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  • 8/16/2019 Musica e Arquetipo (1)

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    MÚSICA E ARQUÉTIPO  OUVIR MÚSICA É ARQUETÍPICO?

    Trabalho apresentado coo Tea !"#re

     $VIII Con%resso Internac"onal da Assoc"a&'o ()n%)"ana do *ras"l+CRIA,-O . C)r"t"ba /012

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      MÚSICA E   ARQUÉTIPO, OUVIR MÚSICA É ARQUETÌPICO?

     A no&'o de ar3)4t"po 4 )"to "portante na obra de Carl 5)sta# (U65+

    Tendo se tornado ) dos conce"tos 7)ndaenta"s da Ps"colo%"a Anal8t"ca9

    s)r%") atra#4s da constata&'o de 3)e a ps"3)e h)ana apresenta certos

    padr:es b;s"cos 3)e se repete+

      A pala#ra ar3)4t"po #e do %re%o ἀ  ρχή9 arché9 3)e s"%n"7"ca pr"nc"pal o)

    pr"nc8p"o< o pr"e"ro odelo de al%)a co"sa+ “Archetypus”  portanto9 se%)ndo o

    d"c"on;r"o9 3)er d"=er t"pos pr"e"ros9 t"pos pr"ord"a"s+

    O conce"to de ar3)4t"po9 n'o 4 no#o9 coo o pr>pr"o (U65 nos lebra+

    Entre a3)eles 3)e ; )t"l"=ara este tero9 est'o Santo A%ost"nho9 3)e se

    apro@"a das "d4"as de Plat'o 3)e o )sa#a para des"%nar "d4"as coo odelos

    de todas as co"sas e@"stentes9 e tab4 Ar"st>teles9 3)e o )t"l"=o) 3)anto s

    7oras+ En3)anto esses a)tores o de7"n"a coo al%o )n"#ersal no sent"do

    7"los>7"co9 (U65 too)/o Beprestado9 b)scando apl"car esta "d4"a no capo

    da Ps"colo%"a9 o 3)e 7o" )a no#"dade e tal#e= a contr"b)"&'o a"s rad"cal e

    "portante para a h"st>r"a do pensaentp ps"col>%"co do Oc"dente+

      Para (U659 os seres h)anos te 7oras pr";r"as e estr)t)ra"s

    b;s"cas 3)e %o#erna a ps"3)e+ Essas estr)t)ras e padr:es ps83)"cos b;s"cos9

    ele de7"n") coo ar3)4t"posD

    ; tantos ar3)4t"pos 3)antas s"t)a&:es t8p"cas na #"da+ Inter"n;#e"srepet"&:es "pr""ra essas e@per"Fnc"as na nossa const"t)"&'o ps"3)8ca9n'o sob a 7ora de "a%ens preench"das de ) conteGdo9 asprec"p)aente apenas formas de conteúdo,  representando a eraposs"b"l"dade de ) deter"nado t"po de percep&'o e a&'o+ Q)ando al%oocorre na #"da 3)e corresponde a ) ar3)4t"po9 este 4 at"#ado+++2 

    O)#"os Gs"ca9 e a Gs"ca e %eral9 nos toca9 at"#ando os ar3)4t"pos

    e n>s9 prod)="ndo rea&:es "nst"nt"#as e eocona"s9 3)e "ndepende da

    ra='o+ (U65 d"= 3)e 3)ando o ar3)4t"po 4 at"#ado9 “surge uma compulsão que

    se impõem a modo de uma reação instintiva contra toda a razão e vontade” 0+

      Ao esc)taros can&:es e Gs"cas9 estas pode pro#ocar d"7erentes

    eo&:es e cada ) de n>s+

    1 JUNG, C.G. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo CW IX/I , par. 99.2 Idem. par. 99.

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      Podeos chorar9 r"r9 entr"stecer/se9 sent"r sa)dades9 ale%rar/se9

    enternecer/se e coo#er/se ao so de )a Gs"ca+ ; tantas d"#ersas

    eo&:es9 3)e n'o poder"a ser todas a3)" desccr"tas o) no"nadas+

    Independente de onde nos encontraos %eo%ra7"caente9 e do conte@to

    h"st>r"co e 3)e estaos "nser"dos9 o ser h)ano 4 tocado pela Gs"ca+

    Sendo este coportaento )n"#ersal9 podeos d"=er 3)e rea%"r 

    ps"colo%"caente Gs"ca 4 ar3)et8p"co+ E o 49 por3)e 4 co) e

    reconheceos coo tal+

    Os ar3)4t"pos s'o padr:es9 o) elhor9 est"los de coportaento e

    "a%ens )n"#ersa"s e@"stentes desde os tepos a"s reotos9 co)ns a todos

    n>s seres h)anos e se repete e toda e@per"Fnc"a h)ana+ H  I!!MA6

    re7or&a e apl"a esta "d4"a9 a7"rando 3)e B+++J arquet!pico pertence a toda a

    cultura, a todas as formas de atividade humana"#+K 

    Se%)ndo (U659 n)nca #"#enc"aos o ar3)4t"po e s"9 as as "a%ens

    ar3)et8p"cas+ (U65 d"= 3)e os ar3)4t"pos n'o tF representa&:es pr>pr"as9 a

    n'o ser atra#4s dos "tos9 sonhos e #"s:es9 o) sea9 de "a%ens ar3)et8p"cas+

    +++ 6'o de#eos con7)nd"r as representa&:es ar3)et8p"cas 3)e noss'o trans"t"das pelo "nconsc"ente9 co o arquétipo em si + Essasrepresenta&:es s'o estr)t)ras aplaente #ar"adas 3)e nos reetepara )a 7ora b;s"ca irrepresent$vel +++J Sea o 3)e d"sseros arespe"to da nat)re=a dos ar3)4t"pos9 eles n'o passar'o de #"s)al"=a&:ese concret"=a&:es 3)e pertence ao do8n"o da consc"Fnc"a+ Mas n'oteos o)tra ane"ra de 7alar sobre os ar3)4t"pos sen'o esta+ É prec"sodar/nos conta de 3)e a3)"lo 3)e entendeos por Bar3)4t"pos 49 e s"9"rrepresent;#el9 as prod)= e7e"tos 3)e torna poss8#e"s certas#"s)al"=a&:es9 "sto 49 as "a%ens ar3)et8p"cas+L

      Meso os ar3)4t"pos sendo )n"#ersa"s9 e nossas #"#Fnc"as parec"das

    co as de todos os o)tros seres h)anos9 cada #"#Fnc"a 4 Gn"ca+ Cada ser 

    h)ano #"#enc"a a an"7esta&'o ar3)et8p"ca9 de acordo co s)as d"spos"&:es

    "nd"#"d)a"s9 coo )a ane"ra part"c)lar do )n"#ersal+ A7"ra (U659 3)e B os

    arquétipos são os elementos ina%al$veis do inconsciente, mas mudam

    3 “O conceito de arquétipo, que constitui um correlato indispensáel da id!ia do inconsciente coletio,indica a e"ist#ncia de determinadas $ormas na psique, que est%o presentes em todo tempo e em todolu&ar.' JUNG, C.G. Os arquétipos e o Inconsciente Coletivo, CW IX/I , par. (9.) *I++-N, J. Psicologia Arquetípica, /d. Cultri", 19(30 p.21. JUNG, C.G. A Natureza da Psique, CW VIII/, par. )1.

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      (; a p"an"sta Mar%aret TI!! 7e= e@per"entos sobre o #alor terapF)t"co

    da Gs"ca e deter"nados casos9 o 3)e a le#o) a conhecer e ter e@per"Fnc"a

    pessoal co a an;l"se )n%)"ana+ Est")lada por anal"stas a "n7orar ()n%

    sobre se) trabalho9 ela en#"o)/lhe ensa"os do 3)e t"nha escr"to ao 3)e atra#4s

    de s)a secret;r"a9 ele responde) con#"dando/a a "r snacht+ 6este encontro9

    ()n%9 c)r"oso pelo trabalho dela9 ped")/lhe para 3)e contasse o 3)e 7a="a co

    s)a pr>pr"a l"n%)a%e9 ela coe&o) a tocar p"ano+ Ele 7"co) pro7)ndaente

    coo#"do9 e passara a trabalhar 7alando coo ela proced"a e d"7erentes

    casos co a Gs"ca9 ao 3)e ele a7"ro)D “-sto alcança o material arquet!pico

     profundo que n2s s2 podemos atingir por vezes, em nosso tra%alho anal!tico 3 

    e1traordin$rio”  22

      Estas a7"ra&:es de (U65 con7"ra a tese de 3)e atra#4s da Gs"ca9 o

    ser h)ano pode #"#enc"ar an"7esta&:es ar3)et8p"cas e tab4 do 3)anto os

    sent"entos est'o en#ol#"dos n"sso+

      Se a Gs"ca nos a7eta eoc"onalente9 podeos 7a=er apl"a&:es

    ps"col>%"cas a cerca desta "d4"a+

     

    MÚSICA E FUNÇÂO SENTIMENTO 

     (aes I!!MA69 a7"ra 3)e “as emoções são estados altamente

    significativos” 209 onde d"7ere a eo&'o do a7eto9 apro@"ando Ba7eto de

    "nst"nto9 rea&:es pr""t"#as2H+ A7"ra 3)e a eo&'o9 portanto9 se base"a no a7eto

    e cont4 )a d"ens'o de sent"ento+

    Coo a Gs"ca nos eoc"ona9 ela pr>pr"a pode ser entend"da dentro da

    7)n&'o sent"ento9 po"s9 Besc)to e e reconhe&o9 e e reconhe&o9 por3)e 4ar3)et8p"co9 4 co)+

     A Gs"ca nos p:e e contato co a 7)n&'o sent"ento9 3)e9 se%)ndo

    (U659 4 )a das 7)n&:es 3)e nos a)da a dar #alor a nossas e@per"Fnc"as9 e

    pertence nossa #"da ps83)"ca e s)a base+

    11 cGUIA/, B. e *U++, A..C. C"#"$ung% &ntrevistas e &ncontros, /d. Cultri", p&. 2)(.12 *I++-N, J" A -ipologia de $ung, A .un0o sentiento, p.1213 “1"""2 considerar os a.etos antes coo dinaisos priordiais, unilaterais e parciais de li3era0o, 3eais pr45ios daquilo que os estudiosos do coportaento anial denoina rea6es inatas

    1instintivas2 1"""2D Idem, p. 12.

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      Ao esc)taros Gs"ca9 n'o separaos o sent"ento da ps"3)e9 coo 7e=

    o pensaento oderno9 po"s o sent"ento aparece espontaneaente e 7a=

    parte da atos7era do o)#"r Gs"ca+ É ) oento onde n'o h; "nter7erFnc"a

    de per%)ntas e respostas #erba"s9 3)e por s" s>9 ; nos d"stanc"a do pr>pr"o

    sent"ento e s"+

      6ossos sent"entos n'o s'o apenas Bnossos9 no sent"do do Be) s"nto /

    pessoal o) de posse / pro#a#elente esta sea )a "d4"a do e%o 3)e sente9

    po"s Bnossos sent"entos9 s'o n) sent"do )"to a"s aplo9 al%o Be 3)e

    estaos+ I!!MA6 d"= 3)e os sent"entos s'o co)ns e colet"#os+

    B+++J o sent"ento 4 a #"a re%"a para o "nconsc"ente9 n'o apenas na nossa

    #"da pessoal9 coo tab4 no plano dos do"nantes ar3)et8p"cos a"saplos 3)e nos 7a=e s)as re"#"nd"ca&:es "pessoa"s por e"o dossent"entos+ Isso "pl"ca 3)e nossos sent"entos9 na s)per78c"e t'oestr"taente 8nt"os e propr"edade pessoal Bnossa9 tab4 apresentase) aspecto ar3)et8p"co "pessoal9 erecendo ser reconhec"dos nessen8#el+ 2K

      Copreendeos as Gs"cas co a part"c"pa&'o do sent"ento9 n'o

    apenas o)#"ndo 7"s"caente co os o)#"dos+ "caos 7rente a )a e3)a&'o

    s"b>l"ca 3)e 7"=era os )n%)"anos 3)e nos le#a da Gs"ca ao sent"ento

    coo ) odo part"c)lar de 7)nc"onaento co o )ndo+

      Esc)tar Gs"ca pode ser e sent"do Glt"o9 ) e"to de 7a=er ala e ao

    eso tepo9 re7"nar a 7)n&'o sent"ento+

      Pr"sc"la Valente Alonso

      a%osto0121+

      O)t0121

    o)a"ssD

    O)#"rD perceber pela a)d"&'o< ter sent"do da a)d"&'o+

    Et"+ Dlat"D ;)d"o o)#"r

    Esc)tarD estar c"nsc"ente do 3)e est; o)#"ndo< 7"car atento para o)#"r9 dar aten&'o+

    Et"+D lat" o)#"r co aten&'o+

    1) Idem, p. 11(.

    >