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MULHERES NA AVIAÇÃO

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MULHERESNA AVIAÇÃO

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Histórias de mulheres pioneiras e con-temporâneas que desafiaram todas as barreiras sociais e da gravidade com o objetivo de realizar seus sonhos.

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S O B R E O I N S T I T U T O E M B R A E RO Instituto Embraer de Educação e Pesquisa foi criado em 2001, com o objetivo de investir o capital social privado da Embraer em programas voltados para educação. As iniciativas têm como base 3 frentes de atuação: educação, engajamento com a socie-dade e preservação da memória.

O Instituto desenvolve a maioria de seus programas nas regiões em que a Embraer está presente: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

As iniciativas são conduzidas de forma alinhada ao poder público, parceiros locais e empregados voluntários engajados. Há ainda crescente participação das comunidades locais na definição de prioridades estratégicas, por meio de consultas públicas e pes-quisas de opinião.

O Instituto é regido por um estatuto social que prevê transparência e responsabilidade em sua atuação, assim como regulamenta as atribuições de seus Conselhos Deliberati-vo, Fiscal e da Diretoria Executiva.

S O B R E O C E N T R O H I S T Ó R I C O E M B R A E RO Centro Histórico Embraer é um dos programas do Instituto Embraer. Ele resgata, preserva e difunde a memória da Embraer e da indústria aeronáutica brasileira que, por sua singularidade e importância, despertam a curiosidade e o interesse de estudiosos de dentro e de fora do País.

Saiba mais sobre o Centro Histórico Embraer no www.centrohistoricoembraer.com.br

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Representantes da Organização das Na-ções Unidas (ONU) e chefes de Estado de todo o mundo elencaram, em 2015,

os 17 Objetivos de Desenvolvimento Susten-tável (ODS) que nortearão a agenda global até 2030.

A criação dos ODS visa a coordenar ações mundiais – com o apoio de governos, empre-sas, academia e sociedade civil – para a pro-moção da vida digna para todos.

Beatriz Carneiro - Secretária Executiva da Rede Brasil do Pacto Global - falou sobre os Princípios do Empoderamento da Mulher, ini-ciativa em parceria com a ONU Mulheres, que busca fomentar na comunidade empresarial práticas que visem à equidade de gênero:

“Os Princípios do Empoderamento das Mulheres (EPS) são uma iniciativa do Pacto Global das Nações Unidas em conjunto com a ONU Mulheres, no sentido de fomentar e engajar as em-presas para trabalhar a inclusão de gênero e aumentar a participação das mulheres nas empresas.

Esta participação deve ser aumentada tanto dentro do tecido econômico de todos os tipos de empresas e indús-trias, como dentro da própria compa-nhia – para que essas mulheres ocu-pem diversos cargos da companhia,

inclusive cargos de gestão e conselhos administrativos.A igualdade de oportunidades é boa para os negócios. Quando há uma di-versidade dentro das empresas, há maiores chances de buscar novas so-luções e trazer produtos e soluções inovadoras para sociedade que está em constante transformação.

Mas essa tarefa não simples. É preci-so que as empresas adotem políticas e ações afirmativas que incentivem as mulheres a buscar posições de lide-rança nas empresas. Especialmente no setor de ciência e tecnologia as mulhe-res são bastante subrepresentadas e isso se deve muito ao preconceito in-consciente no momento das contrata-ções, bem como a falta de incentivo ou atratividade de estudantes para essas áreas.

A questão do empoderamento femini-no é bastante atual e alinhada com a Agenda 2030 da ONU e com os Obje-tivos do Desenvolvimento Sustentável - e as empresas têm um papel funda-mental em promover a inclusão, o em-poderamento feminino e a igualdade de gênero.”

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. (Fonte: reprodução)

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Alberto Santos Dumont concretizou esse desejo em Paris, no ano de 1906 e, pe-rante mais de mil espectadores, pilotou

o 14-Bis – primeira aeronave mais pesada que o ar a decolar por seus próprios meios.

A partir do feito histórico do brasileiro, diver-sas iniciativas experimentais surgiram no cam-po aeronáutico. Em 1910, por exemplo, Deme-tre Sensaud de Lavaud projetou e construiu um avião pela primeira vez no Brasil, o mono-plano São Paulo.A incipiente aviação comercial e os aeroclubes propagados pelo país incentivaram diversos entusiastas a voar, engajando um público cres-cente. A produção industrial e a aviação nas Forças Armadas estabeleceram-se somente em meados de 1930, mas as duas primeiras décadas do século XX foram efervescentes.A atuação feminina no setor aeronáutico teve início nos anos 20 diante de cenário pouco convidativo: no campo social as mulheres lu-tavam para conquistar a igualdade de direitos políticos e civis, ao passo que o setor aero-náutico era ainda uma exclusividade masculi-na.

“O direito ao voto feminino foi estabe-lecido somente em 1932, pelo decreto 21.076 do Código Eleitoral Provisório, após intensa campanha nacional.”

A determinação de quatro mulheres foi es-sencial para superar o desafiador contexto da época. Entre 1920-30, Thereza, Anésia, Ada e Joana alcançaram o fascinante sonho de voar.

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Nascida em São Paulo (SP), em 6 de agosto de 1903, foi a primeira brasileira a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Antes de voar, no entanto, superou dificuldades em terra.

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Apaixonada por aviação, foi repreendida pela família quando relatou o desejo de pilotar. Determinada, percorreu a pé a cidade de São Paulo até o Aeródromo Brasil,onde os pilotos italianos - João e Enrico Robba - ministravam aulas de voo. Sem o apoio familiar, conseguiu matricular-se no curso rifando uma vitrola.Iniciou as aulas em março de 1921, contan-do com as instruções dos irmãos Robba e do piloto alemão Fritz Roesler. Durante um ano, à frente de um avião Caudron G-3, realizou o seu sonho.

Pilotou sozinha pela primeira vez em março de 1922 e, algumas semanas depois, no dia 8 de abril, habilitou-se perante banca do Aeroclube Brasil, recebendo o brevê nº 76 da Fédéra-tion Aéronautique Internationale. No mesmo ano, efetuou o primeiro reide para a cidade de Santos (SP) e criou as chamadas Tardes de aviação, nas quais realizava voos panorâmicos com passageiros.

“Em 1922 foi criada a Federação Brasi-leira pelo Progresso Feminino, iniciati-va da feminista Bertha Lutz.”

Em 1926 se casou com o instrutor Fritz Ro-esler. Embora inicialmente compartilhassem a paixão pela aviação, Roesler proibiu que The-reza voasse após o casamento. A aviadora nu-tria esperanças de voltar a voar, mas encerrou a carreira de piloto precocemente. Apesar dis-so, totalizou mais de 300 horas de voo, numa trajetória coroada de êxito e pioneirismo.

“O código civil de 1916 previa que a mulher casada necessitava de autori-zação do marido para exercer ativida-des diversas. Somente em 1962 com a lei 4,121 ocorreu a emancipação femi-nina.”

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É considerada a segunda mulher a receber o brevê de piloto no Brasil – apenas um dia após a conquista de Thereza, mas seus feitos foram de longo alcance.

Nascida em 5 de junho 1904, em Itapetininga, interior paulista, ingressou no setor aeronáuti-co aos 17 anos, quando começou seu treina-mento pilotando aeronaves.

Após a conquista do brevê em 1922, passou a voar com o transporte de passageiros. No mesmo ano, concretizou voo histórico entre as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, com-pondo as comemorações do centenário da independência brasileira. Foi a primeira mulher a realizar um voo interestadual no país.

“Se hoje essa rota leva cerca de 40 mi-nutos, na ocasião Anésia levou 4 dias. Voava uma hora e meia diária, visto as rotinas de abastecimento e manuten-ção da aeronave.”

O feito gerou grande visibilidade, incluindo comprimentos de Alberto Santos Dumont. Na

mesma época, Anésia havia participado do I Congresso Feminista Internacional como de-legada da Liga Paulista pelo Progresso Femi-nino. Assim, o voo pioneiro em uma data co-memorativa nacional representou importante bandeira para o movimento feminista dos anos 1920.

Anésia também foi uma pioneira política. Ainda muito jovem participou da chamada Revolução de 1924, quando foi presa e mais tarde liber-tada pelos revolucionários. Entre outras mis-sões, sobrevoou o navio Minas Gerais, jogan-do flores e um bilhete dizendo “E se fosse uma bomba?”. Por conta disso, ficou proibida de voar até o ano de 1939 – quando retomou suas atividades.

Em 1940, recebeu a licença nº 271 do Depar-tamento de Aviação Civil (DAC) para piloto pri-vado. Também conquistou a autorização para voar em aeronave comercial. Logo em seguida, foi habilitada como instrutora de voo, piloto de voo por instrumentos e, nos Estados Unidos,

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instrutora de Link Trainer.

Em 1951, realizou novo feito histórico: com um monomotor voou de Nova York para o Rio de Janeiro. No mesmo mês, atravessou a Cordi-lheira dos Andes na América Latina.

Em 1954, foi reconhecida pela Federação Ae-ronáutica Internacional (FAI), na Conferência de Istambul, como Decana Mundial da Aviação Feminina, por ser a detentora do brevê mais antigo do mundo ainda em atividade de voo.

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Ada Rogato é detentora de alguns títulos: foi a primeira mulher brasileira a obter licença como paraquedista, a primeira piloto habilitada de planadores e a terceira a receber um brevê ae-ronáutico, em 1935. Também se tornou conhe-cida pelas acrobacias aéreas e como pioneira na aviação agrícola. A partir daí seus feitos só cresceram.

Nascida em São Paulo, no dia 22 de dezem-bro de 1920, a filha de imigrantes italianos começou a vida profissional como funcionária pública, mas não tardou a ingressar no setor aeronáutico. Após a conquista das habilitações necessárias, Ada – que sempre pilotava sozi-nha -, alçou voos ainda mais altos.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial,

realizou de maneira voluntária mais de 200 voos de patrulhamento no litoral paulista. Al-guns anos depois, em 1950 atravessou os An-des por onze vezes. Feito inédito até então.No ano seguinte, voou mais de 50 mil quilôme-tros pelas Américas, chegando até o Alasca, EUA. Utilizou na empreitada um pequeno mo-nomotor Cessna 140, batizado de “Brasil”.

Também conquistou recorde na Bolívia ao pou-sar no aeroporto de La Paz – então o mais alto

do mundo – com um avião de baixa potência, somente 90 HP. Foi ainda pioneira ao cruzar sozinha a região amazônica, em uma aeronave sem rádio, guiando-se apenas com uma bús-sola.

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Além de destacar-se como piloto e paraque-dista, Ada Rogato também se dedicou à pre-servação da história aeronáutica do Brasil. Atuou como redatora em revista especializada, foi Presidente da Fundação Santos Dumont e Diretora do Museu da Aeronáutica.

Foi a primeira mulher a receber a Comenda Nacional de Mérito Aeronáutico e o título da Força Aérea Brasileira de Piloto Honoris Cau-sa.

J o a n a M a r t i n s C ast i lho D ’ A l e s s a n d r o

Diferente de outras pioneiras, Joana Castilho teve grande incentivo familiar para ingressar na aviação. Nascida em São Paulo, em 10 de novembro de 1924, adotou logo cedo o muni-cípio de Taubaté (SP), onde voou pela primeira vez aos treze anos.

Joaninha - como ficou conhecida - é consi-derada a aviadora acrobata mais jovem do mundo. O fato é listado no Guiness Book e faz menção ao voo acrobático que realizou aos 14 anos. Dois anos depois, em 1940, também ganhou campeonato de acrobacia.

O talento e pioneirismo de Joana ganharam destaque entre autoridades políticas e na im-prensa. Assis Chateaubriand – grande empre-sário das comunicações – destacou os feitos da piloto em uma série de reportagens nos Diários Associados. Mesmo o Presidente da República, Getúlio Vargas, salientou publica-mente a importância de Joana para a aviação.Foi sua família, no entanto, que permaneceu subsidiando suas atividades aeronáuticas.

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Joaninha e seus pais acreditavam que seu exemplo encorajaria outras jovens mulheres a ingressar no setor - e estavam certos. Até hoje a aviadora é lembrada pela sua destreza como piloto e paraquedista, sendo considerada uma referência no setor, tendo recebido inúmeras homenagens e se tornando de fato uma inspi-ração para mulheres na aviação do Brasil.

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As pioneiras abriram caminho para que ou-tras mulheres desbravassem não só os céus – mas todo um campo profissional. Lucy Lupia é um exemplo. Carioca de Grajaú, iniciou sua trajetória na aviação em 1967 voando em um pequeno aeroclube. Atuou profissionalmente como co-piloto, piloto e, na década de 1970, realizou treinamento oferecido pela Embraer para pilotar a aeronave comercial EMB 110 Bandeirante. Além do turboélice, voou mais de 30 diferentes monotores e bimotores. Até os dias atuais é considerada uma precursora na aviação comercial brasileira.

As mulheres também ingressaram na Força Aérea Brasileira (FAB) a partir de 1982 e, des-de então, ocupam cargos e postos em áreas diversas. A primeira turma de oficiais-voadoras foi formada em 2006, ajudando a incrementar o número de mais de onze mil mulheres no efetivo da FAB nos dias de hoje.

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Desafios ainda se apresentam às mulheres no setor aeroespacial como um todo nos dias atu-ais. Entretanto, elas têm ocupado espaço cres-cente e hoje são milhares nos setores de avia-ção e tecnologia – graças também a um longo passado de realizações de muitas brasileiras que, desde o início do século XX, se lançaram à verdadeira aventura de voar.

Camila LapaCapitão da Força Aérea Brasileira

“Diferente da maioria das meninas eu nunca quis ser médica, professora ou bailaria. Sempre almejei ser engenhei-ra, arquiteta ou bombeira.

Como ainda não é muito comum mu-lheres nas Forças Armadas as pessoas costumam perguntar se eu venho de uma família de tradição militar e, na verdade, não. Quem começou a tradi-ção militar na minha família foi minha irmã mais velha - eu nunca tinha pen-sado em ser militar, mas achava curio-so o fato dela ser militar.

A partir disso, prestei o concurso, pas-sei e, desde então, acredito que foi uma escolha acertada. Estou muito sa-tisfeita e feliz com minha escolha pro-fissional e não pensaria em conseguir fazer outra coisa tão bem.

A instituição militar é pautada em dois pilares muito fortes: a hierarquia e a disciplina, com regras muito bem de-finidas. Então, o respeito se deve ao posto, à graduação, à formação e não por você ser homem ou mulher. Da minha parte nunca senti dificuldades em colocar meus conhecimentos, em dar minha contribuição técnica, em me fazer ouvir.

O fato de ainda não sermos maioria ou de ainda não sermos em grande nú-mero na área de tecnologia, não quer dizer que a nossa presença e a nossa participação não seja expressiva -ou que não possa ser ainda mais expres-siva.Sob meu comando, hoje, estão cerca

de quarenta pessoas e eu encarei real-mente como um desafio. Você ter seu conhecimento como uma ferramenta de contribuição, o seu trabalho, sua força de trabalho como parte disso... não deixa de ser um motivo de orgu-lho.”

Fabiana LeschzinerVice Presidente Executiva Jurídica e Complian-ce da Embraer

“Tenho uma experiência de 14 anos de uma empresa de inovação e tecnolo-gia, assim como a Embraer, só que do setor químico. Era uma empresa ino-vadora na qual a cultura era bastante sustentável e envolvia muito as mulhe-res na liderança.

Eu espero poder trazer um pouco des-sa experiência à Embraer e eu acho que a Embraer está caminhando para um futuro bem sustentável no qual a mulher é tratada com igualdade e tem uma perspectiva de carreira, de evolu-ção e de liderança.

Acho, também, que mulher na lideran-ça é uma característica das empresas inovadoras, das empresas sustentá-veis. As mulheres são agregadoras e são tão competentes quanto os ho-mens.

Outro motivo de orgulho para mim é saber que a Embraer é signatária do Pacto Global da ONU - que envolve várias áreas, desde Compliance, áreas de ética nos negócios, a políticas de meio ambiente. Também cito a área de inclusão e diversidade e de fomentar a evolução de carreira das mulheres em posição de liderança dentro da compa-nhia.

Estou muito feliz de poder fazer parte dessa evolução.”

Danielle da SilvaTécnica de equipagem de junção de asa da Embraer

“Comecei minha carreira na Embra-er na função de Menor Aprendiz e foi onde despertou o sonho e a vontade

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de trabalhar com aviões.

Eu participei do processo seletivo para vir trabalhar no projeto do E2 e conse-gui, já estou trabalhando no projeto há um ano e dois meses e faço a equipa-gem elétrica na parte da asa.

para quem tem um sonho e o desejo de entrar para área de aviação, nós temos desenvolvido um trabalho muito bom.

As mulheres têm ganhado seu espaço com um trabalho diferenciado e deta-lhista. Tem sido muito legal participar disso!”

Priscila OliveiraEngenheira de estratégia e planejamento da Embraer

‘’Trabalho hoje na área de Estratégica e Planejamento de Engenharia na Em-braer, mas, tudo começou aos 14 anos, quando minha mãe ficou sabendo de um curso técnico e perguntou se eu gostaria de fazê-lo.

Ao prestar vestibular, minha colocação foi suficiente para cursar Mecânica - o que me deixou, inicialmente, um tanto preocupada ‘uma mulher na engenha-ria mecânica? ’. Mas, mesmo assim fiz minha matrícula.

Minha turma do Técnico foi a turma com mais mulheres: éramos em quatro. E depois que terminei o Técnico, fui fazer Engenharia.

Eu gostaria de falar que se vocês, mulheres, têm vontade de fazer en-genharia não desista, faça! Se for seu objetivo não se importe com ‘isso é coisa de homem’. A mulher tem tantas qualidades quanto um homem para ser engenheira - basta se empenhar, correr atrás e estudar que ela conseguirá ser até melhor que um homem.

Hoje nós temos mulheres na engenha-ria e temos até liderança mulher dentro da engenharia, então isso é possível.’’

E D I T O R I A LPRODUÇÃO DE TEXTO E DESIGN GRÁFICOKaique de Melo Alencar ToledoRafael Costa MachadoThais Marcondes MarconVictoria Regina de Freitas Gomes

REVISÃO DE CONTEÚDOAndre Luiz Ribeiro TachardMariana Luz

DIREITOS RESERVADOS:Instituto EmbraerAv. Pres. Juscelino Kubitschek, 1909 - torre norte 14 andarVila Olimpia, São Paulo - SP 03178-200www.institutoembraer.org.brfaleconosco@institutoembraer.org.br

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