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    O REINOJ. Herculano Pires, pseudnimo IRMO SAULO

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    O REINOVenha a Ns o Teu Reino

    O Livro edificante sempre um orientador e um amigo. a voz ue ensina!modifica! renova e a"uda. # E$$%N&EL

    odas as ci!a"#es $%&licas des!e li'ro (oram !iradas da !radu")o cl*ssica deJo)o +erreira de Almeida, Edi")o das Sociedades $%&licas Unidas. Alumaspala'ras e (rases -poucas (oram adap!adas poe!icamen!e ao con!e/!o, 0uandoes!e o e/iia, sem 0ual0uer pre1u%2o do seu sen!ido li!eral.

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    %VI'O %O LEITOR

    A0uele 0ue se enana a si mesmo n)o conseue passar pela Por!a doReino. O 0ue n)o 1oa na es!rada os (ardos do eo%smo n)o pode en!rar com eles

    no Reino. O 0ue pensa 0ue o Reino es!* lone !er* de andar mui!o para encon!ra3lo, mas o 0ue sa&e 0ue o Reino es!* a0ui mesmo, ao nosso lado, 1* o !ra2 den!rode si. Ai por4m, do 0ue pensar 0ue o Reino 1* es!* nele e dei/ar de &usc*3lo5

    O Reino 4 uma 6ra"a e uma 7on0uis!a. Por0ue a 6ra"a n)o 4 umapre&enda como as da erra8 emos de merec93la para rece&93la. E como rece&era 6ra"a sem a con0uis!a das condi"#es e/iidas para a merecermos: ;i'em nailus)o os 0ue se es0uecem da0uelas pala'ras8 $usca primeiro o Reino de a a n?s.

    Es!e li'rin>o n)o 4 um manual do Reino, mas uma re(le/)o so&re o Reino,um es!udo dos meios pelos 0uais podemos a!ini3lo. Mui!a en!e se enana,pensando 0ue o Reino pode ser a!inido pelos a!al>os >umanos. Pre!endemc>ear ao Reino pela pol%!ica, pela Relii)o, pela +iloso(ia, pelas Ordens Ocul!as eEso!4ricas, pelos Ensinamen!os des!e ou da0uele Mes!re em par!icular.

    odas essas coisas s? podem a1udar 0uando 0ueremos realmen!e a!inir oReino. Por0ue o 7amin>o do Reino par!e do 7ora")o de cada um e se es!endeaos ou!ros e ao Mundo E/!erior. O Reino 4 como semen!e8 7ome"a naermina")o ocul!a e soli!*ria, den!ro de cada um.

    @ue es!as p*inas consiam esclarecer esses pro&lemas e aumen!ar naerra o nmero dos ra&al>adores do Reino, 4 o 0ue dese1a o AUOR.

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    (ap)tu*o +% ,RO(L%$%-O

    Era uma 'e2 um Jo'em 7arpin!eiro 0ue (undou um Reino. O mais &elo, o

    mais 1us!o e o mais (ascinan!e de !odos os Reinos. 7on!am os ar0ue?loos 0ue oReino de Mari, na Mesopo!Bmia, era di(eren!e de !odos os demais da An!iuidade.Seu Rei n)o usa'a espada, mas espalma'a a m)o em sinal de &en")o e de pa2.Es!ran>o mundo em 0ue os >omens 'i'eram il>ados no Amor e na $ondade, emmeio aos (ero2es dom%nios 0ue os cerca'am. Mas o Reino 0ue o Jo'em7arpin!eiro (undou (oi mui!o mais &elo. A Pa2 (loria em cada cora")o e o amorirradia'a dos ol>os de !odas as cria!uras, desde os animais a!4 aos >omens.

    Mui!a en!e n)o acredi!a nis!o. O Reino do Jo'em 7arpin!eiro parece3l>esum con!o de (adas, uma lenda in9nua. E ou!ros perun!am8

    3poderia um 7arpin!eiro (undar um Reino:7er!o dia um desses descren!es me (e2 a perun!a, numa es0uina, ao

    crepsculo. As som&ras da noi!e come"a'am a acumular3se so&re a cidade. Sen!ium (r9mi!o de asas in'is%'eis ao meu redor, e loo um 1o'em de (aces rosadas,ca&elos loiros e ol>os a2uis, !)o a2uis como o c4u ao meio dia, acercou3se de n?se respondeu por mim8

    37omo n)o, amio5 Um 7arpin!eiro, um pedreiro, um 'endedor am&ulan!e,um li/eiro, um enra/a!e, !odos s)o >omens. E cada >omem !em o poder, 0uee con(eriu, de criar o 0ue 0uiser. ;oc9 mesmo pode, aora mesmo, (undaro seu Reino. Ele ser* de pa2 ou de uerra, de amor ou de ?dio, como 'oc9 o (iser,e poder* crescer a!4 a&raner os seus dom%nios a erra In!eira.

    Meu amio descren!e encara'a admirado o es!ran>o adolescen!e.E depois de ou'ir em sil9ncio, conseuiu 0ue&rar o encan!o e perun!ar8

    3mas 0uem 4 'oc9:3Um mensaeiro do Reino, 3 respondeu o rapa2. E, 'irando3se, desapareceu

    !)o es!ran>amen!e 0ue (icamos a!aran!ados, en!re a mul!id)o. ei esperan"ado por

    !odos os lados, a procur*3lo. Nada mais 'i. Lem&ra'a3me apenas do (r9mi!o de

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    asas in'is%'eis 0ue precedera a sua c>eada e um arrepio le'e e doce mepercorria a epiderme.

    En!)o me lem&rei da proclama")o do Reino. Pus3me a camin>ar pelacal"ada c>eia de en!e, aos es&arr#es de cria!uras apressadas, so& as l!imaslu2es do crepsculo. E derrepen!e a 'is)o se desen>ou &em n%!ida em min>a

    men!e. Era como se eu 'ise, se eu presenciasse, como se !udo es!i'esseocorrendo na0uele momen!o.O Jo'em 7arpin!eiro 'ol!a'a de suas medi!a"#es no ea'a a

    Na2ar4, sua cidade na!al, onde Ele e o pai man!in>am sua modes!a o(icina. Nums*&ado, como sempre (isera, 'es!iu3se com mais puro lin>o 0ue possu%a, na'erdade uma po&re es!amen>a &ranca, mas 0ue &ril>a'a como lin>o puro ediriiu3se = Sinaoa.

    A modes!a Sinaoa de Na2ar4 reuri!a'a de Judeus ansiosos pelasal'a")o de Israel. O Jo'em 7arpin!eiro passou !ran0Cilo pela mul!id)o e sen!ou3se no luar >a&i!ual. @uando l>e permi!iram (alar, le'an!ou3se, !omou nas m)os oROLO da or* e o a&riu em Isa%as. 7om 'o2 serena, leu es!e pe0ueno !rec>o8

    3O Esp%ri!o do Sen>or es!* so&re mim, pelo 0ue me uniu para anunciar a$oa No'a aos po'os. En'iou3me para proclamar a li&er!a")o dos ca!i'os e ares!aura")o da 'is!a aos ceos, para pr em li&erdade os oprimidos e apreoar o

    Ano Acei!*'el ao Sen>or.Nunca se 'iu proclama")o mais cur!a. O Jo'em 7arpin!eiro n)o era de mui!o

    (alar. Era de pouco, mas cer!o. Na 'erdade, ser'ira3se das pala'ras de Isa%as paraproclamar o seu Reino. Isa%as (alara pela sua &oca, assim, a !radi")o de Israel secon(irma'a no esp%ri!o das Escri!uras e no 7ora")o da Sinaoa. Os 'el>os

    1udeus de &ar&as pon!uadas e redondas, risal>as, neras e cas!an>as&alan"a'am a ca&e"a e ol>a'am preocupados para o Jo'em, 0ue 'ol!ou a sen!ar3se.

    O assis!en!e !omara de no'o o Rolo da or* para uarda3lo, mas 'acila'a,ol>ando !am&4m para o Jo'em 7arpin!eiro. Es!e correu o ol>ar pela assem&l4ia,como um Rei, e come"ou a (alar8

    3Ho1e se cumprem es!as pala'ras do Pro(e!a.Um rande sil9ncio passou no recin!o. Ou'ia3se o !ilin!ar dos cincerros das

    ca&ras na campina ao lone. Uma pa2 descon>ecida paira'a no am&ien!e.O Jo'em 7arpin!eiro con!inuou83o Esp%ri!o do Sen>or 4 Amor e Jus!i"a. Ele me uniu para !ra2er 1us!i"a e

    Amor = erra. En'iou3me para (undar o seu Reino. @u)o di(eren!e 4 esse Reinodos reinos %mpios dos >omens, e se (undamen!am na in1us!i"a, na anBncia e no?dio, so&re a maldi")o da 'iol9ncia. O Pro(e!a anunciou3me e a0ui es!ou. Ou'i3me.

    odos ou'iram em pro(undo sil9ncio. Mas es!as l!imas pala'ras pro'ocaramaluns es!os de impaci9ncia. Alu4m perun!ou8

    3n)o 4 es!e o (il>o de Jos4, o carpin!eiro:Ou!ro respondeu, num cicio cor!an!e834 ele mesmo. N)o '9s a sua !nica de miser*'el es!amen>a:3Mas como pode a es!amen>a &ril>ar desse 1ei!o: 3 Perun!ou um rapa2

    'isi'elmen!e (ascinado.

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    3S)o ar!es Pi!nicas5 3 murmurou um 'el>o en!re den!es. 3 N)o 4 o esp%ri!odo Sen>or, mas o esp%ri!o de P%!on 0ue es!* so&re ele5

    ais 0ue es!ou possesso

    do Esp%ri!o do Mal e perun!ais por0ue n)o me curo a mim mesmo. E 0uereis 0ueeu repi!a os prod%ios do Reino en!re '?s.

    3sim, 0ueremos5 3 6ri!ou Lamuel, o a"ouueiro ri!ual.3Em 'erdade 'os dio 0ue nen>um pro(e!a 4 &em rece&ido en!re os seus.

    ;?s me 'is!e crescer e pensais 0ue !en>o de ser iual aos 'ossos (il>os. N)o soiscapa2es de 'er al4m das apar9ncias, dos >*&i!os, dos cos!umes, da ro!ina. Maseu 'en>o proclamar o Reino.

    3es!* endemoniado5 3+ora com ele5 3 ri!ou 6ede)o apopl4!ico.3acalmai3'os e ou'i3me5 3 aspon!iaudas e eri"ados espin>eiros, 0ue represen!a'a o re'erso da &oni!apaisaem. Por ali 0ueriam lan"a3lo, para 0ue morresse espe!ado nos espin>os e0ue&rado nas pon!as roc>osas. O Reino es!aria perdido por mais aluns mil9nios.Pois 0uando >a'eria de aparecer no'amen!e em Israel ou!ro preoeiro do Reino:

    Mas 0uando !udo parecia perdido, os >omens 0ue o aarra'am com as m)osde (erro 'iram 0ue es!a'am enanados. Na 'erdade, >a'iam3se aarrado uns aosou!ros, e se n)o perce&essem a !empo, cer!amen!e se !eriam arro1ado nummao!e pelo precip%cio a &ai/o. Pararam assus!ados a &eira do a&ismo e suaspernas e seus &ra"os !remiam de >orror.

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    30uede o +il>o de Jos4: 3 perun!ou um deles, com 'o2 !remula.3onde !eria (icado: 3 ri!ou ou!ro, 1* um pouco mais (or!e.3a>, se n)o !i'esse escapado por ar!es Pi!Dnicas o li0uidar%amos aora

    mesmo5 3 &ra'a!eou 6ede)o, com seus pun>os de asco crispados de ?dio e aomesmo !empo de medo.

    En0uan!o isso, o Jo'em 7arpin!eiro, passando !ran0Cilamen!e en!re eles,descia a encos!a do mon!e em dire")o a cidade. Na2ar4 &ril>a'a como uma (loror'al>ada, docemen!e a&er!a na colina.

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    (ap)tu*o /Os 0undamentos

    7omo pode um 7arpin!eiro +undar um Reino: Pois o Jo'em 7arpin!eiro de

    Na2ar4 o (undou sem a menor di(iculdade. O inciden!e da Sinaoa n)o !e'emui!a impor!Bncia. O 0ue 'aleu (oi a proclama")o do Reino, (ei!a com !ran0Cila(irme2a e repudiada com es!pida 'iol9ncia. uma mano&ra escusa conseuiram (a293lo desaparecer.

    A!e >o1e >* randes E/4rci!os mo&ili2ados con!ra o Reino. As Po!es!ades doar, de 0ue (alou mais !arde o Ap?s!olo Paulo, E As Po!es!ades ecemos, '9m reali2ando a mil9nios uma lu!a con1uada con!ra o Reino.Mas es!e permanece (irme, !ran0Cilo como o seu +undador. E cada 'e2 mais sealara, como uma (lor !eimosa 0ue desa&roc>a len!amen!e, apesar das!empes!ades, das secas, das praas, do sol inclemen!e e da inclem9ncia maior do

    cora")o >umano.@uais s)o os (undamen!os desse es!ran>o reino 0ue erue as suas rres e

    os seus minare!es, as suas cpulas e os seus pend#es en!re !an!as (or"asad'ersas: O Jo'em 7arpin!eiro os (ormulou com as pala'ras de Isa%as naSinaoa de Na2ar4. O primeiro desses (undamen!os 4 o esp%ri!o do Sen>or.Seria necess*rio mais alum: odas as demais pedras de alicerce do Reino !iramdessa Pedra a sua pure2a e a sua (irme2a. O Esp%ri!o do Sen>or 4 !an!a coisa 0uen)o c>eamos a compreend93lo &em. +al!a3nos 'is)o e compreens)o para !an!o.Mas sa&emos 0ue Ele 4 an!es de mais nada, Amor e Jus!i"a.

    Eis, pois, os !r9s primeiros (undamen!os do Reino8 os de a do 0ue um dessesRei2in>os, 0ue a mor!e despo1ar* de suas &a2o(ias e pre!ens#es, en!rar no Reino.

    Os po&res s)o os in1us!i"ados da erra. Os ricos s)o os 0ue ameal>aram os&ens da erra e (i2eram a sua pr?pria 1us!i"a. O reino 4 do 74u, mas o Jo'em7arpin!eiro o !rou/e para a erra, a (im de 0ue a 1us!i"a se (a"a a!ra'4s do Amor.7omo 4 di(%cil aos >omens compreenderem essa dial4!ica

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    admiram a rande2a do Reino, dese1am a!ini3lo, mas n)o 1oam (ora o (ardo!erreno 0ue os impede de c>ear a Ele. O pesado (ardo !erreno os esmaa noc>)o do Plane!a, como &ic>in>os em&ai/o de uma pedra.

    Eu esplica'a isso ao meu amio descren!e, nou!ro encon!ro de rua, numaes0uina, 0uando ele perun!ou, com um sorriso irnico8

    3Por0ue omens se em&ic>assem desse 1ei!o: N)o eramais (*cil e'i!ar isso do 0ue !er de en'iar, depois, o Jo'em 7arpin!eiro = !erra:Sen!i no'amen!e um (r9mi!o de asas in'is%'eis e loo apareceu o rapa2in>o

    loiro, de (aces rosadas, com dois peda"os de c4u nas pupilas. $a!eu3mele'emen!e nas cos!as e diriiu3se ao meu amio8

    3os cres"am respons*'eis, por isso l>es d* ali&erdade. Pode >a'er responsa&ilidade no escra'o ou no ro&: Meu caro, aresponsa&ilidade 4 uma plan!a melindrosa, 0ue s? nasce e cresce no clima dali&erdade.

    3En!)o, 3 respondeu o amio descren!e, pu/ando de no'o o a!il>o da suaespinardin>a de ironia, 3 por0ue es deu a li&erdade de enri0uecer:

    3o loiro. Os ricos secondenaram a si mesmos.

    3como: @ue >is!?ria 4 essa:3Meu amio8 os >omens 0ue ameal>aram (or!una da erra ameal>aram

    eo%smo, in1us!i"a e impiedade. Os &ens da Na!ure2a per!encem a !odos, e os 0ue!rans(ormam esses &ens para produ2ir ou!ros n)o podiam es0uecer o de'er da(ra!ernidade. 7omo pode reo2i1ar3se na opul9ncia o >omem 0ue '9 seus irm)osmorrendo de (ome, doen"a e mis4ria nas sar1e!as da cidade ou nos pai?is docampo:

    3Mas ele pode au/iliar as o&ras sociais, 3 re!rucou o meu amio, com le'esorriso.

    3as da mesa para os cac>orrin>os e os a!os n)o 4 amornem Jus!i"a, 3 respondeu o rapa2in>o loiro e, na mesma >ora, como se >ou'essepor acaso se en(iado en!re os rupos de pessoas pela cal"ada, desapareceu.

    30uem 4 esse pe!ulan!e: 3 Perun!ou o amio descren!e.3Um mensaeiro do Reino, 3 respondi.3&a5 3 (e2 ele de no'o e despediu3se apressado.;ol!ei en!)o a pensar por min>a con!a nos pro&lemas do Reino. E a

    propor")o 0ue anda'a pelas ruas, !)o c>eias de en!e de !oda esp4cie, po&res,remediados e ricos, os +undamen!os do Reino me pareciam mais n%!idos namen!e.

    ;i o rico da par*&ola, !)o di(eren!e da0uele mendio 0ue comia as mial>asde sua mesa, camin>ando por uma es!rada circulan!e, com o (ardo de suasri0ue2as !errenas =s cos!as. A es!rada le'a'a ao Reino e su&ia como espiral em!orno da Mon!an>a Sarada.

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    +oi dura a lu!a. 7ompreendi en!)o a imaem do camelo. N)o, n)o se !ra!a deca&o ou corda rossa, !ra!a3se mesmo do camelo. O po&re camelo rico n)opassa'a na0uele (undo de aul>a por0ue os seus (ardos n)o dei/a'am. ola, 0ue con!inua'a a&er!a. Uma!ran0Cila O(er!a. Um 7on'i!e de Amor. Mas o rico se aarra'a cada 'e2 mais aos

    seus (ardos, 0ue amea"a'am rolar pela encos!a.O>, po&re rico5 Sua'a (rio, ol>a'a de esuel>a a por!in>ola a&er!a ea&ra"a'a loucamen!e o !esouro da perdi")o. As (or"as come"aram a (al!ar3l>e.Um (ardo escapou. ele !en!ou alcan"*3lo, sem larar os ou!ros e (oi en!)o 0uerolou para o a&ismo. S? 0uando ele 1* es!a'a no (undo do precip%cio a por!in>olado Reino (ec>ou3se.

    O Jo'em 7arpin!eiro ensinou cer!a 'e283A0uele 0ue se aarrar = sua 'ida, perd93la3*G A0uele 0ue a perder por Amor

    de mim, a encon!rar*5O po&re rico da par*&ola aarrou3se ao seu !esouro de perdi")o, 0ue era a

    sua pr?pria 'ida. 7ompreendi en!)o a solide2 dos (undamen!os do Reino8 Amor eJus!i"a. A por!in>ola con!inuara a&er!a a!4 os l!imos ins!an!es, a!4 o derradeiroins!an!e. Mas o po&re rico (e2 1us!i"a a si mesmo com as pr?prias m)os. 7omo0ueria o meu amio culpar a ola. O (ardo da re'ol!a 4 !)opesado e inominioso como da &oa3'ida. O po&re !am&4m pode ameal>ar ari0ue2a da inom%nia. $em3a'en!urados os mansos e pac%(icos, por0ue eles>erdar)o a erra. O Jo'em carpin!eiro n)o prome!e o 74u, mas a erra. Por0ue oReino (oi implan!ado na erra e de'e crescer so&re Ela. F o pr?prio 74u 0ue &ai/a= erra. Mas para 0ue os >omens se !ornem dinos do 74u 4 necess*rio 0ue osca!i'os se1am li&er!os, 0ue os ceos !en>am a 'is!a res!aurada, 0ue os oprimidosrecuperem a li&erdade e 0ue o Ano Arad*'el ao Sen>or se1a es!a&elecido.

    ;e1o Israel nesse Ano de Amor e Jus!i"a. odos se renem para aredis!ri&ui")o das !erras. O Amor do Reino inunda os cora"#es, ainda n)o 'iciadospelo amor das comodidades ma!eriais. Os >omens compreendem 0ue s)o !odosIrm)os e 0ue o Sen>or s? (icar* con!en!e 0uando !odos seus (il>os par!il>aremdos &ens na!urais. Nen>um pre!ende conser'ar em suas m)os mais do 0ue onecess*rio. A erra em Israel 4 pouca, mas &oa. or 0uemconcedeu a Israel o dom%nio de 7ana), essa erra de Lei!e e Mel: E a concess)on)o (oi (ei!a para !odos:

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    A proclama")o de Na2ar4 es!a&elece os (undamen!os do Reino, sem nadaes0uecer. Em &re'es lin>as, em poucas pala'ras, o 7?dio de Amor e Jus!i"a 4o(erecido ao Mundo. Se os >omens 0uiserem en!ender esse c?dio ori2on!edo mundo8 36LRIA A

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    (%,1T&LO 2O' 0R&TO' 3% TERR%

    A erra d* (ru!os. H* (ru!os sil'es!res e (ru!os cul!i'ados pelo >omem. Os(ru!os da erra alimen!am os (il>os de * >omens 0ue usam os (ru!os

    da erra para enri0uecer. F 1us!o 0ue >a1a ri0ue2a na erra e 0ue os (ru!os da!erra enri0ue"am os >omens. ai parao 74u e 'ereis o !esouro de ai para as en!ran>as daerra e 'ereis es!relas ocul!as. am&4m elas s)o (ru!os da !erra. +ru!os 0ue os>omens e/!raem, col>endo3os nos mis!eriosos ramos de *r'ores su&!errBneas.Esses (ru!os !am&4m produ2em ri0ue2as pessoais.

    e no Mundo. A ri0ue2a 4 a >eran"a deomem se 1ula dono pessoal dos (ru!os da !erra. 3Lem&rei3me do can!o de Maria, 0ue (oi o preldio da proclama")o de Na2ar4.

    A sua'e M)e do Jo'em 7arpin!eiro e/clama, re(erindo3se ao Sen>or8 3 deps dorono os poderosos e ele'ou os >umildesG enc>eu de &ens os 0ue !in>am (ome edespediu 'a2ios os 0ue eram ricos. 3

    N)o 4 a ri0ue2a 0ue 4 condenada, pois o Sen>or a !ira de uns para d*3la aou!ros, seundo a Jus!i"a. E, seundo o Amor, reme!e = po&re2a a0ueles 0uede'em con>ec93la mel>or, para n)o se 1ularem os pri'ileiados da erra. @ues)o os &ens, se n)o os (ru!os da erra: Maria pre'iu, na sua in!ui")o >umana deM)e e na sua pre'is)o

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    erminar. @ue direi!o !em um >omem de cercar uma *r'ore ou mais *r'ores, de!orna3las suas escra'as par!iculares, de arre&a!ar3l>es sis!ema!icamen!e os (ru!ospara !rans(orm*3los em ri0ue2a pessoal: Os (ru!os de'em saciar a (ome dos(amin!os, alimen!ar as crian"as e (or!alec93las para o (u!uro.

    A ri0ue2a dos (ru!os 4 para !odos. A *r'ore 4 o es!o de omens a e!erna doa")o. Nada l>e pedem e ela !udo d*. Podia enrolar os (ru!osem cip?s e escond93los para si mesma, de'or*3los em sil9ncio ou dei/*3los morrersem pro'ei!o en!re as suas arras. Mas ela es!ende os ramos no 74u e a som&rana erra. osdo Reino n)o es!)o su1ei!os aos monopoli2adores dos (ru!os.

    O Jo'em 7arpin!eiro ensinou um dia83 O 7AMPO

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    3 $uscai Primeiro O Reino omens.En!re!an!o, como era de oriem an!e a

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    Reconcilia")o. En!endei as coisas em Esp%ri!o e ;erdade e n)o 'os enredeis nocipoal das le!ras.

    En!remos na enda da Reconcilia")o, procurando de no'o o Amor e aJus!i"a de

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    (ap)tu*o 4O E5E$,LO

    @uando o 1o'em 7arpin!eiro ensinou 0ue os do Reino ser)o lan"ados nas !re'as e/!eriores em 0ue>a'er* c>oro e raner de den!es5

    Assim se c>ama'am os >ip?cri!as de Israel8 +il>os do Reino, por0ue seconsidera'am mais puros 0ue !odos os ou!ros e escol>idos por os doReino, como o e/emplo de (4, como !omara o $om Samari!ano, em 0ue o +ariseucuspia, como e/emplo de amor. +il>os do Reino s)o !odos8 o s*&io e o idio!a, orico e o po&re, o Jui2 e o ladr)o, o san!o e o mal(ei!or. E !odos podem passar pelaPor!a Es!rei!a, desde 0ue a&andonem os seus (ardos imundos e pesados ao lonodo camin>o 0ue so&e em espiral a!4 o por!al luminoso.

    Proclamando o Reino en!re os >omens, para !odos, era necess*rio !am&4mimplan!*3lo. 3 O reino n)o come"a por sinais e/!eriores, 3 ensinara Ele, 3 mas nocora")o de cada um. En!re!an!o, o Reino se e/!eriori2a na pro1e")o da sua Lu2,0ue >* de inundar a erra e !rans(orm*3la. O Mundo 4 (ei!o pelos >omens. Onde

    0uer 0ue os >omens se renam para 'i'er, sure O Mundo dos Homens,incrus!ado no Mundo de os crescerem. E como o Pai 0ueencamin>a os (il>os, os e os camin>osdo Reino. O Jo'em 7arpin!eiro 'eio mos!rar3nos o camin>o pelo seu pr?prioe/emplo. N)o se limi!ou a ensinar e apon!ar8 3 Eis ali o camin>O 3 A'an"ou Elemesmo pelas 'ias do Reino, con'idando3nos a Seui3lo.

    O Mensaeiro do Reino procurou3me numa !arde de medi!a")o, sen!ou3se =min>a (ren!e = Mesa de !ra&al>o, e sorrindo me disse8

    3 (ec>a um pouco os ol>os. P*ra de &a!er essas !eclas in0uie!as. Pensa noSen>or e 'er*s o e/emplo do Reino. 3 Assim (i2. 3 O E/emplo desenrolou3se an!ea min>a 'is)o in!erior. En0uan!o isso, o Mensaeiro desaparecia. Mas eis o 0ue'i:

    Jos4 e o +il>o en!raram na o(icina para iniciar a (aina do dia. J* >a'iam (ei!oa Prece e as a&lu"#es ma!inais. Mas en0uan!o o 'el>o parecia arcar ao peso dos

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    anos o Jo'em irradia'a no ol>ar e no ros!o a esperan"a dos s4culos. Ao!ransporem a por!a do >umilde recin!o de !ra&al>o manual, a !nica &ranca doJo'em 7arpin!eiro !ornou3se luminosa como l%rio da al'orada 0ue desa&roc>a nosmorros.

    3 Meu Pai, 3 disse Ele, 3 c>eou o momen!o 0ue u espera'as, !an!o 0uan!o

    Eu. A 'o2 do Nosso Pai ressoa no meu cora")o. o commeus irm)os, 0ue n)o me compreendem, e ir em &usca da0ueles 0ue o PaiSupremo escol>eu para o meu !ra&al>o.

    O 'el>o o encarou com ol>os !ris!es, mas loo o seu ros!o emaciado pareceure1u'enescer, !ocado por um le'e sorriso8

    3 compreendo, +il>o meu, e se o cora")o >umano c>ora no meu pei!o, min>aalma se reo2i1a. Se1a (ei!a a ;on!ade do Al!%ssimo5

    3 de >o1e em dian!e, 3 disse o Jo'em, 3 es!arei ao lono das es!radas e namarem do rande lao. Su&irei aos mon!es e descerei =s plan%cies. Ali ciareicora"#es para o Reino e le'an!arei con!ra Mim o reino dos >omens. 7ome"a para'o2 e min>a m)e o ciclo da ans!ia, para mim o ciclo da a")o. +oi para isso 0ue'im e para isso 0ue me rece&es!e.

    Apaou3se o 0uadro e no mesmo ins!an!e 'i o Jo'em 7arpin!eiro aliciando osseus disc%pulos. Por !oda par!e as suas pala'ras a!ra%am as cria!uras, como assemen!es lan"adas na es!rada a!raem as a'es em &andos sucessi'os. E assimcomo o ca"ador esprei!a, o&ser'a e escol>e, assim !am&4m o Preador (a2ia.;ieram os pescadores, os 0ue aram a !erra e os 0ue uardam re&an>os, ossal!eadores e as pros!i!u!as, os dou!ores da Lei e os pu&licanos, os (il>os dapure2a e os oKn impuros. eu os 0ue ac>a'a dinos oucapa2es de se !ornarem dinos. Pouco a Pouco a!iniu o nmero de se!en!a, eden!re eles, como 1* o >a'iam (ei!o Mois4s e os Pro(e!as, separou os 0ue de'iama1ud*3lo de mais per!o. +oram do2e os escol>idos. Mas em !orno dos do2e amul!id)o con!inuou a crescer.

    3 Mes!re5 @ue (arei para seuir3'os: 3 Perun!a'am !odos.E a respos!a do Mes!re era sempre a mesma83 ;ende o 0ue !ens e d*3o aos po&res, e 'em e seue3me. N)o podes ser'ir

    a a'a no'amen!e nas ruas da ro!ina. Os p4s 0uepareciam asas de No'o na erra como arras.

    Mas o Mes!re n)o se impor!a'a e con!inua'a em seu camin>o, lan"ando assemen!es do semeador na erra e na roc>a, so&re a 'erdura dos campos e osespin>eiros da &eira da es!rada. Os 'en!os da 6alil4ia carrea'am suas pala'ras.@uem es!endesse a m)o poderia col>93las = dis!Bncia, como (locos de paina(lu!uando no ar.

    @uan!os col>eram essas pala'ras na palma da m)o e as ou'iramencan!ados5 Eram !)o sua'es e puras5 Pousa'am de le'e, numa sensa")o 0uaseimpercep!%'el. Mas loo depois come"a'am a arder, a in0uie!ar. @ue es!ran>o*cido !ra2iam o ocul!o na sua doce !essi!ura5 Pois aca&a'am 0ueimando5 ;el>oscansados, 1o'ens am&iciosos, romanos dominadores e Judeus re&eldes, !odos se

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    in!eressa'am por elas. Mas o in!eresse era 0uase sempre passaeiro, sopra'a epassa'a como a &risa do H4&ron.

    3 n)o andeis cuidadosos da 'ossa 'ida, perun!ando o 0ue comereis, ou do'osso corpo, perun!ando o 0ue 'es!ireis. N)o 4 mais a alma do 0ue a comida e ocorpo mais do 0ue a 'es!e: N)o sois mais do 0ue as a'es do c4u e do 0ue os

    l%rios do campo, 0ue 'osso Pai alimen!a e 'es!e: N)o sois mais do 0ue o (eno,0ue nasce para ser lan"ado ao (orno e a 0ue nada (al!a: Por0ue 'os in0uie!ais:Elas 'in>am no ar, como sua'e paina carreando uma pe0uena semen!e.

    Pousa'am na m)o e (ica'am &ailando. $as!aria um sopro e elas 'ol!ariam a (lu!uarnos 'en!os. Mas os >omens re!in>am a paina2in>a &ril>an!e na palma da m)o, deol>os es&ual>ados e ou'idos a!en!os a!4 0ue o le'e ardor do in%cio se!rans(ormasse no calor 0ueiman!e da &rasa. En!)o assopra'am com (or"aes(rea'am as m)os e 'ol!a'am correndo para os a(a2eres do mundo. Era precisoan>ar din>eiro, con0uis!ar posi"#es, perseuir os inimios a!4 derro!*3los ouma!*3los, 'inar a 'aidade ou a >onra supos!amen!e o(endida, impor aos demais aimpor!Bncia do seu eo, 1ei!osamen!e, dis(ar"ado em personalidade, em dinidaderacial.

    Seria poss%'el 'i'er da0uela maneira: O mes!re de'ia ser apenas umson>ador, um poe!a, um semeador de pala'ras. N)o o&s!an!e, aluns sonBm&uloso acompan>a'am. Mul>eres impor!an!es, como Joana de 7usaG >omens ra'es,como Jos4 de Arima!4iaG (am%lias in!eiras, como a de e&edeu, 0ue sou&eraan>ar o mundo com pulso de (erroG pu&licanos enri0uecidos e >*'idos de maisdin>eiro e maior poderG 7en!uri#es Romanos (ascinados, 0ue arrisca'am a 'ida nacompan>ia de um louco JudeuG !oda uma mul!id)o o seuia. O +il>o de um rico'endedor de sedas de erio!>, maro e ai!ado como as 'aras secas do deser!oda Jud4ia, apearam3se ao rupo 0ue rodea'a o Mes!re e se !ornara mesmo odespenseiro da comunidade.

    Sim, >a'ia uma comunidade MessiBnica 0ue 'i'ia seundo as rerasmalucas do Reino. Era pe0uena, cons!i!u%da de apenas cin0Cen!a pessoas, !endoum rupo cen!ral de do2e, 0ue eram os a1udan!es dire!os do Mes!re. 7omo'i'iam: Os ricos !eriam dado seu din>eiro aos po&res: Mas, nesse caso, ospo&res n)o se !ornaram ricos: E as propriedades: eriam (icado para o Mes!re:N)o, pois Ele se recusa'a a possuir 0ual0uer coisa. in>a >orror = propriedadepri'ada, = posse de uma pal>a, de uma pena, de uma simples semen!e. Judas , por4m, carrea'a a &olsa sempre (ornida, pron!a a a!ender asnecessidades 'i!ais da comunidade. er e os(il>os. Ninu4m arro!ea'a a !erra ou 'endia mercadorias, a moeda n)o circula'aem (un")o reprodu!ora, ninu4m (a&rica'a !endas ou da'a din>eiro a 1uros. odosse ama'am e se a1uda'am, a dor de um era a dor de !odos, o pro&lema de um a

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    !odos a(e!a'a, a (ome de um (aria a !odos 1e1uar. Um s? pensamen!o paira'a em!odas as men!es8 umil>am, pois os 0ue se e/al!am s)o>umil>ados. Meu Reino 4 um Reino de ser'idores. No meu Reino n)o >*!ra(ican!es. udo 0ue rece&emos 'em do Pai. O Pai d* !udo de ra"a aos +il>os ees!es de'em dar de ra"a o 0ue assim rece&eram. No meu Reino nada se !oma,!udo se d*. Se 0ueres per!encer a Ele, d* !udo o 0ue !ens e seue3me sem nada.Se alu4m 0uiser !e le'ar a capa, d*3l>e !am&4m a !nica. Se !e &a!em numa (ace,o(erece3l>es a ou!ra.

    O e/emplo do Reino era !)o es!ran>o como um pesadelo. O mundo o 'ia,mas n)o en!endia. Jo)o, o e'anelis!a, escre'eria mais !arde8 A lu2 resplandeceunas !re'as, mas as !re'as n)o a compreenderam. 3 Apesar disso, o E/emplo alies!a'a. Era poss%'el 'i'er no Reino, em plena !re'a do mundo. Mul!id#es a(li!as seapro/ima'am do Reino. O Mes!re ensina'a e cura'a. 7eos, alei1ados, leprosos,paral%!icos, ulcerosos com (lu/os de sanue permanen!e, !odos rece&iam oensinamen!o e re'i'iam para a sade (%sica e espiri!ual. Nen>uma moeda, romanaou rea, 1udia ou (en%cia podia paar os &ene(%cios do Reino.

    E os randes da erra, ao ou'irem essas no!%cias da'am de om&ro e riamcom despre2o. Mas 0uando 'iam a realidade dos (a!os, !remiam de indina")o epa'or. En!)o era poss%'el permi!ir 0ue a0uele Mes!re sonBm&ulo rou&asse aos>omens o os!o do poder, a 'olpia do din>eiro, o pra2er dos sen!idos, esse

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    (ap)tu*o 6% TENT%TIV%

    Mui!as 'e2es (ico pensando na coraem da0ueles >omens 0ue in!eraram

    em Jerusal4m a primeira assem&l4ia 7ris!). O e/emplo do Reino >a'ia c>eadoao (im, de maneira !r*ica. Pra!icamen!e, nada so&rara do es(or"o da a&nea")odo Jo'em 7arpin!eiro. O supl%cio da 7ru2 era o selo da inom%nia. Pauloescre'eria mais !arde 0ue o 7ris!o cruci(icado era escBndalo para os reos eloucura para os 6en!ios. A0uele Mundo r%ido pela cul!ura 6reco3romana ein(il!rado pela cul!ura Judia n)o podia admi!ir os an!i3'alores do 7ris!ianismo. Para6reos, Romanos e Judeus, n)o o&s!an!e a e'olu")o espiri!ual des!es l!imos, os'alores mundanos eram os nicos 'erdadeiros. O ouro e a prpura represen!a'ama loria e o poder concedidos pelo 74u aos >omens. A >umildade e a po&re2aeram imund%cie e condena")o. O Jo'em 7arpin!eiro 'i'era na po&re2a e na>umildade e ensinara aos disc%pulos essas an!i3'ir!udes. Mas seu (im >a'ia sido o

    Mon!e omens simples e rudes do 7amin>o.

    O poder Romano e o poder Judeu, con1uados, !ra"aram a 7ru2 dainom%nia so&re a l!ima p*ina do E/emplo do Reino. O processo in9nuo (oraar0ui'ado para sempre, so& o selo da in(Bmia. @uem mais !eria a coraem dee'ocar um Ra&i cruci(icado: @uem acei!aria 0ue se (alasse em !al coisa: A

    cruci(ica")o era a nea")o a&solu!a do Ra&i8 (%sica, social, moral e espiri!ualmen!eo Reino (ora riscado da (ace da erra. Mas o Jo'em 7arpin!eiro ensinara, cer!a'e2, a0uilo 0ue mais !arde os Mar/is!as c>amariam de Lei da Nea")o danea")o. O Mundo cl*ssico, na sua al!a sa&edoria, n)o aprendera ainda 0ue anea")o era ou!ra nea")o, 0ue se cons!i!ui em a(irma")o.

    O Jo'em 7arpin!eiro ressusci!ara e conci!ara os disc%pulos a prosseuir na&usca do Reino. Ele mesmo os ampararia e l>es daria a inspira")o necess*ria.Es!a'a pro'ado 0ue a mor!e n)o era a mor!e. Ninu4m morria, nada morria. Or)o de !rio n)o ermina se n)o morrer. Morrer, por!an!o, 4 renascer. O 7ris!o7ruci(icado era o r)o de !rio arrancado da espia, espe2in>ado pelos >omens,lan"ado na !erra e pisado. A 7ru2 plan!ada no c>)o n)o era s%m&olo de mor!e,

    mas o sinal da co'a em 0ue a semen!e ermina. Um sinal de esperan"a. as !re'asda aonia seuia3se a noi!e da ermina")o ocul!a. Roma acredi!a'a na mor!e enela &aseara o seu poder. O Reino acredi!a'a na ressurrei")o. @uan!o mais os>omens en!errassem o Reino mais Ele cresceria so&re a erra.

    +oi Assim 0ue os Homens do 7amin>o !i'eram coraem para en(ren!ar aamea"a de mor!e de um Mundo aoni2an!e, de um Mundo 0ue es!er!ora'a semsa&er, pois pensa'a 0ue os seus es!er!ores eram olpes de mor!e des(eridos nosad'ers*rios. Sen!indo 0ue a Sei'a do Reino, em 'e2 de eso!ar3se, su&ia mais

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    'i'a da !erra ap?s a mor!e do Jo'em 7arpin!eiro, os Homens do 7amin>oreuniram3se de no'o e can!aram Hosanas ao Sen>or. En!)o o Sen>or ressuriuen!re eles, a&en"oou3os, conclamou3os a lu!a e o Reino esplendeu no'amen!e, alu2 resplandeceu de no'o nas !re'as do Mundo.

    +oi assim8 Ap?s a man>) de domino, no !mulo 'a2io em 0ue Madalena o

    'iu pela primeira 'e2, o Sen>or apareceu3l>es duran!e 0uaren!a dias8 3 (alando3l>es do Reino. 3 Em $e!Bnia depois de l>es >a'er ensinado su(icien!e, despediu3see su&iu para a orre mais al!a do Reino, de onde se '9 !oda a erra a!4 os seuscon(ins e !odo cora")o >umano a!4 as suas mais remo!as pro(undidades.

    adae a&riu3l>e as por!as e as 1anelas. E umas c>amas arden!es desceram, comolinuas de (oo, so&re as ca&e"as assus!adas dos do2e ap?s!olos, en!re as 0uaises!a'a Ma!ias, 0ue su&s!i!uira a Judas. E (icaram !odos c>eios do Esp%ri!o e(alaram em di'ersas l%nuas para 0ue da mul!id)o 0ue acorrera a 'er o es!ran>oepis?dio, os 'ar#es de !odas as ra"as pudessem ou'ir a rea(irma")o do Reino.

    +oi assim 0ue !odos8 par!os e medos, e lami!as e mesopo!Bmicos de !odasas la!i!udes, 1udeus e capad?cios, pDn!icos e asi*!icos, +riios e pBn(ilos, e%pciose l%&ios das '*rias pro'%ncias, cirenos e romanos, 1udeus e pre!enses, *ra&es dodeser!o e das 2onas mais (4r!eis da erra ou'iram em suas pr?prias l%nuas, pela&oca da0ueles 'ar#es alileus, as mara'il>as do Reino. odos (icaram a!ni!os,pois n)o podiam compreender como a0ueles alileus (alassem nas suas l%nuas.Mas du'idaram de !an!as mara'il>as e os mais c4!icos e/clamaram8 3 amios, is!o4 o milare do mos!o5 Pois &em sa&eis 0ue o suco (ermen!ado da u'a pode (a2er3nos (alar de coisas 0ue nunca e/is!iram e nem e/is!ir)o, e em l%nuas 0ue porcer!o nos s)o ensinadas pelo esp%ri!o de P%!on5 3 E riam as aral>adas e sere!ira'am, para cuidar de seus ne?cios e !rapa"as, pois !in>am mais o 0ue (a2er.

    A mensaem do Reino, por4m, 1* >a'ia pene!rado em mui!os cora"#es.Pedro e/clamou8 3 sal'ai3'os des!a era")o depra'ada5 3 E os 0ue dese1a'amsal'ar3se, n)o 0uerendo par!icipar da in1us!i"a do ?dio, de anBncia e do rou&o,(oram iniciados nos princ%pios do Reino. E eram em nmero de !r9s mil pessoas,0ue se arearam aos ap?s!olos e aprenderam a par!ir o p)o e a orar em comum.Para !odos esses +il>os

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    Ninu4m uarda'a o seu p)o2in>o par!icular para secar e mirrar no em&ornalescondido. odos da'am o 0ue !in>am para poderem rece&er da a&undanciaeral. E se alum da'a mais para re!irar menos era com aleria 0ue o (a2ia, pois 4alere para os +il>os a sua'e Per(ume e se !rans(orma em +ru!os de pa2 een!endimen!o.

    Assim, os ap?s!olos da'am !am&4m de si mesmos em (a'or dos doen!es edos so(redores. an!o 0ue Pedro, cer!a 'e2, passando pela por!a do emploc>amada Especiosa, parou ao clamor de um po&re co/o 0ue ali pedia esmolas!odos os dias. E Jo)o es!a'a com Pedro e am&os a&unda'am na ra"a do Reino.E Pedro disse ao co/o8

    3 ol>a para n?s53 E o co/o ol>ou com a!en")o e as!cia, esperando rece&er duas o(er!as de

    moedas. Mas Pedro e/plicou83 n)o !en>o ouro nem pra!a, o 0ue !en>o, isso !e dou. Em nome de Jesus

    7ris!o o Na2areno le'an!a3!e e anda53 E, !omando3o pela m)o direi!a, Pedro o le'an!ou 3 e no mesmo ins!an!e

    (oram consolidadas as &ases dos seus p4s e as suas plan!as. 3 E dando um sal!o,o co/o se ps em p4 e come"ou a andar, alere e (eli2 como uma crian"a 0ueaprendeu a dar os primeiros passos. E en!rou com Eles no emplo, andando esal!ando, para lou'ar a os, 0ue oReino n)o era de !re'as nem de cruci(ica")o, mas de sade, aleria e !ra&al>o.

    Pedro n)o se re!irou sem an!es ad'er!ir a !odos 0ue o sacri(%cio do Jo'em7arpin!eiro >a'ia sido produ2ido pela inorBncia do po'o e de seus Mais!rados.Esse mesmo sacri(%cio, en!re!an!o, resul!a'a em (ru!os de res!aura")o. Assimcomo os p4s do po&re co/o se >a'iam res!aurado num ins!an!e, assim !am&4m,num ins!an!e, o Reino poderia ser res!aurado, desde 0ue o Sen>or o 0uisesse eencon!rasse &oa 'on!ade no cora")o arrependido dos >omens. Mas c>earam ossacerdo!es, os mais!rados do emplo e os saduceus, e se indinaram eprenderam Pedro e Jo)o, me!endo3os na pris)o a!4 o dia seuin!e. Por 0ue os

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    +il>os do Reino !9m de so(rer para sus!en!ar o Amor e a Jus!i"a dian!e do ?dio eda in1us!i"a: Es!* escri!o 0ue onde >ou'er a seara de 1oio, o !rio so(re as(i/ia emorre. Mas o !rio su&sis!e pela sua pr?pria necessidade, e o 1oio, na 'erdade, 4como a er'a m* 0ue os animais n)o pas!am e os >omens n)o col>em,desaparecendo na sua pr?pria inu!ilidade.

    A en!a!i'a do Reino !e'e !am&4m de morrer, por0ue era apenas umaen!a!i'a, uma semen!e. E se a semen!e n)o morre a plan!a n)o ermina comona par*&ola do Semeador, os espin>os do mundo cresceram e su(ocaram a!en!a!i'a do Reino, !rans(ormando3a !am&4m numa (orma impura do ReinoMundano. Mas o +ermen!o do Reino 1* es!a'a espal>ado no Mundo e 1amaisdei/ou de le'edar a massa dos cora"#es e das consci9ncias. Os camin>os doReino (oram mui!as 'e2es es0uecidos, a em&riaue2 das ri0ue2as !emporais epessoais alucinou mul!id#es. Mas suriram a!al>os es!rei!os e *speros a!al>os,0ue >omens (ascinados pela 'is)o ines0uec%'el do Reino cor!aram nas plan%cies enas mon!an>as. @uem pode !irar do Esp%ri!o dos >omens a e!erna miraem doReino:

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    (ap)tu*o 7O' %T%L8O'

    @uem n)o se lem&ra do !empo em 0ue er!uliano escre'ia8 As >eresiasnascem do c>)o como coumelos5 3 Pois a 'erdade 4 0ue o pr?prio er!uliano !)o

    2eloso da or!odo/ia espin>en!a, esse mesmo er!uliano 0ue recorreu = (iura1ur%dica e %mpia do usucapi)o para impedir os >erees de usar o E'anel>o, esseer!uliano, !am&4m ele (ascinado pela 'is)o dis!an!e do Reino, >a'ia de aca&arcomo >eree5 Po&res cria!uras, des'airadas en!re as aspira"#es da Alma e osdese1os do corpo, como n)o >a'%eis de seuir por a!al>os es!ran>os, sinuososcomo serpen!es:

    As >eresias eram, em eral, mis!eriosas eclos#es de lem&ran"as do Reino.Sei!as ao mesmo !empo >umildes e arroan!es, de camponeses ansiosos poramor e 1us!i"a, !en!ando res!a&elecer na erra o Amor e a Jus!i"a do Reino. Sei!asde alde#es simpl?rios em del%rio m%s!ico, 'isuali2ando em son>o as !orres e osmiran!es do Reino. 6rupos (an*!icos de 'ision*rios ilus!rados 0ue se

    considera'am pro(e!as, mission*rios, e arras!a'am mul!id#es seden!as de uma'erdade mal en!re'is!a. A>5 7omo o (asc%nio do Reino perdurou nos cora"#esper1uros, !or!urando3os a!ra'4s dos s4culos5

    Mas ao lado das >eresias, 0ue a&riram a!al>os de (4 e pai/)o nas *speraspaisaens do reliiosismo (an*!ico, suriram !am&4m as ideoloias desesperadas,con!radi!oriamen!e alimen!adas de esperan"as onde m*r!ires do Reino arderamem (oueiras assassinas, morreram em !or!uras piedosas, (oram deolados e!ri!urados em nome do pr?prio Reino. as, derru&aram imp4rios.

    @uem poderia seurar os >omens alucinados pelo anseio de Amor eJus!i"a: ;ede os Mouros na Espan>a e em Por!ual, 'ede o Al(an1e de'orandoespadas nos campos da Europa, como a serpen!e de Mois4s comendo asserpen!es dos maos do (ara?5 Maom4 sa%ra do pr?prio 7ris!ianismo para a!acaros cris!)os e des!ru%3los. omens o ar0u4!ipo do Reinole'an!a'a (urac#es >umanos. @uem poderia near dian!e desse !ropel de ra"as epo'os, o poder do Reino5

    7arlos Mano era anal(a&e!o e c>ora'a 0uando l>e con!a'am o epis?dio da

    cruci(ica")o83A>5 3 di2ia, 3 Se eu l* es!i'esse com os meus >omens5 E o poderoso

    imperador dos +rancos 0uis res!a&elecer a seu modo o esplendor do Reino. Suaslu2es eram poucas, mas &as!a'am para l>e mos!rar 0ue o esplendor (ic!%cio doseu imp4rio es!a'a mui!o lone da &ele2a serena do Reino.

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    3 Pense um pouco em Rousseau.3 Em Rousseau:3 Sim, pense em Rousseau o maldi!o.3 E me pus a pensar, e 'i86ene&ra (ec>ada em seu cin!ur)o de pedras. Uma (alsa c?pia do reino, na

    'erdade a sua con!ra(a")o. O Jo'em Rousseau escra'i2ado pela sua duraenrenaem social. os. Su&ir aos mon!es e con!emplar a dis!Bncia 'erde3a2ul, os >ori2on!escarreados de es!ran>as promessas. 7er!a !arde, ao 'ol!ar, o por!)o da cidadees!a'a (ec>ado. 6ene&ra o dei/ara de (ora. E como Rousseau n)o !e'e medo,li&er!ou3se.

    O son>o do Reino eclodiu na sua alma em !r9s !empos. O 7ONRAOSO7IAL era a no'a u!opia, com a cidade reno'ada em &ases de Amor e Jus!i"aG oEm%lio era o >omem no'o, li&er!o do pecado oriinal, criado no amor de os no Reino, mas seus p4s es!)oamarrados ao solo da +ran"a. Sacode em ')o as corren!es 0ue l>e prendem os&ra"os e os p4s. Aca&a le'ando os pr?prios (il>os = roda dos en1ei!ados. Os>omens &em do !empo o denunciam e o escon1uram. F um r4pro&o. Ainda >o1e,dos plpi!os e das c*!edras caem raios de c?lera so&re a sua mem?ria de m*r!ir.Mas os lineamen!os do Reino, !ra"ados por esse rande sonBm&ulo, produ2iram aRE;OLUO +RAN7ESA, a 0ueda da $ASILHA, a derru&ada dos pri'il4ios daNo&re2a, a primeira !en!a!i'a de uma Relii)o Racional, a implan!a")o de umano'a Educa")o e a proclama")o dos direi!os do Reino na (?rmula re'olucion*ria8LI$ERo.

    O 7api!al5 ice o esmaa'a dia a dia, cur'ando3o cada 'e2 mais para o c>)o,para a co'a.

    Uma rande e 'el>a $%&lia se a&riu aos meus ol>os. ;i nas suas p*inas ospro(e!as de Israel clamando con!ra as ini0Cidades do emplo e !ra"ando no

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    espa"o os lineamen!os do Reino. A &%&lia se (ec>ou de s&!o e dela sal!ou a (iurade Mar/. Um pro(e!a e/!emporBneo, dian!e da $%&lia (ec>ada. Mar/ su&iu so&reela e !en!ou esmaa3la com os p4s. Mas es!a'a 'el>o de mais e a 'el>a capa da$%&lia mal cedia em le'es e r*pidas in(le/#es, ao d4&il impulso de seus p4s. Opro(e!a renea'a a sua pr?pria oriem, mas son>a'a os mesmos son>os dos

    an!epassados. Nea")o de o ainda n)oera um camin>o. Era um a!al>o. Um *spero a!al>o, cor!ando 'iolen!as rampas namon!an>a e/iindo sacri(%cios enormes, lu!as sem !r4uas, con'uls#es sociaisespan!osas, assassina!os em ma"a, masmorras e alemas, !iranias e(u2ilamen!os.

    Sim, 'i o a!al>o de Mar/ e 'i a sua !rans(orma")o nas primeiras randeses!ru!uras sociais, eram no'as cidades, como a de Rousseau, &race1ando aos74us. No'os Reinos da erra es!uan!es de !ra&al>o, de lu!a, de incompreens#es,de so(rimen!os. Muda'am3se as es!ru!uras, muda'am3se as (ormas, mas (al!a'a amudan"a su&s!ancial, a0uela pela 0ual o Jo'em 7arpin!eiro >a'ia come"ado. A!40uando, a!4 0uando es!ar%amos su1ei!os a !an!as !en!a!i'as di(%ceis, a !an!as lu!asdolorosas:

    O Mensaeiro do Reino 'ol!ou e me disse83 Pense em Mussolini.3 Em Mussolini: 3 Perun!ei.3 Sim. N)o perun!e. Pense.E pensei. E 'i83a marc>a so&re Roma. Um Rei !rans(ormado em !%!ere. Os direi!os >umanos

    'iolados. A men!ira do corpora!i'ismo escra'i2ando as massas. O ser'ilismo, aarroBncia, a &ru!alidade, o ?dio eriidos em 'alores no'os. odos os >omensli'res perseuidos, presos, alemados, acorren!ados como (eras, su&me!idos a!or!uras e condena"#es in(ind*'eis. Mil>ares de 'idas (rus!radas, de son>ossepul!ados, de >onras deneridas. A I!*lia 'ol!ando = ar&i!rariedade dos 74sares.E mul!id#es de (an*!icos saldando o ori2on!e.

    E a seuir, Hi!ler. O Ei/o. A uerra. A de'as!a")o e o >orror. Homens3(erassou!os so&re na"#es e po'os inde(esos. Os campos de concen!ra")o. As(ornal>as ardendo, a ma!an"a de Judeus e n)o31udeus nas cBmaras de *s.

    an!a impiedade, !an!a loucura no des'ario do Reino5 O Jo'em 7arpin!eiroensinara com !aman>a do"ura8 3 O Reino de eirorande2a5 E cor!aram o solo do Mundo de os esca&rosos.

    odas as de(orma"#es se reuniram numa s?8 As pala'ras do 1o'em7arpin!eiro (oram !rans(ormadas em decre!os

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    (ei!a de >umildade e pure2a, !ornou3se orani2a")o dom*!ica e au!ori!*riaG aspar*&olas in9nuas e po4!icas se amoldaram em e/pro&a"#es, amea"as ean*!emasG os mi!os derru&ados 'ol!aram a en!ronisar3se e o pr?prio Jo'em7arpin!eiro (oi !rans(ormado em mi!o.

    7on!ra essa ini0Cidade le'an!aram3se as cria!uras 0ue son>a'am com a

    &ele2a do Reino. Mas os son>os su(ocados pro'ocaram e/plos#es de ?dio. Acon!radi")o se in(il!rou nos cora"#es em lu!a. O Reino es!a'a presen!e em !udo eao mesmo !empo ausen!e. Suas lin>as esuias e puras es&o"a'am3se nadis!Bncia em >ori2on!es in(ini!os, a!ra'4s de plan%cies de n4'oas. )o pr?/imo e!)o lone5 @uando alu4m pensa'a !oc*3lo a miraem se des(a2ia en!re as m)osansiosas. E em luar do Reino s? (ica'a um an!i3Reino, um pe0ueno reino !erreno,de ruas !or!uosas, marcadas pelo passo de anso dos pelo!#es de (u2ilamen!o.

    7er!a 'e2, na ndia, o Ma>a!ma 6and>i enunciou es!a rande 'erdade8 3 OMEIO F 7AMINHO earao Reino a n)o ser pelos camin>os do Reino. Ou se1a, pelos meios do Reino. OJo'em 7arpin!eiro ensinou3nos 0uais s)o esses meios. Mas a 'erdade 4 0ue nose/!ra'iamos por !an!os e !)o con(usos a!al>os 0ue es!amos >o1e enredados numarede. 7omo poder%amos escapar das suas mal>as:

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    (ap)tu*o 9% (ON0L&:N(I%

    A o&ra de ecemos. orrendas do Reino, como >* de(orma"#es >orrendasdo 7ris!ianismo. Mas em !odas elas es!* presen!e a a!ra")o do Reino, e se e/erceso&re !odas as Almas.

    O 7ris!o dos maome!anos 4 um pro(e!a 0ue nasceu no deser!o, so& umapalmeira. O Alcor)o nos d* um epis?dio *ra&e do Na!al. O

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    oda essa comple/idade desnor!eia os mais a!ilados o&ser'adores. Fpreciso mui!as 'e2es, 0ue se d9 o insi>!, o c>amado es!alo de ;ieira, numaca&e"a ilus!rada e capa2, para 0ue ela perce&a essa comple/idade e se li&er!e decer!os preconcei!os, de cer!os es!eri?!ipos men!ais. Por isso &riam, n)o seen!endem e aca&am criando par!idos. O Reino de os correspondem precisamen!e aos seus princ%pios. odo camin>o de'iol9ncia, de acomoda")o, de su&!er(io, n)o le'a ao Reino, mas aos reino2in>os>umanos, con!radi!?rios e mes0uin>os, 0uando n)o &ru!ais. Os a!al>os sec!*rios eideol?icos 'ariam de rada")o na percep")o do Reino, mas !odos s)o a!al>os.Por mais enerosos 0ue se1am nos seus princ%pios, os meios de 0ue se ser'ems)o em eral con!r*rios aos (ins. Essa a !ra4dia reliiosa e pol%!ica em 0ue nosperdemos.

    Mas a 'is)o de con1un!o, a percep")o es!*l!ica do pro&lema do Reino nosmos!ra a suprema in!eli9ncia 0ue preside a !odas essas mani(es!a"#es. No (inal,!odas essas corren!es (luem para um del!a comum. E >* um momen!o decon(lu9ncia em 0ue as dissens#es se apaam, as con!radi"#es se (undem numas%n!ese superior. F no !empo 0ue se reali2a a (us)o. Por mais a&surda 0ue essa!ese possa parecer, a 'erdade 4 0ue os processos erais da Na!ure2a acompro'am. $as!a 'ermos a sucess)o de (ases in(eriores do em&ri)o Humano, noseu desen'ol'imen!oG a sucess)o das (ases psicol?icas do Esp%ri!o Humano, noprocesso da sua (orma")oG as e!apas do desen'ol'imen!o de uma dada sociedadeou da pr?pria Humanidade. Em !odas essas (ases encon!ramos di'er9nciaspro(undas, 0ue podem parecer3nos insol'eis, mas 0ue os especialis!as nosmos!ram liadas por uma unidade su&s!ancial, 0ue as condu2 ao mesmo o&1e!i'o.

    O Mensaeiro do Reino me disse, nes!a !arde, ao 'er3me e/aminar essespro&lemas8

    3 E/amine o caso de Ananias e Sa(ira, no cap%!ulo ; do li'ro de A!os. E 'e1adepois, no mesmo cap%!ulo, o 'ers%culo . ;e1a se 4 poss%'el conciliar acon!radi")o aparen!e. 3

    7orri ao li'ro de a!os e ali encon!rei o !ene&roso caso. 3 Ananias e Sa(ira0ueriam en!rar para o Reino. ;enderam sua propriedade, 0ue era apenas umcampo, mas s? depuseram aos p4s dos Ap?s!olos uma par!e do din>eiro,escondendo ou!ra par!e. En!)o primeiro Ananias en!rou e (oi Pedro 0uem orece&eu, admoes!ando3o imedia!amen!e a respei!o8 3Por 'en!ura n)o !e era l%ci!o(icar com !odo din>eiro5 3 E Ananias, ou'indo a e/pro&ra")o de Pedro, caiu mor!oaos seus p4s. Os 1o'ens presen!es carrearam o corpo. r9s >oras depois 'eioSa(ira, 0ue n)o sa&ia do ocorrido. Pedro a in!erpelou e ela con(irmou a men!ira doMarido. En!)o Pedro respondeu com (irme2a8 37oncer!as!es a men!ira en!re '?s.Eis a% es!)o a por!a os 0ue le'aram >* pouco o corpo do !eu marido e aorale'ar)o o !eu. 3 No mesmo ins!an!e Sa(ira caiu mor!a e os 1o'ens a le'aram.

    O 'ers%culo nos di2 0ue as 'ir!udes dos ap?s!olos eram !ais 0ue osdoen!es eram e/pos!os =s ruas, dei!ados em lei!os e en/er#eis, para 0ue, aopassar por eles o ap?s!olo Pedro, sua som&ra os curasse. @ue es!ran>as 'ir!udesemana'am de Pedro5

    Suas pala'ras ma!a'am e sua som&ra cura'a. A con!radi")o aparen!e es!*a%. Pedro ma!a e cura em nome do Reino. E ma!a sem piedade, (riamen!e.Primeiro o marido, depois a mul>er. Somen!e por0ue >a'iam men!ido e escondido,

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    com receio de n)o dar cer!o a !en!a!i'a do Reino, par!e de suas economias. N)oseria mais de acordo com o Amor e a Jus!i"a do Reino 0ue Pedro l>es de'ol'esseo din>eiro e l>e recusasse en!rada na comunidade:

    Sim, seria mais cer!o. Mas acon!ece 0ue n)o (oi Pedro 0ue ma!ou Ananias eSa(ira. O Ap?s!olo limi!ou3se a cumprir o seu de'er, ad'er!indo3os. Acon!ece 0ue

    Ananias n)o supor!ou o c>o0ue pro'ocado pela re'ela")o de Pedro em suaconsci9ncia culposa. Ananias (oi '%!ima de sua pr?pria mano&ra. Mas no casopar!icular de Sa(ira as coisas n)o parecem !)o simples. Pedro declara 0ue ela 'aimorrer, parece mesmo amea"3la, predisp3la = mor!e. O Ap?s!olo era do!ado do0ue >o1e c>amamos cien!i(icamen!e percep")o e/!ra3sensorial, possu%a amediunidade pro(4!ica. Ao en!rar a mul>er de Ananias no recin!o ele 'iu o 0ue iaacon!ecer. E em &ene(%cio da pr?pria mul>er preparou3a para o momen!oine'i!*'el.

    En!re!an!o, as duas a"#es de Pedro condu2iam ao Reino. A cura desper!a'aas consci9ncias, !oca'a os cora"#es, preparando3os para o Reino. A repreens)o!in>a por (im corriir as imper(ei"#es morais dos 0ue n)o se encon!ra'am emcondi"#es de en!rar no Reino, em&ora o dese1assem. A mor!e de Ananias e Sa(ira,conse0C9ncia na!ural de seus a!os (raudulen!os, parecia uma e/plos)o de(ini!i'ade am&os do por!al do Reino. Mas s? l>es acon!ecera o 0ue 'imos no caso do ricoda par*&ola8 Ananias E Sa(ira n)o >a'iam dei/ado os seus (ardos 0ue n)o ca&iamna por!in>ola es!rei!a. O rico, em esp%ri!o, 1* mor!o para o mundo, precipi!*ra3se noa&ismo. O casal (raudulen!o ca%ra em 'ida no a&ismo da mor!e. Mas assim como a0ueda do rico era uma li")o de ap?s mor!e, 0ue o a1udaria a corriir3se na pr?/imaencarna")o, assim a mor!e de Ananias e Sa(ira l>es ensina'a a &uscar asinceridade e a 'erdade no mundo espiri!ual.

    Os 0ue n)o acredi!am ou n)o 0uerem compreender 0ue s? podemos en!rarno Reino pelo renascimen!o, n)o encon!ram e/plica")o para as con!radi"#es 0ueapon!amos. Aplicam em de(esa de Pedro o arumen!o de Jus!i"a. Mas onde (ica oarumen!o do Amor: J* 'imos 0ue o Reino n)o se cons!i!ui apenas de Jus!i"a, o0ue seria uma nea")o do Amor de a&i!*3lo:

    F o principio da reencarna")o a c>a'e do Reino. A rande maioria dascria!uras >umanas es!aria impedida de en!rar no Reino, se esconcedesse a opor!unidade do rein%cio. En!)o o Reino n)o seria de !odos, mas dealuns.

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    do Reino. Preparam cada 0ual as cria!uras colocadas em di'ersos planose'olu!i'os, de acordo com as sin!onias de seus in!eresses e com os impulsos desuas !end9ncias para o momen!o supremo de compreens)o es!*l!ica do Reino,0ue c>ear* normalmen!e para !odos. +an*!icos reliiosos e (an*!icos pol%!icosn)o perdem o seu !empo8 s)o aprendi2es de primeiro rau, e/erci!ando3se para as

    'ir!udes do Reino, ades!rando3se para am*3lo. Por0ue n)o 4 (*cil amar o Reino.Os reino2in>os da erra, esses pe0uenos e a&sor'en!es reinos dos >omens,a!raem poderosamen!e as almas ine/perien!es. En!)o o Reino se dis(ar"a emes!rei!as concep"#es Humanas e a!rai a0uelas almas 0ue se perderiam nasa!ra"#es in(eriores.

    os le'am ao Pai. Isso, por4m, n)o0uer di2er 0ue de'amos esperar sen!ados o es!a&elecimen!o do Reino na erra.7ada um de n?s, em seu camin>o ou seu a!al>o, !em a o&ria")o espiri!ual de!ra&al>ar incessan!emen!e pelo Reino. Amando a !odos, (a2endo sempre 1us!i"aem !odas as coisas, mas !ra&al>ando sem cessar para desper!ar em !odos acompreens)o do Reino, @UE e/!inTir* do Plane!a o orul>o, a 'aidade, oeo%smo e o ?dio. A compreens)o do Reino (ar* corar de 'eron>a os 0ue >o1e s?pensam em con0uis!ar para si mesmos. Os ricos do Reino ser)o os 0ue a1un!ampara !odos.

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    (ap)tu*o ;% TE'E 3O REINO

    A !ese do Reino de o1e oimpac!o do Reino. As mais !radicionais 'ol!am aos princ%pios es0uecidos dasoriens, reeruendo o es!andar!e do Reino com no'o en!usiasmo. omem con!ra seu pai, a (il>a con!ra a m)e, a noracon!ra a sora. E os inimios do >omem ser)o os seus pr?prios dom4s!icos.-Ma!eus, 8 VW3VX.

    Essa di'is)o resul!a do apQo do >omem = 'ida ma!erial, a=s 'an!aensmundanas. O Jo'em 7arpin!eiro sa&ia 0ue os >omens procurariam (ur!ar3se =se/i9ncias do Reino, pre(erindo os pe0uenos reinos erres!res. N)o era assim0ue acon!ecia no seu !empo: Por isso Ele (alou de uerra e de espada, numsen!ido ale?rico. Mas o seu o&1e!i'o, como 'emos no SERMO a1a en!endimen!o, Pa2 e Amor,Jus!i"a e ;erdade. A re(orma e/ie dissens#es e lu!as. Mas essas lu!as s)o dos>omens, da sua incompreens)o, da sua (al!a de Amor, do seu eo%smo 0uesu(oca a Jus!i"a.

    Os 7ris!)os3sociais como s)o c>amados os 0ue se in!eressam pelospro&lemas da Jus!i"a3social, s)o a!acados pelos ma!erialis!as e pelos seuspr?prios compan>eiros de (4. Mui!os deles n)o compreendem o e/emplo doJo'em 7arpin!eiro e pre(erem seuir os a!al>os Humanos. @uerem en'ol'er suasIre1as e suas comunidades reliiosas na pol%!ica mundana. No meio 7a!?lico nopro!es!an!e e no esp%ri!a, encon!ramos >o1e essas corren!es sociais 0uepre!endem !rans(ormar as relii#es em par!idos pol%!icos, em ins!rumen!os de lu!aideol?ica. Mas a !ese do Reino n)o 4 essa. $as!a lem&rar es!as pala'ras doJo'em 7arpin!eiro8 3O meu Reino ainda n)o 4 des!e mundoG se ele o (osse, osmeus minis!ros >a'iam de pele1ar. Y Jo)o, ;III VX. E se acaso ele 0uisesse 0ueos seus disc%pulos usassem a espada para despo1ar os ou!ros dos seus &ens,

    !eria di!o 0ue de'emos en!rear !am&4m a !nica ao 0ue nos pede a capa ouo(erecer a ou!ra (ace ao 0ue nos &a!e numa: A !ese do Reino 4 de re(ormapro(unda, n)o super(icial. O mundo 4 o re(le/o do >omem. Podemos o&!er omel>or re(le/o no espel>o mais (a'or*'el, como poderemos de(ormar o re(le/onum espel>o de(ormado. Podemos, pois, cons!ruir ar!i(icialmen!e um Mundo deLu2 com um >omem som&rio. Mas 4 e'iden!e 0ue apenas o Re(le/o, no caso aes!ru!ura leal, mani(es!ar* a luminosidade ar!i(iciosa 0ue n)o es!ar* presen!e na

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    realidade social. Para o&!ermos um 'erdadeiro Mundo de lu2 4 necess*rioacendermos a lu2 nas Almas. Esse 4 o primeiro !ema da !ese do Reino.

    Mas n)o podemos considerar esse !ema isolado do con!es!o, como (a2em osmisone%s!as por0ue, se o mundo 4 o re(le/o do >omem, esse re(le/o !am&4mcondiciona o >omem. N)o &as!a, pois, a ca!e0uese. Mel>orar apenas o >omem,

    numa es!ru!ura imoral, e0ui'aleria a mel>orar a es!ru!ura com um >omem imoral.Assim, o seundo !ema da !ese do Reino 4 o da modi(ica")o do meio. Ao mesmo!empo 0ue acendemos a lu2 nas Almas, !emos de (a2e3la &ril>ar no meio social.

    As Almas iluminadas iluminam a sociedade, mas a sociedade iluminada de'eiluminar as almas. N)o podemos nos es0uecer dessa reciprocidade. Num meioem 0ue !odos ras!e1am, escre'eu Inenieros, 4 di(%cil alu4m andar em p4. emosde lu!ar para criar condi"#es sociais ade0uadas ao aprimoramen!o do >omem.Mas 4 e'iden!e 0ue essas condi"#es n)o podem seuir a pr*!ica da 'iol9nciacon!ra o pr?prio >omem.

    O !erceiro !ema da !ese do Reino 4 o da escolaridade. O Reino e/ieprepara")o dos candida!os, e/ie escola. Os candida!os do Reino es!)o !odos naescola da 'ida. Mas 4 e'iden!e 0ue a maioria per!ence =s classes prim*rias. Serialoucura 0uerermos passar essa maioria para as classes secund*rias ousuperiores. As relii#es e escolas espiri!ualis!as s)o processos peda?icos, comseus di(eren!es m4!odos did*!icos em desen'ol'imen!o no mundo. Mui!as delases!)o de!urpadas, comprome!idas com o >omem 'el>o de 0ue (ala'a o 1o'em7arpin!eiro. Mas !odas as cria!uras >umanas disp#em de recursos did*!icos paraau/iliarem os sis!emas peda?icos de(icien!es. O rande empen>o dos 7ris!)osde'e desen'ol'er3se numa a!i'idade em (orma de pin"a8 ensinar e dar o e/emplo.N)o (oi assim 0ue (e2 o Jo'em 7arpin!eiro:

    H* uma dinBmica Espiri!ual 0ue se re(le!e na dinBmica social. F a dinBmicada escolaridade. Na Escola do Mundo essa dinBmica se desen'ol'e em (orma dereciprocidade8 0uem ensina aprende, e 'ice3'ersa. A escolaridade 4 en!)o oprocesso da e/peri9ncia. N)o 4 con!ada pela (re0C9ncia as aulas, 3 pois ninu4mse (ur!a a (re0C9ncia 3 mas pelo apro'ei!amen!o. S? o rau eral da escolaridadepoder* dar3nos a condi")o necess*ria ao es!a&elecimen!o do Reino.

    Mas o 0uar!o !ema da !ese do Reino 4 o da o&ria!oriedade. Esse !ema nosmos!ra 0ue as Almas o&edecem as Leis Morais, como os corpos o&edecem a Leis+%sicas. Umas e ou!ras s)o Leis de is!?ricaspara 0ue as !rans(orma"#es Sociais possam ocorrer. E su&me!em3se =se/i9ncias >is!?ricas na prepara")o dos seus planos de !ra&al>o e de lu!a,(racassando 0uando pre!endem precipi!*3los. Os 7ris!)os, 0ue al4m das LeisMa!eriais, decorren!es dos processos de produ")o de mercadorias, con>ecem asLeis Morais, decorren!es da Na!ure2a e do des!ino Espiri!ual dos >omens, de'emcompreender mais pro(undamen!e as e/i9ncias da His!?ria e !ra&al>ar nessalin>a com maior 7onsci9ncia e maior (irme2a.

    A ese do Reino e/ie re(le/)o cons!an!e, decis)o Espiri!ual, Amor e Jus!i"ano cora")o e na 7onsci9ncia, para 0ue o 7ris!)o n)o se e/!ra'ie pelos a!al>os

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    ideol?icos. O 7ris!)o possui a Ideoloia do E'anel>o e o Mani(es!o do Reino.Seu camin>o (oi !ra"ado pelo Jo'em 7arpin!eiro. 7omo pode Ele ena1ar3se aos0ue seuem ou!ros camin>os, !ra"ados pelos sonBm&ulos do Reino: 7omo podeEle colocar3se ao lado dos %mpios, 0ue pre!endem escra'i2ar o Reino aospe0uenos reinos dos in!eresses Humanos: O 7ris!)o n)o pensa na espada ou no

    (u2il, mas nas (or"as Espiri!uais. N)o pode acompan>ar os 0ue ar!iculam asu&'ers)o ma!erial, por0ue o seu o&1e!i'o 4 a re'olu")o espiri!ual. rans(ormar oMundo pela !rans(orma")o do Homem e !rans(ormar o Homem pela !rans(orma")odo Mundo. Eis a a au!oria so&re oes!a&elecimen!o do Reino de u!el, o admir*'el escri!or e con(erencis!a Esp%ri!a,(undador da Re'is!a In!ernacional de Espiri!ismo. Reprodu2i en!)o es!a a(irma")ode S!anleK Jones, 0ue produ2iu arrepios em mui!os dos seus correliion*rios8 3nada >* 0ue possa e/imir3se des!e mo'imen!o 0ue sacode o Mundo in!eiro em(a'or de uma re(orma SocialG nem mesmo os nossos San!u*rios.

    3 Essa ese, edi!ada em ZWX pela Edi!ora La[e, de S)o Paulo, (oi aora!ranspos!a para es!e no'o !ra&al>o, em (orma in!eiramen!e no'a. Num dos seus!rec>os mais sini(ica!i'os, di2ia8 3 O c>amado de uma no'a ordem Social es!*clamando no cora")o do Mundo. E o Mundo n)o pode dei/ar de a!end93lo, por0ue4 um impera!i'o do Proresso erreno, uma Lei Maior do 0ue as leis !ransi!?riasdos >omens, 4 a e/press)o da pr?pria ;on!ade de o. O Mundo, por4m, n)o poder* (uir a7ris!o, por mais 0ue os Homens o (orcem, e um dia a 'erdade 7ris!) ser*res!a&elecida na erra. 7omo poderia o Espiri!ismo, na sua o de ?dios e dispu!as mes0uin>as da 'idaPol%!ica: S!anleK Jones deu uma respos!a a es!as perun!as em seu li'ro 7ris!o eo comunismo, a!4 >o1e n)o !radu2ido para nossa l%nua8 -n)o sou comunis!a nemme c>amo socialis!a. Sou um 7ris!)o 0ue &usca uma solu")o para es!e pro&lema.Es!ou con'encido, desesperadamen!e con'encido de 0ue o 7ris!ianismo de'e, ou&em uiar a Humanidade a es!e respei!o, ou &em a&dicar.

    err%'eis pala'ras 0ue colocam o 7ris!ianismo en!re as pon!as mor!ais de umdilema >is!?rico. Mas a S!anleK Jones (al!a'a o esclarecimen!o do Espiri!ismo, 0ueencon!ramos em 7ai&ar Sc>u!el, no $rasilG Leon

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    (ormas dom*!icas do 7ris!ianismo, re'elando a ess9ncia reno'adora do ensinodo 7ris!o no plano social e a(as!ando o E'anel>o das implica"#es !emporais dapol%!ica.

    O Reino de o, por0ue a lu!a ser* !remenda, como n)o >ou'e ou!ra iual, e a0uele0ue es!i'er so& a r'ore da ;ida n)o perecer*. 3 7omo 'emos, a compreens)oEsp%ri!a de 7air&ar supera as preocupa"#es de S!anleK Jones. Mas 4 curiosocomo o pr?prio Minis!ro me!odis!a assinala, em seu li'ro ci!ado, a e/is!9ncia de um7ris!ianismo Li're, (ora do c>amado 7ris!ianismo Humani2ado acen!uando8 3 Esse7ris!ianismo Li're pode, !al'e2, nes!a crise, 'er com maior clare2a e air commaior decis)o do 0ue o orani2ado. emos de considerar es!es irm)os damarem !)o 'erdadeiramen!e irm)os como a0ueles 0ue consideramos nossosirm)os do cen!ro. @uem sa&e n)o acon!ecer*, depois de !udo, 0ue eles es!e1ammais per!o do cen!ro do 0ue n?s mesmos5

    Os irm)os da marem5 N)o disse o Jo'em 7arpin!eiro 0ue os +il>os doReino das orani2a"#es Judaicas seriam lan"ados nas !re'as e/!eriores e ou!rossen!ariam = Mesa do Reino: Acen!uemos 0ue ainda aora, no mo'imen!oecum9nico das Ire1as 7ris!)s, os esp%ri!as (oram dei/ados de lado. N)o o&s!an!e,o 0ue Jac0ues Mari!ain e S!anleK Jones di2iam do aspec!o social do 7ris!ianismo,o 0ue Jo)o III disse mais recen!emen!e, o 0ue o Padre eil>ard de 7>ardino(ereceu como in!erpre!a")o reno'adora do >omem, !udo isso e mui!o mais, 0ueos !empos con(irmam, 1* es!a'a a mui!o nos li'ros de Allan ardec e de Leonardin, em lara e/!ens)o, parece umaadap!a")o do pensamen!o Esp%ri!a de seu compa!rio!a Leon

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    Esp%ri!a se recusar* a par!icipar dessas duas (ormas de e/plora")o dossemel>an!es 0ue s)o8 A ideol?ica, en'ol'endo a mis!i(ica")o reliiosa e ademaoia pol%!icaG e a econmica, em 0ue se es!eia a ideol?ica e so& a 0ualproli(erem as ini0Cidades sociais de !oda esp4cie.

    ;e1amos es!a condena")o da e/plora")o econmica nos 'ers%culos (inais da

    Ep%s!ola Uni'ersal de iao, uma das mais &elas e 'iorosas do No'oes!amen!o83eia aora '?s, ? ricos, c>orai, dando urros na considera")o das 'ossas

    mis4rias, 0ue 'ir)o so&re '?s5 As 'ossas ri0ue2as apodreceram e os 'ossos'es!idos (oram consumidos pela !ra"a. O 'osso ouro e a 'ossa pra!a seen(erru1aram e essa (erruem dar* !es!emun>o con!ra '?s e de'orar* a 'ossacarne como um (oo. A1un!as!es para '?s um !esouro de ira para os l!imos dias.-'8 3\.

    ;e1amos ainda a eoria mar/is!a da mais3'alia e/pos!a nessa mesmaep%s!ola e seuida de no'as condena"#es da e/plora")o econmica8 Sa&ei 0ue oJornal 0ue re!i'es!es aos !ra&al>adores 0ue cei(aram os 'ossos campos clama, e0ue o seu clamor su&iu a!4 os ou'idos do Sen>or dos E/4rci!os5 endes 'i'ido emdel%cias so&re a erra e em dissolu"#es ce'as!es os 'ossos cora"#es para o diado sacri(%cio. 7ondenas!es e ma!as!es o 1us!o, sem 0ue ele 'os resis!isse.

    O 1ornal re!ido, como se '9 claramen!e, 4 a par!e n)o paa do !ra&al>o, =par!e 0ue se des!ina a (orma")o do capi!al, n)o para a comunidade, mas para odono do campo ou da empresa. Essa re!en")o 0ue 4 a sonea")o do pre"o 1us!odo !ra&al>o, cons!i!ui a &ase da propriedade pri'ada, do capi!al inde'idamen!eacumulado. Por isso o 1ornal re!ido clama nos campos e o seu clamor se ele'a aoSen>or pedindo 1us!i"a. O Ap?s!olo acen!ua ainda o pecado de amor, a (al!a deamor ao pr?/imo 0ue le'a os ricos dissolu!os a !odas as 'iol9ncias con!ra os 0ue!ra&al>am para eles, sem recon>ecer3l>es os direi!os na!urais, mas 'iolando essesdirei!os para ce'arem o cora")o na dissolu")o.

    Mas n)o 'emos nas Escri!uras o incen!i'o = lu!a pela 'iol9ncia, = (orma de1us!i"a pelas pr?prias m)os, = su&'ers)o dos e/plorados con!ra os e/ploradores.Pelo con!r*rio, (oi nos E'anel>os 0ue Rus[in, ols!oi e 6and>i encon!raram adou!rina da n)o3'iol9ncia e da resis!9ncia passi'a. iao apon!a o erro, denunciao rou&o e a in1us!i"a, mas prea o amor como rem4dio nico dessa per'ers)osocial. E ad'er!e8 3n)o 'os ressin!ais, irm)os, uns con!ra os ou!ros, para 0ue n)ose1ais 1ulados. Ol>ai, 0ue o Jui2 es!* dian!e da por!a5

    As ideoloias ma!erialis!as acusam o 7ris!ianismo de ins!rumen!o dedomina")o das classes !ra&al>adoras. 7>amam a relii)o de ?pio do po'o.ardec, em A 69nese, a(irma 0ue as relii#es sempre ser'iram como ins!rumen!ode domina")o, em 'ir!ude da maneira mis!eriosa 0ue apresen!am os pro&lemas daso&re'i'9ncia Espiri!ual do Homem. Essa uma das ra2#es por0ue ele sempre seneou a considerar o Espiri!ismo simplesmen!e como relii)o, pois o Espiri!ismon)o se con(unde com esses ins!rumen!os de domina")o. Jamais se acumpliciounem pode conluiar3se com os e/ploradores de 0ual0uer esp4cie, pois res!a&eleceos princ%pios do 7ris!ianismo do 7ris!o, como di2 o Padre Al!aG Ensinando aoHomem a (4 raciocinada, apoiada na ra2)o e n)o em domas au!ori!*rios. Mas0uando o Espiri!ismo se ap?ia no E'anel>o 0ue 4 o seu alicerce Espiri!ual e

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    Moral, os ide?loos da 'iol9ncia o acusam !am&4m de ?pio do po'o, sem a de'idaan*lise e compreens)o da sua posi")o racional e o&1e!i'a.

    Ao recusar a 'iol9ncia como (orma de reno'a")o social o Espiri!ismo n)o o(a2 por !emor das conse0C9ncias No Ou!ro Mundo, mas por compreender 0ue asconse0C9ncias (unes!as se 'eri(icam Nes!e Mundo e de maneira imedia!a. A

    educa")o pela 'iol9ncia (oi su&s!i!u%da em !oda par!e pela Educa")o persuasi'a.As pes0uisas peda?icas mos!raram 0ue a Educa")o primi!i'a n)o 4 'iolen!a,por0ue os >omens em es!ado sel'aem sa&em 0ue precisam a!rair as crian"aspara a 'ida social, o 0ue s? se (a2 pela &randura. O ser >umano 4 umaconsci9ncia 0ue repele as o(ensas = sua dinidade. A 7riminoloia modernacon!emporBnea condena as penas m*/imas e os m4!odos de 'iol9ncia. As Leis>ar&i!r*rias e os reimes de (or"a le'am = (raude, ao crime e a re'ol!a. S? noplano do desen'ol'imen!o social dos po'os de'emos en!)o acei!ar a 'iol9nciacomo meio para c>ear = Jus!i"a e ao Amor:

    S!anleK Jones considera o 7omunismo como o c>ico!e do !emplo, ou se1a, acorda de 0ue Jesus se !eria ser'ido para e/pulsar os 'endil>#es do emplo deJerusal4m. Mas sa&emos >o1e 0ue o epis?dio do c>ico!e 4 apenas uma aleoria,re(eren!e a um dos !?picos das pro(ecias so&re o ad'en!o do Messias. ecem a suadou!rina, 0ue !oda a sua !eoria re'olucion*ria es!* su1ei!a =s Leis His!?ricas. Opr?prio Lenine n)o acredi!a'a na possi&ilidade de uma re'olu")o Russa duran!e asua 'ida e (oi surpreendido pela eclos)o dos acon!ecimen!os 0ue a (a'oreceram.@uando acusam, pois, os esp%ri!as de comodis!as, de 0uererem (uir = realidadesocial, sem le'arem em considera")o a dial4!ica Esp%ri!a da e'olu")o, o (a2em dem* (4 ou por inorBncia das Leis do pr?prio processo His!?rico.

    O Espiri!ismo recon>ece a!4 mesmo as Leis, para Ele Na!urais, em&orasociais, 3 pois a omem e seu Mundo da Na!ure2a, 3 0ueprodu2 as re'olu"#es. O cap%!ulo ] da !erceira par!e -Li'ro III do Li'ro dosEsp%ri!os, 0ue !ra!a da Lei do Proresso e/plica precisamen!e es!e assun!o. Eardec, no seu comen!*rio = perun!a ^]V, declara8 Sendo o proresso umacondi")o da Na!ure2a Humana, ninu4m pode se opor a ele. F uma (or"a 'i'a 0ueas m*s leis podem re!ardar, mas n)o as(i/iar. @uando essas leis se !ornam de!odo incompa!%'eis com o proresso, ele as derru&a com !odos a0ueles 0uepre!endem man!93las. E assim ser* a!4 0ue o Homem >armoni2e as suas leis coma Jus!i"a

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    id4ias, erminam ao lono dos s4culos e depois e/plodem su&i!amen!e, (a2endoruir o edi(%cio carcomido do passado 0ue n)o mais corresponde =s necessidadesno'as e =s no'as aspira"#es.

    ;emos assim 0ue o Espiri!ismo recon>ece a necessidade na!ural dasre'olu"#es Sociais, mas como (a!os na!urais, de!erminados pelas Leis da

    e'olu")o. Os Homens s)o os ins!rumen!os de a")o dessas Leis no plano Social.Mas a propor")o 0ue os Homens se esclarecem, ad0uirindo con>ecimen!os maispro(undos so&re o Uni'erso e o des!ino Humano, as Leis Sociais se a&randama1us!ando3se =s no'as condi"#es Espiri!uais das cria!uras. As re'olu"#es Sociaisse processam e en!)o por meios 'iolen!os, mas a!ra'4s de sucessi'asmodi(ica"#es nos sis!emas de rela"#es Humanas. As leis dos Homens ')o aospoucos se a1us!ando as Leis de armonia e e0uil%&rio.

    O ma!erialis!a, merul>ado no imedia!ismo da mundanidade, n)o '9perspec!i'as para o Reino a n)o ser a!ra'4s dos m4!odos 'iolen!os 0uepre'alecem nas rela"#es Sociais des!e mundin>o a!rasado. F na!ural 0ue acei!eas ideoloias da 'iol9ncia como nica sa%da poss%'el para o impasse capi!alis!a.Mas o Esp%ri!a 0ue 1* 'iu, sen!iu e e/perimen!ou a realidade Espiri!ual, n)o !em odirei!o de (ec>ar3se na mesma 'is)o es!rei!a do ma!erialis!a.

    O Esp%ri!a sa&e 0ue as Leis da e'olu")o impulsionam o Mundo, n)o apenasno sen!ido das !rans(orma"#es Sociais de es!ru!ura, mas !am&4m e principalmen!eno rumo das pro(undas !rans(orma"#es Morais do Homem. Sa&e ainda 0ue es!as!rans(orma"#es cons!i!uem a (inalidade da e/is!9ncia Humana na erra. E sa&e!am&4m 0ue as dispu!as 'iolen!as (ermen!ando ?dios e pai/#es, s)o con!r*rias =Lei de e'olu")o Espiri!ual. Nada 1us!i(ica, pois, a sua presen"a ao lado dos 0uepre!endem mudar a (or"a as condi"#es Sociais.

    Mui!os Esp%ri!as se impressionam com as alea"#es de 0ue 'i'emos (ora doMundo ou 0ue (uimos = realidade Social, com receio das responsa&ilidadespol%!icas. S)o alea"#es da0ueles 0ue n)o con>ecem o Mundo e a realidadeSocial se n)o no seu aspec!o e/!erior. Mas esses mesmos 0ue nos acusam s)oo&riados a recon>ecer 0ue es!)o su1ei!os as Leis sociais, in!erpre!adas peloMa!erialismo amos para o nosso %n!imo e 'emos

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    as nossas imper(ei"#es, as nossas de(ici9ncias, o nosso apeo =s coisasmundanas, compreendemos 0ue o Mundo !en>a de ser como 4, e o reime doHomem lo&o do Homem !en>a de pre'alecer na erra. Mas se (ormos capa2es decompreender 0ue de'emos nos mel>orar para 0ue o Mundo mel>ore, 0uede'emos mudar o nosso reime de 'ida para 0ue o reime social mude, en!)o

    es!aremos lu!ando pelo reino. E para 0ue essa lu!a se in!ensi(i0ue e se e/panda 4necess*rio lem&rarmos do con!*io, pelo 0ual conseuiremos !ransmi!ir aosou!ros um pouco do 0ue (a2emos.

    O Jo'em 7arpin!eiro nos deu o e/emplo do e/emplo, ou se1a, ensinou3nos,pelo e/emplo, 0ue 4 es!a a maior (or"a !rans(ormadora do Mundo. O seu e/emplopessoal 4 >o1e um ar0u4!ipo Uni'ersal. odos os 0ue o con>ecem sen!em3sea!ra%dos por Ele, pois desco&rem o anseio por Ele em seus pr?prios cora"#es.$us0uemos o Jo'em 7arpin!eiro, procuremos seui3lo, n)o como um Sal'ador0ue nos li'ra dos pecados, mas como um 6uia 0ue nos ensina o 7amin>o umildade e a 'erdade.

    F mui!o mais (*cil con0uis!ar os pe0uenos reinos da erra do 0ue a!ra'essara por!a es!rei!a do rande Por!al do Reino. Mas as por!as laras dos reinoserrenos nos le'am para a escra'id)o de n?s mesmoS, e a Por!a Es!rei!a doReino nos condu2 a li&erdade do Esp%ri!o. Para podermos con0uis!ar o Reino oJo'em 7arpin!eiro nos deu seu e/emplo e o seu E'anel>o.

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    para o Reino. @ue (aremos: rocaremos essa opor!unidade pelo pra!o de len!il>as0ue s? ma!a a (ome do corpo: N)o5 As Lu2es do Reino 1* &ril>am aos nossosol>os. 7on(iemos e a'ancemos, sem des(alecimen!os.

    Eis o euei ao (im des!e!ra&al>o, e me mandou !ransmi!ir a !odos os 0ue 0uiserem en!rar para as (ileiras

    dos ra&al>adores do Reino8O8 Ao acordar pense no Reino an!es de pensar nas coisas !errenas E ore.Pe"a ao Jo'em 7arpin!eiro 0ue l>e d9 (or"as para n)o se dei/ar (ascinar pelospe0uenos reinos dos Homens e para amar a !odos.

    \O8 An!es de iniciar o seu dia lem&re3se e ra'e na sua men!e 0ue !udo o 0ue'oc9 (i2er de'e ser (ei!o em (a'or do Reino, mesmo no seu !ra&al>o e nas suasm%nimas o&ria"#es ro!ineiras.

    VO8 A(as!e do seu cora")o 0ual0uer ressen!imen!o con!ra 0uem 0uer 0uese1a. 7omece o dia com um sen!imen!o de ra!id)o a * a!os impuros para o >omem 0ue man!4m oseu cora")o puro. F nossa mal%cia 0ue (a2 impuras as coisas de

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    se esclarece. As Lu2es do Reino ')o a pouco e pouco iluminando as !re'as doMundo, em 0ue a nossa alma es!* merul>ada.