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Prêmio Jovem Extensionista/2009: na ilharga da Universidade
2
Capa/Editoração Eletrônica Mariane Smith Santos [email protected] Revisão Durbens Martins Nascimento Bolsistas Adriano Andrade Silva Leidiel Araújo e Oliveira Leomário Silva Machado Douglas Alexandre Silva Coelho Catalogação Edinalva Antonia Braga Sabá Ana Maria Barbosa Sena Rosíris Lopes Rodrigues Mendes Jane Sampaio Silvana Nascimento da Silva Ferreira
Contatos: [email protected]
Editora Universitária/UFPA Endereço: Rua Augusto Corrêa, 1 Cidade Universitária Prof. José da Silva Netto - Campus Básico
Telefones: Direção: (91) 3201.7965 / Secretaria: (91) 3201.7994 / Livraria: (91) 3201.7911
Email: [email protected]
© Direitos de cópia/copyright 2010
Por/by PROEX/UFPA
ISSN 2177-4056
3
Jornada de Extensão
Universitária
Coordenação Geral Prof. Dr.. Fernando Arthur de Freitas Neves
Coordenação Executiva
Prof. Dr. Celson Henrique Sousa Gomes Prof. Dr.. José Maia Bezerra Neto
Prof. Dr. Durbens Martins Nascimento
Comissão de Comunicação Prof. Dr. Celson Henrique Sousa Gomes
Adriano Andrade Silva (bolsista) João de Castro Ribeiro
Leidiel Araújo de Oliveira (bolsista) Luciane Bessa
Maria Vilma Cunha de Figueiredo
Comissão de Infra-Estrutura e Logística Ana Lídia Ferreira Ana Maria Sena
Arlindo de Almeida Portilho Edinalva Antonia Braga Sabá
Idelza Barata Costa Ivanilde Braz de Almeida
Jane Sampaio João de Castro Ribeiro
Maria Vilma Cunha de Figueiredo Rosíris Lopes Rodrigues Mendes Silvana N. da Silva Ferreira
Waldene Brandão de Oliveira
Comissão de Apoio (Bolsistas) Adriano Andrade Silva
José Aílton Faro de Noronha Leidiel Araújo e Oliveira
Marcela Takeshita Moenah Mendes Castro
Patrícia Lúcia dos Santos Sousa Thiago Leite de França
Projeto gráfico, editoração eletrônica e capa
Mariane Smith Santos [email protected]
O conteúdo, a redação e a revisão dos resumos deste livro são de inteira responsabilidade de seus
respectivos autores
Belém
2010
Todos os direitos reservados para PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UFPA Cidade Universitária José da Silveira Netto - Reitoria - 2° Piso
Av. Augusto Corrêa, 01 - Guamá - 66075-900 - Belém-PA Tel: (91) 3201-7127/Fax: 3201-7256 www.proex.ufpa.br/[email protected]
4
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
PRÊMIO JOVEM EXTENSIONISTA/2009: na ilharga da
Universidade
APRESENTAÇÃO A Pró-Reitoria de Extensão saúda todos os coordenadores de programas e projetos, a
comunidade universitária, e as pessoas residentes nos bairros localizados na ilharga da universidade
e, principalmente, os estudantes bolsistas pela presença e participação sem as quais não teríamos
alcançado os objetivos pretendidos com a 12ª Jornada de Extensão/2009.
Parabenizamos especialmente os coordenadores de projetos e programas responsáveis pelos
bolsistas aqui premiados e estes pelo desempenho aferido nesta. Os 5 trabalhos aprovados pela
Comissão de Seleção representam uma amostra qualitativa do universo de Resumos Expandidos
apresentados na referida Jornada que contou uma participação expressiva.
A Universidade Federal do Pará, por intermédio da Proex, com a Jornada de Extensão
Universitária, ao focar sua intervenção na promoção de direitos por meio das tecnologias
produzidas no âmbito acadêmico, se constitui num dos principais meios de intercambiar, aprofundar
e produzir conhecimentos que ofertem alternativas para a superação de impasses e melhoria das
condições de vida da população.
Com efeito, ao reunir a comunidade universitária no período de 24 a 26 de novembro de
2009, a partir de sua temática central “Na Ilharga da Universidade”, a Proex buscou estreitar seus
laços com as comunidades circunvizinhas na medida em que deslocou parte da Jornada para o
bairro do Guamá.
O Prêmio Jovem Extensionista coroa o processo de participação da 12ª Jornada de Extensão,
a qual realizou 890 atendimentos na forma de exames, consultas; diversas foram as oficinas,
palestras, cursos e eventos artísticos. Foram inscritos 1.300 alunos e credenciados 464. Os que se
inscreveram para a apresentação de resumos expandidos e pôsteres somam 220 resumos expandidos
e 38 pôsteres. De 191 resumos foram aprovados e 148 foram apresentados por seus autores e co-
autores. Dos 38 pôsteres inscritos, 27 foram aprovados e apresentados.
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Dos 175 trabalhos, portanto, apresentados, a Comissão do Prêmio Jovem Extensionista
selecionou 37 trabalho que obtiveram notas superiores a 9 e deste universo 5 foram aprovados entre
Comunicações e Pôsteres.
A coletânea de resumos expandidos e pôsteres, que apresentamos neste CDROM, na sua
terceira edição, expressa o reconhecimento das iniciativas exitosas de professores e alunos/bolsistas
de extensão do Programa Institucional de Extensão (PIBEX).
A PROEX com esta publicação eletrônica espera estimular a produção e a difusão do
conhecimento científico na sociedade e assim, elevar a qualidade de sua intervenção social.
Por fim, gostaríamos de publicizar os nossos agradecimentos aos funcionários e funcionárias
da Proex pela dedicação com a qual se empenharam para o sucesso da Jornada. Agradecer aos
parceiros da Jornada: Corpo de Bombeiros do Estado do Pará, Hiléia Ltda, Comando Metropolitano
da Polícia Militar do Estado do Pará, REFRY Ltda, LAR Fabiano de Cristo, Igreja São Pedro São
Paulo, Padre Ederaldo da Mata Silveira, Departamento de Material da UFPA (DEPAD), Setor de
Transporte da UFPA, CELPA, SEMA, Guarda Municipal, CTBEL, Polícia Civil do Estado do Pará
e HEMOPA. Um agradecimento especial aos cidadãos e cidadãs atendidos/as pelos diversos
serviços oferecidos durante a Jornada. E, finalmente, um registro de gratidão aos jovens estudantes
que responderam ao chamado da Proex para atuar como voluntários e a todos os docentes
extensionistas.
Fernando Arthur Freitas Neves Pró-Reitor de Extensão
Durbens Martins Nascimento
Diretor de Programas e Projetos
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COMISSÃO DE SELEÇÃO DE RESUMOS EXPANDIDOS
Prof. Dr. Fernando Arthur Freitas Neves
Presidente
Prof. Dr. Durbens Martins Nascimento Membro
Prof. Dr. Celson Henrique Sousa Gomes Membro
Prof. Dr. José Maia Bezerra Neto Membro
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SUMÁRIO
Apresentação
CAPÍTULO 1: PROGRAMA UNIVERSIDADE POPULAR EM DIREITOS HUMANOS – PUPDH 10
Coordenadora: Olinda Rodrigues da Silva Autora: Pamela Zatrepalek de Almeida Co-Autor 1: Elton Santa Brigida do Rozario Co-Autor 2: Ivanna da Silva Nascimento Co-Autor 3: Narjara Kely Queiroz de Oliveira Co-Autor 4: Patrícia de Jesus Soeiro
CAPÍTULO 2: INCUBAÇÃO DE EMPRENDIMENTOS SOLIDÁRIOS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVESITÁRIA NO CAMPUS DE MARABÁ 15
Coordenadora: Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo Autora: Dalila Silva Miranda; Co-Autor 1: Sidnéia dos Santos Reis Co-Autor 2: Loyanne Lima Feitosa Co-Autor 3: Soraya Gonçalves dos Santos Co-Autor 4: Deiziane dos Anjos Silva CAPÍTULO 3: VESTIBULAR E COMUNIDADES POPULARES: ESTREITANDO OS LAÇOS 20 Coordenador: Maria José Aviz do Rosário Autora: Maricélia Cristiam Lopes
Co-Autora 1: Silvia Cristina de Abreu Lucena
Co-Autora 2: Elisandra Monteiro Co-Autor 3: André Luiz Sales de Paiva
CAPÍTULO 4: CONECTANDO SABERES NA ESCOLA: A EXPERIÊNCIA DO CIRCUITO DE LEITURA NA ESCOLA PÚBLICA 24
Coordenador: Maria José Aviz do Rosário Autora: Sílvia Cristina de Abreu Lucena Co-Autor 1: Maricélia Cristiam Lop Co-Autor 2: André Luiz Sales de Paiva Co- Autor 3: Elisandra Monteiro Co-Autor 4: Márcia Mota de Souza CAPÍTULO 5: EDUCAÇÃO E PERVENÇÃO EM SAÚDE DA MULHER, E A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO PCCU UMS-GUAMÁ 28
Coordenadora: Isabel Cabral Autor: Ronaldo Santos Monteiro Co-Autor 1: Liele Gonçalves Ramos Co-Autor 2: Camila dos Santos Moraes
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COMUNICAÇÕES ORAIS
ÁREA TEMÁTICA: DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA
Título do Trabalho Autor Co-Autor 1 Co-Autor 2 Co-Autor 3 Co-Autor 3 Campi / Instituto
1. O Programa Universidade Popular em Direitos Humanos - PUPDH
Pamela Zatrepalek de Almeida
Elton Santa Brigida do Rozario
Ivanna da Silva Nascimento
Narjara Kely Queiroz de Oliveira
Patrícia de Jesus Soeiro ICSA
ÁREAS TEMÁTICAS: EDUCAÇÃO
Título do Trabalho Autor Co-Autor 1 Co-Autor 2 Co-Autor 3 Co-Autor 4 Instituto/Campi
1. Incubação de Emprendimentos Solidários através da Extensão Univesitária no Campus de Marabá
Dalila Silva Miranda Sidnéia dos Santos Reis Loyanne Lima Feitosa Soraya Gonçalves dos
Santos Deiziane dos Anjos Silva MARABÁ
2. Vestibular e Comunidades Populares: estreitando os laços Maricélia Cristiam Lopes Silvia Cristina de
Abreu Lucena Elisandra Monteiro André Luiz Sales de Paiva ICED
3. Conectando Saberes na Escola: a experiência do circuito de leitura na escola pública.
Silvia Cristina de Abreu Lucena
Maricélia Cristiam Lopes
André Luiz Sales de Paiva Elisandra Monteiro Márcia Mota de
Souza ICED
ÁREAS TEMÁTICAS: SAÚDE
Titulo do Trabalho Autor Co-Autor 1 Co-Autor 2 Co-Autor 3 Instituto/Campi
9
PÔSTER
ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE
Título do Trabalho Autor Co-Autor1 Co-Autor2 Co-Autor3 Co-Autor4 Instituto
/ Campi
1. Educação e Pervenção em Saúde da Mulher, e a importância da realização do PCCU UMS-Guamá.
Liéle Gonçalves Ramos
Ronaldo Bruno Santos Monteiro
Camila dos Santos Moraes ICS
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Capítulo 1: PROGRAMA UNIVERSIDADE POPULAR EM DIREITOS HUMANOS - PUPDH
Coordenadora: Olinda Rodrigues da Silva
Autora: Pamela Zatrepalek de Almeida Co-Autor 1: Elton Santa Brigida do Rozario
Co-Autor 2: Ivanna da Silva Nascimento Co-Autor 3: Narjara Kely Queiroz de Oliveira
Co-Autor 4: Patrícia de Jesus Soeiro Resumo:
O Programa Universidade Popular em Direitos Humanos – PUPDH é vinculado a Faculdade
de Serviço Social e ao Instituto de Ciências Sociais Aplicadas - ICSA. Existe desde 2006. E tem
como objetivo: capacitar e (in) formar lideranças de movimentos sociais da Região Metropolitana
de Belém – RMB, assim como contribuir na consolidação do Projeto Político Pedagógico da
Faculdade de Serviço Social. Ao promover tal capacitação vêem fortalecendo a parceria entre a
universidade e a sociedade nas lutas pelos direitos humanos. Confirmando a educação como uma
ferramenta importante no combate às violações de direitos. O PUPDH desenvolve um processo
metodológico que busca uma articulação entre o conteúdo acadêmico e realidades concretas
(vivenciadas pelos sujeitos da intervenção). Para tanto realiza atividades interdisciplinares através
de cursos de extensão, seminários e oficinas, vinculando a extensão ao ensino e a pesquisa. Além de
fomentar um processo formativo, para os discentes e os movimentos sociais, pautado nas dimensões
técnica, política, ética e cidadã.
Palavras-chave: Direitos Humanos, Participação Popular, Movimentos Sociais e Juventude. Introdução
O PROGRAMA UNIVERSIDADE POPULAR EM DIREITOS HUMANOS - PUPDH
desenvolve suas atividades de extensão através do projeto: “JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO
POPULAR: FORMANDO NOVOS LÍDERES COMUNITÁRIOS”; assim como pela organização
de eventos que promovem debates a respeito de temáticas relacionadas aos direitos humanos,
participação popular, movimentos sociais e juventude.
O Projeto “JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO POPULAR: FORMANDO NOVOS
LÍDERES COMUNITÁRIOS” objetiva reafirmar o compromisso da universidade com a
organização e capacitação dos movimentos sociais localizados nas áreas do Riacho Doce e
Pantanal. Assim como, contribuir na consolidação do Projeto Político Pedagógico - PPP da
Faculdade de Serviço Social – FASS. O referido projeto reconhece que os movimentos populares
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apresentam dificuldades relevantes no que diz respeito ao processo de renovação de líderes. E, neste
sentido, propõe fortalecer a atuação da juventude na formação de novas lideranças.
Os eventos visam integrar ações de ensino, pesquisa e extensão através de seminários,
exibição de vídeos, ciclo de debates e mesa-redonda. Proporcionando, assim, uma maior
proximidade entre a universidade e a sociedade. O objetivo é instrumentalizar tanto os movimentos
sociais, presentes na versão atual do PUPDH; como os das versões anteriores uma vez que a
capacitação é um processo contínuo. Além de legitimar o PPP da Faculdade de Serviço Social ao
fomentar o debate sobre assuntos abordados nas disciplinas do Núcleo Básico, Atividade
Complementar e do Núcleo Eletivo.
O PUPDH está contribuindo na formação profissional e instrumentalizando, do ponto de
vista conceitual e organizativo, os movimentos sociais no acesso à justiça social. O que para Gohn
(2004), representa um elemento significativo nas reivindicações empreendidas pela sociedade
organizada uma vez que à capacitação técnica e política precede uma intervenção qualificada. E a
pressão democrática, segundo Demo (2001), quando realizada de baixo para cima, é fundamental
nas lutas por direitos humanos e, conseqüentemente, pela cidadania.
O PUPDH, portanto, está aproximando a universidade a outros setores da sociedade. As
relações estabelecidas, no interior do programa, são marcadas pelo diálogo e pela troca de saberes,
transformando o conhecimento científico em ferramentas necessárias nas lutas empreendidas para a
superação das desigualdades sociais. Realizando parcerias interdisciplinares que revelam uma
interação e inter-relação.
Objetivos
Reafirmar o compromisso da universidade com a organização, capacitação dos movimentos sociais
e contribuir na consolidação do projeto pedagógico da FASS.
Metodologia
O processo metodológico articula o conteúdo científico, abordado nas atividades do
programa, com a realidade concreta, vivenciada nos movimentos sociais da RMB. Realiza ações
voltadas ao público alvo, bem como uma programação, específica, para os docentes, bolsistas e
técnicos, para uma qualificação contínua por meio de grupos de estudos. Já que as atividades
desenvolvidas necessitam do acompanhamento docente, de um referencial teórico e de
instrumentais técnicos, que são elementos necessários para a construção de posturas e habilidades
investigativas e interventivas.
12
O PUPDH é um laboratório para o ensino e exercício da prática profissional. É uma frente
de estágio do Programa de Apoio à Reforma Urbana. Assim, são elaborados planos de trabalhos
pelos bolsistas e planos de estágio por discentes do PARU.
O projeto “JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO POPULAR: FORMANDO NOVOS
LÍDERES COMUNITÁRIOS” está sendo desenvolvido em 04 fases: 1ª mapeamento dos grupos de
jovens que já desenvolvem atividades cívicas nas áreas de abrangência do projeto; 2ª
instrumentalização dos jovens; 3ª atuação dos jovens como agentes de transformação e
desenvolvimento de sua realidade social e 4ª formação de um fórum de juventude. O programa está
realizando, ainda, uma agenda de eventos: o Seminário Direitos Humanos, Poder Local,
Mobilização e Participação Popular, e o Seminário Direitos Humanos e Políticas Sociais: Desafios e
Conquistas da Sociedade Organizada no Contexto da Globalização; exibição de vídeos; Ciclo de
Debates A Luta dos Movimentos Sociais pela Garantia dos Direitos Humanos; Mesa-Redonda A
Participação da Juventude nas Lutas Sociais.
A estratégia metodológica, portanto, engloba: 1) Ações de capacitação em módulos que
congregarão blocos de temáticas acerca dos direitos humanos, participação popular, movimentos
sociais, juventude e outras afins; 2) Multiplicação do conteúdo abordado nas entidades/
organizações por meio de atividades monitoradas; 3) Capacitação discente, que deverão produzir
textos e/ou monografias como produto final do programa para a produção de um caderno de textos
do PUPDH.
O PUPDH será avaliado segundo um enfoque participativo. Então, todos os envolvidos no
programa, em uma dimensão ética e dialógica, deverão analisar de acordo com elementos subjetivos
e objetivos: a) a gestão e as práticas desenvolvidas; b) as metas e os objetivos alcançados; c) as
parcerias construídas na relação universidade e sociedade; d) as articulações do PUPDH com
programações mais amplas da sociedade na relação entre o fazer universitário e a realidade social;
e) a produção acadêmica na relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão.
Resultados
- Qualificação contínua: discussão de temas concernentes a prática profissional, inserção em
atividades de campo e movimentos sociais segundo Cruz (1998), Gohn (2004), Oliveira (1996),
Sarmento (2005), Souza (2005), Viana (2000) e Whitaker (2002);
- Frente de estágio do Programa de Apoio à Reforma Urbana: inserção de duas discentes;
- Elaboração dos Planos de Trabalhos: “A participação popular no Riacho Doce: formando jovens
líderes comunitários”, “A Participação Popular da Juventude do Pantanal: formando jovens líderes
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comunitários”, “Jovens líderes comunitários: a importância das parcerias para a participação
popular” e “Formação de Jovens Líderes Comunitários das áreas do Riacho Doce e Pantanal;
- Elaboração do Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso: “Analise da Participação dos Jovens
Organizados: Experiência nas Comunidades do Riacho Doce e Pantanal Belém/PA”;
- Elaboração de Atividades de Extensão Universitária (Núcleo Eletivo do PPP- Faculdade de
Serviço Social) para execução posterior: atividades de leituras de livros infantis, que abordem temas
ligados aos direitos humanos, isto é, cidadania, família, amizade, escola e outros para debates e
reflexões com crianças do Riacho Doce, Pantanal e Ji-Paraná, em parceria com a Faculdade de
Turismo;
- Projeto: “JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO POPULAR: FORMANDO NOVOS LÍDERES
COMUNITÁRIOS”: 1) discussão do projeto com as comunidades do Riacho Doce e Pantanal, 2)
inclusão da comunidade Ji-Paraná por solicitação do público alvo do projeto, 3) mapeamento dos
grupos de jovens que já desenvolvem atividades cívicas nas áreas de abrangência do projeto, 4)
elaboração das atividades dos planos de trabalhos dos bolsistas (Oficina Preparatória: 1ª Fase -
Grupo de Estudos, temas 1- A educação política para a participação, 2 - A juventude enquanto
sujeito de transformação social, 3 – Juventude e direitos humanos, 2ª Fase – Socialização das
temáticas entre os grupos, 3ª Fase – Vídeo “O grito da Terra Firme” e finalização dos debates. E o
seminário: “A Participação Popular, Direitos Humanos e Juventude”), 5) construção de parcerias
com a Faculdade de Turismo e Polícia Comunitária;
- Eventos: organização e realização do seminário Direitos Humanos, Poder Local, Mobilização e
Participação Popular, organização da Mesa-Redonda A Participação da Juventude nas Lutas
Sociais;
Conclusões
A Universidade Federal do Pará amplia sua interação com a sociedade a partir de
experiências inovadoras fomentadas pela extensão universitária, que revela um processo, educativo
e científico, pautado na troca de saberes, acadêmicos e populares, em uma relação orgânica entre a
extensão, ensino e a pesquisa.
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Referências
BUSSINGER, V. V. Fundamentos dos direitos humanos. Revista Serviço Social e Sociedade. Nº53. São Paulo: Cortez, Março de 1997. CONSELHO NACIONAL DA JUVENTUDE (CONJUVE) Política Nacional de Juventude: diretrizes e Perspectivas. CONJUVE, São Paulo, 2006. CRUZ, C. R. R. Diário de campo – fundamental instrumento de avaliação para a supervisão em estágio profissional. Cadernos de Textos de Serviço Social. Belém: UNAMA, 1998. DEMO, P. Política pública de direitos humanos. Revista Ser Social. Nº8. Brasília: SER/UnB, janeiro a junho de 2001. GOHN, M. G. Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores. 2ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2004. IAMAMOTO, M. V. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 3ed. São Paulo: Cortez, 2008. OLIVEIRA, R. C. O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever. Revista de Antropologia. São Paulo: USP, 1996. PRÓ- Reitoria de Extensão. Documentos: organização e sistematização da extensão universitária. Disponível em http//www.proex.ufpa.br. Acessado em 02/06/2009, às 10:00. SARMENTO, H. S. M. Rediscutindo os instrumentos e as técnicas em Serviço Social. Textos de Teoria e Prática de Serviço Social: estágio profissional em Serviço Social na UFPA. Belém: Ed. Amazônia/UFPA, 2005. SOUZA, H. J. Como se faz análise de conjuntura. 26ed. Petrópolis: Vozes, 2005. SILVA, O. D. O que é extensão universitária. 1997. Disponível em: http: //www.ecientificocultural.com. Acessado em 02/06/2009, às 09:00. VIANA, M. R. Lutas sociais e redes de movimentos no final do século XX. Revista Serviço Social e Sociedade. Nº64. São Paulo: Cortez, Novembro de 2000. WHITAKER, D. C. A. Sociologia Rural: questões metodológicas emergentes. São Paulo: Letras à Margem, 2002.
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Capítulo 2: INCUBAÇÃO DE EMPRENDIMENTOS SOLIDÁRIOS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVESITÁRIA NO CAMPUS DE MARABÁ
Coordenadora: Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo Autora: Dalila Silva Miranda;
Co-Autor 1: Sidnéia dos Santos Reis Co-Autor 2: Loyanne Lima Feitosa
Co-Autor 3: Soraya Gonçalves dos Santos Co-Autor 4: Deiziane dos Anjos Silva
Email: [email protected] Programa: Incubadora Tecnológica de Empreendimentos solidários do Sul e Sudeste do Pará-
ITESP/UFPA
Campus de Marabá - Faculdades: Ciências Sociais, Agronomia e Pedagogia
Resumo
Este estudo tenciona descrever o processo formativo de incubação de empreendimentos solidários a partir da extensão universitária como política de inclusão econômico-social de grupos marginalizados do mundo do trabalho. A implantação e desenvolvimento de ações extensionistas por intermédio da incubação de empreendimentos solidários iniciou-se no Campus de Marabá por iniciativa do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, no ano de 2008, para atender a um público de 300 mulheres do Programa Bolsa Trabalho em convenio com a Secretária de Trabalho e Renda (SETER). Com o objetivo de promover a socialização de tecnologia social através da incubação de empreendimentos solidários articulada com políticas públicas integradas. Atualmente Incubadora Tecnológica de Empreendimentos solidários do Sul e Sudeste do Pará, foi institucionalizada como um programa atua na região sul e sudeste, fazendo um levantamento de grupos populares nos centros urbanos e do campo que se organizam ou têm a intenção de se organizarem produtivamente com base na economia solidária, cooperativismo e inclusão social. As ações são baseadas nos princípios da economia solidária, do trabalho cooperativo e associativista que se opera através de um processo dialógico fundamentado nas bases da educação popular. Realizando atividades de incubação, articulando-se a órgãos governamentais, encontros de grupos de estudos teóricos e práticos sobre os princípios da economia solidária, elaboração de diagnósticos sócio-econômicos para a identificação de cadeias produtivas e cursos de formação especifica para o desenvolvimento e funcionamento de empreendimentos.
Palavras chaves: Economia solidária, Trabalho, Incubadora, Extensão.
Introdução
Hoje há uma nova realidade do mundo do trabalho, as mudanças estruturais de ordem
econômicas e sociais, ocorridas nas últimas décadas, fragilizaram o modelo tradicional de relação
de trabalho capitalista caracterizado pelo trabalho assalariado instituído no final do século XIX na
Inglaterra. A organização capitalista do trabalho é caracterizada pelo aumento do trabalho informal
e do trabalho precário, pela flexibilidade e desregulamentação das leis trabalhistas e previdenciárias
de maneira sem precedentes – como profere EID:
16
[...] o mal-estar do trabalho causado pelo medo de perder o próprio posto de trabalho. Em conseqüência, o trabalhador fica privado de uma vida social e passa a viver apenas do trabalho e para o trabalho. Esta situação é agravada pela angústia vinculada à consciência de um avanço tecnológico que não resolve as necessidades sociais. É o processo que precariza a totalidade de viver social. (2003, p.45).
Esse contexto contribui, significativamente, para o surgimento de novos sujeitos sociais e
espaços de relações produtivas. A economia solidária mostra-se como alternativa para milhares de
trabalhadores e trabalhadoras que buscam alterar suas condições de vida, organizando-se
coletivamente para o trabalho.
Gaiger (2004) mostra que no Brasil, a expansão da economia solidária é inquestionável.
Seus protagonistas diretos encontram-se pressionados, de um lado, pela crise estrutural do mercado
de trabalho e, por outro lado, se vêem motivados pela ação mobilizadora dos movimentos sociais,
parcelas do sindicalismo e inúmeras entidades civis que buscam criar alternativas para a crise
estrutural do trabalho assalariado e às formas de precarização. A ocorrência de estímulos adicionais
decorre do importante efeito demonstrativo de experiências existentes, especialmente, daquelas
vinculados aos segmentos populares dotados de algum substrato comunitário ou de identidade de
classe. Neste contexto, o processo de incubação de empreendimentos solidários por iniciativa da
extensão universitária ganha força em algumas regiões do país, favorecendo a formação acadêmica
discente, compromissada com questões sociais de sua realidade.
A implantação e desenvolvimento de ações extensionista de apoio a políticas públicas de
inclusão, por intermédio da incubação de empreendimentos solidários iniciou-se no Campus de
Marabá por iniciativa do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, que no ano de 2008
propôs um Programa de Extensão em convenio com o Governo do Estado/SETER para atender a
um público de 300 mulheres do Programa Bolsa Trabalho. A Incubadora Tecnológica de
Cooperativas Populares e Empreendimentos Solidários do sul e sudeste do Pará, objetiva promover
a socialização de tecnologia social através da Incubação de empreendimentos solidários articulada
com políticas públicas integradas, visando à geração de trabalho e renda, a inclusão social e a
promoção do desenvolvimento justo e solidário no Estado do Pará.
A Incubadora do Sul e Sudeste do Pará apresenta uma abrangência interdisciplinar que
envolve técnicos, discentes e docentes de cursos de Pedagogia, Agronomia, Ciências Sociais,
Sistemas de Informação, Direito desenvolvendo ações extensionista a grupos populares na criação e
desenvolvimento de empreendimentos solidários, oferecendo formações sobre princípios e relações
produtivas solidárias, além de conhecimentos relacionados ao trabalho, cidadania e meio ambiente.
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Objetivos:
Contribuir com políticas públicas de inclusão social com a incubação de empreendimentos
solidários propiciando a geração de trabalho e renda.
Metodologia
O programa atua na região sul e sudeste, fazendo um levantamento de grupos populares nos
centros urbanos e do campo que se organizam ou têm a intenção de se organizarem produtivamente
com base na economia solidária, cooperativismo e inclusão social. Criando e aplicando
instrumentos de elaboração de perfis econômico, social e cultural desses grupos, para se pensar
coletivamente inserido nestes contextos, propostas de formação continuada, fundamentada no
principio da dialogicidade, em que os conhecimentos científicos e populares se entrecruzam, fazem-
se e refazem mutuamente. No esforço de promover um verdadeiro diálogo entre universidade e
comunidades.
O processo de incubação se inicia com a mobilização de grupos, elaboração de diagnóstico
da região, características sócio-econômicas do público alvo e a formação básica através de módulos
que possibilitam o acesso a conhecimentos necessários a criação de empreendimentos solidários. Na
etapa posterior da se inicio a incubação etapa de assessoria aos empreendimentos, o processo tem
seu termino com a desincubação, quando os empreendimentos já estão estabelecidos no mercado
econômico justo e solidário com autonomia, e progressivamente se encerra o processo de
incubação.
Conforme as ações previstas para o ano de 2009, iniciamos as atividades conquistando
bolsas de extensão universitária num total de quatro discentes e estagiários voluntários que
desenvolvem sua pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso na área dos cursos de Ciências
Sociais, Sistemas de Informação, Pedagogia, Agronomia e Direito. Firmamos parceira com o
Ministério Público Federal, especialmente no que tange ao trabalho com o direito dos povos
indígenas e seus processos produtivos; com a EMATER no acompanhamento de grupos solidários
do campo; com a Secretaria de Ação Comunitária de Marabá, que trabalha com grupos populares de
diversos bairros com a geração de trabalho e renda e viabilização dos planos de negócios de quatro
empreendimentos que foram pré-incubados no ano de 2008 (Cuidador de idosos, Alimentação,
Beleza e Estética e Turismo) numa articulação com o governo municipal de Marabá.
Intensificaram-se as ações de grupos de estudos para o aprofundamento da equipe sobre a
metodologia da incubação e princípios da economia solidária; reformulação do currículo de
formação com revisão das oficinas e módulos atrelados a identidade dos grupos populares:
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associações de moradores; Associação da Mulher de Marabá (AMA); Indígenas Suruí; Grupo
Amoras; parcerias com cooperativas da mesorregião sul e sudeste do Pará.
Resultados
Contato com grupos populares como primeira aproximação para o desenvolvimento de
atividades na incubação de empreendimentos; articulação com órgãos governamentais como
Secretarias de Assistência Social; Secretaria de Ação Comunitária; Empresa de Assistência Técnica
e Extensão Rural (EMATER), Ministério Público, Cooperativa de Prestação de Serviços
(Coopserviços), Secretaria de Turismo (SETUR), realização e participação da equipe em estudos
teóricos sobre os princípios da economia solidária e educação popular; Elaboração de diagnósticos
sócio-econômicos para a identificação de cadeias produtivas; assessoria técnica, contábil,
administrativa, jurídica, tecnológica e pedagógica a cooperativas, associações, consórcio, unidades
produtivas familiares para a formalização e desenvolvimento de empreendimentos solidários. O
grupo de 150 mulheres que concluiu a formação para atuarem em empreendimentos solidários,
possuem os planos de negócios, e que pela interrupção de verbas do governo estadual, encontra-se
em fase de negociação do apoio do governo municipal de Marabá.
Nesse contexto ocorreram atividades referentes ao programa Bolsa trabalho, ao longo de dez
meses realizou-se um conjunto de trabalhos organizados em três fases – 1º fase: mobilização e
organização; oficinas de mobilização nos quatro núcleos urbanos de Marabá (Morada Nova; São
Felix; Nova Marabá; Cidade Nova e Velha Marabá), 2ª fase - formação geral; cinco módulos de
formação sobre temáticas específicas para a criação dos empreendimentos 3ª fase - formação
específica.. direcionamento para as cadeias produtivas viáveis para a região, neste intuito foram
contempladas curso específicos para as áreas - Beleza e Estética; Alimentação; Turismo; Serviços
Gerais; Cuidador de idoso. Finalizando essa fase houve a elaboração dos planos de negócios das
áreas pretendidas para a constituição dos empreendimentos.
Conclusão de um Trabalho de Conclusão de Curso e cerca de seis trabalhos em processo de
elaboração. Com participação dos bolsistas e demais estagiários, em eventos nacionais, regionais,
estaduais e locais divulgando a produção cientifica na área.
Conclusões
Esse processo formativo possibilitou a interdisciplinaridade entre os campos do saber
presentes na universidade como: Ciências Sociais, Agronomia, Pedagogia, Direito, Sistema de
Informação. Proporcionando aos estudantes o ensino, a pesquisa e uma oportunidade ao exercício
19
prático da extensão universitária, criando o ensejo de transformação da sociedade dentro de suas
possibilidades.
Agradecimentos
À coordenação e equipe de técnicos, bolsistas e estagiários voluntários do Programa de
extensão: Incubadora de Empreendimentos Solidários do Sul e Sudeste do Pará do Campus
Universitário de Marabá, tendo como coordenadora Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo.
Agradecemos também, pelo apoio da PROEX/PIBEX.
Referências Bibliográficas
EID, Farid. Sobre a concepção de Incubadora Universitária de Empreendimentos de Economia Solidária da Unitrabalho e sobre a metodologia de Incubação(versão preliminar para a discussão). São Paulo: UFSCAR. Março, 2003(Texto digitalizado). GAIGER, Luiz Inácio. (2004). A Economia Solidária no Brasil: refletindo sobre os dados do primeiro mapeamento nacional. Trabalho apresentado no II Seminário Nacional do Núcleo de Pesquisa sobre Movimentos Sociais, da Universidade Federal de Santa Catarina, Abril de 2004.
Rabelo. Lucélia C. C. Programa de Extensão: Incubadora de Empreendimentos Solidários do Sul e Sudeste do Pará. Campus de Marabá/UFPA/PROEX/PIBEX, 2009.
20
Capítulo 3: VESTIBULAR E COMUNIDADES POPULARES: ESTREITANDO OS LAÇOS
Coordenadora: Maria José Aviz do Rosário Autora: Maricélia Cristiam Lopes
Co-Autora 1: Silvia Cristina de Abreu Lucena
Co-Autora 2: Elisandra Monteiro Co-Autor 3: André Luiz Sales de Paiva
Resumo
Este trabalho relata a experiência de jovens oriundos de camadas populares, ex-estudantes
de escolas públicas de nosso Estado e que hoje são estudantes universitários da UFPA de diferentes
áreas de conhecimentos. Estes acadêmicos, influenciados por suas histórias de vida, propuseram um
projeto de extensão de apoio ao vestibular para estudantes da 3ª série do Ensino Médio de uma
escola pública de Ananindeua (PA). O objetivo deste trabalho é investigar por meio dessa
experiência de extensão que contribuições há no maior contato entre universidade e comunidade e
como informações relativas ao vestibular contribuem nas decisões e atitudes dos alunos assistidos.
O estudo centra-se também nos fatores que levam estes estudantes a participarem ou não dos
exames de seleção das universidades. A atividade desenvolveu-se por meio de oficinas de Ações
Afirmativas, sistema de cotas, isenções das taxas de vestibulares e aulas de redação, literatura e
gramática. Com o apoio de questionários, previamente elaborados, analisamos em grupo as
informações cedidas pelos estudantes da Escola para identificar a contribuição do projeto na tomada
de decisão desses jovens. Percebemos que o contato com o projeto possibilitou aos jovens da
comunidade obter mais informações sobre os processos seletivos e elaboração de redação,
tornando-os mais seguros para participarem do Vestibular. Assim, essa experiência nos possibilitou
repensar novas propostas de interação universidade-comunidades populares.
Palavras- chave: projetos de extensão, relações universidade-comunidade, sistema de cotas.
INTRODUÇÃO
O projeto de Apoio ao vestibular surgiu da iniciativa de acadêmicos da UFPA das áreas de
Licenciatura em Artes Visuais, Licenciatura em Física, Psicologia, Licenciatura em Pedagogia,
Licenciatura em Estatística e Turismo. Esses universitários, advindos da rede pública de ensino e
das camadas populares, influenciados por suas histórias de vida, propuseram o projeto com o intuito
de retornar à comunidade e incentivar os alunos da rede pública a participarem do vestibular.
A extensão universitária surge como elo entre a universidade e a comunidade (OLIVEIRA,
200?; CHATEAUBRIAND et al, 2003) e esta interação permite a disseminação do conhecimento
21
adquirido na academia em prol de melhorias na sociedade. Nessa perspectiva, o retorno desses
acadêmicos de procedência popular às suas comunidades de origem para contribuir com a formação
escolar dos estudantes da Rede Pública de Ensino é fundamental para que estes reafirmem o
compromisso com a sociedade da qual também fazem parte.
Assim, percebe-se o nível de comprometimento com tais comunidades, haja vista que esses
acadêmicos estão estendendo conhecimentos e compartilhando saberes tanto da universidade quanto
da comunidade. A extensão possibilita uma troca de valores entre a universidade e o meio. A
academia influencia e é influenciada pela comunidade de modo que os conhecimentos nela
produzidos devem ser socializados entre as partes envolvidas (SILVA, 1997).
A atividade de apoio ao vestibular, organizada pelos acadêmicos, possibilitou maior
interação entre universidade e comunidade elevando a auto-estima dos estudantes atendidos e
concretizando a efetiva participação dos educandos nos vestibulares das universidades públicas, até
mesmo particulares.
Este trabalho é relevante porque contribui com a preparação desses jovens, que a princípio
não tinham contato com a produção de texto, o qual é por eles considerado primordial para se
alcançar uma vaga nos processos de seleção de vestibular. Nesse contexto escolar, os graduandos
trabalharam com oficinas de apoio ao vestibular, ministrando aulas de gramática, literatura e
produção de textos a fim de reforçar, junto à escola, a preparação desses jovens à realização de um
processo seletivo satisfatório.
OBJETIVOS
Investigar contribuições existentes no maior contato universidade-comunidade e como
informações sobre vestibular contribuem nas decisões e atitudes dos estudantes.
METODOLOGIA
O público alvo são 40 estudantes da 3ª série do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Professora Consuelo Coelho e Souza, localizada no Bairro do Quarenta
Horas, no município de Ananindeua (PA).
O projeto está sendo desenvolvido desde agosto de 2009, com previsão de término em
dezembro do mesmo ano. Iniciamos a ação com a apresentação do projeto à coordenação
pedagógica da escola e, em seguida, apresentamos o mesmo aos alunos atendidos. Inicialmente o
Trabalho seria com oficinas direitos humanos (DH), ações Afirmativas (AA), juventude e educação
(JE), Física, Química, Matemática e Redação, mas ao entrarmos em contato com os alunos eles
22
propuseram que estavam tendo dificuldades com a produção textual, pois não tinham professor de
redação.
Assim, priorizamos oficinas de redação e organizamos oficinas-aula de Ações afirmativas
para enfatizar o sistema de cotas, direitos humanos, juventude e educação e para a produção de
texto, gramática (para ajudar com a escrita), literatura e redação. O nosso trabalho centraliza-se nas
informações que fornecemos aos alunos quanto às inscrições nos vestibulares, isenções das taxas,
dos cursos da UFPA e como funcionam os processos de seleção não somente da UFPA, mas de
outras instituições de ensino superior de nosso Estado. As oficinas ocorreram (e ainda acorrem)
durante os horários vagos às quartas-feiras na própria escola, pela da manhã. Nas três primeiras
semanas trabalhamos com oficinas de AF, DH e JE. A partir daí começamos a trabalhar gramática e
redação. Nas oficinas de literatura são distribuídos resumos das leituras obrigatórias dos
Vestibulares. O material utilizado é elaborado por nós e reproduzido com ajuda da Pró-reitoria de
Extensão da universidade (PROEX).
Após as inscrições do Vestibular, que aconteceram até este mês, estamos dando
continuidade apenas às oficinas preparatórias para os processos seletivos referentes à produção de
texto e literatura.
Os estudantes que participam da experiência responderam a 32 questionários (8 alunos não
entregaram os questionários) com perguntas relativas às suas concepções sobre universidade,
expectativas com relação a cursos superiores, seus conhecimentos sobre o sistema de cotas nas
universidades, contribuições do projeto quanto às suas decisões e atitudes com relação ao
Vestibular.
A análise do questionário se deu por meio de leitura das respostas dos questionários,
observações e discussões em grupo entre integrantes do projeto.
RESULTADOS
Após as análises das respostas dos questionários, debates e oficinas na universidade e na
comunidade sobre políticas de cotas percebemos que esta ação influenciou significativamente na
tomada de decisões desses jovens, pois, por falta de informações relativas às inscrições e ao sistema
de cotas e à insegurança quanto à elaboração de redação, tradicionalmente exigida nos vestibulares,
mais de 50% da turma não iria se inscrever no vestibular. Esse cenário foi modificado após as
oficinas de orientação.
O contexto sócio-econômico-cultural daqueles estudantes não favorecia suficientemente o
contato com essas informações, o que nos levou a adotar no referido projeto debates relativos a
23
ações informativas e de reforço na produção de textos, reforçando e estimulando suas habilidades,
tornando-os mais seguros quanto à escrita.
Os encontros entre acadêmicos e comunidade permitiram que esta conhecesse, com detalhes,
o sistema de cotas para os alunos da rede pública. Assim, despertou-se uma nova aproximação do
universo acadêmico com a realidade dessa comunidade.
CONCLUSÃO
Ao investigarmos contribuições existentes no maior contato universidade-comunidade,
percebemos que essa relação desperta maior interesse das classes populares para ingresso em
Universidade Pública, especialmente porque os acadêmicos advêm dessa realidade, o que instiga
mais os estudantes envolvidos. Essas experiências também contribuem para a formação crítico–
reflexiva dos acadêmicos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à direção da Escola Consuelo Coelho e Souza por nos acolher, aos estudantes
que participam do projeto de extensão e à professora Nilzilene Gomes, pela dedicação e paciência
em nos orientar neste importante trabalho.
REFERÊNCIAS
CHATEAUBRIAND, A.D.; ANDRADE, E.B. de; MELO, P.P. A Extensão Universitária como Instrumento de Cidadania, Organização Comunitária e Desenvolvimento Sustentável. In: Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte, set. 2004.
OLIVEIRA, E.R. de. et al. Alunos Monitores: uma ação extensionista em análise. Disponível em: http://www.proex.ufla.br/conex/ivconex/arquivos/trabalhos/a92.pdf. Minas Gerais, 200?.
SILVA, O.D. da. O que é extensão universitária? In: Integração ensino-pesquisa-extensão, III (9). p.148-9. Maio, 1997.
24
Capítulo 4: CONECTANDO SABERES NA ESCOLA: A EXPERIÊNCIA DO CIRCUITO
DE LEITURA NA ESCOLA PÚBLICA.
Coordenadora: Maria José Aviz do Rosário Autora: Sílvia Cristina de Abreu Lucena
Co-Autor 1: Maricélia Cristiam Lop Co-Autor 2: André Luiz Sales de Paiva
Co- Autor 3: Elisandra Monteiro Co-Autor 4: Márcia Mota de Souza
Resumo
Este trabalho relata a significativa experiência de estudantes oriundos da rede pública de
Ensino, hoje, vinculados à Universidade Federal do Pará, que inspirados por suas histórias de vida
atuam no Projeto de Circuito de Leitura: “Lendo para Ser feliz”. Estes discentes, de diversas áreas
do conhecimento, desenvolvem atividades de leitura junto a crianças da 5ª série de uma Escola
Pública Estadual localizada no bairro do Quarenta Horas em Ananindeua (PA). O objetivo da
produção é apresentar os pontos positivos de ações extensionista dessa natureza e expor que
iniciativas como esta podem contribuir para a melhoria da educação dessas crianças. Por meio de
diálogos, distribuição de livros, tutorias de leitura, vídeos educativos, atividades de letramento,
exposição de obras literárias e artísticas e com a aplicação de questionários e discussões conjuntas a
ação vem sendo desenvolvida. Nesta atividade, verificou-se que o projeto colabora junto à escola
com incentivo ao hábito da leitura e junto a coordenação pedagógica da instituição no
acompanhamento desta prática.
Palavras-chave: circuito de leitura, extensão universitária, comunidades-populares, escola publica
Objetivos
Apresentar a contribuição de ações extensionistas desta natureza junto à escola para
melhoria da educação dos atores envolvidos.
Introdução
Entendendo extensão como uma ponte que liga a universidade à comunidade em que esta se
insere e que a academia além do ensino e da pesquisa se completa com ela (SILVA, 2007), Nessa
perspectiva que os estudantes de origem popular adentram a universidade e retornam às
comunidades assumindo um compromisso com a sociedade na qual estes convivem. Logo se
percebe o nível de comprometimento com tais comunidades, haja vista que esses acadêmicos estão
estendendo conhecimentos e compartilhando saberes tanto da universidade quanto da comunidade.
25
A extensão possibilita uma troca de valores entre a universidade e o meio, e esta influencia e
é influenciada pela comunidade de modo que os conhecimentos produzidos na universidade devem
ser socializados entre as partes envolvidas. A atuação do circuito de leitura na escola intensifica e
concretiza a extensão universitária, pois esta além de estreitar os laços ainda tenta firmar-se como
uma ação social válida, e nós partimos da perspectiva de que uma universidade, sobretudo federal
ou estadual deve prestar serviços à comunidade e acreditamos em sua importância tanto para o
desenvolvimento de nossas habilidades enquanto acadêmicos, quanto para a formação da
comunidade em geral (SILVA, 2007).
Outro aspecto a ser rompido é o tal caráter assistencialista da extensão, não se trata de uma
mera transmissão de informações, mesmo porque sempre acreditamos na dinamicidade de nosso
público enquanto sujeitos ativos e produtores de saber, saber popular sim, mas um saber que não
podemos ignorar. Trata-se então de uma via de mão dupla entre a Universidade e a Sociedade em
uma troca de conhecimentos, experiência e vivencias de cada um de nós.
Metodologia
A atividade vem sendo desenvolvida desde o inicio do mês de Maio de 2009 com a
participação de estudantes de ambos os sexos de duas turmas da 5ª série do ensino fundamental da
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Consuelo de Sousa, localizada no Conjunto 40
(Quarenta) Horas no Bairro do Coqueiro em Ananindeua – PA. Demos inicio a esta atividade sem
nenhuma pesquisa prévia, apenas com o apoio da direção da escola e a aceitação por parte dos
alunos.
Em nosso primeiro contato, nos apresentamos aos alunos e apresentamos também a nossa
proposta de atividade que seriam realizadas com os mesmos, após a aceitação por parte das
crianças, fizemos a entrega dos livros e nos distribuímos para a tutoria de leitura conforme a escolha
deles; os livros utilizados foram: “O homem rouco, As Mil e uma noite, Quando eu voltar a ser
criança, A história de Fernão Campelo Gaivota, Alice no País das Maravilhas, O cavalo encantado,
Meu pé de laranja lima.”. Cada tutor ficou responsável por um livro e um grupo de quatro a cinco
crianças para orientá-los durante a leitura (SOARES, 2004 e 2001).
A orientação se deu de forma dinâmica, pois cada tutor teve liberdade para trabalhar a
leitura com seu grupo de acordo com a especificidade dos alunos se reunindo nas salas de aula, na
biblioteca ou mesmo nos corredores da instituição respeitando sempre os horários vagos de cada
turma que até então eram em horários diferentes. A partir do andamento dos grupos organizávamos
26
encontros gerais com todos e assim dávamos continuidade através de exposição dos livros, gincanas
sobre as leituras e atividades de letramento (SOARES, 2001).
Resultados
Ao iniciarmos as atividades, podemos perceber que grande parte dos alunos tinha pouco
contato com a literatura, limitando-se apenas aos livros didáticos trabalhados dentro da escola. Após
as análises das respostas dos questionários, percebemos que o projeto estava estimulando os
estudantes pelo prazer à leitura (FREIRE, 1983), pois alguns alunos revelaram que não gostavam de
ler, mas que por causa do projeto estava gostando do livro, porque estavam conhecendo palavras
novas. O contexto sócio-econômico-cultural (FREIRE, 1998) daqueles estudantes não favorecia
suficientemente o contato com a leitura, pois não participavam de atividades escolares de incentivo
a leitura e tão pouco eram estimulados por seus familiares a praticarem tal ato. Com o projeto
estamos conseguindo envolver a coordenação pedagógica-projeto-alunos e os pais. Estes para que
instiguem em casa o hábito da leitura. Ao concluirmos o primeiro ciclo de leituras realizamos um
grande evento para exposição das leituras onde os próprios alunos relatavam sobre o livro que
estavam lendo. A programação ocorreu no centro comunitário próximo à escola com apoio da Pró-
reitoria de extensão da UFPA (PROEX), da coordenação da escola e familiares de alunos que
participam das atividades. O evento possibilitou-nos observar que os alunos levaram a sério o
projeto e que pretendem permanecer com as atividades. Diante desse fato, consideramos que
obtivemos resultados positivos, visto que grande parte dos alunos mostrou-se interessados em
continuar participando do “Lendo para ser Feliz” e a coordenação da escola nos incentiva com a
realização das atividades divulgando sobre a importância do ato de ler (FREIRE, 1983).
Conclusão
As atividades de extensão são relevantes à formação do universitário tanto quanto o ensino e
a pesquisa. Aquela precisa de maior atenção por partes das universidades, pois contribui para uma
formação crítico–reflexivo do acadêmico além de proporcioná-lo convivência diretamente com a
comunidade em que futuramente estes discentes irão atuar.
Agradecimentos
Agradecemos à direção da Escola Consuelo Coelho e Souza por nos acolher, aos estudantes
que participam do projeto de extensão e à professora Maria José do Aviz Rosário por nos orientar
no projeto e nesta produção.
27
Referências
FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. São Paulo:
Autores Associados: Cortez, 1983.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7º ed. São
Paulo: Paz e Terra, 1998.
KLEIMANN, Ângela. (Org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática
social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995.
SILVA, O.D. da. O que é extensão universitária? In: Integração ensino-pesquisa-extensão, III (9). p.148-9. Maio, 1997.
SOARES. Magda Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. (2004) Texto apresentado na
26a Reunião da ANPED, Poços de Caldas. Disponível em: <
http://www.anped.org.br/26/outrostextos/semagdasoares.doc>. Acessado em 18.08.2004
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros.2.ed.3.reimpr.Belo
Horizonte:Autêntica,2001
28
Capítulo 5: EDUCAÇÃO E PERVENÇÃO EM SAÚDE DA MULHER, E A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO PCCU UMS-GUAMÁ.
Coordenadora: Isabel Cabral Autor: Ronaldo Santos Monteiro
Co-Autor 1: Liele Gonçalves Ramos Co-Autor 2: Camila dos Santos Moraes
Resumo
O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde ,PET-Saúde. É uma iniciativa do
Ministério da Saúde –MS, através do projeto Saúde da Família Desta forma, a Universidade Federal
do Pará –UFPA, verificando a necessidade de atividade intensa sobre o público feminino criou ação
Saúde da Mulher. Há incidência de câncer de colo de útero é muito alta nos países pobres e em
desenvolvimento . O Brasil é um dos recordistas mundiais em incidência e o terceiro câncer mais
comum entre as brasileiras sendo o Estado do Pará é o oitavo e a cidade de Belém/Pa é a terceira
com maior número de novos casos e a maior causa de morte de mulheres. Objetivos da
pesquisa:Realizar ações voltadas para orientação e educação de mulheres usuárias da UMS- Guamá
a cerca do PCCU e DST. Metodolodia: Realização de palestras e atividades educativas para
informar as mulheres usuárias da UMS-Guamá e nas escolas da rede pública; Orientação sobre
visitas regulares ao ginecologista, Preventivo de Câncer de Colo de Útero e DST com a elaboração
e distribuição de materiais educativos às usuárias da unidade. Resultados: A proposta da orientação
e educação às usuárias sobre o câncer de colo uterino, tem sido bem recebida por essas mulheres
freqüentadores do serviço da Unidade Quando, perguntadas na palestra como poderíamos fazer em
trazer mais mulheres para realizar o PCCU , a realização de palestras e a distribuição de folders para
conscientização foram as opções mais indicada por essas mulheres.
Palavras-chave: Saúde da mulher, educação, PCCU, HPV, DST.
INTRODUÇÃO :
O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde ,PET-Saúde. É uma iniciativa do
Ministério da Saúde –MS, através do projeto Saúde da Família ,como estratégia de reorientação do
modelo assistencial que visa a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de
saúde com ações de promoção da saúde e na manutenção da saúde desta comunidade. (1) Então, a
Universidade Federal do Pará –UFPA, observando que qualquer problema de saúde pública implica
na desinformação e no descaso contribuindo para manutenção do mesmo, gerando conseqüências
graves à sociedade, verificando a necessidade de atividade intensa sobre o público feminino, grupo
29
ainda desvalorizado, criou ação Saúde da Mulher, dentre as classes de atividades de
responsabilidades do SUS e direcionado ao preventivo do câncer de colo de útero-PCCU e
especificamente ao papilomavírus humano -HPV . (2)
O Câncer de Colo de Útero ou Câncer Cérvico-Uterino, acometem duas partes da anatomia
do aparelho genital feminino, o corpo do útero (onde o bebê se desenvolve) e o colo, que liga o
útero à vagina. Inicia-se em idade precoce( mulheres de 40 a 60 anos de idade) e de evolução muito
lenta, o diagnóstico precoce é feito através PCCU .A incidência de câncer de colo de útero é muito
alta nos países pobres e em desenvolvimento . É o terceiro mais incidente na população em geral e a
segunda causa de morte entre as mulheres –INCA . O Brasil é um dos recordistas mundiais em
incidência e o terceiro câncer mais comum entre as brasileiras (3) .Nesta situação o Estado do Pará é
o oitavo - a cidade de Belém/ PA é a terceira com maior número de novos casos e a maior causa de
morte de mulheres (5) .
A evolução do câncer do colo do útero, na maioria dos casos, se dá de forma lenta, passando
por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. Dentre todos os tipos de câncer, é o que apresenta um
dos mais altos potenciais de prevenção e cura. É ocasionado pelo papilomavírus humano (HPV),
transmitido sexualmente e o risco de infecção é maior entre mulheres que mantém relações sexuais
sem proteção. Hoje, existem as opções de tratamento para o câncer de colo de útero que dependem
do estágio da doença (3).
Os fatores de risco são sociais, ambientais e os hábitos de vida, tais como baixas condições
sócio-econômicas, atividade sexual antes dos 18 anos de idade ( início precoce) , pluralidade de
parceiros sexuais, poucos hábitos de higiene, o uso prolongado de contraceptivos orais(4) (5), e o
tabagismo pois, o vício de fumar está diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados e
as mulheres fumantes têm duas vezes (2x) mais chance (a fumaça do cigarro produz compostos
químicos que podem danificar o DNA das células do colo do útero e aumentando o risco).O
histórico familiar aumentam as chances pelos fatores genéticos ao câncer (3) .E percebendo que
muitas mulheres não recorrem ao preventivo, nem o realizam periodicamente, por medo,
desconforto, vergonha, dentre outras razões (6).
OBJETIVOS DA PESQUISA:
Realizar ações voltadas para orientação e educação de mulheres usuárias da UMS- Guamá a cerca
do PCCU e DST .
METODOLODIA:
30
O Procedimento com relação ao projeto será feito por meio de etapas, a saber :
1- Realização de palestras e atividades educativas para informar as mulheres usuárias da UMS-
Guamá e nas escolas da rede pública (que serão escolhidas de acordo com o número de alunos (as)
e/ou autorização dos seus respectivos responsáveis que serão solicitadas através de documentos
como ofícios) da necessidade das visitas regulares ao ginecologista, Preventivo de Câncer de Colo
de Útero e DST.
2- Orientação e educação através de palestras educativas sobre visitas regulares ao ginecologista,
Preventivo de Câncer de Colo de Útero e DST com a elaboração e distribuição de materiais
educativos às usuárias da unidade.
Anatomia do aparelho genital feminino
Realização do Exame Papanicolaou.
Colo de Útero ou Câncer Cérvico-Uterino, isto é, o corpo do útero (onde o bebê se
desenvolve) e o colo, que liga o útero à vagina;
Técnica e Procedimento de coleta :
31
Material de coleta : Mesa Ginecológica / Escada de dois degraus / Foco de luz / Cesto de
lixo / Lápis preto / Lençol para cobrir a paciente. Espátula de Ayres, Escova de náilon, tipo Cervi –
Brush e Espéculo Vaginal.
1
2 3 4
3- Aplicar questionário de Perguntas do Perfil sócio-econômico será adaptado pelos alunos
direcionado ao projeto e baseado no Questionário Sócio-Econômico e Cultural na Unidade
Municipal de Saúde Guamá (UMS-Guamá).
RESULTADOS:
As ações educativas são o principal foco deste trabalho, no qual ao realizar diversas as
palestras foram coletados certos dados do nosso público alvo, dentre esses então surgiu os números
sobre o intervalo de idade da mulher que procura os serviços da Unidade Básica, o seu grau de
instrução e a freqüência com que vai ao ginecologista .Montamos então a seguinte tabela
representativa:
Tabela:
32
Grau de Instrução Total Freqüência no Ginecologista
Total Idade Total
Analfabeta 4 Sim 69 Menores de 18 anos
1
Ensino Fund.Incompleto 24 Não 28 18-25 38
Ensino Fundamental Completo 21 26-35 28
Ensino Médio Incompleto 17 36-45 30
Ensino Médio Completo 30 46-55 7
Ensino Superior Incompleto 1 Mais de 56 14
Ensino Superior Completo 0
Através desses dados podemos observar que apesar do nível de escolaridade baixo, essas
mulheres freqüentam sim o ginecologista embora sem muito conhecimento sobre a realização do
PCCU , importante ainda salientar que a preocupação em se prevenir ocorre na faixa etária de
principal risco da mulher de 36 a45 anos, na fase mais juvenil (18-25). Quando, pergunta- das na
palestra como nós (trabalhadores da área da saúde) poderíamos fazer em trazer mais mulheres para
realizar o PCCU, a realização de palestras e a distribuição de folders para conscientização foram as
opções mais indicada por essas mulheres.
A proposta da orientação e educação às usuárias sobre o câncer de colo uterino, tem sido
bem recebida por essas mulheres freqüentadores do serviço da Unidade , apesar de nosso trabalho
está em procedimento(resultado final não concluído), está obtendo-se êxito.Com o prosseguimento
das nossas ações, pretendemos atingir não só a população feminina que freqüenta o ginecologista
,mas como as excluídas dessa área,ou seja, educação para os jovens nas escolas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
33
1. Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde; disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31899 ; Acesso em:
06 Abril de 2009.
2. Atenção Básica e a Saúde da Família; disponível em:
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/atencaobasica.php); Acesso em: 06 Abril de 2009.
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http://www.accamargo.org.br/index.php?page=14&idTipoCancer=12, acessado em: 15 de julho de
2009.
4. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS), 2001, Brasil. Estimativa da incidência e mortalidade por câncer no Brasil. Rio de Janeiro, Secretaria Nacional de Assistência à Saúde, Instituto Nacional de Câncer. 5. Lima E. P.,Monteiro R.B.S. ; Pinheiro A.P.S. ; Perfil do câncer do cólo de útero realizado na
Unidade de Saúde do bairro do Guamá no município de Belém no período de 2008 a 2009;
Belém-Pará; 2009.
6. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS) 2002, Brasil. Instituto Nacional de Câncer. Brasil.
Periodicidade de realização do exame preventivo do câncer do colo do útero: normas e
recomendações do INCA. Rev Bras Cancerol.; 48(1): 13-5.