirar as crianças da rua levando essa cul-tura, ajudando a manter longe de vícios e buscando formar adultos responsáveis e de respeito”, ressalta Geninho.

O projeto começou em maio de 87, e a Associação vem ten-tando mandar para a Prefeitura a fim de conseguir ajuda financeira para manter os instrumentos que custam caro.

O grupo tem aproximada-mente 75 alunos, com aulas em quatro lugares (Ginásio do Nhô Quim - Mestre Geninho / Vare-jão da Vila Rezende - Prof. Ciço / Centro Comunitário - Contra- mestre Bahia / Vila industrial - Prof. Gabriel). Realizam apre-sentações gratuitas em praças, como no Engenho Central, no casarão da Rua do Porto e na Estação da Paulista.

Uma mistura de luta, dança, cultura e música, a capoeira re-gional é tocada com um berimbau e dois pandeiros, sendo o primeiro o instrumento principal da capo-eira. A música é o que diferencia a capoeira das lutas marciais, e deve-se a sua origem aos escravos que utilizavam o canto para dis-farçar a prática da luta com uma espécie de dança.

TRADIçãO

precursor da capoeira regionalMestre Bimba:

Como parte da cultura popular a mais de cinco décadas, a capoeira é oficialmente nomeada um esporte nacional. Foi em 1930, que mes-tre Bimba apresentou a dança para presidente Getulio Vargas, e en-tão, a capoeira passou a ser vista como um exercício físico e mental e não mais como luta violenta e deixou de ser proibida no Brasil, como foi durante muitos anos.

Clodomiro Pereira professor há oito anos diz ser adepto à tecnologia, já que na maioria de seus seminários usa o data show como recurso tecnológico. “Ou nos adaptamos ou chegará um dia em que todas as escolas serão informa-tizadas e os alunos irão usar laptops no lugar de cadernos” disse Clodomiro.

Cristina Pasquim conta que alguns

Professores a favor das novas tecnologiasprofessores continuam acreditando em aulas expositivas, com alunos passivos que escutam professores, crianças e jovens que vivem no mundo da interatividade, com seus computa-dores, celulares não conseguem ficar sentados ouvindo ,é preciso mudar, é uma mudança difícil, mas necessária e inevitável”, relata a professora.

Movimentos e sequência de golpes foram modificados e ficaram mais lentos e rasteiros

Origem da Capoeira

alunos da associação

Capoeira Engenho

Central

Natali Carvalho

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mônicA cAmoleSi

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O CineDub é um estúdio de Piracicaba que possibilita a oportunidade de traba-lho para quem gosta de fazer dublagens. No Brasil a maior parte desse mercado está no eixo Rio-São Paulo e nem todos os profissionais têm a oportunidade de mostrar o trabalho nesses grandes estúdios.

Respirar no momento certo, interpre-tar falas e adaptar a voz aos personagens. Essas são algumas das funções de um dublador. “Mais que emprestar a voz, esse profissional precisa conquistar o especta-dor através da emoção”, fala o diretor do estúdio CineDub, Wasghigton Poppi.

Para trabalhar na área é necessário

Mônica Camolesi

Estúdio no interior oferece oportunidades para

amadores

ter boa voz, dicção, articulação, leitura dinâmica e interpretação. O dublador pode interpretar personagens de filmes, desenhos ou fazer um documentário.

Os grandes estúdios só contratam

DUBLAGEM

Empreste sua em Piracicaba

Estúdio do Cinedub com a atriz novata, Eva Ferraz

profissionais com o registro de ator na Delegacia Regional do Trabalho, o DRT. Poppi diz que no interior temos um celeiro de artistas, porém nem todos possuem a formação de ator. “Damos a oportunidade

para o dublador amador, que mesmo sem o DRT, exibe muito talento e vontade”, diz. Atualmente o CineDub trabalha com 30 dubladores de Piracicaba e região.

Para obter o DRT é preciso ingressar na faculdade de Artes Cênicas ou pedir o DRT Provisório (validade de 1 ano) com a apresentação de Carta da Escola Regula-mentada, para o aluno cursando o último ano, ou Carta de Contratação de Trabalho Atual, no Sindicato dos Trabalhadores, nesse caso é necessário pagar uma taxa equivalente a um salário mínimo.

Os dubladores ganham pelo que eles chamam de anel, que corresponde a 20 minutos de gravação de voz. Segundo tabela no site do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo – Sated, o valor varia entre protagonista, coadjuvante e elenco. Por exemplo um protagonista ganha R$ 60,70 por hora (incluído o repouso semanal remunerado).

Com oito anos de experiência em dublagem atriz Nelma Nunes diz que sempre foi apaixonada por vozes. For-mada também em música, ela explica que a dublagem exerce a função de transmitir os vários contextos culturais apresentados nos filmes. “Muitas pessoas não conseguem ler e interpretar a cena ao mesmo tempo, quando assistem a um filme legendado, para essas pessoas entrarem na história e entenderem toda mensagem é necessário a voz dos dubla-dores” explica.

Para Nelma um bom dublador precisa saber ler, saber falar e ter prontidão para atender aos vários estímulos, pois tem que se atentar ao texto, a interpretação e ao LipSync, que é a sincronia entre os lábios do dublador e do personagem em cena, fala ela.

Novata na área da dublagem, Eva Fer-raz Leone conta que quando foi chamada para fazer o primeiro filme, a sensação era de ter ganhado na loteria. “Ficava imaginando como era fazer dublagem e hoje levo o sonho para as pessoas que estão assistindo, emprestando a minha voz aos personagens.”

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O coordenador pedagógico e profes-sor de química do curso pré-vestibular do CLQ (Colégio Luis de Queiroz), de piracicaba, Juan Sebastianes, afirma que é grande a diversidade emocional revelada pelos alunos. “Temos desde os mais tranquilos, que muitas vezes não

CURsINHO

de quem quer ser

Há quatro anos estudante se prepara para uma vaga no curso dos sonhos

MaratonaSAmAntA mArçAl

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Ansiedade, insegurança e estresse são sintomas dos candidatos à “bixo” que concorrem às vagas das melhores Univer-sidades brasileiras. Os estudantes que almejam ingressar numa universidade es-tadual ou federal recorrem aos cursinhos, que todos os anos lotam salas de aulas com cerca de 150 alunos por turma. Du-rante todo o ano, os alunos lidam com o desafio de assimilar conceitos e fórmulas das mais variadas matérias e aguardam o momento de superar a concorrência que é altamente qualificada.

Há quatro anos a estudante Lyna Alves de Lima, 21, frequenta o cursinho CLQ e quer ingressar no curso de medicina da USP (Universidade de São Paulo) ou Unicamp (Universidade de Campinas). No vestibular da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) de 2008, vinculada à USP (Universidade de São Paulo), faltaram cinco pontos para Lyna passar para a 2ª fase de provas. “Quando vi que fiquei por tão pouco minha reação foi chorar, mas desistir, nunca. A pressão que faço sobre mim mesma é muito gran-de”. Lyna não trabalha e estuda cerca de 8 horas por dia, além de frequentar aulas de aprofundamento de física, biologia, química e redação.

se preocupam o suficiente com a rotina de estudos, aos alunos que exageram na dose de dedicação”. O professor diz que é importante conciliar os estudos com momentos de laser, atividades físicas, boa alimentação e repouso de no mínimo 6 horas por noite.

Juan afirma que a maior parte dos alunos que fazem o curso pré-vestibular, são de escolas públicas e tem pouca noção na área de exatas como matemática, física e quími-ca. “Os estudantes tem mais facilidade na área de humanas, com exceção da redação, a qual é muito cobrada na maioria dos ves-tibulares. Acabam sofrendo no começo até se adaptarem à rotina intensa de estudos”.

O estudante Felipe Penteado Silva fez cursinho durante um ano e ingressou no curso de Ciência da Computação da USP de São Carlos. Felipe desistiu do curso após um ano e meio. “Ao contrário do que eu pensava aquele curso não tinha nada a ver comigo. Cheguei lá querendo sair, mas minha família insistia pra eu ficar dizendo que no próximo semestre ia melhorar.” No 2º semestre de 2009, Felipe voltou para o cursinho e quer fazer o curso de Ciência dos Alimentos.

A insegurança dos estudantes só não pode atrapalhar na hora “H” do vestibular. Para ter um bom desempenho, o professor Juan recomenda que o aluno durma bem um dia antes da prova, não ingira bebidas alcoólicas, se alimente de forma saudá-vel e faça apenas uma revisão leve dos conceitos principais. “O cursinho obriga o aluno ser um pouco desumano com ele mesmo”, conta o professor. A solução é ralar muito durante o curso pré-vestibular para encarar a prova sem medo.

alunos de cursinho em busca de uma vaga na

universidade

Samanta Marçal

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Dezembro/2009 - Na Prática 13

dAnielle mourA

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Segundo o dicionário, superação significa transposição de um obstáculo ou desafio. E é este o nome que leva o novo programa que mostra o convívio de pessoas com necessidades especiais, ou não, na sociedade.

Super Ação, apresentado por Vanessa Gobbo e Gustavo Nolasco, teve sua es-tréia no dia 1º de julho na TV Beira Rio e, é uma nova opção de entretenimento educativo que a cidade de Piracicaba e os moradores da região ganharam.

No ar todas as quartas-feiras às 19h30, Super Ação traz um conteúdo informa-tivo e sempre aborda temas relacionados aos portadores de alguma deficiência, seja ela física, psicológica ou financeira. O programa é direcionado e com tema bem específico: a acessibilidade. A idéia vai além de permitir que pessoas com deficiências participem de atividades, e sim também promover a inclusão delas na sociedade.

“O intuito do programa sempre foi abordar a acessibilidade, em suas diversas vertentes. Como o nome do programa é Super Ação, nossa preocupação sempre foi contar histórias de pessoas que passa-ram por momentos delicados e enfrenta-ram os desafios, mas vivem normalmen-te, trabalham e, apesar das limitações, são felizes. Na verdade é um programa de inclusão, a gente mistura histórias de pessoas que têm ou não deficiência física,” diz Vanessa Gobbo. .

A interação com os telespectadores é realizada via blogger, flickr, twitter, gengi-bre, orkut e youtube. O público pode aju-dar a fazer o programa, usando qualquer uma dessas ferramentas. “Durante esses meses nós pudemos conhecer muitas pessoas, via internet, envolvidas com o tema que nos ajudaram. Os internautas têm um espaço garantido no programa no quadro Diário Acessível”, lembra Vanessa. Através da rede, o público do Brasil inteiro pode enviar declarações em vídeos contando um pouco sobre suas histórias e opiniões.

Um dos idealizadores do programa, o vereador da cidade de Piracicaba André Bandeira, é deficiente físico e vivencia diariamente as dificuldades que ele apresenta. Após um acidente de carro, ficou paraplégico e não imaginava que conseguiria aceitar a deficiência que havia adquirido e voltar a fazer certas atividades. Bandeira possui um quadro de entrevistas no programa.

Sobre a atração, Bandeira comenta uma de suas características: a linguagem utilizada. “É com dinamismo e com mui-ta interação do público que nós espera-mos socializar e conscientizar melhor a população de Piracicaba e região”.

“Nós nos preocupamos com a experi-ência das pessoas. O foco não é a notícia, ou a deficiência, mas como essa pessoa

lida com isso no dia-a-dia. A intenção é desmistificar a deficiência. O mais grati-ficante é que nós aprendemos junto com os personagens. Os tabus que a gente tem sobre deficiência são quebrados no dia-a-dia das gravações, e isso é levado ao público”, lembra Vanessa.

O Super Ação tem recebido elogios so-bre seu formato inovador, principalmente entre as emissoras regionais. Segundo os telespectadores, o programa tem debati-do temas importantes.

“O programa é muito interessante porque ensina você a entender o modo de vida de pessoas com necessidades”, comenta Rita Aparecida da Silva, empre-gada doméstica. O porteiro José Vicente Gomes cita o que aprendeu ao assistir a atração: “Quando assisti ao Super Ação

sUPER AçãO

TV com deficientesEmissora de Piracicaba aposta em atração dedicada à inclusão social

percebi como posso ajudar as pessoas nas dificuldades que elas encontram no dia-a-dia. É um novo olhar sobre cada um.”.

Recentemente o projeto da TV Beira Rio ganhou destaque nacional ao ter pu-blicada uma de suas matérias no site do programa Profissão Repórter, produzido por Caco Barcellos, da Rede Globo. Com a matéria “Janela da Alma”, o grupo pira-cicabano mostrou os desafios enfrentados pelos deficientes visuais e recebeu uma menção da atração global.

Até o atual momento foram ao ar 23 edi-ções, mas já existem duas edições prontas que serão exibidas nas próximas semanas.

Super Ação é reprisado aos sábados às 17h30. Para contar sua história de superação, basta enviar um e-mail para [email protected].

Equipe grava programa sobre histórias de migrantes no bairro Cantagalo

Danielle Moura

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kAleo AlveS

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O Tribunal Superior Eleitoral inaugu-rou em seu portal eletrônico (www.tse.gov.br) o “Título NET”, serviço on-line que possibilita o início do processo de cadastramento ou solução de pendências eleitorais através da internet. Além de acabar com as filas em períodos eleito-rais, a medida pretende trazer para as eleições os jovens de 16 e 17 anos, mais familiarizados com essa tecnologia. A participação dos eleitores nesta faixa etá-ria caiu entre os pleitos de 2006 e 2008.

Segundo os números do IBGE e do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, em 2006, nas eleições presidenciais, dos

mAriAnA BlAnco

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A Eutonia é uma técnica utilizada para aprimorar os cuidados com o corpo. Ob-servar a forma, contornos e principalmente aceitar o corpo do jeito que é, são alguns dos princípios desta nova prática corporal.

De acordo com a eutonista e terapeuta corporal Ana Quezada, primeiramente as pessoas precisam aprender a dialogar e aceitar seu próprio corpo. Ao mesmo tempo considerar que as tensões cor-porais não são somente físicas, mas, emocionais, mentais e psicológicas.

As aulas são feitas individualmente ou em grupo, e iniciam-se com um olhar das necessidades imediatas de cada um. A prática ajuda o aluno a conhecer seu corpo e ter consciência do que pode ser modificado. Objetos auxiliares, como bambu, bucha vegetal, bolinhas, semen-tes e sacolas plásticas preenchidas com aromas, também são utilizadas.

“A correria do dia-a-dia faz com que as pessoas percam a atenção que precisam ter com seu corpo e esta prática ensina as pessoas a prestarem atenção no óbvio, por exemplo, como sua pele reage ao toque de um bambu, bucha, ou até uma toalha. É um olhar para dentro, pois cada

aluno é diferente”, reforça a terapeuta.“Tenho mais consciência do corpo,

consigo perceber a origem da dor, o por-quê de estar doendo, e percebendo como circula a energia do corpo. Agora eu lembro que tenho um corpo para cuidar”, comenta a aluna Marília Moreno.

Segundo Ana Quezada, a alemã Gerda Alexande, criadora da Eutonia con-siderava que não há mais tempo para parar. “As coisas estão a mil por hora e necessita-se estar relaxado para con-seguir alcançar o objetivo e superar as barreiras do dia a dia”, explica.

“Essa pratica é uma forma de olhar para si e se aceitar, e não admirar a ima-gem de outra pessoa. Os jovens sempre buscam exemplos da TV e querem ser parecidos com quem está na moda”, comenta a estudante Eduarda, 20 anos.

“Procurei a prática para trabalhar a postura, mas com o tempo percebi que a postura é a consciência corporal, porque não é um exercício físico, é bem lento, na verdade a gente aprende onde estão às coisas, toma consciência de como é o nosso corpo, como as coisas encaixam e acaba percebendo como circula a ener-gia. Conseqüentemente, ela trabalha todo nosso psicológico e ajuda no dia-a-dia”, relata Natália Vello, de 23 anos.

Justiça eleitoral quer atrair eleitores de 16 e 18 anos

ELEIçõEs

De olho nos jovens

1.334.343 habitantes do estado dessa faixa etária, 417.938 possuíam o título de eleitor, pouco mais de 30% do total.

Dois anos depois, nas eleições munici-pais de 2008, a diferença aumentou ainda mais. Apenas 374.207 jovens com mais de 16 e menos de 18 anos possuíam título de eleitor, em uma população de 1.364.082 habitantes, pouco mais de 27%.

O que separa os jovens das eleições, se-

gundo Jéssica de Oliveira, de 16 anos, não é a dificuldade para conseguir o título, mas sim a situação da política nacional. “Não tirei meu título ainda porque não vale a pena votar. Só vou ter um aos 18 anos, e pra votar em branco. Do jeito que está não quero nem saber de política.”, afirma.

Outros jovens já possuem o título, como Guilherme Barranco, de 16 anos, mas não se preocupam com a importân-

cia do voto. “Tirei meu título por que tinha que tirar, é um documento que sei que vou precisar no futuro”.

Além do processo de cadastramento, o site também disponibiliza serviços como transferência e revisão dos dados cadastrais e pagamento prévio de multas eleitorais, que podem ter o valor revisado pelo juiz eleitoral.

O requerimento eletrônico é apenas o pré-atendimento de todo o processo, pois o cidadão precisa comparecer a uma uni-dade de atendimento da Justiça Eleitoral (cartórios ou postos de atendimento), no prazo de cinco dias corridos, para a apresentação de documentos necessários no processo. Esse local é indicado após o preenchimento do formulário eletrônico.

Conhecer e aceitar o EUTONIA

Técnica trabalha as tensões corporais e também mentais e emocionais corpo

atividades são realizadas em grupo ou individualmente

Mariana Blanco

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João lopeS

Em uma sociedade onde a maioria segue princípios re-ligiosos colocados pela família, alguns jovens vão na con-tramão e decidem por não seguir nenhuma religião. Eles são os ateus.

O ateísmo é uma corrente ideológica que prega a não aceitação de paradigmas religiosos e crêem na ausência de um deus. Por isso, os ateus podem se tornar alvos de preconceitos por serem erroneamente confundidos com seguidores do paganismo, religião não judaica-cristã. Segundo o IBGE, o número de ateus no Brasil é de 12,5 milhões de pessoas, quatro vezes maior que há 20 anos. O estudante de engenharia de alimentos, Alan Daniel,

de 24 anos, conta que ao ingressar na univer-sidade mudou seu ponto de vista sobre a

religião. “Minha família toda é religiosa, minha mãe e evangélica e sempre que pode vai aos cultos. Eu sou a ovelha ne-gra. Quando entrei na faculdade e tive contato com alguns pensadores ateístas

comecei ver a religião de outra manei-ra”, conta o jovem. “Não me considero

cem por cento ateu, mas já me desprendi de todos aqueles valores

que aprendi quan-do era pequeno”. A falta de compre-ensão da família é um dos principais motivos da represália sobre os que desejam optar por não ter uma religião. Mas isto não aconteceu com Fer-nando Rezende, 28 anos, estudante de história pela Uni-mep. Quando crian-ça participava de sa-cramentos católicos, mas sempre se dizia

Apesar da religiosidade da família, há jovens que não acreditam em um deus

RELIGIOsIDADE

Jovens

Foto

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oão

Lope

s

frustrado com essas experiências. Mesmo mais velho vol-tou a freqüentar alguns cultos, porém a insatisfação era a mesma. Por fim resolveu optar pelo ateísmo.

“A constatação da ausência de um criador para o universo é apenas uma especulação que eu, enquanto marxista, entendo mais plausível, uma vez que embaso minhas opiniões no conhecimento cientifico”, expõe Fernando. E reforça: “pelo menos para mim, o ateísmo é uma posição política, não simplesmente uma reflexão de cunho puramente filosófico”. Fernando ainda questiona: “Quando um pastor faz seguro do seu carro, ele crê tão seguramente que o todo poderoso vai impedir o ladrão de roubar o seu carro, então por que passar a responsa-bilidade à mão de uma pessoa, talvez pelo fato de Deus não der conta de impedir?”. Apesar de seus pensamentos ateístas, ele acrescenta: “Me interesso por todas as religiões enquanto fenômeno cultural”.

No caso de Denilson Oliveira , 20 anos, aluno do sexto se-mestre de filosofia da Unimep, as coisas aconteceram logo na adolescência. Criado na infân-cia a partir de valores cristãos, Denilson optou por seguir não seguir uma religião com 13 anos de idade. “No início da adoles-cência, a religiosidade já não me interessava e por vezes me causa-va incômodo”, comenta. “Revelei minha posição de não crente aos meus familiares algum tempo de-pois de estar convicto, por volta dos quinze anos de idade. Entendia que se não houvesse argu-mentos coerentes para sustentar o rompimen-to com a religiosidade poderiam entender como uma atitude ra-dical e imatura. E as-sim o fizeram”.

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Na Prática - Dezembro/200916

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Em mais um ano, Iracemapolis parti-cipou do Paciclo, Passeio Ciclístico da escola João Ometto, em prol a famílias carentes da cidade. A professora e ide-alizadora do projeto explica: “O projeto surgiu em 1994 quando nos tínhamos uma 6ª série muito egoísta, individualista mas que gostava de esporte, então eu juntamente ao Andre Fagotti pensamos em algo que unisse o esporte e a solida-riedade, então fizemos o Paciclo”.

Desde então o projeto vem sendo mul-tidisciplinar. “Na aula de eudcação artís-tica eles fazem desenhos sobre o Paciclo, em Português fazem redações, acrósticos e no dia do evento as premiados os me-lhores trabalhos”, explica Denise

Os alunos saem às ruas para pedir alimentos em casas e fábricas. “A gente vai em grupos de cinco alunos, uniformizados e nas fábricas vamos com um ofício da esco-la, mas algumas pessoas falam que estão em crise e não podem ajudar”, conta o aluno da 8ª serie Claudinei Rocha Amorim.

O grupo que mais arrecada alimento ganha uma bicicleta. Este ano um grupo arrecadou 800 kg, mas eles doaram a bicicleta a uma criança carente, fazendo jus ao tema do Paciclo: “O esporte educa o corpo; a solidariedade, o espírito”.

Este ano a escola arrecadou mais de quatro toneladas de alimentos, 120 brin-des e 15 bicicletas que foram sorteadas no dia do evento. Todas as escolas da cidade são convidadas a participar com 1 kg de alimento por aluno, em troca eles recebem um cupom para o sorteio.

A entrega desses alimentos é feita pela Garota e Garoto Paciclo, alunos que mais venderam números durante o mês de arrecadamento. “Esses estudantes arrecadam dinheiro para despesas como trio elétrico, brincadeiras e o dinheiro que sobra é revertido em alimentos, que faltam nas cestas”, conta Denise.

O evento é anual e tem o apoio da Secretaria de Saúde, com a ambulância, Secretaria de Segurança, com as viaturas e a Secretaria de Educação.

Escola arrecada mais de quatro toneladas de alimentos para famílias carentes

IRACEMáPOLIs

solidárioPasseio Ciclístico

População participa de passeio e estudantes

arrecadam doações

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