MUNICÍPIO DA NAZARÉ CÂMARA MUNICIPALcm-nazare.pt/sites/default/files/pdf/PMEPC-NAZARE.pdf ·...
Transcript of MUNICÍPIO DA NAZARÉ CÂMARA MUNICIPALcm-nazare.pt/sites/default/files/pdf/PMEPC-NAZARE.pdf ·...
MUNICÍPIO DA NAZARÉ CÂMARA MUNICIPAL
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ
MAIO 2014
Índice Parte I – Enquadramento Geral do Plano
1. Introdução 7
2. Âmbito de aplicação 8
3. Objectivos gerais 11
4. Enquadramento legal 12
5. Antecedentes do processo de planeamento 13
6. Articulação com instrumentos de planeamento e ordenamento do território 15
7. Activação do Plano 20
7.1 Competência para a activação do Plano 20
7.2 Critério para a activação do Plano 21
8. Programa de exercícios 22
Parte II – Organização da Resposta
1. Conceito de actuação 25
1.1 Comissão Municipal de Protecção Civil da Nazaré 26
1.2 Comandante Operacional Municipal 28
2. Execução do plano 29
2.1 Fase de emergência 29
2.2 Fase de reabilitação 30
3. Articulação e actuação de agentes, organismos e entidades 31
3.1 Missão dos agentes de protecção civil 33
3.1.1 Fase de emergência 33
3.1.2 Fase de reabilitação 33
3.2 Missão dos organismos e entidades de apoio 37
3.2.1 Fase de emergência 37
3.2.2 Fase de reabilitação 37
3.2 Missão das estruturas autárquicas 43
3.2.1 Fase de emergência 43
3.2.2 Fase de reabilitação 43
Parte III – Áreas de Intervenção
1. Administração de meios e recursos 47
2. Logística 52
2.1 Apoio logístico às forças de intervenção 52
2.2 Apoio logístico às populações 55
3. Comunicações 59
4. Gestão da informação 69
4.1 Gestão da informação às entidades intervenientes do plano 69
4.2 Informação pública 73
5. Procedimentos de evacuação 76
6. Manutenção da ordem pública 80
7. Serviços médicos e transporte de vítimas 84
8. Socorro e salvamento 89
9. Serviços mortuários 94
10. Protocolos 100
Parte IV – Informação Complementar
Secção I
1. Organização geral da Protecção Civil em Portugal 102
1.1 Estrutura da Protecção Civil 103
1.2 Estrutura das operações 105
2. Mecanismos de estrutura de Protecção Civil 106
2.1 Composição, convocação e competências da
Comissão de Protecção Civil 106
2.2 Critérios e âmbito para a declaração das situações
de alerta, contingência ou calamidade 107
2.3 Sistema de monitorização, alerta e aviso 109
Secção II
1. Caracterização Geral 112
2. Caracterização Física 114
2.1. Geologia e Geomorfologia 114
2.2. Geotecnia 121
2.3. Sismicidade 121
2.4. Hidrografia 124
2.5. Clima 126
2.6. Biogeografia e Uso do Solo 135
3. Caracterização Socioeconómica 140
3.1. Principais Aspetos Demográficos 140
3.2. Principais Aspetos Habitacionais 145
3.3. Principais Aspetos Económicos 148
4. Caracterização das Infraestruturas 151
5. Caracterização do Risco 168
5.1. Análise do Risco 168
5.1.1. Ondas de calor 169
5.1.2. Ondas de frio 170
5.1.3. Nevões 172
5.1.4. Secas 173
5.1.5. Cheias e inundações 177
5.1.6. Inundações e galgamentos costeiros 186
5.1.7. Inundação por tsunami 193
5.1.8. Sismos 198
5.1.9. Movimentos de massa em vertentes 202
5.1.10. Erosão costeira (incluindo a destruição de praias e sistemas dunares) 207
5.1.11. Acidentes graves de transporte rodoviário 211
5.1.12. Acidentes graves de transporte ferroviário 215
5.1.13. Acidentes graves de transporte marítimo 216
5.1.14. Acidentes graves de transporte aéreo 218
5.1.15. Acidentes no transporte terrestre de mercadorias perigosas 221
5.1.16. Acidentes em infra‐estruturas fixas de transporte de produtos perigosos 223
5.1.17. Incêndios urbanos e em centros históricos 224
5.1.18. Acidentes industriais que envolvem substâncias perigosas 226
5.1.19. Colapso de estruturas em edifícios com elevada concentração populacional 227
5.1.20. Emergências radiológicas 229
5.1.21. Incêndios florestais 229
5.2. Análise da Vulnerabilidade 233
5.2.1. Ondas de calor 236
5.2.2. Ondas de frio 238
5.2.3. Nevões 239
5.2.4. Secas 239
5.2.5. Cheias e inundações 242
5.2.6. Inundações e galgamentos costeiros 245
5.2.7. Inundação por tsunami 246
5.2.8. Sismos 247
5.2.9. Movimentos de massa em vertentes 253
5.2.10. Erosão costeira (incluindo a destruição de praias e sistemas dunares) 256
5.2.11. Acidentes graves de transporte rodoviário 257
5.2.12. Acidentes graves de transporte ferroviário 258
5.2.13. Acidentes graves de transporte marítimo 258
5.2.14. Acidentes graves de transporte aéreo 259
5.2.15. Acidentes no transporte terrestre de mercadorias perigosas 259
5.2.16. Acidentes industriais que envolvem substâncias perigosas 260
5.2.17. Incêndios urbanos e em centros históricos 260
5.2.18. Colapso de estruturas em edifícios com elevada concentração populacional 263
5.2.19. Emergências radiológicas 263
5.2.20. Incêndios florestais 264
5.3. Estratégias para a Mitigação do Risco 267
5.3.1. Ondas de calor 267
5.3.2. Ondas de frio 268
5.3.3. Nevões 268
5.3.4. Secas 268
5.3.5. Cheias e inundações 269
5.3.6. Inundações e galgamentos costeiros 269
5.3.7. Inundação por tsunami 269
5.3.8. Sismos 270
5.3.9. Movimentos de massa em vertentes 270
5.3.10. Erosão costeira (incluindo a destruição de praias e sistemas dunares) 270
5.3.11. Acidentes graves de transporte rodoviário 271
5.3.12. Acidentes graves de transporte ferroviário 271
5.3.13. Acidentes graves de transporte marítimo 271
5.3.14. Acidentes graves de transporte aéreo 272
5.3.15. Acidentes no transporte terrestre de mercadorias perigosas 272
5.3.16. Acidentes industriais que envolvem substâncias perigosas 272
5.3.17. Incêndios urbanos e em centros históricos 273
5.3.18. Colapso de estruturas em edifícios com elevada concentração populacional 273
5.3.19. Emergências radiológicas 273
5.3.20. Incêndios florestais 273
6. Cenários 275
6.1. Cenário de Incêndio Florestal 275
6.2. Cenário de movimentos de massa em vertente 277
6.3. Cenário de acidente grave de transporte rodoviário 281
6.4. Cenário de ocorrência de sismo com probabilidade de ocorrência de tsunami 284 Secção III
1. Inventário de meios e recursos 288
2. Lista de contactos 288
3. Modelos de relatórios e requisições 289
4. Modelos de comunicados 297
5. Lista de controlo de actualizações do plano 298
6. Lista de registo de exercícios do plano 298
7. Lista de distribuição do plano 301
8. Legislação 303
9. Bibliografia 304
10. Glossário 305
11. Siglas e Acrónimos 311
Caderno de anexos
PARTE I
ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 7 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
1. Introdução
A Lei 27/2006 de 3 de Julho – Lei de Bases de Protecção Civil – revela a importância que os
princípios fundamentais consagrados na Constituição da República (direito à vida, integridade
física, segurança, bem‐estar e saúde dos cidadãos, defesa do património cultural e do
ambiente e preservação, em geral, dos bens da comunidade e das pessoas) têm merecido, por
parte dos Órgãos de Soberania, nomeadamente, em situações mais dramáticas, como as que
se seguem à ocorrência de acidente grave ou catástrofe sejam elas de origem natural ou
tecnológica tais como: acidentes (aéreos, rodoviários ou ferroviários), cheias (rápidas ou
progressivas) e incêndios (florestais ou industriais).
Expressa o mesmo diploma que a política de Protecção Civil tem carácter permanente,
multidisciplinar e pluri‐sectorial e é uma das actividades prioritárias dos Organismos do Estado
a nível nacional, regional, distrital e municipal, bem como de todos os cidadãos, instituições,
associações e empresas.
O Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil para o Concelho da Nazaré, adiante
designado por PMEPC, é um plano de âmbito geral e é um instrumento de suporte ao Serviço
Municipal, em sintonia com as restantes autoridades de Protecção Civil, nos seus diferentes
níveis, para a gestão operacional da generalidade das situações de emergência no Concelho da
Nazaré. Este plano estabelece as orientações no que concerne ao modo de actuação dos vários
organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de Protecção Civil. A reposição da
normalidade das áreas afectadas constitui outro dos seus objectivos, de forma a minimizar os
efeitos de um acidente grave ou catástrofe sobre as pessoas, bens e o ambiente.
O Director do PMEPC é o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Walter Manuel Cavaleiro
Chicharro, ao qual compete assegurar a sua direcção e coordenação, com vista a minimizar a
perda de vidas, bens e os danos ao ambiente, assim como, o restabelecimento, tão rápido
quanto possível, das condições mínimas de normalidade. O Presidente será substituído, em
caso de ausência ou impedimento, pelo seu substituto, o Secretário do Gabinete de Apoio à
Vereação, Prof. Orlando Jorge Eustáquio Rodrigues.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 8 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
O PMEPC é um documento desenvolvido com o intuito de operacionalizar, organizar, orientar,
agilizar e uniformizar as acções necessárias à resposta e destinadas a serem aplicadas numa
situação de acidente grave ou catástrofe. Este plano entra em vigor no primeiro dia útil a
seguir à data da sua publicação, em Diário da República e, correspondente à deliberação de
aprovação. Em regra, a revisão dos planos de emergência deve ser realizada no mínimo uma
vez a cada dois anos.
A estrutura de um plano de emergência de protecção civil, nos termos da Directiva relativa aos
critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de
protecção civil, constante da Resolução nº 25/2008 da Comissão Nacional de Protecção Civil,
publicada no Diário da República de 18 de Julho de 2008, encontra‐se dividida em 4 partes:
Parte I – Enquadramento Geral do Plano
Parte II – Organização da Resposta
Parte III – Áreas de Intervenção
Parte IV – Informação Complementar
2. Âmbito de Aplicação
De acordo com o estabelecido na Lei de Bases da Protecção Civil, o presente plano tem um
âmbito territorial de aplicação de carácter municipal e é restrito ao Concelho da Nazaré.
O Concelho da Nazaré está inserido na Região Oeste e pertence ao Distrito de Leiria. Distribui‐
se por uma área de 82,4 quilómetros quadrados, área multifacetada em termos morfológicos e
detentora de uma vasta costa atlântica. Este concelho está dividido em três freguesias, Nazaré,
sede de concelho, Valado dos Frades e Famalicão (mapa 1).
O concelho constitui um dos 12 municípios da sub‐região Oeste (NUT III), confrontando a
poente com o Oceano Atlântico e nas restantes vertentes com o Concelho de Alcobaça.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 9 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 1 – Enquadramento geográfico do concelho e das freguesias
Fonte: GTF – POM, 2013.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 10 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Nos últimos anos, foram introduzidas algumas melhorias nas mais diversas áreas
(acessibilidades, equipamentos e infra‐estruturas básicas) que têm vindo a constituir o alicerce
para o desenvolvimento efectivo do concelho.
Ao nível das infra‐estruturas viárias, a construção da A8 e, mais recentemente, a Variante à
Nazaré e o IC9 (Nazaré/Tomar) concederam uma melhoria generalizada na acessibilidade
regional e nacional.
O PMEPC identifica os riscos de origem natural ou de acção antrópica com maior probabilidade
de ocorrência no concelho e que podem originar acidentes graves ou catástrofes que afectem
populações, património edificado, ambiente e actividades socioeconómicas.
Esta análise de riscos do Município da Nazaré foi efectuada pelo Centro de Estudos
Geográficos (CEG) do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) ‐
Universidade de Lisboa, no âmbito de um protocolo estabelecido entre a OesteCIM –
Comunidade Intermunicipal e a Autoridade Nacional de Protecção Civil, para a execução do
“Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos”, em diversos municípios do Oeste.
Assim, para o concelho estão identificados como mais significativos os riscos de erosão
costeira (incluindo a destruição de praias e sistemas dunares), e acidentes graves de
transporte rodoviário, ferroviário e marítimo. No entanto, devem ser, também, considerados,
outros riscos naturais, tecnológicos e mistos, tais como:
Fenómenos meteorológicos adversos (ondas de calor, ondas de frio, nevões e secas);
Cheias e inundações;
Inundações e galgamentos costeiros;
Inundação por tsunami;
Sismos;
Movimentos de massa em vertentes;
Acidentes graves de transporte aéreo;
Acidentes de transporte terrestre de mercadorias perigosas;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 11 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Acidentes em infra‐estruturas fixas de transporte de produtos perigosos;
Incêndios urbanos e em centros históricos;
Acidentes industriais que envolvem substâncias perigosas;
Colapso de estruturas em edifícios com elevada concentração populacional;
Emergências radiológicas;
Incêndios florestais.
3. Objectivos Gerais
Como foi referido anteriormente, o PMEPC de Nazaré tem como intuito organizar, orientar,
facilitar, agilizar e uniformizar as acções necessárias à resposta. Deverá permitir antecipar os
cenários passíveis de desencadear um acidente grave ou catástrofe, definindo, de modo
inequívoco, a estrutura de organização e os procedimentos para preparação e aumento da
capacidade de resposta à emergência.
O presente plano tem como objectivos gerais:
Identificar e avaliar os riscos do município;
Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e a disponibilização
dos meios indispensáveis à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou
catástrofe;
Definir as orientações relativamente ao modo de actuação dos vários organismos,
serviços e estruturas a empenhar em operações de protecção civil;
Definir a unidade de direcção, coordenação e comando das acções a desenvolver;
Coordenar e sistematizar as acções de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de
intervenção das entidades intervenientes;
Inventariar os meios e recursos disponíveis para acorrer a um acidente grave ou
catástrofe;
Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou
catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível as condições mínimas de
normalidade às populações do município;
Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e
coordenado de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território,
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 12 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
sempre que a gravidade e dimensão das ocorrências o justifique;
Habilitar as entidades envolvidas e definir o seu âmbito de intervenção no plano de
forma a manterem o grau de preparação e de prontidão necessário à gestão de
acidentes graves ou catástrofes;
Preparar a realização regular de treinos e exercícios, de carácter sectorial ou global,
destinados a testar o plano e a sua consequente actualização;
Promover a informação das populações através de acções de sensibilização, tendo em
vista a sua preparação, a promoção de uma cultura de autoprotecção e o
entrosamento na estrutura de resposta à emergência.
4. Enquadramento Legal
Os principais diplomas legais que sustentam a elaboração do PMEPC de Nazaré são os
seguintes:
Critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de
emergência de protecção civil (Resolução da Comissão Nacional de Protecção Civil n.º
25/2008, de 18 de Julho);
Lei que define o enquadramento institucional e operacional da Protecção Civil no
âmbito municipal (Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro);
Lei de Bases da Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, com a alteração
introduzida pela Declaração de Rectificação n.º 46/2006, de 28 de Julho);
Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (Decreto‐Lei n.º134/2006, de
25 de Julho).
Lei que transfere as competências dos governos civis e dos governadores civis para
outras entidades da Administração Pública em matérias de reserva de competência
legislativa da Assembleia da República (Lei Orgânica 1/2011).
Lei que transfere as competências dos governos civis, no âmbito da competência
legislativa do Governo, para outras entidades da Administração Pública, estabelece as
regras e os procedimentos atinentes à liquidação do património dos governos civis e à
definição do regime legal aplicável aos seus funcionários, até à sua extinção (Decreto‐
Lei n.º 114/2011).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 13 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5. Antecedentes do processo de planeamento
A elaboração do PMEPC de Nazaré – Versão 2 baseou‐se no anterior PMEPC de Nazaré de
1999. Durante estes últimos anos, não houve registo de que o mesmo tenha sido activado.
Para efeitos de cumprimento legal, as componentes não reservadas da Versão 2, encontraram‐
se disponíveis para consulta pública, durante trinta dias úteis, contados a partir da publicitação
do Edital n.º 17/2011. Assim, o referido Plano esteve disponível para consulta pública durante
o período de tempo compreendido entre o dia 28 de Junho e o dia 9 de Agosto de 2011.
No decorrer do período de consulta pública, o documento em questão esteve disponível para
consulta na Câmara Municipal da Nazaré, assim como no website do município, tendo sido
prestada essa informação mediante afixação do supra citado Edital no edifício dos Paços do
Concelho e nas sedes das Juntas de Freguesia do Concelho.
Posteriormente, e após a recepção e incorporação dos contributos provenientes desta
consulta, a CMPC emitiu parecer prévio a 20 de Setembro de 2011, tendo sido submetido a
Reunião Camarária a 21 de Setembro de 2011 e remetido para conhecimento à Assembleia
Municipal a 30 de Setembro de 2011. De seguida, foi enviado para a ANPC que emitiu parecer
prévio a 14 de Dezembro de 2012 e posterior aprovação pela CNPC a 23 Janeiro de 2013 e
publicação a 5 de Agosto de 2013 em Diário da República, 2ª série, pela Resolução n.º 19/2013
da CNPC, a rever no prazo máximo de um ano após a sua entrada em vigor (6 Agosto de 2013).
Para efeitos de cumprimento legal, o PMEPC de Nazaré – Versão 3 (Revisão do PMEPC 2011),
designadamente as componentes não reservadas, prevê‐se que irá estar disponível para
consulta pública, durante trinta dias úteis, após o respectivo parecer da Comissão Municipal de
Protecção Civil da Nazaré e submetido a Reunião de Câmara.
No decorrer do período de consulta pública, o documento em questão estará disponível para
consulta na Câmara Municipal da Nazaré, assim como no website do município, informação
essa a afixar em edital no edifício dos Paços do Concelho e nas sedes das Juntas de Freguesia
do Concelho.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 14 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Após a recepção e incorporação dos contributos provenientes da consulta pública, o PMEPC
será novamente submetido a Reunião de Câmara e posteriormente enviado para a CNPC,
mediante parecer prévio da ANPC.
No decorrer da revisão do presente plano, foram também efectuados exercícios práticos de
teste em campo, designadamente simulacros no Ascensor da Nazaré, e nos Centros Escolares
da Nazaré e de Valado dos Frades, bem como exercícios periódicos e acções de sensibilização,
nestes mesmos centros escolares, conforme a seguinte informação:
SIMULACROS
Acidente Ferroviário – Ascensor da Nazaré 12 Maio 2012
(Junto se anexa o respectivo relatório do Simulacro Acidente Ferroviário “ASCENSOR DA NAZARÉ, 2012” – Anexo IV)
SIMULACROS
Centro Escolar da Nazaré 02 Abril e 12 Dezembro 2013
Centro Escolar de Valado dos Frades 04 Abril e 13 Dezembro 2013
EXERCÍCIOS PERIÓDICOS
Centro Escolar da Nazaré
17 Outubro 2013
25 Novembro 2013
06 Dezembro 2013 (manhã)
Centro Escolar de Valado dos Frades
18 Outubro 2013
26 Novembro 2013
06 Dezembro 2013 (tarde)
ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Centro Escolar da Nazaré 17 Janeiro 2013
Centro Escolar de Valado dos Frades 25 Janeiro 2013
(A informação apresentada superiormente é da responsabilidade do técnico autorizado para
efectuar projectos de segurança contra incêndios e medidas de auto‐protecção em edifícios e
recintos qualificados de 3.ª e 4.ª categoria de risco, do Município da Nazaré (Eng.ª Dina Costa),
conforme autorização da ANPC).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 15 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
6. Articulação com Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território
A política de ordenamento do território e de urbanismo assenta no sistema de gestão
territorial, que se organiza, num quadro de interacção coordenada, em três âmbitos: nacional,
regional e municipal.
Os diversos instrumentos de planeamento e ordenamento do território, quando aplicados de
forma responsável e rigorosa, potenciam o ordenamento e contribuem para reduzir a
probabilidade de ocorrências de riscos naturais e tecnológicos.
O Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Nazaré foi elaborado sem descorar a
interligação necessária com os instrumentos de planeamento e ordenamento do território, ou
seja, respeita todas as referências emanadas ao nível nacional, regional e municipal (figura 1).
Figura 1. Instrumentos de Gestão Territorial
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 16 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Esta articulação é relevante, uma vez que os instrumentos de gestão territorial devem
estabelecer os comportamentos susceptíveis de imposição aos utilizadores do solo, tendo em
conta os riscos para o interesse público relativo à protecção civil, designadamente nos
domínios da construção de infra‐estruturas, da realização de medidas de ordenamento e da
sujeição a programas de fiscalização.
A elaboração e a revisão do PMEPC de Nazaré foram efectuadas em estreita sinergia com o
Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Alcobaça‐Mafra, o Plano Director Municipal
(PDM) da Nazaré, que se encontra em processo de revisão, com o Plano Municipal de Defesa
da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), e com o Plano Operacional Municipal 2014 (POM), dos
quais se retiraram essencialmente dados acerca da estrutura demográfica, rede viária,
actividades económicas, áreas de risco, meios, recursos e contactos.
Salienta‐se ainda a pretensão de articulação com o Plano de Emergência de Protecção Civil do
Município adjacente – Concelho de Alcobaça, com o Plano Distrital de Emergência de
Protecção Civil de Leiria (PDEPC), com o Plano Mar Limpo e com Plano de Salvamento
Marítimo da Capitania do Porto da Nazaré.
Assim sendo, o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Nazaré articula‐se
essencialmente com:
Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Alcobaça – Mafra (POOC Alcobaça – Mafra)
O Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Alcobaça‐Mafra (POOC de Alcobaça‐Mafra),
aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 11/2002 data de 17 de Janeiro, tem um
prazo de vigência de dez anos. Após esse período deverá o plano ser revisto.
É um Instrumento de Gestão Territorial que regulamenta os diversos usos e actividades
específicos da orla costeira; define a classificação das praias e a regulamentação do seu uso
balnear; consagra a valorização e qualificação das praias e a regulamentação das praias
consideradas estratégicas por motivos ambientais e turísticos; define a orientação para o
desenvolvimento de actividades específicas na orla costeira e para a defesa e conservação da
natureza. Para tal, define, classifica e regulamenta o uso e ocupação do solo.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 17 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Assim, relativamente ao POOC Alcobaça‐Mafra, interessou particularmente:
O regulamento;
A carta de condicionantes (assinala as servidões administrativas e restrições de
utilidade pública);
A carta síntese (delimita as classes e categorias de espaços, em função do uso
dominante);
O troço de costa compreendido entre Alcobaça e Mafra, com uma extensão de cerca de 142
km, caracteriza‐se, de uma forma geral, por apresentar uma fisiografia diversificada,
resultante da presença de arribas com altura bastante variável, pontualmente interrompidas
pelas zonas terminais das linhas de água e por sistemas dunares.
Trata‐se, contudo, de um troço de costa sujeito a processos erosivos graves, originando
situações de risco para pessoas e bens, como se verifica em alguns aglomerados populacionais
e em diversos trechos de costa com utilização balnear. Simultaneamente, as suas elevadas
potencialidades, decorrentes dos seus valores endógenos e da sua posição estratégica,
relativamente à Área Metropolitana de Lisboa, determinam uma forte procura traduzida numa
intensa ocupação humana, quer dos aglomerados urbanos, quer das áreas turísticas, de
formação recente e associadas aos aglomerados tradicionais.
Plano Director Municipal (PDM) da Nazaré
De acordo com a legislação actual que regulamenta os Planos Municipais de Ordenamento do
Território (PMOT), o Plano Director Municipal “estabelece a estratégia de desenvolvimento
territorial, a política municipal de ordenamento do território e de urbanismo e as demais
políticas urbanas, integra e articula as orientações estabelecidas pelos instrumentos de gestão
territorial de âmbito nacional e regional e estabelece o modelo de organização espacial do
território municipal.” (artigo 84º do Decreto‐Lei n.º 380/99, com a redacção dada pelo
Decreto‐Lei n.º 316/2007).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 18 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
O Plano Director Municipal da Nazaré constitui um instrumento de natureza regulamentar que
rege a ocupação, uso e transformação do solo na área do Município. Tem como objectivos
estabelecer uma estrutura espacial do território municipal assentando na classificação do solo
e índices urbanísticos.
O Plano Director Municipal da Nazaré é constituído por três documentos diferentes que
interessaram na elaboração do PMEPC de Nazaré, designadamente:
O regulamento, que tal como o nome indica agrupa as condições legais que devem ser
cumpridas na ocupação do solo municipal;
A planta de ordenamento que representa o modelo de estrutura espacial do território
municipal de acordo com os sistemas estruturantes e a classificação e qualificação dos
solos, e também as unidades operativas de planeamento e gestão definidas;
A planta de condicionantes que identifica as servidões e restrições de utilidade pública
em vigor que possam constituir limitações ou impedimentos a qualquer forma
específica de aproveitamento.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) da Nazaré
O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) da Nazaré contém as
acções necessárias à defesa da floresta contra incêndios e, para além das ações de prevenção,
inclui a previsão e a programação integrada das intervenções das diferentes entidades
envolvidas perante a eventual ocorrência de incêndios, visando operacionalizar ao nível local e
municipal as normas contidas na legislação de DFCI, nomeadamente do Decreto‐Lei nº
124/2006, de 28 de Junho no ponto 1 do Artigo 10.º.
O PMDFCI articula‐se com o PMEPC de Nazaré através da inclusão de informação e
regulamentação relativa ao risco de incêndio florestal.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 19 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Plano Operacional Municipal (POM)
O Plano Operacional Municipal define e estabelece as competências dos agentes de defesa da
floresta contra incêndios, garantindo assim a operacionalização e articulação entre todas as
entidades a nível municipal e/ou intermunicipal contribuindo para a diminuição do número de
ocorrências e de área ardida.
O POM, enquanto instrumento de operacionalização, deve procurar uma articulação estrita
com o PMDFCI e PMEPC. A actualização anual do POM deve ter repercussão imediata no
PMEPC no que se refere à alteração dos meios e recursos disponíveis e dos contactos das
diversas entidades envolvidas.
Outros Instrumentos de Planeamento
‐ Plano Distrital de Emergência de Protecção Civil de Leiria
Além dos Planos referidos anteriormente, a articulação do PMEPC de Nazaré, de nível
municipal, com o Plano Distrital de Emergência de Protecção Civil de Leiria, de âmbito
distrital/regional, encontra‐se condicionada, uma vez que o mesmo se encontra em fase de
revisão à data da elaboração do PMEPC de Nazaré, de acordo com a legislação em vigor
(Resolução n.º 25/2008, de 18 de julho), pelo que na próxima revisão do PMEPC de Nazaré
será realizada a devida articulação com o referido Plano, designadamente a organização
operacional e as missões dos diversos intervenientes.
‐ Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça (município adjacente)
Paralelamente, foi manifestado, ao Município de Alcobaça, o interesse e a necessidade de
articulação entre os PMEPC de ambos os municípios, tendo sido reunidos esforços nesse
sentido. No entanto, até à data ainda não foi possível reunir do Município de Alcobaça
algumas informações pretendidas para o efeito, pelo que tal articulação ainda não foi possível
de concretizar.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 20 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Esta articulação prende‐se não só com as estratégias de intervenção e prevenção previstas,
mas também com os meios materiais e humanos disponíveis e a análise de riscos. A articulação
com o PMEPC do concelho adjacente deverá ter em conta a segurança dos aglomerados
populacionais que se localizam nos limites administrativos e que carecem de infraestruturas de
apoio as quais podem ser complementadas com os meios disponíveis no concelho vizinho.
7. Activação do Plano
7.1. Competência para a activação do plano
A activação do plano de emergência propõe‐se assegurar a cooperação das várias entidades
intervenientes, garantindo a mobilização mais célere dos meios e recursos, afectos ao plano, e
uma maior eficiência na execução das ordens e procedimentos previamente definidos.
De acordo com a alínea c) n.º 3, do artigo 3.º, da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, em caso
de iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, o PMEPC de Nazaré é activado
pela Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC).
Caso seja impossível reunir todos os membros da CMPC e após a declaração da situação de
Alerta, o PMEPC pode ser activado, excepcionalmente, com a presença de um terço dos seus
elementos e com a presença do Director do Plano, das Forças de Segurança e dos Bombeiros,
sendo a declaração de activação sancionada, assim que possível, em plenário da referida
comissão. A activação do PMEPC é imediatamente comunicada ao Comando Distrital de
Operações de Socorro de Leiria (CDOS de Leiria) pela via mais rápida (rede telefónica móvel e
fixa e via rádio na rede de Protecção Civil).
Os meios a utilizar, em separado ou simultaneamente, para publicitação à população da
activação do PMEPC de Nazaré são os seguintes:
Envio de mensagem SMS e E‐Mail de acordo com a lista de contactos, conforme consta
no Caderno III – Anexos – Comunicações e de acordo com o estipulado no 2.3. Sistema
de Monitorização, Alerta e Aviso;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 21 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Radiodifusão de comunicados e outra informação oficial na Rádio Nazaré;
Página oficial de internet do município (www.cm‐nazare.pt);
Avisos sonoros difundidos pelos altifalantes dos veículos da Protecção Civil, Guarda
Nacional Republicana (GNR) – Posto Territorial de Valado dos Frades, Polícia de
Segurança Pública (PSP) – Esquadra da Nazaré, e Bombeiros Voluntários da Nazaré
(BVN);
Pessoalmente e localmente com recurso a voluntários/colaboradores identificados nas
Juntas de Freguesia de Famalicão, Nazaré, e Valado dos Frades;
Comunicação de activação do plano ao Município de Alcobaça.
A desactivação do plano será efectuada pela CMPC através de divulgação nos meios de
comunicação social.
7.2. Critérios para a activação do plano
O PMEPC é activado quando existe iminência ou ocorrência de uma situação de acidente grave
ou catástrofe, da qual se antevejam danos avultados para as populações, bens e ambiente,
que justifiquem a adopção de medidas excepcionais de prevenção, planeamento e informação.
Sendo este plano de carácter geral não é simples quantificar os parâmetros a partir dos quais
se justifique essa activação.
No entanto, definiu‐se que o PMEPC de Nazaré seria activado quando na ocorrência de um
acidente grave ou catástrofe se verifique um dos seguintes critérios:
Número de vítimas (nomeadamente, feridos graves, mortos…) igual ou superior a 6;
Número de desalojados iguais ou superior a 10 famílias;
Prejuízos nos serviços e infra‐estruturas (interrupção do fornecimento de água, energia
e telecomunicações) durante um período de 3 dias consecutivos;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 22 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Danos no ambiente (destruição de zonas florestais, descargas de matérias perigosas em
aquíferos ou no solo e libertação de matérias perigosas para a atmosfera) durante um
período de 2 dias consecutivos;
Danos nos bens e património (habitações, edifícios da PC e património classificado) em
mais de 3 edifícios.
O PMEPC pode, ainda, ser activado sempre que se justifique a adopção de medidas
excepcionais para fazer face a condições que não puderam ser previstas nos pontos
anteriores.
Sempre que se verifique a activação do PMEPC, tal informação será transmitida ao concelho
adjacente – Município de Alcobaça.
A desactivação do plano será efectuada pela CMPC através de divulgação nos meios de
comunicação social, após parecer do COM e do SMPC, sendo a mesma efetuada apenas
quando estiver garantida a segurança das populações e as condições mínimas de
normalidade.
8. Programa de exercícios
De acordo com o n.º2, do artigo 9.º, da Resolução da Comissão Nacional de Protecção Civil n.º
25/2008, de 18 de Julho, os planos de emergência devem ser objecto de exercícios, no mínimo
uma vez a cada dois anos, periodicidade adoptada para este plano. O PMEPC de Nazaré deve
ser regularmente exercitado através de exercícios em que se simulam situações de emergência
a diferentes níveis, de modo a garantir a permanente operacionalidade do plano e a validação
dos pressupostos nele contidos.
Estes exercícios possibilitam testar o plano em vigor, permitindo a sua adaptação e
actualização, se for caso disso e, por outro lado, permitem rotinas nos procedimentos a
adoptar em situação real de emergência.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 23 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
O programa de exercícios a adoptar para verificar a operacionalidade do PMEPC de Nazaré
será alternadamente do tipo CPX (Comand Post Exercise) ou LivEx (Live Exercise). Por exercício
de postos de comando (CPX) entende‐se “aquele que se realiza em contexto de sala de
operações e tem como objectivos testar o estado de prontidão e a capacidade de resposta e
de mobilização de meios das diversas entidades envolvidas nas operações de emergência”. No
que diz respeito ao exercício LivEx, entende‐se “um exercício de ordem operacional, no qual se
desenvolvem missões no terreno, com meios humanos e equipamento, permitindo avaliar as
disponibilidades operacionais e as capacidades de execução das entidades envolvidas”.
Foram realizados exercícios, conforme constam na lista de Registo de Exercícios, no prazo
máximo de 180 dias, após a aprovação da revisão do plano.
Programa de exercícios Tipo exercício
Indicadores CPX (Comand Post Exercise) LivEx (Live Exercise)
Periodicidade (tempo mínimo) 2 em 2 anos 2 em 2 anos
Avaliação do exercício As entidades participantes deverão elaborar um relatório
de impressão, actas das reuniões e um relatório final.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 24 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
PARTE II
ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 25 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA
A Parte II tem como finalidade definir a organização da resposta, tipificando as missões e
modo de actuação e articulação dos agentes de protecção civil, organismos e entidades de
apoio e estruturas autárquicas.
1. Conceito de actuação
O conceito de actuação propõe‐se estabelecer os princípios orientadores a aplicar numa
operação de emergência de Protecção Civil, definindo a missão, tarefas e responsabilidades
dos diversos agentes, organismos e entidades, e estruturas autárquicas intervenientes e
identificando as respectivas regras de actuação. É importante assegurar a criação de condições
necessárias ao empenhamento, célere e eficiente, dos recursos disponíveis e tipificar as
medidas a adoptar para resolver ou atenuar os efeitos resultantes de um acidente grave ou
catástrofe.
Estrutura de Direcção Política
Director do Plano
O Director do PMEPC de Nazaré é o Presidente da Câmara Municipal, que nos termos da Lei, é
a autoridade máxima ao nível da Protecção Civil Municipal, a quem compete desencadear, na
iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as acções de Protecção Civil de
prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas a cada caso. Em caso de
impedimento será substituído pelo Secretário do Gabinete de Apoio à Vereação, Prof. Orlando
Rodrigues.
Para além do exercício da função de Director do Plano, as competências, neste âmbito, do
Presidente da Câmara Municipal são as seguintes:
Declarar a situação de alerta;
Presidir à CMPC;
Pronunciar‐se sobre as declarações de situação de contingência que abarquem o
concelho;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 26 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Assegurar a comunicação de todas as situações de emergência verificadas no
município ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria;
Decidir a evacuação das populações de acordo com a informação proveniente do
Comandante Operacional Municipal (COM).
O Director do Plano é apoiado pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, pelos restantes
serviços do município, pelos agentes de protecção civil, entidades e organizações de apoio, e
estruturas autárquicas, de carácter municipal.
1.1 Comissão Municipal de Protecção Civil da Nazaré
A Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC) é o órgão de coordenação em matéria de
protecção civil, sendo composta por elementos que auxiliam na definição e execução da
política de protecção civil. De acordo com o nº 1 do artigo 3º, da Lei nº 65/2007, esta comissão
assegura que todas as entidades e instituições de âmbito municipal imprescindíveis às
operações de protecção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de
acidente grave ou catástrofe, se articulem entre si, garantindo os meios considerados
adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto.
No quadro seguinte indica‐se a composição e respectivas atribuições da CMPC especificadas
na Lei de Bases de Protecção Civil.
Comissão Municipal de Protecção Civil da Nazaré(Coordenada pelo Presidente da Câmara)
Composição Lei n.º 65/2007, art. 3.º, n.º2
Presidente do Município da Nazaré
Comandante Operacional Municipal
Serviços Municipalizados da Nazaré
Corpo de Bombeiros Voluntários da Nazaré
PSP da Nazaré
GNR ‐ Posto Territorial de Valado dos Frades
GNR ‐ Subdestacamento de Controlo Costeiro da Nazaré
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 27 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Forças Armadas ‐ Escola de Sargentos do Exército das Caldas da Rainha
Autoridade Marítima Local – Capitania do Porto da Nazaré e Polícia Marítima
Delegado de Saúde Local
Confraria Nossa Senhora da Nazaré
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e da Nazaré
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)
Delegação Local da Cruz Vermelha Portuguesa da Nazaré
Comando Distrital de Operacões de Socorro (CDOS) – Leiria
Instituto da Segurança Social, I.P. – Serviço Local da Nazaré
Porto de Abrigo da Nazaré
Presidente da Junta de Freguesia da Nazaré
Presidente da Junta de Freguesia de Famalicão
Presidente da Junta de Freguesia de Valado dos Frades
Director do Agrupamento de Escolas da Nazaré
Agrupamento de Escuteiros 924 de Famalicão
Agrupamento de Escuteiros 735 de Valado dos Frades
Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Valado dos Frades
Águas do Oeste
Estradas de Portugal
Auto Estradas do Atlântico
Auto‐Estradas Litoral Oeste
EDP
Lusitânia Gás
REFER
Portugal Telecom
AtribuiçõesLei n.º 65/2007, art. 3.º, n.º3
Accionar a elaboração do PMEPC de Nazaré e remetê‐lo para aprovação pela CNPC,
acompanhando a sua execução;
Acompanhar as políticas directamente ligadas ao sistema de PC que sejam desenvolvidas
por agentes públicos;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 28 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Determinar o accionamento dos planos, quando tal se justifique;
Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC accionam, ao nível
municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios
necessários ao desenvolvimento das acções de Protecção Civil;
Difundir comunicados e avisos às populações, entidades e instituições, incluindo os órgãos
de comunicação social.
Local de funcionamento
Actualmente, a CMPC reúne no Salão Nobre do Edifício dos Paços de Concelho, na Av. Vieira
Guimarães, em alternativa, na Biblioteca Municipal, na Av. Grupo Desportivo dos Nazarenos.
1.2. Comandante Operacional Municipal (COM)
O COM, João Paulo Fidalgo Estrelinha, nomeado pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal, Dr.
Walter Chicharro, através do Despacho n.º 50/2014, de 16 Julho, com efeitos a partir de 1 de
Agosto, e actual Comandante do Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários da Nazaré, tem como missão dirigir e coordenar a intervenção das
diversas áreas que integram a resposta a situações de emergência do Município da Nazaré,
mantendo em simultâneo uma articulação operacional com o Director do Plano e com o
Comandante Operacional Distrital (CODIS), através do CDOS.
Como COM do Município são‐lhe atribuídas as seguintes competências e responsabilidade:
Acompanhar permanentemente as operações de protecção e socorro que ocorram
no município;
Dirigir e coordenar as várias áreas de intervenção definidas na Estrutura Operacional
de Emergência;
Comparecer no local do sinistro sempre que as circunstâncias o aconselhem;
Dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional no respectivo
município;
Promover a elaboração dos planos prévios de intervenção com vista à articulação de
meios face a cenários previsíveis;
Promover reuniões periódicas de trabalho, com a CMPC, sobre matérias de âmbito
exclusivamente operacional.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 29 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2. Execução do Plano
No uso das competências e responsabilidades que legalmente lhe estão atribuídas no âmbito
da direcção e coordenação das operações de Protecção Civil, compete ao Presidente da
Câmara Municipal assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido,
eficiente e coordenado de todos os meios disponíveis no concelho e dos recursos que venha a
obter, para reforço das acções a desenvolver nas fases de emergência e de reabilitação dos
serviços essenciais, na iminência ou na ocorrência de acidente grave ou catástrofe.
O Presidente da Câmara, convoca a CMPC, que procede à activação do PMEPC e acciona o
aviso às populações em perigo/risco. A CMPC coordena e promove a actuação dos meios de
socorro de modo a que a situação seja controlada o mais rapidamente possível e decide, em
cada momento, as acções mais convenientes em função da emergência, e a aplicação das
medidas de protecção, tanto para a população como para os vários agentes intervenientes no
PMEPC.
2.1 Fase de emergência A fase de emergência caracteriza‐se pelas acções de resposta tomadas e desenvolvidas nas
primeiras horas após um acidente grave ou catástrofe e tem como finalidade providenciar,
através de uma resposta concertada, as condições e meios indispensáveis à minimização das
consequências, nomeadamente as que tenham impacto nos cidadãos, no património e no
ambiente.
FASE DE EMERGÊNCIA Prioridades de acção durante a fase de emergência
Declarar a situação de alerta e convocar, de imediato, a CMPC;
Accionar os avisos às populações em risco/perigo;
Coordenar e promover a actuação dos meios de intervenção, de modo a possibilitar,
o mais rapidamente possível, o controlo da situação e a prestação do socorro às
pessoas em perigo, através das acções de protecção, busca, salvamento, combate e
mortuária adequadas;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 30 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Promover a evacuação dos feridos e doentes para os locais destinados à prestação de
cuidados médicos;
Coordenar e promover a evacuação das populações das zonas de risco, bem como, as
medidas destinadas ao seu alojamento, alimentação e agasalho;
Assegurar a manutenção da lei e da ordem, garantindo a circulação nas vias de
acesso necessárias à movimentação dos meios de socorro e evacuação das
populações em risco;
Garantir a acções adequadas a minimizar as agressões ao ambiente, bem como à
salvaguarda do património histórico e cultural;
Manter‐se permanentemente informado sobre a evolução da situação, promovendo,
em tempo útil, a actuação oportuna dos meios de intervenção;
Informar da situação o CDOS de Leiria e solicitar os apoios e meios de reforço que
considere necessários;
Difundir através dos órgãos de comunicação social ou de outros meios, os conselhos
e medidas de protecção a adoptar pelas populações em risco;
Declarar o fim da emergência.
2.2. Fase de reabilitação Nesta fase e para a reposição urgente da normalidade das condições de vida da população
atingida, e face à tipologia do risco, deverão ser executadas acções essenciais para o rápido
restabelecimento das infra‐estruturas e dos serviços públicos e privados essenciais.
FASE DE REABILITAÇÃO (após a emergência)
Estabelecer as condições para o regresso das populações, bens e animais deslocados
e promover a inspecção de edifícios e estruturas, assim como, a remoção de
destroços ou entulhos;
Adoptar as medidas de reabilitação necessárias à rápida normalização da vida das
populações atingidas, procedendo ao rápido restabelecimento das infra‐estruturas,
dos serviços públicos essenciais e privados essenciais, fundamentalmente o
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 31 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
abastecimento de água, energia, comunicações e acesso; e à prevenção de novos
acidentes;
Avaliação e quantificação dos danos pessoais e materiais, com o objectivo de obter
informações destinadas a apoiar as actividades das forças de intervenção, a
determinar prioridades quanto ao restabelecimento das vias de circulação e das redes
públicas essenciais e, ainda, a estimar os prejuízos causados pela emergência.
3. Articulação e Actuação de Agentes, Organismos e Entidades, e Estruturas Autárquicas Sem prejuízo de uma descrição mais detalhada das actividades a desenvolver em cada área de
intervenção, pretende‐se descrever genericamente quais as principais atribuições ou missões
de cada entidade interveniente.
Os Presidentes das Câmaras Municipais, de acordo com a legislação em vigor, organizam e
dirigem os Serviços Municipais Protecção de Civil (SMPC), a fim de fazer face a operações de
Protecção Civil na área do respectivo município. Adicionalmente, promovem a elaboração do
PMEPC, tendo em consideração as linhas de orientação estabelecidas pela Comissão Nacional
de Protecção Civil, a análise dos riscos e vulnerabilidades e os meios e recursos disponíveis no
concelho.
Nos termos da Lei de Bases da Protecção Civil são Agentes de Protecção Civil, de acordo com
as suas atribuições próprias:
Os Corpos de Bombeiros;
As Forças de Segurança;
As Forças Armadas;
A Autoridade Marítima e Aeronáutica;
O INEM e demais serviços de saúde;
Os Sapadores Florestais.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) exerce, em cooperação com os demais agentes e de
harmonia com o seu estatuto próprio da intervenção, apoio, socorro e assistência sanitária e
social.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 32 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Os Organismos e Entidades de Apoio são todos os serviços e instituições, públicos ou
privados, com dever especial de cooperação com os agentes de protecção civil ou com
competências específicas em domínios com interesse para a prevenção, a atenuação e o
socorro às pessoas, aos bens e ao ambiente.
Neste sentido enquadram‐se nos Organismos e Entidades de Apoio:
As Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários;
Os Serviços de Segurança
O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF);
As Instituições de Segurança Social;
As Instituições com fins de Socorro e de Solidariedade;
Os Organismos responsáveis pela floresta, conservação da natureza, indústria e
energia, transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente;
Os serviços de segurança e socorro privativos das empresas públicas e privadas, dos
portos e aeroportos.
As Estruturas Autárquicas consideram‐se:
Serviços Municipalizados
Divisão de Infra‐Estruturas e Obras Públicas
Gabinete de Imprensa
Gabinete de Acção Social
Área Financeira
Gabinete de Cultura
Juntas de Freguesia
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 33 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
3.1. Missão dos Agentes de Protecção Civil
3.1.1 e 3.1.2 Fase de Emergência e Fase de Reabilitação
AGENTES PROTECÇÃO CIVIL (APC)
FASES (MISSÃO)
EMERGÊNCIA REABILITAÇÃO
Corpo de Bombeiros
Voluntários da Nazaré
1.Garantem a operacionalidade permanente dos meios necessários às acções de socorro e salvamento, incluindo os equipamentos de comunicações próprios;
2. Garantem todas as acções relacionadas com a prevenção e o combate a incêndios, o socorro a vítimas de acidente ou de doença súbita e o salvamento das populações.
3. Garantem as acções de busca e salvamento; 4. Garantem/participam na prestação de primeiro socorro às vítimas com recurso às técnicas de Suporte Básico de Vida;
5. Garantem a evacuação primária das vítimas; 6. Garantem a colaboração na evacuação secundária para unidades de saúde referenciadas;
7. Garantem o apoio à GNR e PSP na evacuação das populações e colocam os meios próprios disponíveis, à disposição da evacuação das populações com necessidades especiais.
1. Colaboram na evacuaçãosecundária para unidades de saúde diferenciadas;
2. Colaboram na difusão de avisos e informação pública às populações, através de veículos próprios com equipamentos adequados;
3. Colaboram, com a GNR e PSP, na evacuação da população geral e com necessidades especiais, colocando os meios próprios disponíveis à disposição da evacuação;
4. Colaboram nas acções de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório e assistência das populações;
Forças de Segurança:
. PSP – Esquadra da
Nazaré
. GNR – Posto Territorial de
Valado dos Frades
. Sub‐destacamento de Controlo Costeiro da Nazaré (GNR)
1. Asseguram os meios próprios necessários àordem pública e à movimentação e evacuação das populações;
2. Garantem e coordenam as actividades de ordem pública, movimentação e evacuação;
3. Garantem a operacionalidade permanente dos meios necessários à manutenção da segurança e evacuação das populações, bem como da movimentação e controlo de tráfego;
4. Garantem a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações das unidades;
5. Garantem, em caso de necessidade, um serviço de estafetas;
6. Garantem a segurança de pessoas e bens, nomeadamente, nas zonas de sinistro, de apoio e de concentração e reserva, bem como nas áreas e centros de acolhimento provisório e armazéns de emergência;
7. Garantem e controlam o acesso aos postos de triagem, assistência pré‐hospitalar, evacuação secundária, locais de reunião de mortos e morgues provisórias;
8. Garantem e mantêm abertos corredores de circulação destinados à evacuação secundária.
1. Colaboram na difusão de avisos e informação pública às populações, através de veículos próprios com equipamentos adequados;
2. Colaboram na orientação, evacuação/movimentação das populações;
3. Colaboram nas acções de mortuária;
4. Colaboram e orientam o regresso das populações evacuadas;
5. Colaboram na manutenção da segurança nas zonas de protecção aos locais de sinistro;
6. Exercem quaisquer outras actividades no âmbito das suas competências e de acordo com o legislado sobre a matéria.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 34 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
AGENTES PROTECÇÃO CIVIL (APC)
FASES (MISSÃO)
EMERGÊNCIA REABILITAÇÃO
Forças Armadas:
Escola dos
Sargentos do Exército das Caldas
da Rainha
1. Garantem a sua intervenção no âmbito do apoio em: busca e salvamento, socorro, assistência sanitária e social;
2. Colaboram na evacuação, transporte de desalojados e ilesos, instalação de alojamentos temporários, montagem de postos de triagem, em colaboração com o INEM, levantamento de feridos e cadáveres;
3. A sua mobilização deverá ser solicitada pelo COD ao Presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil nas respectivas áreas operacionais, no entanto, em caso de manifesta urgência, podem solicitar a sua colaboração directamente aos comandantes das unidades implantadas na respectiva área, informando disso mesmo o comandante operacional nacional.
1. Colaboram nas operações de distribuição de alimentação e água assim como, à distribuição de agasalhos às populações deslocadas;
2. Apoiam e orientam o regresso das populações evacuadas;
3. Colaboram na montagem de tendas nos espaços definidos para campos de desalojados.
Autoridade Marítima:
. Capitania do Porto da Nazaré
. Polícia Marítima – Comando Local
1. Actuar no âmbito do alerta, aviso, intervenção, busca e salvamento no espaço de jurisdição marítima, no contexto dos riscos marítimos, solicitando quando necessário a colaboração do SMPC;
2. Assumir o comando das operações de socorro (COS) no espaço de jurisdição marítima, articulando‐se com o SMPC e com o CDOS na condução das operações, em conformidade com o PMEPC e com a Directiva Operacional da ANPC;
3. Colaborar com o SMPC, fora do espaço de jurisdição marítima, sempre que se torne necessário, articulando‐se no TO com o COS;
4. Propor, em caso de acidente grave ou catástrofe, no espaço de jurisdição marítima (ex: maré negra de grande dimensão), em sede de CMPC, a activação do PMEPCN;
5. Garantir a manutenção da lei, ordem e segurança de pessoas e bens no espaço de jurisdição marítima;
6. Proceder ao resgate e encaminhamento, de acordo com a lei, de cadáveres encontrados no espaço de jurisdição marítima;
7. Proceder ao reconhecimento e avaliação de danos, no espaço de jurisdição marítima, iniciando pelos pontos e instalações críticas.
1. Garantir a manutenção da lei e ordem e segurança de pessoas e bens no espaço de jurisdição marítima;
2. Disponibilizar meios para apoio às populações nas zonas sinistradas;
3. Proceder ao resgate e encaminhamento, de acordo com a lei, de cadáveres encontrados no espaço de jurisdição marítima;
4. Proceder no âmbito das suas competências (assinalamento marítimo, balizagem, actividades técnico‐administrativo, etc.), em articulação com outras entidades, na recuperação da normalidade das actividades marítimo‐portuárias;
5. Coordenar eventuais operações de combate à
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 35 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
8. As missões da Autoridade Marítima deverão
considerar, para além das já estabelecidas, a
intervenção em todas as ocorrências em razão
do espaço geográfico de jurisdição marítima
(espaço marítimo e suas margens numa largura
de 50 metros a partir da linha de máxima
preia‐mar de águas vivas equinociais areais de
praia, infra‐estruturas portuárias e estaleiros).
poluição marítima por hidrocarbonetos ou outras substâncias perigosas.
6. As missões da Autoridade Marítima deverão considerar, para além das já estabelecidas, a intervenção em todas as ocorrências em razão do espaço geográfico de jurisdição marítima (espaço marítimo e suas margens numa largura de 50 metros a partir da linha de máxima preia‐mar de águas vivas equinociais areais de praia, infra‐estruturas portuárias e estaleiros).
AGENTES PROTECÇÃO CIVIL (APC)
FASES (MISSÃO)
EMERGÊNCIA REABILITAÇÃO
Autoridade Aeronáutica
1. Garantem a promoção da segurança aeronáutica;
2. Garantem a coordenação dos sistemas civis e militares em matéria de utilização do espaço aéreo, em missões de busca e salvamento solicitados pelo CDOS, caso a CMPC venha a informar da sua necessidade;
3. Disponibiliza técnicos de apoio directo à evolução dos meios aéreos nos TO;
4. Garantem os esclarecimentos técnicos aeronáuticos sobre as aeronaves que participam nas operações de protecção civil;
5. Colabora com a ANPC (nos Centros de Meios Aéreos) no apoio aos meios aéreos, articulando‐se com o CDOS e com a CMPC na condução das operações.
1. Colabora na investigação de acidentes e incidentes com aeronaves civis.
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)
1. Garantem a coordenação das actividades de emergência pré‐hospitalar, mantendo informada a Autoridade de Saúde; 2. Garantem e promovem o transporte das vítimas e colaboram na área do sinistro com meios necessários à prestação do socorro;
3. Garantem a triagem e o apoio psicológico, a prestar às vítimas, no local da ocorrência, com vista à sua estabilização emocional e posterior referenciação para as entidades adequadas
1. Colaboram no apoio psicológico de continuidade a prestar às vítimas no local da ocorrência, com vista à sua estabilização emocional e posterior referenciação para as entidades adequadas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 36 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
AGENTES PROTECÇÃO CIVIL (APC)
FASES (MISSÃO)
EMERGÊNCIA REABILITAÇÃO
Serviços de Saúde:
. Centro de Saúde da Nazaré
. Centro Hospitalar Confraria N.ª Sr.ª da Nazaré ‐ Sítio
. Centro Hospitalar de Leiria, EPE
1. Diligenciar a montagem de unidades de atendimento a sinistrados;
2. Assegurar a assistência médica e medicamentosa à população;
3. Coordenam as acções de mortuária; 4. Organizam o registo de feridos e
mortos; 5. Elaborar Relatórios de Situação,
Imediatos, Periódicos ou Finais, enviando‐os à CMPC.
1. Garantir o acompanhamento médico e psicológico da população afectada;
2. Elaborar Relatórios de Situação Imediatos, Periódicos ou Finais, enviando‐os à CMPC, de forma a mantê‐la sempre informada sobre a situação e sua evolução.
Autoridade de Saúde Concelhia
1. Assegura uma permanente articulação com o Centro de Saúde da Nazaré, o Centro Hospitalar Confraria N.ª Sr.ª da Nazaré – Sítio e o Centro Hospitalar de Leiria, com vista a garantir a máxima assistência médica possível nas instalações dos mesmos;
2. Garante que se encontre operativa na ZI (Zona de Intervenção) uma reserva estratégica de camas disponíveis para encaminhamento de vítimas;
3. Garante um reforço adequado de profissionais de saúde em todas as unidades de saúde que se encontrem operativas na ZI;
4. Mobiliza, em articulação com o director do ACES, os médicos disponíveis para fins de reforço dos veículos de emergência médica, postos médicos avançados e hospitais de campanha, a serem destacados ao concelho;
5. Colabora na organização da prestação de cuidados de saúde às populações evacuadas;
1. Propõe e executa acções de vacinação nas zonas consideradas de risco;
2. Colabora na avaliação do impacto na saúde pública das consequências do desastre.
ICNF
Corpo Nacional de Agentes Florestais
CNAF12‐16B Mata Nacional
Valado dos Fardes
1. Prestar acessória técnica especializada; 2. Apoiar com pessoal e meios próprios as acções de combate a incêndios florestais;
3.Proceder à abertura e desobstrução de caminhos;
4. A Unidade de Gestão Florestal do Ribatejo e Oeste, no âmbito das suas competências e como responsável pela gestão da Mata Nacional do Valado, coordena uma equipa, que actua na área da Mata do Valado, efectuando vigilância activa, de 1 de Agosto a 15 de Outubro. (POM)
1. Prestar acessória técnica especializada;
2. Apoiar com pessoal e meios próprios as acções de rescaldo a incêndios florestais;
3.Proceder à abertura e desobstrução de caminhos;
4. A Unidade de Gestão Florestal do Ribatejo e Oeste, no âmbito das suas competências e como responsável pela gestão da Mata Nacional do Valado, coordena uma equipa, que actua na área da Mata do Valado, efectuando vigilância activa, de 1 de Agosto a 15 de Outubro (POM).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 37 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
AGENTES PROTECÇÃO CIVIL (APC)
FASES (MISSÃO)
EMERGÊNCIA REABILITAÇÃO
APFCAN ‐ Sapadores Florestais:
Equipa
SF05‐16B ‐ Nazaré
1. Garantem as acções de vigilância, primeira intervenção e apoio ao combate a incêndios florestais e às subsequentes operações de rescaldo;
2. Nas acções de combate, rescaldo e vigilância pós‐incêndio, A equipa de Sapadores Florestais, quando requisitada, submete‐se à ordem directa do COS que for constituído no TO.
1. Colaboram e desenvolvem actividades de prevenção dos incêndios florestais, através de acções de silvicultura preventiva;
2. Colaboram nas acções de sensibilização do público para as normas de conduta em matéria de acções de prevenção, do uso do fogo e da limpeza das florestas.
3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio
3.2.1 e 3.2.2 Fase de Emergência e Fase de Reabilitação
ORGANISMOS E ENTIDADES DE APOIO (OEA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA
REABILITAÇÃO
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários da
Nazaré
1. Disponibilizam meios, recursos e pessoal;2. Apoiam logisticamente a sustentação das operações, na área de actuação própria do seu CB, com o apoio do respectivo SMPC.
1. Disponibilizam meios, recursos e pessoal;
2. Apoiam logisticamente a sustentação das operações, na área de actuação própria do seu CB, com o apoio do respectivo SMPC.
Ministério Público
1. Coordena a AI de Serviços Mortuários, em articulação com o INMLCF;
2. Garante a autorização de remoção de cadáveres para autópsia;
3. Decide sobre a activação de Centros de Recolha de Informação para obtenção de dados Ante‐Mortem.
Sem acções específicas
Polícia Judiciária
1. Procede à identificação das vítimas através do Departamento Central de Polícia Técnica (DCPT), e do Laboratório de Polícia Cientifica (LPC).
1. Procede à identificação das vítimas através do Departamento Central de Polícia Técnica (DCPT), e do Laboratório de Polícia Cientifica (LPC).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 38 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ORGANISMOS E ENTIDADES DE APOIO (OEA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA
REABILITAÇÃO
Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras
(SEF)
1. Apoiar as acções de movimentação das populações e bens, através das fronteiras;
2. Autorizar e verificar a entrada de pessoas a bordo de embarcações e aeronaves;
3. Assegurar a realização de controlos móveis e de operações conjuntas com serviços ou forças de segurança congéneres, nacionais e espanholas;
4. Coordenar a cooperação entre forças e serviços de segurança nacionais e de outros países em matéria de circulação de pessoas, do controlo de estrangeiros;
5. Colaborar nas acções de planeamento e conduta operacional.
1. Apoiar as acções de movimentação das populações e bens, através das fronteiras;
2. Coordenar a cooperação entre forças e serviços de segurança nacionais e de outros países em matéria de circulação de pessoas, do controlo de estrangeiros;
3. Colaborar nas acções de planeamento e conduta operacional.
Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses
(INMLCF)
1. Assume a investigação forense para identificação dos corpos, com vista à sua entrega aos familiares;
2. Gere as ZRnM (Zonas de Reunião de Mortos) e os necrotérios provisórios.
1. Mantém mobilizada a Equipa Médico‐Legal nas ZRnM.
Instituto da Segurança Social, I.P. – Serviço Local
da Nazaré
1. Assegura e coordena as acções de apoio social às populações, no âmbito da acção social, em articulação com os vários sectores intervenientes;
2. Colabora na definição de critérios de apoio à população;
3. Assegura a constituição de equipas técnicas, em articulação com os vários sectores intervenientes, para recepção, atendimento e encaminhamento da população;
4. Participa nas acções de pesquisa e reunião de desaparecidos;
5. Participa na instalação de Zona de Apoio às Populações, assegurando o fornecimento de bens e serviços essenciais;
6. Colabora nas acções de movimentação de populações.
1. Assegura e coordena as acções de apoio social às populações, no âmbito da acção social, em articulação com os vários sectores intervenientes;
2. Assegura o apoio psicológico de continuidade às vítimas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 39 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ORGANISMOS E ENTIDADES DE APOIO (OEA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA
REABILITAÇÃO
CVP ‐ Delegação Local da Nazaré
1. Colabora, de acordo com o seu estatuto, nas missões de apoio, busca e salvamento, socorro, assistência sanitária e social;
2. Colabora na evacuação de feridos, no transporte de desalojados e ilesos e nas ZC definidas pela CMPC;
3. Colabora na montagem de postos de triagem, estabilização e evacuação, em articulação com as autoridades de saúde;
4. Colabora no levantamento e transporte de feridos e cadáveres, em articulação com as autoridades de saúde;
5. Colabora no apoio psicossocial, através de equipas de psicólogos e de equipas voluntárias;
6. Colabora na distribuição de roupas e alimentos às populações evacuadas.
1. Colabora nas missões de apoio, assistência sanitária e social;
2. Colabora no levantamento e transporte de feridos e cadáveres, em articulação com as autoridades de saúde concelhias;
3. Colabora no apoio psicossocial, através de equipas de psicólogos e de equipas voluntárias;
4. Colabora no enquadramento do pessoal voluntário que se oferecer para cooperar;
5. Colabora na distribuição de roupas e alimentos às populações evacuadas.
Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS)
‐ Confraria de N.ª Sr.ª da Nazaré
Centro Social de Valado dos Frades
Centro Social de
Famalicão
CERCINA
1. Apoiar as acções de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório, bem como a assistência e bem‐estar das populações;
2. Colaborar nas acções de mortuária;
3. Colaborar no fornecimento de alimentação;
4. Elaborar relatórios de situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando‐os à CMPC, de forma a mantê‐la sempre informada sobre a situação e sua evolução, conforme previsto neste PMEPC.
1. Apoiar as acções de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório, bem como a assistência e bem‐estar das populações, fornecimento de alimentação, agasalhos e bens; 2. Colaborar nas acções de mortuária; 3. Realizar acções de recolha de dádivas; 5. Elaborar relatórios de situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando‐os à CMPC, de forma a mantê‐la sempre informada sobre a situação.
Associação de Dadores Benévolos
de Sangue do Concelho da Nazaré
1. Mobilizar dadores benévolos de sangue; 2. Exerce quaisquer outras actividades no âmbito das suas competências
1. Colaborar na assistência e bem‐estar das populações evacuadas para os centros de acolhimento provisório; 2. Mobilizar dadores benévolos de sangue; 3. Exercer quaisquer outras actividades no âmbito das suas competências.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 40 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ORGANISMOS E ENTIDADES DE APOIO (OEA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA
REABILITAÇÃO
Corpo Nacional de Escutas (CNE):
Agrupamentos 924 de Famalicão e 735
de Valado dos Frades
1. Actua nos domínios do apoio logístico, assistência sanitária e social;
2. Apoia os postos de triagem e de socorros e hospitais de campanha, em estreita articulação com as autoridades de saúde;
3. Apoia no alojamento temporário e distribuição de alimentos;
4. Colabora na movimentação de populações, comunicações de rádio, apoio náutico e busca de desaparecidos.
1. Apoia no alojamento temporário e distribuição de alimentos;
2. Colabora na movimentação de populações, comunicações de rádio, apoio náutico e busca de desaparecidos.
Comissão Municipal
de Defesa da Floresta
(CMDF) da Nazaré
1. Assegura, caso necessário, o apoio ao socorro e salvamento no âmbito de incêndios florestais.
1. Apoio nas acções de rescaldo e na identificação das áreas ardidas.
EDP Distribuição – Caldas da Rainha
1. Assegura a manutenção e o restabelecimento da distribuição de energia eléctrica;
2. Assegura a disponibilidade de meios humanos para integrar as equipas operacionais.
1. Recupera os danos sofridos pela rede e pelas estações de transformação e distribuição.
Lusitaniagás
1. Garante o rápido seccionamento das redes de abastecimento de gás, em caso de fuga;
2. Assegura a disponibilidade de meios humanos para integrar as equipas operacionais.
1. Garante o rápido restabelecimento das redes de abastecimento de gás;
2. Coordena com a CMPC as redes a activar.
Estradas de Portugal
Auto‐estradas do
Atlântico
Auto‐estradas Litoral‐Oeste
1. Mantém o Posto de Comando informado da manutenção e recuperação de vias, na sua área de intervenção;
2. Promove a reposição das condições de circulação e assegura a protecção das infra‐estruturas rodoviárias e a sua funcionalidade;
3. Assegura a disponibilidade de meios humanos para integrar as equipas operacionais.
1. Promove a reposição das condições de circulação e assegura a protecção das infra‐estruturas rodoviárias na sua área de intervenção e a sua funcionalidade;
2. Assegura a disponibilidade de meios humanos para integrar as equipas operacionais.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 41 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ORGANISMOS E ENTIDADES DE APOIO (OEA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA
REABILITAÇÃO
REFER
1. Garante meios materiais (maquinaria pesada e ligeira de trabalhos na via) e humanos (próprios ou de prestadores de serviço) para manutenção correctiva da rede ferroviária;
2. Disponibiliza a informação constante nos diversos Planos de Emergência e respeitante à Linha do Oeste, para a evacuação de sinistrados e prestação de socorro;
3. Assegura a disponibilidade de meios humanos para integrar as equipas operacionais.
1. Garante meios materiais (maquinaria pesada e ligeira de trabalhos na via) e humanos (próprios ou de prestadores de serviço) para manutenção correctiva das redes ferroviárias implantadas no concelho.
Portugal Telecom
1. Assegura a avaliação e as intervenções técnicas imediatas para a manutenção e o restabelecimento das comunicações telefónicas;
2. Garante prioridades de acesso aos endereços dos serviços e entidades essenciais;
3. Colabora na redução ou eliminação do tráfego de comunicações existente na zona de sinistro.
1. Assegura o restabelecimento e o reforço das comunicações telefónicas.
TMN, OPTIMUS e VODAFONE
1. Assegura o restabelecimento e o reforço das comunicações telefónicas móveis;
2. Garante prioridades de acesso aos endereços correspondentes a serviços e entidades essenciais;
3. Colabora na redução ou eliminação do tráfego de comunicações existente na zona de sinistro.
1. Assegura o restabelecimento e o reforço das comunicações telefónicas móveis.
Agrupamento de Escolas da Nazaré
1. Exercer assessoria técnica à direcção do plano; 2. Disponibilizar as instalações escolares em situações de acidente grave ou catástrofe, sempre que necessário;
3. Estabelecem planos de segurança e evacuação da população escolar em situação de emergência;
4. Sensibilizam a população escolar para as acções de protecção civil;
1. Exercer assessoria técnica à direcção do plano;
2. Disponibilizar as instalações escolares em situações de acidente grave ou catástrofe, sempre que necessário;
3. Sensibilizam a população escolar para as acções de protecção civil;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 42 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ORGANISMOS E ENTIDADES DE APOIO (OEA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA
REABILITAÇÃO
Meios de informação pública:
. Rádio Nazaré . Jornal Região da
Nazaré
1.Difunde a informação fornecida pelo assessor de imprensa.
1.Difunde a informação fornecida pelo assessor de imprensa.
Radioamadores
1. Apoiam as radiocomunicações de emergência;2. Estabelecem e garantem autonomamente vias
de comunicação, recuperação e integração de outros meios e dispositivos de comunicação;
3. Garante a interoperabilidade entre redes e sistemas de comunicação das diversas entidades;
4. Reabilitam e colocam em funcionamento equipamentos e meios técnicos colapsados;
5. Funcionam como observadores que reportam através dos meios de rádio, para o SMPC/COM, informação útil ao accionamento de meios de socorro e salvamento;
6. Asseguram a difusão de informação útil às populações.
1. Apoiam as radiocomunicações de emergência;
2. Reabilitam e colocam em funcionamento equipamentos e meios técnicos colapsados;
3. Asseguram a difusão de informação útil às populações.
Empresas públicas e privadas de transportes
1. Disponibilizam os meios e recursos das suas empresas para cumprimento das acções que lhes forem distribuídas, designadamente o transporte urgente de pessoas.
1. Disponibilizam os meios e recursos das suas empresas para cumprimento das acções que lhes forem distribuídas.
Funerárias
1. Apoio à CMPC na área das suas competências
Associação Comercial ACISNE
1. Assegurar, caso necessário, o apoio na administração de meios e recursos relativamente aos seus associados.
1. Apoio nas acções de reabilitação
Postos de Combustíveis Locais
(BP, Galp, Prio, Repsol)
1. Assegurar o abastecimento de veículos empenhados nas operações de emergência;
2. Garantir prioridades de acesso em situação de acidente grave ou catástrofe aos veículos considerados essenciais à prossecução das operações.
1. Assegurar o abastecimento de veículos empenhados nas operações de restabelecimento da normalidade
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 43 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
3.3 Missão das Estruturas Autárquicas 3.3.1 e 3.3.2 Fase de Emergência e Fase de Reabilitação
Estruturas Autárquicas (EA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA REABILITAÇÃO
Serviços Municipalizados da
Nazaré (SM)
1. Garante a avaliação de danos e intervenções prioritárias para o rápido restabelecimento do abastecimento de água potável a serviços e unidades produtivas estratégicas, bem como a pontos seleccionados essenciais ao consumo das populações afectadas;
2. Garante reservas estratégicas e capacidades para a manutenção da prestação de serviço;
3. Garante a operacionalidade de piquetes regulares e em emergência, para eventuais necessidades extraordinárias de intervenção na rede e nas estações de tratamento;
4. Repõe, com carácter prioritário, a prestação dos serviços junto dos consumos finais.
1. Recupera os danos sofridos pela rede e pelas estações de elevatórias.
Divisão de Infra‐Estruturas e Obras
Públicas (DIOP)
1.Colaborar nas acções de socorro e salvamento no âmbito das suas competências; 2. Prestar apoio nas acções necessárias à evacuação das populações no que se refere à criação de barreiras e sinalização de trânsito; 3. Prestar apoio logístico quer às forças de intervenção quer à população; 4. Prestar colaboração na manutenção e reparação de equipamentos; 5. Colaborar no transporte da população a evacuar colocando à disposição as viaturas de passageiros que possui; 6. Proceder ao escoramento de edifícios em risco de desabamento em coordenação com outras entidades competentes; 7. Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC; 8. Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção; 9. Garantir a avaliação e quantificação dos danos; 10. Coordenar as actividades de assistência técnica; 11. Providenciar equipamento e pessoal destinados a inspecção, escoramento e demolição de estruturas, desobstrução de vias e remoção de destroços.
1. Prestar apoio logístico quer às forças de intervenção quer à população; 2. Prestar colaboração na manutenção e reparação de equipamentos; 3. Colaborar no transporte da população no regresso às suas habitações, colocando à disposição as viaturas de passageiros que possui; 4. Proceder ao escoramento de edifícios em risco de desabamento em coordenação com as entidades competentes; 5. Exercer quaisquer outras actividades no âmbito das suas competências; 6. Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC; 7. Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção; 8. Garantir a avaliação e quantificação dos danos; 9. Coordenar a reabilitação das redes e serviços públicos, nomeadamente abastecimento de energia eléctrica, gás, água, telefones e saneamento básico.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 44 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Estruturas Autárquicas (EA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA REABILITAÇÃO
Gabinete Imprensa do Município da
Nazaré
1. Administra a informação sobre todos os aspectos relacionados com a situação de emergência;
2. Prepara os comunicados e informações a distribuir à comunicação social e às populações;
3. Garante, periodicamente, a realização de comunicados aos órgãos de comunicação social.
1. Administra a informação sobre todos os aspectos relacionados com a situação de emergência;
2. Prepara os comunicados e informações a distribuir à comunicação social e às populações;
3. Garante, periodicamente, a realização de comunicados aos órgãos de comunicação social.
Gabinete de Acção Social do Município
da Nazaré
1. Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
2. Assegurar o apoio psicológico de continuidade às vítimas.
1. Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
2. Assegurar o apoio psicológico de continuidade às vítimas.
Área Financeira do Município da
Nazaré
1. Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
2. Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
3. Colaborar na avaliação e quantificação de danos;
4. Proceder à aquisição de bens e serviços requisitados pelo SMPC;
5. Propor as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos;
1. Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
2. Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
3. Administrar os donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros recebidos;
4. Proceder à aquisição de bens e serviços requisitados pelo SMPC;
5. Propor as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos;
6. Colaborar na avaliação e quantificação de danos;
Gabinete de Cultura do
Município da Nazaré
1. Acompanhar a evolução do estado de todo o património cultural, histórico e arquitectónico.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 45 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Estruturas Autárquicas (EA)
FASES (missão)
EMERGÊNCIA REABILITAÇÃO
Juntas de Freguesia
. Famalicão . Nazaré
. Valado dos Frades
1. Inventariar, controlar e distribuir pessoal voluntário;
2. Colaborar na alimentação e distribuição de água potável à população;
3. Promover acções destinadas à obtenção de fundos externos, recolha e armazenamento de donativos.
4. Organizar‐se de forma a apoiar o SMPC; 5. Mobilizar os meios próprios necessários à
intervenção; 6. Promover a identificação dos munícipes
com incapacidades físicas ou outras. 7. Participar localmente na difusão de avisos e
informação pública às populações em coordenação com o Gabinete de acolhimento ao munícipe e comunicação;
8. Apoiar as forças de segurança na evacuação das populações e colocar meios próprios disponíveis à disposição da evacuação das populações com necessidades especiais;
9. Colaborar na assistência e bem‐estar das populações evacuadas para os centros de acolhimento provisório;
10. Colaborar na avaliação e quantificação dos danos;
11. Apoiar o sistema de recolha armazenamento de dádivas.
1. Colaborar na alimentação e distribuição de água potável à população;
2. Promover acções destinadas à obtenção e gestão de fundos externos, recolha e armazenamento de donativos em coordenação com a Direcção Municipal de Administração e Finanças;
3. Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
4. Apoiar as forças de segurança no regresso das populações;
5. Colaborar na assistência e bem‐estar das populações evacuadas para os centros de acolhimento provisório;
6. Colaborar na avaliação e quantificação dos danos;
7. Coordenar postos locais de recenseamento de voluntários;
8. Exercer quaisquer outras actividades no âmbito das suas competências.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 46 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
PARTE III
ÁREAS DE INTERVENÇÃO
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 47 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Parte III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO
A Parte III destina‐se a apresentar as áreas de intervenção básicas da organização geral das
operações.
Para cada uma das áreas de intervenção foram identificadas: 1) as prioridades de acção; 2) a
estrutura de coordenação e; 3) a constituição e missão dos serviços e agentes de protecção
civil, bem como dos organismos e entidades de apoio, e estruturas autárquicas intervenientes.
A activação das diferentes áreas de intervenção descritas depende: 1) da natureza concreta de
cada acidente grave ou catástrofe; 2) das necessidades operacionais e; 3) da evolução da
resposta operacional.
1. Administração de Meios e Recursos A área de intervenção de administração de meios e recursos determina os procedimentos e
instruções de coordenação quanto às actividades de gestão, administrativa e financeira,
inerentes à mobilização, requisição e utilização dos meios e recursos utilizados aquando da
activação do PMEPC.
Para que as acções de resposta tenham a eficácia esperada, é imprescindível que se garanta a
actualização permanente das bases de dados dos contactos das entidades responsáveis pelos
meios e recursos identificados.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 48 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Administração de Meios e Recursos
Entidade Coordenadora Presidente da Câmara Municipal da Nazaré
Entidades Intervenientes Agentes de Protecção Civil e Estruturas Autárquicas
Entidades de Apoio Eventual Entidades e Organismos de Apoio, Fornecedores públicos ou privados
Prioridades de Acção
Fase de Planeamento:
Identificar os modos de contacto com os fornecedores privados ou públicos de bens,
serviços e equipamentos;
Garantir a permanente actualização do inventário de meios e recursos municipais;
Fase de Emergência:
Garantir a utilização racional e eficiente dos meios e recursos;
Assegurar a gestão administrativa e financeira inerente à mobilização, requisição e
utilização dos meios e recursos necessários à intervenção;
Definir e implementar com a colaboração das restantes áreas de intervenção, os
processos de identificação e credenciação do pessoal ligado às operações de socorro;
Supervisionar as negociações contratuais;
Actualizar a lista de contactos dos fornecedores públicos e privados de bens,
equipamentos e serviços, necessários às operações de emergência de protecção civil;
Gerir e controlar os tempos de utilização de recursos e equipamentos;
Gerir os processos de seguros;
Preparar e manter actualizado um registo de meios humanos e recursos materiais a
disponibilizar durante a emergência.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 49 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Administração de Meios e Recursos
Procedimentos e Instruções de Coordenação
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 50 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Administração de Meios e Recursos
Instruções Específicas
A mobilização dos agentes ao abrigo do disposto no artigo 25º da Lei de Bases da
Protecção Civil aplica‐se quando for declarada a situação de calamidade;
O pessoal da Administração Pública Central e Local é nomeado e remunerado pelos
organismos a que pertence;
O pessoal integrado nas operações, das entidades e organismos previstos no PMEPC é
remunerado por essas mesmas entidades e organismos;
O pessoal voluntário, cuja colaboração seja aceite, a título benévolo, deverá
apresentar‐se na respectiva Junta de Freguesia e no Quartel de Bombeiros, se outro
local não for indicado, para posterior encaminhamento;
O pessoal voluntário, devidamente integrado, pode ser abonado de alimentação nos
dias em que preste serviço.
Gestão de meios
Fase de Planeamento:
Os municípios deverão proceder à inventariação dos meios e recursos, no âmbito dos
transportes de passageiros e mercadorias e respectivas instalações fixas de apoio, no
âmbito dos equipamentos, máquinas de engenharia e construção civil, entidades
possuidoras e operadores e no domínio da inventariação das empresas de construção
civil e obras públicas, susceptíveis de operarem em situação de emergência;
Os municípios deverão estabelecer protocolos com as entidades detentoras dos
meios e recursos, no sentido dos mesmos poderem ser disponibilizados em situação
de emergência.
Fase de Emergência:
Os meios e recursos a empenhar durante a fase de emergência e de reabilitação serão
prioritariamente os indicados no PMEPC;
Os meios e recursos dos agentes de protecção civil e dos organismos de apoio são
colocados à disposição do Posto de Comando, que os afectará de acordo com as
necessidades;
Deverá ser dada preferência à utilização de meios e recursos públicos (ou detidos por
entidades com as quais tenha sido celebrado protocolo de utilização) sobre a
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 51 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
utilização de meios e recursos privados;
Os respectivos reforços de meios só são considerados válidos quando apresentados
pela respectiva cadeia de comando;
Gestão de pessoal
Na mobilização dos agentes de protecção civil aplica‐se o disposto no artigo 25º da Lei
de Bases da Protecção Civil;
O pessoal voluntário, cuja colaboração seja aceite a título benévolo, deverá
apresentar‐se, se outro local não for divulgado, nas Freguesias, para posterior
encaminhamento;
O pessoal voluntário poderá ser abonado de alimentação nos dias em serviço;
No decurso das operações, as estruturas integrantes do dispositivo deverão acautelar
os períodos de descanso e a rotatividade dos seus recursos humanos.
Gestão de finanças
A gestão financeira e de custos, bem como dos tempos de utilização, será assegurada
pela Câmara Municipal;
As despesas realizadas durante a fase de emergência e de reabilitação
(designadamente as relacionadas com combustíveis e lubrificantes, manutenção e
reparação de material, transportes, alimentação, material sanitário e maquinaria e
engenharia, construção e obras públicas) são da responsabilidade dos serviços e
agentes de protecção civil e demais entidades intervenientes. Salvo disposições
específicas em contrário, a entidade requisitante de meios e recursos será
responsável pelo ressarcimento das despesas inerentes;
O pessoal integrado nos serviços, agentes e entidades constantes deste plano, mesmo
que requisitados, continuam a ser remunerados pelos organismos de origem, não
podendo ser prejudicados de qualquer forma, nos seus direitos;
Coordenar a gestão de subsídios e donativos, conforme preenchimento do modelo
de requisição constante em IV‐III‐3 e outros apoios, materiais e financeiros,
recebidos.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 52 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2. Logística No apoio logístico às operações constam os procedimentos e instruções de coordenação, bem
como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de protecção
civil, organismos e entidades de apoio, e estruturas autárquicas, quanto às actividades de
logística destinadas a apoiar as forças de intervenção e a população.
2.1 Apoio logístico às forças de intervenção
De entre a cooperação prevista, salienta‐se a que diz respeito às forças de intervenção,
nomeadamente quanto a alimentação, combustíveis, manutenção e reparação de
equipamentos, transportes, material sanitário, material de mortuária e outros artigos
essenciais à prossecução das missões de socorro, salvamento e assistência. Da mesma forma,
a logística terá que dar resposta às necessidades dos serviços, organismos e entidades de
apoio na fase de reabilitação das redes e serviços técnicos essenciais (energia eléctrica, gás,
água, telefones e saneamento básico).
Logística Apoio logístico às forças de intervenção
Entidade Coordenadora Presidente da Câmara da Nazaré
Entidades Intervenientes BVN, CMN, Delegação Local da Nazaré da CVP, GNR, PSP, Forças Armadas, Autoridade Marítima e Juntas de Freguesia
Entidades de Apoio Eventual Escuteiros
Prioridades de Acção
Assegurar as necessidades logísticas das forças de intervenção, nomeadamente
quanto à alimentação, combustíveis, transportes, material sanitário, material de
mortuária e outros artigos essenciais à prossecução das missões de socorro,
salvamento e assistência;
Garantir a gestão de armazéns de emergência e a entrega de bens e mercadorias
necessárias;
Prever a confecção e distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em acções de
socorro;
Organizar a instalação e montagem de cozinhas e refeitórios de campanha para
assistência à emergência;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 53 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Assegurar a disponibilização de meios e recursos para a desobstrução expedita de
vias de comunicação e itinerários de socorro, para as operações de demolição e
escoramento e para a drenagem e escoamento de águas;
Promover a manutenção, reparação e abastecimento de viaturas essenciais à
conduta das operações de emergências, bem assim como de outro equipamento;
Apoiar as entidades respectivas na reabilitação das redes e serviços essenciais:
energia, gás, água, telefones e saneamento básico;
Definir prioridades em termos de abastecimento de água e energia;
Montar, quando solicitado, iluminação de emergência.
Logística Apoio logístico às forças de intervenção
Instruções Específicas
A satisfação das necessidades logísticas do pessoal envolvido estará a cargo dos
próprios agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio;
A alimentação do pessoal voluntário será da responsabilidade do Serviço Municipal de
Protecção Civil;
A alimentação e alojamento dos elementos da CMPC serão da responsabilidade do
Serviço Municipal de Protecção Civil, quando outro procedimento não for
determinado pelo Director do Plano;
Os combustíveis são obtidos no mercado local pelas Entidades e Organismos
intervenientes, através de guia de fornecimento. Os encargos são da responsabilidade
da entidade requisitante;
A manutenção e reparação de material estarão a cargo das entidades utilizadoras;
Mediante a ocorrência, a localização das zonas de concentração e reserva de meios
(ZCR) serão efectuadas nos seguintes pontos (Mapa 2):
‐ Pq. de Estacionamento do Estádio Municipal (entrada norte vila);
‐ Pq. de Estacionamento junto à Marina, Porto de Abrigo da Nazaré (entrada sul vila);
‐ Campo de Futebol de Valado dos Frades;
‐ Largo de Cemitério de Famalicão.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 54 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 2 ‐ Zonas de Concentração e Reserva do Município da Nazaré
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 55 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2.2. Apoio logístico às populações
Logística Apoio logístico às populações
Entidade Coordenadora Instituto da Segurança Social, I.P.
Entidades Intervenientes Instituto da Segurança Social, I.P., CMN, Delegação Local da
Nazaré da CVP, GNR, PSP, Autoridade Marítima
Entidades de Apoio Eventual Forças Armadas, Autoridade de Saúde, Bombeiros
Prioridades de Acção
Garantir a prestação de apoio social de emergência;
Assegurar a activação de Zonas de Concentração e Alojamento das Populações (ZCAP)
do Município afectado e informar as forças de socorro e os cidadãos da sua localização
através dos canais disponíveis e mais apropriados.
Garantir a criação de abrigos de emergência temporários;
Garantir a recepção, registo, pesquisa, diagnóstico de necessidades e assistência
individual a evacuados e vítimas;
Manter um registo actualizado do número de vítimas assistidas e com necessidade de
continuidade de acompanhamento;
Assegurar a actualização da informação, nos Centros de Pesquisa e Localização, através
de listas com identificação nominal das vítimas e evacuados nas ZCAP;
Mobilizar reservas alimentares e garantir a recepção e gestão de bens essenciais
(alimentos, agasalhos, roupas) que sejam entregues nas ZCAP para apoio a vítimas e
evacuados.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 56 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Logística Apoio social às populações
Procedimentos e Instruções de coordenação
Logíst
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 57 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Logística Apoio social às populações
Instruções Específicas
A primeira acção a desenvolver sempre que alguém dê entrada numa ZCAP é o
Registo.
O registo pressupõe a recolha da seguinte informação: nome, idade, morada anterior
e necessidades especiais;
A segurança e o apoio logístico às ZCAP serão efectuados de acordo com os
procedimentos definidos para as Áreas de Intervenção de Ordem Pública e Logística,
respectivamente, com as necessárias adaptações e orientação da entidade
coordenadora da Área de Intervenção de Apoio Social;
As Forças Armadas apoiam na montagem das ZCAP móveis, nomeadamente de
estruturas temporárias ou montadas em tendas de campanha, na medida das suas
possibilidades e disponibilidades;
Esgotadas as capacidades das ZCAP Municipais, passar‐se‐á à solicitação das ZCAP do
concelho limítrofe, estando em curso conversações com o Município de Alcobaça, de
forma a estabelecer em protocolo a utilização das ZCAP do Município de Alcobaça, em
caso de necessidade;
AS ZCAP possíveis no município serão efectuadas nos seguintes pontos (Mapa 3):
‐ Centro Escolar da Nazaré;
‐ Estádio Municipal – Pavilhões Gimnodesportivos;
‐ Quartel dos Bombeiros Voluntários da Nazaré;
‐ Centro Escolar de Valado dos Frades;
‐ Pavilhão Gimnodesportivo de Valado dos Frades;
‐ Clube Social e Reacreativo da Serra da Pescaria;
‐ Clube Reacreativo Estrela do Norte.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 58 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 3 ‐ Zonas de Concentração e Apoio à População do Município da Nazaré
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 59 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
3. Comunicações
Os sistemas de telecomunicações constituem‐se como um pilar fundamental no apoio e no
exercício das funções de comando, controlo e coordenação no âmbito da actividade do
dispositivo operacional.
Neste sentido, devem ser estabelecidos os procedimentos e instruções de coordenação, bem
como identificados os meios dos serviços, os agentes de protecção civil, os organismos e
entidades de apoio, e as estruturas autárquicas, no que respeita ao estabelecimento ou
reforço das comunicações entre o director do plano, o posto de comando operacional e as
forças de intervenção.
A ANPC detém, gere e administra duas redes de radiocomunicações privativas de emergência,
a operaram na faixa de frequências de VHF Banda Alta, 152 – 173 MHz, e licenciadas pela
Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM), em nome da ANPC, destinadas ao apoio
na condução das operações, as quais estão regulamentadas pela Norma de Execução
Permanente (NEP) 8/NT/2010, de 10 de Dezembro, da ANPC, designadamente:
Rede Estratégica de Protecção Civil (REPC);
Rede Operacional de Bombeiros (ROB).
A REPC é uma rede partilhada pela estrutura operacional da ANPC e pelos Agentes de
Protecção Civil, cujo objectivo primário é assegurar uma capacidade de interligação e de inter‐
operacionalidade ao nível das estruturas superiores de comando. Os utilizadores são o
Comando Nacional de Operações e Socorro (CNOS), os Comandos Distritais de Operações e
Socorro (CDOS), os Serviços Municipais de Protecção Civil (SMPC), eventualmente as
Corporações de Bombeiros (CB), em alternativa à ROB, e ainda os restantes Agentes de
Protecção Civil (APC’s). É composta por 43 estações repetidoras, em canais semi‐duplex,
equipamentos terminais de base (centrais de comunicações), móveis (veículos), e portáteis
(utilização individual), e complementada por 18 canais em simplex, um por cada distrito, para
utilização local dos SMPC’s e outros APC’s, com excepção dos Corpos de Bombeiros, cuja
utilização à restrita às bases, móveis e portáteis de comando.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 60 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Os canais em semi‐duplex asseguram a cobertura de todo o território nacional continental, de
forma a garantir as comunicações estratégicas entre os centros de comando de todas as
entidades envolvidas em acções de protecção e socorro, sendo a exploração efectuada aos
níveis nacional, distrital e municipal.
Os canais em simplex asseguram a disponibilidade de frequências para condução das
operações em caso de falha da rede de repetidores, sendo a exploração efectuada ao nível
municipal.
No que respeita ao Município da Nazaré, a rede REPC opera da seguinte forma:
Fonte: Norma de Execução Permanente (NEP) 8/NT/2010, de 10 de Dezembro, ANPC
A ROB é uma rede destinada exclusivamente a ser usada pelos corpos de bombeiros no âmbito
da sua actividade operacional. É composta por 49 estações repetidoras, em canais semi‐
duplex, equipamentos terminais de base (centrais de comunicações), móveis (veículos), e
portáteis (utilização individual), e complementada por 15 canais em simplex.
Os canais em semi‐duplex, designados por Canais de Comando Distrital, asseguram a
cobertura de todo o território nacional continental, garantindo as comunicações operacionais
de escalão superior dos corpos de bombeiros aos CDOS, aos PCO e aos veículos operacionais,
sendo a exploração efectuada aos níveis distrital e municipal.
REPC
Canais em Semi‐Duplex Canais em Simplex
Distrito Leiria Leiria
Estação Repetidora PC Candeeiros PC Castanheira de Pêra
PC SX Leiria
Canal 101 102 100
Freq
uências
Tx
Informação Reservada Rx
TpTx
TpRx
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 61 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Os canais em simplex asseguram as comunicações na zona de intervenção, e subdividem‐se
nos seguintes canais:
‐ De comando, estando disponíveis 3 canais para ligação entre o PCO, as frentes, os
sectores e as zonas de apoio;
‐ Tácticos, com 5 canais para ligação entre os sectores e os grupos de combate e/ou os
veículos operacionais isolados;
‐ De manobra, onde são disponibilizados 6 canais (1, 2, 3, 5, 6 e 7) para ligação entre os
grupos de combate e os veículos operacionais e respectivas equipas e um canal (4)
prioritariamente reservado para comunicações ar‐terra‐ar.
Para além dos corpos dos bombeiros, poderão ter acesso aos canais tácticos e de manobra
outras entidades, especificamente autorizados pela ANPC, que possuam meios operacionais e
desde que em operações conjuntas com os corpos de bombeiros. Está interdita a utilização de
canais de comando, tácticos e de manobra pelas estações de base (centrais) das corporações
de bombeiros.
Relativamente à rede ROB, o Município da Nazaré apresenta a seguinte estrutura:
ROB
Canais em Semi‐Duplex: Comando Distrital
Distrito Leiria
Estação Repetidora B Candeeiros
Canal 106
Freq
uências
Tx
Informação Reservada Rx
TpTx
TpRx
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 62 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ROB
Canais em Simplex: Comando, Manobra e Tácticos
Canal Designação Frequências
201
Manobra
M 01 Tx Rx TpTx TpRx
202 M 02
Informação Reservada
203 M 03
204 M 04
206 M 05
207 M 07
208
Comando
C 01
209 C 02
210 C 03
211
Tácticos
T 01
212 T 02
213 T 03
214 T 04
215 T 05
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 63 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Figura 2 ‐ Arquitectura de Exploração da REPC e ROB
Fonte: Norma de Execução Permanente (NEP) 8/NT/2010, de 10 de Dezembro, ANPC
Para além da REPC e ROB, existe ainda o Sistema Integrado de Redes de Emergência e
Segurança de Portugal (SIRESP), que está regulamentado pelas Normas de Execução
Permanente (NEP) 5/NT/2011, de 10 de Agosto, da ANPC.
“O SIRESP é um sistema único, baseado numa só infraestrutura, nacional, partilhado, que
assegura a satisfação das necessidades de comunicações das forças e serviços de emergência e
de segurança, permitindo a intercomunicação e a interoperabilidade entre aquelas forças e
serviços e, em caso de emergência, possibilita a centralização do comando e da coordenação.”
(cf. Resolução do Conselho de Ministros n.º 56/2003).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 64 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
No que diz respeito à rede SIRESP, os canais com influência no Município da Nazaré são LR 1,
LR 2 e LR 3.
Em casos excecionais, como substituição de sistemas e equipamentos inoperacionais ou
danificados e no sentido de se estabelecerem ligações com áreas inacessíveis ou isoladas
poderá, de acordo com o Plano Nacional de Telecomunicações de Emergência, recorrer‐se à
utilização de meios do serviço de radiocomunicações privadas.
Para além do uso de comunicações rádio, o SMPC tem ainda à sua disposição os sistemas de
telecomunicações de uso público, nomeadamente telefónico, serviço fax e via telemóvel, os
quais ao nível técnico estão assentes em meios e recursos próprios dos operadores detentores
dos ditos serviços, nomeadamente Portugal Telecom, TMN, Vodafone e Optimus (entre
outros). As Forças de Segurança poderão colaborar nas transmissões do alerta através da
central de emergência 112.
Em caso de emergência ou pré‐emergência e com o intuito de informar, avisar ou alertar a
população, poder‐se‐á difundir toda a informação disponível, através da divulgação de
comunicados, notas de impressa e outras formas recorrendo aos órgãos de comunicação social
presentes no Município.
Compete ao COS estabelecer o plano de comunicações para o teatro de operações – que inclui
as zonas de sinistro, de apoio e de concentração e reserva – tendo em conta o estipulado na
NEP acima referida. Nesta actividade, devem ser considerados os procedimentos necessários
para que se mantenham as comunicações com os centros operacionais ou equivalente dos
agentes de protecção civil e outras entidades e outras entidades e organismos que se
considerem relevantes, incluindo, no caso do nível municipal, com o respectivo CDOS, de
acordo com o estipulado no ponto 2.3, Sistemas de Monitorização, Alerta e Aviso (Secção I,
Parte IV), para o Município da Nazaré, e conforme o organograma que se segue.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 65 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ORGANOGRAMA DAS COMUNICAÇÕES
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 66 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Comunicações
Entidade Coordenadora Presidente da Câmara Municipal da Nazaré
Entidades Intervenientes Bombeiros, Forças de Segurança, INEM, Autoridade Marítima
Entidades de Apoio Eventual Operadores da rede fixa e móvel, Radioamadores
Prioridades de Acção
Disponibilizar os recursos de telecomunicações necessários que permitam a troca de
informação entre todas as entidades intervenientes e, consequentemente, o
efectivo exercício das funções de comando, controlo e coordenação da operação;
Organizar os meios e atribuir recursos de acordo com a organização e o plano de
comunicações;
Mobilizar e coordenar as acções dos operadores da rede fixa e móvel e dos
radioamadores;
Garantir a operacionalidade dos meios de comunicação de emergência;
Garantir prioridades de acesso a serviços e entidades essenciais, de acordo com o
conceito da operação;
Garantir a mobilização de meios e recursos alternativos;
Manter um registo actualizado do estado das comunicações e das capacidades
existentes.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 67 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Comunicações
Procedimentos e Instruções de coordenação
Estabelecer um plano de comunicações com o objectivo de identificar os recursos e
procedimentos que permitam à estrutura de comando dispor de meios de telecomunicações
que garantam o efectivo exercício das funções de comando e controlo.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 68 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Comunicações
Instruções Específicas
As Forças de Segurança coordenam um serviço de estafetas para utilização como um
dos meios de comunicação, em articulação com a área de intervenção das
comunicações;
Após a ocorrência, devem ser efectuados testes de comunicações em todos os
sistemas, com todas as entidades intervenientes. Estes testes são iniciados pelo
SMPC. Neste sentido, todas as entidades se devem preparar para uma resposta
imediata;
Os operadores da rede fixa e móvel, deverão disponibilizar um relatório de situação,
onde constará a capacidade operacional das redes incluindo eventuais áreas de
cobertura afectadas, níveis de saturação e tempo estimado de reposição. Devem,
também, estar preparados para assegurar o restabelecimento e o reforço das
comunicações telefónicas, garantir prioridades de acesso aos endereços
correspondentes a serviços e entidades essenciais e colaborar na redução/eliminação
do tráfego existente na (s) zona (s) de sinistro.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 69 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
4. Gestão da Informação
É importante estabelecer procedimentos e responsabilidades na gestão da informação de
emergência. Esta informação deverá dividir‐se em duas grandes componentes:
4.1 Gestão da informação às entidades intervenientes do plano;
4.2 Informação pública.
No que respeita à informação entre as entidades actuantes, deverão ser previstos no plano a
forma de recolha e tipo de informação relativo a:
Pontos de situação e perspectivas de evolução futura;
Cenários e resultados de modelos de previsão (se existirem);
Dados ambientais e sociais;
Outras informações.
Este conjunto de informação permitirá adequar recursos e gerir de forma mais equilibrada a
utilização das equipas de resposta, potenciando a sua acção.
4.1 Gestão da informação às entidades intervenientes do plano
No que respeita à gestão da informação às entidades intervenientes constam os
procedimentos e instruções de coordenação que asseguram a notificação e passagem de
informação às entidades intervenientes do plano, designadamente autoridades, agentes de
protecção civil, organismos e entidades de apoio e estruturas autárquicas. Tal fluxo de
informação destina‐se a assegurar que todas as entidades mantêm níveis de prontidão e
envolvimento.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 70 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Gestão da informação às entidades intervenientes do plano
Entidade Coordenadora COM
Entidades Intervenientes SMPC
Entidades de Apoio Eventual Bombeiros, GNR, PSP, Autoridade Marítima, Juntas de Freguesia
Prioridades de Acção
Assegurar a obtenção de pontos de situação junto do COS, outros agentes de
protecção civil e entidades intervenientes;
Recolher e tratar informação necessária à perspectivação da evolução futura da
situação de emergência;
Analisar possíveis cenários e resultados de modelos de previsão;
Analisar dados ambientais e sociais relevantes para o apoio à decisão nas operações
de emergência;
Analisar e tratar outras informações relevantes.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 71 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Gestão da informação às entidades intervenientes do plano
Procedimentos e Instruções de coordenação
Gestão da informação às entidades intervenientes do plano
Instruções Específicas
O COM é o responsável pela gestão da informação e pela sua difusão junto da CMPC,
do Director do Plano e do SMPC;
A gestão de informação entre as entidades intervenientes é feita através de relatórios
periódicos (modelo de relatório constante em IV‐III‐3), telemóvel/SMS, telefone
fixo/fax, e‐mail/internet, ou outro, conforme se revele mais eficaz e adequado;
A periodicidade dos briefings será de acordo com a ocorrência e mediante a decisão
do COM.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 72 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A informação deverá circular em documentos tipo – Comunicados – criados para o efeito.
Haverá dois níveis de documentos: 1) Reservado/Confidencial e, 2) Geral. O modelo destes
documentos consta da Parte IV – II‐3 do presente plano.
O SMPC e o COM do Município deverão assegurar uma adequada transmissão e gestão da
informação, ao nível de todas as entidades intervenientes no plano, de modo a garantir a
exequibilidade do sistema de operações de emergência em protecção civil, com repercussão
na resposta à emergência.
O COM, deverá manter o Presidente da Câmara (Director do Plano) informado de todas as
situações que estão a ocorrer fazendo a cada 30 minutos um balanço actualizado da evolução
da situação e das medidas adoptadas e a adoptar no TO. Os demais agentes e entidades
intervenientes nas operações deverão reportar de imediato toda e qualquer alteração que
ocorra no teatro de operações ao SMPC.
O SMPC informará via telefone, telemóvel ou e‐mail, todas as entidades com intervenção no
plano, relativamente ao ponto de situação das operações que se estão a desenvolver no
terreno, alertando‐as para que mantenham elevados níveis de prontidão. A actualização da
informação a prestar deverá ser actualizada sempre que se considere pertinente, mas nunca
excedendo períodos de uma hora.
Deverá ser recolhida informação relativa:
Aos pontos de situação e perspectivas de evolução futura;
Aos cenários e resultados de modelos de previsão;
Aos dados ambientais e sociais;
E outras informações.
Este fluxo de informação destina‐se a assegurar que todas as entidades mantêm níveis de
prontidão e envolvimento, caso venha a ser necessária a sua intervenção.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 73 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
4.2 Informação pública
O SMPC assegura a informação às populações, para divulgação dos riscos potenciais e das
medidas de autoprotecção a adoptar no sentido de prevenir ou minimizar os efeitos das
ocorrências.
Após o accionamento do PMEPC, o SMPC é apoiado pelo Gabinete de Imprensa pertencente à
Câmara Municipal, nomeadamente, quanto às informações sobre o evoluir da situação e às
instruções relativas às medidas a tomar pelas populações.
Será também necessário promover os sinais de aviso junto da população abrangida, através de
campanhas de informação e sensibilização a realizar durante as acções de preparação para a
fase de emergência.
A informação a disponibilizar deverá informar acerca de:
Situação actual da ocorrência;
Acções em curso para o socorro e assistência;
Áreas de acesso restrito;
Medidas de autoprotecção
Locais de reunião, acolhimento provisório ou assistência;
Números de telefone e locais de contacto para informações;
Números de telefone e locais para recebimento de donativos e serviço voluntário;
Instrução para regresso de populações evacuadas.
Este conjunto de informação permitirá adequar recursos e gerir de forma mais equilibrada a
utilização das equipas de resposta, potenciando a sua acção.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 74 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Informação Pública
Entidade Coordenadora SMPC / Câmara Municipal da Nazaré
Entidades Intervenientes Forças de Seguranças (GNR, PSP e Autoridade Marítima), Bombeiros Voluntários da Nazaré, e CMN
Entidades de Apoio Eventual Juntas de Freguesia
Prioridades de Acção
Mantém permanentemente actualizado todos os aspectos relacionados com a
emergência, bem assim como das operações de socorro em curso, através do SMPC;
Garante a relação com os órgãos de comunicação social e prepara, com a
periodicidade determinada, comunicados a distribuir;
Organiza e prepara briefings periódicos e conferências de imprensa, por determinação
do Director do Plano;
Divulga a todos os órgãos de comunicação social (OCS) a informação necessária;
Divulga a informação disponível, bem como os avisos e medidas de autoprotecção às
populações, incluindo números de telefone de contacto, indicação de pontos de
reunião ou centros de desalojados/assistência, listas de desaparecidos, mortos e
feridos, locais de acesso interdito ou restrito e outras instruções consideradas
necessárias;
Organiza campanhas de informação pública durante as acções de preparação para a
emergência, no sentido do aviso e esclarecimento sobre os riscos a que a população
está sujeita, bem como as medidas de prevenção e auto ‐ protecção a adoptar em caso
de emergência, designadamente através de folhetos, de conferências e outros meios
disponíveis, divulgados pelo município;
Organiza e mantêm actualizadas uma lista de contactos dos Órgãos de Comunicação
Social (OCS) locais e regionais (Jornal Região da Nazaré, Rádio Nazaré);
Os Órgãos de Comunicação Social devem difundir toda a informação disponível,
através da divulgação na íntegra, de comunicados e outras formas, no âmbito da sua
missão informativa;
Na Fase de Emergência, as estações de rádio devem difundir, em tempo útil, os avisos
e medidas de autoprotecção das populações;
Na fase de reabilitação, a informação pública destina‐se essencialmente a missões de
aviso e divulgação de informação sobre a evolução da ocorrência.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 75 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Informação Pública
Procedimentos e Instruções de coordenação
Informação Pública
Instruções Específicas
O Presidente da Câmara é o responsável pela validação da informação pública
divulgada, podendo nomear um porta‐voz do gabinete de imprensa (GI) municipal
para as relações com os órgãos de comunicação social (OCS);
O aviso e a informação pública podem ser desencadeados, através sirenes;
O modelo de comunicado a utilizar para o efeito consta em IV‐III‐4.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 76 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5. Procedimentos de Evacuação
Os procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação dos meios e das
responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio e
estruturas autárquicas, associados às operações de evacuação e movimentação das
populações, designadamente abertura de corredores de circulação de emergência, controlo de
acesso às áreas afectadas e controlo de tráfego, são imprescindíveis para minimizar os efeitos
da ocorrência de acidentes graves ou catástrofes.
Estas ocorrências podem levar à necessidade de se proceder à evacuação das áreas afectas, o
que, por sua vez, poderá implicar a mobilização, alojamento e realojamento de populações em
risco. Nestas situações, compete à Forças de Segurança avaliar os riscos associados à
ocorrência e determinar a necessidade de se desencadearem os devidos procedimentos de
evacuação.
A evacuação é proposta pelo COS e validada ou aprovada pela autoridade política de
protecção civil, neste caso, o Presidente do Município. Nestas situações deverão ser avaliadas
e definidas:
As áreas a evacuar (edifícios ou áreas mais extensas) ou as alternativas existentes à
evacuação;
O tempo dentro do qual a evacuação deverá estar concluída; O número de
deslocados/desalojados;
O método de aviso à população;
A necessidade de transporte dos deslocados;
As instalações disponíveis para acolher a população deslocada;
Os itinerários de evacuação;
Identificação das entidades que ficarão responsáveis pela segurança das áreas
evacuadas.
Após a identificação das zonas de sinistro e de apoio, o tráfego rodoviário em redor do teatro
de operações deve ser reencaminhado pelas forças de segurança, de modo a não interferir
com a movimentação das populações a evacuar, nem com a mobilidade das forças de
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 77 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
intervenção.
Deve ser prevista a criação de barreiras de encaminhamento de tráfego e pontos de controlo,
que se destinam a prestar assistência aos evacuados e a manter o fluxo da movimentação em
direcção às áreas e centros de alojamento.
O regresso das populações às áreas anteriormente evacuadas deve ser controlado pelas forças
de segurança, tendo em vista a manutenção das condições de tráfego.
Procedimentos de Evacuação
Entidade Coordenadora Forças de Seguranças (GNR, PSP e Autoridade Marítima)
Entidades Intervenientes CMN, FA, Corpo de Bombeiros e INEM
Entidades de Apoio
Eventual
Delegação Local da Nazaré da CVP, Escuteiros, Freguesias e Empresas públicas e privadas de transportes, AHBV e Instituto de Segurança Social, I.P.
Prioridades de Acção
Orientar e coordenar as operações de movimentação das populações,
designadamente as decorrentes das evacuações;
Difundir junto das populações recomendações de evacuação, directamente ou por
intermédio da Área de Intervenção de Gestão da Informação Pública;
Definir as Zonas de Concentração e Irradiação (ZCI), que se entendem como áreas
de reunião da população evacuada, e onde é prestada a primeira ajuda, devendo
situar‐se próximo das principais vias de acesso;
As ZCI’s serão identificadas localmente pela Câmara Municipal, mediante a
ocorrência, podendo ser no local das ZCAP’s, caso estas se encontrem nas
proximidades da população afectada;
Definir os itinerários de evacuação, que são os trajectos que ligam as Zonas de
Concentração e Irradiação (ZCI) às ZCAP’s, e que serão estabelecidos pelas Forças
de Segurança, conforme o cenário em causa;
Garantir o encaminhamento da população evacuada até às Zonas de
Concentração e Apoio da População (ZCAP);
Reencaminhar o tráfego, de modo a não interferir com a movimentação da
população a evacuar nem com a mobilidade das forças de intervenção;
Criar pontos de controlo e barreiras de encaminhamento de tráfego, de modo a
manter desimpedidos os itinerários de evacuação;
Coordenar o acesso às áreas afectadas;
A Autoridade Marítima efectuará a evacuação dos espaços sob sua jurisdição.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 78 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Procedimentos de Evacuação
Procedimentos e Instruções de coordenação
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 79 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Procedimentos de Evacuação
Instruções Específicas
A evacuação deverá ser proposta pelo COS ao respectivo Posto de Comando e
validado pelo Director do Plano (Presidente da Câmara);
A orientação da evacuação e a coordenação da movimentação das populações é da
responsabilidade das forças de segurança (PSP, GNR e Autoridade Marítima);
Após definição das áreas a evacuar, o tráfego rodoviário externo deverá ser
reencaminhado pelas forças de segurança, as quais poderão criar barreiras de
encaminhamento de tráfego;
A população a evacuar dirige‐se às ZCI cuja localização é divulgada;
As forças de segurança definem os itinerários de evacuação a utilizar a partir da ZCI
com destino à ZCAP;
A evacuação entre a ZCI e a ZCAP é garantida pelas Associações de Bombeiros,
empresas públicas e privadas de transportes, pela Câmara Municipal, pelos Serviços
Municipalizados e Freguesias e acompanhada preferencialmente por entidades de
apoio eventual;
O regresso das populações às áreas anteriormente evacuadas deve ser controlado
pelas forças de segurança, tendo em vista a manutenção das condições de tráfego.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 80 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
6. Manutenção da Ordem Pública
Neste ponto do plano são estabelecidos os procedimentos e instruções de coordenação
destinados a assegurar a manutenção da ordem pública, a limitação do acesso às zonas de
sinistro e de apoio e a segurança das infra‐estruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às
operações de protecção civil (instalações dos agentes de protecção civil, hospitais, escolas, entre
outros).
A manutenção da ordem pública, uma competência das forças de segurança, nomeadamente, a
GNR, a PSP e a Autoridade Marítima (conforme os espaços sob sua jurisdição), o estabelecimento
de procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação dos meios e das
responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio, e
estruturas autárquicas, quanto à segurança de pessoas e bens e ao controlo do tráfego, é
fundamental para a prossecução dos objectivos desta actividade.
O acesso às zonas de sinistro e de apoio deve ser limitado às forças de intervenção, organismos e
entidades de apoio, através da criação de barreiras e outros meios de controlo, sendo as forças
de segurança a entidade coordenadora.
Para os estabelecimentos industriais e comerciais, os procedimentos a adoptar podem prever o
recurso a empresas privadas da especialidade, cujos vigilantes se devem apresentar
uniformizados, à responsabilidade dos respectivos empresários.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 81 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Manutenção da Ordem Pública
Entidade Coordenadora Forças de Segurança (GNR, PSP e Autoridade Marítima)
Entidades Intervenientes CMN, FA e SEF
Entidades de Apoio Eventual Bombeiros, Delegação Local da Nazaré da CVP
Prioridades de Acção
Garantir a manutenção da lei e da ordem;
Proteger os bens pessoais, impedindo roubos e pilhagens;
Garantir a segurança de infra‐estruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às
operações de protecção civil (tais como instalações de agentes de protecção civil,
hospitais ou escolas);
Proteger as áreas e propriedades abandonadas e/ou que sofreram colapso e que
podem estar sujeitas a saque ou outras actividades criminosas;
Garantir o controlo de acessos ao Posto de Comando a pessoas devidamente
autorizadas;
Assegurar o condicionamento de acesso de pessoas e veículos ao teatro de operações;
Garantir a segurança da área no teatro de operações em estreita coordenação com
outros agentes de protecção civil;
O tráfego rodoviário em direcção às zonas de sinistro deverá ser reencaminhado pelas
forças de segurança, de modo a não interferir com a mobilidade das forças de
intervenção. Poderão criar barreiras ou outros meios de controlo, bem como
corredores de emergência;
Nos espaços sob sua jurisdição, a Autoridade Marítima efectua a evacuação e garante a
manutenção da lei e ordem e segurança de pessoas e bens;
Assegurar a segurança nas acções relativas à mortuária;
Efectuar a segurança das áreas de ZCAP.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 82 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Manutenção da Ordem Pública
Procedimentos e Instruções de coordenação
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 83 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Manutenção da Ordem Pública
Instruções Específicas
Após a definição da zona de sinistro e de apoio, o tráfego rodoviário é controlado
pelas Forças de Segurança, designadamente a PSP, a GNR e a Autoridade Marítima, de
modo a não interferir com a movimentação das populações a evacuar, nem com a
mobilidade das forças de intervenção;
As Forças de Segurança garantem a segurança física das instalações dos APC’s, assim
como das ZCI, das ZCAP, das ZRnM e dos NecPro, mantendo desimpedidos os acessos;
O acesso às zonas de sinistro e de apoio deve ser limitado às forças de intervenção,
organismos e entidades de apoio, através da criação de barreiras por parte das Forças
de Segurança, devendo estas forças contar com o apoio dos serviços e entidades
especializadas;
A segurança das instalações sensíveis ou indispensáveis às operações de Protecção
Civil deve ser assegurada pelas Forças de Segurança através do destacamento de
efectivos, concretamente para o Quartel dos Bombeiros bem como para outras
instalações dos Agentes de Protecção Civil, Instalações Escolares, Unidades de Saúde,
Bombas de Combustível e Infra‐estruturas de Transporte e Abastecimento (rede viária
principal, abastecimento água, electricidade, gás e telecomunicações).
O SEF assegura o cumprimento das atribuições previstas na legislação sobre a
entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional.
A Autoridade Marítima efectua a manutenção da ordem pública dos espaços sob sua
jurisdição.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 84 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas
Nos serviços médicos e transporte de vítimas, identificam‐se os procedimentos e instruções de
coordenação, bem como os meios e as responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil,
organismos e entidades de apoio e estruturas autárquicas, quanto às actividades de saúde e
evacuação secundária, face a um elevado número de vítimas.
Face a uma emergência com elevado número de vítimas, as primeiras equipas a prestar socorro
poderão ser encarregadas, também, das tarefas de evacuação primária para os postos de triagem
que forem estabelecidos. Neste contexto, compete ao COS identificar e informar a direcção do
plano relativamente à quantidade previsível de meios complementares necessários para triagem,
assistência pré‐hospitalar e evacuação secundária das vítimas, mobilizando‐os através de
procedimentos que devem estar clarificados no plano.
Compete à direcção do plano a identificação dos meios a solicitar e, em coordenação com o
INEM, o estabelecimento da ligação aos hospitais de evacuação, prestando as informações
pertinentes sobre o tipo de ocorrência e o número potencial de vítimas. O INEM em colaboração
com os Bombeiros da Nazaré e através de meios próprios enviados para o local, pode montar e
gerir postos de triagem, de assistência pré‐hospitalar e de evacuação secundária, em estreita
articulação com o director do plano.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 85 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Serviços Médicos e Transporte de Vítimas Entidade Coordenadora INEM
Entidades Intervenientes Autoridade de Saúde e Delegação Local da Nazaré da CVP
Entidades de Apoio Eventual Bombeiros, Forças Armadas, Autoridade Marítima e Unidades Locais de Saúde
Prioridades de Acção
Garantir a prestação de cuidados médicos de emergência nas áreas atingidas,
nomeadamente a triagem, estabilização e transporte de vítimas para as Unidades de
Saúde;
Coordenar as acções de saúde pública;
Estabelecer áreas de triagem das vítimas;
Assegurar a montagem, organização e funcionamento de Postos Médicos Avançados;
Assegurar a montagem, organização e funcionamento de hospitais de campanha;
Determinar os hospitais de evacuação;
Implementar um sistema de registo de vítimas desde o TO até à Unidade de Saúde de
destino;
Inventariar, convocar, reunir e distribuir o pessoal dos Serviços de Saúde, nas suas
diversas categorias, de forma a reforçar e/ou garantir o funcionamento de serviços
temporários e/ou permanentes;
Inventariar danos e perdas nas capacidades dos serviços de saúde, bem como das que
se mantêm operacionais na zona do sinistro;
Organizar o fornecimento de recursos médicos;
Criar locais de recolha de sangue em locais chave e assegurar a sua posterior
distribuição pelas unidades de saúde carenciadas;
Proceder à evacuação secundária das vítimas entre os postos de triagem e de socorros
e outras estruturas de saúde mais diferenciadas, bem como a evacuação de hospitais,
para disponibilização de meios humanos e materiais.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 86 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Serviços Médicos e Transporte de Vítimas
Procedimentos e Instruções de coordenação
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 87 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Serviços Médicos e Transporte de Vítimas
Instruções Específicas
A triagem primária é da competência da área de intervenção de socorro e
salvamento. O INEM e a Delegação Local da Nazaré da CVP colaboram nessa acção de
acordo com as suas disponibilidades;
Os cadáveres identificados na triagem primária serão posteriormente encaminhados
para a Zona de Transição (ZT);
A localização dos postos de triagem é identificada em colaboração com os Bombeiros
e deverá estar tão perto quanto possível das áreas mais afectadas dentro da zona de
sinistro, respeitando as necessárias distâncias de segurança. Dependendo do cenário
em causa, a localização do posto de triagem será o local mais próximo em que o
espaço seja amplo e com boas acessibilidades. Como exemplo, qualquer cenário que
ocorra no Ascensor ou na Zona Histórica da Vila, o posto de triagem será na Praça
Sousa Oliveira e a Zona de Concentração e Reserva na Praça Manuel Ariaga.
O material sanitário está a cargo das Entidades e Organismos próprios intervenientes
no acidente ou catástrofe;
Poderão ser constituídos na instalação dos Centros de Saúde, e das Forças de Socorro,
postos de fornecimento de material sanitário através de requisição, devendo os
pedidos dar entrada na CMPC;
As Forças Armadas colaboram na prestação de cuidados de saúde de emergência, na
medida das suas disponibilidades, contribuindo ainda, desde que possível, para o
esforço nacional na área hospitalar, nomeadamente ao nível da capacidade de
internamento nos hospitais e restantes unidades de saúde militares;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 88 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Face a uma emergência médica com elevado número de vítimas, as primeiras equipas
de socorro poderão ser encarregadas, também, das tarefas de evacuação primária
para os postos de triagem que forem previamente estabelecidos, conforme
descriminado superiormente, i.e., dependendo do cenário em causa, a localização do
posto de triagem será o local mais próximo em que o espaço seja amplo e com boas
acessibilidades.
Serão utilizadas as estruturas hospitalares públicas, nomeadamente o Hospital de
Santo André – Leiria (hospital de referência do município) e o Hospital Bernardino
Lopes de Oliveira de Alcobaça. Serão, igualmente, utilizadas as Unidades de Saúde
Locais e o Centro de Saúde, reforçados, se necessário, com Hospitais de Campanha
montados pelas FA, Delegação Local da Nazaré da CVP ou outras organizações
externas ao Concelho da Nazaré.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 89 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
8. Socorro e Salvamento
As intervenções iniciais face a um acidente grave ou catástrofe cabem, prioritariamente, às forças
mais próximas do local da ocorrência ou que apresentam missão específica mais adequada. De
acordo com a legislação aplicável, o chefe da primeira equipa de intervenção assume a função de
COS. De imediato, deve avaliar a situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o
número potencial de vítimas e os meios de reforço necessários.
As informações recolhidas devem ser comunicadas aos seus centros de coordenação de
operações e ter em conta o disposto na tabela de gravidade constante na Directiva Operacional
Nacional n.º 1/ANPC/2007 (Estado de alerta para as organizações integrantes do Sistema
Integrado de Operações de Protecção e Socorro), em que o grau de gravidade das ocorrências é
tipificado por uma escala de intensidades (residual, reduzida, moderada, acentuada, crítica).
Sempre que exista transferência de comando deverá ocorrer um briefing para o próximo COS e
uma notificação a todo o pessoal informando que uma mudança de comando está a ter lugar.
Cabe ao COM a decisão quanto ao momento em que a fase de emergência estabilizou. Esta
decisão deverá ser tomada em articulação com o director do plano.
A tomada de decisão de dar por terminada a fase de emergência e se entrar na fase de
reabilitação cabe ao director do plano, em articulação com o comandante das operações de
socorro, quando estiverem completadas todas as necessidades relativas à supressão da
ocorrência, no que respeita ao socorro e salvamento de vítimas.
Terminada a fase de emergência, deve proceder‐se à desmobilização dos meios não necessários à
fase de reabilitação. Ao director do plano vai competir a decisão sobre o regresso das populações
desalojadas às áreas consideradas seguras.
Pretende‐se o estabelecimento de procedimentos e instruções de coordenação, bem como
identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil,
organismos e entidades de apoio e estruturas autárquicas, quanto às actividades de socorro,
busca e salvamento de vítimas, que podem incluir a extinção de incêndios, o escoramento de
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 90 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
estruturas, o resgate ou desencarceramento de pessoas, a contenção de fugas e derrames de
produtos perigosos, entre outros.
Socorro e Salvamento
Entidade Coordenadora
COM
Entidades Intervenientes
Bombeiros, Autoridade Marítima, Autoridade Aeronáutica, Autoridade de Saúde, Delegação Local da Nazaré da CVP, INEM e demais serviços de saúde
Entidades de Apoio Eventual
Forças de Segurança, Forças Armadas, CMN e Empresas Privadas
Prioridades de Acção
Avaliar as áreas afectadas onde deverão ser desencadeadas acções de busca e
salvamento;
Assegurar a minimização de perdas de vidas, através da coordenação das acções de busca
e salvamento;
Proceder à extinção e/ou controle de incêndios, dando prioridade aos que se traduzam
numa ameaça directa às populações;
Assegurar as operações de socorro e evacuação primária, assistência a feridos e
evacuações secundárias;
Supervisionar e enquadrar operacionalmente eventuais equipas de salvamento oriundas
de organizações voluntárias;
Colaborar na determinação de danos e perdas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 91 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Socorro e Salvamento
Procedimentos e Instruções de coordenação
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 92 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Socorro e Salvamento
Instruções Específicas
A intervenção inicial face a um acidente grave ou catástrofe cabe, prioritariamente, às
forças mais próximas do local da ocorrência ou àquelas que se verifique terem uma
missão específica mais adequada;
O chefe da primeira equipa de intervenção assume a função de COM. De imediato,
deve avaliar a situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o
número potencial de vítimas e os meios de reforço necessários;
A classificação das ocorrências deverá ser efectuada de acordo com o disposto na
NOP 3101‐ 2009 de 04 de Junho, da ANPC (Classificação de Ocorrências);
Caso aplicável, deverá ser indicado pelo COM a sectorização do teatro das operações,
por zonas geográficas ou funcionais, e identificado um responsável por cada sector; O
COM mantém a articulação operacional permanente com o Comandante Operacional
Distrital (CODIS);
Ao nível municipal, a coordenação das operações de socorro é assegurada pela CMPC.
As informações recolhidas devem ser comunicadas à CMPC tendo em conta o
disposto na tabela de gravidade constante na Directiva Operacional Nacional n.º
1/ANPC/2007 (Estado de alerta para as organizações integrantes do Sistema
Integrado de Operações de Protecção e Socorro), em que o grau de gravidade das
ocorrências é tipificado por uma escala de intensidades (residual, reduzida,
moderada, acentuada, crítica).
Compete ao COM manter permanentemente actualizado o estudo da situação nas
áreas sinistradas e em cada um dos pontos críticos, propondo e accionando os meios
adequados, em articulação com a CMPC e com o Director do Plano;
O COM propõe à CMPC trabalhos de demolição ou de estabilização de infra‐
estruturas e de contenção de fugas e derrames;
Os Corpos de Bombeiros asseguram primariamente as operações de busca e
salvamento e de combate a incêndios;
As Forças de Segurança participam primariamente nas operações que se desenvolvem
nas respectivas áreas de actuação, podendo actuar em regime de complementaridade
nas restantes;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 93 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A triagem primária é efectuada pelo INEM, pela Cruz Vermelha delegação local e pelo
Corpo de Bombeiros;
As Forças de Segurança asseguram a escolta e segurança dos meios do Corpo de
Bombeiros em deslocamento para as operações;
As Forças Armadas participam nas operações de busca e salvamento na medida das
suas capacidades;
No espaço de jurisdição marítima, a Autoridade Marítima actua na busca e
salvamento no contexto dos riscos marítimos, garantindo a manutenção da lei e
ordem e segurança de pessoas e bens, procedendo ao resgate e encaminhamento de
cadáveres encontrados.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 94 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
9. Serviços Mortuários
Em cenários com elevado número de vítimas, a recolha e o depósito de cadáveres são tarefas
muito sensíveis que devem ser levadas a cabo através de procedimentos rigorosos, pois a sua
importância é enorme nos aspectos que se prendem com a investigação forense, quando, face ao
tipo de ocorrência, haja necessidade de a realizar.
Esta tarefa deve ser controlada pelas Forças de Segurança que, para tal, colaboram com o
Ministério Público que por sua vez colabora com o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências
Forenses.
Deve ser previsto, também, o papel da autoridade de saúde no estabelecimento de locais de
reunião de vítimas mortais e de morgues provisórias.
A recolha de cadáveres deve ser feita para locais de reunião de vítimas mortais identificados no
plano, como o Santuário de N.ª S.ª da Nazaré, o Pavilhão da Associação Recreativa Pederneirense
junto ao cemitério da Nazaré, o Pavilhão do Clube Recreativo Beneficente Valadense na rua do
cemitério de Valado dos Frades, e o Pavilhão Gimnodesportivo de Famalicão, junto ao cemitério
de Famalicão (Mapa 4). Os locais identificados pertencem a entidades privadas, pelo que o
Municipio da Nazaré, nomeadamente o SMPC irá efectuar o contacto com essas entidades no
sentido de, em caso necessário, estes espaços serem diponibilizados pelas suas direcções para
este fim.
Em caso de necessidade, será contactado o SMPC do Município vizinho que é Alcobaça, de forma
a serem indicados outros locais de reunião de vítimas mortais. Estes locais a indicar pelo
Município de Alcobaça, foram solicitados a sua referenciação e seu procedimento em protocolo
mas ainda não foi possível articular essa informação para especificar neste Plano.
Os Necrotérios Provisórios (NecPro), as morgues provisórias, definidos pelo Delegado de Saúde
Local, que eventualmente e mediante o cenário em causa, poderão ser alguns dos locais
identificados anteriormente como ZRnM, passando a ser NecPro, e em alternativa serão as
morgues do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira de Alcobaça e do Hospital de Santo André –
Leiria, do Centro Hospitalar de Leiria, EPE. As tarefas ligadas às morgues provisórias relacionam‐
se com o trabalho desenvolvido pelas equipas do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências
Forenses, que culmina na identificação e entrega dos corpos para serem sepultados.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 95 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 4 ‐ Zonas de Reunião de Mortos no município da Nazaré
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 96 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Serviços Mortuários
Entidade Coordenadora Ministério Público (coadjuvado técnica e operacionalmente pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses)
Entidades Intervenientes Ministério Público, Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, GNR, PSP, PJ, Autoridade Marítima e Autoridade de Saúde
Entidades de Apoio Eventual Forças Armadas, Delegação Local da Nazaré da CVP, Bombeiros, SEF
Prioridades de Acção
Assegurar a criação de Equipas Responsáveis pela Avaliação das Vítimas (ERAV);
Assegurar o correcto tratamento dos cadáveres;
Assegurar a constituição das Zonas de Reunião de Mortos (ZRnM) e dos Necrotérios
Provisórios (NecPro), definidos pelo Delegado de Saúde Local.
Garantir uma eficaz recolha de informações que possibilite proceder, com a máxima
rapidez e eficácia, à identificação dos cadáveres, nomeadamente no que respeita a:
colheita de dados Post‐mortem (PM), colheita de dados Ante‐mortem (AM) e
cruzamento de dados PM/AM;
Assegurar a presença das Forças de Segurança nos locais onde decorrem operações de
mortuária de forma a garantir a manutenção de perímetros de segurança;
No espaço de jurisdição marítima, a Autoridade Marítima procede ao resgate e
encaminhamento de cadáveres encontrados;
Assegurar a integridade das zonas onde foram referenciados e recolhidos os cadáveres
com vista a garantir a preservação de provas, a análise e recolha das mesmas;
Garantir a capacidade de transporte de cadáveres ou partes de cadáveres;
Garantir uma correcta tramitação processual de entrega dos corpos identificados.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 97 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Serviços Mortuários
Procedimentos e Instruções de coordenação
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 98 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Serviços Mortuários
Instruções Específicas
A aposição de tarja negra e de etiqueta numa vítima sob supervisão de um médico
corresponde à verificação do óbito, devendo ser feito na triagem de emergência
primária, sempre que possível;
O chefe da equipa de avaliação é o representante da Força de Segurança. O médico
que integra a equipa é enviado pela autoridade de saúde concelhia;
Sendo localizado um corpo sem sinais de vida e sem tarja negra oposta, o médico da
equipa verificará o óbito e procederá à respectiva etiquetagem em colaboração com o
elemento da força de segurança. Caso sejam detectados indícios de crime, o chefe de
equipa poderá solicitar exame por perito médico‐legal, antes da remoção do cadáver
para a ZRnM;
A autorização da remoção de cadáveres ou partes de cadáveres, do local onde foram
inspeccionados até a ZRnM, haja ou não haja suspeita de crime, cabe ao Ministério
Publico (MP);
A autorização do MP para remoção é transmitida mediante a identificação do
elemento policial que chefia a equipa, dia, hora e local de remoção, conferência do
número total de cadáveres ou partes de cadáveres cuja remoção se solicita, com
menção do número identificador daqueles em relação aos quais haja suspeita de
crime;
A autorização antecedente é solicitada ao magistrado do MP designado ou integrado
na estrutura municipal, ou, em caso de impossibilidade, noutra estrutura onde esteja
presente;
Compete à Força de Segurança promover a remoção dos cadáveres ou partes dos
cadáveres devidamente etiquetados e acondicionados em sacos apropriados (“body‐
bags”), podendo para o efeito requisitar a colaboração de quaisquer entidades
públicas ou privados (CB, FA, CVP, outras);
O MP coadjuvado pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses
autoriza a remoção dos cadáveres ou partes dos cadáveres do local onde foram
etiquetados para as ZRnM e destas para os NecPro, para realização, nestes, de
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 99 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
autópsia médico‐legal e demais procedimentos tendentes à identificação,
estabelecimento de causa de morte e subsequente destino do corpo ou partes ou
fragmentos anatómicos;
Compete à Câmara Municipal providenciar equipamento para os NecPro de acordo
com as indicações do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses;
A identificação de cadáveres resulta exclusivamente de técnicas médico‐legais e
policiais, devidamente registadas;
Deverá ser assegurada a presença de representantes do Instituto de Registos e
Notariado nos NecPro para proceder ao assento de óbitos e garantir toda a
tramitação processual e documental associada;
Relativamente a vítimas de nacionalidade estrangeira, será accionado no NecPro o
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF);
Com a missão de recolha de dados ante mortem, promover‐se‐á a activação de um ou
mais centros de recolha de informação, conforme decisão do MP;
Os cadáveres que se encontrem nos postos de triagem ou hospitais campanha são
encaminhados para a ZRnM;
Compete à entidade gestora das ZRnM e NecPro fornecer ao MP a informação sobre
vítimas falecidas;
Os cadáveres e partes de cadáveres que não forem entregues a pessoas com
legitimidade para o requerer, podem ser conservadas em frio ou inumadas
provisoriamente, se necessário em sepultura comum, assegurando‐se a identificação
dos mesmos, até à posterior inumação ou cremação individual definitiva;
As necessidades de transporte de pessoas e equipamento serão supridas pela Área de
Intervenção de Logística, de acordo com os meios disponíveis;
O apoio psicológico aos familiares das vítimas será efectuado de acordo com os
procedimentos definidos para as respectivas Áreas de Intervenção. Esta tarefa deve
ser controlada pela PSP/GNR que, para tal, colabora com o Ministério Público e a
Autoridade de Saúde;
A recolha dos cadáveres deve ser feita para os locais de reunião de vítimas mortais,
previamente definidas nos PMEPC.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 100 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
10. Protocolos O Município da Nazaré já iniciou esforços para a celebração de protocolo com o Município
vizinho de Alcobaça, concretizando aspectos tais como a definição das zonas de concentração e
apoio à população (ZCAP) do Município de Alcobaça a serem utilizadas pelo Município de Nazaré,
caso necessário; na definição do tipo de comunicação da activação do PMEPC de Nazaré ao
Município de Alcobaça e em situações de rotura dos serviços mortuários do Concelho da Nazaré,
a definição de locais apropriados pelo Município de Alcobaça.
Não existem protocolos formais entre a Câmara Municipal da Nazaré (entidade responsável pelo
PMEPC) e os diversos agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio, públicas ou
privadas, no âmbito específico da Protecção Civil.
Pretende‐se que este PMEPC venha a suprir esta lacuna e, uma vez aprovado por todas as partes,
que venha a constituir‐se como um compromisso sólido que permita dispensar qualquer outra
formalidade.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 101 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
PARTE IV
Informação Complementar
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 102 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Parte IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
SECÇÃO I
1. Organização Geral da Protecção Civil em Portugal
Apresenta‐se nesta secção uma caracterização da organização geral da Protecção Civil em
Portugal, de acordo com a Lei de Bases da Protecção Civil (Lei nº. 27/2006). A protecção civil, de
acordo com a referida lei, “é a actividade desenvolvida pelo Estado, regiões Autónomas e
Autarquias locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a finalidade de
prevenir riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os
seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações
ocorram”.
A actividade de protecção civil tem carácter permanente, multidisciplinar e pluri‐sectorial,
competindo a todos os órgãos e departamentos da Administração Pública fomentar as condições
indispensáveis à sua execução, de forma descentralizada, sem prejuízo do apoio mútuo entre
organismos e entidades do mesmo nível ou proveniente de níveis superiores.
Como actividade que se desenvolve em todo o território nacional, a protecção civil tem por
objectivos primordiais:
A prevenção dos riscos colectivos e a ocorrência de acidente grave ou de catástrofe dele
resultante;
A atenuação dos riscos colectivos e restrição dos seus efeitos no caso das ocorrências
descritas anteriormente;
O socorro e assistência das pessoas e outros seres vivos em perigo, protecção de bens e
valores culturais, ambientais e de elevado interesse público;
O apoio da reposição da normalidade de vida das pessoas em áreas afectadas por
acidente grave ou catástrofe.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 103 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Por conseguinte, a actuação de protecção civil é exercida nos seguintes domínios:
Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos colectivos; Análise permanente das
vulnerabilidades perante situações de risco;
Informação e formação das populações, visando a sua sensibilização em matéria de
autoprotecção e de colaboração com as autoridades;
Planeamento de soluções de emergência, visando a busca, o salvamento, a prestação de
socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das
populações;
Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao
nível local, regional e nacional;
Estudo e divulgação de formas adequadas de protecção dos edifícios em geral, de
monumentos e de outros bens culturais, de infra‐estruturas, do património arquivístico,
de instalações de serviços essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais;
Previsão e planeamento de acções atinentes à eventualidade de isolamento de áreas
afectadas por riscos.
1.1 Estrutura da Protecção Civil
Na tabela seguinte resume‐se a estrutura e organização da Protecção Civil de acordo com o
âmbito territorial de intervenção.
Estrutura e organização da Protecção Civil
Âmbito territorial Direcção Estruturas de Coordenação Política
/ Serviços de Protecção Civil
Distrital Comandante Operacional
Distrital/Presidente da ANPC CDPC
Municipal Presidente da Câmara CMPC
SMPC
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 104 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
O Presidente da Câmara Municipal é o responsável municipal da política de protecção
civil, competindo‐lhe desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou
catástrofe, as acções de protecção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação
adequadas.
As Comissões Municipais de Protecção Civil (CMPC), presididas pelo Presidente da
Câmara Municipal, responsável municipal da política de protecção civil, têm as
competências previstas para as comissões distritais, adequadas à realidade e dimensão
do município, acrescidas das que foram determinadas pela Lei n.º 65/2007, de 12 de
Novembro.
O Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC), dirigido pelo Presidente da Câmara
Municipal, ao qual compete assegurar o funcionamento de todos os organismos
municipais de protecção civil, bem como centralizar, tratar e divulgar toda a informação
recebida relativa à protecção civil municipal.
Apresenta‐se em diagrama a estrutura municipal de protecção civil:
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 105 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
1.2 Estrutura das Operações
No quadro seguinte apresentam‐se os responsáveis pela estrutura das operações a desenvolver
em situações de emergência e de acordo com o âmbito de intervenção territorial (Distrital e
Municipal).
ÂMBITO TERRITORIAL COMANDO OPERACIONAL COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL
Distrital ANPC/CNOS CCOD
Municipal COM SMPC
O Comandante Operacional Municipal (COM), que depende hierárquica e funcionalmente do
Presidente da Câmara Municipal, actua exclusivamente no âmbito territorial do respectivo
município e, entre outras competências, assume a coordenação das operações de socorro de
âmbito municipal, nas situações previstas no PMEPC.
Sistema Integrado de Operações de Protecção Socorro (SIOPS)
O objectivo do SIOPS é definir um conjunto de estruturas, normas e procedimentos, para que
todos os agentes de Protecção Civil actuem de uma forma articulada e sob um comando único,
sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional.
O SIOPS foi desenvolvido com base em estruturas de coordenação operacional, de âmbito
nacional e distrital, onde se compatibilizam todas as instituições necessárias para fazer face a
acidentes graves e catástrofes, conforme o seguinte esquema:
Estrutura das operações de acordo com a Lei n.º 65/2007 e o Decreto‐lei n.º134/2006
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 106 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2. Mecanismos da Estrutura de Protecção Civil
2.1. Composição, convocação e competências da Comissão de Protecção Civil
A CMPC é o órgão de coordenação municipal em matéria de protecção civil. No quadro seguinte
encontra‐se estruturada a Comissão Municipal de Protecção Civil da Nazaré.
Comissão Municipal de Protecção Civil
Convocatória Presidente da Câmara Municipal
Formato da convocatória
Contacto telefónico com a entidade que superintende o representante na CMPC e
que posteriormente fará o contacto com esse representante;
Contacto telefónico com o próprio;
Envio de SMS, mail ou fax;
Deslocação de viaturas da CMN e/ou outra entidade disponível para aviso e
eventual transporte.
Composição
Presidente do Município da Nazaré
Comandante Operacional Municipal
Serviços Municipalizados da Nazaré
Corpo de Bombeiros Voluntários da Nazaré
PSP da Nazaré
GNR ‐ Posto Territorial de Valado dos Frades
GNR ‐ Subdestacamento de Controlo Costeiro da Nazaré
Forças Armadas ‐ Escola de Sargentos do Exército das Caldas da Rainha
Autoridade Marítima Local – Capitania do Porto da Nazaré e Polícia Marítima
Delegado de Saúde Local
Confraria Nossa Senhora da Nazaré
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e da Nazaré
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)
Delegação Local da Cruz Vermelha Portuguesa da Nazaré
Comando Distrital de Operacões de Socorro (CDOS) – Leiria
Instituto da Segurança Social, I.P. – Serviço Local da Nazaré
Porto de Abrigo da Nazaré
Presidente da Junta de Freguesia da Nazaré
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 107 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Presidente da Junta de Freguesia de Famalicão
Presidente da Junta de Freguesia de Valado dos Frades
Director do Agrupamento de Escolas da Nazaré
Agrupamento de Escuteiros 924 de Famalicão
Agrupamento de Escuteiros 735 de Valado dos Frades
Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Valado dos Frades
Águas do Oeste
Estradas de Portugal
Auto Estradas do Atlântico
Auto‐Estradas Litoral Oeste
EDP
Lusitânia Gás
REFER
Portugal Telecom
Lei Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro – artigo 3º
Competências
Accionar a elaboração do plano municipal de emergência, remetê‐lo para
aprovação pela CNPC e acompanhar a sua execução;
Determinar o accionamento dos planos, quando tal se justifique;
Acompanhar as políticas directamente ligadas ao sistema de PC que sejam
desenvolvidas por agentes públicos;
Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC accionam, ao nível
municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios
necessários ao desenvolvimento das acções de protecção civil;
Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições,
incluindo os órgãos de comunicação social.
Lei Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro.
3.2. Critérios e âmbito para a declaração da situação de Alerta
A declaração de situação de alerta é um mecanismo, à disposição da autoridade política de
protecção civil, para potenciar a adopção de medidas preventivas a desencadear na ocorrência
de um acidente grave ou catástrofe. Tal declaração é realizada de acordo com a natureza dos
acontecimentos a enfrentar e atendendo à gravidade e extensão dos seus efeitos.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 108 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A situação de alerta pode ser declarada quando, face à ocorrência ou eminência de ocorrência de
acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adoptar medidas preventivas e/ou
medidas especiais de reacção. Neste sentido, compete ao Presidente da Câmara Municipal da
Nazaré (Director do Plano ‐ Lei n.º27/2006, artigo 13º) declarar a situação de alerta de âmbito
municipal.
A eventual activação do PMEPC de Nazaré pela CMPC deve considerar os critérios que motivam a
declaração de situação de alerta, os quais se encontram descritos no quadro seguinte, de acordo
com o artigo 3º da Lei de Bases da Protecção Civil (Lei n.º27/2006).
Critérios que motivam a declaração de situação de alerta
Acidente grave É um acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no tempo e no espaço, susceptível de atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens ou o ambiente.
Catástrofe
É o acidente grave ou a série de acidentes graves susceptíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas, afectando intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas ou na totalidade do território nacional.
Competência da declaração
Presidente da Câmara Municipal da Nazaré
Âmbito
A obrigatoriedade de convocação da CMPC;
O estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação técnica e
operacional dos serviços e agentes de Protecção Civil, bem como dos recursos a
utilizar;
O estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação da
intervenção das forças e serviços de segurança;
A adopção de medidas preventivas adequadas à ocorrência;
A declaração da situação de alerta determina uma obrigação especial de colaboração
dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das televisões, visando a
divulgação das informações relevantes relativas à situação.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 109 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso
O sistema de monitorização, alerta e aviso, aplicado na área territorial do presente PMEPC,
destina‐se a assegurar que na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe,
tanto as entidades intervenientes no plano como as populações expostas, tenham a capacidade
de agir de modo a salvaguardar vidas e a proteger bens. Como tal, nas suas três vertentes, visa
proporcionar uma eficaz vigilância do risco, um rápido alerta aos agentes de protecção civil e
entidades envolvidas no plano e um adequado aviso à população.
Monitorização
O Município da Nazaré não dispõe de um sistema próprio de monitorização dos principais riscos
existente no concelho, no entanto, procede à consulta diária dos sistemas apresentados na
tabela seguinte. Importa, também, referir a cartografia existente para o efeito e o
conhecimento do histórico de ocorrências ao longo dos últimos anos, nomeadamente, nas
situações de incêndio florestal e de cheia.
O Serviço Municipal de Protecção Civil da Nazaré tem acesso on‐line aos sistemas abaixo
indicados, e recebendo com regularidade avisos de alerta sempre se verifiquem alterações das
condições meteorológicas e alertas de risco de incêndio, por parte do Comando Distrital de
Operações e Socorro de Leiria.
Sistemas de monitorização para as diferentes tipologias de risco
Tipologias de risco Sistema de monitorização Entidade
Situações meteorológicas adversas
Avisos Meteorológicos Instituto Português do Mar e da
Atmosfera
Sismos Actividade Sísmica Instituto Português do Mar e da
Atmosfera
Cheias Sistema de Vigilância e Alerta
de Recursos Hídricos Agência Portuguesa do Ambiente
Ondas de calor Índice Ícaro Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Emergências radiológicas Sistema de Vigilância de Emergências Radiológicas
Agência Portuguesa do Ambiente
Incêndios Florestais Vigilância de Incêndios Florestais
CDOS (folha diária…) / PMDFCI da Nazaré
Monitorização do Risco de Acidente Marítimo
Sistemas de Controlo de Tráfego marítimo
Autoridade Marítima
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 110 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Alerta
Mediante os dados disponibilizados pelos diversos sistemas de monitorização, a ANPC através do
CNOS, notifica imediatamente as autoridades de Protecção Civil de nível nacional, os agentes de
Protecção Civil e os CDOS.
Os CDOS notificam de imediato os SMPC, os agentes de protecção civil e as entidades de apoio de
nível distrital. Por sua vez, os SMPC notificam de imediato os agentes de protecção civil, as
diversas entidades de apoio e as estruturas autárquicas, a nível municipal.
Os meios utilizados para alertar os diversos agentes de protecção civil municipal, organismos e
entidades de apoio e as estruturas autárquicas são os descriminados na listagem de contactos
nos anexos do PMEPC (Anexo III ‐ Comunicações), nomeadamente as redes REPC, ROB e SIRESP.
Os outros meios utilizados serão via telefone e escrita (SMS, Telefone móvel, Telefone fixo, E‐
mail, Fax).
Em primeiro lugar serão notificados os agentes de protecção civil pelas redes supra mencionadas,
e por SMS e E‐mail (só em caso destas formas de comunicação falharem é que serão utilizadas as
restantes – telefone fixo e fax).
De seguida, serão notificados os organismos e entidades de apoios e as estruturas autárquicas
por E‐mail e SMS, e no caso das entidades autorizadas pela ANPC serão alertadas pelas redes
supra citadas.
(Listas‐resumo nos Anexos ‐ Parte III ‐ Comunicações)
Aviso
No que respeita aos sistemas de aviso, existem diversos dispositivos para o efeito,
designadamente a sirene dos Bombeiros Voluntários da Nazaré, viaturas com megafones, a
estação de rádio local – Rádio Nazaré, etc. No que respeita à utilização da sirene, o tipo de toque
utilizado tem um significado específico, isto é, quando é utilizado um toque significa a chamada
de motoristas/bombeiros; dois toques significam o aviso de acidente com alguma gravidade (p.e.
em caso de acidente rodoviário com necessidade de desencarceramento, são necessários no
mínimo quatro bombeiros); três ou mais toques indicam a chamada para um incêndio florestal ou
urbano, ou acidentes muito graves. Segundo indicação do Comandante dos BVN, a utilização
deste meio tem sido preferencialmente evitado, em prol da utilização de telefone/SMS, uma vez
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 111 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
que tem como efeito o alarme excessivo da população, e consequentemente a sobrecarga de
chamadas às instalações dos bombeiros no sentido de questionarem sobre o acidente em
questão, onde se localiza, etc.
A decisão do meio a adoptar terá que ser baseada na extensão da zona afectada, no tipo,
dimensão e dispersão geográfica da população a avisar (pequenas povoações rurais, grandes
aglomerados urbanos, quintas dispersas, etc.), na proximidade geográfica dos agentes de
Protecção Civil e nos meios e recursos disponíveis. Deve ainda ser tido em conta que uma
situação pode ocorrer durante o dia útil de trabalho, à noite ou durante os fins‐de‐semana, o que
não só faz variar a localização da população aquando de um possível acidente, mas também a
forma de poderem receber o aviso, pelo que diferentes procedimentos de aviso devem ser
contemplados para diferentes períodos do dia e da semana.
Outro meio de aviso à população é o uso de megafones, em que a utilização de carros auxilia à
cobertura de maiores áreas num menor espaço de tempo. A estação de rádio local ‐ a Rádio
Nazaré, pode também ser utilizada para uma rápida difusão do aviso.
Dado que o aviso à população é uma acção crucial para minorar o número de vítimas, e que é
difícil que qualquer dos meios seleccionados abranja toda a população potencialmente afectada,
deverá ser prevista a redundância de meios de aviso.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 112 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
SECÇÃO II
1. Caracterização Geral
O município da Nazaré, assim como a freguesia com o mesmo nome, designaram‐se
Pederneira até 1912, ano em que, por lei, o topónimo foi alterado para Nazaré. O antigo
concelho da Pederneira teve foral, em 1514, dado por D. Manuel I, e esteve integrado nos
coutos de Alcobaça.
O concelho da Nazaré tem uma área de 82,4 km Alcobaça e uma população residente de
15.158 habitantes em 2011. Pertence ao distrito de Leiria e encontra‐se inserido na Região do
Oeste. É limitado a norte, este e sul pelo concelho de Alcobaça e a oeste confina com o
Oceano Atlântico. A pesca foi a principal atividade da Nazaré e as tripulações dos bacalhoeiros
para a Terra Nova eram constituídas por pescadores nazarenos. No entanto, a industrialização
da pesca e a crise do sector contribuíram para a perda da importância da pesca artesanal. Nas
últimas décadas, tem‐se assistido à terciarização do tecido económico local, muito por força
do incremento do turismo e da prestação de serviços associada.
Na sequência das alterações registadas nos limites administrativos de
freguesias/municípios/distritos do Continente, decorrentes da Reorganização Administrativa
Territorial Autárquica, expressa na Lei nº 11‐A/2013 de 28 de Janeiro, com as designações
estabelecidas pelo Despacho n.º 11540/2013 de 5 de Setembro, a Nazaré mantém as mesmas
três freguesias (Mapa 5 – Carta municipal de enquadramento geográfico da Nazaré).
Lista de Freguesias da Nazaré (3):
Nazaré, Valado dos Frades e Famalicão.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 113 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 5 – Carta municipal de enquadramento geográfico da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 114 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2. Caracterização Física
2.1. Geologia e Geomorfologia
O concelho da Nazaré encontra‐se integrado na Orla Mesocenozóica Ocidental, unidade
morfo‐estrutural de geologia e geomorfologia complexas. As rochas que constituem esta
unidade começaram a formar‐se há cerca de 240 milhões de anos, num longo e estreito fosso,
designado por Fosso ou Bacia Lusitana, que se estendia de NNE para SSW e que se gerou
devido a esforços tectónicos distensivos correlativos da abertura do Atlântico Norte (Ribeiro et
al., 1979 e Ramalho et al., 1993). O primeiro episódio distensivo favoreceu a deposição de um
complexo evaporítico (“Margas da Dagorda”), que viria a ter uma importância fundamental na
evolução geológica e geomorfológica da região. Parte dos sedimentos que se acumularam na
Bacia Lusitana provieram do Maciço Antigo, situado a Leste, e de uma área continental situada
a oeste, da qual o arquipélago das Berlengas é a única testemunha (Ribeiro, 1987). O fosso
tectónico formado nunca beneficiou de longas situações de estabilidade tectónica, pois sofreu
a influência da atividade do rift de abertura do Atlântico, a Ocidente, bem como a atividade da
orogenia alpina, a Leste. Sucederam‐se, por isso, movimentos de subsidência e levantamento
que originaram alternância de períodos de regressão e de transgressão marinhas. Estas
condições de deposição deixaram a sua marca nas formações sedimentares, traduzida por
alternância de rochas de natureza e espessura distintas ‐ fundamentalmente arenitos, margas
e calcários, produtos das condições de génese diferentes, e por variação lateral de fácies
correspondendo a uma variação espacial das condições de deposição. Esta fase de deposição
foi em grande parte interrompida no fim do Terciário, devido a inversão tectónica da Bacia
Lusitana, que passou a partir daí a registar um movimento predominantemente ascendente.
No decurso da evolução da Orla Mesocenozóica Ocidental, os acidentes tectónicos que afetam
o soco antigo foram reativados diversas vezes. Por essa razão, as formações geológicas que
constituem a Orla encontram‐se fortemente deformadas junto aos alinhamentos tectónicos,
por dobras, falhas e dobras‐falhas. Longe dos acidentes, a arquitetura dos materiais apresenta
uma disposição sub‐tabular ou, quando há deformações, estas exibem um elevado raio de
curvatura (Ribeiro et al., 1979).
A análise geológica do concelho da Nazaré é baseada em França e Zbyszewski (1963) e é
apoiada no excerto do Mapa Geológico (Mapa 6) que compreende a superfície do concelho
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 115 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
enquanto a análise geomorfológica é suportada pelos Mapas Hipsométricos (Mapa 7) e de
Declives (Mapa 8). A conjugação destas duas análises permite individualizar os seguintes
conjuntos, descritos de SE para NW.
A SE do concelho da Nazaré aflora um complexo de arenitos e de argilas do Jurássico superior.
Esta área apresenta uma altitude máxima de 184m junto à localidade de Raposos e encontra‐
se bastante retalhada por erosão hídrica, com vertentes de declive médio a forte ‐ 15º a 30º.
Em contacto com esta unidade e com uma orientação SW‐NE, paralela à linha de costa,
desenvolveu‐se uma depressão tifónica limitada a Sul do Rio Alcoa por acidentes tectónicos
com aquela orientação. Embora geomorfologicamente contínua, devido à configuração do
concelho esta depressão ocupa duas áreas distintas. Uma faixa a NE de Famalicão e a área NE
do concelho a Norte do Rio Alcoa. Litologicamente é constituído por margas salíferas e
gipsíferas, por margas mais ou menos arenosas e ainda por calcários margosos e dolomíticos,
complexo que se apresenta muito enrugado. Grande parte deste material encontra‐se coberta
por depósitos pliocénicos constituídos principalmente por areias e calhaus com claro
afeiçoamento marinho e por aluviões recentes. Morfologicamente corresponde às áreas
interiores de cota inferior ostentando, em grande maioria, declives fracos, inferiores a 5º,
classe de declive aliás claramente maioritária no concelho pois representa 75% do território
(Mapa 8).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 116 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 6 – Carta Municipal de geologia da Nazaré
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 117 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Legenda da Carta Municipal de geologia da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 118 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 7 – Carta Municipal de hipsometria da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 119 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 8 ‐ Carta Municipal de declives da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
No interior da depressão tifónica, os dois relevos alongados SW‐NE que se encontram a NE de
Famalicão classificam‐se como relevos estruturais. O Cabeço da Areeira corresponde a um
afloramento de calcários enquanto o restante encontra‐se talhado numa intrusão dolerítica. O
relevo de S. Bartolomeu, 6 km a NNW, corresponde também a uma intrusão dolerítica, esta
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 120 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
alongada N‐S. Na faixa mais litoral, o material sedimentar apresenta uma idade
progressivamente mais recente de Sul para Norte. Assim, a Sul do concelho, em duas bandas
paralelas à linha de costa, afloram, mais para o interior, as “Camadas de Montejunto”
compostas por calcários, calcários margosos e margas e, constituindo o substrato da Serra da
Pescaria, as “Camadas de Alcobaça”, complexo com marcadas variações laterais de fácies mas
em que a componente margosa está quase sempre presente. No troço em estudo, este
complexo é composto por margas, calcários margosos e arenitos. No sector Norte desta serra,
a vertente exposta a NW encontra‐se parcialmente coberta por um depósito Pliocénico.
Grande parte da área restante do concelho a Norte do Rio Alcoa apresenta uma cobertura do
substrato por areias dunares. É possível, no entanto, individualizar alguns afloramentos,
normalmente de reduzidas dimensões mas com influência morfológica. O afloramento das
“Camadas de Alcobaça” prolonga‐se até à Nazaré, constituindo aí, juntamente com o
complexo de arenitos e argilas do Jurássico superior, uma arriba morta com declives
superiores a 25º. Envolvendo esta cidade a NW, a flora material do Cretácico inferior
composto por um complexo detrítico formado por arenitos finos a grosseiros.
A Nazaré é limitada a Norte por uma arriba exposta a Sul, com declive muito elevado, em
grande parte sub‐vertical, com topo no Sítio, a 120 metros de altitude. Esta arriba é talhada na
base por bancadas sedimentares do Cretácico inferior constituídas por uma alternância de
calcários e margas. O sector superior da arriba entre Guilhim e o Sítio, com prolongamento
para NE por cerca de 2 km, é formado por material do Cretácico superior composto
fundamentalmente por bancadas calcárias mais ou menos compactas com algumas
intercalações de arenitos calcários e de calcários margosos. Para Norte do Guilhim, afloram em
retalhos dispersos, bancadas do Eocénico e do Oligocénico compostas por conglomerados
formados por calhaus rolados calcários ou elementos siliciosos unidos por um cimento argiloso
e por argilas vermelhas com intercalações de tufos basálticos.
Mais para Norte aflora material do Miocénico composto por arenitos grosseiros e
conglomerados com clastos quartzíticos envolvidos por cimento argiloso. Este material
constitui o substrato das arribas expostas a Oeste ou WNW, com comando oscilando entre 30
e 50 metros e declives entre 20º e 30º. Finalmente, referência para as areias de praia e de
duna que têm maior expressão morfológica imediatamente a Sul da Nazaré diminuindo
progressivamente de largura para Sul do concelho.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 121 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2.2. Geotecnia
As condições geológicas‐geotécnicas expressas de forma sistemática e espacialmente
contiguas através de cartografia e zonamento geotécnico, incluindo: diferenciação de
unidades, caracterização de materiais (solos e rochas), de maciços (terrosos e rochosos),
caracterização de descontinuidades, avaliação da estabilidade de taludes, ou hidrogeologia,
para as diferentes litologias que afloram no Concelho da Nazaré, não estão determinadas. A
existência de estudos de índole local não permite generalização para a área do concelho.
2.3. Sismicidade
A sismicidade no Concelho da Nazaré não se encontra dissociada do particular contexto
geodinâmico que caracteriza o território de Portugal Continental. Os registos de sismicidade
histórica e instrumental permitem reconhecer em Portugal a existência de uma significativa,
mas moderada, atividade sísmica interplaca e intraplaca).
Portugal Continental é cortado por um conjunto de acidentes tectónicos de idade variada e
que, pela sua proximidade ao Concelho da Nazaré, importa salientar. São consideradas como
zonas sísmicas mais importantes (Senos & Carrilho, 2003; Ferreira e Zêzere, 1997): (i) o vale
inferior do Tejo, onde teve origem o sismo de 23 de Junho de 1909, o mais destruidor do século
XX em Portugal continental, com uma magnitude estimada entre 6.0 e 7.0, e que provocou a
destruição quase total da vila de Benavente. A esta zona sismogénica é também associada a
origem dos sismos históricos de 26 de Janeiro de 1531 e o de 1344; (ii) a falha da Nazaré, com
maior atividade no seu sector submerso e ao qual é associada a origem do sismo de 26 de
Dezembro de 1962 de magnitude 5.7. Este sismo foi sentido em todo o país sem causar danos.
De acordo com a carta de isossistas de intensidade máxima de referência para Portugal (Escala
de Mercalli Modificada, 1956 ‐ escala qualitativa usada para determinar a intensidade de um
sismo a partir dos seus efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas construídas e naturais)
apresentada no Mapa 9, o Concelho da Nazaré tem o seu território classificado com o grau de
intensidade VIII. Esta classificação indica a possibilidade de ocorrência de um cenário de danos
“Ruinoso”, com as seguintes tipologias de consequências: é afetada a condução dos
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 122 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
automóveis; danos nas alvenarias mal executadas e argamassadas e não projetadas para
resistir às forças horizontais, podendo‐se verificar colapso parcial; alguns danos em alvenaria
bem executada e argamassada; reforçada mas não projetada para resistir às forças horizontais;
ausência de danos em alvenaria bem executada bem argamassada e bem projetada, reforçada
especialmente contra os esforços laterais e projetada para resistir às forças horizontais;
quedas de estuque e de algumas paredes de alvenaria, torção e queda de chaminés,
monumentos, torres e reservatórios elevados; as estruturas movem‐se sobre as fundações, se
não estão ligadas inferiormente; os painéis soltos no enchimento das paredes são projetados;
as estacarias enfraquecidas partem; mudanças nos fluxos ou nas temperaturas das fontes e
dos poços; fraturas no solo húmido e nas vertentes escarpadas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 123 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 9 – Sismicidade histórica no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 124 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2.4. Hidrografia
A rede hidrográfica do concelho da Nazaré insere‐se totalmente na Bacia Hidrográfica das
Ribeiras do Oeste. Esta unidade inclui todas as pequenas bacias hidrográficas da fachada
atlântica entre a região da Nazaré e a foz do rio Tejo e é definida por uma estreita faixa, de
orientação NNE – SSW, com cerca de 120 km de extensão e uma largura máxima (Peniche –
Cadaval) de aproximadamente 35 km (DRAOT‐LVT, 2001). A principal bacia hidrográfica no
município da Nazaré é a bacia do Rio Alcobaça, cuja área total é superior a 400Km2 ao longo de
aproximadamente 24 km de comprimento. A bacia do Rio Alcobaça tem como afluentes
principais a Norte do concelho da Nazaré a sub‐bacia do Rio Areia e a Sul as sub‐bacias do Rio
Alcoa e do Rio Baça. Estas sub‐bacias afluentes do Rio Alcobaça desenvolvem‐se fora da área
do concelho da Nazaré, em particular no concelho de Alcobaça. O padrão de drenagem
apresenta na área do concelho da Nazaré contrastes significativos, resultantes sobretudo do
controlo litológico exercido pelas formações mais ou menos permeáveis. Este contexto
favorece a existência de uma menor densidade e organização da rede de drenagem na metade
Norte do concelho e maior desenvolvimento da mesma na metade Sul (Mapa 10). Os principais
afluentes do Rio Alcobaça no concelho da Nazaré são o Rio Alcoa, Rio do Meio, Rio Areia e a
Ribeira das Águas Belas, salienta‐se ainda na parte sul do concelho a Ribeira da Amieira.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 125 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 10 – Carta Municipal da Rede Hidrográfica na Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 126 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2.5. Clima
A presente caracterização baseia‐se nos dados climáticos mensais, referentes ao período de
1964‐1990, registados na estação meteorológica de São Pedro de Moel (IPMA), e nos
trabalhos de Daveau et al. (1977, 1985) e Alcoforado et al. (2009). Com esta informação
efetua‐se uma caracterização geral do clima regional, não sendo possível, pela escassez e
pormenor dos dados, uma análise ao clima local.
A ausência de estações meteorológicas ativas no território municipal levou a que a opção pela
referida estação se fundamentasse na sua proximidade em relação ao concelho (± 16 km a
norte), contexto geográfico geral da sua localização e, principalmente, na existência,
representatividade e credibilidade de dados mensais sobre os seguintes parâmetros
climáticos: temperatura, precipitação, vento, humidade, nevoeiro, geada e neve.
Similarmente à região Oeste, o concelho da Nazaré, situa‐se na fachada atlântica de Portugal
continental, sendo a estas latitudes que se encontra a faixa de transição entre o sul,
mediterrâneo, quento e seco, e o norte, atlântico, de precipitações, nebulosidade e nevoeiros,
mais frequentes. Contudo, os dados climáticos denunciam um clima com forte influência
mediterrânea, i.e,. com um período quente e seco (P < 2T) no verão e húmido no inverno,
principalmente nos meses de Outubro a Fevereiro (Gráfico 1).
Gráfico 1 ‐ Regime termo pluviométrico, Est. Meteorológica de S. Pedro de Moel (1964‐1990)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 127 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Segundo Daveau et al. (1985), os verões são moderados a frescos (temperatura máxima média
do mês mais quente <29°C e menos de 100 dias com temperatura >25°C) e os invernos
moderados a tépidos (temperatura mínima média do mês mais frio de > 6° C e menos de 10
dias com mínimo inferior a 0° C).
Se considerarmos apenas o período seco, através do índice Xerotérmico de Gaussen, verifica‐
se que a região se classifica como mesomediterrânea atenuada, com temperatura média do
mês de Janeiro inferior a 7° C (6,5° C, no período analisado), sendo a sua duração de 4 meses
(Junho a Setembro), influenciada pela proximidade ao litoral e com tendência à diminuição
com a altitude (Alcoforado et al., 2009). A influência do oceano também se verifica quando se
analisa o quociente pluviométrico e andares bioclimáticos de Emberger, com o local a inserir‐
se na categoria Húmido, quando a esta latitude, em Portugal continental, usualmente, se
verifica uma classificação Sub‐húmida (Alcoforado et al, 2009).
Temperatura
Numa análise da temperatura verifica‐se a importância da proximidade ao oceano,
amenizando as diferenças térmicas, quer intra‐anuais ( 8° C) quer mensais, com amplitudes
moderadas, entre 7° C e 8° C (Gráfico 2).
Gráfico 2 ‐ Variação mensal de temperatura, Est. meteorológica S. Pedro de Moel (1964‐1990)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 128 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A temperatura média do ar oscila entre 10,5° C (Janeiro) e 17,9° C (Julho e Agosto). No que se
refere aos extremos, em termos médios verifica‐se que, as temperaturas no concelho oscilam
entre mínimas de 7° C (Janeiro e Dezembro) e máximas de 22° C (Agosto e Setembro). Quanto
à temperatura máxima absoluta (de 39° C), foi registada no mês de Agosto, enquanto a
mínima absoluta foi de ‐6° C (Dezembro). No entanto, temperaturas díspares em relação aos
registos médios são pouco significativas no período analisado, com, por exemplo,
temperaturas superiores a 25° C a ocorrerem em apenas 13 dias (11 de Junho a Outubro), e a
apenas 3 dias com temperaturas negativas (2 em Janeiro e Dezembro). Os dias com
temperaturas mínimas superiores a 20° C são insignificantes (0,2).
Precipitação
No que concerne ao regime pluviométrico anual, este apresenta a irregularidade normalmente
registada em Portugal continental, com máximos de precipitação no outono‐inverno
(Novembro a Fevereiro > 90 mm) e mínimos no verão, sobretudo em Julho e Agosto, com
valores médios inferiores a 10 mm (Gráfico 3). Estas situações estão geralmente associados à
posição a latitudes médias da faixa de baixas pressões subpolares e consequente passagem de
frentes sobre o território durante o inverno e à influência do anticiclone dos Açores no verão.
As características orográficas são outro fator que pode influenciar os quantitativos de
precipitação que tende a aumentar com a altitude, nomeadamente, em vertentes expostas às
massas húmidas vindas de oeste.
Gráfico 3 ‐ Variação mensal da precipitação, Est. Meteorológica S. Pedro de Moel (1964‐1990)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 129 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
No período em análise a precipitação média anual registada foi de 678 mm, em cerca de 121
dias de precipitação, valores ligeiramente inferiores aos dados obtidos por Daveau et al. (1977)
para o período 1931‐60. Contudo, é prematura a afirmação da existência, em termos médios,
de uma tendência para a diminuição dos quantitativos de precipitação, sendo necessário um
maior período de dados.
Quanto à importância da ocorrência de chuva concentrada foram registados 21 dias com
precipitação > 100 mm, 15 dos quais entre Outubro e Fevereiro, o que revela a importância
deste tipo de precipitações no inverno.
Vento
No que se refere ao vento, verifica‐se que em termos médios anuais, o rumo dominante é o
norte com cerca de 26 % das ocorrências (Gráfico 4). Quanto à velocidade média verifica‐se
que esta é relativamente constante independentemente da direção do vento, variando entre
os 10 km/h (quadrante E e NE) e 15 km/h (quadrante N).
Gráfico 4 ‐ Frequência e velocidade média anual do vento por rumo na estação meteorológica
de S. Pedro de Moel (1964‐1990)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 130 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Ao efetuar‐se uma comparação mensal da frequência e velocidade do vento (Gráfico 5),
observa‐se que embora seja o quadrante N o dominante ao longo do ano, a sua importância é
mais expressiva na primavera e verão (Março a Setembro), do que no outono e inverno, onde
para além do quadrante N também os ventos de S, apresentam alguma representatividade. A
dominância de ventos de N está certamente relacionada com o fenómeno da "nortada" que se
forma durante a tarde, devido a fortes diferenças de pressão entre continente e oceano,
sendo esta mais evidente durante o período estival.
A velocidade do vento, embora sem diferenças tão significativas como a direção, é mais
elevada durante os meses de outono e inverno, sobretudo nos meses de Dezembro a
Fevereiro, onde alguns rumos apresentam velocidade médias superiores a 20 km/h.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 131 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Gráfico 5 ‐ Variação mensal do vento, Est. Meteorológica de S. Pedro de Moel (1964‐1990)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 132 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A análise da ocorrência de ventos fortes (> 36 km/h) ou muito fortes (> 55 km/h), é
concordante com a distribuição da velocidade média, registando‐se cerca de 14 dias/ano com
ventos fortes, ocorrendo estes maioritariamente entre Dezembro e Fevereiro (Gráfico 6). No
caso dos ventos muito fortes ocorrem de forma mais esporádica mas apenas em Maio, Junho,
Julho e Setembro não houve registos de ventos com velocidades superiores ou iguais a 55
km/h.
Gráfico 6 ‐ Variação mensal do número de dias com vento forte na estação meteorológica de S.
Pedro de Moel (1964‐1990)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Insolação
A estação de referência considerada não apresenta dados para o parâmetro insolação.
Contudo, tendo em conta que se trata de uma variável que é influenciada, maioritariamente
por parâmetros como a latitude, é possível considerar como valores de referência os obtidos
na estação de Cabo Carvoeiro.
O município apresenta, em termos médios anuais, cerca de 2200‐2500 h de sol, o que se pode
considerar um valor médio quando comparado com o restante país (Comissão Nacional do
Ambiente, 1974). No que diz respeito à distribuição mensal do número de horas de sol,
verifica‐se que de Abril a Setembro se registam, em termos médios, mais de 200 h de
insolação, com o máximo de 260 h durante Agosto (Gráfico 7). Durante os restantes meses do
ano a insolação é consideravelmente menor mas sempre superior a 125 h/mês.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 133 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Gráfico 7 ‐ Variação mensal de insolação, estaç. meteorológica de Cabo Carvoeiro (1961‐1990)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Humidade e Nevoeiro
No que diz respeito à humidade relativa, esta estação meteorológica apenas apresenta dados
para as 9h e 18h, momentos a que não estão geralmente associados os máximos (6h) e os
mínimos (12h) deste parâmetro climático. Não obstante a falta de dados, a humidade relativa
apresenta valores geralmente elevados (> 75%) durante todo o ano e de fracas amplitudes
diárias, com valores médios de humidade entre os 82 % (18h) e os 83 % (9h). O valor máximo
médio de 87 % foi registado às 9h de Agosto e Setembro, enquanto o mínimo de 79 %, se
verificou às 18h de Abril e Maio. A proximidade à linha de costa é mais uma vez um factor
importante na fraca flutuação verificada, tendo os valores de humidade tendência a diminuir à
medida que as massas de ar marítimas penetram no continente.
No território em análise domina, segundo Daveau et al. (1985), o nevoeiro de advecção litoral,
resultante da condensação da humidade do ar quando em contacto com superfícies marinhas
a menor temperatura, que ocorrem geralmente no final da madrugada e manhã, tornando‐as
mais frescas. Todavia é possível que ocorra nevoeiro do tipo misto que, conjuga o anterior com
o nevoeiro de irradiação, que ocorre em baixas continentais, em noites frias de tipo
anticiclónico.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 134 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A litoralidade influencia de modo significativo a ocorrência de nevoeiros de advecção, que
neste tipo de litoral são frequentes, e a penetração para o interior (Daveau et al., 1985). Este é
um fenómeno estival. De facto, em média dos 27 dias com nevoeiro que se registam por ano,
20 ocorrem entre Junho e Outubro, com um máximo de 5,5 dias, em Setembro (Gráfico 8).
Com a exceção do período referido anteriormente, há uma duração de cerca de 1 dia de
nevoeiro ao longo de todo o ano, o que comprova a marcada sazonalidade deste fenómeno.
Gráfico 8 ‐ Variação mensal do número de dias de nevoeiro na estação meteorológica de S.
Pedro de Moel (1964‐1990)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Geada, Granizo e Neve
Fenómenos como geada (0,3 dias/ano) e granizo (1,7 dias/ano) são muito pouco frequentes,
enquanto a queda de neve é inexistente no período analisado.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 135 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
1.6. Biogeografia e Uso do Solo
O município da Nazaré insere‐se biogeograficamente na Província Gaditano‐Onubo‐
Algarviense – unidade biogeográfica essencialmente litoral, que se estende desde a Ria de
Aveiro até aos areais da Costa del Sol e aos arenitos das serras gaditanas do Campo de
Gibraltar, e nele ocorrem duas das cinco zonas biogeográficas homogéneas que constituem o
Subsector Oeste Estremenho do Sector Divisório Português (Costa et al. 1997): os
Superdistritos Costeiro Português e o Estremenho (Mapa 11). O Sector Divisório Português é
constituído por um território litoral plano pontuado por algumas serras de baixa altitude, e
situa‐se na sua quase totalidade no andar mesomediterrânico inferior de ombroclima sub‐
húmido a húmido (exceto as zonas litorais e olisiponenses, que são termomediterrânicas
superiores sub‐húmidas). Possui alguns endemismos próprios (e.g. Ulex jussiaei), no entanto a
maioria das suas espécies endémicas é comum com as do Superdistrito Arrabidense (e.g.
Juncus Valvatus, Ulex densus, entre outras). A vegetação é original, destacando‐se os bosques
de carvalho‐cerquinho, os carrascais, os arrelvados, os sobreirais, os matagais de carvalhiça, os
tojais de tojo‐durázio, e os carvalhais termófilos de carvalho‐roble. O Subsector Oeste
Estremenho é marcado pela predominância de rochas calcárias duras do Jurássico e Cretácico
com algumas bolsas de arenitos cretácicos, por endemismos comuns com o Superdistrito
Arrabidense possuindo contudo táxones exclusivos (e.g. Limonium multiflorum), espécies e
associações que diferenciam o território.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 136 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 11 ‐ Biogeografia do concelho da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
O Superdistrito Costeiro Português estende‐se desde a Ria de Aveiro até ao Cabo da Roca e
está representado em 81,82% do território municipal da Nazaré (Tabela 1). É um território
litoral de arribas calcárias e areias, essencialmente termomediterrânico. Possui dois
endemismos (Armeria welwitschii subsp. Cinerea e Limonium plurisquamatum) e alguns
táxones diferenciais (e.g. Halimium calycinum,Juniperus turbinata, entre outros), assim como
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 137 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
associações (algumas exclusivas deste território, como o mato psamofílico Stauracantho
genistoidis – Coremetum albi) características das dunas e das arribas com destaque para a
Dactylo marini – Limonietum plurisquamati, endémica deste Superdistrito.
O Superdistrito Estremenho constitui‐se essencialmente por calcários com algumas bolsas de
arenitos, e situa‐se no andar mesomediterrânico inferior húmido a sub‐húmido. É
caracterizado por uma cadeia de serras calcárias de baixa altitude (Serras do Sicó, Rabaçal,
Alvaiázere, Aire, Candeeiros e Montejunto), e por uma zona costeira mais baixa com um relevo
ondulado de pequenas colinas. Contribuem também para a sua caracterização e
individualização alguns táxones (e.g. Narcissus calcicola, Quercus rotundifolia, entre outros),
algumas séries de vegetação do carvalho‐cerquinho e do sobreiro (entre outras), o juncal e a
vegetação rupícola calcícola. No concelho da Nazaré, este Superdistrito representa 18,18% da
sua superfície.
Tabela 1 ‐ Biogeografia do concelho da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Uma avaliação dos diferentes usos do solo efetuada a partir do nível 2 da Carta de Uso e
Ocupação do Solo de Portugal Continental para 2007 ‐ COS2007 – (Mapa 12) mostra
claramente que o município da Nazaré é um município eminentemente florestal, com cerca de
68% da sua área utilizada para esse fim (Tabela 2). A floresta representa 49,54% da superfície
do concelho enquanto que18,28% corresponde a florestas abertas e vegetação arbustiva e
herbáceas. Cerca de 20% é utilizado para fins agrícolas. Existe um predomínio das culturas
temporárias (12,42%), seguido das áreas agrícolas heterogéneas (5,45%). A restante área com
uso agrícola é ocupada por culturas permanentes (1,63%) e por pastagens (0,13%). O tecido
urbano, a indústria, comércio e transportes, e os espaços verdes urbanos, equipamentos
desportivos, culturais e de lazer, e zonas históricas, ocupam 8,15% do território municipal.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 138 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 2 ‐ Tipos de uso do solo no concelho da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 139 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 12 – Tipos de uso do solo no concelho da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 140 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
2. Caracterização Socioeconómica
3.1. Principais Aspetos Demográficos
A análise dos dados relativos à população residente e à densidade populacional nas duas
últimas décadas e a sua percentagem de variação agregada ao nível do município obscurece as
tendências observadas ao nível das freguesias (Tabela 3), com as diferentes freguesias a
mostrarem dinâmicas populacionais variadas (Gráfico 9). Em 2011 a freguesia de sede de
município, Nazaré, foi a que registou maior nº de residentes (68% do total do município, e
embora o crescimento entre 1991 e 2011 tenha sido negativo (‐1,4%), de facto a tendência
inverteu‐se no século XXI, tendo havido um pequeno crescimento (2,3%). Dado o enorme peso
relativo da população da Nazaré, a tendência geral desta freguesia reflete‐se claramente na
evolução populacional do município. Famalicão e Valado dos Frades apresentaram tendências
opostas nas duas últimas décadas: a primeira com um aumento da população em quase 20%,
mas maior na década de 90 (14,4%), e a segunda, com uma diminuição crescente (‐8,5%), com
um decréscimo maior já no século XXI (‐6%). Portanto, a freguesia de Famalicão foi a única,
naquele período, não só a seguir a tendência de aumento da população registada na região
Oeste (+7% em cada década) e no geral do país (+5% e +2% em 2001 e 2011, respetivamente)
bem como a registar um ritmo 2 vezes superior ao do Oeste entre 1991 e 2001. Porém, em
valores absolutos, o crescimento em Famalicão na década de 90 que representou 14,4% não
foi muito diferente do crescimento registado na freguesia da Nazaré no século XXI, que
representou apenas 2,3% no contexto da sua população.
Tabela 3 ‐ Dados estatísticos populacionais das freguesias da Nazaré entre 1991 e 2011
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 141 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
As áreas das 3 freguesias são bastante distintas, sendo que Famalicão tem cerca do dobro da
área da Nazaré e de Valado dos Frades (aproximadamente 40km2
contra 20km2
). Assim, a
freguesia da Nazaré concentra quase 70% da população do município em apenas 25% da sua
área, o que resulta numa densidade populacional extraordinariamente alta, a rondar os 560
hab/km2
, quase 4 vezes a densidade média registada na região Oeste. Este facto é muito
importante no planeamento de emergência, pois numa pequena área a população
potencialmente afetada é enorme, sendo que em caso de evacuação o processo poderá ser
dificultado por congestionamento das vias de saída.
Gráfico 9 ‐ Variação da população residente entre 1991 e 2011 nas freguesias do município da
Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
A análise da variação da estrutura etária da população no município da Nazaré de 2001 para
2011 (Gráfico 10) mostra claramente que a estrutura se alterou ligeiramente, registando‐se
apenas uma redução de 2% da população em idade ativa (15‐64 anos) mas um aumento de 3%
de idosos. Considerando que a população do município neste período tinha crescido menos de
1%, as pequenas variações percentuais na estrutura etária traduzem‐se em termos absolutos
em diferenças, no máximo na ordem dos 539 habitantes para a maior variação percentual (a
do grupo dos 65+ anos).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 142 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Gráfico 10 ‐ Estrutura etária da população do município da Nazaré em 2001 e 2011
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Contudo, estas diferenças traduziram‐se num aumento do índice de envelhecimento, que de
2001 para 2011 passou de 110,4 para 145, respetivamente, resultando num índice de
envelhecimento em 2011 superior ao português (145 vs. 127,8), causado por uma
percentagem de idosos apenas 1% superior em relação ao valor nacional. Este envelhecimento
na Nazaré foi mais intenso do que o do contexto nacional. Simultaneamente, o índice de
dependência de jovens diminuiu ligeiramente no município, indicando uma menor proporção
de crianças (<14 anos) em relação à população em idade ativa (15‐64), o que se deveu a uma
diminuição em número absoluto das crianças (‐172) e da população ativa (‐269). Apesar do
decréscimo no número de crianças, o aumento no número de idosos foi tão grande, que se
refletiu no aumento do índice de dependência total de 46,7 para 51,6, mas que no entanto são
valores inferiores aos registados em média na região do Oeste e muito semelhantes aos
registados no território nacional em 2001 e 2011. Este aspeto é importante pois o aumento do
grupo de pessoas mais vulneráveis (crianças e idosos) cria uma pressão crescente sobre os
serviços de emergência.
Uma análise mais detalhada dos dados dos Censos de 2011 ao nível da freguesia revela
algumas disparidades entre a estrutura etária das diferentes freguesias (Gráfico 11). Enquanto
que pelo peso relativo da população da freguesia da Nazaré, o município apresenta no seu
todo a mesma estrutura etária que a freguesia, não deixa de ser notória as diferenças
encontradas entre a estrutura geral do município e a da freguesia de Famalicão, esta última
com mais idosos (+3%) e mais crianças (+1%) e menos população em idade ativa (‐4%),
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 143 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
refletindo‐se em valores mais altos do índice de dependência total em 2011, que na freguesia
foi de 60,5 enquanto no município foi de 51,6. Obviamente, a importância da distribuição
espacial da população idosa para o planeamento de emergência é maior nas freguesias mais
envelhecidas, representando um problema acrescido em áreas de edificação antiga, mais
sujeita a colapso, apresentando também um potencial de risco de incêndio urbano maior.
Gráfico 11 ‐ Estrutura etária da população das freguesias da Nazaré comparada com a média
do Município em 2011
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Além da assimetria intra‐municipal relativa ao índice de envelhecimento e índices de
dependência (Tabela 4) já mencionado para Famalicão, destacam‐se três dinâmicas
populacionais diferenciadas:
1) A freguesia de Famalicão apresenta valores dos 4 índices superiores à média do município
(com exceção do índice de dependência de jovens em 2001), indicando portanto a
existência de uma população mais envelhecida e simultaneamente com um crescimento
da população mais vulnerável (crianças e idosos);
2) A freguesia da Nazaré apresenta apenas o índice de envelhecimento em 2011 superior à
média do município, indicando desta forma que se trata de uma população com uma
estrutura menos envelhecida que a freguesia de Famalicão, mas mostra sinais de declínio
da fecundidade.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 144 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
3) A freguesia de Valado dos Frades é a única que apresenta uma estrutura populacional
dinâmica, com uma percentagem de crianças superior à média do município, e
semelhante ao da região do Oeste e do território nacional, e com bastante menos idosos
que o resto do município, indicando uma tendência para continuar a crescer.
Tabela 4 ‐ Índices relativos à estrutura etária da população em 1991 e 2011
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
População flutuante
A população flutuante corresponde ao conjunto de indivíduos presentes num território por um
período de curta duração, seja por motivos de trabalho ou de lazer. Assim, nesta população
incluem‐se: i) a população que efetua movimentos pendulares – população que reside num
município mas que trabalha ou estuda noutro e que pode ser avaliada por dados dos censos
por comparação da população residente e presente; ii) a população que fica temporariamente
em alojamentos turísticos e em alojamentos de segunda habitação; e iii) a população que
simplesmente entra e sai do município no mesmo dia. As situações referidas em ii) e iii)
tornam difícil a estimativa real da população flutuante, pois mesmo no caso dos alojamentos
turísticos, são apenas registados nas estatísticas dados relativos às dormidas em
estabelecimentos hoteleiros, e não uma gama de oferta proveniente do sector privado, que
inclui desde o aluguer de quartos até casas/apartamentos que podem albergar um elevado
número de visitantes. No entanto, pode‐se utilizar um conjunto de estatísticas indicadoras do
potencial de população flutuante.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 145 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Em 2011 o município da Nazaré registava uma população presente 3% abaixo da população
residente, o que indica um saldo negativo entre a população ocasional e os residentes que
estavam ausentes. Também os dados relativos aos movimentos pendulares indicam que 18,1%
da população do município saía e entrava diariamente do município, enquanto o movimento
oposto se situava nos 8,8%, isto é, existe uma maior proporção de pessoas a saírem do
município do que a entrarem, em movimentos pendulares.
O número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros/100 habitantes registado em 2011 no
município da Nazaré foi de 567. Se estas dormidas se concentrarem, como é de esperar, em
apenas metade do ano (períodos de férias de Verão, Páscoa, Natal e fins‐de‐semana),
representam uma média diária de mais 470 pessoas, o que equivale a cerca de 3% da
população residente.
Se aos dias de semana, em princípio, a população presente é inferior à residente, a Nazaré tem
um enorme potencial para apresentar uma população presente aos fins‐de‐semana e durante
os períodos de férias muito grande e bastante superior aos 3% calculados pelo nº de dormidas
pois, em 2011, 42,3% dos alojamentos familiares clássicos eram de uso sazonal ou ocasional e
os estabelecimentos hoteleiros têm uma capacidade de alojamento de 42/1000 habitantes,
que corresponde a cerca de 4% da população residente, i.e. 635 pessoas. Assim, admitindo
que os alojamentos familiares de uso sazonal ou ocasional albergam a mesma dimensão de
população que a dos alojamentos familiares ocupados durante todo o ano e se a este valor se
somasse a capacidade hoteleira instalada, a população presente na Nazaré poderia subir para
cerca de 26000 pessoas, excluindo os turistas em alojamentos privados e os visitantes diários.
3.2. Principais Aspetos Habitacionais
Em 2011 existiam 7628 edifícios clássicos no município da Nazaré que correspondiam a um
total de 13119 alojamentos familiares que, embora desigualmente repartidos pelas suas
freguesias (Gráfico 12), são razoavelmente proporcionais ao número de residentes em cada
freguesia (coeficiente de determinação da regressão linear simples entre residentes e número
de edifícios é de R2
=0,99). No entanto, Valado dos Frades destaca‐se por ter 21% da população
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 146 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
do município em apenas 18% dos edifícios, enquanto que Famalicão apresenta uma taxa de
ocupação mais baixa, com 11% da população a ocupar 15% dos edifícios existentes no
município, mesmo tendo sido a freguesia com maior crescimento populacional nas últimas
duas décadas. Contudo note‐se que em termos de alojamento, a situação é ainda mais díspar,
com Valado dos Frades a ter 21% da população em 12% dos alojamentos, e a Nazaré a dispor
de 79% dos alojamentos para 68% da população. Contudo, sendo um município costeiro, tem
uma enorme capacidade de atração de compra de habitação de segunda residência,
registando valores médios no município muito elevados (42%), destacando‐se a freguesia da
Nazaré com 48% dos seus alojamentos nesta classe. Assim, é necessário corrigir o número de
alojamentos disponíveis (número de alojamentos total ‐ número de alojamentos de segunda
residência) para a população residente, que regista uma maior paridade – embora Valado dos
Frades continue a registar uma taxa de ocupação ligeiramente superior à das restantes
freguesias, concentrando 21% da população em 17% dos alojamentos de residência habitual.
Gráfico 12 ‐ Edifícios clássicos nas freguesias do município da Nazaré em 2011
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Cerca de 25% dos edifícios foram construídos até 1960 (Gráfico 13) em concomitância com o
crescimento da população. Contudo, a partir dos anos 60 e até ao final do século XX o número
de edifícios apresentaram um ritmo de crescimento crescente, pouco mais do que triplicando
naquele período, enquanto a tendência geral da população foi para aumentar até 1981 e
depois manter‐se mais ou menos no mesmo nível. Assim, pouco mais de metade dos edifícios
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 147 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
(52%) têm menos de quatro décadas, Esta disparidade de tendências entre o ritmo de
crescimento da população e da construção de edifícios reflete obviamente a desigual
distribuição da população entre as freguesias do próprio município e da enorme proporção de
alojamentos de habitação de segunda residência no município (42%).
Gráfico 13 ‐ Época de construção dos edifícios do município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Uma análise mais detalhada da idade dos edifícios por freguesia (Gráfico 14) mostra que
apesar de pelo menos 50% dos edifícios em todas as freguesias serem posteriores a 1980,
registaram‐se algumas diferenças no ritmo de edificação nas diferentes freguesias. Assim,
destaca‐se Famalicão com 40% do seu edificado construído nas duas últimas décadas em
análise, resultado de um forte impulso na construção sobretudo no século XXI, enquanto em
Valado dos Frades aqueles mesmos 40% de edifícios foram construídos proporcionalmente ao
longo das últimas três décadas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 148 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Gráfico 14 ‐ Época de construção dos edifícios nas freguesias da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Na década de 80 destaca‐se a freguesia da Nazaré onde foram construídos 75% dos edifícios
erguidos no mesmo período em todo o município. Porém, em todas as freguesias
aproximadamente 15% do edificado foi construído no século XXI. Todavia, é de realçar que
pelo menos 10% do edificado em todas as freguesias tem hoje mais de 65 anos. Para o
planeamento de emergência é importante identificar aqueles edifícios mais antigos, pois as
normas de segurança à altura da sua construção eram menos exigentes, o que pode dificultar
a intervenção dos bombeiros, aumentar o risco de colapso de edifícios e de propagação de
incêndios em meios urbanos.
3.3. Principais Aspetos Económicos
Em 2011 cerca de 45% da população do município da Nazaré estava economicamente ativa,
valor ligeiramente abaixo da média do país (48%), mas correspondente a uma percentagem
igual empregada (86%). A maioria da população (69%) trabalhava no sector Terciário, um
aumento de 14 pontos percentuais relativamente a 2001, em larga medida por transferência
da população empregue na indústria (sector secundário) que perdeu 12% dos seus
trabalhadores. No conjunto estes dois sectores representam 93% da população empregue
(Gráfico 15), o que equivale a mais de um terço (36%) da população do município. Assim, em
situações de emergência que ocorram em dias úteis dentro do horário de trabalho, o
conhecimento acerca da distribuição espacial do número de postos de trabalho torna‐se quase
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 149 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
tão importante quanto o da distribuição espacial da população residente para permitir um
planeamento eficaz dos meios de emergência a disponibilizar e as vias de acesso.
Gráfico 15 ‐ Distribuição da população ativa por sectores de atividade na Nazaré em 2011
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Apesar do grande peso relativo dos sectores da indústria e dos serviços, o sector primário tem
um peso muito elevado (7%) no município da Nazaré, comparado com o território nacional
(3%), mas semelhante ao da região do Oeste (6%). Contudo, a repartição da população por
sectores de atividade não é semelhante nas diferentes freguesias. De facto, Valado dos Frades
destaca‐se por ser a freguesia mais rural (14% da população dedicada ao sector primário), mas
com níveis semelhantes à freguesia de Famalicão empregues na indústria (34%), valor este 7%
superior à média da região do Oeste e de Portugal. Assim, aquelas duas freguesias da Nazaré
são de facto bastante industrializadas; enquanto que a freguesia sede de município é, como
seria de esperar, a que apresenta uma maior percentagem de população empregue nos
serviços (76%), com níveis superiores à média da região Oeste (67%) e a Portugal (70%). Assim,
salienta‐se que a população do município da Nazaré está inserida no tecido económico de
forma bastante diferenciada de acordo com a freguesia de proveniência.
Mais de metade da população empregada (56%) está concentrada em apenas 8 grupos de
atividades, das quais se salientam: o comércio (14%), a hotelaria e a restauração (11%), a
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 150 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
administração pública e serviços do estado (justiça, segurança, protecção civil) (7%), a
agricultura (6%), o ensino básico e secundário (6%), a construção civil (5%), a fabricação de
porcelanas e cerâmica (5%), atividades de apoio social (2%).
Destaca‐se também o facto de as únicas classes de profissão cuja percentagem empregue no
município da Nazaré diferem substancialmente da média do país é i) a de especialistas das
profissões intelectuais e científicas, com 11% e 15%, respetivamente; e ii) a de pessoal dos
serviços e vendedores, com 25% e 20%, respetivamente. Valado dos Frades destaca‐se por
apresentar valores ainda mais baixos que os do município, não registando mais do 6% da sua
população naquela classe profissional de especialistas (i).
Cerca de metade da população do município concentra‐se em apenas 3 profissões (Gráfico 16):
i) pessoal dos serviços e vendedores, ii) operários, artífices e trabalhadores similares, e iii)
trabalhadores não qualificados, à semelhança do que acontece na região do Oeste e no país.
A esta distribuição da população ativa por sectores de atividade está subjacente uma taxa de
analfabetismo municipal semelhante à da média do país (5,7% e 5,2%, respetivamente),
porquea taxa de analfabetismo no município baixado quase 7% de 1991 para2011. Destaca‐se
a freguesia de Famalicão por ter tido uma redução na taxa de analfabetismo de cerca de 5%
apenas no século XXI, o que coincide aproximadamente com a mesma percentagem de
residentes estrangeiros europeus em 2011, potencialmente instruídos.
Gráfico 16 ‐ Distribuição da % de população empregada por classe de profissão na Nazaré,2011
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 151 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Em termos de educação (Gráfico 17), o município ainda apresentava 10% da população sem
acesso a nenhum tipo de ensino e pouco mais de 1/3 da população apenas tinha frequentado
o ensino primário (1º ciclo – 34%), valor ligeiramente ao superior da média nacional que se
situou nos 30%. No entanto mais de metade da população frequentou o ensino básico (28%),
embora destes apenas 16% tenham concluído o 3º ciclo. Dos restantes 30%, apenas 12% têm
estudos superiores, valor apenas 3% inferior ao da média nacional. Assim, é natural que o
sector dos serviços continue a ser o sector de maior emprego, e que a indústria seja pouco
especializada por falta de mão‐de‐obra qualificada (ligada fundamentalmente à produção de
porcelana e cerâmica) e predomine o pequeno comércio.
Gráfico 17 ‐ Nível de escolaridade alcançado pela população da Nazaré em 2011
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
4. Caracterização das Infraestruturas
As infraestruturas que são identificadas para efeitos de avaliação de riscos a serem
considerados no planeamento de emergência são os elementos expostos estratégicos, vitais
e/ou sensíveis. Assim, incluem‐se equipamentos de utilização coletiva, equipamentos de
justiça, equipamentos de segurança pública, equipamentos de protecção civil, infraestruturas
rodoviárias e ferroviárias, equipamentos de produção, armazenamento e distribuição de
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 152 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
energia e combustíveis, sistema de abastecimento de água e saneamento, rede de
telecomunicações e infraestruturas de resíduos sólidos.
Estas infraestruturas são espacialmente identificadas nas respetivas cartas. Algumas são
também listadas no texto em baixo.
Equipamentos de utilização coletiva
O município da Nazaré dispõe de 1 hospital, da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, 1
Centro de Saúde, localizado na freguesia da Nazaré, e 3 Extensões do Centro de Saúde, de
Fanhais (freguesia da Nazaré), de Valado dos Frades e de Famalicão (Mapa 9).
Neste município, em 2013 contabilizam‐se 7 Jardins de Infância (JI), 4 Escolas EB 1, 2 Escolas
com Jardim de Infância e EB 1 integradas, 2 Escolas EB 2/3 e 1 Escola Profissional localizada na
freguesia da Nazaré. O Mapa 9 localiza estes equipamentos de utilização coletiva.
Equipamentos de justiça
Existe um Tribunal Judicial no município da Nazaré, na sede do município (Mapa 10).
Equipamentos de segurança pública
O município da Nazaré dispõe de 1 posto da PSP, localizado na freguesia da Nazaré, 1 posto da
GNR, localizado na freguesia de Valado dos Frades, e 1 posto da Polícia Marítima na sede do
município. (Mapa 13).
Equipamentos de Protecção Civil
O município da Nazaré possui 1 quartel de bombeiros voluntários localizado na freguesia da
Nazaré (Mapa 14) que em 2013 contabilizava 62 bombeiros.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 153 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 13 – Equipamentos de utilização coletiva
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 154 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 14 – Equipamentos de Justiça, Segurança Pública e Protecção Civil
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 155 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Infraestruturas rodoviárias, de transporte ferroviário e marítimo
O município da Nazaré é servido pelo IC 9 e por 6 estradas nacionais (EN): 8‐5, 242, 549, 551,
562, 604, com uma extensão de 24,7 km, 4 estradas municipais (EM): 549, 551, 562 e 604 com
uma extensão total de 11,5 km, 10 caminhos municipais (CM): 1285, 1285‐1, 1287, 1288, 1289,
1290, 1291, 1291‐1, 1292, 1293 numa extensão total de 24 km (Mapa 11).Existe ainda a
Variante da Nazaré com uma extensão total de 7,1 km.
O município da Nazaré é ainda servido pela Linha do Oeste em 3,7 km de extensão e possui 3
estações: Famalicão da Nazaré, Valado dos Frades e Fanhais (Mapa 15).
Em relação ao transporte marítimo, o município da Nazaré dispõe de um porto de pesca
explorado pela Docapesca – Portos e Lotas S.A., com uma zona de reparação de embarcações,
um cais de descarga de pescado, um cais de abastecimento, um Clube Naval e um núcleo de
recreio, localizado na enseada da Nazaré.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 156 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 15 – Infraestruturas rodoviárias, ferroviárias e marítimas
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Produção, armazenamento e distribuição de energia
Existem 3 postos de abastecimento de combustível, 2 localizados na freguesia da Nazaré e 1
localizado na freguesia de Valado dos Frades.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 157 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
No Mapa 16 localizam‐se os postos de abastecimento de combustíveis, a rede de alta tensão e
postos de transformação de eletricidade.
Mapa 16 – Infraestruturas de produção, armazenamento e distribuição de energia
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 158 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Sistema de abastecimento de água e saneamento
No Mapa 17 está representada a rede do sistema de abastecimento de água do município da
Nazaré. O abastecimento de água às populações provém de captações de fonte própria (Águas
Belas, Fanhais, Raposos e Famalicão) ou da aquisição de água à empresa Águas do Oeste, S.A..
No município existem 15 furos de captação de água e 16 reservatórios de água para serem
utilizados em situação de emergência.
Mapa 17 – Sistema de abastecimento de água
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 159 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Caso não seja possível manter ou repor o caudal necessário para garantir o fornecimento de
água, ou em caso de interrupção de emergência, o abastecimento é assegurado pelos
Bombeiros Voluntários através de camiões cisterna.
O sistema de saneamento do município da Nazaré (Mapa 18) integra 1 Estação de Tratamento
de Águas Residuais (ETAR) localizada na freguesia da Nazaré.
Mapa 18 – Sistema de saneamento
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 160 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Pontos de água
Existem no concelho da Nazaré 23 Pontos de Água georreferenciados (Mapa 19). Destes: (i)
quatro foram determinados de acordo com a base de dados disponibilizada online pelo SCRIF
(Sistema de Cartografia de Risco de Incêndio Florestal), com levantamento realizado pelo CNIG
(Centro Nacional de Informação Geográfica) entre 1997 e 1999. A estes pontos é possibilitado
o acesso terrestre ou aéreo (ou ambos) a diferentes tipos de viaturas de bombeiros e
municipais (Tabela 5); (ii) três foram determinados de acordo com a base de dados do PMDFCI
(Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios) disponibilizada pela Câmara
Municipal da Nazaré (Tabela 6); (iii) 16 correspondem a pontos de água subterrâneos (14 furos
verticais e dois poços) definidos de acordo com os dados disponibilizados online pelo Sistema
Nacional de Informação de Recursos Hídricos (Tabela 7).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 161 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 19 – Carta municipal de Pontos de Água da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Tabela 5 ‐ Lista de Pontos de Água (SCRIF) no município da Nazaré
Identificação Nome Freguesia 4530 Fanhais Nazaré
4529 Lagoa de Fanhais Nazaré
4531 Lagoa de Valado dos Frades Valado dos Frades
4528 Vale Fundo Nazaré Fonte: scrif.igeo.pt
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 162 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 6 ‐ Lista de Pontos de Água (PMDFCI) no município da Nazaré
Identificação Nome Freguesia Tipo 1 ‐‐‐ Nazaré Reservatório DFCI
3 ‐‐‐ Nazaré Reservatório DFCI
2 ‐‐‐ Valado dos Frades Lago
Fonte: PMDFCI, Câmara Municipal da Nazaré
Tabela 7 – Lista de Pontos de Água subterrâneos (furos verticais e poços) na Nazaré
Identificação Nome Freguesia Tipo 307/16 Nazaré Poço
307/18 Águas Belas Nazaré Furo Vertical
307/93 Águas Belas Nazaré Furo Vertical
307/119 Ribeiro do Rio Seco Nazaré Furo Vertical
307/146 Valado dos Frades Valado dos Frades Furo Vertical
316/2 ‐‐‐ Famalicão Furo Vertical
316/3 ‐‐‐ Famalicão Furo Vertical
316/4 ‐‐‐ Famalicão Furo Vertical
316/6 VALBOPAN – Fibras de Famalicão Furo Vertical
316/7 ‐‐‐ Famalicão Poço
316/69 ‐‐‐ Famalicão Furo Vertical
316/74 ‐‐‐ Famalicão Furo Vertical
316/80 ‐‐‐ Famalicão Furo Vertical
316/90 ‐‐‐ Famalicão Furo Vertical
316/102 ‐‐‐ Famalicão Furo Vertical
316/117 Raposos Famalicão Furo Vertical
Fonte: snirh.pt
Rede de postos de vigia de incêndios florestais
No município da Nazaré existe um posto de vigia localizado na Mata Nacional do Valado, a 156
metros de altitude, no lugar de S. Bartolomeu, freguesia e município da Nazaré (Mapa 20).
Este posto de vigia permite observar cerca de 70% do território da Nazaré.
O município também é avistado pelo posto de vigia do Facho, localizado a 146 metros de
altitude, na Mata Nacional de Leiria, no município da Marinha Grande. Este posto de vigia
permite observar pequenas áreas mais elevadas localizadas nas partes norte e sul do
município da Nazaré. Assim, da combinação das áreas de visibilidade dos dois postos de vigia
verifica‐se que apenas 9,6% do território do município não é avistado por nenhum posto de
vigia e 67,1 % é avistado por 1 posto de vigia (Tabela 8).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 163 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 8 – Visibilidade do território por postos de vigia
Nº Postos de vigia Área (ha) Área (%) Nenhum 789,1 9,6
1 5533,0 67,1 2 1921,6 23,3
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Mapa 20 – Carta de Bacias de Visão no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 164 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Rede de telecomunicações
Os agentes da protecção civil municipal utilizam as seguintes redes de comunicações: a Rede
Estratégica da Protecção Civil (REPC) e a Rede Operacional dos Bombeiros (ROB) e o SIRESP
(Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal).
A REPC é uma rede VHF/FM, interligada por repetidores e link's, de cobertura nacional, com
interligação entre o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) na Sede da ANPC, os
18 Comandos Distritais de Operações de Socorro do continente (1 por capital de distrito), os
Serviços Municipais de Protecção Civil (SMPC’s) e ainda os diferentes Agentes de Protecção
Civil (APC’s).
A ROB é uma rede VHF/FM em semi‐duplex, constituída por repetidores e links com cobertura
local (distrital). O controlo é efetuado a partir do CDOS respetivo.
Na Serra de Montejunto existe um repetidor regional da rede ROB e REPC. No município
existem uma antena ROB e outra REPC no edifício dos Bombeiros Voluntários da Nazaré (Mapa
21).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 165 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 21 – Antenas de emissão/receção de operadoras de serviços móveis
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 166 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Infraestruturas de resíduos sólidos
A Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) é efetuada num sistema de porta à porta nas
zonas rurais e através de contentores nas zonas urbanas. Os resíduos sólidos urbanos são
armazenados na estação de transferência e Ecocentro da Nazaré e os resíduos indiferenciados
têm como destino final o Aterro Sanitário do Oeste – RESIOESTE, S.A., localizado no município
do Cadaval.
Os resíduos recicláveis são recolhidos nos ecopontos e ecocentros e encaminhados
diretamente para a Valor Sul ‐ Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de
Lisboa e do Oeste, S.A., que é a empresa responsável pelo tratamento e valorização das cerca
de 950 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos, por ano, em 19 Municípios da Grande
Lisboa e da Região Oeste. A rede de recolha dos resíduos indiferenciados e reciclados pode ser
observada no Mapa 22.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 167 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 22 – Infraestruturas de resíduos sólidos
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 168 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5. Caracterização do Risco
5.1. Análise do Risco
Os processos e ações perigosos identificados como suscetíveis de gerar consequências
gravosas no território da Nazaré resultam do funcionamento dos sistemas naturais (Riscos
Naturais), de acidentes decorrentes da atividade humana (Riscos Tecnológicos) e da
combinação da ação antrópica com o funcionamento de alguns sistemas naturais (Riscos
Mistos). Nesta secção são referenciados todos os tipos de risco contemplados no Caderno de
Encargos. De entre estes, estão sistematizados na Tabela 9 os que são suscetíveis de afetar o
Município da Nazaré, os quais serão considerados na secção dedicada à Análise da
Vulnerabilidade.
Tabela 9 – Perigos com incidência relevante no território do Município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 169 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.1. Ondas de calor
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) adota o conceito de onda de calor, da
Organização Mundial de Saúde, considerando que este fenómeno ocorre quando a
temperatura máxima diária é superior em 5º C ao valor médio diário do período de referência
(1961‐90), em pelo menos seis dias consecutivos.
As temperaturas elevadas, ao longo de vários dias consecutivos, originam vários impactos
negativos com consequências severas, como por exemplo o incremento de mortalidade, fogos
florestais e degradação de culturas agrícolas e coberto vegetal (Trigo et al., 2009).
Em Portugal Continental este tipo de fenómeno ocorre entre Maio e Setembro, estando,
sobretudo, relacionado com situações sinópticas onde o vento de Leste proveniente do Norte
de África, transporta ar quente e seco sobre o território (Garcia‐Herrera et al., 2005).
A análise detalhada deste fenómeno exige a disponibilidade de dados sobre temperaturas
diárias, fato que não se verifica nas estações meteorológicas consideradas representativas da
realidade do município em análise. Assim, não é possível efetuar uma avaliação
pormenorizada à escala municipal e respetivos contrastes locais, pelo que neste ponto se usa
como suporte interpretativo os trabalhos realizados por Pires et al. (2004) eTrigo et al. (2009),
para a onda de calor de 2003.
A onda de calor de Julho‐Agosto de 2003 foi a mais longa registada desde 1941 (Pires et al,
2004), tendo‐se batido recordes da temperatura máxima absoluta (Trigo et al., 2009) e de dias
consecutivos com temperaturas superiores a 35º C e a 40º C.
Não obstante, a intensidade da onda de calor a nível nacional verifica‐se que o município,
mesmo tratando‐se de um fenómeno extremo, não sofre influência do mesmo (Figura 3). Este
fato deve‐se sobretudo, à proximidade do mar e ao efeito amenizador da temperatura que
este possui.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 170 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Figura 3 ‐ Duração da Onda de Calor de Julho‐Agosto 2003 (adaptado do Pires et al., 2004)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
5.1.2. Ondas de frio
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) adota o conceito de vaga de ar frio, da
Organização Mundial de Saúde, considerando que este fenómeno ocorre quando a
temperatura mínima diária é inferior em 5º C ao valor médio diário do período de referência
(1961‐90), em pelo menos seis dias consecutivos.
As baixas temperaturas, ao longo de vários dias consecutivos, originam vários impactos
negativos com consequências severas, como por exemplo hipotermia, acidentes e interrupção
rodoviária e degradação de culturas agrícolas e coberto vegetal (sítio ANPC).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 171 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Em Portugal Continental, as vagas de ar frio ocorrem sobretudo nos meses de inverno, estando
geralmente associadas a situações de bloqueio do anticiclone dos Açores, trazendo massas de
ar vindas do Norte, ou do anticiclone no Norte da Europa, fazendo com que o território seja
afetado por correntes de leste com massas de ar polares/continentais, caracterizadas pelas
suas baixas temperaturas e diminuto teor de humidade.
A análise detalhada deste fenómeno exige a disponibilidade de dados sobre temperaturas
diárias, fato que não se verifica nas estações meteorológicas consideradas representativas da
realidade do município em análise. Assim, não é possível efetuar uma avaliação
pormenorizada à escala municipal e respetivos contrastes locais, pelo que neste ponto se usa
como suporte os relatórios de caracterização climática do Instituo de Meteorologia (actual
IPMA) para a onda de frio de 2005.
Assim, segundo Pires et al. (2005c), Portugal foi afetado por uma onda de frio no final de
Janeiro e Fevereiro. Contudo, a região Oeste não apresenta qualquer registo da ocorrência
deste fenómeno, não obstante este fenómeno se ter verificado em alguns locais próximos do
litoral como Alcácer do Sal, Braga, Setúbal ou Sines (Pires et al., 2005ab).
No entanto, apesar de não se ter verificado a ocorrência de uma onda de frio, na estação de
Cabo Carvoeiro, as temperaturas mínimas diárias abaixo do percentil 10 do período de
referência (noites frias), representaram 25% dos dias do mês de Fevereiro, e os dias com
temperatura máxima inferior ao percentil 10 da máxima diária do período de referência (dias
frios), ocorreram em 50% do referido mês. (Pires et al., 2005b).
Deste modo, temperaturas significativamente inferiores à média, associada à ocorrência de
ventos moderados a fortes, originam que a situação, sob o ponto de vista de conforto
fisiológico, seja deveras adversa (Pires et al., 2005ab). Esta situação ocorre de modo evidente
na área em estudo (Figura 4), onde o WSI (Weather Stress Index), revela claro desconforto
térmico devido ao frio (cores roxas).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 172 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Figura 4 ‐ Distribuição espacial do Weather Stress Index, Fevereiro 2005 (adaptado do Pires et al., 2005b)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
5.1.3. Nevões
A neve é um fenómeno meteorológico que, quando ocorre em quantidades significativas, é
suscetível de provocar perturbações funcionais significativas, nomeadamente as que derivam
das dificuldades de circulação (e.g. encerramento de escolas e de serviços públicos).
De acordo com as Normais Climatológicas de 1941‐1970 (INMG, 1988) a ocorrência de queda
de neve é residual na estação do Cabo Carvoeiro (0,1 dias de neve em Janeiro) e ausente na
estação de Caldas da Rainha. Nas Normais Climatológicas de 1961‐1990, não há registo de
ocorrência de neve no Cabo Carvoeiro. Como seria de esperar, em qualquer dos períodos
referidos e em ambas as estações, o número de dias com solo coberto de neve é igual a zero.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 173 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.4. Secas
A seca é uma característica normal e periódica do clima (Heinemann et al., 2010), não
existindo uma definição única. De fato, o significado de seca é largamente dependente da
disciplina que a aborda (Redmond, 2002) e, ao contrário de outros desastres naturais de
incidência tipicamente curta (ou instantânea), pontual (Santos, 1998) e com impactos visíveis,
as secas podem atuar durante períodos mais longos que qualquer outro risco e têm um
impacto complexo (Pires et al., 2010). Assim, podem‐se classificar as secas em quatro
categorias distintas de acordo com os seus efeitos: i) meteorológica, ii) agrícola, iii) hidrológica,
e iv) socioeconómica (Heim, 2002). A seca meteorológica reflete apenas o défice de
precipitação e a duração do período em défice, enquanto as secas agrícola, hidrológica e
socioeconómica ocorrem após períodos mais longos de défice de precipitação, afetando
progressivamente o rendimento das culturas, os caudais dos cursos de água/altura da água das
albufeiras e a vida humana, respetivamente (Heinemann et al., 2010).
As secas estão ligadas a anomalias da circulação geral da atmosfera, a que corresponde uma
flutuação do clima a uma escala regional. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)
monitoriza a evolução de situações de seca meteorológica (tipo que precede as outras
categorias de seca), dando indicação mensal do seu grau de severidade. Para o efeito tem sido
utilizado o Índice de Severidade de Seca de Palmer (ou PDSI – Palmer Drought Severity Index).
No entanto, em 2009 a Organização Mundial de Meteorologia (OMM) aconselhou a utilização
de outro índice para a avaliação da seca meteorológica a nível mundial (Hayes et al., 2011)
pelo que o IPMA implementou a execução regular adicional do Índice de Precipitação
Normalizado (ou SPI – Standardized Precipitation Index).
PDSI
O PDSI deteta períodos de seca e classifica‐os de acordo com a sua intensidade (Pires, 2003)
sendo um bom indicador do início, duração e intensidade dos períodos de seca, classificando‐
os de fraco, moderado, severo ou extremo (Pires et al., 2010). O cálculo deste índice baseia‐se
no conceito de balanço de água, integrando a quantidade de precipitação, a temperatura do ar
e a água disponível no solo. Foi calibrado para Portugal Continental e é utilizado para
acompanhar a evolução de situações de seca (Pires, 2003).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 174 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Portugal Continental tem uma posição geográfica propícia à ocorrência de secas (Domingos,
2006). Numa análise da evolução histórica do PDSI em Portugal entre 1941 e 2006, Pires
(2008) identificou 9 períodos de seca que abrangeram todo o território nacional e que
afetaram o município da Nazaré: 1943‐46, 1948‐49, 1964‐65, 1974‐76, 1980‐83, 1990‐92,
1994‐95, 1998‐99 e 2004‐06 (Tabela 10).
Tabela 10 ‐ Duração total e duração com intensidade severa e extrema dos períodos de seca
no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
As situações de seca foram muito frequentes nas décadas de 40 e 90, tendo a de 1943‐46 sido
a mais grave e intensa, e a percentagem de ocorrência aumentado no período após 1976.
Salienta‐se que, sendo a seca um fenómeno com incidência geralmente supramunicipal,
naqueles períodos de seca, a duração total e o número de meses em que a intensidade da seca
foi severa ou extrema foi igual em todo o município da Nazaré. Registe‐se contudo que, tanto
em termos de duração total como de número de meses em que a intensidade de seca foi
severa ou extrema, a Nazaré apresentou, em regra, uma maioria de situações com duração e
intensidade inferior à média do país. Considerando os dois períodos de seca mais longos e com
maior número de meses de intensidade severa ou extrema (1943‐46 e 2004‐06), a Nazaré
apenas registou mais do que 9 meses na seca mais recente, semelhante ao verificado em toda
a região a sul do rio Tejo e no Oeste.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 175 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
De fato, no período de 2004‐06, de acordo com o Instituto Nacional da Água (INAG), 80% do
país sofreu a pior seca em 60 anos (EUMETSAT, 2009), tendo os custos estimados sido na
ordem dos 285 milhões de euros. Metade dessas perdas ocorreram no sector da energia
hidroelétrica, mas sectores como a agricultura, floresta e abastecimento de água sofreram
também perdas significativas (Santos et al., 2010).
SPI De acordo com Heinemann et al. (2010), o SPI é mais sensível do que o PSDI, i.e. tem limiares
de precipitação mais baixos para que um determinado período seja considerado como de seca,
e apresenta uma correlação pouco significativa com aquele índice, fato anteriormente
também indicado por Hughes e Saunders (2002). Para o cálculo do SPI são utilizadas séries
longas de precipitação mensal ou acumulada em grupos de meses, tipicamente em 3, 6, 12 e
24 meses consecutivos, correspondendo o índice ao valor da normal reduzida para a
probabilidade de não‐excedência correspondente a essa precipitação, ajustada a uma
determinada função de distribuição, como por exemplo a Lei Normal ou a Lei de Pearson III
(Santos e Portela, 2010). Matematicamente, o SPI não é mais do que a probabilidade de um
determinado evento de precipitação ocorrer numa estação, dada a relação de uma certa
quantidade de precipitação com a normal (Domingos, 2006).
Com base na análise de SPI a 12 meses (anos civis) para 35 estações em Portugal Continental,
Domingos (2006) identificou 10 eventos de seca que abrangeram o município da Nazaré. Seis
desses eventos incidiram sobre todo o território (1944‐45, 1950, 1975, 1980‐82, 1992‐93 e
2004‐05) enquanto os outros quatro se estenderam apenas à região a Norte do rio Tejo (1949,
1953‐54, 1957 e 1967). Note‐se que com exceção do evento de 1950 (considerado como sendo
de seca moderada), todos os outros eventos de incidência nacional foram também detetados
pelo PDSI. Se alternativamente se analisar o SPI a 12 meses por ano agrícola, alguns dos
eventos anteriormente detetados nos anos 50 a nível nacional ou regional, geralmente de
carácter moderado, deixam de ser detetados, e em contrapartida, um maior número de
eventos de seca passam a ser identificados nos anos 80 e 90, à semelhança dos resultados
obtidos pelo PDSI. No entanto, destacam‐se 6 episódios de seca que foram detetados
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 176 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
simultaneamente pelas análises por ano civil e por ano agrícola: 1944‐45, 1953‐54, 1980‐81,
1992, 1995 e 2004‐05. Destes, apenas o de 1953‐54 não foi detetado pelo PDSI.
No período de 65 anos compreendido entre 1941 e 2005, Domingos (2006) detetou com base
no SPI a 3 meses, que a frequência de episódios de seca para as várias estações do ano é
diferenciada. Na Tabela 11 estão identificados os episódios de seca estacionais que
abrangeram o município da Nazaré, e destacados a negrito os eventos que tiveram incidência
nacional, e não apenas regional. A análise desta tabela permite concluir que houve um maior
número de secas que ocorreram na Primavera e no Verão, sendo que na Primavera cerca de
50% dos eventos não tiveram incidência nacional enquanto no Verão aquela percentagem
baixa para cerca de 35%. Assim, não só as secas de Verão têm vindo a aumentar a frequência
como, quando acontecem, tendem a abranger todo o território continental. Note‐se contudo
que a precipitação de Verão é geralmente baixa, pelo que pequenas diferenças em relação ao
valor normal são imediatamente detetadas pelo SPI, e que apenas em 4 dos eventos detetados
de Verão foram na sequência de seca desde a Primavera (1953, 1965, 1986 e 2005) e apenas 2
com seca mais prolongada, desde o Inverno (1953 e 2005).
Tabela 11 ‐ Eventos de seca moderada, severa ou extrema por estação do ano, com base no
SPI a 3 meses, no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 177 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
É importante referir que no município da Nazaré, se forem considerados os valores médios de
SPI a 3 meses por década, não houve qualquer registo de seca fraca ou moderada, apenas de
seca ligeira. Porém, interessa referir que à escala anual o número de eventos de seca severa e
extrema foi de apenas 10, aumentando este número à medida que a escala temporal diminui
para períodos mensais ou estacionais, mas variável de acordo com a estação do ano. Assim, a
suscetibilidade à ocorrência de secas na Nazaré depende do período de tempo analisado,
sendo aquela de valor baixo para períodos de tempo superiores a 12 meses, mas aumentando
para períodos de tempo mais curtos.
A comparação da distribuição espacial do PDSI e SPI nos 12 meses no território nacional,
efetuado mensalmente para o evento de seca de 2004‐05 por Domingos (2006), mostra
claramente que na Nazaré:
‐ não existe variação espacial da intensidade de seca intramunicipal, por um lado porque a
seca tem uma incidência regional e o município da Nazaré não ocupa uma posição de
charneira, e por outro porque o número de estações com séries de precipitação longas junto
ao litoral é baixo; e,
‐ embora os resultados obtidos pelos dois índices sejam semelhantes, o PDSI deteta um maior
número de meses de seca extrema que o SPI a 12 meses (9 vs. 2), enquanto o SPI a 12 meses
deteta um maior número de meses de seca severa que o PDSI (4 vs. 1).
Assim, o PDSI será o índice base mais importante numa situação de acompanhamento de seca,
enquanto o SPI deverá complementar o índice anterior, fornecendo informação mais
detalhada relativamente aos impactos decorrentes de uma situação de seca (Domingos, 2006).
5.1.5. Cheias e inundações
O município da Nazaré é dominado por um único sistema de drenagem ‐ bacia hidrográfica do
rio Alcoa ‐, a qual drena 72% do município. Igualmente relevante é o facto desta bacia
hidrográfica possuir uma área de quase 420 km2
e toda a drenagem convergir, no seu setor
jusante, para o concelho da Nazaré.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 178 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A bacia hidrográfica do rio Alcoa pode ser dividida em dois subsistemas hidrográficos
principais: um corresponde à sub‐bacia do rio da Areia (rios Alpedriz/Areia, das Azenhas, da
Lama, de Cós, e de Fanhais), que se estende para nordeste do concelho; outro, mais extenso,
correspondente à sub‐bacia do rio Alcoa (rios Alcoa e Baça), que se estende para sul e sudeste.
Os dois cursos de água principais destas sub‐bacias (Alcoa e Areia) possuem traçado paralelo
para oeste de Valado dos Frades, ao longo do limite do concelho, onde escoam em planície
aluvial relativamente extensa. Confluem, já no interior do concelho, a menos de 1 km da costa,
seguindo, canalizados, até à sua desembocadura no oceano Atlântico, cerca de 2,5 km a sul da
Nazaré.
A base de dados DISASTER (http://riskam.ul.pt/disaster/), que integra as ocorrências hidro‐
geomorfológicas que provocaram danos humanos (mortos, feridos, desaparecidos,
desalojados e evacuados) em Portugal continental no período entre 1865 e 2010, contempla
uma ocorrência de inundação na vila da Nazaré, em 1955, que foi responsável por 2
evacuados.
A análise das cheias foi encarada numa perspetiva de identificação das áreas suscetíveis de
inundação causadas por transbordo da água do leito de rios e ribeiras como consequência de
caudais elevados, num espaço temporal não definido. A metodologia utilizada na identificação
das áreas mais suscetíveis à ocorrência de cheias e inundações seguiu um fluxo de trabalho
baseado em 7 etapas principais (Reis, 2011):
i. Seleção dos fatores relevantes para a avaliação da suscetibilidade nas bacias hidrográficas
que drenam para o concelho e identificação das respetivas fontes de informação;
ii. Cálculo dos valores das variáveis condicionantes para as bacias hidrográficas que drenam
para o concelho, por unidade de terreno (célula);
iii. Cálculo dos valores acumulados médios para as variáveis condicionantes, ao longo das
bacias hidrográficas;
iv. Integração das variáveis num modelo assente na Análise Multi‐critério (AMC), de acordo
com funções empíricas que resultam dum processo iterativo;
v. Classificação das bacias hidrográficas (por unidade de terreno), de acordo com a
suscetibilidade à ocorrência de cheias nos troços dos cursos de água, tendo por base limites
naturais;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 179 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
vi. Validação dos resultados do modelo, com base em diversa informação, de natureza
histórica e geomorfológica, e observações de campo;
vii. Espacialização, para as margens adjacentes (áreas planas), dos resultados obtidos para a
suscetibilidade das linhas água.
A identificação e classificação das áreas inundáveis adjacentes aos troços considerados mais
suscetíveis baseiam‐se nos seguintes passos (Reis, 2011; Figura 5):
i. Seleção dos troços considerados mais relevantes para a avaliação da suscetibilidade à
ocorrência de cheias, ou seja, coincidentes com os troços classificados com suscetibilidade
mais elevada, com valor mínimo identificado através do processo anterior (etapas iv a vi);
ii. Identificação, através de um processo iterativo baseado na análise de vizinhança, das áreas
planas (fundos de vale) adjacentes aos troços anteriores;
iii. Atribuição automática dos valores de suscetibilidade presentes nos troços aos fundos de
vale planos que lhes são contíguos.
O modelo utilizado para a identificação das zonas ameaçadas por cheias baseou‐se na
integração de três tipos de fatores (Figura 5), considerados relativamente constantes no
tempo:
‐ área de drenagem acumulada para cada unidade de terreno, ou seja, número de células que
drenam para um determinado ponto da bacia hidrográfica;
‐ declive médio da área que drena para cada uma das unidades de terreno;
‐ valor médio da permeabilidade relativa da área que drena para cada uma das unidades de
terreno.
Estas três variáveis permitem a construção de um modelo simples, mas eficaz, em que estão
presentes os fatores geomorfológicos mais relevantes na identificação de condições favoráveis
à ocorrência de cheias. A área de drenagem fornece uma indicação do volume de água
potencial recebido em cada unidade de terreno (célula); a permeabilidade dá uma noção da
importância da água temporariamente retida no solo e subsolo da bacia hidrográfica, que não
contribui, portanto, para o escoamento direto; e o declive médio traduz o dinamismo
(velocidade) do escoamento da água. Os três fatores, em conjunto, permitem avaliar as
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 180 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
condições de resposta das sub‐bacias aos eventos pluviométricos e o fluxo acumulado
potencial ao longo das bacias hidrográficas.
Assim, a partir da integração das três variáveis, padronizadas entre 0 e 1, obtém‐se, por
iteração, a expressão que identifica a suscetibilidade à ocorrência de cheias (SCheias
) para toda a
área das bacias hidrográficas, que assume a seguinte forma:
SCheias
= c1Ac + c2D + c3Pr ,
em que: Ac é o valor da área de drenagem acumulada; D e P
r são, respetivamente, o valor do
declive médio e a permeabilidade relativa média, da área de drenagem para montante de cada
unidade de terreno; c1, c
2 e c
3 são os coeficientes que ponderam cada um dos fatores.
Figura 5 ‐ Esquema conceptual do modelo de avaliação da suscetibilidade à ocorrência de cheias (Reis, 2011)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 181 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
O modelo não utiliza variáveis relativas à precipitação e à ocupação do solo. Neste sentido, a
precipitação é considerada um parâmetro constante ao longo das bacias hidrográficas (o que
se adequa às bacias hidrográficas em questão, todas elas de pequena dimensão) pelo que este
fator se encontra parcialmente representado pela área de drenagem acumulada em cada
unidade de terreno. Não sendo objetivo do modelo o cálculo de períodos de retorno, a
utilização da distribuição espacial da precipitação é, aqui, dispensável. Adicionalmente, os
tempos de concentração das diversas bacias e sub‐bacias, de apenas algumas horas, não
encontram correspondência adequada nas características de dados pluviométricos
actualmente disponíveis para a área de estudo.
Por outro lado, o modelo assume a inexistência dos efeitos de interceção e retenção por parte
do coberto vegetal, devido às grandes alterações a que esta variável está sujeita em curtos
espaços de tempo (plantações, desmate, corte, incêndios, etc.). A ocupação do solo é, então,
aqui assumida como uma variável que, embora interfira no comportamento dos caudais de
ponta, deve ser tratada como uma componente do ordenamento e gestão das bacias
hidrográficas.
De forma a manter a coerência do sistema fluvial, todas as variáveis foram, numa fase inicial,
tratadas ao nível da bacia hidrográfica do rio Alcoa, pelo que a área inicial de análise
extravasou o limite concelhio. Assim, cada um dos valores, quer acumulado quer médio,
presente em cada unidade de terreno (célula) reflete as condições para montante até ao limite
de cada bacia hidrográfica.
Toda a área do concelho e área circundante cuja drenagem se faz para o interior daquele, foi
classificada em classes de suscetibilidade, baseadas nas descontinuidades naturais. Deve‐se
salientar o facto do resultado deste processo não dever ser interpretado como “áreas com
diferentes suscetibilidades à ocorrência de cheias”, mas sim como uma classificação dos troços
(e de cada unidade de terreno que lhes pertencente) da rede hidrográfica de acordo com a
apetência para serem afetados por cheias, com base nas características de acumulação,
declive e permeabilidade da área de drenagem a montante.
A validação destas áreas apoiou‐se na observação de marcas ou registos de eventos históricos
e de dados cartográficos e de critérios geomorfológicos, sedimentológicos e pedológicos.
Assim, foram tidos em consideração os elementos seguintes de validação:
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 182 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
‐ cartografia de aluviões, aluviossolos modernos e solos hidromórficos, devidamente retificada,
com base na cartografia topográfica 1/10000, nos ortofotomapas de grande escala e em
observações de campo;
‐ ocorrências de cheias e inundações na base dados DISASTER (Equipa DISASTER, 2012);
‐ troços críticos e pontos críticos presentes no Plano Regional de Ordenamento do Território
do Oeste e Vale do Tejo (PROT‐OVT);
‐ ocorrências registadas pela ANPC (CBV Nazaré) para o município;
‐ marcas de inundação, registadas no SNIRH (Atlas da Água).
O presente modelo tem sido testado em vários contextos hidrográficos e a diversas escalas,
quer no âmbito regional (por exemplo: CCDR‐LVT, 2009) quer no âmbito municipal (por
exemplo: Ascenso, 2011), sempre com resultados muito satisfatórios.
Tendo em conta a dimensão e as caraterísticas geomorfológicas da bacia hidrográfica do rio
Alcoa, verifica‐se que o tempo de concentração situa‐se entre 9 a 10 horas. Neste sentido,
estas bacias de drenagem têm tendência para originar cheias com velocidade de progressão
rápida, potencialmente geradoras de situações de risco elevado (Ramos e Reis, 2001).
Estas caraterísticas estão presentes, em particular, ao longo das sub‐bacias dos rios Alcoa e
Baça, as quais coincidem com áreas de declive relativamente elevado, que propiciam a rápida
deslocação da água, e as permeabilidades reduzidas (com exceção do setor mais a montante),
na maior parte coincidentes com afloramentos argilosos, margosos e areníticos, associados às
formações geológicas das "Camadas da Abadia" (J3
c) e "Grés superiores" (J3‐4
), as quais
propiciam o escoamento superficial direto, em detrimento da infiltração.
Estas caraterísticas mantêm‐se para jusante da confluência entre os rios Alcoa e Baça (na
cidade de Alcobaça), incluindo no setor em que se faz a divisão entre os concelhos de Alcobaça
e Nazaré.
Os resultados obtidos pelo modelo (Mapa 23) estão em consonância com a perceção geral das
caraterísticas da área, com os levantamentos de campo efetuados e com os dados das
ocorrências que se encontram registados (base da dados do Projeto DISASTER, base de dados
APA/SNIRH, e Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil da Nazaré, que recorre aos
resultados do PROT‐OVT).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 183 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 23 ‐ Zonas Ameaçadas por Cheias no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 184 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Assim, verifica‐se que, no interior do concelho da Nazaré, a área afetada por inundações
fluviais coincide, na sua maior parte, com o vale relativamente extenso drenado pelos rios
Alcoa (ou Alcobaça), situado na margem esquerda (sul) do vale, e da Areia, que escoa na
margem direita (norte) do mesmo vale. Entre estes dois, o vale é ainda drenado pelo rio do
Meio, cuja bacia hidrográfica, embora muito mais pequena que as outras duas, estende‐se
para leste (no concelho de Alcobaça) através do rio de S. Vicente.
Pelo referido anteriormente (maior área de drenagem, maior declive e menor
permeabilidade), o setor mais perigoso no que se refere às cheias coincide com o troço (e
respetiva área inundável) do rio Alcoa (ou Alcobaça) ao longo da margem esquerda do vale.
Note‐se que, imediatamente a montante deste troço, no concelho de Alcobaça, mas apenas a
cerca de 150 m do limite do concelho da Nazaré, as Termas da Piedade têm sido
frequentemente afetadas por cheias, tendo sido necessário proceder à evacuação de várias
pessoas. Felizmente, no concelho da Nazaré, este troço não é acompanhado pela presença de
infraestruturas permanentes e relevantes, pelo que o impacto na atividade humana é bastante
reduzido.
Nas restantes áreas inundáveis, ao longo deste fundo de vale e de vales afluentes, a
perigosidade é menor, pois estão associados a menores dinâmicas de escoamento; no caso da
bacia hidrográfica do rio da Areia, a área abrangida proporciona uma dinâmica do escoamento
mais fraca, que decorre da presença de declives mais fracos e maiores taxas de infiltração. Em
todo o caso, há que considerar a forte suscetibilidade no troço a sul de Valado dos Frades, em
que as áreas mais deprimidas desta povoação podem ser, ocasionalmente, afetadas pela
inundação do vale.
Da descrição anterior, decorre que a maior parte da área inundável do concelho da Nazaré
coincide com o vale onde escoam os rios Alcoa, da Areia e do Meio. A área suscetível de ser
afetada por inundações fluviais, à escala utilizada no trabalho, corresponde a 11% do
concelho, em que se destacam as áreas inundáveis associadas ao rio Alcoa, com 73% desse
valor (Tabela 12).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 185 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 12 ‐ Áreas inundáveis por freguesia e por vale associado aos cursos de água, no
município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
As inundações na freguesia de Famalicão estão associadas exclusivamente ao Paúl da Cela (8%
da área da freguesia), que drena para a margem esquerda do rio Alcoa (ou Alcobaça), e têm
perigosidade muito baixa, visto que estão associadas a subidas graduais do nível da água, com
dinâmica relativamente reduzida.
A freguesia de Valado dos Frades é claramente a mais problemática, não só pela extensa área
inundável (34% da freguesia e 69% do total de área inundável do concelho) como pela
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 186 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
dinâmica relativamente forte do escoamento que apresenta em alguns setores dos cursos de
água.
Na freguesia da Nazaré, as cheias estão associadas a parte do vale (margem direita) do rio da
Areia e ao setor jusante do seu afluente ‐ o rio das Águas (apenas 2,3% da freguesia). Em todo
o caso, a vilae da Nazaré apresenta, também, vários problemas de drenagem, pelo que as
cheias urbanas são relativamente frequentes. A sua situação numa área deprimida, para onde
converge o escoamento das encostas e linhas de águas da área envolvente e o forte declive
dessas áreas envolventes, associadas a uma impermeabilização importante dos terrenos, leva,
em situações de precipitações intensas, a uma grande concentração de água na parte baixa da
vila, provocando a inundação de algumas áreas habitacionais e comerciais. Situação similar
ocorre, também, com alguma frequência, no setor leste da vila, onde se localizam os BV da
Nazaré, neste caso associada à presença de uma linha de água.
Em situações de aviso meteorológico relacionado com chuvas intensas, o SMPC deve
monitorizar com regularidade os canais fluviais nas áreas onde existe suscetibilidade de
inundação, procedendo à evacuação de pessoas e ao corte de vias, sempre que tal se
justifique.
5.1.6. Inundações e galgamentos costeiros
A delimitação detalhada das áreas de inundação da faixa costeira devido a tempestades
marítimas depende do conhecimento dos fatores forçadores (nível da maré, altura das ondas e
sobrelevação meteorológica do nível do mar) mas também da morfologia quer da plataforma
continental próxima quer da faixa litoral, dado que estas condicionam a concentração ou
dispersão da energia das ondas.
Dado não ser possível obter dados morfológicos suficientemente pormenorizados que
permitam estimar a cota de inundação para cada local, optou‐se por utilizar uma avaliação
semi‐empírica, de âmbito regional. Deste modo, a determinação da suscetibilidade a
galgamentos costeiros e inundação no litoral do município da Nazaré, corresponde
fundamentalmente ao efeito combinado de quatro componentes: (1) a cota do nível médio do
mar; (2) a cota máxima da maré astronómica; (3) a sobrelevação meteorológica do nível do
mar (storm surge); e (4) o espraio das ondas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 187 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
1. Nível médio do mar
O estudo dos registos do marégrafo de Cascais entre 1882 e 1985, levado a cabo por Dias e
Taborda (1992), mais tarde complementado por Antunes e Taborda (2009), permitiu
determinar uma taxa média de subida do nível médio do mar de 1,3±0,1mm/ano. Esta
tendência, no entanto, não é constante no período estudado. Sendo inicialmente negativa até
1920 (‐0,5mm), apresenta posteriormente valores sempre crescentes (+1,7mm) entre 1920‐
1990; +2,1mm no período 1990‐2000; +2,5mm a partir do ano 2000. Tomando em
consideração que o Datum Altimétrico que funciona como “Zero de Referência” altimétrico
para todos os dados e cartografia de Portugal foi estabelecido precisamente no marégrafo de
Cascais, em 1938, deverá ser considerado, entre este ano e 2011, uma variação do nível médio
do mar de 0,14m.
2. Marés
O litoral de Portugal continental está sujeito a marés semi‐diurnas, com amplitudes médias de
2,2 metros, podendo, no entanto ultrapassar 3,5 metros em período de marés vivas. Tomando
como base os valores entre 1990 e 2000, resultantes da análise harmónica na estação
maregráfica da Cascais, Taborda et al. (2010), obtiveram uma preamar máxima, devida
unicamente a forçamento astronómico, de 4,03m acima do zero hidrográfico (que se encontra
2,08m abaixo do nível médio do mar, ou zero geográfico).
3. Storm Surge
Determinadas condições meteorológicas, como descidas pronunciadas de pressão atmosférica
ou ventos onshore fortes e persistentes, podem originar uma sobrelevação do nível do mar, de
carácter pontual e aperiódico, designada internacionalmente por storm surge. Relativamente
ao litoral português, não são muitos os estudos sobre o storm surge. De entre os existentes,
alguns consideram os dados do marégrafo de Cascais. Taborda e Dias (1992) obtiveram um
storm surge máximo de 0,4m e 0,5m, respetivamente associados às tempestades de
Fevereiro/Março de 1978 e de Dezembro de 1981. Por sua vez, Andrade et al. (2006)
determinaram, para o período 1987‐2000, um storm surge máximo para Cascais de 0,46m,
ocorrido em 02/02/1998. Finalmente, Taborda et al. (2010) analisaram os dados maregráficos
da Estação de Cascais de 2000 até 2009, tendo obtido um storm surge máximo de 0,57m (em
25/10/2006). A aplicação do método de Gumbel às séries de valores máximos anuais de storm
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 188 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
surge por Andrade et al. (op.cit.) aponta para valores de 0,54m e 0,58m para períodos de
retorno respectivamente, de 50 e 100 anos. Deste modo, considera‐se 0,57m como o valor
mais elevado registado na estação maregráfica de Cascais.
4. Espraio das ondas
O espraio das ondas foi calculada utilizando a fórmula desenvolvida por Masselink & Hughes
(2003):
R = 0.36 g1/2tan(β)H0 1/2T
R – espraio
g – aceleração da gravidade (9,81 m‐2)
tan(β) – tangente do declive da face de praia
H0 – altura da onda ao largo (m)
T – período da onda (seg)
Considerou‐se uma situação de temporal fortemente energético, com uma altura das ondas de
largo (H0) de 10 m ‐ situação que, segundo Trindade (2010) tem um período de retorno de
cerca de 50 anos ‐ e um valor de declive particular de praias refletivas (tan(β) = 0,1),
característica da maior parte das praias do município da Nazaré. Obteve‐se um valor de
espraio de 5,6 metros.
Finalmente, tomando em consideração a variação do nível médio do mar, a preamar máxima
astronómica, o storm surge máximo registado e o espraio das ondas, obteve‐se uma cota de
inundação de 8 metros acima do nível médio do mar, valor que se aproxima dos calculados
para o litoral do município de Sintra por Marques et al (2009) e para o litoral do município de
Cascais por Taborda et al. (2010). Dados os condicionalismos morfológicos submersos e
emersos referidos atrás e não avaliados neste trabalho, deve‐se considerar esta estimativa
com alguma prudência tendo em conta que, em situação de temporal extremo, o valor
calculado poderá localmente ser ultrapassado.
Dos 10,1 km de sistema praia‐duna do município da Nazaré, somente o troço correspondente
à foz do Rio Alcobaça e um sector com extensão de 200 metros, junto à margem esquerda do
troço vestibular deste rio, poderão ser sujeitas a galgamento costeiro como consequência de
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 189 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
uma situação de tempestade com as características descritas atrás (Mapa 24, Mapa 25, Mapa
26, Mapa 27). Situação mais preocupante poderá ocorrer na faixa de praia urbana da vila da
Nazaré, onde uma cota de mar de oito metros poderia cobrir por completo a praia e atingir a
Avenida Manuel Remígio.
Mapa 24 ‐ Faixas de suscetibilidade à inundação e galgamentos costeiros da Nazaré (troço A)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 190 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 25 ‐ Faixas de suscetibilidade à inundação e galgamentos costeiros da Nazaré (troço B)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 191 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 26 ‐ Faixas de suscetibilidade à inundação e galgamentos costeiros da Nazaré (troço C)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 192 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 27 – Faixas de suscetibilidade à inundação e galgamentos costeiros da Nazaré (troço D)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 193 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.7. Inundação por tsunami
O tsunami de 1 de Novembro de 1755 foi o mais catastrófico alguma vez registado em
Portugal. Uma vez que este tsunami é um evento histórico, tem muitas incertezas associadas.
No entanto, Santos et al. (2009) demonstraram que um sismo localizado no Banco de
Gorringe, com uma magnitude de 8.7, gera um tsunami que reproduz, de um modo geral, os
relatos das testemunhas históricas.
Assim, para efeitos da caracterização do risco detsunami no município da Nazaré (Figura 6),
considerou‐se este evento como sendo o pior cenário possível. Neste contexto, calcularam‐se
as áreas inundadas no município considerando um tsunami equivalente ao de 1755, de modo a
avaliar o risco de tsunami na zona.
O processo de cálculo da inundação por tsunami requer várias etapas, cujos resultados são
apresentados abaixo. Em primeiro lugar, calculou‐se o deslocamento inicial do tsunami (de
acordo com Santos et al, 2009). A origem do tsunami foi considerada no Banco de Gorringe e o
deslocamento vertical máximo foi de cerca de 6 m, como mostra a Figura 6. Ainda
representado na Figura 6 está a localização do município da Nazaré, que se situa a cerca de
280 km da fonte do tsunami.
Figura 6 ‐ Deslocamento inicial do tsunami
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 194 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Seguidamente, calculou‐se a propagação deste tsunami, considerando o modelo Non‐Linear
Shallow Water Equations with a Finite Difference Method (Imamura, 1995).A Figura 7 mostra a
propagação da ondas do tsunami aos 20 minutos, 40 minutos e 60 minutos, depois do sismo
ter ocorrido. Verifica‐se que a altura máxima das ondas é cerca de 3 m. A Figura 7 mostra
ainda que um tsunami semelhante ao de 1755 demora cerca de 45 minutosa chegar ao
município da Nazaré.
Figura 7 ‐ Propagação do tsunami
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Uma vez que o comportamento das ondas de tsunami é fortemente condicionado pelas
características locais, é necessário proceder a um método que permita acompanhar o percurso
do tsunami desde a sua formação, em águas profundas até à costa. Assim, à medida que o
tsunami se aproxima da costa foram utilizadas áreas cada vez mais pormenorizadas, por
comparação com a apresentada na Figura 7. Este método permite um cálculo mais detalhado
da propagação das ondas de tsunami bem como das áreas inundadas.
O Mapa 28 mostra as áreas inundadas por um tsunami semelhante ao de 1755, no município
da Nazaré, variando entre 0,001 m e 2,83 m. As freguesias costeiras (Nazaré e Famalicão) são
afetadas pelo tsunami, e por isso todas as praias do município são inundadas, com uma
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 195 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
extensão que varia entre 25 m a 75 m. Na marina a extensão inundada pode chegar aos 150 m.
A praia do Norte (não é uma área balnear designada) tem alturas de inundação que variam de
0,04 m a 2,7 m. Na praia da Nazaré, verifica‐se que a altura varia entre 0,125 m e 1,98 m. Na
marina, obtém‐se as alturas mínimas da altura da água em todo o município (até 0,001 m)
sendo a altura máxima no local de 1,89 m. O Rio Alcoa pode eventualmente ser inundado, no
entanto o pixel utilizado nos cálculos (25 m) não permite uma boa precisão para este caso. Na
praia do Salgado a altura da inundação varia entre 0,002 m e os 2,83 m, sendo a altura máxima
de inundação por tsunami calculada nesta praia.
Mapa 28 ‐ Altura da água no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 196 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
De acordo com o Critério de Avaliação da Perigosidade de Tsunami (Santos et al., 2011), a
perigosidade de tsunami resulta do cruzamento entre as alturas da água e os tempos de
chegada. Assim, o município da Nazaré tem 1 classe de perigosidade: moderada, como mostra
o Mapa 29.
Figura 8 ‐ Matriz de Perigosidade de Tsunami, considerando a altura máxima da água e o
tempo de percurso (Santos et al., 2011)
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 197 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 29 ‐ Perigosidade de inundação por tsunami no município da Nazaré para um cenário
semelhante ao de 1755
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 198 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.8. Sismos
A situação de referência da suscetibilidade sísmica no município da Nazaré foi definida a partir
do cruzamento da carta de isossistas de intensidades sísmicas máximas (Fonte: IPMA) com a
carta da distribuição das acelerações máximas (PGA – Peak GroundAcceleration) para um
período de retorno de 475 anos, produzida por Montilla e Casado (2002).Como seria de
esperar, atendendo à pequena escala que caracteriza os dois documentos atrás referidos e à
dimensão do município, o território da Nazaré não apresenta grandes contrastes no que
respeita à suscetibilidade sísmica: a classe da PGA de 2,4 – 3,2 m/s2
abrange a totalidade do
município, enquanto a carta de isossistas de intensidades máximas marca a presença da classe
[8] (Mapa 9).
Atendendo a que na carta de Isossistas de intensidade máxima de Portugal (Escala de Mercalli
Modificada, 1956), o grau [8] representa um cenário de danos “Ruinoso”, considera‐se que o
cruzamento da intensidade sísmica [8] com PGA [2,4 – 3,2 m/s2
] tipifica uma suscetibilidade
moderada.
Os efeitos de sítio produzem a amplificação da suscetibilidade sísmica e foram definidos do
seguinte modo (Mapa 30): (i) distribuição de formações geológicas sedimentares superficiais
não consolidadas inferidas a partir da Carta dos Solos de Portugal (aluviões; areias de praia;
dunas; areias de Valado dos Frades e Famalicão) e a presença de solos hidromórficos (aluviões
ou coluviões de textura ligeira a mediana) e solos halomórficos (aluviões de textura mediana),
que justificam o incremento da intensidade sísmica, relativamente à situação de referência,
devido à possibilidade de aí ocorrer uma amplificação do sinal sísmico e/ou liquefacção dos
solos; e (ii) faixa de 50 metros relativamente às falhas ativas (extraídas da Carta Neotectónica
de Portugal), que atravessam o município e que limitam o vale tifónico entre Famalicão e
Valado dos Frades, e ao sector E‐W da falha da Nazaré, acautelando a possibilidade de rutura
superficial. Nesta faixa próxima às falhas ativas é expectável, igualmente, o incremento da
intensidade sísmica, relativamente à situação de referência. Considera‐se ainda que a
incremento da suscetibilidade sísmica é superior nas áreas onde se verifica em simultâneo a
presença de formações geológicas sedimentares superficiais não consolidadas e a presença de
falha ativa ou limite do diápiro. As zonas potenciais de instabilidade de vertentes não foram
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 199 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
aqui consideradas, uma vez que são alvo de um tratamento autónomo.
A distribuição espacial das PGA e das isossistas de intensidades máximas permite caracterizar
como moderada a suscetibilidade sísmica do município da Nazaré. Esta suscetibilidade (Mapa
31) é devida, não só, à existência de estruturas ativas submarinas que marginam o território
continental português a SW, que têm o potencial de gerar os sismos máximos regionais
(Gráciaet al., 2003), mas também e principalmente, à falha (ou zona de falhas) do vale inferior
do Tejo. A influência da zona sísmica do vale do Tejo manifesta‐se nas intensidades sísmicas
moderadas verificadas no município, dada a proximidade àquela estrutura tectónica ativa.
Localmente, vários sismos têm sido associados à falha da Nazaré – Pombal. Esta falha
apresenta esta maior atividade no seu sector submerso, ao qual é associada a origem do sismo
de 26 de Dezembro de 1962 de magnitude 5.7 (Senos & Carrilho, 2003).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 200 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 30 – Incremento da suscetibilidade sísmica por acção de efeitos de sítio: formações
geológicas sedimentares superficiais não consolidadas e faixas adjacentes às falhas ativas
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 201 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 31 ‐ Suscetibilidade sísmica no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 202 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.9. Movimentos de massa em vertentes
No território da Nazaré foram identificados movimentos de desabamento e deslizamento. Os
movimentos dos tipos desabamento foram observados unicamente nas arribas do litoral e não
foram incluídos nesta análise, uma vez que foram alvo de tratamento detalhado e autónomo
na secção 5.1.10 deste trabalho.
Deste modo, os deslizamentos são os movimentos de massa dominantes nas vertentes da
Nazaré. A esmagadora maioria corresponde a deslizamentos do tipo rotacional, pese embora
se observem também movimentos da categoria translacional.
O Inventário dos movimentos de massa em vertentes no município da Nazaré baseou‐se nos
métodos e técnicas que a seguir se discriminam:
(i) Interpretação de ortofotomapas digitais (pixel = 0,5 m) obtidos em 2004, auxiliada
pela projeção da altimetria detalhada do terreno, para a totalidade do município;
(ii) Verificação e validação pontual das manifestações de instabilizadas nas vertentes
com trabalho de campo.
No total, foram identificados e inventariados 29 deslizamentos no território do município da
Nazaré, não contabilizando as instabilidades presentes nas arribas do litoral. A Tabela 13
sistematiza as principais características dos deslizamentos inventariados.
Tabela 13 ‐ Parâmetros morfométricos dos deslizamentos inventariados no município da Nazaré
Número 29
Área Mínima (m2) 68
Área Máxima (m2) 711.355
Área Média (m2) 25.407
Desvio‐Padrão (m2) 129.636
Área Total (m2) 736.813
Densidade de movimentos (n/km2) 0,35
% área deslizada 0,89
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 203 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Os 29 movimentos de massa em vertentes, de entre os quais de destaca pela área abrangida o
deslizamento da praia do Salgado, correspondem a uma área total instabilizada de 736.813 m2
.
A densidade de movimentos é de 0,35 ocorrências/km2
e a área instabilizada representa 0,89%
da área total do município.
Refira‐se que a base de dados DISASTER (http://riskam.ul.pt/disaster/) contempla uma
ocorrência de movimento de massa em vertentes na vila da Nazaré, em 1954,que foi
responsável por 1 morto. A base de dados da ANPC que regista ocorrências verificadas após
2005 integra 3 casos de deslizamentos de terras verificados no município da Nazaré, dois na
freguesia com o mesmo nome (em 2006 e 2012) e um na freguesia de Valado dos Frades (em
2010).
A avaliação da suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa em vertentes foi
efetuada através de uma metodologia indireta de base estatística, que se sustenta no
pressuposto de que os futuros movimentos de vertente vão ocorrer sob condições geológicas
e geomorfológicas similares às que determinaram a instabilidade passada e presente (Varnes,
1984).
Neste trabalho foram considerados 6 temas como fatores de predisposição para a ocorrência
de movimentos de massa em vertentes: declive (10 classes), exposição (9 classes), curvatura
em plano (3 classes), inverso do wetness index (6 classes), tipo de solo (13 classes) e uso do
solo (14 classes).
O modelo de avaliação da suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa utilizado
consistiu no Valor Informativo (Yin & Yan, 1988; Zêzere, 2002), aplicado numa base digital
matricial com pixel de 5 metros.
O Valor Informativo (Ii) para qualquer classe Xi de uma variável independente (X) foi
determinado pela seguinte equação:
Onde:
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 204 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Si = nº de células com movimentos de massa em vertentes na variável Xi, no município da
Nazaré;
Ni = nº de células com a variável Xi no município da Nazaré;
S = nº total de células com movimentos de massa em vertentes no município da Nazaré;
N = nº total de células no município da Nazaré.
Devido à normalização logarítmica, Ii não é determinável quando Si = 0. Nestes casos, o valor
de Ii foi assumido como o decimal inferior ao Ii mais baixo determinado para as diferentes
classes da variável considerada.
O valor de suscetibilidade aos movimentos de massa em vertentes para cada célula j
corresponde ao Valor Informativo total, dado pela seguinte equação:
∑
Onde:
m = nº de variáveis;
Xij é igual a 1 ou 0, consoante a variável Xi está ou não presente na célula j, respetivamente.
A validação dos resultados foi efetuada através da determinação da taxa de sucesso do
modelo, obtida a partir do cruzamento dos resultados da avaliação da suscetibilidade com os
movimentos de vertente inventariados.
O Mapa 32 apresenta a avaliação da suscetibilidade aos movimentos de massa em vertentes,
sustentada pelo método do Valor Informativo.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 205 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 32 – Suscetibilidade aos Movimentos de Massa em Vertentes no Município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 206 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A curva de sucesso do modelo de suscetibilidade está representada no Gráfico 18, sendo
utilizada para a interpretação preditiva das 4 classes de suscetibilidade presentes no mapa de
suscetibilidade. Como se observa na Tabela 14, as diferentes classes de suscetibilidade não
apresentam uma expressão territorial equivalente.
A Tabela 14 sistematiza a leitura da capacidade preditiva das classes de suscetibilidade aos
movimentos de massa em vertentes no município da Nazaré. Deste modo, num horizonte
temporal sem limites definidos, podemos concluir que cerca de 90% dos futuros movimentos
de massa que vão ocorrer no território da Nazaré deverão concentrar‐se na área geográfica
correspondente à classe de suscetibilidade elevada (que ocupa apenas 8% da área total do
município). No mesmo sentido, cerca de 4,2% dos futuros movimentos deverão registar‐se na
classe de suscetibilidade moderada (que ocupa 1,5% do território concelhio).
A Tabela 15 sintetiza os resultados da distribuição das classes de suscetibilidade pela superfície
das 3 freguesias do município. A freguesia de Famalicão destaca‐se claramente como a mais
suscetível, com uma fração da área total abrangida pelas classes de suscetibilidade elevada e
moderada de 25,9% e 4,2%. Nas freguesias de Valado dos Frades e Nazaré o problema da
instabilidade das vertentes tem uma expressão muito reduzida e pontual, como o atesta a
elevada percentagem de território incluída na classe de suscetibilidade muito baixa (97.4% e
96,9%, respetivamente).
Gráfico 18 – Taxa de Sucesso do modelo de suscetibilidade à ocorrência de movimentos de
massa em vertentes no território da Nazaré e definição das quatro classes de suscetibilidade
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Área instabilizada
validade pe
lo mod
elo pred
itivo
Área do concelho classificada por suscetibilidade decrescente)
E
M
B
MB
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 207 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 14 – Classes de suscetibilidade aos movimentos de massa em vertentes no município da
Nazaré
Classe de suscetibilidade Valor Informativo Área abrangida (% do
total) Movimentos de massa
preditos (% do total)
Muito baixa < ‐1.0 88,6 3,5
Baixa ‐1.0 – 0.0 1,8 1,9
Moderada 0.0 – 1.0 1,5 4,2
Elevada > 1.0 8,0 90,4
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Tabela 15 – Suscetibilidade aos movimentos de massa em vertentes nas freguesias do
município da Nazaré, expresso por percentagem do território da freguesia
Freguesia Suscetibilidade
Muito baixa Baixa Moderada Elevada
Famalicão 65,1 4,9 4,2 25,9
Valado dos Frades 97,4 0,6 0,6 1,3
Nazaré 96,9 0,8 0,5 1,8
Município 88,6 1,8 1,5 8,0
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
5.1.10.Erosão costeira (incluindo a destruição de praias e sistemas dunares)
Segundo o relatório EUROSION (DGE/EC, 2004), Portugal apresenta 28,5% da orla costeira com
tendência erosiva ‐ 4º lugar a nível europeu. Embora boa parte desta faixa litoral em erosão
corresponda a sistemas de praia‐duna, particularmente localizados na região entre o Porto e a
Figueira da Foz, também os sectores onde predominam os litorais rochosos,
fundamentalmente os talhados em materiais mais brandos, apresentam uma suscetibilidade à
erosão muito significativa.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 208 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A avaliação da suscetibilidade à erosão nos diferentes troços de litoral do município da Nazaré
baseou‐se em metodologia idêntica à seguida na elaboração do PROT‐OVT, tomando em
consideração os seguintes aspetos: (i) caracterização dos troços costeiros constante no POOC
de Alcobaça – Mafra; (ii) caracterização da dinâmica geomorfológica descrita na bibliografia
científica disponível (e.g., Marques, 1997; Neves, 2006); (iii) tipos de litologia e respetiva
resistência mecânica; (iv) pendor das formações geológicas e correspondente relação
geométrica relativamente à disposição da linha de costa; e (v) presença de pontos críticos,
identificados pela APA e por interpretação de fotografias aéreas e de ortofotomapas.
A faixa costeira do município da Nazaré tem uma extensão de cerca de 13,5 km, dos quais 10,
1 km correspondem a sistemas praia‐duna, 1,4 km ao sector com litoral rochoso do
promontório do Sítio, 1,5 km à praia urbana da Nazaré e cerca de 0,5 km artificializados para a
entrada do porto desta vila.
A suscetibilidade à erosão das arribas está em grande medida dependente da natureza e da
disposição dos materiais que a constituem e das características morfológicas da própria arriba.
As arribas do promontório do Sítio atingem 120 metros de altitude junto a esta localidade,
decrescendo progressivamente para Oeste até cerca de 50 metros junto ao Forte de S. Miguel
Arcanjo. São talhadas em material do Cretácico, composto na base por uma alternância de
calcários e margas e no sector superior por bancadas calcárias mais ou menos compactas com
algumas intercalações de arenitos calcários e de calcários margosos. O declive de todo este
promontório é muito elevado, superior a 45°, sendo em vários sectores sub‐vertical.
Estas arribas evoluem, junto à base, por ação erosiva marinha que tende a ser particularmente
eficaz pois a energia da ondulação é neste local, em vários períodos do ano, particularmente
significativa. O recuo da base da arriba por ação marinha torna evidente a característica mais
marcante em vários sectores da arriba Sul do promontório do Sítio, a existência de bancadas
em soleira junto ao topo, salientes relativamente à vertente subjacente, com valores
superiores a 5 metros (Figura 9 à esquerda). Em consequência, a probabilidade da ocorrência
de desabamentos, com recuo de vários metros da crista da arriba, é elevada. No troço entre o
Forte de S. Miguel Arcanjo e o Sítio, é possível observar acumulações de material desabado
junto à base da arriba que comprovam esta asserção (Figura 9 à direita).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 209 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Figura 9 – À esquerda: topo da arriba Sul do promontório do Sítio da Nazaré com bancadas em
soleira. © SIARL 25/7/2007. À direita: evidências de desabamentos neste local com indicação
dos locais de origem e de acumulação do material mobilizado © SIARL 13/11/2012
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Junto à localidade do Sítio, a base da arriba contacta diretamente com o sector Norte da praia
da Nazaré. Neste local, dada a altura considerável e o declive favorável da arriba, a
probabilidade de os blocos desabados das bancadas junto ao topo ganharem energia cinética
na sua deslocação ao longo da arriba suficiente para rolarem pela praia é muito elevada. A
arriba do promontório do Sítio exposta a Norte, apresenta os mesmos processos evolutivos
descritos para a arriba Sul. No entanto, dado que apresenta menor altura – altitude máxima de
50 metros junto ao Forte de S. Miguel Arcanjo, decrescendo progressivamente para o interior
– e um declive sub‐vertical, a tendência para uma acumulação de material afastada da base da
arriba é consideravelmente menor que na arriba Sul.
Convém referir que o PAPVL ‐ Plano de Ação de Protecção e Valorização do Litoral (APA,2012)
reconhece os problemas identificados anteriormente nas arribas a Norte da vila da Nazaré.
Este plano, a aplicar até 2015, prevê 303 ações, das quais 153 serão de prioridades máxima e
elevada num investimento global superior a 400 milhões de euros. Uma dessas intervenções
consideradas de prioridade elevada está localizada no município da Nazaré, mais precisamente
nas arribas do promontório do Sítio (APA, 2012).
Face ao exposto, e tomando em consideração os documentos já elaborados, nomeadamente o
POOC Alcobaça‐Mafra, foram identificadas e assinaladas no Mapa 33 três faixas: (i) a área
ocupada pelas arribas; (ii) uma área contígua à crista da arriba com elevada suscetibilidade à
erosão; e (iii) uma faixa, localizada junto à base da arriba com elevada suscetibilidade de
acumulação do material proveniente da evolução desta forma litoral.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 210 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 33 ‐ Faixas de suscetibilidade à erosão das arribas do município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 211 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.11. Acidentes graves de transporte rodoviário
O estudo dos acidentes graves de transporte rodoviário baseia‐se nos dados da sinistralidade
(acidentes com mortos ou feridos graves) para o período entre 2004 e 2012, disponibilizados
pelo Observatório de Segurança Rodoviária, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Entre 2004 e 2012 ocorreram no município da Nazaré44 acidentes com vítimas dos quais
resultaram 14 mortos e 38 feridos graves. O número anual de acidentes com vítimas variou
entre 1 e 9, sendo que o valor mais elevado verificou‐se em 2006 (Figura 10). O número de
vítimas mortais atingiu o valor máximo anual em 2005 (4 vítimas), oscilando entre 0 e 3 vítimas
nos restantes anos.
Figura 10 ‐ Acidentes rodoviários com mortos ou feridos graves por ano de ocorrência no município da Nazaré (ANSR, 2004 ‐ 2012)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 212 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Como se observa na Figura 11, os acidentes com mortos ou feridos graves ocorreram mais
frequentemente no mês de Julho (de 2004 a 2012), com o máximo absoluto de 8 acidentes. O
número máximo de feridos graves foi atingido em Junho (7 vítimas), e o de mortos nos meses
de Abril, Julho e Dezembro (3 vítimas). Todos os restantes meses apresentam sinistralidade
com mortos e/ou feridos graves.
Figura 11 ‐ Acidentes rodoviários com mortos ou feridos graves por mês de ocorrência no município da Nazaré (ANSR, 2004 ‐ 2012)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Quanto à natureza dos acidentes (Figura 12), o destaque vai para as tipologias "Atropelamento
de peões" e “Despiste com colisão com veículo imobilizado ou obstáculo”, ambas com 8
ocorrências. Em termos absolutos, e considerando as suas frequências, estas 2 tipologias de
acidente em conjunto com as “Colisão frontal” e “Colisão lateral com outro veículo em
movimento” são responsáveis por um número significativo de vítimas, mortais ou feridos
graves.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 213 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Figura 12 ‐ Acidentes rodoviários com mortos ou feridos graves por natureza do acidente no município da Nazaré (ANSR, 2004 ‐ 2012)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
O Mapa 34 é uma representação não exaustiva (alguns dos acidentes não se encontram
georreferenciados na base de dados da ANSR) da distribuição espacial deste tipo de acidentes
no período entre 2004 e 2012. A maior parte das ocorrências neste período (57%) localiza‐se
(Tabela 16) na A8 (7 acidentes) e na EN242 (18 acidentes), das quais resultaram 8 mortos (57%
do total para o período) e 21 feridos graves (55% do total para o período).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 214 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 16 – Vias com maior sinistralidade rodoviária, município da Nazaré (ANSR, 2004‐2012)
Via Acidentes rodoviários
Mortos Feridos graves
A8 7 3 6
EN242 18 5 15 Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Mapa 34 – Acidentes graves de transporte rodoviário, município da Nazaré (ANSR, 2004‐2012)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 215 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.12. Acidentes graves de transporte ferroviário
O município da Nazaré é atravessado pela Linha do Oeste, em 3,7 km de extensão. Foram
identificadas 9 passagens de nível (visíveis nos ortofotomapas), e 3 estações: Famalicão da
Nazaré, Valado dos Frades e Fanhais (Mapa 35). Na base de dados da ANPC constam 2
acidentes ferroviário no município da Nazaré, do tipo “Abalroamento ferroviário ‐ Colisão de
composições ferroviárias com veículos rodoviários ou obstáculos”, e do tipo “Atropelamento
ferroviário ‐ Dano à integridade física causado por qualquer tipo veículo ferroviário” (Tab. 17).
Mapa 35 – Linha do Oeste no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 216 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 17 – Acidentes ferroviários no município da Nazaré (ANPC)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
5.1.13. Acidentes graves de transporte marítimo
A costa da Nazaré encontra‐se na área de jurisdição da capitania do Porto da Nazaré, que se
estende desde Pedrógão, exclusive, no ponto em que a ribeira entre esta povoação e a de
Casal Ventoso encontra a linha de baixa‐mar, com as coordenadas: Latitude: 39° 55´ 4´´ N;
Longitude: 8° 57´ 1´´ W, até à Pirâmide do Bouro. Esta jurisdição alarga‐se à Concha de S.
Martinho do Porto, incluindo o Rio Vau, até à ponte de passagem de Salir. A Delegação
Marítima de S. Martinho do Porto tem competência desde o Monte do Facho até à Pirâmide
do Bouro. O Porto da Nazaré encontra‐se na área de jurisdição da Autoridade Portuária. É um
porto com um edifício de lota explorado pela Docapesca – Portos e Lotas S.A., cum uma zona
de reparação de embarcações, com cais de descarga de pescado, com cais de abastecimento,
com um Clube Naval, e com um núcleo de recreio, entre outras valências (Mapa 36). Na
Nazaré, na enseada, existe um fundeadouro cuja utilização carece de autorização da Capitania
do Porto da Nazaré. Na base de dados da ANPC constam 11 acidentes graves de transporte
marítimo no município da Nazaré, do tipo “Naufrágio ‐ Submersão total ou parcial de
embarcações, navios, ou veículos aquáticos” (Tabela 18).
Tabela 18 – Acidentes graves de transporte marítimo no município da Nazaré (ANPC)
Descrição Data da
ocorrência Local Município Tipo
Barco a meter água 2006‐04‐27 Porto de abrigo Nazaré Naufrágio
Barco a afundar 2007‐08‐04 Porto de abrigo Nazaré Naufrágio
Infiltração em barco 2007‐08‐05 Porto de abrigo Nazaré Naufrágio
‐ 2009‐07‐27 Nazaré Nazaré Naufrágio
Colisão de 2 embarcações 2010‐03‐11 Porto de abrigo Nazaré Naufrágio
Embarcação virada na costa 2011‐12‐22 ‐ Nazaré Naufrágio
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 217 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
‐ 2012‐03‐25 ‐ Nazaré Naufrágio
Barco a afundar 2012‐08‐12 Porto de abrigo Nazaré Naufrágio
Embarcação em perigo: cabo preso 2012‐09‐02 ‐ Nazaré Naufrágio
Embarcação "Cristiano Raquel" de Vila do Conde
2013‐02‐19 Praia do Sul Nazaré Naufrágio
Barco a afundar 2013‐09‐22 Porto de abrigo Nazaré Naufrágio
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Mapa 36 – Praias e portos no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 218 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.14. Acidentes graves de transporte aéreo
O espaço aéreo de Portugal continental e Arquipélago da Madeira encontra‐se definido pela
Flight Information Region de Lisboa (FIR Lisboa). Trata‐se de um bloco tridimensional, nem
sempre coincidente com os limites administrativos. A FIR Lisboa encontra‐se subdividida em
Sectores de Controlo constituídos também por blocos tridimensionais, com diferentes
entidades de controlo e gestão (Antunes, 2008). O município da Nazaré encontra‐se no “N
Sector”, não sendo atravessado por qualquer Air Traffic Service Route ‐ ATS Route (corredor
aéreo), nem abrangido por qualquer Terminal Service Area – TMA (áreas de controlo adstritas
a aeroportos civis internacionais). É no entanto abrangido pelas LPR60A e LPR60B, duas áreas
restritas do tipo Airspace Management Cell ‐ AMC (célula de gestão de espaço aéreo) não
gerível, adstritas à Base Aérea n.º5 – Monte Real. Estas áreas destinam‐se a exercícios
militares aéreos (Mapa 37 – Avisos à navegação aérea no município da Nazaré), e a sua
penetração exige um pedido de autorização à unidade militar pertinente, através do Area
Control Centre ‐ ACC (centro de controlo de área) de Lisboa. Estas áreas são classificadas como
espaço aéreo do tipo D, na nomenclatura do ICAO – International Civil Aviation Organization
(Organização de Aviação Civil Internacional ‐ OACI). Nas áreas restritas é permitido o voo de
aeronaves civis desde que sejam cumpridas determinadas condições, mediante autorização
especial, ou em janelas temporais determinadas (Tabela 19).
Tabela 19 – Áreas de treino e exercícios militares
Identificação da área
Limites superior / inferior
Notas Classe de
espaço aéreo Área AMC
LPR60A Monte Real
4000FT AMSL / GND/MSL H24‐Exercícios
aéreos D
Não gerível
LPR60B Monte Real
FL245 / 1000FT AMSL / AGL
H24‐Exercícios aéreos
D Não gerível
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os obstáculos à navegação aérea são edificações tais como: prédios, linhas elétricas, antenas,
fios e cabos que possam criar dificuldades ou colocar em perigo as manobras das aeronaves ou
a utilização de ajudas à navegação aérea. As instalações, nas áreas de segurança dos
aeródromos, são consideradas obstáculos, pelos padrões OACI, sempre que se projetem
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 219 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
através da área de protecção do aeródromo bem como se interferirem com as áreas de
aproximação final ou de aproximação falhada.As construções fora das áreas de segurança dos
aeródromos são consideradas obstáculos quando se projetem numa superfície que ultrapasse
a separação vertical em 60 metros do nível do terreno. As linhas aéreas de energia elétrica de
alta tensão colocam perigos peculiares aos voos a baixa altitude. No Manual de Visual Flight
Rules – VFR (regras de voo visuais), publicado e promulgado pelos Serviços de Informação
Aeronáutica da NAV Portugal, e contendo informação destinada às operações aéreas de
acordo com as regras de voo visual, identifica 8 obstáculos à navegação aérea no município da
Nazaré, correspondentes a geradores eólicos (Mapa 37). Dos 8 geradores identificados, 4
possuem iluminação de sinalização (Tabela 20).
Tabela 20 – Obstáculos à navegação aérea no município da Nazaré
Designação Tipo Coordenadas Elevação / Altura
Iluminação de sinalização
SENHORA DA VITORIA ‐ NAZARE Gerador Eólico (3/8)
393749N 0090423W
176M / 119M
‐
SENHORA DA VITORIA ‐ NAZARE Gerador Eólico (1/8)
393812N 0090413W
184M / 119M
Dia: Flashing white Noite:Fixed red
SENHORA DA VITORIA ‐ NAZARE Gerador Eólico (2/8)
393758N 0090418W
177M / 119M
‐
SENHORA DA VITORIA ‐ NAZARE Gerador Eólico (4/8)
393737N 0090431W
178M / 119M
Dia: Flashing white Noite:Fixed red
SENHORA DA VITORIA ‐ NAZARE Gerador Eólico (5/8)
393723N 0090431W
182M / 119M
‐
SENHORA DA VITORIA ‐ NAZARE Gerador Eólico (6/8)
393727N 0090428W
191M / 119M
Dia: Flashing white Noite:Fixed red
SENHORA DA VITORIA ‐ NAZARE Gerador Eólico (7/8)
393801N 0090356W
194M / 119M
‐
SENHORA DA VITORIA ‐ NAZARE Gerador Eólico (8/8)
393749N 0090400W
191M / 119M
Dia: Flashing white Noite:Fixed red
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 220 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 37 – Avisos à navegação aérea no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Na base de dados da ANPC consta uma ocorrência no município da Nazaré, do tipo “Acidente
aéreo ‐ Colisão entre aeronaves ou queda de aeronave, bem como qualquer tipo de avaria que
implique mobilização de meios terrestres para apoio e socorro” (Tabela 21).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 221 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 21 – Acidentes aéreos no municípioda Nazaré (ANPC)
Descrição Data da ocorrência Local Município Tipo ‐ 2006‐04‐10 Praia do Salgado Nazaré Acidente Aéreo
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
5.1.15. Acidentes no transporte terrestre de mercadorias perigosas
A ocorrência de acidentes no transporte rodoviário de mercadorias perigosas é suscetível de
provocar efeitos negativos para a população e para o Ambiente, devido ao derrame, emissão,
incêndio ou explosão de substâncias ou preparações, caracterizadas por elevada
inflamabilidade, ecotoxicidade, corrosividade ou radioatividade.
De acordo com as estatísticas publicadas pelo INE, o trânsito rodoviário de mercadorias
perigosas em Portugal constitui cerca de 10 % da totalidade de mercadorias transportadas.
Pese embora este valor, não existe informação consistente acerca das vias utilizadas
preferencialmente pelos veículos envolvidos, bem como dados sobre as densidades de tráfego
ou horários preferenciais de circulação, o que torna impossível a avaliação da expressão
territorial dos riscos associados. O transporte de mercadorias perigosas abrange uma diversa
gama de grupos de matérias, com predominância para os combustíveis líquidos (gasolinas,
gasóleo e fuelóleo) e gasosos (propano e butano), os quais contribuem com cerca de 70 % da
totalidade do transporte de substâncias perigosas (www.prociv.pt, acedido em 12‐11‐2013).
Este tipo de transporte encontra‐se devidamente regulamentado na legislação nacional.
Sempre que ocorra um acidente que afete ou crie perigo para as pessoas, os bens ou o
ambiente, devem ser realizados relatórios de acidente. Para efeitos de elaboração destes
relatórios consideram‐se acidentes os acontecimentos ocorridos com veículos em trânsito,
estacionados ou nas operações de carga ou descarga, acondicionamento ou estiva, em que se
registe perda de vidas humanas ou em que se verifique explosão, incêndio, perda de
contenção das matérias relativamente aos reservatórios ou necessidade de trasfega das
matérias para outros reservatórios.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 222 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
O risco de acidentes no transporte de mercadorias perigosas é função de determinadas
variáveis que estão ligadas à localização das empresas que as produzem, armazenam e
comercializam; aos trajetos utilizados; à intensidade de tráfego automóvel; à frequência de
circulação dos veículos de transporte; às quantidades transportadas e ao perigo inerente aos
próprios produtos. Para além do risco de explosão, o acontecimento iniciador mais comum é a
perda de contenção da mercadoria, potenciando a sua perigosidade, por exemplo, o contacto
da mercadoria tóxica com o Homem, da mercadoria inflamável com uma fonte de ignição ou
da mudança de estado físico da mercadoria com mudança das suas propriedades. A perda de
contenção pode acontecer por degradação do contentor na sequência de um acidente
rodoviário, incorreta operação das válvulas, ou por ação física interior ou exterior, tal como
por exemplo, uma ação mecânica, uma ação química, uma ação térmica ou uma ação de
sobrepressões. Em termos gerais os fenómenos perigosos que se manifestam neste tipo de
acidentes (a sobrepressão e a radiação térmica de explosões, a radiação térmica e fumos
nocivos de incêndios, a toxicidade de nuvens ou derrames tóxicos, entre outros) têm a
capacidade de provocar efeitos de grau diverso consoante o tipo de elementos expostos: o
Homem, o Ambiente ou bens materiais (www.prociv.pt, acedido em 12‐11‐2013).
Não há registos de acidentes no transporte de mercadorias perigosas nas bases de dados da
ANPC e da ANSR para o município da Nazaré. Atendendo à inexistência de estabelecimentos
industriais a operar com produtos perigosos (i.e. contemplados pela Diretiva Seveso),
considera‐se que a principal fonte de risco corresponde aos camiões cisterna que abastecem
periodicamente os 3 postos de abastecimento de combustíveis identificados no município
(Mapa 38).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 223 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 38 – Transporte terrestre de mercadorias perigosas no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
5.1.16. Acidentes em infra‐estruturas fixas de transporte de produtos perigosos
O município da Nazaré não é atravessado por qualquer infraestrutura fixa de transporte de
produtos perigosos, como oleodutos ou gasodutos.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 224 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.17. Incêndios urbanos e em centros históricos
Os incêndios em edifícios normalmente são analisados à escala do edificado, contudo é
necessário identificar e compreender os fatores espaciais que condicionam o seu
desencadeamento e propagação. A degradação do edificado e a evolução dos espaços urbanos
aumentam os fatores de risco das construções, não só pelas condições das habitações, mas
também pelas condições sociais e demográficas da população que neles habita.
No tratamento dos incêndios em edifícios foram recolhidos os registos de ocorrências de
Incêndios urbanos (2006‐2012) a partir das bases de dados da Autoridade Nacional de
Protecção Civil. Estas ocorrências foram georreferenciadas (Mapa 39) e contabilizou‐se o
número de incêndios em edifícios e em centros históricos por freguesia.
No município da Nazaré foram registados 121 incêndios em edifícios entre Janeiro de 2006 e
Dezembro de 2012. No período em análise, a freguesia da Nazaré registou 98 ocorrências de
incêndios em edifícios, seguindo‐se a freguesia de Valado dos Frades (15) e Famalicão (8).
Os incêndios em edifícios de habitação correspondem a 69% do total de ocorrências,
normalmente ligados a edifícios devolutos, ao uso de lareiras e acidentes domésticos.
O ano com maior percentagem de incêndios em edifícios foi 2007 (Gráfico 19) e verifica‐se
uma ligeira redução da percentagem das ocorrências de incêndios em edifícios em 2011 e
2012.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 225 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 39 – Distribuição espacial do número de incêndios em edifícios no município da Nazaré entre 2006 e 2012
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 226 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Gráfico 19 – Percentagem de incêndios em edifícios no município da Nazaré entre 2006 e 2012
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
5.1.18. Acidentes industriais que envolvem substâncias perigosas
De acordo com o Decreto‐Lei 254/2007, de 12 de Julho, considera‐se “Acidente grave
envolvendo substâncias perigosas” um acontecimento, designadamente uma emissão, um
incêndio ou uma explosão de graves proporções, resultante do desenvolvimento não
controlado de processos durante o funcionamento de um estabelecimento industrial, que
provoque um perigo grave, imediato ou retardado, para a saúde humana, no interior ou no
exterior do estabelecimento, ou para o ambiente, que envolva uma ou mais substâncias
perigosas. O seu artigo 5.º obriga, em sede de planeamento e gestão do território e na
implantação de novos estabelecimentos e alterações de existentes, à manutenção de
distâncias de segurança adequadas entre os estabelecimentos abrangidos e as zonas
residenciais, vias de comunicação, locais frequentados pelo público e zonas ambientalmente
sensíveis. Quando não for possível garantir a existência de distâncias de segurança adequadas
entre os estabelecimentos existentes e os elementos vulneráveis, devem ser adotadas
medidas técnicas complementares definidas por portaria a aprovar pelos membros do
Governo responsáveis pelas áreas do Ambiente e Ordenamento do Território.
Na listagem das indústrias com classificação Seveso (Níveis Superior e Inferior de Perigosidade)
publicada em 17 de Julho de 2013 pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), não se
encontra nenhuma instalação localizada em território do município da Nazaré.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 227 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP) veio trazer uma nova perspetiva às
tradicionais estratégias sectoriais de combate à poluição, vindo reconhecer que a abordagem
integrada no controlo da poluição favorece a protecção do ambiente no seu todo. Estão
abrangidas por essa política certas atividades económicas a que estão potencialmente
associadas uma poluição que se considera significativa e que é definida de acordo com a
natureza e/ou a capacidade de produção das instalações. O funcionamento das instalações
onde se desenvolvem atividades PCIP está condicionado à obtenção de uma Licença Ambiental
atribuída pela APA. A licença ambiental tem em consideração os documentos de referência
sobre as melhores técnicas disponíveis para os sectores de atividade abrangidos pelo Diploma
PCIP e inclui todas as medidas necessárias a fim de assegurar a protecção do ar, da água e do
solo, e de prevenir ou reduzir a poluição sonora e a produção de resíduos, com o objetivo de
alcançar um nível elevado de protecção do ambiente no seu todo.
De acordo com os registos da APA, não existe nenhuma instalação PCIP localizada em território
do município da Nazaré.
O Porto da Nazaré tem três áreas de abastecimento de combustíveis líquidos, uma no cais de
abastecimento, próxima do cais de descarga do pescado para embarcações de pesca, outra no
extremo do pontão do Núcleo de Recreio da Nazaré. Relativamente à terceira, esta tem como
única finalidade o abastecimento de viaturas rodoviárias, na área de jurisdição portuária,
embora num sector externo à vedação do Porto da Nazaré junta à EN242. A eventual
ocorrência de um acidente num destes postos de abastecimento acarreta o risco de descarga
de hidrocarbonetos no mar.
5.1.19. Colapso de estruturas em edifícios com elevada concentração populacional
De acordo com os registos da ANPC, não existiram ocorrências de colapsos de edifícios de
elevada concentração populacional no município da Nazaré no período entre 2006 e 2012. No
Mapa 40 estão assinalados os edifícios que, pelas suas funções específicas, permitem uma
elevada concentração populacional, de natureza permanente ou temporária.
No município da Nazaré destacam‐se:
− 1 Estádio Municipal, 4 pavilhões gimnodesportivos, 1 ringue polidesportivo e 1 parque
aquático;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 228 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
− 7 Hotéis, 3 residenciais, 3 hospedarias e 2 pensões;
− 1 Cine‐Teatro e 1 Centro Cultural (freguesia da Nazaré);
− 1 Mercado Municipal e 1 Centro Comercial (freguesia da Nazaré);
− 1 Hospital e 1 Centro de Saúde (freguesia da Nazaré) e 3 Extensões do Centro de Saúde;
− 1 Escola Profissional, 2 Escolas EB2/3, 4 Escolas EB1, 7 Jardins de Infância e 2 Escolas Jardim
de Infância e EB1.
Mapa 40 – Edifícios com elevada concentração populacional no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 229 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.1.20. Emergências radiológicas
Emergências radiológicas são aquelas que envolvem fontes de radiação, que podem ocorrer
em qualquer lugar e que incluem:
• Fontes radioativas fora de controlo (abandonadas, perdidas, roubadas ou encontradas);
• Uso indevido de fontes na indústria e na medicina (por ex., as utilizada em radiografia
e/ouradioterapia);
• Exposição e contaminação da população por origem desconhecida;
• Sobre‐exposições graves;
• Ameaças e atos maliciosos;
• Emergências ocorridas durante o transporte (Manual de Intervenção em Emergências
Radiológicas, Cadernos Técnicos Prociv, ANPC, Setembro de 2009).
No município da Nazaré a principal potencial fonte de radiação é o uso indevido na medicina
(e.g. radiografia e/ou radioterapia). De acordo com as licenças de funcionamento na área de
radiodiagnóstico na Região do Oeste, disponibilizadas pela Administração Regional de Saúde
de Lisboa e Vale do Tejo (Julho de 2012), no município da Nazaré existe um estabelecimento
com licença de funcionamento localizado na freguesia da Nazaré:
‐ Hospital Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, Largo Nossa Senhora da Nazaré. Licença n.º
71/2008.
5.1.21. Incêndios florestais
A cartografia de perigosidade de incêndio florestal é uma ferramenta de apoio à prevenção de
incêndios ao identificar as zonas mais perigosas e, portanto, com uma maior probabilidade de
incêndio, e possibilitar a análise da localização dos equipamentos e das medidas necessárias à
vigilância, permitindo assim a optimização dos recursos e infraestruturas disponíveis para o
combate aos fogos florestais.
O município da Nazaré integra a Zona Crítica de Leiria, mancha classificada nos termos da
Portaria 1056/2004 e que, por isso, se reconhece como prioritária para a aplicação de medidas
mais rigorosas de defesa da floresta contra incêndios.
Entre 2001 e 2010, no município da Nazaré registaram‐se 217 ocorrências de incêndios
florestais. O maior número de ocorrências de incêndios florestais registou‐se em 2005 (45
ocorrências), seguido pelo ano de 2001 com 40 ocorrências. A evolução do número de
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 230 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ocorrências de incêndios florestais entre 2001 e 2010 revela‐se bastante variável com picos
máximos nos anos de 2005, 2001 e 2002 (Gráfico 20).
Gráfico 20 – Evolução do número de ocorrências de incêndios florestais no município da Nazaré entre 2001 e 2012 (Fonte: ICNF)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Entre 2001 e 2012 registou‐se um total de 300,1 ha de área ardida. A evolução da área ardida
(Erro! A origem da referência não foi encontrada.) para o mesmo período temporal mostra
que a maior área ardida se registou no ano de 2001 (125,1 ha). Em 2003 registou‐se a menor
área ardida (1,3 ha) e verifica‐se uma tendência de diminuição da área ardida a partir de 2002.
Gráfico 21 ‐ Evolução da área ardida (em ha) em incêndios florestais no município da Lourinhã entre 2001 e 2012 (Fonte: ICNF)
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
‐10
10
30
50
70
90
N.º de ocorrências
anos
020406080100120140160180200
200120022003200420052006200720082009201020112012
Áreas Ardidas (ha)
anos
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 231 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A carta de perigosidade de incêndio florestal foi extraída do Plano Municipal de Defesa da
Floresta contra Incêndios (PMDFCI), tendo sido elaborada de acordo com a metodologia
descrita no Apêndice 4 do Guia Metodológico para a elaboração do PMDFC.
Os resultados da cartografia de perigosidade a incêndios florestais foram retirados do Plano
Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios (PMDFCI). A perigosidade agrupa‐se em 5
classes: Nula ou Baixa, Baixa, Moderada, Elevada e Muito Elevada (Mapa 41).
O município da Nazaré apresenta 52,3% do território com perigosidade de incêndio florestal
Nula ou Baixa e 46 % com perigosidade Baixa (Tabela 22). As freguesias de Famalicão e Nazaré
apresentam pequenas áreas com as classes de perigosidade a incêndios florestais moderada e
elevada.
Tabela 22 – Perigosidade ao incêndio florestal nas freguesias do município da Nazaré, expresso por percentagem do território da freguesia
Freguesia
Perigosidade
Nula ou Baixa Baixa Moderada Elevada Muito Elevada
Famalicão 84,3 7,9 5,6 1,5 0,8
Nazaré 45,7 53,2 1,0 0,1 0,0
Valado dos Frades 53,2 46,4 0,4 0,0 0,0
Município 52,3 46,0 1,4 0,2 0,1
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 232 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 41 – Carta de Perigosidade a Incêndios Florestais na Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 233 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2. Análise da Vulnerabilidade
A matriz de análise do risco foi realizada de acordo com os procedimentos metodológicos
vertidos no Guia para a Caracterização de Risco no Âmbito da Elaboração de Planos de
Emergência de Protecção Civil (ANPC, 2009). Neste contexto, o risco é classificado pela
intersecção entre a probabilidade de ocorrência do evento perigoso e o grau de gravidade dos
danos potenciais que o mesmo pode produzir.
A Tabela 23 e a Tabela 24 representam, respetivamente, os descritores das classes de
probabilidade e de gravidade utilizadas neste Plano. A classificação do Risco, a partir do
cruzamento entre a probabilidade e a gravidade, foi efetuada de acordo com a matriz proposta
pela ANPC (2009) representada no Esquema 1.
A Tabela 25 representa a matriz de Risco para o território da Nazaré. Refira‐se que, na
construção da matriz, se considerou, para cada categoria de risco, a possibilidade de
ocorrência de eventos com a máxima severidade plausível. Adicionalmente, na caracterização
global da gravidade de cada risco foi atribuída uma ponderação duas vezes superior aos
impactos na população, por comparação com os admitidos para o ambiente e para a
socioeconómica.
Tabela 23 – Grau de Probabilidade
Probabilidade Descrição
Elevada É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias; E/ou nível elevado de incidentes registados; E/ou fortes evidências; E/ou forte probabilidade de ocorrência do evento; E/ou fortes razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez por ano ou mais.
Média‐Alta Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias; E/ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada cinco anos. Pode ocorrer uma vez em períodos de 5‐10 anos.
Média Poderá ocorrer em algum momento;E/ou com uma periodicidade incerta, aleatória e com fracas razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada 20 anos. Pode ocorrer uma vez em períodos de 20‐50 anos.
Média‐Baixa Não é provável que ocorra;Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorram; Pode ocorrer uma vez em cada 100 anos.
Baixa Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excecionais.Pode ocorrer uma vez em cada 500 anos ou mais.
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 234 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 24 – Grau de Gravidade
Classificação Impacto Descrição
Residual População Não há feridos nem vítimas mortais. Não há mudança/retirada de pessoas ou apenas de um número restrito, por um período curto (até 12 horas). Pouco ou nenhum pessoal de apoio necessário (não há suporte ao nível monetário nem material). Danos sem significado.
Ambiente Não há impacte no ambiente.
Socioeconomia Não há ou há um nível reduzido de constrangimentos na comunidade Não há perda financeira.
Reduzida População Pequeno número de feridos mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações e retirada de pessoas por um período inferior a 24 horas. Algum pessoal de apoio e reforço necessário. Alguns danos.
Ambiente Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros.
Socioeconomia Disrupção (inferior a 24 horas). Alguma perda financeira.
Moderada População Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações. Retirada de pessoas por um período de 24 horas. Algum pessoal técnico necessário. Alguns danos.
Ambiente Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros.
Socioeconomia Alguma disrupção na comunidade (menos de 24 horas). Alguma perda financeira.
Acentuada População Número elevado de feridos e de hospitalizações. Número elevado de retirada de pessoas por um período superior a 24 horas. Vítimas mortais. Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Danos significativos que exigem recursos externos.
Ambiente Alguns impactes com efeitos a longo prazo.
Socioeconomia Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis. Perda significativa e assistência financeira necessária.
Crítica População Grande número de feridos e de hospitalizações. Retirada em grande escala de pessoas por uma duração longa. Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário.
Ambiente Impacte ambiental significativo e ou danos permanentes.
Socioeconomia A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo.
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Esquema 1 – Matriz de Risco – Grau de Risco
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 235 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 25 – Matriz de Risco do Município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 236 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2.1. Ondas de calor
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Condições Meteorológicas
Adversas Ondas de Calor Moderada Reduzida Reduzida Moderada Média‐Baixa Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
O fenómeno onda de calor apresenta uma probabilidade de ocorrência Média‐baixa. No que
se refere à gravidade associada esta é Moderada para a População e Reduzida para Ambiente
e Socioeconómica. Assim, segundo a matriz apresentada anteriormente, o município
apresenta um grau de risco moderado.
Uma vez que é a população o elemento que apresenta maior vulnerabilidade associada a
ondas de calor a análise centrou‐se nos indivíduos mais débeis a este tipo de fenómeno,
utilizando como indicador a idade, nomeadamente, indivíduos com idade superior ou igual a
65 anos (20 % da população do município ‐Tabela 26), por serem aqueles que mais sofrem por
exaustão térmica, hipertermia, ou problemas associados ao calor. No entanto, havendo
disponibilidade de dados, à escala de análise, informações como indivíduos com doenças
crónicas devem ser consideradas.
Numa comparação municipal, verifica‐se que é na Nazaré que estão 68 % dos indivíduos mais
vulneráveis. Contudo, considerando a importância relativa da população com mais de 65 anos
em relação ao número de residentes na freguesia é em Famalicão (23 %) que se constata a
maior concentração de indivíduos potencialmente afetados por este tipo de fenómeno.
Tabela 26 – População por freguesia no município de Nazaré
População % população ≥ 65 anos
Freguesia residente 2011 ≥ 65 anos
no município da freguesia
Famalicão 1740 402 13.2 23.1
Valado dos Frades 3109 590 19.3 19.0
Nazaré 10309 2061 67.5 20.0
Total 15158 3053
Fonte: Censos 2011, INE
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 237 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
O Mapa 42 representa a distribuição espacial do número de idosos por subsecção estatística. A
situação com maior número de idosos ocorre junto dos principais centros urbanos do
município, nomeadamente na Nazaré, quer em locais com mais de 50 indivíduos
potencialmente vulneráveis quer com 25 a 50 indivíduos de idade superior a 65 anos.
Mapa 42 – População vulnerável a ondas de calor e ondas de frio no município de Nazaré
Fonte dos dados população: Censos 2011, INE. Fonte do mapa: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 238 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2.2. Ondas de frio
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Condições Meteorológicas
Adversas Ondas de Frio Moderada Reduzida Moderada Moderada Média‐Baixa Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
O fenómeno onda de frio apresenta uma probabilidade de ocorrência Média‐Baixa. No que se
refere à gravidade associada esta é Moderada para a População e Socioeconomia e Reduzida
para Ambiente. Assim, segundo a matriz apresentada anteriormente, o município apresenta
um grau de risco moderado.
Uma vez que é a população um dos elementos que apresenta maior vulnerabilidade associada
a ondas de frio a análise centrou‐se nos indivíduos mais débeis a este tipo de fenómeno,
utilizando como indicador a idade, nomeadamente, indivíduos com idade superior ou igual a
65 anos (20 % da população do município ‐ Tabela 26) ver secção ondas de calor), por serem
aqueles que mais sofrem por hipotermia ou problemas associados ao frio. No entanto,
havendo disponibilidade de dados, à escala de análise, informações como indivíduos com
doenças crónicas devem ser consideradas.
Numa comparação municipal, verifica‐se que é na Nazaré que estão 68 % dos indivíduos mais
vulneráveis. No entanto, considerando a importância relativa da população com mais de 65
anos em relação ao número de residentes na freguesia é em Famalicão (23 %) que se constata
a maior concentração de indivíduos potencialmente afetados por este tipo de fenómeno.
O Mapa 38 representa a distribuição espacial do número de idosos por subsecção estatística. A
situação com maior número de idosos ocorre junto dos principais centros urbanos do
município, nomeadamente na Nazaré, quer em locais com mais de 50 indivíduos
potencialmente vulneráveis quer com 25 a 50 indivíduos de idade superior a 65 anos. Neste
contexto destacam‐se os locais mais próximos do litoral, sobretudo na freguesia da Nazaré,
onde, embora a temperatura sofra a influência atenuante do mar, se associa à população idosa
uma maior exposição ao vento, sendo por isso maior a probabilidade de ocorrência de
situações de desconforto térmico devido ao frio.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 239 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2.3. Nevões
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Condições Meteorológicas
Adversas Nevões Residual Residual Residual Residual Média Baixo
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os nevões têm uma probabilidade de ocorrência Média‐Baixa. A gravidade associada é
considerada residual para a população, o ambiente e a socioeconomia. No total, o risco é
considerado baixo. A queda de neve, ainda que possível, não constitui um risco relevante para
pessoas e bens no município da Nazaré.
1.2.4. Secas
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Condições Meteorológicas
Adversas Secas Residual Acentuada Acentuada Moderada Baixa Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
As secas têm uma probabilidade de ocorrência baixa. A gravidade associada é acentuada para
o ambiente e para a socioeconomia, sendo residual para a população. No total, o risco é
considerado moderado.
A seca só se torna problemática quando as disponibilidades hídricas são inferiores à
necessidade de água para abastecimento público e rega. Num município como o da Nazaré,
com precipitações médias anuais a rondar os 700mm, a falta de água tem uma probabilidade
baixa de ocorrer mas quando ocorre, coloca um problema sobretudo para a atividade agrícola
que ocupa apenas 20% da área total do município. O abastecimento para consumo provém de
captações de fonte própria (Águas Belas, Fanhais, Raposos e Famalicão) e da aquisição à
empresa de Águas do Oeste, S.A. De fato, existem recursos hídricos próprios para consumo e
rega, dos quais 23 estão georreferenciados: 4 pontos de água que constam da base de dados
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 240 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
do Sistema de Cartografia de Risco de Incêndio Florestal, 3 pontos de água que constam na
base de dados do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndio (2 reservatórios e 1
lago) e 16 pontos de água subterrânea (14 furos verticais e 2 poços) que constam da base de
dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos.
Na avaliação da vulnerabilidade às secas ponderaram‐se quatro fatores: três fatores
condicionam as necessidades hídricas para o consumo doméstico e agrícola, e um outro fator
condiciona a disponibilidade hídrica em situações de emergência, no caso de haver corte de
abastecimento da rede pública. Os fatores utilizados estão desagregados ao nível da freguesia
e convertidos em percentagem relativa ao total do município, pelo que a leitura dos resultados
restringe‐se à realidade do município no momento dos Censos e do levantamento da Carta de
Ocupação do Solo. Assim, as necessidades hídricas de cada freguesia são inferidas a partir da
sua percentagem de1) população residente, 2) população empregue no sector primário e 3)
áreas agrícolas extraídas da Carta de Ocupação do Solo 2007; e as disponibilidades hídricas são
inferidas pelo nº relativo de pontos de água em cada freguesia. Desta forma o cálculo da
vulnerabilidade às secas avalia o peso das necessidades de abastecimento doméstico e
agrícola em relação à disponibilidade hídrica em situações de emergência, aumentando a
vulnerabilidade com a ocorrência simultânea de valores altos em todos os fatores que
conduzem ao aumento das necessidades hídricas:
lg% % %Á í
% Á se % Pontos de Água > 1%;
2 se % Pontos de Água ≤1%
Da aplicação desta fórmula resultam valores de Vulnerabilidade ≤ 0 quando a disponibilidade
excede ou é igual à necessidade hídrica (vulnerabilidade Fraca); 0<Vulnerabilidade<2 quando a
necessidade hídrica excede a sua disponibilidade (vulnerabilidade Moderada);
excecionalmente toma o valor de 2 quando não há qualquer disponibilidade de recursos
hídricos de emergência na própria freguesia ou a % de Pontos de Água é inferior a 1%
(vulnerabilidade Elevada). Desta classificação resulta uma vulnerabilidade fraca a moderada no
conjunto das freguesias da Nazaré (Mapa 43).
A vulnerabilidade às secas apresenta uma distribuição espacial bastante condicionada pelas
disponibilidades hídricas. Assim, a vulnerabilidade é fraca na freguesia de Famalicão (sector Sul
do município), que apresenta em simultâneo a maior concentração de pontos de água e as
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 241 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
percentagens de população residente e empregue no sector primário mais baixas. Em situação
oposta, com vulnerabilidade moderada, estão as freguesias da Nazaré e de Valado dos Frades,
sendo que esta última é a que apresenta maior vulnerabilidade por ter o menor número de
pontos de água, e ter a maior área agrícola e maior proporção de população empregue no
sector primário.
Mapa 43 ‐ Vulnerabilidade a secas por freguesia no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 242 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
1.2.5. Cheias e inundações
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Hidrologia Cheias e
Inundações Moderada Residual Reduzida Reduzida Média‐Alta Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
As cheias e inundações têm uma probabilidade de ocorrência média‐alta. A gravidade
associada é moderada para a população, reduzida para a socioeconomia e residual para o
ambiente. No total, o risco é considerado moderado.
As áreas afetadas por cheia foram cruzadas com diferentes elementos expostos: áreas
edificadas e rede viária (Mapa 44).
A análise espacial por freguesia mostra assimetrias, tanto no que respeita à localização de
edifícios de habitação e outras construções (Tabela 27) e à extensão da rede viária (Tabela 28)
em áreas afetadas por cheia.
No município da Nazaré encontram‐se 521 edifícios em áreas afetadas por cheia, o que em
termos relativos corresponde a 3,1% do total de edifícios do município (Mapa 40, Tabela 27). O
maior número de edifícios localizados em áreas afetadas por cheia encontra‐se na freguesia de
Valado dos Frades (361).
Em termos relativos, a percentagem do total de edifícios da freguesia expostos a áreas
afetadas por cheia corresponde a 10% na freguesia de Valado dos Frades e a 1,9% na freguesia
de Famalicão. As restantes freguesias apresentam percentagens do total de edifícios inferiores
a 1%.
Tabela 27 – Número de edifícios de habitação e outras construções em áreas afetadas por cheia no município da Nazaré
Freguesia
N.º de
Edifícios
% do total de
Edifícios
Famalicão 80 1,9
Nazaré 80 0,9
Valado dos Frades 361 10,0
Concelho 521 3,1
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 243 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Em relação à rede de estradas, o município da Nazaré tem um total de 51,4 km de rede viária
localizada em áreas afetadas por cheia (Mapa 40, Tabela 28),que em termos relativos
corresponde a 8,1% da extensão total da rede viária no município da Nazaré.
Ao nível da freguesia, destaca‐se, novamente, a freguesia de Valado dos Frades pela presença
da maior extensão da rede viária exposta a áreas afetadas por cheia (36,7 km).
Em termos relativos, Valado dos Frades possui a maior percentagem do total da rede viária da
freguesia exposta a cheias (24,9%).
Mapa 44 – Edificado e rede viária expostos às cheias no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 244 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 28 – Extensão da rede viária implantada em áreas afetadas por cheia, município Nazaré
Freguesia Vias (extensão em km) % do total das vias
Famalicão 10,0 7,4
Nazaré 4,6 1,3
Valado dos Frades 36,7 24,9
Concelho 51,4 8,1
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
O Hotel Rural Quinta do Pinheiro, em Valado dos Frades é o único Elemento exposto
estratégico, vital ou sensível do município da Nazaré situado em zona ameaçada por cheia
(Mapa 45).
Mapa 45 – Elementos Estratégicos Vitais e Sensíveis expostos às cheias em Valado dos Frades,
no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 245 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
1.2.6. Inundações e galgamentos costeiros
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Hidrologia Inundações e galgamentos costeiros
Residual Reduzida Reduzida Reduzida Média Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Na ocorrência de tempestades com as características específicas descrita anteriormente, ou
seja, com as ondas a atingirem a cota de 8 metros, praticamente todos os sectores de praia do
município da Nazaré seriam cobertos pelas águas do mar. Como já foi referido, esta situação
não provocará galgamentos na maior parte da faixa litoral, dada a protecção exercida pelo
sistema dunar.
Na vila da Nazaré, quando sucedem situações de ondulação forte, em períodos de maré cheia,
por vezes ocorrem galgamentos por parte do mar. Foi o que ocorreu, por exemplo, no período
da maré alta da tarde do dia 9 e da madrugada do dia 10 de Novembro de 2010, com máximos
no marégrafo de Peniche, respetivamente de 3, 11 e 3,27 metros, em que o mar invadiu a
Avenida Manuel Remígio tendo causado estragos num estabelecimento, inundações em várias
caves e o arrastamento de uma viatura.
Figura 13 ‐ Galgamento da Avenida Manuel Remígio em 9 de Novembro de 2010. © TVI, 2010
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 246 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Deste modo, a ocorrência de uma situação de tempestade marinha como a prevista neste
trabalho levará, com probabilidade muito elevada, ao galgamento do muro que separa a
Avenida Manuel Remígio da praia inundando esta artéria e as casas que lhe são contíguas, com
interrupção de circulação nesta avenida enquanto durar a situação de tempestade.
1.2.7. Inundação por tsunami
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Hidrologia Inundação por
Tsunami Moderada Moderada Moderada Moderada Baixa Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Um tsunami severo tem uma probabilidade de ocorrência baixa. A gravidade associada é
moderada para a população, o ambiente e a socioeconomia. No total, o risco é considerado
moderado. Para a caracterização da população exposta é necessário ter em consideração que
neste estudo admite‐se o pior cenário possível, onde residentes e turistas estão nas zonas
inundadas pelo tsunami, como apresentado na secção 1.2.7, o que implica:
‐ Situação diurna;
‐ Pico de verão;
‐ Residentes e turistas não evacuam das praias nem zonas baixas, desde a ocorrência do sismo
até à chegada da primeira onda de tsunami.
Os equipamentos que são afetados pela inundação de tsunami são: 29 edifícios, 1 bomba de
combustível e infraestruturas de resíduos sólidos (5 contentores). No que diz respeito às vias,
apenas 2 ruas são inundadas numa extensão de cerca de 275 m.
Tabela 29 ‐ Síntese dos elementos expostos no concelho da Nazaré à inundação por tsunami
Elementos expostos Perigosidade de inundação por tsunami
Moderada total
Edifícios 29 29
Bombas combustíveis 1 1
Infraestruturas resíduos sólidos (contentores) 5 5
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 247 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
1.2.8. Sismos
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Geodinâmica Interna
Sismos Acentuada Reduzida Moderada Moderada Baixa Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os sismos com magnitude mais elevada têm uma probabilidade de ocorrência baixa. A
gravidade associada é acentuada para a população, moderada para a socioeconomia e
reduzida em termos ambientais. No total, o risco é considerado moderado.
As acelerações horizontais induzidas pelos sismos transmitem‐se às fundações dos edifícios,
fazendo‐os vibrar e, eventualmente, ruir. Neste contexto, a qualidade estrutural do edificado
desempenha um papel fundamental no que respeita à mitigação dos efeitos dos sismos.
Relativamente ao município da Nazaré, a exemplo do que se verifica no resto do país, não
existem dados disponíveis que permitam caracterizar com fiabilidade as propriedades de
segurança estrutural dos edifícios. Por esta razão, utilizou‐se a idade dos edifícios para estimar
a resistência estrutural do parque edificado. O Decreto‐Lei nº 235/83, de 31 de Março,
estabelece normas de construção anti‐sísmica relativamente exigentes, adaptadas
regionalmente à diferente incidência da perigosidade sísmica. Deste modo, admitindo o
cumprimento da lei, os edifícios construídos depois da data do referido Decreto‐Lei deverão
ser estruturalmente mais resistentes aos sismos, de acordo com o zonamento sísmico
adotado. Em relação aos edifícios construídos antes de 1983, a lei em vigor à altura da
construção não garantia a necessária resistência anti‐sísmica, ao que acresce o fato de com o
envelhecimento do parque edificado ocorrer a sua natural degradação.
Com base nos dados dos Censos 2011 (Instituto Nacional de Estatística), determinou‐se por
aproximação à data de publicação do Decreto‐Lei nº 235/83, de 31 de Março, que a separação
entre os edifícios menos resistentes estruturalmente aos efeitos dos sismos (edifícios mais
antigos) e os edifícios mais resistentes será feita pela idade de construção anterior ou
posterior a 1980.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 248 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
O Mapa 46 representa o número de edifícios construídos antes de 1980, ou seja, com mais de
30 anos, por BGRI (Base Geográfica de Referenciação de Informação) do município da Nazaré.
Estes edifícios representam cerca de 47,6% do total do parque edificado no município. Em
conformidade com os critérios definidos anteriormente, considera‐se que estes edifícios, por
não terem sido construídos de acordo com normas de construção anti‐sísmica mais exigentes,
são mais vulneráveis aquando da ocorrência de um sismo de maior magnitude.
A freguesia da Nazaré é a que apresenta uma maior percentagem de edifícios com mais de 30
anos, cerca de 27,5%, tendo em consideração a totalidade do parque edificado do município.
Se considerarmos a realidade por freguesia, é nas freguesias de Valado dos Frades e Famalicão
onde se verificam as situações mais desfavoráveis, uma vez que os edifícios mais vulneráveis a
sismos representam 75,6 % e 61,3%, respetivamente, do total de edifícios dessas mesmas
freguesias (Tabela 30). O número de edifícios identificados como estando em mau estado de
conservação no município é de 148 e a sua ocorrência está concentrada nas Freguesias da
Nazaré e Valado dos Frades (Mapa 46).
Tabela 30 ‐ Edifícios com idade superior a 30 anos, por freguesia do município da Nazaré
Edifícios anteriores a 1980
Freguesia Número de edifícios (% do total do município) (% do total da freguesia)
Famalicão 720 9,4 61,3
Nazaré 2097 27,5 39,0
Valado dos Frades 815 10,7 75,6
TOTAL 3632 47,6 ‐‐‐‐
Fonte: Censos 2011, Instituto Nacional de Estatística
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 249 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 46 – Idade e conservação do edificado na Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 250 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A análise da vulnerabilidade da população teve por base a população residente com idade
inferior a 14 anos e idade superior a 65 anos. A escolha destes dois grupos etários indicia
condições hipotéticas de menor mobilidade / autonomia, daí maior vulnerabilidade. O Mapa
47 representa o número de indivíduos jovens e/ou idosos que cumprem as condições atrás
referidas por subsecção no município da Nazaré. A população potencialmente vulnerável no
município da Nazaré representa cerca de 33% do total de residentes. A freguesia da Nazaré é a
que apresenta uma maior percentagem de jovens e idosos do município (cerca de 24,7 %). Se
considerarmos a realidade por freguesia, a distribuição da população potencialmente
vulnerável é semelhante em todas as freguesias com valores próximos dos 35% do total de
residentes por freguesia (Tabela 31).
Tabela 31 ‐ População residente jovem / idosa por freguesia do município da Nazaré
População residente jovem / idosa
Freguesia Número de pessoas (% do total do município) (% do total da freguesia)
Famalicão 685 4,5 35,0
Nazaré 3737 24,7 32,3
Valado dos Frades 586 3,9 36,1
TOTAL 5008 33,0 ‐‐‐‐
Fonte: Censos 2011, Instituto Nacional de Estatística
Os Elementos Expostos, Estratégicos, Vitais e Sensíveis (EEEVS) do município da Nazaré
encontram‐se quase na sua totalidade expostos a uma suscetibilidade sísmica moderada e a
um potencial incremento da intensidade sísmica, pelo facto de se localizarem
preferencialmente sobre formações geológicas não consolidadas (Tabela 32). Esta realidade é
o resultado dos mais de 80 % do território do município, aproximadamente 70 km2
, de
afloramento de formações geológicas pouco consolidadas. No caso das redes de
infraestruturas viárias, ferroviárias, de abastecimento de água e de saneamento, ou de alta‐
tensão verifica‐se um padrão de exposição ao risco sísmico semelhante. Também neste caso se
verifica a maior exposição das redes à presença de uma susceptibilidade sísmica moderada e à
presença de formações geológicas menos consolidadas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 251 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 47 – Distribuição de jovens e idosos por subsecção no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 252 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 32 ‐ Síntese dos elementos expostos no município da Nazaré à susceptibilidade sísmica
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 253 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2.9. Movimentos de massa em vertentes
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Geodinâmica externa
Movimentos de massa em vertentes
Reduzida Reduzida Moderada Reduzida Média‐Alta Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os movimentos de massa em vertentes têm uma probabilidade de ocorrência média‐alta. A
gravidade associada é reduzida para a população e para o ambiente, sendo moderada para a
socioeconomia. No total, o risco é considerado moderado.
Do cruzamento das áreas edificadas e da rede viária com o mapa de suscetibilidade aos
movimentos de massa em vertentes verifica‐se que os referidos elementos localizam‐se,
dominantemente, em terrenos estáveis: 96,5% do edificado e 87,4% da rede viária ocorrem na
classe de suscetibilidade muito baixa (Tabela 33). No entanto, nas classes de suscetibilidade
elevada e moderada observam‐se 2,9% dos edifícios e 10,4% da rede viária total (Mapa 49).
Tabela 33 – Distribuição de edificado e da rede viária pelas classes de suscetibilidade à instabilidade de vertentes no município da Nazaré
Classes de suscetibilidade Nº edifícios Edificado (%) Extensão de vias (km) Vias (%)
Muito Baixa 16423 96,5 580,5 91,8
Baixa 104 0,6 8,1 1,3
Moderada 74 0,4 7,5 1,2
Elevada 423 2,5 36,0 5,7
Total 17024 100 632,0 100,0
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Foram identificados 423 edifícios (ou partes de edifícios) na classe de suscetibilidade elevada e
outros 74 na classe de suscetibilidade moderada (Tabela 33). A situação mais desfavorável
observa‐se na freguesia de Famalicão (Tabela 34), onde é mais provável a ocorrência de
situações que exijam intervenções de emergência. Em situação oposta encontra‐se a freguesia
de Valado dos Frades, onde, apesar de tudo, existem 57 edifícios nas classes de suscetibilidade
elevada e moderada.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 254 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
No que respeita à localização relativa dos elementos expostos estratégicos e sensíveis, verifica‐
se que os edifícios dos agentes de protecção civil, os equipamentos sociais e os equipamentos
de educação encontram‐se inseridos na classe de suscetibilidade Muito Baixa ou Baixa, i.e., nas
situações mais favoráveis, o mesmo acontecendo com os postos de abastecimento de
combustível existentes no município. No entanto, as estações elevatórias de Famalicão e da
Serra da Pescaria, encontram‐se em zona de suscetibilidade elevada a movimentos de massa
em vertentes. No mesmo sentido, o Alojamento Turístico Maryland Lda., situado na Praia do
Norte, está junto a uma vertente com suscetibilidade moderada (Mapa 48).
Tabela 34 –Edifícios em vertentes com suscetibilidade elevada ou moderada, município Nazaré
Freguesia Nº edifício em vertentes perigosas % do edificado
Famalicão 303 7.4
Valado dos Frades 57 1.6
Nazaré 137 1.5
Município 497 2.9
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Foram identificados 8,4 km e 2,0 km de vias rodoviárias implantadas nas classes de
suscetibilidade elevada e moderada (Tabela 33). A freguesia de Famalicão é a que apresenta a
situação mais problemática, com 9,2 km de vias nas classes de suscetibilidade elevada e
moderada (Tabela 35). Estas vias representam 21,4% da totalidade das vias na freguesia, o que
demonstra a sua vulnerabilidade elevada.
Registe‐se, por último, que há cerca de 500 m da linha do Oeste em áreas de suscetibilidade
elevada ou moderada aos movimentos de massa de vertentes no município da Nazaré.
Tabela 35 – Rede viária instalada em vertentes com suscetibilidade elevada ou moderada no município da Nazaré
Freguesia Vias em vertentes perigosas (km) % das vias totais
Famalicão 9.2 21.4
Valado dos Frades 0.5 3.3
Nazaré 1.5 3.8
Município 11.2 10.5
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 255 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 48 – Edificado e rede viária expostos a movimentos de massa em vertentes no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 256 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2.10. Erosão costeira (incluindo a destruição de praias e sistemas dunares)
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Naturais
Geodinâmica externa
Erosão costeira Acentuada Residual Reduzida Moderada
Média‐Alta Elevado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
As características geomorfológicas das arribas do município da Nazaré e a sua dinâmica
particular levantam alguns problemas, quer para as infraestruturas quer para as populações,
que se passarão a indicar.
A suscetibilidade à ocorrência de desabamentos, mesmo de pequena dimensão, coloca em
perigo as pessoas que se encontrem a passar ou paradas na base da arriba, nomeadamente os
banhistas na época do Verão.
Segundo a base de dados DISASTER morreu uma pessoa na praia, em Novembro de 1954,
vítima de um desabamento que terá ocorrido na arriba do Sítio. Embora as ocorrências de
eventos de dinâmica da arriba com vítimas sejam reduzidas, este fato não deve dar uma
sensação de segurança. Nesse sentido foi também a decisão do INAG que, em 2006, ordenou a
criação de uma faixa de interdição na praia, com 100 metros de largura medida a partir da
base da arriba. Posteriormente, em 20 e 21 de Junho de 2007, a solicitação da Câmara
Municipal da Nazaré, o LNEC efetuou ensaios de queda de blocos para avaliar a distância de
progressão destes blocos sobre a praia, tendo o valor máximo alcançado sido de 47 metros
(Figura 14 esquerda). Face a estes resultados, a faixa de protecção foi diminuída para 50
metros (Figura 14 direita). Neste estudo, considera‐se que, face aos resultados obtidos no
estudo do LNEC, a faixa de segurança deverá ter uma largura de protecção suplementar de 20
metros, ou seja no total de 70 metros, a exemplo aliás do que foi considerado no POOC
Alcobaça‐Mafra.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 257 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Figura 14 ‐ À esquerda: resultados dos ensaios de queda de blocos pelo LNEC em Junho de 2007; os números a vermelho indicam distância à base da arriba. Fonte: Filipe Jeremias, 2009. À direita: faixa de protecção na base da arriba da praia da Nazaré. ©SIARL, 25/7/2007 –fa
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
No topo da arriba, há algumas infraestruturas em risco elevado, caso as bancadas onde se
encontram instaladas cedam e evoluam por desabamento. No Sítio, nessa situação encontram‐
se praticamente todas as casas que se encontram localizadas junto ao alto da arriba e parte da
Rua 25 de Abril, no troço de acesso ao Forte de S. Miguel Arcanjo. O próprio forte, dada a
posição que ocupa na ponta do promontório do Sítio, já foi sujeito a uma intervenção da
responsabilidade do Ministério da Defesa, em 2006, ao nível da drenagem pluvial, na
sequência de desabamentos que afetaram o sector Sul deste forte.
5.2.11. Acidentes graves de transporte rodoviário
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Transportes Acidentes Rodoviários
Acentuada Residual Reduzida Moderada Elevada Elevado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os acidentes graves de tráfego rodoviário têm uma probabilidade de ocorrência elevada. A
gravidade associada é acentuada para a população, reduzida para a socioeconomia e residual
para o ambiente. No total, o risco é considerado elevado.
Em média, ocorrem 5 acidentes graves (com vítimas) anualmente, no município da Nazaré.
Ainda em termos médios, estes acidentes são responsáveis, em cada ano, por 2 mortos e 4
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 258 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
feridos graves. A maior parte dos acidentes ocorre no Verão, principalmente em Agosto, e a A8
e a EN242 destacam‐se pela elevada perigosidade.
5.2.12. Acidentes graves de transporte ferroviário
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Transportes Acidentes Ferroviários
Acentuada Residual Reduzida Moderada Média‐Alta Elevado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os acidentes graves de transporte ferroviário têm uma probabilidade de ocorrência média‐
alta. A gravidade associada é acentuada para a população, reduzida para a socioeconomia e
residual para o ambiente. No total, o risco é considerado elevado.
Em média, ocorre cerca de 1 acidente ferroviário grave a cada 3 anos, no município da Nazaré,
potencialmente causador de vítimas mortais consoante a sua natureza. A maior parte dos
acidentes ocorre nos locais de passagem de viaturas (e.g. passagem de nível) ou pessoas (e.g.
estações e apeadeiros).
5.2.13. Acidentes graves de transporte marítimo
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Transportes Acidentes Marítimos
Acentuada Reduzida Reduzida Moderada Elevada Elevado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os acidentes marítimos graves têm uma probabilidade de ocorrência elevada. A gravidade
associada é acentuada para a população, e reduzida para a socioeconomia e para o ambiente.
No total, o risco é considerado elevado.
Anualmente e em média, ocorrem 2 acidentes marítimos graves no município da Nazaré, com
particular incidência espacial Porto de Abrigo da Nazaré. Esta peculiaridade deve ser
considerada pelos agentes de protecção civil, uma vez que é neste local que a sinistralidade
marítima se tem mostrado mais elevada.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 259 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2.14. Acidentes graves de transporte aéreo
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Transportes Acidentes Aéreos
Acentuada Residual Reduzida Moderada Média‐Baixa Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os acidentes graves de tráfego aéreo têm uma probabilidade de ocorrência média‐baixa. A
gravidade associada é acentuada para a população, reduzida para a socioeconomia e residual
para o ambiente. No total, o risco é considerado moderado.
O espaço aéreo do município encontra‐se abrangido pelas LPR60A e LPR60B, 2 áreas restritas,
adstritas à Base Aérea n.º5 (Monte Real) e destinadas a exercícios militares aéreos. Nas áreas
restritas é permitido o voo de aeronaves civis desde que cumpram determinadas condições,
mediante autorização especial, ou em janelas temporais determinadas pelas autoridades
competentes. Há a assinalar um conjunto de obstáculos à navegação aérea, devidamente
referenciados, na freguesia de Nazaré.
5.2.15. Acidentes no transporte terrestre de mercadorias perigosas
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Transportes
Acidentes no Transporte Terrestre de Mercadorias Perigosas
Moderada Reduzida Reduzida Moderada Média Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os acidentes no transporte de mercadorias perigosas têm uma probabilidade de ocorrência
média. A gravidade associada é moderada para a população, e reduzida para o ambiente e
para a socioeconomia. No total, o risco é considerado moderado.
Face à não existência de estabelecimentos industriais a operar com produtos perigosos no
município da Nazaré, a principal fonte de risco corresponde aos camiões cisterna que
abastecem os postos de abastecimento de combustíveis situados no município (2 na Vila da
Nazaré, e 1 em Valado dos Frades). Estas viaturas circulam sobretudo pelas estradas nacionais,
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 260 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
aspeto que deve ser considerado pelos agentes de protecção civil, uma vez que é nestas vias
que a sinistralidade rodoviária é mais elevada. Neste contexto, a EN242, a EN8‐5 e os
atravessamentos das povoações merecem uma atenção particular. Deverão aqui ser também
consideradas outras vias que apesar de se encontrarem noutra categoria de eixo viário,
desempenham também um papel importante no suporte à circulação deste tipo de viaturas no
município da Nazaré: a A8.
5.2.16. Acidentes industriais que envolvem substâncias perigosas
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Atividade industrial e comercial
Acidentes industriais que envolvam
substâncias perigosas Moderada Moderada Reduzida Moderada Baixa Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os acidentes industriais que envolvam substâncias perigosas têm uma probabilidade de
ocorrência baixa. A gravidade associada é moderada para a população e o ambiente e reduzida
para a socioeconomia. No total, o risco é considerado moderado. Não existem instalações
Seveso no município nem atividades PCIP condicionadas à obtenção de Licença Ambiental.
A ocorrência de um acidente grave nas instalações de abastecimento de combustíveis, no
Porto da Nazaré pode acarretar um pequeno número de feridos assim como algumas
hospitalizações e um impacto ambiental significativo, com danos severos nas águas da bacia
portuária, resultado de um possível derrame de gasóleo.
5.2.17.Incêndios urbanos e em centros históricos
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Atividade industrial e comercial
Incêndios Urbanos e em
Centros Históricos
Moderada Residual Reduzida Reduzida Elevada Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os incêndios urbanos e em centros históricos têm uma probabilidade de ocorrência elevada. A
gravidade associada é moderada para a população, reduzida para socioeconomia e residual
para o ambiente. No total, o risco é considerado moderado.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 261 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
A cartografia da vulnerabilidade do edificado a incêndios baseou‐se na seguinte fórmula,
calculada à subsecção censitária (dados do INE, Censos 2011):
V = (% População com idade > 65 anos + % Edifícios construídos antes de 1980) / 200.
Desta forma, os resultados da vulnerabilidade variam entre 0 e 1.
A percentagem de população com idade superior a 65 anos dá indicações sobre a
vulnerabilidade da população idosa e hipoteticamente com menos condições de mobilidade. A
segunda variável, ao integrar os edifícios com idade de construção anterior a 1980, dá uma
indicação sobre o possível estado de conservação do edificado. Desta forma são considerados
as infraestruturas e a população com maior fragilidade em caso de incêndio em edifícios.
No Gráfico 22 estão representadas a percentagem de população com idade superior a 65 anos
e a percentagem de edifícios construídos antes de 1980, por freguesia. Verifica‐se que a
freguesia de Famalicão tem a maior percentagem de população com idade superior a 65 anos
(17,7%). A freguesia de Valado dos Frades apresenta a percentagem mais elevada de edifícios
construídos antes de 1980 (57%).
Gráfico 22 – Percentagem de População com idade superior a 65 anos e percentagem de edifícios construídos antes de 1980, por freguesia, no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 262 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Analisando a distribuição espacial da vulnerabilidade a incêndios urbanos à subsecção verifica‐
se que predominam as subsecções com vulnerabilidade inferior a 0,5.
Uma vez que no município da Nazaré o povoamento dispõe‐se principalmente de forma
concentrada nas sedes de freguesia e ao longo das principais vias de comunicação, estes são
os locais que apresentam valores moderados a elevados de vulnerabilidade (> 0,5), como se
pode constatar pela observação do Mapa 49.
Mapa 49 – Distribuição espacial da vulnerabilidade a incêndios em edifícios à subsecção, no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 263 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2.18. Colapso de estruturas em edifícios com elevada concentração populacional
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Atividade industrial e comercial
Colapso de estruturas em edifícios com
elevada concentração populacional
Acentuada Reduzida Acentuada Acentuada Baixa Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os colapsos de estruturas em edifícios com elevada concentração populacional têm uma
probabilidade de ocorrência baixa. A gravidade associada é acentuada para a população e a
socioeconomia e reduzida para o ambiente. No total, o risco é considerado moderado.
5.2.19. Emergências radiológicas
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Tecnológicos
Atividade industrial e comercial
Emergências Radiológicas
Moderada Moderada Residual Moderada Baixa Moderad
o
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
As emergências radiológicas têm uma probabilidade de ocorrência baixa. A gravidade
associada é moderada para a população e o ambiente e residual para a socioeconomia. No
total, o risco é considerado moderado.
O foco potencial de emergência radiológica está situado no Hospital Confraria de Nossa
Senhora da Nazaré, onde deve ser garantido o correto funcionamento dos equipamentos
radiológicos.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 264 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.2.20. Incêndios florestais
Grupo Categoria Designação
Gravidade
Probabilidade Grau de Risco População Ambiente Socioeconomia Total
Riscos Mistos
Relacionado com a Atmosfera
Incêndios Florestais
Reduzida Reduzida Reduzida Reduzida Elevada Moderado
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Os incêndios florestais têm uma probabilidade de ocorrência elevada. A gravidade associada é
reduzida para a população e a socioeconomia e moderada para o ambiente. No total, o risco é
considerado moderado.
Do cruzamento das áreas edificadas e da rede viária com o mapa de perigosidade a incêndios
florestais verifica‐se que os referidos elementos localizam‐se, dominantemente, em locais de
perigosidade Nula ou Baixa.
A análise espacial por freguesia mostra assimetrias, tanto no que respeita à localização de
edifícios de habitação e outras construções (Tabela 36) como à extensão da rede viária (Tabela
37) em áreas de perigosidade alta e muito alta.
No município da Nazaré encontram‐se 10 edifícios em áreas de perigosidade alta e muito alta
a incêndios florestais, o que em termos relativos corresponde a 0,06% do total de edifícios do
município (Tabela 36). A freguesia de Famalicão é a única do município da Nazaré que possui
edifícios localizados em áreas de perigosidade alta e muito alta a incêndios florestais (10).
Em termos relativos, a percentagem do total de edifícios da freguesia expostos à perigosidade
alta e muito alta a incêndios florestais corresponde a 0,24% dos edifícios da freguesia de
Famalicão.
Tabela 36 – Edifícios de habitação e outras construções em áreas de perigosidade alta e muito
alta a incêndios florestais no município da Nazaré
Freguesia N.º de Edifícios % do total de Edifícios
Famalicão 10 0,24
Nazaré 0 0
Valado dos Frades 0 0
Município 10 0,06
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 265 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Em relação à rede de estradas, o município da Nazaré tem um total de 10,3 km de rede viária
localizada em áreas de perigosidade alta e muito alta a incêndios florestais (Tabela 37), que em
termos relativos corresponde a 1,6% da extensão total da rede viária no município da Nazaré.
Ao nível da freguesia, destaca‐se Famalicão pela presença da maior extensão da rede viária
exposta à perigosidade alta e muito alta a incêndios florestais (7,5 km), seguida pela freguesia
da Nazaré (2,8 km).
Em termos relativos, a percentagem do total da rede viária da freguesia exposta à
perigosidade alta e muito alta é maior na freguesia de Famalicão (5,5%). As restantes
freguesias têm uma percentagem residual de extensão de estradas expostas à perigosidade
alta e muito alta a incêndios florestais.
Tabela 37 – Rede viária implantada em áreas de perigosidade alta e muito alta a incêndios
florestais no município da Nazaré
Freguesia Vias (extensão em km) % do total das vias
Famalicão 7,5 5,5
Nazaré 2,8 0,8
Valado dos Frades 0,0 0,0
Município 10,3 1,6
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
O mapa de prioridades de defesa do município da Nazaré identifica as áreas prioritárias de
prevenção e defesa da floresta contra incêndios. No município da Nazaré, além das áreas
urbanas estão identificadas 3 áreas florestais nas áreas de prioridade de defesa (Mapa 50):
− Monte de São Bartolomeu (35 ha de área);
− Mata Nacional de Valado de Frades (1468,86 ha de área);
− Pinhal Real Casa de Nossa Senhora da Nazaré (673,27 ha de área).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 266 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 50 – Prioridades de defesa da floresta no município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 267 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.3. Estratégias para a Mitigação do Risco
De acordo com o Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT), a
gestão preventiva de riscos constitui uma prioridade de primeira linha da política de
ordenamento do território e um elemento obrigatório dos outros instrumentos de gestão
territorial. Neste sentido, o PNPOT estabelece como medida prioritária a definição, para os
diferentes tipos de riscos naturais, ambientais e tecnológicos, em sede de Planos Regionais de
Ordenamento do Território, de Planos Municipais de Ordenamento do Território e de Planos
Especiais de Ordenamento do Território e consoante os objetivos e critérios de cada tipo de
plano, das áreas de perigosidade, os usos compatíveis nessas áreas, e as medidas de
prevenção e mitigação dos riscos identificados.
Neste contexto, a prevenção dos riscos no território municipal no domínio da protecção civil e
do planeamento de emergência deverá ser sempre articulado com os Instrumentos de Gestão
Territorial com interesse no território municipal, com especial destaque para o Plano Regional
de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo – PROT‐OVT e o Plano Director
Municipal.
Adicionalmente, a mitigação dos riscos deverá passar pela realização de ações de divulgação,
sensibilização e formação, de modo a incrementar a cultura de risco da sociedade sobre como
se proteger e reagir a fenómenos perigosos. No mesmo sentido, deverão ser realizados
exercícios/simulacros com diferentes níveis de envolvimento da comunidade e ajustados às
particularidades do fenómeno perigoso a que são dirigidos (e.g. Queirós e Santos, 2013).
Seguidamente, são apresentadas medidas mitigadoras específicas para cada tipo de risco
considerado.
5.3.1. Ondas de calor
• Articulação com os Planos de Contingência vigentes (de âmbito nacional, regional ou
municipal);
• Articulação com outras entidades competentes de modo a garantir acesso a água potável a
toda a população;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 268 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
• Identificação e acompanhamento dos locais onde haja concentração de indivíduos
potencialmente mais suscetíveis (e.g., escolas, lares, centros de saúde; idosos sozinhos);
• Identificação e monitorização de locais onde haja concentração de indivíduos expostos (e.g.,
praias, edifícios mal climatizados).
5.3.2. Ondas de frio
• Articulação com os Planos de Contingência vigentes (de âmbito nacional, regional ou
municipal);
• Articulação com outras entidades competentes de modo a garantir abrigo e agasalho a
população em risco (e.g., população de rua);
• Identificação e acompanhamento dos locais onde haja concentração de indivíduos
potencialmente mais suscetíveis (e.g., escolas, lares, centros de saúde; idosos sozinhos);
• Identificação e monitorização de locais onde haja concentração de indivíduos expostos (e.g.,
edifícios mal climatizados).
5.3.3. Nevões
• Nada a assinalar, atendendo aos graus de probabilidade e gravidade associados a este risco.
5.3.4. Secas
• Garantir o abastecimento de água potável à população;
5.3.5. Cheias e inundações
• Interditar a realização de novas construções nos fundos de vale sujeitos a inundações;
• Programar a gestão correta dos meios de intervenção de resposta dos agentes de protecção
civil, tendo em consideração os mapas de suscetibilidade às inundações, e o seu cruzamento
com os elementos expostos;
• Realizar ações de sensibilização tendo como alvo a população do município, que permitam
ao cidadão o conhecimento sobre o mecanismo das cheias e a forma como ocorrem no
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 269 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
concelho, para que cada indivíduo tenha a perceção da vulnerabilidade do local onde mora,
dos locais por onde normalmente transita e do local onde trabalha;
• Limpeza dos canais e manutenção das secções e das estruturas de protecção – diques
naturais e artificiais (caso existam) –, em particular nos troços onde o escoamento pode ser,
potencialmente, mais problemático;
• Efectuar uma vigilância regular, nos períodos mais chuvosos, nos troços de estradas
nacionais e municipais situados em áreas inundáveis em situação de cheia, os quais deverão
ser interditados à circulação na fase de início da cheia;
• Identificar percursos alternativos de ligação entre localidades e de acesso a infraestruturas, a
utilizar em situação de corte de troços de vias normalmente afectados pela ocorrência de
cheias.
5.3.6. Inundações e galgamentos costeiros
• Limitar ou interditar de circulação de veículos e pessoas nos locais de risco identificados
anteriormente, na eventualidade de ocorrência de situações de galgamentos costeiros;
Criar e implementar processos de evacuação da população afetada por situações de risco
ligadas a galgamentos costeiros.
• Criação, implementação e manutenção (com actualização permanente) de um sistema de
previsão, alerta e resposta que permita reagir rápida e organizadamente a um evento de
galgamento costeiro com inundação;
• Limitação ou interdição de circulação de veículos e pessoas nos locais de risco identificados
anteriormente, na eventualidade de ocorrência de situações de galgamentos costeiros;
• Criação e implementação de processos de evacuação da população afetada por situações de
risco ligadas a galgamentos costeiros.
5.3.7. Inundação por tsunami
• Implantação de painéis informativos acerca do risco de tsunami nas praias e no porto da
Nazaré, integrando os mapas apresentados neste relatório,
• Assinalar as zonas altas de refúgio bem como a indicação dos caminhos a percorrer.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 270 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.3.8. Sismos
• Inventariar, avaliar e implementar a estabilidade estrutural e funcional dos edifícios e infra‐
estruturas estratégicos, vitais e sensíveis do município no âmbito do planeamento municipal
de emergência.
• Articulação supra‐municipal/regional de procedimentos de emergência e de segurança tendo
em consideração um cenário de ocorrência de um sismo de elevada magnitude,
potencialmente, muito destruidor.
5.3.9. Movimentos de massa em vertentes
• Interditar a realização de novas construções nas áreas classificadas como de suscetibilidade
elevada à instabilidade de vertentes;
• Considerar os mapas de suscetibilidade à instabilidade das vertentes e o seu cruzamento
com os elementos expostos, para a correta gestão dos meios de intervenção de resposta dos
agentes de protecção civil;
• Efetuar uma vigilância regular, nos períodos mais chuvosos, nos troços de estradas nacionais
e municipais situados em áreas de suscetibilidade de vertentes elevada e moderada, para
sinalizar atempadamente a ocorrência de instabilidades nos taludes que afetem as vias
públicas.
5.3.10. Erosão costeira (incluindo a destruição de praias e sistemas dunares)
• Monitorização sistemática das arribas instáveis que permita avaliar a evolução da
suscetibilidade à ocorrência de movimentos de vertente;
• Colocação de sinalização para informar os cidadãos do risco potencial, sempre que possível
na base e no topo da arriba, utilizando para o efeito os sinais adotados pela APA (Despacho n.º
15/2010, de 25 de Fevereiro) para situações de risco associado aos sistemas litorais;
• Delimitação e/ou interdição de acesso a sectores de risco elevado, na base e no topo das
arribas, nos locais com registos de ocorrências recentes de movimentos de vertente ou com
características de instabilidade potencial acentuada;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 271 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
• Colocação de painéis informativos nos sectores da faixa costeira mais frequentados, com
texto, fotografias e figuras que ilustrem a dinâmica litoral nesses locais e os riscos potenciais
associados;
• Realização de operações de reperfilamento das arribas instáveis com remoção de blocos
salientes, com especial incidência nos locais em que, na base, se encontram praias com
frequência elevada.
5.3.11. Acidentes graves de transporte rodoviário
• Monitorização regular das condições físicas da rede rodoviária do concelho;
• Manutenção da sinalização rodoviária;
• Promoção de ações de sensibilização para a segurança rodoviária junto da população;
• Reavaliar a sinalização, o estado do pavimento e os limites de velocidade em determinadas
vias do concelho, nomeadamente nos troços da EN242 e da A8 onde os acidentes são mais
frequentes.
5.3.12. Acidentes graves de transporte ferroviário
• Encerramento das atuais passagens de nível substituindo‐as por passagens desniveladas;
• Manutenção da sinalização e dos dispositivos automáticos de condicionamento do tráfego
rodoviário nas passagens de nível;
• Promoção de ações de sensibilização para a segurança ferroviária junto da população.
5.3.13. Acidentes graves de transporte marítimo
• Manter contacto com as entidades com jurisdição nesta área;
• Respeitar o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar (RIEAM‐1972) e o
Edital n.º 1/2013 da Capitania do Porto da Nazaré, para além das normas do “Regulamento de
Exploração do Porto da Nazaré” (Deliberação 1576/2008, de 6 de Junho) e do “Regulamento
da Náutica de Recreio” publicado em anexo ao Decreto‐Lei 124/2004, de 25 de Maio;
• Monitorizar/acompanhar eventuais descargas ou derrames de produtos poluentes
suscetíveis de provocar alterações às características naturais do meio marinho, bem como
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 272 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
toda a operação de imersão não autorizada, assim como qualquer prática que introduza ou
deposite no meio marinho, direta ou indiretamente, substância, organismo ou energia que
contribua para a degradação do ambiente e que possa fazer perigar ou danificar bens jurídicos.
5.3.14. Acidentes graves de transporte aéreo
• Assinalar os obstáculos à navegação aérea, com ou sem luzes de sinalização, de acordo com
as recomendações da OACI;
• Marcar as linhas de transmissão, cabos e linhas aéreas com esferas de cor amarela ou
laranja, com o mínimo de 60 cm de diâmetro e com um espaçamento máximo de 40 metros.
5.3.15. Acidentes no transporte terrestre de mercadorias perigosas
• Evitar o atravessamento de áreas densamente povoadas;
• Promover a circulação deste tipo de transporte em horas de menor tráfego;
• Predefinir trajetos específicos para os camiões cisterna que aprovisionam os postos de
abastecimento de combustíveis, para que as autoridades que operam no município saibam em
que vias podem ter que vir a atuar em caso de acidente, e assim adequem e agilizem os
respetivos procedimentos.
5.3.16. Acidentes industriais que envolvem substâncias perigosas
• Inventariar as indústrias do concelho, do tipo e quantidades de matérias potencialmente
perigosas (em sentido lato) normalmente armazenadas e/ou produzidas, assim como dos
efluentes ou subprodutos resultantes da atividade produtiva que possam contribuir para a
degradação do ambiente e danificar ou por em perigo bens jurídicos;
• Assegurar que as instalações industriais procedem à gestão correta dos seus efluentes, assim
como dos materiais residuais resultantes do exercício das suas atividades;
• Monitorizar os recursos hídricos subterrâneos se a localização das instalações industriais
assim o justificar;
• Ativar o Plano de Emergência Interno do porto da Nazaré em situação de acidente.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 273 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5.3.17. Incêndios urbanos e em centros históricos
• Garantir condições de acesso e de circulação às zonas mais antigas dos núcleos urbanos, por
parte das viaturas dos bombeiros, para intervenção rápida e eficaz em caso de incêndio;
• Actualizar periodicamente a lista de edifícios devolutos existentes nos centros históricos;
• Retirar, em articulação com os proprietários, carga potencialmente combustível de edifícios
devolutos situados nas zonas antigas dos núcleos urbanos;
• Aplicação dos regulamentos de Segurança Contra Incêndios em Edifícios.
5.3.18. Colapso de estruturas em edifícios com elevada concentração populacional
• Monitorizar o estado de segurança estrutural dos edifícios com elevada concentração
populacional;
• Verificar a sinalética e as saídas de segurança dos edifícios com elevada concentração
populacional.
5.3.19. Emergências radiológicas
• Respeitar o Decreto‐Lei n.º 38/2007 que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º
2003/122/EURATOM, do Conselho, de 22 de Dezembro, relativa ao controlo de fontes
radioativas seladas, incluindo as fontes de atividade elevada e de fontes órfãs;
• Respeitar o Decreto‐Lei n.º 180/2002, de 8 de Agosto que aprova o regime jurídico do
licenciamento e do funcionamento das unidades que desenvolvam práticas de
radiodiagnóstico, radioterapia ou de medicina nuclear.
5.3.20. Incêndios florestais
Levantar as necessidades e realidades das estruturas de apoio ao combate:
o Implementação de uma aplicação para a correta gestão de ocorrências no Serviço
Municipal de Protecção Civil, com recurso aos Sistemas de Informação Geográfica,
onde constarão bases de dados com os meios e recursos disponíveis assim como a sua
localização.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 274 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Detetar atempadamente:
o Implementação de uma rede de monitorização com acesso através do Serviço
Municipal de Protecção Civil;
o Implementação de projetos de ocupação dos tempos livres para os jovens, para que
estes sejam parte ativa no processo de vigilância aos incêndios florestais.
Reforçar a coesão no domínio dos incêndios florestais, entre todos os agentes de protecção
civil, com resposta pronta na primeira intervenção, através de triangulações operacionais
de meios, independentemente das suas áreas de atuação própria:
o Elaboração de exercícios conjuntos no âmbito dos Incêndios florestais;
o Actualização / manutenção do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra
Incêndios;
o A silvicultura, levada a cabo pelas diferentes entidades no município, é uma medida
para travar ou pelo menos minimizar o elevado poder de destruição dos Incêndios
Florestais e deve ser uma prioridade das juntas de freguesia;
o Várias equipas móveis devem, em período estival, manter‐se no terreno, em nível de
alerta.
Emitir indicações de carácter obrigatório, relativamente a queimadas ou queimas de lixos,
nas áreas rurais e lugares isolados de difícil acesso.
Garantir a limpeza de mato em redor das propriedades, num raio de 50 metros de qualquer
edificação.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 275 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
6. Cenários
6.1. Cenário de Incêndio Florestal
O êxito no combate aos incêndios florestais e a mitigação das suas consequências resulta não
só na correta prevenção, mas também na preparação, necessária e fundamental, onde, de
uma forma explícita, o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil se encaixa.
Os Agentes de Protecção Civil e outras entidades intervenientes tanto na fase de emergência,
como na fase de reabilitação no caso do cenário de Incêndio Florestal serão os seguintes:
Tabela 38– APC`S e entidades intervenientes no caso de Incêndio Florestal
Entidades e Agentes Incêndios Florestais
SMPC X
Bombeiros Voluntários da Nazaré X
GNR X
Câmara Municipal da Nazaré
Juntas de Freguesia
Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa
X
X
X
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Ocorrência:
Às 14 horas e 34 minutos do dia 30 de Agosto, era recebido na central dos Bombeiros
Voluntários da Nazaré, um alerta de um particular que avistara uma coluna de fumo com
algumas dimensões, a coluna de fumo teria a sua origem na parte sul do município, na
freguesia de Famalicão. A partir deste momento são efetuadas todas as diligências no sentido
de resolver a situação, decorrendo as operações segundo a seguinte fita do tempo:
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 276 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Tabela 39 – Fita do Tempo
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
O esquema seguinte sintetiza os procedimentos operacionais presentes no cenário.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 277 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Esquema 2 – Procedimentos Operacionais – Incêndio Florestal
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
6.2. Cenário de movimentos de massa em vertente
A ocorrência de episódios de precipitação abundante e prolongada ou intensa e concentrada
no tempo, aliada à existência de declives acentuados e formações geológicas com
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 278 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
comportamento geotécnico deficiente, é responsável pelo desencadeamento de eventos de
instabilidade de vertentes, com particular destaque para os deslizamentos.
O nível de risco associado aos Movimentos de Massa em Vertentes na Nazaré é Moderado,
sendo que 2,9% dos edifícios e 6,9% da rede viária total se localizam nas classes de
suscetibilidade elevada e moderada.
Os Agentes de Protecção Civil e outras entidades intervenientes tanto na fase de emergência,
como na fase de reabilitação no caso do cenário de Movimentos de Massa em Vertentes são
os seguintes:
Tabela 40 – APC`S e entidades intervenientes no Cenário de Movimentos de massa em
vertente
Riscos Naturais
Entidades e Agentes
Movimentos de massa
em vertentes
SMPC X
Bombeiros Voluntários da Nazré X
Hospital X
INEM X
GNR X
Estradas de Portugal X
Instituto da Segurança Social X
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Ocorrência:
Entre os dias 3 e 4 de Dezembro, a chuva muito intensa e concentrada num período de 24
horas, antecedida de 2 meses de chuva abundante, 2 vezes acima dos valores médios, deu
origem à reactivação do grande deslizamento do Salgado, situado na faixa litoral junto ao
limite sul do município da Nazaré.
‐ O Caminho Municipal 1291‐1 (Estrada do Salgado) foi destruído em dois sectores, em
extensões de 150 m e 200 m.
‐ No Casal do Salgado foram afetadas duas casas de habitação. Uma das casas colapsou e há 3
desaparecidos.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 279 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
1º Momento – Fase de emergência
No dia 4 de Dezembro o Comando Distrital de Operações de Socorro recebe várias chamadas
de particulares que alertam para o colapso de duas casas de habitação, alertando para o facto
de se encontrarem 3 pessoas desaparecidas. O CDOS de Leiria ativa de imediato os Bombeiros
da Nazaré e a autoridade local (GNR).
Ao mesmo tempo, através do 112, um condutor de um veículo ligeiro comunica que a Estrada
do Salgado está intransitável.
De imediato é solicitado no local (Casal do Salgado) o Serviço Municipal de Protecção Civil,
visto que existem pessoas que possivelmente necessitem de alojamento temporário devido à
gravidade da situação.
O Presidente da Câmara Municipal da Nazaré ao inteirar‐se da situação decide pela
convocação da Comissão Municipal de Protecção Civil.
Da convocação da Comissão Municipal de Protecção Civil, e devido às necessidades da
ocorrência, é ativado o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil.
2ºMomento – Mobilização de meios públicos e privados ao abrigo do Plano Municipal de
Emergência e desvio do trânsito para uma alternativa que possibilite a normalidade das
acessibilidades e o correto socorro às populações.
Uma vez que o acesso para o Casal do Salgado está interrompido pelo deslizamento as equipas
de bombeiros deslocam‐se a pé, a partir da Serra da Pescaria, para fazer chegar ajuda às
pessoas isoladas.
Ao mesmo tempo, são iniciados os procedimentos para o restabelecimento da via de
comunicação, com recurso ao parque de máquinas da Câmara Municipal. No Casal do Salgado
são executadas manobras de ordem operacional, nomeadamente na busca e salvamento dos
desaparecidos, sendo o Comandante dos Bombeiros da Nazaré, o Comandante das Operações
de Socorro. É mobilizado o INEM.
A coordenação dos trabalhos relacionados com a reposição da normalidade, através da
remoção das terras da via fica a cargo do Serviço Municipal de Protecção Civil, mobilizando os
seus meios humanos e materiais.
A GNR, em conjunto com o SMPC, auxilia no controlo do trânsito na Serra da Pescaria.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 280 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Passadas 3h e 35 m do início dos trabalhos são resgatados 2 feridos ligeiros do deslizamento
do Casal do Salgado, os quais são transportados em ambulância em direção ao hospital, da
Confraria de Nossa Senhora da Nazaré.
3º Momento – Reposição da Normalidade – Reabilitação
Duas retroescavadoras da Câmara Municipal da Nazaré são enviadas para o local do
deslizamento que afetou a Estrada do Salgado.
Enquanto continuam os trabalhos de reposição da normalidade, é feita uma análise pela
Comissão Municipal de Protecção Civil dos prejuízos e consequências dos incidentes.
À medida que os trabalhos de limpeza das vias sejam finalizados, os meios públicos e privados
serão colocados ao serviço das populações na recuperação imediata dos seus prejuízos.
O plano fica ativado até á reposição por completo da normalidade.
Esquema 3 – Procedimentos Operacionais – Movimentos de massa em vertente
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Corpo de Bombeiros; INEM; GNR
112 – Linha de Emergência;
CDOS
Utilização de Rodovias alternativas até
limpeza da mesma; reabertura do trânsito
Briefing: Ponto de Situação à Comunicação Social
Movimento de massa em Vertente
Equipas de Socorro e Salvamento para o TO
Não SimPonto da Situação
Bombeiros; GNR; SMPC
FimLevantamento dos danos com ou sem
vítimas; Vias alternativas
Informam o COM
Presidente da Câmara Municipal da Nazaré
Bombeiros; INEM; GNR; SMPC
Destruição da Rodovia
Sim Não
Bombeiros; SMPC; GNR; Secção de Obras
Municipais
Fim
Rodovia intransitável até reconstrução de parte do troço
Secção de Obras Municipais
Reabertura da Via
GNR
Fim
Fase de Reabilitação da Rodovia
Fase de Socorro e Desvio de Trânsito
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 281 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
6.3. Cenário de acidente grave de transporte rodoviário
A probabilidade de ocorrência de acidentes rodoviários graves é elevada no município da
Nazaré, como o atestam os valores médios registados anualmente: 5 acidentes graves (com
vítimas; 2 mortos e 4 feridos graves.
Os Agentes de Protecção Civil e outras entidades intervenientes tanto na fase de emergência,
como na fase de reabilitação no caso do cenário de Acidente Rodoviário Grave serão os
seguintes:
Tabela 41 – APC`S e entidades intervenientes no caso de Acidente Rodoviário
Entidades e Agentes Acidente Rodoviário
SMPC X
Bombeiros Voluntários da Nazaré X
GNR X
INEM X
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
Cenário
No dia 23 de Junho pelas 13h e 05m é recebido, via 112, um alerta para um acidente
envolvendo um automóvel pesado de passageiros com 43 ocupantes e 3 viaturas ligeiras, no
Itinerário Complementar 9 (IC9), junto à rotunda na entrada da Nazaré. Resultaram deste
acidente 5 vítimas ligeiras e duas vítimas em estado grave.
13h e 06m – Devido às características do acidente e ao número de vítimas envolvidas, são
ativados e mobilizados para o local: a Guarda Nacional Republicana da Nazaré, duas
ambulâncias de socorro (ABSC 01 e 02), um veículo de socorro e assistência tático (VSAT‐01) e
um veículo de comando tático (VCOT – 01). É acionada a VMER do Hospital de Leiria.
13h e 11m ‐ Chegada ao local da 1ª viatura dos Bombeiros Voluntários da Nazaré (ABSC 01)
informando a central dos bombeiros da Nazaré do ponto de situação: acidente envolvendo 3
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 282 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
viaturas ligeiras e um pesado de transporte de passageiros; existem duas vítimas graves, uma
das quais encontra‐se encarcerada num dos veículos ligeiros; as restantes vítimas são ligeiras,
apenas com algumas escoriações; dos passageiros do veículo pesado apenas existe uma vítima
ligeira, que necessita de transporte para a unidade de saúde; existe combustível derramado no
pavimento.
13h e 16m – Chegada ao local da Autoridade (GNR), que desde logo limita a circulação no IC9.
13h e 20m – Chegada da viatura de comando dos Bombeiros Voluntários da Nazaré. O
Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários da Nazaré assume o COS da ocorrência e,
prosseguindo a Marcha Geral das Operações, recolhe a informação presente na tabela
seguinte, com o intuito de efetuar o diagnóstico correto da ocorrência e de diminuir os tempos
de decisão quanto à melhor estratégia para a resolução da situação.
Tabela 42 – Avaliação no local do Acidente Rodoviário
Avaliação no local do acidente rodoviário
Quais são os meios envolvidos?
Existem vítimas encarceradas nas viaturas?
Existem condições de segurançs para as equipas de socorro?
Existe a possibilidade de o trânsito continuar a fluir normalmente?
Quais são as alternativas de circulação?
Existem corredores de emergência e de evacuação?
Os meios activados são suficientes?
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
13h e 22m – Chegada da VMER do Hospital de Leiria ao Teatro de Operações.
O comandante das operações de socorro faz constantes pontos de situação, informando o
CDOS de Leiria sobre a situação.
A equipa da VMER assume a operações de evacuação secundária das vítimas existentes, sendo
entretanto colocadas em alerta permanente outras equipas do INEM.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 283 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
13h e 31m – Com os meios no local, é definido um perímetro de segurança, do qual são
retiradas todas as pessoas não envolvidas na operação de socorro.
A Guarda Nacional Republicana interdita a circulação em toda a extensão do IC9 sendo criada
uma alternativa pela Estrada Nacional 8‐5, entre a Nazaré e Valado dos Frades, com acesso à
A8, que será utilizada de forma a não interferir com o local do acidente, com os corredores de
emergência e com o percurso de socorro.
13h e 37m – Os trabalhos de desencarceramento decorrem, sob o comando do comandante
das operações de socorro (comandante dos bombeiros da Nazaré). A evacuação secundária
decorre sob a coordenação do médico da VMER presente no local.
14h e 17m – A última vítima é retirada do veículo e depois de estabilizada é evacuada para o
Hospital de Leiria, tal como os restantes feridos.
A situação é gerida de acordo com os procedimentos operacionais já estabelecidos pelas
equipas de socorro presentes no Teatro de Operações sob o comando do COS.
14h e 25m – Chegada ao local da viatura VUCI‐01 dos bombeiros voluntários da Nazaré, que
trata do procedimento de limpeza do pavimento. São mobilizados os veículos de reboque para
a remoção das viaturas acidentadas.
15h 40m – Depois de rebocadas as viaturas acidentadas é restabelecida a normalidade e a
GNR reabre a via à circulação automóvel.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 284 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Esquema 4 – Procedimentos Operacionais – Acidente grave de tráfego rodoviário
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
6.4. Cenário de ocorrência de sismo com probabilidade de ocorrência de tsunami
Características do cenário:
Sismo de magnitude 6,5 (Escala de Richter) com epicentro no mar e possibilidade de
ocorrência de Tsunami.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 285 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Atribuições e responsabilidade de cada interveniente
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 286 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 287 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Mapa 51 – Mapa de apoio ao cenário de risco sísmico no Município da Nazaré
Fonte: Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, CEG, Maio 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 288 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Secção III 1. Inventário de Meios e Recursos A lista dos principais meios e recursos (públicos e privados) existentes e mobilizáveis encontra‐se no anexo I. 2. Lista de Contactos A lista de contactos dos principais intervenientes no plano encontra‐se no anexo II.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 289 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
3. Modelos de relatórios e requisições
Distrito de Leiria Concelho da Nazaré
Relatório
N.º
Data: ___/___/___ Hora: __H__
Próximo comunicado Data: ___/___/___ Hora: __H__
Natureza da ocorrência Efeitos da ocorrência: Local: ____________________________ Freguesia: ________________________
Vítimas Danos
Tipo de danos Tipo edifícios Vias de
comunicaçãoInfra‐estruturas
Mortos
Feridos ligeiros
Feridos graves
Desalojados
Desaparecidos
Evacuados
Ligeiros
Graves
Destruídos
Hotel
Escola
Centro Saúde
Outros
Rodoviárias
Ferroviárias
Marítimas
Pontes
Comunicações
Águas
Saneamento
Eletricidade
Combustíveis
Disponibilidade de meios Necessidades
Transportes Comunicações Forças
empenhadasSocorro Bens
Comboios
Central camionagem
Táxis
Outros
REPC
ROB
SIRESP
Telemóvel/SMS
Telefone/fax
E‐mail/internet
Outros
PSP
BVN
SF
GNR
Polícia Marítima
Médico
Evacuação
Triagem
Hospitais
C. Saúde
Água
Alimentos
Abrigos
Alojamento
Vestuário
Meio transporte
Combustível
Viatura/equip. especial
Material Telecom.
Outro
Observações:
Responsável:_______________________________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 290 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Relatório de Situação Imediato
Distrito de Leiria Concelho da Nazaré
Tipo/Natureza da Ocorrência:
Data: ___/___/___ Hora: ____H____
Local: _______________________________________ Freguesia: ___________________________________
Forças Intervenientes
CMN
CBN
EDP
GNR
INEM
PT
_________________
_________________
_________________
________________
________________
________________
Vítimas
Feridos
Feridos graves
Desaparecidos
Desalojados
Evacuados
Mortos
Danos em edifícios
Habitações
Hospital/Saúde
Escolas
Mercados
Bombeiros
Lares
_________________
_________________
_________________
________________
________________
________________
Danos em vias de comunicação
Rodoviária
_______________
Ferroviária
_____________
Marítima
________________
Ponte
__________________
Danos em infra‐estruturas
Rede viária
Rede saneamento
Rede comunicações
Rede eléctrica
Rede gás
Rede águas
Obras de arte
_________________
_________________
________________
________________
________________
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 291 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Necessidades de socorro / assistência requerida
Médico
Evacuação
Triagem
Hospitais
Centro de Saúde
Água
Alimentos
Abrigos
Alojamento
Vestuário
Meio de transporte
Combustível
Viatura / Equipamento Especial
Material de Telecomunicação
Outro ___________________________
Descrição da ocorrência:
Observações:
Área: _______________________________ Responsável: __________________________
Têm origem nas forças ou meios locais de intervenção e/ou no sistema local de Protecção Civil
e destinam‐se aos órgãos ou comandos de coordenação operacional dos escalões superiores
respectivos. São transmitidos pela via de comunicação mais rápida e disponível, atendendo às
circunstâncias, normalmente são verbais. Contudo, independentemente do meio de
comunicação utilizado na sua divulgação, deve existir sempre um documento escrito.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 292 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Relatório de Situação Especial
Distrito de Leiria
Concelho da Nazaré
Tipo/Natureza da Ocorrência:
Data: ___/___/___ Hora: ____H____
Local: _______________________________________ Freguesia: ___________________________________
Vítimas
Feridos
Feridos graves
Desaparecidos
Desalojados
Evacuados
Mortos
Danos em edifícios
Habitações
Hospital/Saúde
Escolas
Mercados
Bombeiros
Lares
_________________
_________________
_________________
________________
________________
________________
Danos em infra‐estruturas
Rede viária
Rede saneamento
Rede comunicações
Rede eléctrica
Rede gás
Rede águas
Obras de arte
_________________
_________________
________________
________________
________________
Danos em vias de comunicação
Rodoviária
_______________
Ferroviária
_____________
Marítima
________________
Ponte
__________________
Disponibilidade de transportes
Comboios Central camionagem Táxis Outros _______________________
Disponibilidade de comunicações
REPC
ROB
SIRESP
Telemóvel/SMS
Telefone/fax
E‐mail/internet
Outros
___________________
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 293 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Necessidades de socorro / assistência requerida
Médico
Evacuação
Triagem
Hospitais
Centro de Saúde
Água
Alimentos
Abrigos
Alojamento
Vestuário
Meio de transporte
Combustível
Viatura / Equipamento Especial
Material de Telecomunicação
Outro ___________________________
Condições de ocorrência:
Observações:
Responsável: _____________________________________________________________________
São elaborados por qualquer meio ou força de intervenção ou do sistema de Protecção Civil, a
solicitação dos escalões superiores e destinam‐se a esclarecer pontos específicos ou sectoriais
da situação.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 294 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Relatório de Situação Final Distrito de Leiria
Concelho da Nazaré
Tipo/Natureza da Ocorrência:
Data: ___/___/___
Hora: ____H____
Local: _______________________________________
Freguesia: __________________________________
Meteorologia
Temperatura Humidade
Relativa Precipitação
Vento
Direcção Velocidade
Forças Intervenientes
CMN
CBN
EDP
GNR
INEM
PT
_________________
_________________
_________________
________________
________________
________________
Vítimas
Feridos
Feridos graves
Desaparecidos
Desalojados
Evacuados
Mortos
Danos em edifícios
Habitações
Hospital/Saúde
Escolas
Mercados
Bombeiros
Lares
_________________
_________________
_________________
________________
________________
________________
Danos em infra‐estruturas
Rede viária
Rede saneamento
Rede comunicações
Rede eléctrica
Rede gás
Rede águas
Obras de arte
_________________
_________________
________________
________________
________________
Danos em vias de comunicação
Rodoviária
_______________
Ferroviária
_____________
Marítima
________________
Ponte
__________________
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 295 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Disponibilidade de transportes
Comboios Central camionagem Táxis Outros _______________________
Disponibilidade de comunicações
REPC
ROB
SIRESP
Telemóvel/SMS
Telefone/fax
E‐mail/internet
Outros
___________________
Necessidade de socorro /assistência requerida
Médico
Evacuação
Triagem
Hospitais
Centro de Saúde
Água
Alimentos
Abrigos
Alojamento
Vestuário
Meio de transporte
Combustível
Viatura / Equipamento Especial
Material de Telecomunicação
Outro ___________________________
Descrição da ocorrência:
Informação/ lição apreendida:
Contributos para futuras revisões do plano:
Área: _______________________________
Responsável: __________________________
São elaborados pelo Director do Plano, inclui uma descrição da situação de emergência
ocorrida e das principais medidas adoptadas. Deve também constatar as principais lições
aprendidas, incluindo os contributos para futuras revisões do plano de emergência. Os
assuntos mais relevantes tratados nos relatórios anteriores devem constar no relatório final.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 296 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Requisição
Distrito de Leiria Concelho da Nazaré
Requisição
Entidade Requisitante: ___________________________________________________________
Requisição: N.º:_______________ Data: ___/___/___ Hora: ____H____
Entidade Proprietária: ___________________________________________________________
Produto / Equipamento / Serviço Quantidade
________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
___________________
___________________
___________________
Destino / Entrega
Local: ______________________________
Freguesia: ______________________________
Descrição do trabalho a executar:
Área: _______________________________
Responsável: ____________________________
Caso se justifique a necessidade de fornecimento de artigos e bens de consumo numa situação
de emergência, é necessário fazer uma requisição às várias entidades.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 297 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
4. Modelos de comunicados Modelo de Comunicado
Distrito de Leiria
Concelho da Nazaré
COMUNICADO N.º
DATA: ____/____/____ HORA:
Ocorrência
Enquadramento espacial e temporal
Causas associada
Efeitos da ocorrência
Meios e recursos intervenientes
Medidas preventivas
Áreas em risco na envolvente
Previsão da evolução da situação
Próximo comunicado
Data: _____/_____/______ Hora: h _ m
Serviço Municipal de Protecção Civil da Nazaré
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 298 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
5. Lista de Controlo de Actualizações do Plano
A lista de controlo de actualizações do plano, tem como objectivo identificar, de forma
expedita para quem a consulta, as alterações que forma introduzidas no plano.
ANO VERSÃO DATA
CONSULTA PÚBLICA (1) Data início consulta
CMPC Data parecer
prévio
ANPC Data parecer
prévio
CNPC Data
aprovação
DIÁRIO DA REPÚBLICA (2) Data publicação
IDENTIFICAÇÃO DA
ALTERAÇÃO
ENTIDADE APROVADORA
2011 2 09/2011 28/06/2011 20/09/2011 14/12/2012 23/01/2013 Resolução n.º19/2013
de 5 de Agosto
2014 3 05/2014 17/06/2014 04/06/2014
(1)Prazo não inferior a 30 dias. (2)O PMEPC entra em vigor no dia útil seguinte à publicação em Diário da República
6. Lista de Registo de Exercícios do Plano
A realização de exercícios tem como finalidade testar a operacionalidade dos planos, manter
a prontidão e assegurar a eficiência de todos os agentes de protecção civil e garantir a
manutenção da eficácia do plano e das organizações intervenientes.
Os exercícios de teste realizados no âmbito do PMEPC encontram‐se enumerados nas tabelas seguintes.
Nº DO EXERCÍCIO
1 1
TIPO DE EXERCÍCIO (CPX/LIVEX) CPX
LivEx
DATA
Abril 2013
Outubro 2013
LOCAL
Centro Escolar da Nazaré Centro Escolar de Valado da Nazaré
AGENTES, ORGANISMOS E ENTIDADES ENVOLVIDAS
Equipa de segurança do centro escolar,
Bombeiros Voluntários da Nazaré, PSP da
Nazaré e Protecção Civil da Nazaré
Equipa de Segurança do Centro Escolar
MEIOS E RECURSOS ENVOLVIDOS
10 Agentes da PSP (5 no corte das vias de
acesso ao Centro e 5 no auxilio da
evacuação para local exterior ao centro);
12 bombeiros, 2 ambulâncias, 1 veículo
de desencarceramento e dois de combate
a incêndios;
Equipa de primeira intervenção do centro escolar no evacuamento do edifício (8
elementos)
Equipa de primeira intervenção do centro escolar no
evacuamento do edifício (8 elementos)
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 299 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
MELHORIAS PROPOSTAS
Alterar‐se o ponto de encontro junto da
portaria destinado às crianças da pré,
passando a existir um único ponto de
encontro do lado direito da portaria.
Criar‐se um ponto de encontro no alçado
posterior junto da saída da piscina. Criar‐
se no exterior, condições em local seguro
para colocar as crianças até a entrega ao
Encarregados de educação.
Efectuar com alguma
regularidade exercícios durante
o ano lectivo
Nº DO EXERCÍCIO
1 1
TIPO DE EXERCÍCIO (CPX/LIVEX) CPX
LivEx
DATA
Dezembro 2013
Novembro 2013
LOCAL
Centro Escolar da Nazaré Centro Escolar da Nazaré
AGENTES, ORGANISMOS E ENTIDADES ENVOLVIDAS
Equipa de Segurança do Centro Escolar,
Bombeiros Voluntários da Nazaré, PSP da
Nazaré e Protecção Civil da Nazaré
Equipa de Segurança do Centro Escolar
MEIOS E RECURSOS ENVOLVIDOS
10 Agentes da PSP (5 no corte das vias de
acesso ao Centro e 5 no auxilio da
evacuação para local exterior ao centro);
12 bombeiros, 2 ambulâncias, 1 veículo
de desencarceramento e dois de combate
a incêndios;
Equipa de primeira intervenção do centro escolar no evacuamento do edifício (8
elementos)
Equipa de primeira intervenção do centro escolar no
evacuamento do edifício (8 elementos)
MELHORIAS PROPOSTAS
Rebaixamento de passeio exterior junto da passadeira e alteração do portão principal de entrada no Centro escolar
Efectuar com alguma
regularidade exercícios durante
o ano letivo
Nº DO EXERCÍCIO
1 1
TIPO DE EXERCÍCIO (CPX/LIVEX) CPX
LivEx
DATA
Abril 2013
Outubro 2013
LOCAL
Centro Escolar de Valado dos Frades Centro Escolar de Valado dos Frades
AGENTES, ORGANISMOS E ENTIDADES ENVOLVIDAS
Equipa de segurança do Centro Escolar,
Bombeiros Voluntários da Nazaré, GNR de
Valado dos Frades e Protecção Civil da
Nazaré
Equipa de Segurança do Centro Escolar
MEIOS E RECURSOS ENVOLVIDOS
5 Agentes da GNR (2 no corte das vias
de acesso ao Centro e 3 no auxilio da
Equipa de primeira intervenção do centro escolar no
evacuamento do edifício (6
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 300 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
evacuação para local exterior ao
centro); 10 bombeiros, 1 ambulâncias,
1 veículo de desencarceramento e dois
de combate a incêndios;
Equipa de primeira intervenção do centro escolar no evacuamento do edifício (6
elementos)
elementos)
MELHORIAS PROPOSTAS
A via que circunda o centro escolar deverá ser de pavimento liso de modo a facilitar a evacuação para o exterior do centro, do ponto de encontro da pré que se encontra no alçado posterior
Efectuar com alguma
regularidade exercícios durante
o ano lectivo
Nº DO EXERCÍCIO
1 1
TIPO DE EXERCÍCIO (CPX/LIVEX) CPX
LivEx
DATA
Dezembro 2013
Novembro 2013
LOCAL
Centro Escolar de Valado dos Frades Centro Escolar de Valado dos Frades
AGENTES, ORGANISMOS E ENTIDADES ENVOLVIDAS
Equipa de segurança do Centro Escolar,
Bombeiros Voluntários da Nazaré, GNR de
Valado dos Frades e Protecção Civil da
Nazaré
Equipa de Segurança do Centro Escolar
MEIOS E RECURSOS ENVOLVIDOS
5 Agentes da GNR (2 no corte das vias
de acesso ao Centro e 3 no auxilio da
evacuação para local exterior ao
centro); 10 bombeiros, 1 ambulâncias,
1 veiculo de desencarceramento e dois
de combate a incêndios;
Equipa de primeira intervenção do centro escolar no evacuamento do edifício (6
elementos)
Equipa de primeira intervenção do centro escolar no
evacuamento do edifício (6 elementos)
MELHORIAS PROPOSTAS
A via de acesso ao centro de sem saída deverá ser cortada ao trânsito tendo só
acesso a veículos prioritários. A longo prazo ser criada uma via
circundante ao centro pelo exterior. O pavimento exterior tipo “floreira” deverá ser substituído por pavimento
“liso”. Enquanto o centro não estiver na sua capacidade máxima as salas a ocupar
serão as do piso 0, os alunos só utilizarão o piso 1 após o
preenchimento das salas do piso 0
Efectuar com alguma
regularidade exercícios durante
o ano letivo
(A informação apresentada é da responsabilidade do técnico autorizado para efectuar projectos de segurança contra incêndios e medidas de auto‐protecção em edifícios e recintos qualificados de 3.ª e 4.ª categoria de risco, do Município da Nazaré (Eng.ª Dina Costa), conforme autorização da ANPC)
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 301 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
7. Lista de Distribuição do Plano A distribuição do PMEPC de Nazaré será assegurada, em formato digital, a diversas entidades.
Lista da Distribuição do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil
Agentes Organismos Versão/Edição Exemplar Data entrega
ANPC 3/2011 1
CDOS de Leiria 3/2011 1
Comandante Operacional Municipal 3/2011 1
Serviços Municipalizados da Nazaré 3/2011 1
Corpo de Bombeiros Voluntários da Nazaré 3/2011 1
PSP da Nazaré 3/2011 1
GNR – Posto Territorial Valado dos Frades 3/2011 1
GNR – Subdestacamento de Controlo Costeiro da Nazaré 3/2011 1
Porto de Abrigo da Nazaré 3/2011 1
Forças Armadas – Escola Sargentos do Exército Caldas Rainha 3/2011 1
Delegado de Saúde Local 3/2011 1
Instituto da Segurança Social, I.P. – Serviço Local da Nazaré 3/2011 1
Presidente da Junta de Freguesia da Nazaré 3/2011 1
Presidente da Junta de Freguesia de Famalicão 3/2011 1
Presidente da Junta de Freguesia de Valado dos Frades 3/2011 1
Confraria Nossa Senhora da Nazaré 3/2011 1
Autoridade Marítima Local ‐ Capitania do Porto da Nazaré 3/2011 1
ICNF 3/2011 1
Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa da Nazaré 3/2011 1
Director do Agrupamento de Escolas da Nazaré 3/2011 1
Águas do Oeste 3/2011 1
Estradas de Portugal 3/2011 1
Auto Estradas do Atlântico 3/2011 1
Auto‐Estradas Litoral Oeste 3/2011 1
EDP 3/2011 1
REFER 3/2011 1
Portugal Telecom 3/2011 1
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 302 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
Lusitânia Gás 3/2011 1
Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e da Nazaré
3/2011 1
Agrupamento de Escuteiros 924 de Famalicão 3/2011 1
Agrupamento de Escuteiros 735 de Valado dos Frades 3/2011 1
Centro Hospitalar de Leiria, EPE 3/2011 1
INEM 3/2011 1
Ministério Público 3/2011 1
Policia Judiciária de Leiria 3/2011 1
Rodoviária do Tejo 3/2011 1
Rádio Nazaré 3/2011 1
Jornal da Nazaré 3/2011 1
Câmara Municipal de Alcobaça 3/2011 1
Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses 3/2011 1
Associação Dadores Benévolos de Sangue Valado Frades 3/2011 1
Ministério da Justiça 3/2011 1
Autoridade Aeronáutica 3/2011 1
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras 3/2011 1
Sempre que exista uma nova versão do PMEPC esta deve ser distribuída, novamente, a todas
as entidades referidas na tabela anterior (actualizando a versão e a data de entrega).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 303 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
8. Legislação
A elaboração deste documento teve como base os seguintes diplomas legais:
Resolução nº 25/2008 – Critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de
planos de emergência de Protecção Civil.
Lei nº 65/2007 ‐ Lei que define o Enquadramento Institucional e Operacional da Protecção
Civil no âmbito municipal, estabelece a organização dos serviços municipais de Protecção Civil
e determina as competências do comandante operacional municipal.
Lei nº 27/2006 – Aprova a Lei de Bases da Protecção Civil.
Decreto‐Lei nº 134/2006 – SIOPS – Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro.
Define o conjunto de estruturas, normas e procedimentos que asseguram todos os agentes de
Protecção Civil, actuam no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem
prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional e visa responder a situações de
eminência ou de ocorrência de acidente grave ou catástrofe.
Directiva Operacional Nacional n.º 1/ANPC/2007 – Declaração da Comissão Nacional de
Protecção Civil n.º 97/2007, de 16 de Maio ‐ Estado de Alerta Especial para o Sistema
Integrado de Operações de Protecção e Socorro.
Decreto‐Lei n.º 380/99 – concretiza o programa de acção legislativa complementar, definindo
o regime de coordenação dos âmbitos nacional, regional e municipal do sistema de gestão
territorial, o regime geral de uso do solo e o regime de elaboração, aprovação, execução e
avaliação dos instrumentos de gestão territorial.
Lei Orgânica 1/2011 ‐ Lei que transfere as competências dos governos civis e dos
governadores civis para outras entidades da Administração Pública em matérias de reserva de
competência legislativa da Assembleia da República.
Decreto‐Lei n.º 114/2011 ‐ Lei que transfere as competências dos governos civis, no âmbito da
competência legislativa do Governo, para outras entidades da Administração Pública,
estabelece as regras e os procedimentos atinentes à liquidação do património dos governos
civis e à definição do regime legal aplicável aos seus funcionários, até à sua extinção.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 304 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
9. Bibliografia
Autoridade Nacional de Protecção Civil (2008). Cadernos Técnicos PROCIV – 3 – Manual de apoio à elaboração e operacionalização de Planos de Emergência de Protecção Civil. Autoridade Nacional de Protecção Civil (2009). Cadernos Técnicos PROCIV – 9 – Guia para a Caracterização de Risco no Âmbito da Elaboração de Planos de Emergência de Protecção Civil.
Autoridade Nacional de Protecção Civil (2009). Cadernos Técnicos PROCIV –11 – Guia para a Elaboração de Planos Prévios de Intervenção – Conceito de Organização.
Autoridade Nacional de Protecção Civil (2009). Guia Metodológico para a Produção de Cartografia Municipal de Risco e para a criação de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de Base Municipal. Censos 2001 e 2011. Directiva Operacional Nacional nº1/ANPC/2007, “Estado de alerta para as organizações integrantes do sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro”. Estudo de Identificação e Caracterização de Riscos do Concelho da Nazaré, 2014. Glossário da Protecção Civil. Plano Director Municipal (PDM) do Município da Nazaré. Plano Especial de Emergência para o Risco Sísmico na Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes. Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Nazaré. Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Nazaré – Versão 2, Edição 2011. Plano Operacional Municipal da Nazaré, 2013.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 305 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
10. Glossário
ACIDENTE ‐ Acontecimento, ou série de acontecimentos com a mesma origem, de que resulta,
ou possa resultar, uma situação de emergência ou que seja susceptível de provocar danos
pessoais, materiais ou ambientais.
ACIDENTE GRAVE ‐ É um acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no
tempo e no espaço, susceptível de atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens ou o
ambiente.
ALARME ‐ Considera‐se o sistema estabelecido, sinal sonoro e/ou visual, para aviso e
informação de ocorrência de uma situação anormal ou de emergência, levado a efeito por
uma pessoa ou por um dispositivo automático para transmissão de informação.
ALERTA ‐ A situação de alerta pode ser declarada quando, face à ocorrência ou iminência de
ocorrência de algum acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adoptar
medidas preventivas e ou medidas especiais de reacção.
AUTO‐PROTECÇÃO ‐ Medidas individuais, familiares ou da comunidade, tendentes a prevenir
ou a minimizar danos humanos, materiais ou ambientais, em caso de desastre.
AVISO ‐ Comunicação feita por qualquer dos órgãos operacionais do sistema de protecção
civil, dirigida à população afectada por uma emergência. Pretende fornecer informação
relacionada com a emergência em causa e sobre as medidas de protecção a tomar.
BRIEFING ‐ Acto de fornecer por antecipação instruções de actuação específica ou informação
útil à actuação dos agentes operacionais envolvidos.
CADEIA DE COMANDO ‐ Sequência de ligações por meio das quais se assegura uma resposta
hierarquicamente adequada, coordenada e tão imediata quanto possível à ocorrência da
situação.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 306 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
CAMINHO DE EVACUAÇÃO ‐ Percurso a utilizar em situação de emergência, a partir de
qualquer ponto de um edifício, até uma saída para o exterior.
CATÁSTROFE ‐ É o acidente grave ou a série de acidentes graves susceptíveis de provocarem
elevados prejuízos materiais e eventualmente vítimas, afectando intensamente as condições
de vida e o tecido socioeconómico em determinadas áreas ou na totalidade do território
nacional.
CENÁRIO ‐ Representação simplificada da realidade com a função de ajudar a compreender os
problemas e a gravidade dos mesmos.
DECLARAÇÃO DA SITUAÇÃO DE CALAMIDADE ‐ O acto de declarar a situação de calamidade
corresponde ao reconhecimento da adopção de medidas adequadas e proporcionais à
necessidade de enfrentar o grau mais elevado de perigo, actual ou potencial.
DECLARAÇÃO DA SITUAÇÃO DE CONTINGÊNCIA ‐ O acto de declarar a situação de
contingência corresponde ao reconhecimento da adopção de medidas adequadas e
proporcionais à necessidade de enfrentar um grau de perigo, actual ou potencial, mais gravoso
que a situação de alerta, mas menos gravoso que a situação de calamidade.
EMERGÊNCIA ‐ Qualquer acontecimento exigindo coordenação acrescida ou resposta para
além da rotina de modo a salvar vidas, proteger a propriedade, proteger a saúde pública e a
segurança, ou diminuir ou evitar a ameaça de um desastre.
EMISSÃO ‐ Libertação para a atmosfera de produtos (sólidos, líquidos ou gasosos), durante as
diferentes fases do processo tecnológico da instalação ou que ocorram na sequência de uma
avaria ou acidente.
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS ‐ Instalações afectas ao exercício da actividade comercial a
que o público tenha acesso especialmente utilizadas para expor e vender mercadorias.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 307 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
EXPLOSÃO ‐ Fenómeno caracterizado por um aumento rápido de pressão. Numa reacção de
combustão, este fenómeno é geralmente associado à existência prévia de uma mistura
combustível (mistura gasosa ou poeiras em suspensão no ar). O confinamento é uma condição
favorável à ocorrência de explosões, embora não seja uma condição necessária, isto é,
podemos ter explosões em espaços não confinados.
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ‐ Iluminação eléctrica que, em caso de falha da iluminação
normal, permite a movimentação/evacuação de pessoas em segurança.
INCIDENTE ‐ Um acontecimento inesperado com potencial para originar danos.
INTERVENÇÃO ‐ Conjunto de acções desenvolvidas para combater um acidente e minimizar as
suas consequências.
INUNDAÇÃO ‐ Alagamento ou submersão pela água.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO ‐ Medidas de segurança tomadas, com a finalidade de diminuir a
probabilidade de ocorrência de acidentes.
MITIGAÇÃO ‐ Medidas estruturais e medidas não estruturais empreendidas antes da
ocorrência de uma ameaça natural, tecnológica ou originada pelo Homem. O objectivo é
limitar (eliminar ou reduzir) o impacto adverso dessa ameaça na sociedade e no ambiente.
OCORRÊNCIA ‐ Evento que requer a intervenção especializada de equipas de socorro em caso
de emergência.
PERIGO ‐ A ameaça de um evento com potencial para constituir um desastre ou uma
catástrofe, o qual pode ser representado por uma probabilidade de ocorrência e magnitude do
fenómeno.
PLANO DE EMERGÊNCIA ‐ Documento que reúne as informações e estabelece os
procedimentos que permitem organizar e empregar os recursos humanos e materiais
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 308 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
disponíveis, em situação de emergência.
PLANTA DE EMERGÊNCIA ‐ Planta simplificada de um determinado sector contendo indicação
de localização dos meios de alarme e de intervenção em caso de acidente, caminhos de
evacuação e saídas de emergência. Estas plantas são acompanhadas de instruções gerais de
actuação em situação de emergência.
PONTO DE REUNIÃO ‐ Local de reunião das pessoas provenientes da área sinistrada. Este
deverá ser suficientemente próximo do local sinistrado, de forma a permitir a deslocação das
pessoas por meios próprios.
PONTO NEVRÁLGICO ‐ Ponto ou local a proteger prioritariamente, em situação de emergência,
por razões económicas, culturais ou sociais ou que, se afectado, pode pôr em causa o
funcionamento duma instalação.
PONTO PERIGOSO ‐ Ponto ou local onde, mercê de circunstâncias várias, a ocorrência de um
acidente apresenta maiores riscos, quer numa perspectiva de probabilidade, quer de
consequências.
POSTO DE TRIAGEM E SOCORRO‐ Locais disponíveis para reunir as eventuais vítimas
provenientes da área sinistrada, onde serão efectuadas as primeiras acções de socorro.
PREVENÇÃO ‐ Conjunto de medidas destinadas a impedir ou evitar que fenómenos naturais,
actividades industriais ou outras desenvolvidas pelo homem, possam provocar catástrofes.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO ‐ Acção de intervenção a efectuar por qualquer pessoa
imediatamente após ter sido dado o alarme, utilizando meios de 1ª intervenção,
nomeadamente extintores portáteis.
RISCO ‐ A possibilidade de ocorrerem perda de vidas humanas, bens ou capacidade produtiva
quando estes elementos são expostos a um evento destrutivo. O nível de risco depende
especialmente da vulnerabilidade dos elementos expostos a um perigo.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 309 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
SIMULACRO ‐ Acto de simular situações reais, em particular situações de emergência, com
vista a melhorar o adestramento do pessoal com funções no Plano de Emergência.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ‐ Conjunto de sinais que se destinam a alertar, de uma forma
rápida e inteligível, para a existência de um risco, condicionar comportamentos e transmitir
informações de segurança.
SISTEMA DE AVISO E ALERTA ‐ Conjunto organizado de recursos humanos e meios técnicos
que tem como funções divulgar os procedimentos a adoptar por uma população face a
situações de perigo e manter informada a população da área eventualmente afectada, da
iminência, ocorrência ou evolução de uma situação de perigo.
SINISTRO ‐ Grande prejuízo ou dano material. Ocorrência de prejuízo, dano ou perda causada
por incêndio, naufrágio ou por outra causa.
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ‐ Situação incontrolada, ou de difícil controlo, que possa originar
danos pessoais, materiais ou ambientais requerendo uma acção imediata para recuperação do
controlo e minimização das suas consequências.
SOCORRO ‐ Assistência e/ou intervenção durante ou depois da catástrofe para fazer face às
primeiras necessidades de sobrevivência e de subsistência. Pode ser de emergência ou de
duração prolongada.
SUBSTÂNCIA PERIGOSA ‐ Qualquer substância que possa originar danos para as pessoas, meio
ambiente, instalações e equipamento.
ZONAS DE APOIO ‐ Definidas na organização das operações em situação de emergência, área
do teatro de operações de emergência, adjacente à Zona de Sinistro, onde se concentram os
riscos e os danos. Em termos de organização de operações é uma zona de acesso
condicionado, onde se concentram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao
suporte dos meios de intervenção ou onde estacionam meios de intervenção para a resposta
imediata à emergência.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 310 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ZONAS DE CONCENTRAÇÃO E RESERVA – Definidas na organização das operações em situação
de emergência, área do teatro de operações de emergência onde se localizam
temporariamente meios e recursos disponíveis sem missão imediata. Mantém o apoio logístico
e assistência pré‐hospitalar e serve as concentrações e trocas de recursos pedidos pelo posto
de comando operacional.
ZONAS DE INTERVENÇÃO – Definidas na organização das operações em situação de
emergência, área do teatro de operações de emergência são áreas circulares, de amplitude
variável e adaptadas às circunstâncias e à configuração do terreno, a qual compreende as
zonas de sinistro, zonas de apoio, zonas de concentração e reserva e zonas de recepção de
reforços. As zonas de sinistro e de apoio são constituídas nas áreas consideradas de maior
perigo.
ZONAS DE RECEPÇÃO DE REFORÇOS – Definidas na organização das operações em situação de
emergência, área do teatro de operações de emergência que serve o controlo e apoio
logístico, sob a responsabilidade do centro de coordenação de operações distrital (CCOD) da
área onde se desenvolve o sinistro.
ZONAS DE SINISTRO – Definidas na organização das operações em situação de emergência,
área do teatro de operações de emergência dentro da zona de intervenção Na zona de sinistro
centra‐se a ocorrência. Esta zona tem acesso restrito e está apetrechada exclusivamente dos
meios necessários à intervenção directa, sob a responsabilidade exclusiva do posto de
comando operacional.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 311 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
12. Siglas e Acrónimos
ACES – Agrupamento de Centros de Saúde
AHBV – Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários
ANPC – Autoridade Nacional de Protecção Civil
APC – Agentes de Protecção Civil
ARS – Administração Regional de Saúde
BVN – Bombeiros Voluntários da Nazaré
CB – Corpo de Bombeiros
CCB – Comandante Corpo Bombeiros
CCOD ‐ Centro de Coordenação de Operações Distrital
CDOS ‐ Comando Distrital de Operações de Socorro
CDPC – Comissão Distrital de Protecção Civil
CMDF – Comissão Municipal de Defesa da Floresta
CMPC – Comissão Municipal de Protecção Civil
CNE – Corpo Nacional de Escutas
CNOS – Comando Nacional de Operações de Socorro
CNPC – Comissão Nacional de Protecção Civil
CODIS – Comandante Operacional Distrital
COM – Comandante Operacional Municipal
CONAC – Comandante Operacional Nacional
COS – Comandante das Operações de Socorro
CPX ‐ Exercício de postos de comando (em inglês: Comand Post Exercise)
CVP – Cruz Vermelha Portuguesa
DCPT ‐ Departamento Central de Polícia Técnica
DL – Decreto‐Lei
EA – Estruturas Autárquicas
EDP – Energias de Portugal
FA – Forças Armadas
FS – Forças de Segurança
GI – Gabinete de Imprensa
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 312 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
GIPS – Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR
GNR – Guarda Nacional Republicana
GTF – Gabinete Técnico Florestal
ICNF ‐ Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
IGEO – Instituto Geográfico Português
INEM ‐ Instituto Nacional de Emergência Médica
LivEx ‐ Exercício de ordem operacional (em inglês: Live Exercise)
LPC ‐ Laboratório de Polícia Científica
MAI – Ministério da Administração Interna
MP – Ministério Público
NecPro – Necrotérios Provisórios
NUT ‐ Nomenclatura de Unidade Territorial
OCS – Órgãos de Comunicação Social
OEA – Organismos e Entidades de Apoio
PCO – Posto de Comando Operacional
PJ – Polícia Judiciária
PMEPC – Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil
POSIT – Ponto de Situação
PSP – Polícia de Segurança Pública
REFER – Rede Ferroviária Nacional
SALOP – Sala de Operações
SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
SEPNA/GNR – Equipa de Protecção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional Republicana
SIOPS – Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro
SIRESP – Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal
SMPC – Serviço Municipal de Protecção Civil
SMS ‐ Serviço de mensagens curtas via telemóvel (em inglês: Short Message Service)
SS – Segurança Social
TO – Teatro de Operações
ZCI ‐ Zonas de Concentração e Irradiação
ZRnM – Zonas de Reunião de Mortos
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE NAZARÉ Página 313 de 313
Versão 3 Edição 2011
Exemplar 1
ZA – Zonas de Apoio
ZAMA – Zonas de Aterragem do Meio Aéreo
ZC ‐ Zonas de Concentração
ZCAP – Zonas de Concentração e Apoio à População
ZCI – Zonas de Concentração e Irradiação
ZCR – Zona de Concentração e Reserva
ZI – Zona de Intervenção
ZRM – Zonas de Reunião de Mortos
ZRR – Zona de Recepção de Reforços
ZT – Zonas de Transição
Nota:
Não foi adoptado o novo acordo ortográfico na revisão do documento.