N Respostas 16 - junho/julho 2011

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A revista N Respostas é uma publicação da N Produções, e objetiva oferecer soluções para o mundo empresarial. Editora-chefe: Renata Araujo, Arte: Leticia Marchini, Diretor Executivo: Jose Paulo Furtado

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vou começar com a definição do Wikipédia sobre a palavra “profissio-nal”: aquele que tem conhecimento da sua profissão, especialista. Assim sendo, profissional é aquele que, por deter o conhecimento e sendo espe-cialista, entrega o que se comprome-te; o profissionalismo é a entrega, a contento, do que foi prometido.Acompanhe comigo esse episódio: uma empresa em plena expansão se depara com o momento de investi-mento para sustentar seu crescimen-to. Crescimento físico, um espaço maior para receber novos colaboradores, ambiente melhor, móveis e tudo o que é possível para o conforto da organização. O primeiro passo foi contratar um arquiteto, para po-der fazer um layout da nova sede. Nesse momento, é firmado um contrato para que tudo seja feito por ele, desde a contratação dos fornecedores e acompanha-mento da obra até o acabamento de todos os detalhes.Para não perder muito tempo, e não quero desanimar os que ainda passarão por esse processo, o resultado fi-nal é esse. Nenhum dos fornecedores entregou 100% do que haviam se comprometido, alguns merecem o relato. Por exemplo, o instalador do piso flutuante da nova sede mediu errado o tamanho da sala, e quando a equipe finalizou o trabalho, havia sobrado cerca de 30% do material. Para receber o dinheiro de volta, as sobras deveriam se recolhidas, levadas de volta à loja. Aí sim, poderia ocorrer o ressarcimento dos gastos com a falta de profissionalismo de quem mediu a sala. O pintor foi num dia, pintou metade da sala e sim-plesmente sumiu por três dias. Depois, por telefone, afirmou que errou na quantidade e não tinha material para continuar o serviço, mas que voltaria depois para finalizar. A empresa se viu obrigada a contratar outro pintor, pois não podia esperar pela boa vontade dele para entregar o que havia combinado.Linhas telefônicas e internet são um caso à parte. Eu

desconheço que, em qualquer lugar do Brasil, alguma empresa, atendi-da por qualquer operadora que seja, tenha recebido o serviço dentro do prazo combinado. Neste caso espe-cífico, não foi diferente... Com todo esse cenário, o que acon-teceu foi que o custo ficou 35% mais caro do que o inicialmente previs-to. Onde estava o profissionalismo? E os especialistas encarregados em fazer as coisas acontecerem? O cus-to da falta do profissionalismo em

nosso país é altíssimo!De que adiantam campanhas de marketing e pro-moções se, na hora “H”, as empresas simplesmente se perdem entre protocolos e desculpas! O primeiro marketing deve ser o profissionalismo; sem isso não se constrói nada, ele é o alicerce das empresas. Nenhu-ma empresa vai enganar uma vida inteira os seus clien-tes. Veja no tribunal das redes sociais quantas grandes marcas são manchadas pela total falta de profissiona-lismo, por não conseguirem entregar simplesmente o que foi combinado.Em algum momento, as empresas vão entender que sobreviverão no mercado apenas as que se especializa-rem em servir bem. Ser profissional é o início, pois, convenhamos, entregar o que se compromete é o mí-nimo e não deveria ser visto como diferencial.Desejo a você, caro leitor, que valorize as empresas que possuem profissionalismo e que se empenham em servi-lo como cliente e não como se estivessem sim-plesmente fazendo um favor para você!

twitter.com/[email protected]

José Paulo FurtadoDiretor da Revista N Respostas

Caro leitor,

Em primeiro lugar, seja profissional

Carta ao LeitorN Palavras

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www.nrespostas.com.br4 NRespostas

N Respostas é uma publicação da N Produções

Diretor-Executivo:José Paulo Furtado

Direção de Arte:Letícia [email protected]

Editoração:Letícia Marchini

Editora-ChefeRenata Araú[email protected]

Jornalista responsável:Cid Furtado Filho DRT DF 1297

Revisão:Denise Goulart

Fotografia:Telmo Ximenes

Reportagem:Renata Araújo

Colaboradores desta edição:Rino Neubarth • Carlos Hilsdorf • Pedro Mandelli • Vilmar S. D. Berna • Nailor Maques Jr. • Dalmir Sant’Anna • Roberto Melo • Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Roberto Shinyashiki

Diretora Financeira:Ana Paula Abí[email protected]

Diretor Comercial:José Paulo [email protected]

www.nproducoes.com.br

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas:

SHCGN 704/705 Bl. E nº 17 Ed. M.ª Auxiliadora sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DFTel/Fax: 61 3272.1027

e-mail: [email protected]

Como anunciar: 61 3272.1027 de 2.ª a 6.ª, das 9 às 18h [email protected]

A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados.

Tiragem: 20.000 exemplares.

[email protected]

Recebi a revista NRespostas e curti muito a leitura, colunistas, seções e respostas, vibrei. É uma ferramen-ta de grande valia.

Gostaria de ter acesso à assinatura, para a cada bimestre ser inundado de termas atuais e marcantes.

Obrigado.

Marcelino Lima

Recebi as revistas e todos gostaram muito, principalmente dos temas versados.

Muito interessante a forma como a revista é vista no mercado empre-sarial.

Os temas são muito atuais e mos-tram variedades que são muito importantes que se tome conheci-mento.

Obrigado pela atenção dispensada e um grande abraço,

Francisco Campos

Olá, recebi a revista e ADOREI! Não pelo meu artigo, claro, mas pelo conjunto. Parabéns a toda a equipe!

Um abraço fraterno e ecológico.

Vilmar S. D. Bernawww.escritorvilmarberna.com.br

Leitor

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RESPOSTaS

CaPa

SEçõES

COLuniSTaS

14. EDUCAÇão ExECUtivA - Rino Neubarth Executivos de sucesso devem aprender a lição do doar

16. RECURsos hUmANos - Carlos hilsdorf Empowerment: torne seus colaboradores coautores

do seu sucesso

22. sUstENtAbiliDADE - vilmar s. Demamam berna meio ambiente, sucesso e felicidade

30. CompoRtAmENto - Nailor marques Jr. A vida como ela deveria ser

32. motivAÇão - Dalmir sant’Anna por que desistir de acreditar?

36. mUNDo DigitAl - Roberto melo três passos para entrar no mundo digital

Índice

10. marketing - conquistando quem interessa

18. pEDRo mANDElli Além da hierarquia

26. RobERto shiNyAshiki Dicas de campeão

34. homERo REis pergunte ao coach

38. mARio sERgio CoRtEllA Filosofando

03. N pAlAvRAs

07. ENtREvistA luiza helena trajano - “vem ser feliz!”

20. N FlAshEs Quem passa pelos eventos da N produções

24. EtC. Entretenimento, trabalho, casa

28. ECo NotíCiAs

29. N AtiviDADEs

Ano IV • Nº 16 • junho / julho 2011

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www.nrespostas.com.br6 NRespostas

A La Boulangerie tem o café da manhã ideal para você fechar negócio!

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Entrevista

“Faça para os outros o que gostaria que fizessem para você”. Este é um lema na sua empresa. Como você aprendeu a dar importância a este ensinamento?São valores que sempre estiveram muito presentes na nossa família e que meus tios Luiza Trajano Do-nato e Pelegrino José Donato, fun-dadores da rede, também levaram para o ambiente profissional.Quando falamos de pessoas em

primeiro lugar, temos que ficar atentos 24 horas por dia. Um exemplo deste lema é que na re-cepção do nosso escritório nin-guém aguarda mais do que 5 mi-nutos para ser atendido, desde fornecedores, presidentes, até o mais simples entregador, pois elas também são divulgadoras da nossa empresa.

luiza, você começou a trabalhar ainda bastante

jovem. Ao mesmo tempo em que crescia profissionalmente, casou-se e criou filhos. Em algum momento você chegou a pensar que carreira e vida doméstica fossem sucessos incompatíveis?As mulheres têm algumas carac-terísticas um pouco diferente das dos homens, pois fomos criadas fazendo várias coisas ao mesmo tempo.Eu sou de uma família na qual a

Ela cresceu junto com os negócios da família, aos quais se dedica desde os doze anos de idade, época em que trabalhava como balconista, durante as férias escolares, na antiga “A Cristaleira” – loja de móveis de sua tia. hoje, sob sua responsabilidade, o magazine luiza disputa a liderança nacional do mercado varejista. sua rede de lojas tem como grande diferencial o tratamento amigável dispensado aos clientes e é considerada modelo de gestão humanista. Uma das mais respeitadas e queridas empresárias do brasil, luiza helena trajano fala com o coração e convida:“Vem ser feliz!” por Renata Araújo

LuizaHelena

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Trajano

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www.nrespostas.com.br8 NRespostas 8 www.nrespostas.com.br8 NRespostas

mulher sempre trabalhou, mas sempre fiz questão de manter uma rotina normal com minha família, como tempo para as minhas leitu-ras, assistir a programas de TV, ter meus momentos de lazer, levar meus filhos à es-cola. É tudo uma questão de organização e de criar uma rotina que possibilite conci-liar as duas coisas

inovação é um ponto de destaque em seus negócios. vocês têm algum programa que incentive a criatividade de seus colaboradores? O Magazine Luiza diferencia-se das grandes empresas, em especial do segmento de varejo, principal-mente por sua cultura empreen-dedora, seu “jeito Luiza de ser”. Como principais características desta cultura destacam-se o pionei-rismo, a inovação, a velocidade no fazer acontecer e o foco no clien-te. São dezenas de procedimentos, recursos, produtos, mecanismos e práticas desenvolvidos dentro da empresa, e todos foram criados de forma autêntica para valorizar e estimular as pessoas a buscarem seu autodesenvolvimento e am-pliarem a consciência de seu papel na empresa, que tem como um de seus diferenciais a busca pela ino-vação constantemente. Não exis-te nenhuma grande dificuldade quando a pessoa procura estimular a criatividade e buscar novas ideias o tempo todo. E sempre digo à mi-nha equipe para sair do quadrado, da caixa. Acredito que isso é válido para qualquer um que queira fazer a

diferença e esteja disposto a crescer no seu trabalho e mostrar resulta-dos. A informação também é funda-mental para estimular novas ideias. Fomentamos essa cultura dentro do Magazine Luiza, inclusive por meio de bolsas de estudos, programas de treinamento, cursos no Portal do Saber, entre outros.

Existe alguma característica em sua gestão que você acredite ser um diferencial no sucesso do magazine luiza?No ambiente corporativo, algumas qualidades mais típicas nas mulhe-res, como flexibilidade, intuição e interação, costumam fazer a dife-rença. Acredito que uma empre-sa deve tratar o funcionário com o coração, mas deixá-lo também participar dela com a cabeça e per-mitir que se beneficie no próprio bolso. É preciso manter as pessoas motivadas, fazê-las se sentir parte imprescindível da empresa, como numa família.

Em uma palestra que você proferiu em brasília, para o

público da N produções em 2008, você contou que existem mães, filhos(as) e netos(as) trabalhando em lojas do magazine luiza. Que vantagens e dificuldades essa situação específica traz para a gestão da empresa?As pessoas gostam tanto de trabalhar no Magazine Luiza que querem levar seus filhos e netos para lá. Não vemos nenhum problema, pelo contrário, isso integra cada vez mais a família. Temos apenas

uma regra que não permite a su-bordinação de familiares.

No meio empresarial, durante negociações ou importantes tomadas de decisão, você já se sentiu descriminada pelo fato de ser mulher?Costumo falar que o preconceito está mais em nossas mentes do que na mente das outras pessoas. Nun-ca me senti discriminada porque nunca me permiti ter esse tipo de sentimento. As mulheres, ao longo dos anos, conquistaram seu espaço no mercado e, hoje, temos grandes líderes mulheres em todos os seg-mentos. Graças a essa evolução, a sociedade tornou-se menos conser-vadora, e características como sen-sibilidade, intuição e espírito de ser-vir, tão comuns entre as mulheres, passaram a ser atributos indispensá-veis para o sucesso nos negócios.Não é de hoje que as mulheres têm ganhado espaço no mercado de trabalho. Dentro das organizações, assim

“Na recepção do nosso escritório ninguém aguarda mais do que 5 minutos para

ser atendido.”

[Entrevista]

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como em qualquer lugar, é impor-tante ter um equilíbrio entre as forças feminina e masculina.

A imagem do magazine luiza é fortemente ligada à preocupação com a responsabilidade social. Atualmente, quais têm sido as ações mais importantes, sob este foco?O Magazine Luiza investe muito na ampliação da consciência do ser humano sobre seus papéis pesso-ais, profissionais e de cidadania. A área de Gestão de Pessoas mantém um atendimento interno que leva em consideração as dimensões físi-ca, emocional, intelectual e social de cada indivíduo. Na empresa, as pessoas e o bem-estar delas são prioridades, por isso, elaborou um questionário e convidou a todos a responderem um ma-peamento de risco. Com base nas respostas dos próprios colaboradores, traçou-se um diagnóstico da situação geral da saúde da equipe.Em 2009, o Núcleo Social for-mou um Comitê de Qualidade de Vida, com representantes de várias áreas da empresa. Esse comitê conta com oito frentes de trabalho, e cada uma cuida de um aspecto da saúde. Para implantação destas ações, formatou-se o Projeto Cuidar com o intuito de ajudar todos os colaboradores a adotarem atitudes cada vez mais saudáveis e, com isso, contribuírem para me-lhorar o ambiente e o planeta. Uma das ações do projeto foi o curso “Bem-estar – Atitudes para

uma vida sem stress”, que foi dis-ponibilizado no Portal Luiza. To-das as propostas do Projeto Cui-dar foram desenvolvidas com foco no benefício dos colaboradores. O Magazine Luiza acredita e fo-menta a ideia de que cuidando do nosso ambiente, de nós mesmos e do outro, estamos adotando uma atitude saudável e melhorando o mundo à nossa volta.O Magazine Luiza oferece diver-sos benefícios aos seus colaborado-res, porém, dois deles têm um sig-nificado especial, principalmente pelo retorno que trazem àqueles que o recebem. São eles o Che-que-mãe (um benefício estendido para todas as mães com filhos de

até 10 anos e 11 meses de idade) e o Cheque Educação Especial (cujo objetivo é auxiliar o funcionário nos cuidados com os filhos por-

tadores de necessidades especiais, buscando contribuir para a quali-dade de vida deles e sua inclusão na sociedade). O Magazine Luiza é associado ao Instituto Ethos de Responsabilida-de Social há alguns anos. Além de manter e propagar a conduta ética e transparente em todos os seus relacionamentos, a prioridade dos investimentos sociais da empresa é para os benefícios diferenciados aos próprios colaboradores, especial-mente nas áreas de educação, saú-de e cuidados com os filhos. Além destes investimentos, a empresa apoia, em cada uma de suas unida-des, campanhas locais, integrando e valorizando as ações da comuni-

dade à qual está inserida.Em Franca, a empresa apoia as ONGs Franca Viva, especial-mente o projeto de formação de crianças e adolescentes em informática; a Secos e Não Molhados, que distribui fral-das descartáveis para idosos; e o Instituto Pró-Criança, que ajuda a combater o trabalho infantil nas indústrias de calça-dos. A empresa apoia também o Hospital do Câncer, reali-zando constantes mobilizações entre seus colaboradores, que, voluntariamente, participam na aquisição de rifas e camise-tas, cujos recursos arrecada-dos são direcionados à manu-tenção do próprio hospital.

No Escritório de Negócios foi ado-tado o uso de papel 100% recicla-do a partir de embalagens ambien-talmente corretas.

“Na empresa, as pessoas e o bem-estar delas são prioridades.”

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www.nrespostas.com.br10 NRespostas

Capa

provocar encantamento e conquista há muito

deixou de ser trabalho apenas para o cupido.

Atrair simpatia e merecer fidelidade são missões

que extrapolaram os limites da esfera

dos relacionamentos amorosos e invadiram

também o ambiente corporativo. Empresas

investem cada vez mais em ações que ajudam a

cativar seu público-alvo.

não erre o alvo na hora de conquistar

quem interessa

Marketing

por Renata Araújo

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Publicidade posiciona a marca; dá conceito e va-lores a ela. Propagandas agregam valores intangí-veis. Ações promocionais fecham o ciclo da venda. Evitam, por exemplo, que a pessoa vá a um ponto de venda atraída por uma marca e saia de lá tendo comprado o produto concorrente. “Há quinze anos o marketing promocional era apenas uma promes-sa, mas a tendência é destinar uma verba cada vez maior para as atividades promocionais”, afirma Sil-vana Torres, uma das fundadoras da agência Mark Up Motivation People, de São Paulo, em entrevista à Radio CBN. Uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência e ATP/GMP (2009), com executivos de empresas de vários segmentos e regiões brasileiras, das áreas de marketing, trademarketing, comunica-ção, publicidade, promoções, vendas e eventos, aponta que apenas 40% das empresas pesquisadas investem mais em publicidade do que em outras ações de marketing; 14% das empresas re-partem sua verba igualmente e 46% já têm maiores cifras destinadas a ações

promocionais do que a publicidade “tradicional”.A demanda consciente é uma realidade. Consumir de modo consciente implica ter no ato de consumo um instrumento de bem-estar; fazer escolhas bus-cando diminuir os impactos negativos em si próprios, na sociedade, na natureza e na economia. Implica uma prática permanente de cidadania e extrapola o atendimento a necessidades individuais. Ao comprar produtos de uma empresa que utiliza mão de obra escrava, o consumidor alimenta a continuidade dessa prática. Assim sendo, manter-se bem informado é fundamental. O poder de transformação social está nas mãos dos consumidores e cabe a eles escolher como fornecedoras empresas éticas, que respeitam os direitos humanos e os limites naturais do planeta.

Outro viés do consumo consciente é a diminuição da fidelidade às marcas. Para João de Simoni, especialista e pioneiro em promoção de vendas no Brasil e membro da Academia Brasi-leira de Marketing, observa-se atual-mente “uma alta infidelidade a marcas

“As empresas necessitam

trabalhar no sentido de construir a

admirabilidade da sua marca.”

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www.nrespostas.com.br12 NRespostas

e a pontos de venda”. Segundo ele, o consumidor não aceita maus tratamentos de lojistas. Quando vai a um determinado lugar e não é bem atendido, ele se vinga não voltando mais. Diante deste cená-rio, as empresas necessitam trabalhar no sentido de construir a admirabilidade da sua marca. Dai a crescente importância do marketing de relacio-namento, do marketing promocional e das ações decorrentes de suas técnicas e ferramentas.Em 2003, a Associação de Marketing Promocio-nal – Brasil (AMPRO) apresentou ao mercado o conceito de marketing promocional adotado pela entidade: “Atividade do marketing aplicada a pro-dutos, serviços ou marcas, visando alcançar os objetivos estratégicos de construção de marca, vendas e fidelização por meio da interação junto ao seu público-alvo”. Consiste em atividades iden-tificadas, principalmente, mas não apenas, como ações em pontos de venda e promoções com pre-miação, também conhecidos como merchandi-sing. Os supermercados são locais onde muito se evidencia este tipo de movimento.João de Simoni diz, ao repórter Heródoto Barbei-ro, no Programa Mundo Corporativo, que cinco segundos é a média de tempo que o consumidor tem para decidir qual das marcas ele vai comprar. “Nesse momento, nesses cinco segundos, ele é submetido a um impasse de julgamento. Ele não sabe se fica com o produto A ou com o produto B, porque tanto um quanto o outro tiveram cam-panhas publicitárias de construções de imagem”. Esse impasse poderá ser resolvido se em um deles houver um simples brinde acoplado. “Ele poderá optar pelo produto B por entender que, mesmo que ele venha a cometer um

erro de julga-mento, ele esta-rá tendo alguma vantagem, op-tando por aquele

determinado produto”. Esse pe-queno brinde pode ser um dife-rencial competitivo, desde que as imagens de marca dos dois sejam vistas por ele como semelhantes. Caso contrário, o cliente vai dar preferência para aquele no qual ele mais acredita, independente-mente do brinde que está sendo ofertado pelo concorrente. Para Jaqueline Azevedo, sócia e diretora da Sisters Promoções & Eventos, que há três anos atua em Brasília e Goiânia, “as ações de divulgação de empreendi-mentos imobiliários são as que, proporcionalmente, mais têm movimentado as agências de pro-moção”. Panfletagem com ma-terial de melhor qualidade, em shoppings e outros ambientes fre-quentados pela classe A; festas de lançamento de stands de vendas, em unidades decoradas, execu-tadas por moças bem produzi-das, com boa escolaridade e bem preparadas para fornecer informações são hoje as maiores demandas”. Jaqueline diz ainda que “são crescentes as demandas relacionadas ao marketing esportivo, e a patrocínos, já impulsionadas pela realização das Olimpíadas e Copa do Mundo no Brasil”. Para ela, “é nítido o aumento dos recursos destinados ao marketing promocional neste pri-meiro semestre de 2011, em relação ao segundo

semestre de 2010 e, mais ainda, aos anos anteriores”.Associadas às atividades de retaguarda do marketing promocional, as empresas cada vez mais lançam mão das ferramentas do marketing de relacionamento. É preciso conquistar a fidelidade do cliente. É preciso mostrar a ele a importância da sua perma-

nência na carteira da empresa. É preciso torná-lo um aliado. É necessário um forte trabalho no sen-tido de ganhar sua simpatia e confiaça. Feito isso, ele começa a indicar sua empresa para os amigos. Não se preocupa tanto com os preços. Não se im-

Capa

“o cliente vai dar preferência para aquele no qual ele mais acredita.”

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13NRespostasjunho\ julho 2011

porta tanto em pedir descontos, pois sabe

do valor agregado, da qualidade e da confiabilidade do que está adqui-rindo ou indicando. Ele gosta de ser seu cliente. Ele foi flechado pelo seu cupido.Eventos como o Café & Contatos, promovido pela N Produções, são exemplos desse tipo de ação. Con-vidar alguns poucos clientes – ati-vos, inativos ou potenciais – para um bate-papo descontraído, servin-do um café da manhã em ambiente aconchegante no qual há, adicional-mente, troca de conhecimentos e oportunidade para novos negócios entre os convidados é, sem dúvi-da, uma iniciativa bem-sucedida. Extrapola a função de aquecer o relacionamento com os próprios clientes, permitindo aproximação dos convidados entre si. As noites de conhecimento mensal-mente oferecidas pela N Produções são consideradas, pelos parceiros de seu projeto de educação corporati-va, como uma poderosa ferramenta de marketing de relacionamento. Petrobras, TAM e Fundação Uni-versa são algumas das empresas que direcionam parte dos ingressos adiquiridos para estes treinamentos a colaboradores e parte a clientes e fornecedores, posicionando-se, junto a esses e ao público presen-te, como corporações preocupadas com o desenvolvimento e o cresci-mento de seus stakeholders.Dentro dessa ideia de marketing de relacionamento e da conquista da fidelidade do consumidor, o em-presário e consultor Carlos Alberto Julio considera que as organizações devem se atentar para o que ele

chama de “High Tech, High Tou-ch”, equilibrando tecnologia com relações humanas. Deve-se utilizar recursos modernos de gerencia-mento, como o CRM (Costumer Relationship Management), a par-tir de um comportamento mais caloroso da equipe que lida direta-mente com a clientela. Exemplificando, relata que a cons-trutora e incorporadora paulista Tecnisa se relacionava com os clien-tes basicamente através de boletos bancários. Em um movimento de aproximação, estabeleceram-se 19 pontos de contato com o cliente ao longo dos meses que separam a com-pra do imóvel e a entrega das chaves. Estes contatos seriam feitos através do envio de caixas, como presen-tes. A primeira delas contém duas taças, uma garrafa de champagne e um cartão assinado pelo funcionário responsável, apresentando-se e ofe-recendo um brinde ao casal. Na segunda caixa, vai uma bela pasta per-sonalizada e um cartão sugerindo que a mesma seja utilizada para orga-nizar toda a documen-tação referente ao imóvel recém-ad-quirido. Até que na última caixa vai a tão esperada chave. Ele conclui: “as pessoas querem se sentir tocadas”! Mas alerta: “nada disso resolve se houver problema na entrega do produto”.Construir a admirabi l i-dade de uma marca requer envolvimento e nada é mais envolven-te do que a mídia digital. Os meios de veiculação/

comunicação eletrônicos baseados em tecnologia digital, como a inter-net, o celular, a TV digital, talvez sejam, hoje, a maior vitrine de algu-mas empresas. Possibilitam acesso direto às pessoas. Para trabalhar o marketing eletrônico, é necessá-rio estar ciente dos prós e contras. Elogios e críticas se espalham com velocidade assustadora. Comentá-rios geram seguidores no Twitter, amigos no Facebook, visualizações de fotos no Flickr, perguntas no For-mspring, check-ins no Foursquare e vídeos exibidos no YouTube, o que proporciona mensagens retransmi-tidas. Essas ferramentas são podero-sas aliadas na construção, consolida-ção ou destruição de marcas. Não as menospreze. As ferramentas da publicidade, da promoção de vendas, do marketing de relacionamento, das mídias digi-tais, dentre tantas outras, estão aí

para alavancar seus negó-cios. Profissionalize e ca-pacite todos dentro dele. Prepare-se para crescer! Esteja pronto para cres-cer! Em tempos de clien-te consciente, é preciso

ser uma empresa sustentável, sem limitar-se ao ecologicamente corre-to. Lembre-se do economicamente viável, socialmente justo e cultural-mente diverso.

“Ele gosta de ser seu cliente. Ele

foi flechado pelo seu cupido.”

“Em tempos de cliente

consciente, é preciso ser uma empresa sustentável.”

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www.nrespostas.com.br14 NRespostas

Podemos ver constantemente executivos bra-sileiros assumindo posições de liderança nas mais diversas áreas de negócios pelo mundo. Isso reforça a tradição de que somos, acima de tudo, flexíveis e de fácil adaptação ao ambien-te de negócio local.

Para multiplicar executivos de sucesso e forjar novos executivos qualificados no mercado, faltam-nos algumas tra-dições culturais presentes em outras nações, como contribuir para a forma-ção de novos profissionais. Tratando a exceção como foco, o ex-ministro Del-fin Neto vai doar o seu acervo literário de mais de 250.000 exemplares para a instituição educacional da qual fez par-te, um exemplo a ser seguido, mas que não reflete a realidade de nossas insti-tuições e de nossos executivos.

É comum que as business schools do mundo recebam doações de ex-alunos que se rever-tem em bolsas de estudo para milhares de jovens executivos que não poderiam pagar pelos MBAs, e em pesquisas variadas, que ge-ram para o doador abatimentos fiscais. Para exemplificar, a Wharton, escola de negócios da Pensilvânia, realiza a campanha mais am-biciosa da sua história e espera arrecadar até junho de 2012, algo em torno de U$ 3,5 bi-lhões em doações de ex-alunos.Nossos investimentos em pesquisa continuam muito abaixo do necessário. A participação e o envolvimento de profissionais de sucesso, aliados à gratidão e à influência das institui-ções de ensino, podem e devem ser incenti-vados como possíveis motores para alavan-car nossas pesquisas. Alardear que estamos sofrendo com a baixa capacidade de mão de

Executivos de sucesso

“para multiplicar executivos

de sucesso e forjar novos

executivos qualificados no mercado,

faltam-nos algumas

tradições culturais

presentes em outras nações.”

É possível multiplicar o sucesso profissional?

Responde:

Rino NeubarthDiretorUniversa Escola de gestão

?

!

Pergunta:Monique Cunha

Arquiteta

Educ

ação

Exe

cutiv

a

devem aprendera lição do DOAR

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15NRespostasjunho\ julho 2011

obra e com a falta de profissionais qualificados reflete não só as falhas de nosso sistema educa-cional em todos os níveis, como o nosso desin-teresse em fomentar e até buscar informações do grau de pesquisa desenvolvida em nossas instituições de ensino. Temos muitos talentos e ótimas ideias, porém, só isso não basta. Devemos ter investimento contínuo, direcionado, e não podemos achar que o governo deve ser o único a fomentar a educação e o desenvolvimento sem assumir a nossa parcela de participação e res-ponsabilida-de.

Pequenas atitudes farão muita dife-rença no futuro dos jovens que pre-cisam de formação qualificada, fruto de pesquisas de todos os níveis que refletirão positivamente para o fu-turo do nosso país. Apoiando nossas instituições, como as escolas de ne-

gócio que atuam com um modelo de ensino inovador e

destacam-se ao ponto de obter reconhecimento nos principais rankings

mundiais, estamos geran-do a energia certa para um

futuro com mais informação e desenvolvimento para todos.

Rino Neubarth é diretor da Universa Escola de gestão.www.universa.org.br

“Devemos ter investimento contínuo, direcionado, e não podemos achar que o governo deve ser o único a fomentar a educação.”

É possível multiplicar o sucesso profissional?

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Page 16: N Respostas 16 - junho/julho 2011

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Por empowerment, podemos entender, de maneira simpli-ficada, a delegação de poder aos nossos colaboradores. Com esta atitude, a empresa

descentraliza suas decisões e estabelece um estilo de gestão extremamente mais participativa, dando maior autonomia a seus colaboradores. As vantagens são maior motivação, maior satisfação das pes-

soas, maior agilidade e flexibili-dade, portanto, maior potencial de competitividade.A prática do empowerment é fundamental para libertar a em-presa do vício da centralização que a torna lenta e burocrática!Empowerment corresponde a uma relação que envolve poder e responsabilidade como duas

faces de uma mesma moeda. Para desen-volvê-lo não basta transferir verbalmente poder às pessoas; elas precisam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o que chamamos de “ownership”, ou seja, agirem como intraempreendedores e como se fos-sem “proprietárias” do negócio, pensando como empresários. Para isso, é necessário:

1.Um profundo compartilhamento das informações com todos os envolvidos. A informação é o objeto que destrói a incer-teza. Ela é fundamental para a correta to-mada de decisões.

2.A abertura para uma real autonomia, dando às pessoas não somente as informa-ções, mas o apoio e a liberdade necessários para agirem. É preciso confiar nestes pro-

Responde:

Carlos Hilsdorfwww.carloshilsdorf.com.br

?

!

Pergunta:Wellington Silva

Administrador de Empresas

“As vantagens são maior motivação, maior satisfação

das pessoas, maior agilidade e flexibilidade,

portanto, maior potencial de

competitividade.”

simpatizo bastante com o tipo de gestão que possibilita a participação ativa dos colaboradores nas tomadas de decisão da empresa. o empowerment realmente funciona?

torne seus colaboradorescoautores do seu sucesso

Empowerment:

Recu

rsos

Hum

anos

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17NRespostasjunho\ julho 2011

fissionais e incentivá-los a liderar os processos em que estão envolvidos, e sob os quais assumiram responsabilidades. Uma cultura punitiva impede a autonomia; erros devem ser corrigidos, não pu-nidos.

3.A redução dos níveis hierárquicos e da burocra-cia que tornam as empresas lentas e rígidas. A prá-tica de empowerment aumenta exponencialmente as condições para que todos possam atingir alta performance e buscar continuamente a excelên-cia.

Esta prática desperta o que há de melhor nas pes-soas e estimula o aparecimento e a formação de novos líderes. Na ausência de empowerment,

o comprometimento nunca será máximo, as equipes jamais atingi-rão alta performance e a liderança jamais será efetiva.Em muitas empresas, a implantação do empo-werment é prejudicada por empresários, geren-tes e gestores temerosos de perderem sua impor-tância, status e poder. Isso é uma grave miopia

porque as equipes e líderes continuarão necessi-tando de uma administração competente e atuan-te.A adoção do empowerment demonstra um ama-durecimento da cultura organizacional, indepen-dentemente do tamanho da empresa. Ele favorece a autorrealização das pessoas e é um dos grandes atrativos para reter os melhores talentos, já que estes não desejam trabalhar em empresas nas quais não possam atuar com autonomia e possibilidades de construir uma carreira de sucesso!Empresas que pretendem aprender e agir mais rá-pido que seus concorrentes precisam aprender a delegar autonomia a seus talentos. A centraliza-ção é um risco muito elevado à sustentabilidade dos negócios. Sucesso é um esporte coletivo. Nin-guém quer fazer parte de um time no qual não se

pode jogar, mostrar seu valor e fazer a diferença.Um dos maiores erros em organizações consis-te em tolher a autonomia das pessoas. É preciso acreditar em nossos talentos e deixá-los sentir a motivação e o prazer de ajudarem a construir o sucesso dos negócios. Empresas que delegam au-tonomia a seus colaboradores fazem com que eles se sintam coautores do sucesso, elevam sua auto-estima e, com ela, a lucratividade dos negócios.Mantenha sua empresa aprendendo constante-mente, dedique-se a treinamento e capacitação constantes. O medo de investir nas pessoas ale-gando que elas possam deixar o negócio deve ser superado pela certeza de que se não as capacitarmos e elas continu-arem trabalhando conosco, o custo será incrivelmente maior! Quem não investe em seu negócio e em seus cola-boradores investe na concor-rência...Acredite nas pessoas, invista nas pessoas, elas são o seu ne-gócio, o restante é só cenário!

“Em muitas empresas, a

implantação do empowerment é prejudicada por

empresários, gerentes

e gestores temerosos de perderem sua importância,

status e poder.”“Empresas que delegam autonomia a seus colaboradores fazem com que eles se sintam coautores do sucesso, elevam sua autoestima e, com ela, a lucratividade dos negócios.”

Carlos Hilsdorf é economista, pós-graduado em marketing pela Fgv, consultor e pesquisador do comportamento humano. Considerado um dos melhores palestrantes do brasil na atualidade. palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Admi-nistração (México). Autor do best seller “Atitudes vencedoras”, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero, e do sucesso “51 atitudes es-senciais para vencer na vida e na carreira”. Referência nacional em desen-volvimento humano. www.carloshilsdorf.com.br • TWITTER: www.twitter.com/carloshilsdorf

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www.nrespostas.com.br18 NRespostas

Um belo dia, estava sentado com um velho co-nhecido e ele me contava como era bom e confor-tável pertencer a uma empresa; ele dizia: ela cui-da da gente, tem programas de benefícios muito bons, tem festas de final de ano até com presentes para os filhos, tem cooperativa de crédito, coope-rativa de consumo, assistente social e clube com campeonatos internos e atividades sociais. Enfim, ele se sentia seguro em pertencer a algo que nun-ca o trairia.Bons tempos!!Foi traído!! A empresa foi vendida, depois foi fu-sionada com outras duas, tercerizaram até o clu-be, acredita? O que sobrou? Sobrou ele, com seus sonhos e sua biografia de mono.

Biografia de mono? O que vem a ser?Mono empresa, mono cultu-ra, mono profissão, mono lin-guagem, mono tudo. E o pior: o mundo dos monos deixou de funcionar e começou a ser deixa-do em segundo (terceiro) plano.

Do dia para a noite, viramos para o mundo dos multi onde monos não têm espaço. Mas como virar multi? Foi um ato de coragem, e digo que foi porque já passou, já foi, já era. Eu virei multi, você virou multi por falta de opção, a empresa não lhe aceitou mais e vamos e venhamos nem os amigos porque todos viraram multi. Dias atrás es-tava eu discutindo, do alto de um púlpito em uma escola, num encontro de pais e professores, que a grande maioria da sala era mono, tinha saudades disso e procurava fazer de seus filhos multi. Todos se questionando sobre os caminhos.

Esta transformação silenciosa pegou todo mundo sem exceção, desde a tradicional

carreira é problema seu, até carreira é problema meu mesmo e ninguém

deve se meter com isso. “o mundo

dos monos deixou de

funcionar.”

Descobri!Tudo depende

de mim?!

Além da hierarquiaPe

dro

Man

delli

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19NRespostasjunho\ julho 2011

Aliás, ninguém quer mesmo sa-ber disso: as empre-sas já vêm dizendo

faz tempo que você é quem cuida de suas oportunidades; esteja preparado, oportuni-dades existem e não são poucas; o governo, ah o governo, este não diz nada, mas também não cuida de ninguém de forma decente; só sobrou

você mesmo.Portanto, cuide de seu pa-trimônio pessoal, sua rede de relacionamentos e seu conhecimento diferencia-

do aplicado (verdadeiro capital intelectual) de forma obstinada e passe por cima de tudo que tentar lhe manter um mono por algum tempo. Todo tempo perdido mono vai ser

pago com oportunidades ocupa-das pelos multi!Boa sorte!!

“Esteja preparado,

oportunidades existem e não

são poucas.”

Descobri!Pedro Mandelli, é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro “muito além da hierarquia”.

Leia mais sobre o assunto em:

muito além da hierarquiapedro mandelliEditora gente - 2001

Em um cenário cada vez mais diversificado, o gestor precisa ter em sua equipe pessoas que sejam autônomas. E façam acontecer. para isso, é preciso que cada gestor faça um autodiagnóstico ge-rencial e transforme-se em um profissional além da hierarquia. Esse conceito, criado pelo renomado professor e consultor Pedro Mandelli, vai ajudá-lo a assumir o perfil de um gestor que valoriza as pessoas e os processos de desenvolvimento próprio e de seus subordinados, tendo como objetivo capacitar a equipe para que todos cresçam profissionalmente e entreguem os resultados. Nesta edição, revista e ampliada, além de pontos-chave da gestão de pessoas, como o entendimento da relação líder-liderado e o respeito ao alinhamento de comportamento em um time, o autor aborda, em um novo capítulo, todos os aspectos da criação de um ambiente de alta performance para toda a organização. Com a aplicação desses conceitos, sem dúvida você tem tudo para se tornar um líder muito além da hierarquia.

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www.nrespostas.com.br20 NRespostas

4

5

1

2

3

1. Daniel godri interage com o público de mais de 2 mil pessoas.

2. Coffee break la boulangerie: a qualidade la boulangerie enriquecendo ainda mais os even-tos N produções em brasília.

3. Daniel godri falando sobre a busca da excelên-cia.

4. Carlos Julio fala para o público do top 10 Empre-sarial sobre a magia dos grandes negociadores.

5. Auditório master lotado para assistir ao prof. heinz e Daniel godri.

6. Equipe de promotoras da sisters com os pales-trantes da noite.

7. Carlos Alberto Julio fala sobre o perfil compor-tamental dos clientes.

8. Alexandre Prates fala do profissional do futuro.

9. Equipe da Art line sempre presente nos eventos da N produções.

10. prof. heinz fala sobre motivação no top 10 Empresarial.

N Flashes

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21NRespostasjunho\ julho 2011

76

8 10

9

Renato AlvesMnemonista

“A N Produções tem mostrado, a cada even-

to, que mais do que organização de cursos e palestras, o seu foco

é o conhecimento, a evolução da alma hu-mana e a valorização

dos amigos.”

Andreia AzevedoSisters Promoções e Eventos

“Para meus colaboradores, gera e recicla conhecimento, acompanho a evolução dos

resultados mês a mês. Como apoiadora, utilizamos os eventos para relacionamen-to e novos negócios. Em quase um ano de parceria, conquistamos e fidelizamos seis

novos clientes. O trabalho da N Produções é exemplo de um investimento com foco no

resultado a curto e longo prazo.”

Sandra Jardim da SilvaDir. Administrativa / Financeira

AS SUL Alarmes e Acessórios

“Só tenho a agradecer a toda equipe da N Produções pelo excelente trabalho e profis-sionalismo tanto da revista

quanto dos cursos e palestras que agregam ainda mais valor ao capital intelectual de nossa

empresa.”

o que eles dizem da N produções:

Fotos: telmo ximenes

Foto

: Div

ulga

ção

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www.nrespostas.com.br22 NRespostas

Responde:

Vilmar S. D. [email protected]

?

!

Pergunta:Cejane FaleiroFisioterapeuta

Sust

enta

bilid

ade

O que é sucesso para nós? Que crité-rios usamos para julgar se uma pes-soa é bem ou malsucedida? As na-

ções usam o PIB (produto interno bruto), que mede tudo o que foi comprado e vendido num dado período, então, o que não tiver preço, o que não puder ser objeto de compra e venda, não fará diferença na soma total, logo, ainda que se reconheça valor, não terá importância. Importante é o que tem preço e, por isso, o

PIB é insensível. E no nível pessoal, como medimos o su-cesso? Uma pessoa sem dinheiro, sem posses, que trabalha o dia inteiro, paga aluguel, que vive endividada, cheia de prestações, pode ser considerada uma pessoa de sucesso? Nos critérios atuais, não. E se ela, assim mesmo, for uma pessoa feliz, respeitada e reconhecida em sua comunidade, amada por sua fa-mília, e que desenvolve habilidades cul-turais, artísticas?

Assim, passa a ter valor o que tem preço e pode ser negociado no mercado. O trabalho humano, por exemplo, para produzir coisas, tem preço. Já o trabalho doméstico, para manter a casa e cuidar dos filhos, não tem preço, então não é tão valorizado quanto o trabalho para produzir coisas.A saúde tem valor mas não tem preço. Já a doença tem preço, pois para nos tratar preci-samos comprar remédios, pagar consultas e tratamentos etc.A felicidade tem valor, mas como não tem preço, não é importante como critério para se julgar o sucesso de alguém. Existem até piadi-nhas do tipo: ‘se dinheiro não traz felicidade, doe para mim o seu dinheiro e seja feliz’, e ‘o dinheiro não traz felicidade. Manda buscar.’Uma floresta em pé tem valor, mas só tem preço quando suas árvores são derrubadas e transformadas em tábuas, móveis ou cede o espaço para o plantio de outras espécies com preço. Os serviços que a floresta em pé nos

É possível mensurar sucesso profissional, sem nos limitarmos à análise dos ganhos econômicos?

Meio ambiente, sucesso e felicidade

“o trabalho humano, por

exemplo, para produzir

coisas, tem preço. Já

o trabalho doméstico,

para manter a casa e cuidar

dos filhos, não tem preço.”

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23NRespostasjunho\ julho 2011

oferece gratuitamente tem valor, mas não tem preço, como transformar carbono em oxigênio, fixar o solo e impedir sua erosão ou seu deslizamento, regular o mi-croclima e o regime de chu-vas, permitir que as águas da chuva penetrem nos ma-nanciais podendo abastecer poços e nascentes em vez de irem corren-do para o mar para virar água salga-da. Então, entre ter uma floresta em pé que tem valor e ter uma floresta derrubada que tem preço, não haverá dúvidas, no atual modelo de medição de sucesso, em se derrubar a floresta. Assim, neste modelo, não tem cabi-mento a ideia de abrir mão da explo-ração da natureza, pois seria o mesmo que abrir mão de ter sucesso.E, ainda, o que pode uns pobres ba-gres, micos, cobras e pererecas diante do direito quase sagrado de ser bem su-cedido? Preservação da natureza passa a ser conversa de perdedores, de gente vendida aos interesses econômicos dos estrangeiros que, por sua vez, já se encarregaram de destruir toda a sua natureza e por isso mesmo são admirados pela riqueza que conseguiram! Ao exigirem que países pobres e em desenvolvimento não destruam suas naturezas, estão pretendendo condenar esses povos a serem eternos fracassados, e têm contado com os ambientalistas desses países como seus porta-vozes!!Uma natureza arrasada é indicadora de que ali tem gente trabalhadora e de sucesso! Logo, não tem ca-bimento estabelecer limites para este sucesso impe-dindo que pessoas tão trabalhadoras e nacionalistas deixem de avançar mais e mais sobre a natureza!!As pessoas sentem-se autorizadas a irem além da des-

truição ambiental para atender suas necessida-des de consumo. Que-rem é mais! Querem poder acumular o que mais for possível, para atender outras necessi-dades, a de reconheci-mento social e poder. Passam a consumir os

recursos do planeta não porque precisam, mas porque

querem, podem, merecem!O resultado disso é que nem bem conseguimos suprir as necessidades básicas de bilhões de seres humanos que passam fome e cuja sobrevivência a cada dia é um milagre, e já estamos avançando além da capacidade de rege-neração da natureza em cerca de 30%.Precisamos urgentemente de um ou-tro indicador de medição de sucesso, que valorize o ganho econômico, mas que também valorize a saúde, a paz de espírito, a qualidade de vida, o tempo de vida dedicado ao domínio de uma arte, à cultura, ao lazer, ao turismo, ao trabalho voluntário pelo bem comum.

Se o critério de sucesso continuar sendo o econômi-co, não só a natureza terá de ceder mais e mais como as pessoas terão de dedicar cada vez mais horas do seu tempo ao trabalho para produzirem coisas que comprarão depois endividando-se em prestações a perder de vista, e a sociedade nunca terá tido tantas pessoas infelizes, frustradas, entediadas.Será isso mesmo que queremos para nossas vidas e para as vidas de nossos filhos e netos?

Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundador da Rede brasileira de informação Ambiental – REbiA e é vencedor dos prêmios global 500 da ONU para o Meio Ambiente (1999) e Prêmio Verde das Américas (2003).

Meio ambiente, “precisamos urgentemente

de outro indicador de medição de sucesso, que

valorize o ganho econômico, mas

que também valorize a

saúde, a paz de espírito, a qualidade de

vida.”

“As pessoas sentem-se

autorizadas a irem além da destruição

ambiental para atender suas

necessidades de consumo.”

Page 24: N Respostas 16 - junho/julho 2011

www.nrespostas.com.br24 NRespostas

Etc

Vintage. A agência paulistana de publi-cidade Moma criou anúncios vintage do Facebook, Twitter e Youtube para pro-mover o evento MaxiMidia, que aconte-

ceu no ano passado, mas tem gente usan-do os pôsteres para decorar o escritório.

Decoração criativa. Seu filho cresceu e não usa mais os joguinhos de tabuleiro que ele tanto gostava? Esvazie o ar-mário e decore o quar-to. Essa pode ser uma boa maneira de guardá--los de recordação!!

Rádio AM/FM. Eles estão de volta! As miniaturas do rádio inspiradas na Era de Ouro da radiodifusão in-ternacional e nacional vão fazer a cabeça dos amantes e admiradores do design que marcou época.

Luvas. Para aque-les que não conse-guem se desconec-tar da “net” nem por um minuto, luvas de forno em formato de cursor de com-putador.

por Renata Araújo[Entretenimento, trabalho, casa]

Page 25: N Respostas 16 - junho/julho 2011

25NRespostasjunho\ julho 2011

A Arte de delegAr, MensurAr e AcoMpAnhAr tArefAs de forMA eficAz

15 de julho

dAs 8h30 às 18h

Muito MAis do

que gerentes,

soMos líderes

29 de julho

dAs 8h30

às 18hAtendiMento deexcelênciA12 de AgostodAs 8h30 às 18h

SCLN 111 Bloco D Sala 201 Ed. MontrealAsa Norte - Brasília - DF

(61) 3039-5230

E-mail: [email protected] Twitter: @romancinitdwww.romancini.net

e fAçA A diferençA!treine A suA equipe

Page 26: N Respostas 16 - junho/julho 2011

www.nrespostas.com.br26 NRespostas

A pior derrota é aquela de quem não se arris-cou, de quem não se dispôs a inovar, a abrir novos horizontes.Continuar fazendo o que sempre se fez é o caminho certo para uma vida de frustrações. Viver repetindo soluções do passado é uma

estranha forma de destruir a sua vida. A vida fica sem encanto quando as pessoas continuam a fazer o que sempre fizeram pelo simples fato de que foi desse jeito que aprenderam. Se você sempre encontrou o que quer num mesmo lugar, se al-guém mudar esse lugar você vai ter muita dificuldade em achar o que procura.

Por isso é importante buscar sempre novos caminhos e novas soluções, novas possibilida-des e alternativas.Mas, será que você ainda continua repetindo a sua vida dia após dia, quer dizer, vivendo cada dia como um videotape dos anteriores?Talvez no passado, em momentos de abando-no, você tenha decidido não esperar nada de ninguém. Mas agora, rodeado de tanta gente que o ama, bem que poderia buscar o afeto dessas pessoas. Talvez você tenha se apaixonado e se frustra-do dolorosamente e, então, criou a convicção de que as pessoas não prestam. Mas agora bem que poderia dar uma chance para aqueles que gostariam muito de caminhar ao seu lado. Talvez, por ter pais autoritários, sua opção tenha sido agir como se não fosse capaz de de-

“A vida fica sem encanto quando

as pessoas continuam a fazer o que

sempre fizeram pelo simples

fato de que foi desse jeito que aprenderam.”

Construa sua própria

estrada“Seja na sua vida profissional ou no seu dia a dia pessoal, fazer sempre o mesmo é arriscar-se a chegar a lugar nenhum.”

Dicas de campeãoRo

bert

o Sh

inya

shik

i

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27NRespostasjunho\ julho 2011

cidir nada sobre sua vida. Mas agora, com sua inteligência e seu conhecimento, bem que poderia confiar mais em sua capacidade de tomar deci-sões. Talvez você tenha sido de-mitido de uma empresa por um erro banal e viva sempre com medo de errar de novo e perder o emprego. Mas ago-ra que você tem mais experiência profissional, bem que poderia arriscar um pouco mais e se destacar em seu departamento.A pergunta que fica é: será que você está disposto a fazer diferente? As pessoas têm o péssimo hábito de procurar jus-tificar suas ações, ou a falta delas. Dessa maneira, explicar o motivo por que a vida não dá certo se torna mais importante do que tentar ser feliz. É o caso, por exemplo, de algumas mulheres so-litárias que, em vez de buscar as razões do insu-cesso de seus relacionamentos, acham mais fácil explicar que desistiram de amar porque os ho-mens não querem compromisso. Ou ainda, o caso do homem estressado que não conhece a paz de espírito e começa a elaborar ótimas explicações para justificar seu estilo de vida neurótico, sem ao menos perceber que ne-nhuma dessas explicações lhe trará a paz de que tanto precisa.

As pessoas que buscam justificar a infelicidade em que vivem, ou a sua falta de sucesso, não encontram forças para mudar de rumo, não procuram ajuda, não vão atrás de soluções

para seus problemas.Agora responda com muito carinho: para você, é mais importante ser feliz ou ter uma boa expli-cação para a sua infelicidade? É mais importante ter sucesso ou ter justificativas para os seus fra-cassos? Será que você continua escravo do passado? Será

que con-tinua fazen-do sempre igual e repetindo os mesmos erros de antes?É importante se habituar a buscar novas formas de agir, em vez de investir tempo e energia em lamentações e explicações de sua infelicidade. Agora, se você ainda prefere o sofrimento co-nhecido à possibilidade da plenitude desconhe-cida, só posso lhe dizer uma coisa: acorde para a vida e vá ser feliz. Acorde para a vida e vá ter o sucesso que você merece!

Um grande abraço,

Roberto Shinyashiki

“para você, é mais

importante ser feliz ou

ter uma boa explicação para a sua

infelicidade?”

“Acorde para a vida e vá ter o sucesso que

você merece!.”

Construa

Roberto Shinyashiki é doutor em Administração de Empresas pela Faculda-de de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de são paulo (FEA/USP). www.shinyashiki.com.br

Leia mais sobre o assunto em:

tudo ou NadaRoberto shinyashikiEditora gente

será que nossos desejos mais ousados são realmente impossí-veis de alcançar?você tem certeza de que já tentou todos os caminhos para sua realização? Qual foi a última vez que você se permitiu tomar as rédeas da sua vida? Nas páginas deste livro, você vai aprender a identificar os momentos em que é ne-cessário realizar uma ruptura na sua maneira de pensar e agir. momentos decisivos de escolhas que afetarão sua vida para sempre, sem volta. momentos cruciais que trazem a chance de construir de verdade sua própria história. Na realização de suas metas ou na tomada de difíceis decisões, o caminho que você escolhe determinará quem é e onde quer chegar. baseado em um acontecimento real de sua vida, Roberto shinyashiki mostra que, num fato cotidiano que poderia passar despercebido, podemos entender como é importante tomar as decisões corretas. para ele, há momentos em que precisamos realizar uma ruptura na nossa maneira de pensar e agir, do contrário, corremos o risco de perder as oportunidades da vida.

Page 28: N Respostas 16 - junho/julho 2011

www.nrespostas.com.br28 NRespostas

Eco por Renata Araújo[notícias]

Os 12 princípiosdo consumo

conscienteO Instituto Akatu, procurando orientar consumidores, publicou uma cartilha contendo os 12 princípios do consumo consciente. Veja abaixo:

1. Planeje suas compras. Compre menos e melhor;

2. Avalie os impactos de seu consumo no meio ambiente e na sociedade;

3. Consuma só o necessário. Reflita sobre suas reais necessi-dades e tente viver com menos;

4. Reutilize produtos. Não compre ou-tra vez o que você pode consertar e transformar;

5. Separe seu lixo. Reciclar ajuda a economizar recursos natu-rais e a gerar empregos;

6. Use crédito com responsa-bilidade. Pense bem se você poderá pagar as prestações;

7. Informe-se e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas;

8. Não compre produtos piratas. Assim você con-tribui para gerar empre-gos e combater o crime organizado;

9. Contribua para a melho-ria dos produtos e serviços. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas;

10. Divulgue o consumo consciente. Levante essa bandeira para amigos e fa-miliares;

11. Cobre dos políti-cos. Exija ações que

viabilizem a prática do consumo consciente;

12. Reflita sobre seus valores. Ava-lie os princípios que guiam suas es-colhas e hábitos de consumo.

(Fonte: Instituto Akatu)

Page 29: N Respostas 16 - junho/julho 2011

amplia rede de relacionamentosCafé & Contatos

N Atividades

dos empresários de brasília

projeto

por bernardo brandão / fotos: Rômulo Delalíbera

A receita é simples e está fazendo grande sucesso entre os executivos do DF. A N Produções convida 40 empresários das mais variadas áreas para café da manhã, a partir das 8h, no restaurante Oliver. Todos entregam 40 cartões para a organização e se apresen-tam ao microfone.Por duas horas, um palestrante de renome nacional é a atração principal: se senta ao centro de uma roda e responde perguntas à queima-roupa, falando de suas experiências profissionais e cases bem-sucedidos.Ao final, todos recebem um conjunto de cartões de visita com contatos de todos os presentes e ficam li-berados para conversar entre si, inclusive com o pa-lestrante, e iniciar negociações.

O evento do mês de abril ocorreu no dia 29, que teve como convidado o empresário e consultor Carlos Jú-lio, ex-presidente de empresas como Tecnisa, HSM Managment e Polaroid. Ele falou das tendências do mercado imobiliário brasileiro e do cenário econômi-co internacional.A quarta edição de 2011 recebeu diretores de recur-sos humanos, no dia 26 de maio, para ouvir José Ri-cardo Amaro, diretor de Recursos Humanos e Ges-tão de Talentos do Grupo ABC, o 19º maior grupo de comunicação do mundo, segundo ranking divul-gado pela revista americana Advertising Age. Entre as agências de publicidade integrantes do grupo estão DM9DDB, Africa, MPM e Loducca.

ieda maria silva, diretora executiva da ticket, José Ricardo Amaro e Adolfo

Diniz, diretor executivo da Ctis

Espaço para perguntas e respostas no Café & Contatos com José Ricardo Amaro

José Ricardo Amaro, diretor de Rh e gestão de talentos do

grupo AbC de Comunicação

Carlos Júlio

Carlos Júlio fala sobre gestão empresarial no Café & Contatos

marcos tadeu siqueira, assessor da presidência da CNi, faz pergunta

para Carlos Júlio

Page 30: N Respostas 16 - junho/julho 2011

www.nrespostas.com.br30 NRespostas

Ah, a vida boa! A vida não é boa porque temos di-nheiro, bens e conseguimos coisas. É boa porque fazemos o que é certo, amamos os que conhecemos e os que nunca vimos, respeitamos nossos parcei-ros, reconhecemos o valor dos velhos e a possibi-

lidade inesgotável de futuro nas crianças.Ah, a vida justa! A vida não é justa porque o Estado prende e pune os criminosos, mas porque cada cidadão comum faz o que deve ser feito. Não arranca flores dos jardins públicos; não joga papel no chão; não desrespei-ta as boas regras de conduta, diz bom dia, obrigado, por favor e com licença; não para sobre a faixa

de pedestres; não avança o sinal vermelho nem do tráfego, nem da delicadeza tão em falta nos dias de hoje.Ah, a vida saudável! A vida não é saudável apenas porque praticamos exercícios físicos, mas, sobretudo, porque queremos bem a tudo e a todos e sabemos que a vida só é

possível quando numa comunidade todos respei-tam as diferenças e as potencialidades de cada um. É saudável pelo anseio de cada um de nós em que-rer o melhor para si, sem desejar ou fazer o pior para os outros. Sozinhos nós vamos mais rápido, mas bem acompanhados vamos mais longe e é essa a missão da vida.Ah, a vida com liderança! Liderar não quer dizer

dar ordens inúteis a mortos-vivos, nem ocupar posições de chefia em corpora-

ções grandes ou pequenas. Exer-cer a verdadeira liderança na

vida é servir de exemplo aos que estão ao nos-so redor. É ser bom

para inspirar bondade, ser justo para provocar

justiça, ser paciente para gerar a paz e o entendi-

mento, ser responsável para tranquilizar as pessoas que se relacionam conosco, para

que todos tenham certeza de que o que precisa ser feito será feito da melhor maneira que sabemos.

Responde:

Nailor Marques Jr.www.nailor.com.br

?

!

Pergunta:Marcos de Araujo

Estudante de Engenharia mecatrônica

Estou na universidade e vou começar um estágio. Como devo me posicionar fren-te à vida profissional?

A vida como ela

Com

port

amen

to

deveria ser

“Exercer a verdadeira

liderança na vida é servir de exemplo aos que

estão ao nosso

redor.”

Page 31: N Respostas 16 - junho/julho 2011

31NRespostasjunho\ julho 2011

Ah, a vida com esperança! Ter esperança não é simples-mente desejar que as coisas aconteçam e ficar em casa dormindo aguardando acontecer. A esperança é um lu-gar escondido no coração de cada um de nós, lugar que precisa ser descoberto e alcançado. A esperança precisa ser praticada. O desejo não é nada sem as ações que o concretizam. Que todos nós possamos ter um sonho no coração e a disposição diária de trabalhar por ele da for-ma mais honesta possível.Ah, a vida com compromisso! Ter compromissos não quer dizer possuir uma agenda cheia, nem fingir que so-mos indispensáveis. Compromissar-se quer dizer acen-

der a qualidade da vida nas menores ações que praticamos. É não deixar que nos esperem, é trabalhar para que amigos, parentes, parceiros, clien-tes recebam aquilo que prometemos entregar. Ter compromisso é educar cada célula do nosso corpo para ações na direção certa, é pensar que todos os dias temos um transplante de cora-ção para fazer e se não fizermos tudo

no tempo e do jeito certo, nos-so paciente não sobreviverá.Ah, a vida com atitude! Ter atitude não é sair fazendo qualquer coisa o tempo todo para parecermos ocupados e importantes. É, antes de tudo, fazer as coisas que precisam ser feitas, no momento e na direção em que precisam ser feitas. Não é apenas ter a faca e o queijo na mão, mas é preciso ter a fome da boa conduta.Ah, a vida com beleza! A beleza não está na maquiagem, na cirurgia plástica, no vestido novo, na joia cara. A be-leza está nos pequenos gestos que têm a sua origem no coração, está na simplicidade do nascer do Sol que é de graça e está disponível para ricos e pobres, ainda que não demos a ele o seu valor vital, está na capacidade de cada um de descobrir o amor. E, acima de tudo, de saber que o amor não tem nação, ele é só uma criança levada que se esconde em qualquer coração.

Nailor Marques Jr, é professor, palestrante, coaching, autor, entre outros, de “su-cesso com inteligência” e “liderar e vender”. www.nailor.com.br

“Que todos nós possamos ter um sonho no coração e a disposição

diária de trabalhar por ele da forma

mais honesta possível.”

“ter compromisso é educar cada célula do nosso corpo para ações na direção certa.”

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A cantora Adriana Calcanhoto interpreta uma linda composição de Edu Lobo e Chico Buarque chamada “Ciranda da bailarina”. Você já ouviu essa canção? Depois de ouvir a música inúme-ras vezes, passei a refletir no quanto as pessoas são diferentes e algumas abandonam a ação de confiar em si. Negam tentar algo novo, porque o medo de falhar estará refletindo em fracasso. Nos tópicos a seguir, observe como não desistir de acreditar em você. Perceba que são poucas as coisas que se aprende na vida, sem que se erre pelo menos uma vez.Superar a zona de conforto – Quando uma pes-

soa não quer fazer uma atividade, qualquer desculpa serve. O deta-lhe é que as repetitivas justificativas têm um modo estranho de se trans-formar em realidade. São pessoas que observam seu reflexo no espe-lho logo cedo e, ao contrário de um sorriso feliz, em comemorar mais

um dia saudável de vida, despejam uma tormenta de energia negativa com reclamações, desavenças e descontentamentos. O que seria de uma bailarina se as dores musculares justificassem parar de dançar? Superar a zona de conforto é uma importante ação para compreender a diferença entre falhar e ser um fracasso. Admita que talvez você não tenha feito o melhor possível e, para sentir o gos-tinho de uma vitória, será necessário aplicar um esforço a mais.Alterar o estereótipo de perfeição – Há, no siste-ma nervoso humano, uma substância conhecida como Neuropeptídeo (NPY), que faz a comu-nicação entre os neurônios e afetam a maneira como observamos as reações ao nosso redor. Quanto menor a quantidade da substância NPY, mais pessimista se torna o ser humano. A bailari-na na canção é um estereótipo de perfeição, sem

Responde:

Dalmir Sant’Annawww.dalmir.com.br

?

!

Pergunta:Paula Cavalcante

Administradora de Empresas

preciso aprender a conviver melhor com os erros, tanto os meus como os dos outros... o que devo fazer?

de acreditar?Por que desistir

“o que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida.”

“superar a zona de conforto é

uma importante ação para

compreender a diferença entre falhar e ser um

fracasso.”

Mot

ivaç

ão

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problemas, dores, tristezas e cicatrizes no coração. Mas quem não os tem? Na vida, algumas pessoas aprendem a mudar pela dor e outras por amor. Não se negue a oportunidade de compreender suas fra-quezas e procure perceber: o que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida.Não deixe a cortina do palco da vida fechar – A capacidade de acreditar é abalada com expressões do tipo: “Você não vai conseguir! Outras pessoas já tentaram e não conseguiram! Desista, isso não vai dar certo!” Há obstáculos que depois de superados tornam-se verdadeiras lições de aprendizagem e es-tímulos que influenciam nosso comportamento, a maneira de viver e contribuem para uma nova di-reção. O momento mágico da bailarina é quando a cortina do palco abre e ela demonstra toda com-petência, brilho e encanto. Não permita cair em armadilhas geradas pelo pessimismo e mau humor. Não deixe a cortina do palco da sua vida ser fechada para as oportunidades que estão à sua volta. Nin-guém, mais do que você, possui a capacidade en-cantadora de mudar.

A letra da música “Ciranda da bailarina” diz: “Sala sem mobí-lia, goteira na vasilha, proble-ma na família, quem não tem, procurando bem, todo mundo tem”. Incertezas, receios, adver-sidades e desconfianças fazem parte do ser humano. O interes-sante é perceber que algumas pessoas direcionam seus olhares para os erros, outros para a possibilida-de de melhorar continuamente. Não permita que as pessoas à sua volta tenham a capacidade de destruir sua autoestima e paralisar sua vontade de acreditar na força de superação. Você pode e merece ser feliz. Lembre-se que, na vida, não há aviso prévio como no ambiente profissional e o momento de acreditar mais em você não é amanhã, mas já!

Dalmir Sant’Anna é palestrante comportamental, mestrando em Admi-nistração de Empresas, pós-graduado em gestão de pessoas, bacharel em Comunicação Social e mágico profissional. Autor do livro “Menos pode ser mais” e do DvD com o tema “Comprometimento como fator de dife-renciação”. visite o site: www.dalmir.com.br

“Algumas pessoas direcionam seus olhares para os erros, outros para a possibilidade de melhorar continuamente.”

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Pergunte ao coachH

omer

o Re

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O tempo passa e as gerações também. Isso me en-canta, além de despertar minha curiosidade sobre como as mudanças geracionais ocorrem. Atual-mente, se diz que o ambiente corporativo é com-posto por quatro gerações distintas. Primeiramente, há a geração TRADICIONAL (até 1945). É a geração que enfrentou a Segunda Guerra Mundial, passou pela Grande Depressão e viu os países atrasados serem forçados a recons-truir o mundo numa desesperada luta pela sobre-vivência. Tal geração é caracterizada pela pratici-dade. Seus membros permanecem muito tempo na mesma empresa, são dedicados, gostam de hierarquias, sacrificam-se para alcançar seus obje-tivos e valorizam a estabilidade. Em sequência apareceu a geração BABY-BOO-MERS (1946 a 1964). Os Baby-Boomers são os

filhos do pós-guerra. Romperam pa-drões e lutaram pela paz. Construíram novas bases relacionais e novas formas sociais. Não conheceram o mundo destruído, nem a escassez extrema. Mais otimistas, puderam pensar em valores pessoais e na boa educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os superiores, são

focados e preferem agir em consenso com os outros.

Na sucessão da geração Baby Boomers vem a GE-RAÇÃO X (1965 a 1977), também conhecida como “os filhos dos hippies”. Nesse período, as condições materiais do planeta permitiram pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação puderam tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, mas tam-bém se tornaram céticos e superprotetores.As empresas necessitam muito dos profissionais da Geração X – pessoas de trinta a quarenta anos de idade – que devem exercer cargos de liderança nas corporações nas próximas duas décadas. Essa geração é o grupo mais conservador da força de trabalho. Na vida pessoal, não é particularmente fã de regras, mas acha que, no trabalho, elas de-vem ser cumpridas – e se ressentem quando ou-tros não fazem o mesmo. A partir de 1978, surge a GERAÇÃO Y. Com o mundo relativamente estável, cresceram em uma década de

As novas gerações

Envie sua pergunta para o coach Homero Reis. Participe pelo e-mail: [email protected]

Qual a melhor maneira de liderar pessoas de idades e talentos diferentes para que trabalhem em prol dos mesmos objetivos?

“Atualmente, se diz que

o ambiente corporativo é composto por

quatro gerações distintas.”

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valorização intensa da infância, com internet, com-putador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades que não fazem sentido em longo prazo. Sa-bem trabalhar em rede, lidam com autoridades como se elas fossem colegas de turma e são multitarefa.Vivemos um momento histórico único, no qual as qua-tro (talvez cinco) gerações (Tradicionais, Baby-Boo-mers, X, Y e “Z”) convivem juntas nas organizações. O fato é que, independentemente da idade, pessoas mais jovens têm chefiado pessoas mais velhas e vice--versa, lembrando que aspectos como cultura, aspira-ções e modelos mentais seguem em sentidos diferen-tes. Cada geração possui suas características, muitas vezes influenciadas por acontecimentos mundiais ou locais que marcaram suas vidas. As gerações mais experientes possuem conhecimento, e as mais novas, o instrumental, como o uso da tec-nologia para ganho de competitividade. Muitas vezes, gerações multifuncionais, como a Y, têm facilidade com as novas tecnologias e, com isso, lidam com a in-formação de forma mais ágil. Buscar o equilíbrio em

prol de um foco comum é o gran-de diferencial. A liderança efetiva deve ser capaz de criar sentido para que as pessoas possam se en-gajar no trabalho. É preciso com-preender toda essa mistura como forma de construir efetividade. In-tervenções mais assertivas a fim de garantir um futuro melhor arqui-tetado a partir do que cada geração tem de melhor é a estratégia mais adequada. Respeito, tolerância e transparência nas relações são o caminho das pedras na sustentabilidade corporativa.

Reflitam em paz!

Homero Reis

Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da international Coaching Federation. www.homeroreis.com

“Cada geração possui suas características, muitas vezes influenciadas por acontecimentos mundiais ou locais que marcaram suas vidas.”

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www.nrespostas.com.br36 NRespostas

Responde:

Roberto MeloJornalista

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!

Pergunta:Marcelo Aranha

Empresário

No mundo de hoje, quem está fora da internet simplesmente não existe. Isso vale para qualquer ramo de negócio e para empresas de todos os ta-manhos. Na verdade, vale até para profissionais liberais e outros especialistas que ganham como autônomos. Mas, como começar? Aqui vão três passos essenciais para quem quer inserir seu negó-cio no mundo digital.

Primeiro passo: faça um site vendedorNa web, não existe mais diferença entre informar, fazer propaganda e vender. Um site é um bom site quando realiza essas três funções com competên-cia. Afinal, o momento em que o seu cliente vi-sita seu site deve ser encarado como uma grande oportunidade. Por isso, o site deve ser simples na navegação e deve sempre conduzir o internauta para uma página onde ele possa fazer um pedido.

Isso pode ser feito de uma forma mais elegante ou mais direta, de-pendendo do “estilo” da sua co-municação. O que não pode é dei-xar de haver essa página de venda.

Portanto, na hora de contratar uma empresa para fazer seu site, veja em seu portfólio se há sites real-mente vendedores. Se forem apenas bonitos, pro-cure outro fornecedor.

Segundo passo: divulgue seu siteAs duas principais formas de divulgar seu site para seus clientes são as newsletters e as redes sociais. As newsletters, enviadas por email para seus con-tatos, devem conter notícias ou informações real-mente relevantes para os clientes. Os mecanismos antispam estão cada vez mais rigorosos. Se sua comu-nicação é só de venda, aumentam as chances de sua mensagem ser enviada para a lixeira antes mes-mo de alguém abri-la. O mais importante é evitar comprar listas de email de origem duvi-dosa. O melhor lugar para obter emails é no seu site, pois aí você tem certeza de que são pessoas realmente interessadas no ser-

tenho uma pequena empresa de prestação de serviços. gostaria de saber como utilizar as mídias digitais para alavancar meu negócio. por onde devo começar?

Três passospara entrar

“No mundo de hoje, quem está fora da internet

simplesmente não existe. ”

Mun

do D

igita

l

no mundo digital

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37NRespostasjunho\ julho 2011

Três passos“Na web, não existe mais

diferença entre informar, fazer propaganda e

vender.”

“Cada vez que você não responde a uma pergunta ou dúvida de um cliente, sua marca é que será retirada da conversa... E da memória de seu cliente!”

viço que você presta.O mesmo vale para as redes sociais: ao atuar no Facebook ou no Twitter, publique informações interessantes. Só assim você vai atrair seguidores de verdade, que potencialmente vão comprar seus serviços. É sempre bom lembrar que a qualidade dos seus contatos vale muito mais do que a quantidade. De que adianta ter milhares de seguidores se nenhum deles comprar seu produto?Além dessa divulgação ativa, é im-portantíssimo que seu site seja cons-truído com o que chamamos SEO (sigla em inglês para Otimização para Mecanismos de Busca). Significa que o webmaster deve usar técnicas que tornem seu site mais visível para o Google e outros

sistemas de busca. Assim, quando alguém procurar pelo serviço que você presta, encontrará com mais facilidade o seu site e a sua marca.

Terceiro passo: converse com seus clientesDiferentemente dos outros meios de comunicação, a web é uma via de duas mãos. Ou seja, sempre que você entra num site, espera que con-siga entrar em contato direto com o dono daquela marca. Por isso, é fun-damental que seu site tenha canais de comunicação abertos. Pode ser um blog no qual os clientes postam

comentários ou um email de “Fale conosco” que realmente funcio-ne. Cada vez que você não responde a uma pergunta ou dúvida de um cliente, sua marca

é que será retirada da conversa... E da me-mória de seu cliente!Não se esqueça de que pessoas gostam de falar com pessoas, não com máquinas. Portanto, seja pessoal ao conversar com os clientes. Isso pode re-presentar um grande diferencial em relação a seus concorrentes.Agora, mãos à obra! Entre no mun-do digital e alavanque seu negócio com as maravilhas da comunicação online.

Roberto Melo é jornalista e consultor em comu-nicação digital em são paulo. Atua na web desde 1996, construindo sites que atingiram mais de um milhão de internautas e que já lhe valeram dois prê-mios ibest, entre outros.

Subst. feminino.1- O que se sente ou pensa.

Ex.:Tenho a impressão de já o ter visto.

2- Efeito produzido.

Ex.:Causar boa ou má impressão.

}

}

3- Ação de imprimir algo.

Ex.: Impressão com qualidade é na

PANFLETO | CARTÃO | CARTAZ | PASTA | TIMBRADO ENVELOPE | BANNER | RECEITUÁRIO | REVISTACERTIFICADO | PORTIFÓLIO | CALENDÁRIO | FOLDER

CRIATIVIDADE, COMPROMISSO, PREÇO E AGILIDADE.

Epimpress: Gráfica do ano em preço, qualidade de serviços e excelência em atendimento.

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FilosofandoM

ario

Ser

gio

Cort

ella

Certa vez, no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista, dei uma palestra sobre Dignidade Humana para a Associação dos Amigos da

Biblioteca Braile. Havia 400 cegos na plateia. Sim, cegos, pois eles não gostam de ser cha-mados de deficientes visuais, como fazia eu no início da fala, até que, em dado momento, um deles, com muita educação, disse que eles não eram deficientes visuais, e sim cegos. Mudei na hora e passei a chamá-los do modo que lhes agradava. Derrubei a barreira e ergui a ponte.Esse, no entanto, estava longe de ser o principal aprendizado do dia. Houve outros, um deles ób-vio mas muito útil: o de que há muitas maneiras de enxergar a mesma coisa. O segundo: como palestrante diante de uma plateia de cegos, eu, sem perceber, estava sendo condescendente. Em vez de acolhê-los, tinha um pouco de pie-dade; um erro crucial, uma vez que os diminuía como pessoas. Eu tomava mais cuidado com a fala, pronunciava de modo mais enfático e pau-

sado, parecia que eu temia que eles não pu-dessem me entender. Mas não eram eles que não sabiam ouvir. Eu é que não sabia falar com eles.Em certo momento, perguntei se eles se lem-bravam de uma cena do filme ET, dirigido por Steven Spielberg (e lançado em 1982), aquela em que o dedo do garoto encontra o dedo do ET, do mesmo modo que o dedo de Deus en-contra o dedo de Adão na pintura que Miche-

langelo fez no teto da Capela Sistina. “Não, professor”, me disse uma das pessoas da plateia, “nós não podemos nos lembrar, pois nunca vimos a cena”. Pedi desculpas e o mesmo homem me disse: “Professor, não peça descul-pas. Explique-nos a cena. Nós não enxergamos mas temos imaginação” – um jeito elegante de dizer “Professor, não vemos mas não somos ton-tos”. Mesmo assim, eu ainda cometia deslizes de lin-guagem. Dizia coisas como “Vejam bem...”. E eles riam. Não um riso nervoso ou encabu-lado, e sim um riso piedoso – com piedade de mim –, como se quisessem dizer “Ah, pobre moço, ah se ele soubesse o que eu sei”.

Enxergar

Mario Sergio Cortella, filósofo e doutor em Educação pela PUC-SP, na qual é professor-titular da Pós-Graduação em Educação (Currículo) e professor-convidado da Fundação Dom Cabral. Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992) e é autor, entre outros livros, de “A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos” (Cortez); “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille (Papirus); “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes); “Não nascemos prontos!” (Vozes); “Sobre a esperança: um diálogo, com Frei Betto” (Pa-pirus), “O que é a pergunta”, com Silmara Casadei (Cortez), entre outros.

Leia mais sobre o assunto em:

o que a vida me ensinou: viver em paz, para morrer em paz! - m. s. Cortellasão paulo: saraiva, 2010.

“Editado pela saraiva e pela versar, “o que a vida me ensinou” é uma coleção diferente, que mistura pequenas biografias com grandes lições de vida. Seu objetivo é revelar as principais experiências, os episó-dios mais marcantes, os maiores desafios, os valores e os princípios que nortearam a vida de profissionais de destaque em suas áreas. Mais do que uma série de livros de memórias ou de orientações, esta é uma coleção de reflexões, inspirações e referências.

Neste volume, sergio Cortella aborda questões como: qual é a sua verdade? Qual é a sua essência? o que permanecerá de você no mundo? se você não existisse, que falta faria? o autor conta suas experiências, seus medos e os obstáculos que teve que percorrer para chegar ao topo.”

de outros modos...

“Não eram eles que

não sabiam ouvir. Eu

é que não sabia

falar!”

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