N.º 33 DEZEMBRO 2014 A0NO - Trevões | Destaques

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PARÓQUIAS DE CASTANHEIRO DO SUL, ESPINHOSA, PEREIRO, TREVÕES E VÁRZEA DE TREVÕES N.º 33 DEZEMBRO 2014 ANO 10 Consulte o Jornal Partilhar ON-LINE em www.trevoes.net EDITORIAL Caros paroquianos e amigos! Escreveu Sophia de Mello B. Andresen: “Fazei Senhor que a Paz seja de todos, dai-nos a Paz que nasce da Verdade, dai-nos a Paz que nasce da Justi- ça, dai-nos a Paz chamada Liberdade, dai-nos Senhor a Paz que Vos pedimos, a Paz sem ven- cedores e sem vencidos.” É esta paz que pedi- mos ao Deus Menino que nasceu e veio até nós. É esta paz que pedi- mos nas nossas vidas, nas nos- sas famílias, nas nossas co- munidades, no mundo. O Natal é um momento onde, a maio- ria das pessoas, se abraçam, se entendem, se cumprimentam e procuram novos sonhos para descobrir a razão de ser feliz de verdade. Deus faz-se presente em cada oração, em cada lar, em cada família, em cada um de nós. É tempo de encontro e de nos encan- tarmos com a presença de Deus. É tempo de paragem, suspender as rotinas e centrarmo-nos nas nossas famílias e nas pessoas que mais amamos. A beleza do Natal toca pro- fundamente o coração de cada um de nós. É sempre comovedor contemplar o Presépio e ver com os nossos próprios olhos, que Deus se torna uma criança para que nos aproximemos d’Ele com confiança, com segurança, com ternura. Faz- -se criança para O podermos amar, acolher nas nossas vidas. Facilita a nossa proximidade. Sem medo, sem temor, sem nenhum tipo de receio somos convidados a beijá- -Lo com carinho e amor. É também tempo de reflexão. Avaliámos a caminhada per- corrida ao lon- go do ano, seja pessoal ou pro- fissionalmente. Expressámos a nossa gratidão, pedimos perdão, fixamos propó- sitos e sonha- mos com um Novo Ano cheio de esperança e confiança em Deus. Que o Novo Ano seja uma oportunidade de assumir propósitos no seu melhor, e mudar o que pode ser mudado, começando, em primeiro lugar, por nós. Mudar a partir da fonte inspiradora que é Deus, que nos ama e nos abraça. Feliz Natal de Fé, de Paz e de Vontade… Feliz Ano Novo de Esperança, de Confiança e de Bênçãos de Deus…É o que mais vos desejo. Pe Amadeu Castro Mais uma vez vamos celebrar o Natal, festa da proximidade de Deus. Sim! Em Jesus, Deus torna- -se próximo de nós. Mais que isso, faz-se um de nós. É Ele o “Deus connosco”, o “Emanuel”. “E o Verbo se fez carne e ha- bitou entre nós” (Jo 1, 14). Deus fez-se criança que não consegue nem sequer falar! A palavra Eterna assume a nossa fragilidade, a nossa pobreza. É estranho pensar que o Senhor da vida, o Criador, se tenha feito criatura. Aquele que tudo pode, torna-se extremamente dependente, a ponto de como tantos no nosso mundo, não serem acolhidos pelos seus semelhantes. No Natal, segundo a cultura consumista, somos ensinados a olhar para o céu esperando um ve- lhinho gordo vir de trenó e descer pelas chaminés para deixar os seus presentes. NATAL: A SIMPLICIDADE DO NOSSO REI (Continua na pág. 3)

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PARÓQUIAS DE CASTANHEIRO DO SUL, ESPINHOSA, PEREIRO, TREVÕES E VÁRZEA DE TREVÕES

N.º 33 DEZEMBRO 2014 ANO 10

Consulte o Jornal Partilhar ON-LINE em www.trevoes.net

ED

ITO

RIA

L Caros paroquianos e amigos!

Escreveu Sophia de Mello B. Andresen: “Fazei Senhor que a Paz seja de todos, dai-nos a Paz que nasce da Verdade, dai-nos a Paz que nasce da Justi-ça, dai-nos a Paz chamada

Liberdade, dai-nos Senhor a Paz que Vos pedimos, a Paz sem ven-cedores e sem vencidos.” É esta paz que pedi-mos ao Deus M e n i n o q u e nasceu e veio até nós. É esta paz que pedi-mos nas nossas vidas, nas nos-sas famílias, nas nossas co-munidades, no mundo.

O Natal é um momento onde, a maio-ria das pessoas, se abraçam, se entendem, se cumprimentam e procuram novos sonhos para descobrir a razão de ser feliz de verdade. Deus faz-se presente em cada oração, em cada lar, em cada família, em cada um de nós. É tempo de encontro e de nos encan-tarmos com a presença de Deus. É tempo de paragem, suspender as rotinas e centrarmo-nos nas nossas famílias e nas pessoas que mais amamos.

A beleza do Natal toca pro-fundamente o coração de cada

um de nós. É sempre comovedor contemplar o Presépio e ver com os nossos próprios olhos, que Deus se torna uma criança para que nos aproximemos d’Ele com confi ança, com segurança, com ternura. Faz--se criança para O podermos amar, acolher nas nossas vidas. Facilita a nossa proximidade. Sem medo, sem temor, sem nenhum tipo de receio somos convidados a beijá--Lo com carinho e amor.

É também tempo de refl exão. Av a l i á m o s a caminhada per-corrida ao lon-go do ano, seja pessoal ou pro-fissionalmente. Expressámos a nossa gratidão, pedimos perdão, fixamos propó-sitos e sonha-mos com um Novo Ano cheio de esperança e confiança em Deus.

Que o Novo Ano seja uma oportunidade de

assumir propósitos no seu melhor, e mudar o que pode ser mudado, começando, em primeiro lugar, por nós. Mudar a partir da fonte inspiradora que é Deus, que nos ama e nos abraça.

Feliz Natal de Fé, de Paz e de Vontade…

Feliz Ano Novo de Esperança, de Confiança e de Bênçãos de Deus…É o que mais vos desejo.

Pe Amadeu Castro

Mais uma vez vamos celebrar o Natal, festa da proximidade de Deus. Sim! Em Jesus, Deus torna--se próximo de nós. Mais que isso, faz-se um de nós. É Ele o “Deus connosco”, o “Emanuel”.

“E o Verbo se fez carne e ha-bitou entre nós” (Jo 1, 14). Deus fez-se criança que não consegue nem sequer falar! A palavra Eterna assume a nossa fragilidade, a nossa pobreza.

É estranho pensar que o Senhor da vida, o Criador, se tenha feito criatura. Aquele que tudo pode, torna-se extremamente dependente, a ponto de como tantos no nosso mundo, não serem acolhidos pelos seus semelhantes.

No Natal, segundo a cultura consumista, somos ensinados a olhar para o céu esperando um ve-lhinho gordo vir de trenó e descer pelas chaminés para deixar os seus presentes.

NATAL: A SIMPLICIDADE DO NOSSO REI

(Continua na pág. 3)

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É da praxe que, ao finalizar De-zembro, se façam contas ao ano transacto. Jornais, rádios e televi-sões fazem as suas selecções dos eventos e das personagens que, no seu entender, mais marcaram os últimos doze meses. Essas sínteses, sobretudo quando incidem sobre os factos mais dramáticos, ressumam um travo amargo sobre o desarranjo do mundo e a nossa impotência para o consertar.

Também no âmbito das nações e das famílias se procura fazer um apanhado das mais marcantes datas do nosso passado colectivo recente, nacional e familiar. Estes factos, em-bora mais prosaicos, como nos são mais próximos, são também os que mais nos tocam, porque acontecidos na nossa terra ou família.

É verdade que a doença da vi-zinha nos afecta mais do que uma tragédia asiática, mas é natural que, não podendo prestar a todos a mesma

Novo Ano, Tempo de corrigiratenção, nos centremos naqueles que, por estarem mais perto, são o nosso próximo mais próximo. Só por seu intermédio se pode chegar, afinal, ao todo universal. Um amor a todos, que o não seja a alguém, não é caridade, mas uma vã utopia filantrópica.

A nível individual, este tempo de final de ano também convida a uma mais profunda reflexão.

Nada se altera, contudo, porque a terminação do ano se modifica: só há verdadeira mudança se houver uma autêntica conversão pessoal. Acreditar que o novo ano é mesmo um ano novo é mera superstição: só a realidade de um novo coração pode renovar a vida e o mundo.

Ninguém pode, sozinho, mudar todo o mundo, mas há algo que todos podemos e devemos mudar: a nossa vida. Se cada um der, agora, esse salto de qualidade, teremos em 2015 famílias mais felizes, um país renovado e um mundo melhor!

Já findou o mês de OutubroMas começou o de NovembroTodos vão ao cemitérioPelos defuntos rezando.

Terreno abençoado Onde tudo vai rezarSeja mais tarde ou mais cedoTodos lá vamos parar.

Este mundo são dois diasO de hoje já vai na contaE quando Deus nos chamarA gente deve estar pronta.

Ou por destino ou por sorteTodos temos que sofrerMas quando o mal é de morteO remédio é morrer.

Vai o corpo para o caixãoA alma para o seu destinoAlguém calca num botãoComeça a tocar o sino.

Depois no sétimo diaVão amigos e compadresRezar por esses defuntosQuem o ganha são os Padres.

Baptismos e casamentosE quem se quiser crismarUm padre na nossa IgrejaNão se pode dispensar.

Trevões tem cá uma IgrejaMonumento nacional Diocese de LamegoTu não tens outra igual.

Podem vir à nossa terraQue tem nome de TrevõesVisitar o nosso larE apreciar brasões.

Trevões é a minha terraFoi aqui que nasceuQuem a quiser visitarNão deixe de apreciarO nosso lindo museu.

O Museu de arte sacraOficina de CulturaTrevões Douro VinhateiroÉs terra de formosura.

Luís Fernandes Carvalho

Trevões

No dia 31 de Outubro, os alunos da turma 11/2 do Centro Escolar de Trevões foram ao Lar de Santa Marinha de Trevões entrevistar os idosos e a senhora diretora.

Os alunos do 4.º ano foram in-vestigar sobre a fundação daquela instituição. Ficaram a saber que nasceu em 2002, que tem cinquenta e oito utentes e que os responsáveis pela sua criação foram os senhores Padres Manuel Leal e Amadeu Castro e o grande empenho do povo de Trevões. Os alunos do 3.º ano entrevistaram os idosos para sabe-rem o seu nome, a sua idade e as suas brincadeiras preferidas quando eram da sua idade. Ficaram a saber que os idosos gostavam de brincar à macaca, aos esconderelhos, ao lencinho, às pedrinhas, cantar e dançar.

Visita ao Lar de Santa Marinha de Trevões

Tirámos fotografias e cantámos com os idosos. Por fim recebemos um lanche e regressamos à escola.

Foi uma tarde muito bem passa-da e sentimos que os idosos gosta-ram da nossa visita.

O nosso último trabalho foi a construção de um cartaz para ofere-cermos aos idosos com as fotos que tirámos.

Autores: Alunos da turma 11/2

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Mas a Sagrada Escritura convi-da-nos a olharmos para a terra. É aí, na pobreza de um estábulo que recebemos um presente maravilho-so que a nenhum outro se iguala. Diz o anjo aos pastores: “Isto vos servirá de sinal. Encontrareis um Menino envolto em panos e deita-do numa manjedoura.” Certamente essa cena pode até “adoçar” o nosso coração mas daí pensar que Deus nasceu ali, daquele jeito?!.

O Natal não tem nada de ma-gia! Tem o cheiro da nossa hu-manidade, tem frio da noite, tem o brilho das estrelas, o calor dos animais, tem a simplicidade dos pastores e também o amor-serviço de Maria e José. E para os cora-ções sensíveis, tem o cantar dos anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz aos homens do Seu agrado.”

Contemplando o presépio, ar-riscamo-nos a dizer que a Festa do Natal é realmente a nossa festa. A encarnação, fala não só da gran-diosidade do amor de Deus, mas também, do quanto somos precio-sos para Ele. Fala-nos da esperança que devemos carregar. Fala-nos, que nunca devemos deixar de va-lorizar a nossa humanidade, por mais que as sombras das nossas fraquezas, obscureçam o nosso valor. Carregamos um tesouro em vasos de barro… E o Senhor pro-cura-nos, justamente, por sermos e carregarmos no coração o tesouro de sermos seus filhos amados, res-gatados pela cruz e atraídos por um Menino deitado nas palhas de uma manjedoura na sua simplicidade, humildade e pobreza.

Se compreendermos tudo isso teremos um Natal diferente e feliz. A exemplo de Jesus sejamos sim-ples, amigos e acolhedores.

Adoremos o Rei da glória! Só Ele é digno de todo o louvor e adoração!

Flávio Sequeira

NATAL: A SIMPLICIDADE DO

NOSSO REI(Continuação da pág. 1)

O último mês do ano litúr-gico, isto é, o mês de novembro, é tradicionalmente conhecido como o mês das Almas. Somos chamados a preparar-nos, sem medo, para o momento derradeiro da nossa vida terrena. A Sagrada Escritura, no se-gundo livro dos Macabeus, capítulo 12, versículo 46, diz-nos: “Santo e piedoso costume é o de orar pelos mortos”. Rezamos, de forma espe-cial, pelos nossos entes queridos e por todos os que já passaram desta realidade terrena, privilegiando ain-da o dia 2, dia de finados, para tais orações. A nossa prece por eles é, na verdade, um hino à vida. A nossa fé ensina-nos que não fomos criados para morrer, mas para viver.

Assim, o que nos move ao rezar pelos mortos é a certeza de que ressuscitaremos. Somos impulsiona-dos pela plena convicção de que os nossos mortos não estão aniquila-dos, mas estão a caminho de Deus, na santa purificação do purgatório. Também estamos certos de que muitos já se encontram na Casa definitiva do Pai, uma vez que Je-sus disse a um dos ladrões, no alto do Calvário: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43). Como ele, muitos outros, pela misericórdia

Novembro: Mês das Almas

divina, se encontram lá e nós os chamamos santos, pois já estão na posse perfeita de Deus, imersos na Sua santidade, único e verdadeiro Santo.

Celebramos a Eucaristia nos nossos cemitérios, pois são lugares santos, onde depositamos respeitosa-mente os corpos dos nossos irmãos falecidos, santificados pela água ba-tismal. São espaços simbólicos, nos quais elevamos as nossas preces em favor dos que já partiram, celebran-do a vitória da vida sobre a morte, repetindo o que nos diz a primeira carta aos Coríntios: “Onde está ó morte a tua vitória?”. A Eucaristia é fonte de vida, pois proclama a res-surreição de Cristo, enquanto espera-mos a sua vinda. Também repetimos com toda a Igreja: “O Senhor, de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos”.

A ocasião do mês de novembro seja para nós um canto à liturgia da vida. Somos obra do Criador. Se passamos pela escuridão da morte, vamos para a claridade infinita da ressurreição, ao abraço definitivo com Deus que nos criou para viver e não para morrer.

Flávio Sequeira

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Á porta do Senhor PadreEstá um bonito canteiroCom as rosas em botão Que as rega o jardineiro.

Se vier ao nosso LarEntre à nossa capelinhaVá visitar o altar Da virgem Santa Marinha.

A capela é pequenaMas nela vou rezar euUma missa por semanaQue reza o Padre Amadeu.

Trevões tem vários brasõesMas um é mais importanteAgora tem escadario Sobe e desce toda a gente.

Foi feito de pedra pretaPara subir qualquer pessoaTem pedreira importanteVila Nova de Foz Côa.

Os de carrinho de rodasEsses não podem lá irFicam dentro deste lar Vêem-nos a nós subir

Já lá estive na pedreiraCom o trator do meu irmãoFui buscar pedra para a vinhaE ao celeiro levar pão.

Quando a gente vai à missa Chega à Igreja cansada Ao subir esta ladeira Que fica muito puxada.

Se às vezes não for à missaEssa ideia é a minhaRezo cá no nosso LarQue tem uma capelinha.

Eu rezo em qualquer ladoQue já sou filho da arteDeus anda sempre comigoQuando vou para qualquer parte.

Nunca fico atrapalhadoQuando vejo qualquer fardaSei que trago ao meu ladoDiário, o Anjo da Guarda.

Esse anjo é meu amigoÉ a minha companhia Guarda sempre a minha almaSeja de noite ou de dia.

Luís Fernandes Carvalho

Lar de Santa Marinha

1.- A Evangelii Gau-dium do Papa Francis-co constitui uma imensa provocação para a nossa Igreja. Os nossos hábitos adquiridos saem abalados, as pautas por que habitual-mente nos regemos ficam caducas, a nossa maneira de viver assim-assim entra em derrocada. Sim, a força do Evangelho rebenta os nos-sos vestidos e odes velhos. A alegria não se serve mais em moldes velhos. É urgente um coração novo para aco-lher esta enxurrada de alegria. Pre-cisamos de Pastores novos à medida da Alegria e do Evangelho.

2.- É neste contexto que vamos viver mais uma vez a Semana das Vocações e Ministérios, que este ano acontece de 9 a 16 de novembro, subordinada ao tema que o Papa Francisco trouxe pata a cena «Ser-vidores da Alegria do Evangelho». Rezemos ao Senhor da colheita para que seja Ele, Bom e Belo Pastor, a velar sempre pelo rebanho, e para que nos ensine a ser Pastores e for-mar Pastores segundo o seu coração de Pastor e Pai premuroso.

3.- E sejamos generosos no Ofer-tório de Domingo, dia 16, que será destinado, na sua inteireza, para as necessidades dos nossos Seminários de Lamego e Resende, e também para o Seminário Interdiocesano de São José, sediado em Braga, onde se formam os seminaristas maiores

Servidores da alegria do Evangelho

das quatro Dioceses do nosso inte-rior norte: Lamego, Guarda, Viseu e Bragança-Miranda.

4.- Esta deslocação para junto de um dos polos da Faculdade de Teologia da UCP, neste caso, Braga, acarreta naturalmente despesa extra, mas tornou-se necessária devido ao decréscimo dos seminaristas nestas quatro Dioceses do nosso interior. O baixo número de seminaristas maio-res destas quatro Diocese, atual-mente reduzido a cerca de 20, não justifica e até desaconselhava que se mantivesse em atividade o Instituto de estudos Teológico que estas qua-tro Dioceses mantinham em Viseu.

Que Deus nos abençoe e guarde em cada dia, e faça frutificar o labor dos nossos Seminários.

Lamego, 26 de outubro de 2014, Dia do Senhor.

+ António

O peditório feito por ocasião da semana dos seminários rendeu a im-portância de 732,00 €. A quantia foi entregue aos serviços Administrativos da Diocese de Lamego.

Castanheiro do Sul .................................................................242,00 €Espinhosa ................................................................................135,00 €Pereiro .......................................................................................85,00 €Trevões ...................................................................................120,00 €Várzea de Trevões ..................................................................150,00 €

Total .......................................................................................732,00 €

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Nos dias de hoje, o tema “Famí-lia” não deixa ninguém indiferente e porque os problemas e dificuldades que ela tem de enfrentar são hoje cada vez mais exigentes no mundo atual.

Também não deixa de ser o cen-tro das atenções da Igreja, facto que levou à realização, no Vaticano, da III Assembleia do Sínodo dos Bis-pos, para refletir sobre a temática “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Este acontecimento leva-nos a tomar consciência de que a família esteve, está e estará no coração da Igreja. A família é imagem de Deus pois o próprio Pai convida os esposos a uma “íntima comunhão de vida e de amor conjugal” cujo modelo é o amor de Cristo.

Nesse chamado, os esposos, no seu estado de vida e com a sua fa-mília, revelam e, ao mesmo tempo, realizam o mistério da Igreja. Cada família nascida do sacramento do Matrimónio é uma espécie de “Igre-ja doméstica” em comunhão parti-cular com a Igreja, o povo de Deus. Mas por que é que a família se pode designar “Igreja doméstica”?

O Catecismo da Igreja Católica no seu número 1655, refere: “Desde as suas origens, o núcleo da Igreja era em geral constituído por aque-les que, “com toda a sua casa”, se

Igreja Doméstica

tornavam cristãos. Quando eles se convertiam, desejavam também que “toda a sua casa” fosse salva. Essas famílias que se tomavam cristãs eram redutos de vida cristã num mundo incrédulo.”

Tais famílias eram e continuam a ser a menor parcela da Igreja que gera e defende a vida, que vivificada pelo amor, é o lugar pró-prio onde cada pessoa é chamada a experimentá-lo, dele participar, sem o qual a sua vida não tem sentido. É também, a partir desse amor, que a família deve ter sempre em conta os valores fundamentais que a a Igreja atribui às famílias cristãs:

1- Formadora de pessoas, pois

é sua missão viver, crescer e aper-feiçoar-se como comunidade de pessoas que se caracteriza pela unidade e indissolubilidade. Pela educação, os pais devem incutir nos filhos um profundo sentido da dignidade pessoal e da liberdade como ser humano, na qual devem sobressair os valores da sua inte-ligência, vontade, consciência e fraternidade.

2- Educadora na fé, pois a famí-lia, como “Igreja Doméstica”, é no seu seio que os pais, pela palavra e pelo exemplo, são os primeiros educadores da fé para os seus fi-lhos; devem acolher, viver, celebrar e anunciar a Palavra de Deus . E uma família assim torna-se evange-lizadora de outras famílias no meio onde vive.

3- Promotora do desenvolvimen-to, pois sendo a família a primeira e vital célula da sociedade, ela é a primeira escola onde os filhos fazem a primeira experiência de uma sã sociedade humana. É por ela que os filhos vão aprendendo a viver com a sociedade civil e a Igreja. Portanto, ela é uma escola de enriquecimen-to humano, na qual os esposos se tornam colaboradores com Deus no que existe de mais nobre na criação: o Homem. Daí, o lar é em certo sentido a primeira escola de enrique-cimento humano, pois aí se aprende a resistência à fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e, sobretudo, o primeiro lugar de educação para a oração e a perseverar nessa mesma oração e, é neste sentido, que o Papa Francisco tem exortado os fiéis a orar pelas fa-mílias sendo igualmente importante a oração em família.

Saibamos acolher este apelo do Santo Padre e que Nossa Senhora nos mova a rezar por esta intenção e desperte em todos nós o desejo da oração em família, tão esque-cida mas tão necessária nos dias de hoje.

Flávio Sequeira

Por ocasião do Dia Mundial das Missões, este ano celebrado em 19 de Outubro, nas nossas paróquias. Como de costume, fez-se o seu peditório em favor desta causa. Eis a oferta das mesmas.

Castanheiro do Sul .............................85€Espinhosa ............................................35€Pereiro .................................................55€Trevões .............................................110€Várzea de Trevões ..............................75€

Total .................................................360€

Peditório para as Missões

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POEMAS de NATAL

Feliz NatalE bom Ano Novo!Lindo é o Natal,Iluminando o pinheirinhoZoam os sinos.

Natal, dia de paz!Abrem-se as prendinhas,Todos em famíliaAguardamos o Menino JesusLembrança para sempre.

Matilde Silva MarquesCentro Escolar de Trevões

FelicidadeEstamos no NatalLuzes que piscamIluminam as casasZoam os sinos.

Nascimento de JesusAnjos no céu,Todos reunidos emAmor e carinhoLindo é o Natal!

Ricardo VicenteCentro Escolar de Trevões

Feliz Natal

O problema da família, a fata-líssima crise da família, é só um: a família eclipsou-se. Não é tida nem achada em tema nenhum.

Quando se fala de crianças, de educação ou de idosos, o link au-tomático direcciona-nos para o Es-tado ou para a escola. A família é raramente mencionada. Diz-se que a família, tal como os valores, está em crise. Diz-se que a família é um conceito dinâmico, e de tal forma di-nâmico que até já se criou uma nova espécie, as novas famílias - como se não fosse tudo a mesmíssima coisa. Diz-se que é o Estado que deve edu-car as crianças através de programas curriculares herméticos, fechados e

Onde estão as famílias?idênticos para todas elas no conteú-do, na forma e no tempo. O Estado é a nossa grande família. Ao Estado cabe proteger os avós, educar as crianças, empregar os pais, integrar os imigrantes, travar os emigrantes, garantir a igualdade das mulheres, inverter a curva da natalidade e até melhorar os rankings internacionais do sucesso escolar. Às famílias cabe votar e pagar impostos.

O problema da família, a fata-líssima crise da família, é só um: a família eclipsou-se. Não é tida nem achada em tema nenhum e não quer ser tida nem achada em tema nenhum. Quando se fala de educação, fala-se de professores e da sua estabilidade profissional, e quando se fala das franjas mais vul-neráveis da sociedade, como idosos, deficientes ou pobres, remete-se o problema para a segurança social. As associações de pais têm um centésimo da intervenção social na educação de qualquer sindicato de professores, assim como são os lares quem o Estado preferencialmente financia para acolherem os avós, e não as famílias que o deviam fazer. Raramente se fala da família e rara-mente se reclama o quer que seja da família, dos pais, dos tios, dos avós ou dos irmãos. A rede familiar foi substituída pela rede burocrática do Estado e a genealogia pelo direito administrativo.

Quando Rousseau pensou no contrato social, não imaginou que por aqui se fosse tão longe. Não imaginou que as famílias não recla-mariam poder, deveres e direitos,

e que não se organizassem como a célula-base de qualquer sociedade.

Hoje fala-se, e muito, de políti-cas de família - como se as políticas não fossem todas para as famílias, da saúde à educação, da economia à justiça -, mas é muito pouca a dinâ-mica das próprias famílias. Os nos-sos filhos não são só alunos, os avós não são apenas pensionistas, e o res-to da população meros contribuintes. Mas, antes disso, cada um faz parte de uma família (nova ou velha) e é nessa família que se define e decide tudo o resto. Sim, as famílias estão em crise. Crise económica e crise de identidade. A primeira cabe ao Esta-do, em primeira instância, resolver, pagando as dívidas astronómicas que durante décadas acumulou e aliviando a carga fiscal que vai ar-recadando para manter o nariz fora de água. A segunda crise, que não se resolve com programas de governo, é responsabilidade de cada família. A família é um grupo de pessoas com identidade própria que, dentro da sua dinâmica, educam, cons-troem, apoiam e sustentam um país. É das famílias que são feitos os países, e não apenas de indivíduos ligados aos Estados. Para que as fa-mílias voltem a contar é preciso que as próprias famílias se tenham em conta e se considerem verdadeiros agentes políticos e sociais. Até lá, continuaremos a ter o Estado como pai e os verdadeiros pais como con-tribuintes.

Inês Teotónio Pereira, ionline 2014.09.27

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Dando continuidade ao trabalho de preservação, desenvolvido na paróquia de Várzea de Trevões, com a intervenção na capela de Santa Cruz, e como já tinha sido anunciado anteriormente, vamos finalmente restaurar o retábulo dourado da Capela do Mártir São Sebastião. Para além desta intervenção, queremos também fazer algumas obras de preservação na referida capela. Valor total da obra (restauro e obras) orçamentado em 9.000,00 €.

Aproveitamos, desde já, para dirigir uma palavra de agradecimento à União das Freguesia de S. João da Pes-queira e Várzea de Trevões pela oferta e contribuição para esta obra no valor de 7.500,00€. O nosso sincero bem-haja.

Restauro da Capela do Mártir S. Sebastião - Várzea de Trevões

Foi no passado dia 11 de Novembro que o Centro Social e Paroquial de Castanheiro do Sul teve a honra de receber nas suas instalações os idosos das Instituições do concelho, contando assim com a presença do C. S. P de Trevões, Pesqueiramiga, Associação de Fraternidade e Solidariedade de Riodades e AITIED.

Convívio, diversão e reencontros foram as palavras de ordem do dia! Acompanhados de muita música e belos petiscos não faltaram a castanha e je-

ropiga!!

Magusto das IPSSs no Lar de Castanheiro do Sul

S. Martinho é o teu dia

Castanhas não vão faltar

Festejemos com alegria

Bem-vindos ao nosso lar!

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Dados Paroquiais (Castanheiro do Sul, Espinhosa, Pereiro, Trevões e Várzea de Trevões) Referentes ao ano de 2014. (Dados recolhidos até à data de 30 de Novembro do corrente ano).

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO DE CASTANHEIRO DO SUL BATISMOS

BATISMOS

CASAMENTOSNão houve

CASAMENTOSNão houve

CASAMENTOSNão houve

ÓBITOS

ÓBITOS

ÓBITOS

N.º Registo

N.º Registo

N.º Registo

N.º Registo

123

12345

Jorge Bezelga Vilas BoasMafalda Leonor Ferreira FariaSimão Aguiar Bento

06-01-201404-01-201403-09-2013

16-08-201427-07-201420-07-2014

Nome do Baptizado

Nome

Nome

Nome

Data Nasc.

Data Falecimento

Data Falecimento

Data Falecimento

Data Bapt.

José Mário Vilas Boas LopesNoémia LemosMaria José Ferreira Vilas BoasAna Paula da Fonseca MalaquiasJoaquim Augusto Sequeira

Manuel José RebeloEmília de Jesus Azevedo

Dioguina Garcia Pereira Ferreira

10-03-201416-04-201424-05-201411-09-201420-10-2014

07-02-201404-03-2014

29-01-2014

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE ESPINHOSA

PARÓQUIA MÁRTIR S. SEBASTIÃO DO PEREIRO

Não houve

12

1

BATISMOSN.º Registo

123

Vânia Ferreira FernandezLeonor Augusto FerreiraLeandro Miguel Tomás Gouveia

17-08-201321-03-201402-07-2010

25-05-201421-06-201409-08-2014

Nome do Baptizado Data Nasc. Data Bapt.

BATISMOS

ÓBITOS

ÓBITOS

CASAMENTOS

N.º Registo

N.º Registo

N.º Registo

N.º Registo

Nome do Baptizado

Nome

Nome

Data Nasc.

Data Falecimento

Data Falecimento

Data CasamentoData Nasc.

Data Bapt.

Piedade de JesusManuel António Pacheco Aguiar

Manuel António da FonsecaMagna Maria do Nascimento PereiraLucília dos AnjosMaria Alice CaldeiraJosé João de Amaral MárciaAntónio Carlos AmaralJosé do Nascimento PorfírioJosé dos Santos PintoManuel António PalheiroAntónio Augusto Catarino

23-05-201430-05-2014

18-02-201422-02-201425-03-201409-04-201416-04-201401-06-201416-08-201409-09-201419-09-201421-11-2014

28-06-2014

09-08-2014

01-07-1984 24-11-1990

11-03-1982 15-04-1992

PARÓQUIA DIVINO ESPIRITO SANTO DE VÁRZEA DE TREVÕES

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123456789

10

1

2

PARÓQUIA SANTA MARINHA DE TREVÕES

12345678

Mafalda Sofia Cristino FidalgoMónica Sofia Cristino FidalgoLuana Sofia Pacheco PenelaSoraia Raquel Pacheco PenelaMaria Lisete Vicente de NobregaMatilde Oliveira BaltazarGabriel Alexandre Teixeira Francisco A. Virgínio Nascimento

15-06-200606-09-201210-11-201210-11-201202-02-201415-10-201314-01-201401-02-2012

24-05-201424-05-201403-08-201403-08-201410-08-201415-08-201417-08-201424-08-2014

Hugo Manuel Calçarão Lopes Andreia Filipa dos Santos Almeida

Daniel Fernando Pereira Almeida Flávia Dalila Vital Almeida

Nome dos Nubentes

BATISMOS

CASAMENTOSNão houve

Não houve

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Datas importantes:1.ª Comunhão e Profissão de Fé

– Castanheiro do Sul – 5 de Julho 2015– Várzea de Trevões – 19 de Julho 2015– Espinhosa – 5 de Agosto 2015

RECEITAS PARA SER FELIZO jornalista Pablo Calvo, na entrevista que dirige ao

Papa Francisco e publicada na revista argentina "Viva", pergunta: "Queria perguntar-lhe a si que, para lá de Papa é químico: Qual a fórmula da felicidade?"

1. Viva e deixe viver: "Os romanos têm um ditado que poderíamos tomar como ponto de partida: 'Vá em frente e deixe os outros irem em frente'. Viva e deixe viver, é o primeiro passo da paz e da felicidade".

2. Doar-se aos outros: "Se você estagnar [parar], vai correr o risco de ser egoísta. E a ÁGUA estagnada fica logo estragada".

3. Mover-se "remansadamente": "Em [romance] 'Dom Segundo Sombra' há uma coisa muito bonita, de alguém que relê a sua vida: o protagonista. Diz que, quando era jovem, era um arroio pedregoso que arrastava tudo pela frente; quando adulto, era um rio que corria em frente; e na velhice ele se sentia em movimento, mas lentamente, 'remansado'.

Eu utilizaria esta imagem do poeta e novelista Ri-cardo Güiraldes, esse último adjetivo, 'remansado'. A capacidade de moverse com benevolência e humildade, o remanso da vida. Os idosos têm essa sabedoria, são a memória de um povo. E um povo que não cuida dos seus idosos não tem futuro".

4. Brincar com as crianças: “O consumismo nos levou a essa ansiedade de perder a cultura sadia do ócio, de ler, de desfrutar da arte. Agora eu atendo pouco em confissão, mas, em Buenos Aires, eu ouvia muitas confissões e quando vinha uma jovem mãe eu pergun-tava: 'Quantos filhos você tem? Você brinca com eles?'. E era uma pergunta que elas não esperavam, mas eu dizia que brincar com as crianças é fundamental, é uma cultura sadia. É difícil, os pais vão trabalhar cedo e vol-tam muitas vezes quando os filhos já estão dormindo. É difícil, mas eles têm que brincar”.

5. Compartilhar os domingos com a família: “Outro dia, em Campobasso, fui a uma reunião entre o mundo da universidade e o mundo operário. Todos pediam o domingo livre. O domingo é para a família”.

6. Ajudar os jovens a conseguir emprego: “Temos que ser criativos com essa faixa etária. Se faltam opor-tunidades, eles caem na droga. E está muito alto o índice de suicídios entre os jovens sem trabalho. Outro dia eu li, mas não confio porque não é um dado científico, que havia 75 milhões de jovens de até 25 anos desemprega-dos. Não basta dar comida para eles: tem que inventar

cursos de um ano de canalizador, eletricista, costureiro. É a dignidade que dá o pão para casa”.

7. Cuidar da natureza: “Temos que cuidar da criação e não estamos fazendo isso. É um dos maiores desafios que nós temos”.

8. Esquecer rápido o que é negativo: “A necessi-dade de falar mal do outro indica uma baixa autoestima: eu me sinto tão abaixo que, em vez de subir, rebaixo o outro. Esquecer rápido o que é negativo é sadio”.

9. Respeitar quem pensa diferente: “Podemos instigar o outro com o testemunho, para que os dois progridam nessa comunicação, mas o pior que pode acontecer é o proselitismo religioso, que paralisa: 'Eu dialogo contigo para te convencer'. Não. Cada um dialo-ga a partir da sua identidade. A Igreja cresce por atração, não por proselitismo”.

10. Procurar ativamente a paz: “Estamos vivendo uma época de muita guerra. Na África parecem guerras tribais, mas são mais do que isso. A guerra destrói. E o clamor pela paz tem que ser gritado. A paz, às vezes, dá a ideia de quietude, mas nunca é quietude, é sempre uma paz ativa”.

Papa Francisco

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Os jornais são claros: a Igreja está dolorosamente dividida nas questões da família. O Sínodo dos Bispos, terminado no domingo (19 de Outubro), manifestou a polémica que irrita os fiéis e confunde o mundo. Irá fi-nalmente a Igreja Católica aceitar o que toda a gente diz? E, ao fazê-lo, desvirtuará para sempre a doutrina, atrai-çoando o Mestre? A confusão é profunda e generalizada!

Pode ser confuso, mas não é novo. Vivemo-lo há muito tempo, durante o Concílio. O de Niceia em 325, ou qualquer um dos 21 ecuménicos, incluindo o últi-mo, Segundo do Vaticano de 1962 a 1965. Estes, entre muitos outros, foram momentos difíceis, confusos, até cruéis, com muitos desorientados, atingidos, enfurecidos. Difíceis mas não inesperados, pois tínhamos sido avisa-dos: “Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados. Traze-mos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo” (2Co 4, 8-10).

A origem dos alvoroços é sempre a mesma. A doutrina é clara, sólida, in-discutível, vinda do mais alto dos céus. Aí não há dúvidas. A confusão está na vida, que brota do fundo do coração dos homens. Como a doutrina só existe na vida, é preciso combinar ambas. Ninguém sabe isto tão bem quanto os cristãos, cuja doutrina se fez homem e habitou entre nós. Assim os dramas dos últimos dias, como dos próximos meses, são os de sempre. Em especial, pela proximidade, assemelham-se aos vividos há cinquenta anos. Essa experiência traz-nos grandes lições e evita muitos sofrimentos, se ti-vermos em conta as três grandes ofertas que a época do Concílio Vaticano II nos deixou, para minorar conflitos e sarar angústias.

O primeiro dom foi um sábio conselho. Não nos preocupemos ou escandalizemos com debates, polémicas, zangas e sofrimentos. Eles fazem parte da vida humana em qualquer instituição, especialmente numa tão vasta, antiga e decisiva como a Igreja. A nossa confiança é sólida porque, além de avisados dos tumultos, fomos também informados do resultado: “Anunciei--vos estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: eu já venci o mundo!” (Jo 16, 33).

A segunda dádiva da época do Concílio foi um pre-cioso ensinamento prático: ordem. Na Igreja os pastores guiam e as ovelhas seguem. Se os primeiros se demitem ou as segundas se exaltam, as coisas correm mal. Que cada um saiba o seu lugar e não trate daquilo que não lhe compete. Se nos pomos todos a perorar, é o caos. Especialmente em temas superlativos.

Sínodo em FamíliaCada tempo vive os seus problemas, e as questões

deste sínodo foram muitas, difíceis e complexas. Acesso aos sacramentos por casais irregulares, acolhimento a divorciados, uniões de facto, homossexuais são dilemas pastorais profundos e espinhosos que, como os dramas do século IV ou dos anos 1960, não têm respostas sim-ples e evidentes. Dizendo sim ou não, só pode apregoar certezas claras quem escamoteia aspectos essenciais. Felizmente isto não nos compete, pois só quem sabe e manda tem de o fazer.

O peso da análise e decisão cai todo sobre um só homem: Francisco, o Vigário de Cristo. O que ele disser definirá, em absoluto, a aplicação que a Igreja fará hoje da doutrina eterna que recebeu de Jesus. Consciente das dificuldades, Sua Santidade pediu ajuda, convocando um sínodo. Deste modo distribuiu parte da sua carga aos 191 padres sinodais, ajudados por 62 peritos. Os resultados da reunião, agora divulgados, foram entregues aos bispos diocesanos e seus colaboradores, para aplicação concreta

na vida das igreja locais. Estes dão as respostas. A eles devemos interrogar e escutar. Aos outros, hoje como sempre, compete-lhes rezar pelos pastores, esperar pelas determinações e obedecer quando elas vierem. Esta é a ordem.

O mundo, que compreende mal os hábitos cristãos, procura padres sinodais debaixo de qualquer pedra, atri-buindo competência disciplinar a quem a quiser assumir. Sempre fizeram assim, e é normal que o façam. Como também é natural que os fiéis não se deixem assustar por isso. Para ajudar, o sínodo quis trazer-nos o terceiro pre-sente do Concílio. A proclamação ao mundo da santidade do grande Paulo VI no último dia do sínodo é o mais valioso dos três dons. O papa Montini, a quem o Senhor confiou a Sua Igreja no último período homólogo, é, não apenas um exemplo e um mestre, mas um poderoso in-tercessor para os caminhos actuais da Igreja e da família. Beato Paulo VI, rogai por nós!

João César das Neves | DN 2014.10.22

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Carta aberta para JesusCostumamos dizer que a família é a célula da so-

ciedade. Efetivamente assim é: Famílias conscientes dos seus deveres e dos seus direitos constituirão uma sociedade sólida e justa como convém a todos.

Está diferente a família de hoje e lamento dizer que, salvo raras exceções, não é para melhor.

Já lá vai o tempo em que a família era mais uni-da, um por todos e todos por um. Hoje lamento dizê--lo, há famílias em que cada um dos seus membros faz a sua «vidinha» incomodando-se pouco com os restantes familiares.

Dantes rezava-se no início e fi m das refeições para louvar e agradecer o que se conseguia pôr na mesa, hoje nem sempre se juntam para comer e não é raro ver os fi lhos, cada um com seu tabuleiro, levar a co-mida para o quarto e poder ver assim, descansadinho o seu programa preferido.

Também se rezava o terço à noite, orientado pelos pais ou avós. Agora veem-se novelas, futebol e coisas bem piores. Acabou-se o diálogo entre pais e fi lhos e entre irmãos e esta maneira de viver não nos leva a lado nenhum.

Bem sei que o mundo mudou, as novas tecnologias trouxeram vantagens e desvantagens, mas não esque-çamos que o nosso Deus é o mesmo.

Era bom que nos lembrássemos da Família de Na-zaré, onde se trabalhava e rezava.

Em Fátima, Nossa Senhora fez as suas recomenda-ções, mas poucos as seguem. Oxalá não nos venhamos a arrepender.

Espero não tornar fastidiosa a leitura deste meu texto aos queridos leitores do jornalzinho «Partilhar», mas o Dia Mundial da Família está a chegar e seria bom pensar que cada um de nós, cada uma das nossas famílias, poderá contribuir, com a sua maneira de estar na vida, para um mundo melhor, mais justo e agradá-vel, o que iria redundar numa mais valia para todos.

Deus nos ajude a fazer tudo para o bem da socie-dade onde nos encontramos e onde, depois de nós, gostaríamos de saber que os nossos vindouros, fi lhos, netos, bisnetos, tetranetos e todos os seguintes, conti-nuariam a viver em paz e alegria.

Maria da Terra

A senhora Camila ao longo dos muitos anos foi a mordoma da capela de Santa Bárbara de Trevões. Por motivos de cansaço e doença, infelizmente, não pode dar continuidade a este trabalho e missão. Aproveitá-mos para louvar e agradecer todo o cuidado e dedica-ção dedicados.

Ficou nomeada como nova mordoma a senhora Cristina.

Nota:Mulheres atarefadasTratam do bacalhau,Do peru, das rabanadas.- Não esqueças o colorau,O azeite e o bolo-rei!- Está bem, eu sei!

- E as garrafas de vinho?- Já vão a caminho!- Ó mãe, estou pr’a verQue prendas vou ter.Que prendas terei?- Não sei, não sei...

Num qualquer lado,Esquecido, abandonado,O Deus-MeninoMurmura baixinho:- Então e Eu,Toda a gente Me esqueceu?Senta-se a famíliaÀ volta da mesa.Não há sinal da cruz,Nem oração ou reza.

Tilintam copos e talheres.Crianças, homens e mulheresEm eufórico ambiente.Lá fora tão frio,Cá dentro tão quente!

Algures esquecido,Ouve-se Jesus dorido:- Então e Eu,Toda a gente Me esqueceu?

Rasgam-se embrulhos,Admiram-se as prendas,Aumentam os barulhosCom mais oferendas.

Amontoam-se sacos e papé isSem regras nem leis.E Cristo MeninoA fazer beicinho:- Então e Eu,Toda a gente Me esqueceu?

O sono está a chegar.Tantos restos por mesa e chão!Cada um vai transportarBem-estar no coração.A noite vai terminarE o Menino, quase a chorar:Então e Eu,Toda a gente Me esqueceu?

Foi a festa do Meu NatalE, do princípio ao fi m,Quem se lembrou de Mim?Não tive tecto nem afecto!Em tudo, tudo, eu meditoE pergunto no fechar da luz:- Foi este o Natal de Jesus?!!!

(João Coelho dos Santos in Lágrima do Mar - 1996)

Natal de quem?

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Rua Fundo de Vila, 1 • 5130-421 TREVÕES • Telemóvel 965 069 027 • Telefone 254 473 924E-mail: [email protected]

António Manuel Froufe BastosMediador de Seguros

SUMÁRIO

Ficha TécnicaPropriedade: Paróquias de: Castanheiro do Sul,Espinhosa, Pereiro, Trevões e Várzea de TrevõesDirector: Pe Amadeu da Costa e CastroRevisão de Provas: Prof. Flávio SequeiraImpressão: Tipografia Voz de Lamego, Lda.Tiragem: 650 exemplares

EDITORIAL........................................................................................01

NATAL: A SIMPLICIDADE DO NOSSO REI .................01 e 03

POEMA: TREVÕES ..........................................................................02

NOVO ANO, TEMPO DE CORRIGIR......................................02

VISITA AO LAR DE SANTA MARINHA DE TREVÕES ......02

NOVEMBRO: MÊS DAS ALMAS ................................................03

POEMA: LAR DE SANTA MARINHA .......................................04

SERVIDORES DA ALEGRIA DO EVANGELHO ...................04

IGREJA DOMÉSTICA .....................................................................05

PEDITÓRIO PARA AS MISSÕES ................................................05

POEMAS: FELIZ NATAL ...............................................................06

ONDE ESTÃO AS FAMÍLIAS .......................................................06

MAGUSTO DAS IPSSs NO LAR

DE CASTANHEIRO DO SUL .....................................................07

RESTAURO DA CAPELA DO MÁRTIR S. SEBASTIÃO

- VÁRZEA DE TREVÕES ..............................................................07

DADOS PAROQUIAIS REFERENTES AO ANO 2014 .........08

PAPA FRANCISCO: RECEITA PARA SER FELIZ ..................09

DATAS IMPORTANTES .................................................................09

SÍNODO EM FAMÍLIA ..................................................................10

POEMA: NATAL DE QUEM? .......................................................11

NOTA ...................................................................................................11

CARTA ABERTA A JESUS ..............................................................11

RESTAURO DA CAPELA DE SANTO ANTÓNIO

- TREVÕES .........................................................................................12

Dando continuidade ao tra-balho de recuperação, restauro e preservação, que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos anos, enquanto pároco de Trevões, va-mos intervir na capela de Santo António em Trevões.

Depois das obras realizadas na capela de São Paio e Santa Rita, no Senhor da Boa Passagem, na cape-la de Nossa Senhora da Piedade, na capela do Mártir São Sebastião e, por último lugar na capela de Nossa Senhora da Graça, ficava mesmo só a faltar a de Santo An-tónio.

Assim, o Conselho Económico da Paróquia de Trevões reuniu e achou por bem iniciarmos as res-pectivas obras.

É uma obra que vai acarretar valores elevados. Restauro da ta-

Restauro da Capela de Santo António – Trevões

lha dourada/imagens e respectivas obras de: drenagem, pintura, im-permeabilização, revestimentos, pavimentos, etc, estão orçamenta-das no valor total de 24.000,00 €.

Deseja a todos os seus Clientes e Amigos Votos de um Bom Natal e Próspero Ano Novo