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1 Prêmio Jovem Extensionista/2009: na ilharga da Universidade

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Prêmio Jovem Extensionista/2009: na ilharga da Universidade

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Capa/Editoração Eletrônica Mariane Smith Santos [email protected] Revisão Durbens Martins Nascimento Bolsistas Adriano Andrade Silva Leidiel Araújo e Oliveira Leomário Silva Machado Douglas Alexandre Silva Coelho Catalogação Edinalva Antonia Braga Sabá Ana Maria Barbosa Sena Rosíris Lopes Rodrigues Mendes Jane Sampaio Silvana Nascimento da Silva Ferreira

Contatos: [email protected]

Editora Universitária/UFPA Endereço: Rua Augusto Corrêa, 1 Cidade Universitária Prof. José da Silva Netto - Campus Básico

Telefones: Direção: (91) 3201.7965 / Secretaria: (91) 3201.7994 / Livraria: (91) 3201.7911

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Por/by PROEX/UFPA

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Jornada de Extensão

Universitária

Coordenação Geral Prof. Dr.. Fernando Arthur de Freitas Neves

Coordenação Executiva

Prof. Dr. Celson Henrique Sousa Gomes Prof. Dr.. José Maia Bezerra Neto

Prof. Dr. Durbens Martins Nascimento

Comissão de Comunicação Prof. Dr. Celson Henrique Sousa Gomes

Adriano Andrade Silva (bolsista) João de Castro Ribeiro

Leidiel Araújo de Oliveira (bolsista) Luciane Bessa

Maria Vilma Cunha de Figueiredo

Comissão de Infra-Estrutura e Logística Ana Lídia Ferreira Ana Maria Sena

Arlindo de Almeida Portilho Edinalva Antonia Braga Sabá

Idelza Barata Costa Ivanilde Braz de Almeida

Jane Sampaio João de Castro Ribeiro

Maria Vilma Cunha de Figueiredo Rosíris Lopes Rodrigues Mendes Silvana N. da Silva Ferreira

Waldene Brandão de Oliveira

Comissão de Apoio (Bolsistas) Adriano Andrade Silva

José Aílton Faro de Noronha Leidiel Araújo e Oliveira

Marcela Takeshita Moenah Mendes Castro

Patrícia Lúcia dos Santos Sousa Thiago Leite de França

Projeto gráfico, editoração eletrônica e capa

Mariane Smith Santos [email protected]

O conteúdo, a redação e a revisão dos resumos deste livro são de inteira responsabilidade de seus

respectivos autores

Belém

2010

Todos os direitos reservados para PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UFPA Cidade Universitária José da Silveira Netto - Reitoria - 2° Piso

Av. Augusto Corrêa, 01 - Guamá - 66075-900 - Belém-PA Tel: (91) 3201-7127/Fax: 3201-7256 www.proex.ufpa.br/[email protected]

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

PRÊMIO JOVEM EXTENSIONISTA/2009: na ilharga da

Universidade

APRESENTAÇÃO A Pró-Reitoria de Extensão saúda todos os coordenadores de programas e projetos, a

comunidade universitária, e as pessoas residentes nos bairros localizados na ilharga da universidade

e, principalmente, os estudantes bolsistas pela presença e participação sem as quais não teríamos

alcançado os objetivos pretendidos com a 12ª Jornada de Extensão/2009.

Parabenizamos especialmente os coordenadores de projetos e programas responsáveis pelos

bolsistas aqui premiados e estes pelo desempenho aferido nesta. Os 5 trabalhos aprovados pela

Comissão de Seleção representam uma amostra qualitativa do universo de Resumos Expandidos

apresentados na referida Jornada que contou uma participação expressiva.

A Universidade Federal do Pará, por intermédio da Proex, com a Jornada de Extensão

Universitária, ao focar sua intervenção na promoção de direitos por meio das tecnologias

produzidas no âmbito acadêmico, se constitui num dos principais meios de intercambiar, aprofundar

e produzir conhecimentos que ofertem alternativas para a superação de impasses e melhoria das

condições de vida da população.

Com efeito, ao reunir a comunidade universitária no período de 24 a 26 de novembro de

2009, a partir de sua temática central “Na Ilharga da Universidade”, a Proex buscou estreitar seus

laços com as comunidades circunvizinhas na medida em que deslocou parte da Jornada para o

bairro do Guamá.

O Prêmio Jovem Extensionista coroa o processo de participação da 12ª Jornada de Extensão,

a qual realizou 890 atendimentos na forma de exames, consultas; diversas foram as oficinas,

palestras, cursos e eventos artísticos. Foram inscritos 1.300 alunos e credenciados 464. Os que se

inscreveram para a apresentação de resumos expandidos e pôsteres somam 220 resumos expandidos

e 38 pôsteres. De 191 resumos foram aprovados e 148 foram apresentados por seus autores e co-

autores. Dos 38 pôsteres inscritos, 27 foram aprovados e apresentados.

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Dos 175 trabalhos, portanto, apresentados, a Comissão do Prêmio Jovem Extensionista

selecionou 37 trabalho que obtiveram notas superiores a 9 e deste universo 5 foram aprovados entre

Comunicações e Pôsteres.

A coletânea de resumos expandidos e pôsteres, que apresentamos neste CDROM, na sua

terceira edição, expressa o reconhecimento das iniciativas exitosas de professores e alunos/bolsistas

de extensão do Programa Institucional de Extensão (PIBEX).

A PROEX com esta publicação eletrônica espera estimular a produção e a difusão do

conhecimento científico na sociedade e assim, elevar a qualidade de sua intervenção social.

Por fim, gostaríamos de publicizar os nossos agradecimentos aos funcionários e funcionárias

da Proex pela dedicação com a qual se empenharam para o sucesso da Jornada. Agradecer aos

parceiros da Jornada: Corpo de Bombeiros do Estado do Pará, Hiléia Ltda, Comando Metropolitano

da Polícia Militar do Estado do Pará, REFRY Ltda, LAR Fabiano de Cristo, Igreja São Pedro São

Paulo, Padre Ederaldo da Mata Silveira, Departamento de Material da UFPA (DEPAD), Setor de

Transporte da UFPA, CELPA, SEMA, Guarda Municipal, CTBEL, Polícia Civil do Estado do Pará

e HEMOPA. Um agradecimento especial aos cidadãos e cidadãs atendidos/as pelos diversos

serviços oferecidos durante a Jornada. E, finalmente, um registro de gratidão aos jovens estudantes

que responderam ao chamado da Proex para atuar como voluntários e a todos os docentes

extensionistas.

Fernando Arthur Freitas Neves Pró-Reitor de Extensão

Durbens Martins Nascimento

Diretor de Programas e Projetos

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COMISSÃO DE SELEÇÃO DE RESUMOS EXPANDIDOS

Prof. Dr. Fernando Arthur Freitas Neves

Presidente

Prof. Dr. Durbens Martins Nascimento Membro

Prof. Dr. Celson Henrique Sousa Gomes Membro

Prof. Dr. José Maia Bezerra Neto Membro

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SUMÁRIO

Apresentação

CAPÍTULO 1: PROGRAMA UNIVERSIDADE POPULAR EM DIREITOS HUMANOS – PUPDH 10

Coordenadora: Olinda Rodrigues da Silva Autora: Pamela Zatrepalek de Almeida Co-Autor 1: Elton Santa Brigida do Rozario Co-Autor 2: Ivanna da Silva Nascimento Co-Autor 3: Narjara Kely Queiroz de Oliveira Co-Autor 4: Patrícia de Jesus Soeiro

CAPÍTULO 2: INCUBAÇÃO DE EMPRENDIMENTOS SOLIDÁRIOS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVESITÁRIA NO CAMPUS DE MARABÁ 15

Coordenadora: Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo Autora: Dalila Silva Miranda; Co-Autor 1: Sidnéia dos Santos Reis Co-Autor 2: Loyanne Lima Feitosa Co-Autor 3: Soraya Gonçalves dos Santos Co-Autor 4: Deiziane dos Anjos Silva CAPÍTULO 3: VESTIBULAR E COMUNIDADES POPULARES: ESTREITANDO OS LAÇOS 20 Coordenador: Maria José Aviz do Rosário Autora: Maricélia Cristiam Lopes

Co-Autora 1: Silvia Cristina de Abreu Lucena

Co-Autora 2: Elisandra Monteiro Co-Autor 3: André Luiz Sales de Paiva

CAPÍTULO 4: CONECTANDO SABERES NA ESCOLA: A EXPERIÊNCIA DO CIRCUITO DE LEITURA NA ESCOLA PÚBLICA 24

Coordenador: Maria José Aviz do Rosário Autora: Sílvia Cristina de Abreu Lucena Co-Autor 1: Maricélia Cristiam Lop Co-Autor 2: André Luiz Sales de Paiva Co- Autor 3: Elisandra Monteiro Co-Autor 4: Márcia Mota de Souza CAPÍTULO 5: EDUCAÇÃO E PERVENÇÃO EM SAÚDE DA MULHER, E A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO PCCU UMS-GUAMÁ 28

Coordenadora: Isabel Cabral Autor: Ronaldo Santos Monteiro Co-Autor 1: Liele Gonçalves Ramos Co-Autor 2: Camila dos Santos Moraes

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COMUNICAÇÕES ORAIS

ÁREA TEMÁTICA: DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA

Título do Trabalho Autor Co-Autor 1 Co-Autor 2 Co-Autor 3 Co-Autor 3 Campi / Instituto

1. O Programa Universidade Popular em Direitos Humanos - PUPDH

Pamela Zatrepalek de Almeida

Elton Santa Brigida do Rozario

Ivanna da Silva Nascimento

Narjara Kely Queiroz de Oliveira

Patrícia de Jesus Soeiro ICSA

ÁREAS TEMÁTICAS: EDUCAÇÃO

Título do Trabalho Autor Co-Autor 1 Co-Autor 2 Co-Autor 3 Co-Autor 4 Instituto/Campi

1. Incubação de Emprendimentos Solidários através da Extensão Univesitária no Campus de Marabá

Dalila Silva Miranda Sidnéia dos Santos Reis Loyanne Lima Feitosa Soraya Gonçalves dos

Santos Deiziane dos Anjos Silva MARABÁ

2. Vestibular e Comunidades Populares: estreitando os laços Maricélia Cristiam Lopes Silvia Cristina de

Abreu Lucena Elisandra Monteiro André Luiz Sales de Paiva ICED

3. Conectando Saberes na Escola: a experiência do circuito de leitura na escola pública.

Silvia Cristina de Abreu Lucena

Maricélia Cristiam Lopes

André Luiz Sales de Paiva Elisandra Monteiro Márcia Mota de

Souza ICED

ÁREAS TEMÁTICAS: SAÚDE

Titulo do Trabalho Autor Co-Autor 1 Co-Autor 2 Co-Autor 3 Instituto/Campi

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PÔSTER

ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE

Título do Trabalho Autor Co-Autor1 Co-Autor2 Co-Autor3 Co-Autor4 Instituto

/ Campi

1. Educação e Pervenção em Saúde da Mulher, e a importância da realização do PCCU UMS-Guamá.

Liéle Gonçalves Ramos

Ronaldo Bruno Santos Monteiro

Camila dos Santos Moraes ICS

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Capítulo 1: PROGRAMA UNIVERSIDADE POPULAR EM DIREITOS HUMANOS - PUPDH

Coordenadora: Olinda Rodrigues da Silva

Autora: Pamela Zatrepalek de Almeida Co-Autor 1: Elton Santa Brigida do Rozario

Co-Autor 2: Ivanna da Silva Nascimento Co-Autor 3: Narjara Kely Queiroz de Oliveira

Co-Autor 4: Patrícia de Jesus Soeiro Resumo:

O Programa Universidade Popular em Direitos Humanos – PUPDH é vinculado a Faculdade

de Serviço Social e ao Instituto de Ciências Sociais Aplicadas - ICSA. Existe desde 2006. E tem

como objetivo: capacitar e (in) formar lideranças de movimentos sociais da Região Metropolitana

de Belém – RMB, assim como contribuir na consolidação do Projeto Político Pedagógico da

Faculdade de Serviço Social. Ao promover tal capacitação vêem fortalecendo a parceria entre a

universidade e a sociedade nas lutas pelos direitos humanos. Confirmando a educação como uma

ferramenta importante no combate às violações de direitos. O PUPDH desenvolve um processo

metodológico que busca uma articulação entre o conteúdo acadêmico e realidades concretas

(vivenciadas pelos sujeitos da intervenção). Para tanto realiza atividades interdisciplinares através

de cursos de extensão, seminários e oficinas, vinculando a extensão ao ensino e a pesquisa. Além de

fomentar um processo formativo, para os discentes e os movimentos sociais, pautado nas dimensões

técnica, política, ética e cidadã.

Palavras-chave: Direitos Humanos, Participação Popular, Movimentos Sociais e Juventude. Introdução

O PROGRAMA UNIVERSIDADE POPULAR EM DIREITOS HUMANOS - PUPDH

desenvolve suas atividades de extensão através do projeto: “JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO

POPULAR: FORMANDO NOVOS LÍDERES COMUNITÁRIOS”; assim como pela organização

de eventos que promovem debates a respeito de temáticas relacionadas aos direitos humanos,

participação popular, movimentos sociais e juventude.

O Projeto “JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO POPULAR: FORMANDO NOVOS

LÍDERES COMUNITÁRIOS” objetiva reafirmar o compromisso da universidade com a

organização e capacitação dos movimentos sociais localizados nas áreas do Riacho Doce e

Pantanal. Assim como, contribuir na consolidação do Projeto Político Pedagógico - PPP da

Faculdade de Serviço Social – FASS. O referido projeto reconhece que os movimentos populares

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apresentam dificuldades relevantes no que diz respeito ao processo de renovação de líderes. E, neste

sentido, propõe fortalecer a atuação da juventude na formação de novas lideranças.

Os eventos visam integrar ações de ensino, pesquisa e extensão através de seminários,

exibição de vídeos, ciclo de debates e mesa-redonda. Proporcionando, assim, uma maior

proximidade entre a universidade e a sociedade. O objetivo é instrumentalizar tanto os movimentos

sociais, presentes na versão atual do PUPDH; como os das versões anteriores uma vez que a

capacitação é um processo contínuo. Além de legitimar o PPP da Faculdade de Serviço Social ao

fomentar o debate sobre assuntos abordados nas disciplinas do Núcleo Básico, Atividade

Complementar e do Núcleo Eletivo.

O PUPDH está contribuindo na formação profissional e instrumentalizando, do ponto de

vista conceitual e organizativo, os movimentos sociais no acesso à justiça social. O que para Gohn

(2004), representa um elemento significativo nas reivindicações empreendidas pela sociedade

organizada uma vez que à capacitação técnica e política precede uma intervenção qualificada. E a

pressão democrática, segundo Demo (2001), quando realizada de baixo para cima, é fundamental

nas lutas por direitos humanos e, conseqüentemente, pela cidadania.

O PUPDH, portanto, está aproximando a universidade a outros setores da sociedade. As

relações estabelecidas, no interior do programa, são marcadas pelo diálogo e pela troca de saberes,

transformando o conhecimento científico em ferramentas necessárias nas lutas empreendidas para a

superação das desigualdades sociais. Realizando parcerias interdisciplinares que revelam uma

interação e inter-relação.

Objetivos

Reafirmar o compromisso da universidade com a organização, capacitação dos movimentos sociais

e contribuir na consolidação do projeto pedagógico da FASS.

Metodologia

O processo metodológico articula o conteúdo científico, abordado nas atividades do

programa, com a realidade concreta, vivenciada nos movimentos sociais da RMB. Realiza ações

voltadas ao público alvo, bem como uma programação, específica, para os docentes, bolsistas e

técnicos, para uma qualificação contínua por meio de grupos de estudos. Já que as atividades

desenvolvidas necessitam do acompanhamento docente, de um referencial teórico e de

instrumentais técnicos, que são elementos necessários para a construção de posturas e habilidades

investigativas e interventivas.

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O PUPDH é um laboratório para o ensino e exercício da prática profissional. É uma frente

de estágio do Programa de Apoio à Reforma Urbana. Assim, são elaborados planos de trabalhos

pelos bolsistas e planos de estágio por discentes do PARU.

O projeto “JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO POPULAR: FORMANDO NOVOS

LÍDERES COMUNITÁRIOS” está sendo desenvolvido em 04 fases: 1ª mapeamento dos grupos de

jovens que já desenvolvem atividades cívicas nas áreas de abrangência do projeto; 2ª

instrumentalização dos jovens; 3ª atuação dos jovens como agentes de transformação e

desenvolvimento de sua realidade social e 4ª formação de um fórum de juventude. O programa está

realizando, ainda, uma agenda de eventos: o Seminário Direitos Humanos, Poder Local,

Mobilização e Participação Popular, e o Seminário Direitos Humanos e Políticas Sociais: Desafios e

Conquistas da Sociedade Organizada no Contexto da Globalização; exibição de vídeos; Ciclo de

Debates A Luta dos Movimentos Sociais pela Garantia dos Direitos Humanos; Mesa-Redonda A

Participação da Juventude nas Lutas Sociais.

A estratégia metodológica, portanto, engloba: 1) Ações de capacitação em módulos que

congregarão blocos de temáticas acerca dos direitos humanos, participação popular, movimentos

sociais, juventude e outras afins; 2) Multiplicação do conteúdo abordado nas entidades/

organizações por meio de atividades monitoradas; 3) Capacitação discente, que deverão produzir

textos e/ou monografias como produto final do programa para a produção de um caderno de textos

do PUPDH.

O PUPDH será avaliado segundo um enfoque participativo. Então, todos os envolvidos no

programa, em uma dimensão ética e dialógica, deverão analisar de acordo com elementos subjetivos

e objetivos: a) a gestão e as práticas desenvolvidas; b) as metas e os objetivos alcançados; c) as

parcerias construídas na relação universidade e sociedade; d) as articulações do PUPDH com

programações mais amplas da sociedade na relação entre o fazer universitário e a realidade social;

e) a produção acadêmica na relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão.

Resultados

- Qualificação contínua: discussão de temas concernentes a prática profissional, inserção em

atividades de campo e movimentos sociais segundo Cruz (1998), Gohn (2004), Oliveira (1996),

Sarmento (2005), Souza (2005), Viana (2000) e Whitaker (2002);

- Frente de estágio do Programa de Apoio à Reforma Urbana: inserção de duas discentes;

- Elaboração dos Planos de Trabalhos: “A participação popular no Riacho Doce: formando jovens

líderes comunitários”, “A Participação Popular da Juventude do Pantanal: formando jovens líderes

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comunitários”, “Jovens líderes comunitários: a importância das parcerias para a participação

popular” e “Formação de Jovens Líderes Comunitários das áreas do Riacho Doce e Pantanal;

- Elaboração do Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso: “Analise da Participação dos Jovens

Organizados: Experiência nas Comunidades do Riacho Doce e Pantanal Belém/PA”;

- Elaboração de Atividades de Extensão Universitária (Núcleo Eletivo do PPP- Faculdade de

Serviço Social) para execução posterior: atividades de leituras de livros infantis, que abordem temas

ligados aos direitos humanos, isto é, cidadania, família, amizade, escola e outros para debates e

reflexões com crianças do Riacho Doce, Pantanal e Ji-Paraná, em parceria com a Faculdade de

Turismo;

- Projeto: “JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO POPULAR: FORMANDO NOVOS LÍDERES

COMUNITÁRIOS”: 1) discussão do projeto com as comunidades do Riacho Doce e Pantanal, 2)

inclusão da comunidade Ji-Paraná por solicitação do público alvo do projeto, 3) mapeamento dos

grupos de jovens que já desenvolvem atividades cívicas nas áreas de abrangência do projeto, 4)

elaboração das atividades dos planos de trabalhos dos bolsistas (Oficina Preparatória: 1ª Fase -

Grupo de Estudos, temas 1- A educação política para a participação, 2 - A juventude enquanto

sujeito de transformação social, 3 – Juventude e direitos humanos, 2ª Fase – Socialização das

temáticas entre os grupos, 3ª Fase – Vídeo “O grito da Terra Firme” e finalização dos debates. E o

seminário: “A Participação Popular, Direitos Humanos e Juventude”), 5) construção de parcerias

com a Faculdade de Turismo e Polícia Comunitária;

- Eventos: organização e realização do seminário Direitos Humanos, Poder Local, Mobilização e

Participação Popular, organização da Mesa-Redonda A Participação da Juventude nas Lutas

Sociais;

Conclusões

A Universidade Federal do Pará amplia sua interação com a sociedade a partir de

experiências inovadoras fomentadas pela extensão universitária, que revela um processo, educativo

e científico, pautado na troca de saberes, acadêmicos e populares, em uma relação orgânica entre a

extensão, ensino e a pesquisa.

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Referências

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Capítulo 2: INCUBAÇÃO DE EMPRENDIMENTOS SOLIDÁRIOS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVESITÁRIA NO CAMPUS DE MARABÁ

Coordenadora: Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo Autora: Dalila Silva Miranda;

Co-Autor 1: Sidnéia dos Santos Reis Co-Autor 2: Loyanne Lima Feitosa

Co-Autor 3: Soraya Gonçalves dos Santos Co-Autor 4: Deiziane dos Anjos Silva

Email: [email protected] Programa: Incubadora Tecnológica de Empreendimentos solidários do Sul e Sudeste do Pará-

ITESP/UFPA

Campus de Marabá - Faculdades: Ciências Sociais, Agronomia e Pedagogia

Resumo

Este estudo tenciona descrever o processo formativo de incubação de empreendimentos solidários a partir da extensão universitária como política de inclusão econômico-social de grupos marginalizados do mundo do trabalho. A implantação e desenvolvimento de ações extensionistas por intermédio da incubação de empreendimentos solidários iniciou-se no Campus de Marabá por iniciativa do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, no ano de 2008, para atender a um público de 300 mulheres do Programa Bolsa Trabalho em convenio com a Secretária de Trabalho e Renda (SETER). Com o objetivo de promover a socialização de tecnologia social através da incubação de empreendimentos solidários articulada com políticas públicas integradas. Atualmente Incubadora Tecnológica de Empreendimentos solidários do Sul e Sudeste do Pará, foi institucionalizada como um programa atua na região sul e sudeste, fazendo um levantamento de grupos populares nos centros urbanos e do campo que se organizam ou têm a intenção de se organizarem produtivamente com base na economia solidária, cooperativismo e inclusão social. As ações são baseadas nos princípios da economia solidária, do trabalho cooperativo e associativista que se opera através de um processo dialógico fundamentado nas bases da educação popular. Realizando atividades de incubação, articulando-se a órgãos governamentais, encontros de grupos de estudos teóricos e práticos sobre os princípios da economia solidária, elaboração de diagnósticos sócio-econômicos para a identificação de cadeias produtivas e cursos de formação especifica para o desenvolvimento e funcionamento de empreendimentos.

Palavras chaves: Economia solidária, Trabalho, Incubadora, Extensão.

Introdução

Hoje há uma nova realidade do mundo do trabalho, as mudanças estruturais de ordem

econômicas e sociais, ocorridas nas últimas décadas, fragilizaram o modelo tradicional de relação

de trabalho capitalista caracterizado pelo trabalho assalariado instituído no final do século XIX na

Inglaterra. A organização capitalista do trabalho é caracterizada pelo aumento do trabalho informal

e do trabalho precário, pela flexibilidade e desregulamentação das leis trabalhistas e previdenciárias

de maneira sem precedentes – como profere EID:

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[...] o mal-estar do trabalho causado pelo medo de perder o próprio posto de trabalho. Em conseqüência, o trabalhador fica privado de uma vida social e passa a viver apenas do trabalho e para o trabalho. Esta situação é agravada pela angústia vinculada à consciência de um avanço tecnológico que não resolve as necessidades sociais. É o processo que precariza a totalidade de viver social. (2003, p.45).

Esse contexto contribui, significativamente, para o surgimento de novos sujeitos sociais e

espaços de relações produtivas. A economia solidária mostra-se como alternativa para milhares de

trabalhadores e trabalhadoras que buscam alterar suas condições de vida, organizando-se

coletivamente para o trabalho.

Gaiger (2004) mostra que no Brasil, a expansão da economia solidária é inquestionável.

Seus protagonistas diretos encontram-se pressionados, de um lado, pela crise estrutural do mercado

de trabalho e, por outro lado, se vêem motivados pela ação mobilizadora dos movimentos sociais,

parcelas do sindicalismo e inúmeras entidades civis que buscam criar alternativas para a crise

estrutural do trabalho assalariado e às formas de precarização. A ocorrência de estímulos adicionais

decorre do importante efeito demonstrativo de experiências existentes, especialmente, daquelas

vinculados aos segmentos populares dotados de algum substrato comunitário ou de identidade de

classe. Neste contexto, o processo de incubação de empreendimentos solidários por iniciativa da

extensão universitária ganha força em algumas regiões do país, favorecendo a formação acadêmica

discente, compromissada com questões sociais de sua realidade.

A implantação e desenvolvimento de ações extensionista de apoio a políticas públicas de

inclusão, por intermédio da incubação de empreendimentos solidários iniciou-se no Campus de

Marabá por iniciativa do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, que no ano de 2008

propôs um Programa de Extensão em convenio com o Governo do Estado/SETER para atender a

um público de 300 mulheres do Programa Bolsa Trabalho. A Incubadora Tecnológica de

Cooperativas Populares e Empreendimentos Solidários do sul e sudeste do Pará, objetiva promover

a socialização de tecnologia social através da Incubação de empreendimentos solidários articulada

com políticas públicas integradas, visando à geração de trabalho e renda, a inclusão social e a

promoção do desenvolvimento justo e solidário no Estado do Pará.

A Incubadora do Sul e Sudeste do Pará apresenta uma abrangência interdisciplinar que

envolve técnicos, discentes e docentes de cursos de Pedagogia, Agronomia, Ciências Sociais,

Sistemas de Informação, Direito desenvolvendo ações extensionista a grupos populares na criação e

desenvolvimento de empreendimentos solidários, oferecendo formações sobre princípios e relações

produtivas solidárias, além de conhecimentos relacionados ao trabalho, cidadania e meio ambiente.

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Objetivos:

Contribuir com políticas públicas de inclusão social com a incubação de empreendimentos

solidários propiciando a geração de trabalho e renda.

Metodologia

O programa atua na região sul e sudeste, fazendo um levantamento de grupos populares nos

centros urbanos e do campo que se organizam ou têm a intenção de se organizarem produtivamente

com base na economia solidária, cooperativismo e inclusão social. Criando e aplicando

instrumentos de elaboração de perfis econômico, social e cultural desses grupos, para se pensar

coletivamente inserido nestes contextos, propostas de formação continuada, fundamentada no

principio da dialogicidade, em que os conhecimentos científicos e populares se entrecruzam, fazem-

se e refazem mutuamente. No esforço de promover um verdadeiro diálogo entre universidade e

comunidades.

O processo de incubação se inicia com a mobilização de grupos, elaboração de diagnóstico

da região, características sócio-econômicas do público alvo e a formação básica através de módulos

que possibilitam o acesso a conhecimentos necessários a criação de empreendimentos solidários. Na

etapa posterior da se inicio a incubação etapa de assessoria aos empreendimentos, o processo tem

seu termino com a desincubação, quando os empreendimentos já estão estabelecidos no mercado

econômico justo e solidário com autonomia, e progressivamente se encerra o processo de

incubação.

Conforme as ações previstas para o ano de 2009, iniciamos as atividades conquistando

bolsas de extensão universitária num total de quatro discentes e estagiários voluntários que

desenvolvem sua pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso na área dos cursos de Ciências

Sociais, Sistemas de Informação, Pedagogia, Agronomia e Direito. Firmamos parceira com o

Ministério Público Federal, especialmente no que tange ao trabalho com o direito dos povos

indígenas e seus processos produtivos; com a EMATER no acompanhamento de grupos solidários

do campo; com a Secretaria de Ação Comunitária de Marabá, que trabalha com grupos populares de

diversos bairros com a geração de trabalho e renda e viabilização dos planos de negócios de quatro

empreendimentos que foram pré-incubados no ano de 2008 (Cuidador de idosos, Alimentação,

Beleza e Estética e Turismo) numa articulação com o governo municipal de Marabá.

Intensificaram-se as ações de grupos de estudos para o aprofundamento da equipe sobre a

metodologia da incubação e princípios da economia solidária; reformulação do currículo de

formação com revisão das oficinas e módulos atrelados a identidade dos grupos populares:

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associações de moradores; Associação da Mulher de Marabá (AMA); Indígenas Suruí; Grupo

Amoras; parcerias com cooperativas da mesorregião sul e sudeste do Pará.

Resultados

Contato com grupos populares como primeira aproximação para o desenvolvimento de

atividades na incubação de empreendimentos; articulação com órgãos governamentais como

Secretarias de Assistência Social; Secretaria de Ação Comunitária; Empresa de Assistência Técnica

e Extensão Rural (EMATER), Ministério Público, Cooperativa de Prestação de Serviços

(Coopserviços), Secretaria de Turismo (SETUR), realização e participação da equipe em estudos

teóricos sobre os princípios da economia solidária e educação popular; Elaboração de diagnósticos

sócio-econômicos para a identificação de cadeias produtivas; assessoria técnica, contábil,

administrativa, jurídica, tecnológica e pedagógica a cooperativas, associações, consórcio, unidades

produtivas familiares para a formalização e desenvolvimento de empreendimentos solidários. O

grupo de 150 mulheres que concluiu a formação para atuarem em empreendimentos solidários,

possuem os planos de negócios, e que pela interrupção de verbas do governo estadual, encontra-se

em fase de negociação do apoio do governo municipal de Marabá.

Nesse contexto ocorreram atividades referentes ao programa Bolsa trabalho, ao longo de dez

meses realizou-se um conjunto de trabalhos organizados em três fases – 1º fase: mobilização e

organização; oficinas de mobilização nos quatro núcleos urbanos de Marabá (Morada Nova; São

Felix; Nova Marabá; Cidade Nova e Velha Marabá), 2ª fase - formação geral; cinco módulos de

formação sobre temáticas específicas para a criação dos empreendimentos 3ª fase - formação

específica.. direcionamento para as cadeias produtivas viáveis para a região, neste intuito foram

contempladas curso específicos para as áreas - Beleza e Estética; Alimentação; Turismo; Serviços

Gerais; Cuidador de idoso. Finalizando essa fase houve a elaboração dos planos de negócios das

áreas pretendidas para a constituição dos empreendimentos.

Conclusão de um Trabalho de Conclusão de Curso e cerca de seis trabalhos em processo de

elaboração. Com participação dos bolsistas e demais estagiários, em eventos nacionais, regionais,

estaduais e locais divulgando a produção cientifica na área.

Conclusões

Esse processo formativo possibilitou a interdisciplinaridade entre os campos do saber

presentes na universidade como: Ciências Sociais, Agronomia, Pedagogia, Direito, Sistema de

Informação. Proporcionando aos estudantes o ensino, a pesquisa e uma oportunidade ao exercício

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prático da extensão universitária, criando o ensejo de transformação da sociedade dentro de suas

possibilidades.

Agradecimentos

À coordenação e equipe de técnicos, bolsistas e estagiários voluntários do Programa de

extensão: Incubadora de Empreendimentos Solidários do Sul e Sudeste do Pará do Campus

Universitário de Marabá, tendo como coordenadora Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo.

Agradecemos também, pelo apoio da PROEX/PIBEX.

Referências Bibliográficas

EID, Farid. Sobre a concepção de Incubadora Universitária de Empreendimentos de Economia Solidária da Unitrabalho e sobre a metodologia de Incubação(versão preliminar para a discussão). São Paulo: UFSCAR. Março, 2003(Texto digitalizado). GAIGER, Luiz Inácio. (2004). A Economia Solidária no Brasil: refletindo sobre os dados do primeiro mapeamento nacional. Trabalho apresentado no II Seminário Nacional do Núcleo de Pesquisa sobre Movimentos Sociais, da Universidade Federal de Santa Catarina, Abril de 2004.

Rabelo. Lucélia C. C. Programa de Extensão: Incubadora de Empreendimentos Solidários do Sul e Sudeste do Pará. Campus de Marabá/UFPA/PROEX/PIBEX, 2009.

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Capítulo 3: VESTIBULAR E COMUNIDADES POPULARES: ESTREITANDO OS LAÇOS

Coordenadora: Maria José Aviz do Rosário Autora: Maricélia Cristiam Lopes

Co-Autora 1: Silvia Cristina de Abreu Lucena

Co-Autora 2: Elisandra Monteiro Co-Autor 3: André Luiz Sales de Paiva

Resumo

Este trabalho relata a experiência de jovens oriundos de camadas populares, ex-estudantes

de escolas públicas de nosso Estado e que hoje são estudantes universitários da UFPA de diferentes

áreas de conhecimentos. Estes acadêmicos, influenciados por suas histórias de vida, propuseram um

projeto de extensão de apoio ao vestibular para estudantes da 3ª série do Ensino Médio de uma

escola pública de Ananindeua (PA). O objetivo deste trabalho é investigar por meio dessa

experiência de extensão que contribuições há no maior contato entre universidade e comunidade e

como informações relativas ao vestibular contribuem nas decisões e atitudes dos alunos assistidos.

O estudo centra-se também nos fatores que levam estes estudantes a participarem ou não dos

exames de seleção das universidades. A atividade desenvolveu-se por meio de oficinas de Ações

Afirmativas, sistema de cotas, isenções das taxas de vestibulares e aulas de redação, literatura e

gramática. Com o apoio de questionários, previamente elaborados, analisamos em grupo as

informações cedidas pelos estudantes da Escola para identificar a contribuição do projeto na tomada

de decisão desses jovens. Percebemos que o contato com o projeto possibilitou aos jovens da

comunidade obter mais informações sobre os processos seletivos e elaboração de redação,

tornando-os mais seguros para participarem do Vestibular. Assim, essa experiência nos possibilitou

repensar novas propostas de interação universidade-comunidades populares.

Palavras- chave: projetos de extensão, relações universidade-comunidade, sistema de cotas.

INTRODUÇÃO

O projeto de Apoio ao vestibular surgiu da iniciativa de acadêmicos da UFPA das áreas de

Licenciatura em Artes Visuais, Licenciatura em Física, Psicologia, Licenciatura em Pedagogia,

Licenciatura em Estatística e Turismo. Esses universitários, advindos da rede pública de ensino e

das camadas populares, influenciados por suas histórias de vida, propuseram o projeto com o intuito

de retornar à comunidade e incentivar os alunos da rede pública a participarem do vestibular.

A extensão universitária surge como elo entre a universidade e a comunidade (OLIVEIRA,

200?; CHATEAUBRIAND et al, 2003) e esta interação permite a disseminação do conhecimento

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adquirido na academia em prol de melhorias na sociedade. Nessa perspectiva, o retorno desses

acadêmicos de procedência popular às suas comunidades de origem para contribuir com a formação

escolar dos estudantes da Rede Pública de Ensino é fundamental para que estes reafirmem o

compromisso com a sociedade da qual também fazem parte.

Assim, percebe-se o nível de comprometimento com tais comunidades, haja vista que esses

acadêmicos estão estendendo conhecimentos e compartilhando saberes tanto da universidade quanto

da comunidade. A extensão possibilita uma troca de valores entre a universidade e o meio. A

academia influencia e é influenciada pela comunidade de modo que os conhecimentos nela

produzidos devem ser socializados entre as partes envolvidas (SILVA, 1997).

A atividade de apoio ao vestibular, organizada pelos acadêmicos, possibilitou maior

interação entre universidade e comunidade elevando a auto-estima dos estudantes atendidos e

concretizando a efetiva participação dos educandos nos vestibulares das universidades públicas, até

mesmo particulares.

Este trabalho é relevante porque contribui com a preparação desses jovens, que a princípio

não tinham contato com a produção de texto, o qual é por eles considerado primordial para se

alcançar uma vaga nos processos de seleção de vestibular. Nesse contexto escolar, os graduandos

trabalharam com oficinas de apoio ao vestibular, ministrando aulas de gramática, literatura e

produção de textos a fim de reforçar, junto à escola, a preparação desses jovens à realização de um

processo seletivo satisfatório.

OBJETIVOS

Investigar contribuições existentes no maior contato universidade-comunidade e como

informações sobre vestibular contribuem nas decisões e atitudes dos estudantes.

METODOLOGIA

O público alvo são 40 estudantes da 3ª série do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino

Fundamental e Médio Professora Consuelo Coelho e Souza, localizada no Bairro do Quarenta

Horas, no município de Ananindeua (PA).

O projeto está sendo desenvolvido desde agosto de 2009, com previsão de término em

dezembro do mesmo ano. Iniciamos a ação com a apresentação do projeto à coordenação

pedagógica da escola e, em seguida, apresentamos o mesmo aos alunos atendidos. Inicialmente o

Trabalho seria com oficinas direitos humanos (DH), ações Afirmativas (AA), juventude e educação

(JE), Física, Química, Matemática e Redação, mas ao entrarmos em contato com os alunos eles

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propuseram que estavam tendo dificuldades com a produção textual, pois não tinham professor de

redação.

Assim, priorizamos oficinas de redação e organizamos oficinas-aula de Ações afirmativas

para enfatizar o sistema de cotas, direitos humanos, juventude e educação e para a produção de

texto, gramática (para ajudar com a escrita), literatura e redação. O nosso trabalho centraliza-se nas

informações que fornecemos aos alunos quanto às inscrições nos vestibulares, isenções das taxas,

dos cursos da UFPA e como funcionam os processos de seleção não somente da UFPA, mas de

outras instituições de ensino superior de nosso Estado. As oficinas ocorreram (e ainda acorrem)

durante os horários vagos às quartas-feiras na própria escola, pela da manhã. Nas três primeiras

semanas trabalhamos com oficinas de AF, DH e JE. A partir daí começamos a trabalhar gramática e

redação. Nas oficinas de literatura são distribuídos resumos das leituras obrigatórias dos

Vestibulares. O material utilizado é elaborado por nós e reproduzido com ajuda da Pró-reitoria de

Extensão da universidade (PROEX).

Após as inscrições do Vestibular, que aconteceram até este mês, estamos dando

continuidade apenas às oficinas preparatórias para os processos seletivos referentes à produção de

texto e literatura.

Os estudantes que participam da experiência responderam a 32 questionários (8 alunos não

entregaram os questionários) com perguntas relativas às suas concepções sobre universidade,

expectativas com relação a cursos superiores, seus conhecimentos sobre o sistema de cotas nas

universidades, contribuições do projeto quanto às suas decisões e atitudes com relação ao

Vestibular.

A análise do questionário se deu por meio de leitura das respostas dos questionários,

observações e discussões em grupo entre integrantes do projeto.

RESULTADOS

Após as análises das respostas dos questionários, debates e oficinas na universidade e na

comunidade sobre políticas de cotas percebemos que esta ação influenciou significativamente na

tomada de decisões desses jovens, pois, por falta de informações relativas às inscrições e ao sistema

de cotas e à insegurança quanto à elaboração de redação, tradicionalmente exigida nos vestibulares,

mais de 50% da turma não iria se inscrever no vestibular. Esse cenário foi modificado após as

oficinas de orientação.

O contexto sócio-econômico-cultural daqueles estudantes não favorecia suficientemente o

contato com essas informações, o que nos levou a adotar no referido projeto debates relativos a

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ações informativas e de reforço na produção de textos, reforçando e estimulando suas habilidades,

tornando-os mais seguros quanto à escrita.

Os encontros entre acadêmicos e comunidade permitiram que esta conhecesse, com detalhes,

o sistema de cotas para os alunos da rede pública. Assim, despertou-se uma nova aproximação do

universo acadêmico com a realidade dessa comunidade.

CONCLUSÃO

Ao investigarmos contribuições existentes no maior contato universidade-comunidade,

percebemos que essa relação desperta maior interesse das classes populares para ingresso em

Universidade Pública, especialmente porque os acadêmicos advêm dessa realidade, o que instiga

mais os estudantes envolvidos. Essas experiências também contribuem para a formação crítico–

reflexiva dos acadêmicos.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à direção da Escola Consuelo Coelho e Souza por nos acolher, aos estudantes

que participam do projeto de extensão e à professora Nilzilene Gomes, pela dedicação e paciência

em nos orientar neste importante trabalho.

REFERÊNCIAS

CHATEAUBRIAND, A.D.; ANDRADE, E.B. de; MELO, P.P. A Extensão Universitária como Instrumento de Cidadania, Organização Comunitária e Desenvolvimento Sustentável. In: Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte, set. 2004.

OLIVEIRA, E.R. de. et al. Alunos Monitores: uma ação extensionista em análise. Disponível em: http://www.proex.ufla.br/conex/ivconex/arquivos/trabalhos/a92.pdf. Minas Gerais, 200?.

SILVA, O.D. da. O que é extensão universitária? In: Integração ensino-pesquisa-extensão, III (9). p.148-9. Maio, 1997.

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Capítulo 4: CONECTANDO SABERES NA ESCOLA: A EXPERIÊNCIA DO CIRCUITO

DE LEITURA NA ESCOLA PÚBLICA.

Coordenadora: Maria José Aviz do Rosário Autora: Sílvia Cristina de Abreu Lucena

Co-Autor 1: Maricélia Cristiam Lop Co-Autor 2: André Luiz Sales de Paiva

Co- Autor 3: Elisandra Monteiro Co-Autor 4: Márcia Mota de Souza

Resumo

Este trabalho relata a significativa experiência de estudantes oriundos da rede pública de

Ensino, hoje, vinculados à Universidade Federal do Pará, que inspirados por suas histórias de vida

atuam no Projeto de Circuito de Leitura: “Lendo para Ser feliz”. Estes discentes, de diversas áreas

do conhecimento, desenvolvem atividades de leitura junto a crianças da 5ª série de uma Escola

Pública Estadual localizada no bairro do Quarenta Horas em Ananindeua (PA). O objetivo da

produção é apresentar os pontos positivos de ações extensionista dessa natureza e expor que

iniciativas como esta podem contribuir para a melhoria da educação dessas crianças. Por meio de

diálogos, distribuição de livros, tutorias de leitura, vídeos educativos, atividades de letramento,

exposição de obras literárias e artísticas e com a aplicação de questionários e discussões conjuntas a

ação vem sendo desenvolvida. Nesta atividade, verificou-se que o projeto colabora junto à escola

com incentivo ao hábito da leitura e junto a coordenação pedagógica da instituição no

acompanhamento desta prática.

Palavras-chave: circuito de leitura, extensão universitária, comunidades-populares, escola publica

Objetivos

Apresentar a contribuição de ações extensionistas desta natureza junto à escola para

melhoria da educação dos atores envolvidos.

Introdução

Entendendo extensão como uma ponte que liga a universidade à comunidade em que esta se

insere e que a academia além do ensino e da pesquisa se completa com ela (SILVA, 2007), Nessa

perspectiva que os estudantes de origem popular adentram a universidade e retornam às

comunidades assumindo um compromisso com a sociedade na qual estes convivem. Logo se

percebe o nível de comprometimento com tais comunidades, haja vista que esses acadêmicos estão

estendendo conhecimentos e compartilhando saberes tanto da universidade quanto da comunidade.

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A extensão possibilita uma troca de valores entre a universidade e o meio, e esta influencia e

é influenciada pela comunidade de modo que os conhecimentos produzidos na universidade devem

ser socializados entre as partes envolvidas. A atuação do circuito de leitura na escola intensifica e

concretiza a extensão universitária, pois esta além de estreitar os laços ainda tenta firmar-se como

uma ação social válida, e nós partimos da perspectiva de que uma universidade, sobretudo federal

ou estadual deve prestar serviços à comunidade e acreditamos em sua importância tanto para o

desenvolvimento de nossas habilidades enquanto acadêmicos, quanto para a formação da

comunidade em geral (SILVA, 2007).

Outro aspecto a ser rompido é o tal caráter assistencialista da extensão, não se trata de uma

mera transmissão de informações, mesmo porque sempre acreditamos na dinamicidade de nosso

público enquanto sujeitos ativos e produtores de saber, saber popular sim, mas um saber que não

podemos ignorar. Trata-se então de uma via de mão dupla entre a Universidade e a Sociedade em

uma troca de conhecimentos, experiência e vivencias de cada um de nós.

Metodologia

A atividade vem sendo desenvolvida desde o inicio do mês de Maio de 2009 com a

participação de estudantes de ambos os sexos de duas turmas da 5ª série do ensino fundamental da

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Consuelo de Sousa, localizada no Conjunto 40

(Quarenta) Horas no Bairro do Coqueiro em Ananindeua – PA. Demos inicio a esta atividade sem

nenhuma pesquisa prévia, apenas com o apoio da direção da escola e a aceitação por parte dos

alunos.

Em nosso primeiro contato, nos apresentamos aos alunos e apresentamos também a nossa

proposta de atividade que seriam realizadas com os mesmos, após a aceitação por parte das

crianças, fizemos a entrega dos livros e nos distribuímos para a tutoria de leitura conforme a escolha

deles; os livros utilizados foram: “O homem rouco, As Mil e uma noite, Quando eu voltar a ser

criança, A história de Fernão Campelo Gaivota, Alice no País das Maravilhas, O cavalo encantado,

Meu pé de laranja lima.”. Cada tutor ficou responsável por um livro e um grupo de quatro a cinco

crianças para orientá-los durante a leitura (SOARES, 2004 e 2001).

A orientação se deu de forma dinâmica, pois cada tutor teve liberdade para trabalhar a

leitura com seu grupo de acordo com a especificidade dos alunos se reunindo nas salas de aula, na

biblioteca ou mesmo nos corredores da instituição respeitando sempre os horários vagos de cada

turma que até então eram em horários diferentes. A partir do andamento dos grupos organizávamos

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encontros gerais com todos e assim dávamos continuidade através de exposição dos livros, gincanas

sobre as leituras e atividades de letramento (SOARES, 2001).

Resultados

Ao iniciarmos as atividades, podemos perceber que grande parte dos alunos tinha pouco

contato com a literatura, limitando-se apenas aos livros didáticos trabalhados dentro da escola. Após

as análises das respostas dos questionários, percebemos que o projeto estava estimulando os

estudantes pelo prazer à leitura (FREIRE, 1983), pois alguns alunos revelaram que não gostavam de

ler, mas que por causa do projeto estava gostando do livro, porque estavam conhecendo palavras

novas. O contexto sócio-econômico-cultural (FREIRE, 1998) daqueles estudantes não favorecia

suficientemente o contato com a leitura, pois não participavam de atividades escolares de incentivo

a leitura e tão pouco eram estimulados por seus familiares a praticarem tal ato. Com o projeto

estamos conseguindo envolver a coordenação pedagógica-projeto-alunos e os pais. Estes para que

instiguem em casa o hábito da leitura. Ao concluirmos o primeiro ciclo de leituras realizamos um

grande evento para exposição das leituras onde os próprios alunos relatavam sobre o livro que

estavam lendo. A programação ocorreu no centro comunitário próximo à escola com apoio da Pró-

reitoria de extensão da UFPA (PROEX), da coordenação da escola e familiares de alunos que

participam das atividades. O evento possibilitou-nos observar que os alunos levaram a sério o

projeto e que pretendem permanecer com as atividades. Diante desse fato, consideramos que

obtivemos resultados positivos, visto que grande parte dos alunos mostrou-se interessados em

continuar participando do “Lendo para ser Feliz” e a coordenação da escola nos incentiva com a

realização das atividades divulgando sobre a importância do ato de ler (FREIRE, 1983).

Conclusão

As atividades de extensão são relevantes à formação do universitário tanto quanto o ensino e

a pesquisa. Aquela precisa de maior atenção por partes das universidades, pois contribui para uma

formação crítico–reflexivo do acadêmico além de proporcioná-lo convivência diretamente com a

comunidade em que futuramente estes discentes irão atuar.

Agradecimentos

Agradecemos à direção da Escola Consuelo Coelho e Souza por nos acolher, aos estudantes

que participam do projeto de extensão e à professora Maria José do Aviz Rosário por nos orientar

no projeto e nesta produção.

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Referências

FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. São Paulo:

Autores Associados: Cortez, 1983.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7º ed. São

Paulo: Paz e Terra, 1998.

KLEIMANN, Ângela. (Org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática

social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995.

SILVA, O.D. da. O que é extensão universitária? In: Integração ensino-pesquisa-extensão, III (9). p.148-9. Maio, 1997.

SOARES. Magda Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. (2004) Texto apresentado na

26a Reunião da ANPED, Poços de Caldas. Disponível em: <

http://www.anped.org.br/26/outrostextos/semagdasoares.doc>. Acessado em 18.08.2004

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros.2.ed.3.reimpr.Belo

Horizonte:Autêntica,2001

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Capítulo 5: EDUCAÇÃO E PERVENÇÃO EM SAÚDE DA MULHER, E A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO PCCU UMS-GUAMÁ.

Coordenadora: Isabel Cabral Autor: Ronaldo Santos Monteiro

Co-Autor 1: Liele Gonçalves Ramos Co-Autor 2: Camila dos Santos Moraes

Resumo

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde ,PET-Saúde. É uma iniciativa do

Ministério da Saúde –MS, através do projeto Saúde da Família Desta forma, a Universidade Federal

do Pará –UFPA, verificando a necessidade de atividade intensa sobre o público feminino criou ação

Saúde da Mulher. Há incidência de câncer de colo de útero é muito alta nos países pobres e em

desenvolvimento . O Brasil é um dos recordistas mundiais em incidência e o terceiro câncer mais

comum entre as brasileiras sendo o Estado do Pará é o oitavo e a cidade de Belém/Pa é a terceira

com maior número de novos casos e a maior causa de morte de mulheres. Objetivos da

pesquisa:Realizar ações voltadas para orientação e educação de mulheres usuárias da UMS- Guamá

a cerca do PCCU e DST. Metodolodia: Realização de palestras e atividades educativas para

informar as mulheres usuárias da UMS-Guamá e nas escolas da rede pública; Orientação sobre

visitas regulares ao ginecologista, Preventivo de Câncer de Colo de Útero e DST com a elaboração

e distribuição de materiais educativos às usuárias da unidade. Resultados: A proposta da orientação

e educação às usuárias sobre o câncer de colo uterino, tem sido bem recebida por essas mulheres

freqüentadores do serviço da Unidade Quando, perguntadas na palestra como poderíamos fazer em

trazer mais mulheres para realizar o PCCU , a realização de palestras e a distribuição de folders para

conscientização foram as opções mais indicada por essas mulheres.

Palavras-chave: Saúde da mulher, educação, PCCU, HPV, DST.

INTRODUÇÃO :

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde ,PET-Saúde. É uma iniciativa do

Ministério da Saúde –MS, através do projeto Saúde da Família ,como estratégia de reorientação do

modelo assistencial que visa a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de

saúde com ações de promoção da saúde e na manutenção da saúde desta comunidade. (1) Então, a

Universidade Federal do Pará –UFPA, observando que qualquer problema de saúde pública implica

na desinformação e no descaso contribuindo para manutenção do mesmo, gerando conseqüências

graves à sociedade, verificando a necessidade de atividade intensa sobre o público feminino, grupo

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ainda desvalorizado, criou ação Saúde da Mulher, dentre as classes de atividades de

responsabilidades do SUS e direcionado ao preventivo do câncer de colo de útero-PCCU e

especificamente ao papilomavírus humano -HPV . (2)

O Câncer de Colo de Útero ou Câncer Cérvico-Uterino, acometem duas partes da anatomia

do aparelho genital feminino, o corpo do útero (onde o bebê se desenvolve) e o colo, que liga o

útero à vagina. Inicia-se em idade precoce( mulheres de 40 a 60 anos de idade) e de evolução muito

lenta, o diagnóstico precoce é feito através PCCU .A incidência de câncer de colo de útero é muito

alta nos países pobres e em desenvolvimento . É o terceiro mais incidente na população em geral e a

segunda causa de morte entre as mulheres –INCA . O Brasil é um dos recordistas mundiais em

incidência e o terceiro câncer mais comum entre as brasileiras (3) .Nesta situação o Estado do Pará é

o oitavo - a cidade de Belém/ PA é a terceira com maior número de novos casos e a maior causa de

morte de mulheres (5) .

A evolução do câncer do colo do útero, na maioria dos casos, se dá de forma lenta, passando

por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. Dentre todos os tipos de câncer, é o que apresenta um

dos mais altos potenciais de prevenção e cura. É ocasionado pelo papilomavírus humano (HPV),

transmitido sexualmente e o risco de infecção é maior entre mulheres que mantém relações sexuais

sem proteção. Hoje, existem as opções de tratamento para o câncer de colo de útero que dependem

do estágio da doença (3).

Os fatores de risco são sociais, ambientais e os hábitos de vida, tais como baixas condições

sócio-econômicas, atividade sexual antes dos 18 anos de idade ( início precoce) , pluralidade de

parceiros sexuais, poucos hábitos de higiene, o uso prolongado de contraceptivos orais(4) (5), e o

tabagismo pois, o vício de fumar está diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados e

as mulheres fumantes têm duas vezes (2x) mais chance (a fumaça do cigarro produz compostos

químicos que podem danificar o DNA das células do colo do útero e aumentando o risco).O

histórico familiar aumentam as chances pelos fatores genéticos ao câncer (3) .E percebendo que

muitas mulheres não recorrem ao preventivo, nem o realizam periodicamente, por medo,

desconforto, vergonha, dentre outras razões (6).

OBJETIVOS DA PESQUISA:

Realizar ações voltadas para orientação e educação de mulheres usuárias da UMS- Guamá a cerca

do PCCU e DST .

METODOLODIA:

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O Procedimento com relação ao projeto será feito por meio de etapas, a saber :

1- Realização de palestras e atividades educativas para informar as mulheres usuárias da UMS-

Guamá e nas escolas da rede pública (que serão escolhidas de acordo com o número de alunos (as)

e/ou autorização dos seus respectivos responsáveis que serão solicitadas através de documentos

como ofícios) da necessidade das visitas regulares ao ginecologista, Preventivo de Câncer de Colo

de Útero e DST.

2- Orientação e educação através de palestras educativas sobre visitas regulares ao ginecologista,

Preventivo de Câncer de Colo de Útero e DST com a elaboração e distribuição de materiais

educativos às usuárias da unidade.

Anatomia do aparelho genital feminino

Realização do Exame Papanicolaou.

Colo de Útero ou Câncer Cérvico-Uterino, isto é, o corpo do útero (onde o bebê se

desenvolve) e o colo, que liga o útero à vagina;

Técnica e Procedimento de coleta :

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Material de coleta : Mesa Ginecológica / Escada de dois degraus / Foco de luz / Cesto de

lixo / Lápis preto / Lençol para cobrir a paciente. Espátula de Ayres, Escova de náilon, tipo Cervi –

Brush e Espéculo Vaginal.

1

2 3 4

3- Aplicar questionário de Perguntas do Perfil sócio-econômico será adaptado pelos alunos

direcionado ao projeto e baseado no Questionário Sócio-Econômico e Cultural na Unidade

Municipal de Saúde Guamá (UMS-Guamá).

RESULTADOS:

As ações educativas são o principal foco deste trabalho, no qual ao realizar diversas as

palestras foram coletados certos dados do nosso público alvo, dentre esses então surgiu os números

sobre o intervalo de idade da mulher que procura os serviços da Unidade Básica, o seu grau de

instrução e a freqüência com que vai ao ginecologista .Montamos então a seguinte tabela

representativa:

Tabela:

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Grau de Instrução Total Freqüência no Ginecologista

Total Idade Total

Analfabeta 4 Sim 69 Menores de 18 anos

1

Ensino Fund.Incompleto 24 Não 28 18-25 38

Ensino Fundamental Completo 21 26-35 28

Ensino Médio Incompleto 17 36-45 30

Ensino Médio Completo 30 46-55 7

Ensino Superior Incompleto 1 Mais de 56 14

Ensino Superior Completo 0

Através desses dados podemos observar que apesar do nível de escolaridade baixo, essas

mulheres freqüentam sim o ginecologista embora sem muito conhecimento sobre a realização do

PCCU , importante ainda salientar que a preocupação em se prevenir ocorre na faixa etária de

principal risco da mulher de 36 a45 anos, na fase mais juvenil (18-25). Quando, pergunta- das na

palestra como nós (trabalhadores da área da saúde) poderíamos fazer em trazer mais mulheres para

realizar o PCCU, a realização de palestras e a distribuição de folders para conscientização foram as

opções mais indicada por essas mulheres.

A proposta da orientação e educação às usuárias sobre o câncer de colo uterino, tem sido

bem recebida por essas mulheres freqüentadores do serviço da Unidade , apesar de nosso trabalho

está em procedimento(resultado final não concluído), está obtendo-se êxito.Com o prosseguimento

das nossas ações, pretendemos atingir não só a população feminina que freqüenta o ginecologista

,mas como as excluídas dessa área,ou seja, educação para os jovens nas escolas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

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1. Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde; disponível em:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31899 ; Acesso em:

06 Abril de 2009.

2. Atenção Básica e a Saúde da Família; disponível em:

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/atencaobasica.php); Acesso em: 06 Abril de 2009.

3. Hospital do A. C. Camargo, Câncer (Prof. Dr. Antonio Cândido de Camargo) disponível em :

http://www.accamargo.org.br/index.php?page=14&idTipoCancer=12, acessado em: 15 de julho de

2009.

4. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS), 2001, Brasil. Estimativa da incidência e mortalidade por câncer no Brasil. Rio de Janeiro, Secretaria Nacional de Assistência à Saúde, Instituto Nacional de Câncer. 5. Lima E. P.,Monteiro R.B.S. ; Pinheiro A.P.S. ; Perfil do câncer do cólo de útero realizado na

Unidade de Saúde do bairro do Guamá no município de Belém no período de 2008 a 2009;

Belém-Pará; 2009.

6. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS) 2002, Brasil. Instituto Nacional de Câncer. Brasil.

Periodicidade de realização do exame preventivo do câncer do colo do útero: normas e

recomendações do INCA. Rev Bras Cancerol.; 48(1): 13-5.