Mulheres com cancro da mama O caminho para a prevenção e cura

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1 Projecto Final. Nível III, Formação Dinâmica em Astrologia CEIA – Dora Colaço Mulheres com cancro da mama O caminho para a prevenção e cura Projecto de Investigação no âmbito do Nível 3 da formação Dinâmica em Astrologia do CEIA por Dora Colaço Novembro de 2010 O que é o Cancro da Mama O Cancro da Mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. Um tumor maligno consiste num grupo de células alteradas (neoplásicas) que pode invadir os tecidos vizinhos e disseminarse (metastizar) para outros órgãos do corpo. É mais frequente nas mulheres mas pode atingir também os homens. Algumas vezes, no entanto, as células perdem a capacidade de limitar e comandar o seu próprio crescimento passando a dividirse e multiplicarse muito rapidamente e de maneira aleatória. Como consequência dessa disfunção celular, isto é, desse processo de multiplicação e crescimento desordenado das células, ocorre um desequilíbrio na formação dos tecidos do corpo, no referido local, formando o que se conhece como tumor. O cancro da mama, muitas vezes, apresentase como uma massa dura e irregular que, quando palpada, se diferencia do resto da mama pela sua consistência. Tipos de Cancro da Mama É importante conhecer alguns dos termos utilizados para descrever os cancros da mama, porque o tratamento e prognóstico variam de doente para doente e em função do tipo de tumor. Adenocarcinoma: quase todos os tumores malignos da mama têm origem nos ductos ou nos lóbulos da mama, que são tecidos glandulares. Os dois tipos mais frequentes são o carcinoma ductal eo carcinoma lobular. In situ: este termo define o cancro da mama precoce, quando se encontra limitado aos ductos (carcinoma ductal in situ) ou lóbulos (carcinoma lobular in situ), sem invasão dos tecidos mamários vizinhos ou de outros órgãos. Nomeadamente Carcinoma ductal invasor (CDI): este é o cancro invasor da mama mais frequente. Tem origem nos ductos e invade os tecidos vizinhos. Nesta fase pode disseminarse através dos vasos

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1    Projecto  Final.  Nível  III,  Formação  Dinâmica  em  Astrologia  CEIA  –  Dora  Colaço  

Mulheres  com  cancro  da  mama  

O  caminho  para  a  prevenção  e  cura  

 Projecto  de  Investigação  no  âmbito  do  Nível  3  da  formação  Dinâmica  em  Astrologia  do  CEIA  

por  Dora  Colaço  

Novembro  de  2010    

 O  que  é  o  Cancro  da  Mama     O  Cancro  da  Mama  é  um  tumor  maligno  que  se  desenvolve  nas  células  do  tecido  mamário.    

Um  tumor  maligno  consiste  num  grupo  de  células  alteradas  (neoplásicas)  que  pode  invadir  os  tecidos   vizinhos  e  disseminar-­‐se   (metastizar)   para  outros  órgãos  do   corpo.   É  mais   frequente  nas  mulheres  mas  pode  atingir  também  os  homens.  

Algumas   vezes,   no   entanto,   as   células   perdem   a   capacidade   de   limitar   e   comandar   o   seu  próprio   crescimento   passando   a   dividir-­‐se   e  multiplicar-­‐se  muito   rapidamente   e   de  maneira  aleatória.  Como  consequência  dessa  disfunção  celular,  isto  é,  desse  processo  de  multiplicação  e  crescimento  desordenado  das  células,  ocorre  um  desequilíbrio  na  formação  dos  tecidos  do  corpo,  no  referido  local,  formando  o  que  se  conhece  como  tumor.      O  cancro  da  mama,  muitas  vezes,  apresenta-­‐se  como  uma  massa  dura  e  irregular  que,  quando  palpada,  se  diferencia  do  resto  da  mama  pela  sua  consistência.  

Tipos  de  Cancro  da  Mama    É   importante   conhecer   alguns   dos   termos   utilizados   para   descrever   os   cancros   da   mama,  porque   o   tratamento   e   prognóstico   variam   de   doente   para   doente   e   em   função   do   tipo   de  tumor.    

Adenocarcinoma:  quase  todos  os  tumores  malignos  da  mama  têm  origem  nos  ductos  ou  nos  lóbulos  da  mama,  que  são  tecidos  glandulares.  Os  dois  tipos  mais  frequentes  são  o  carcinoma  ductal  e  o  carcinoma  lobular.    

In  situ:  este  termo  define  o  cancro  da  mama  precoce,  quando  se  encontra  limitado  aos  ductos  (carcinoma   ductal   in   situ)   ou   lóbulos   (carcinoma   lobular   in   situ),   sem   invasão   dos   tecidos  mamários  vizinhos  ou  de  outros  órgãos.  Nomeadamente      

Carcinoma  ductal  invasor  (CDI):  este  é  o  cancro  invasor  da  mama  mais  frequente.  Tem  origem  nos   ductos   e   invade   os   tecidos   vizinhos.   Nesta   fase   pode   disseminar-­‐se   através   dos   vasos  

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linfáticos  ou  do  sangue,  atingindo  outros  órgãos.  Cerca  de  80%  dos  cancros  da  mama  invasores  são  carcinomas  ductais.    

Carcinoma   lobular   invasor   (CLI):   tem  origem  nas   unidades   produtoras   de   leite,   ou   seja,   nos  lóbulos.   À   semelhança   do   CDI   pode   disseminar-­‐se   (metastizar)   para   outras   partes   do   corpo.  Cerca  de  10%  dos  cancros  da  mama  invasores  são  carcinomas  lobulares.    

Carcinoma   inflamatório   da   mama:   este   é   um   cancro   agressivo   menos   frequente,  correspondendo  a  cerca  de  1%  a  3%  de  todos  os  cancros  da  mama.    

Outros  tipos  mais  raros  de  cancro  da  mama  são  o  Carcinoma  Medular,  o  Carcinoma  Mucinoso,  o   Carcinoma   Tubular   e   o   Tumor   Filoide   Maligno,   entre   outros.   http://www.arsalgarve.min-­‐saude.pt/docs/cancro_da_mama.pdf    

 

O  porquê  da  escolha  deste  tema:  

A   26   de   Outubro   de   2009   foi-­‐me   diagnosticado   um   carcinoma   ductal   invasivo   na   mama  esquerda.    

Semanas  antes  tinha  tido  dois  pesadelos  em  que  me  encontrava  num  pânico  pavoroso  por  me  terem  diagnosticado  um  cancro  na  mama,  assim  resolvi  repetir  todos  os  exames  (mamografia  e  ecografia)  que  tinha  feito  meses  antes,  quando  senti  um  nódulo  na  mama.  

Pois  é,  e  agora  na  vida  real  estava  perante  o  médico  que,  com  as  suas  melhores  palavras,  me  informava  que  tinha  CANCRO…  e  que  o  mais  sensato  seria  tirar  o  mais  rápido  possível  as  duas  mamas  e  que  iria  passar  por  tratamentos  de  quimioterapia  e  radioterapia  dos  mais  agressivos  por  ser  considerada  ainda  muito  nova  (35  anos).    

E   assim   começa   a  minha   história   igual   a   tantas   outras  mulheres   que   se   deparam   com   esta  enorme  batalha  de…  consciencialização.  

Mas  se  é  para  enfrentar,  aqui  vamos  nós…  

Claro  que,  por   ser  uma  doença  que  poderia   colocar  em  causa  a  minha  própria  vida,  não  me  entreguei  de  imediato  aos  médicos  e  aproveitei  o  longo  período  de  diagnóstico,  uma  vez  que  as   coisas   se   mostraram   mais   complicadas   que   o   normal,   para   investigar   e   medir   todos   os  riscos.  

No   final   do   estadiamento   (exames   de   diagnóstico   realizados   antes   das   operações)   já   existia  uma  grande  possibilidade  de  também  ter  cancro  na  outra  mama,  o  que  mais   tarde  se  veio  a  confirmar.  

No   meio   deste   turbilhão   de   informação   algo   me   incomodava   seriamente…   É   que   sem  quaisquer   antecedentes   familiares,   ou   seja,   a   doença   não   tinha   como   causa   uma   herança  genética,  ninguém  me  sabia  dizer  concretamente  qual  a  sua  causa.    

Sem  ter  uma  causa  concreta  para  a  doença  o  que  é  que  eu  iria  evitar  fazer,  comer,  sei  lá,  para  não  voltar  a   sofrer  dela?  No   fundo,  na  medicina  convencional   todos  os   tratamentos   incidem  sobre  os   sintomas,   e   depois   fica-­‐se  na   esperança  que  não   voltem  a   aparecer.   Como  evitaria  uma  recidiva?  

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Foi   então   que   resolvi   fazer   a   pergunta   ao   cirurgião   que   me   operou,   que   tem   40   anos   de  experiência  neste   tipo  de  patologia,   e  a   sua   resposta   foi  muito   simples:  90%  dos   cancros  da  mama  tem  como  causa  o  estilo  de  vida  da  mulher…  

Já   na   altura   a   ser   seguida   por   um   naturopata   com   bastante   experiência   no   tratamento   do  cancro   e   que   até   hoje  me   acompanha,   e   sob   o   seu   aconselhamento   decidi   alterar   a  minha  alimentação,   praticar   mais   exercício   físico   e   deixar   de   concentrar   o   meu   pensamento   na  doença  vivendo  cada  dia  o  melhor  possível.  No  fundo  mudar  o  meu  estilo  de  vida.  

Todavia,  pensando  bem,  o  meu  estilo  de  vida  até  então  não  era  assim  tão  desregrado,  sempre  pratiquei   desporto,   até   fui   atleta   de   competição,   tive   sempre   cuidado   com   a   minha  alimentação  (com  excepção  dos  últimos  anos  depois  do  nascimento  das  minhas  filhas,  a  falta  de   tempo   não   ajudou),   e   nunca   estive   exposta,   que   eu   saiba,   a   agentes   ambientais  contaminantes   e   cancerígenos   mais   que   as   restantes   pessoas   que   conhecia.   Achei   que   era  preciso  haver  mais  qualquer  coisa  para  justificar  a  minha  doença.  

Desde   o   diagnóstico   que   nunca   esquecera   estas   duas   frases   que   ouvi   de   pessoas   que   me  conheciam  muito  bem:    

“-­‐  Como  é  que  é  possível  teres  cancro  se  és  uma  pessoa  tão  boazinha?”  (frase  da  Sílvia,  amiga)  

“-­‐  Tu  guardas  muito  as  tuas  emoções  para  dentro,  não  é?”  (frase  do  meu  pai)  

Depois  de  ler  os  livros:  

-­‐  Cure-­‐se,  você  é  o  seu  próprio  remédio  de  Lauro  Trevisan  (aconselhada  pelo  naturopata)  

-­‐  Anti-­‐cancro,  um  novo  estilo  de  vida  de  David  Servan-­‐Schreiber  

Comecei   a   perceber   que   a   minha   personalidade,   a   forma   como   reagia   aos   problemas   e   ao  stress  no  dia-­‐a-­‐dia  me  poderia  predispor  a  sofrer  deste  tipo  de  doença.  

Neste   projecto   de   investigação   pretendo   identificar,   através   de   uma   análise   astrológica   de  mapas   de   mulheres   com   cancro   da   mama,   traços   comuns   nas   suas   personalidades   que  poderão  estar  na  origem  da  sua  predisposição  a  esta  doença.  

Ao   identificar  personalidades   tipo,  utilizar  esta   informação  para  desenvolver  mais  uma  arma  no  combate  à  doença  através  da  consciencialização  e  a  alteração  de  pensamentos,  atitudes  e  formas  de  encarar  a  própria  vida  e  os  seus  desafios.  

 

Interpretação   astrológica   de  mapas   natais   de  mulheres   com   cancro   da  mama:  

Foi  analisada  uma  amostra  com  12  mapas  de  mulheres  com  cancro  da  mama,  nascidas  entre  1954  e  1979  (ver  anexos),  escolhidos  aleatoriamente  cujos  dados  foram  fornecidos  por  amigos  e  conhecidos.  

No   Quadro   1   indicado   abaixo   pretende-­‐se   identificar   o   elemento,  modo   e   signo   dominante  presente  em  cada  planeta  pessoal  e  ascendente.  

 

 

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Signos  dos  planetas  pessoais  Sol   Lua   Mercúrio   Vénus   Marte   Júpiter   Saturno  

Mapas  (grau  de  exactidão  da  hora  de  nascimento)  

ASC  q r s t u v w

1  (A)                  

2  (AA)                  

3  (AA)                  

4  (AA)                  

5  (AA)                  

6  (A)                  

7  (A)                  

8  (AA)                  

9  (A)                  

10  (A)                  

11(AA)                  

12  (AA)                  

Elemento  Dominante  

Fogo   Fogo   Fogo   Nd   Ar   Água    (s/  fogo)   Fogo   Água  

Modo  Dominante   Mut.   Card.   Mut.   Nd.   Mut.   Card.   Mut.   Card.  

Signo  Dominante   Nd.       Nd.       ou     Nd.   Nd.  

 Legenda:    Signos  de  Fogo:  Carneiro  (),  Leão  (),  Sagitário  ()  Signos  de  Terra:  Touro  (),  Virgem  (),  Capricórnio  ()  Signos  de  Ar:  Gémeos  (),  Balança  (),  Aquário  ()  Signos  de  Água:  Caranguejo  (),  Escorpião  (),  Peixes  ()  (AA):  A  hora  de  nascimento  tem  como  base  um  registo  escrito  (hora  da  certidão,  etc)  (A):  A  hora  de  nascimento  tem  como  base  a  memória  (ex.  informação  fornecida  por  familiares)  ASC.:  Signo  do  ascendente  Nd.:  nada  a  declarar  de  significativo  Card.:  Cardinal  Mut:  Mutável      

Análise  do  Quadro  1:  

Quanto  ao  Elemento  Dominante:  

No   quadro   acima   verifica-­‐se   que   no   Ascendente,   nos   planetas   luminares   (Sol   e   Lua)   e   em  Júpiter  predomina  o  elemento  Fogo,  que  confere  à  personalidade  destas  mulheres  uma  forma  optimista   e   positiva   perante   as   situações,   mesmo   que,   interiormente,   saibam   que   não  corresponde   à   verdade.   Um   temperamento   colérico   com   características   de   impetuosidade,  ousadia  e  orgulho.  Pouco  atentas  às  necessidades  do  corpo  vivendo  a  vida  no  seu  máximo.  

O   planeta   Vénus   encontra-­‐se   predominantemente   em   signos   do   elemento   Ar   em   que   a  afectividade   é   expressa   através   da   intensa   comunicação   intelectual   e   do   sentido   do  

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companheirismo.  Sente  o  amor  e  a   intimidade  com  alguém  através  da  comunhão  verbal,  do  encontro  de  mentes,  da  troca  social  agradável.  

No  planeta  Marte  predominam  signos  com  energia  de  Água,  por  esse  motivo  a  energia  física  é  estimulada   pelos   anseios   profundos,   pelo   sentimento   de   ser   necessário   aos   outros   e   pela  intensidade  emocional.    

No   caso   de   Saturno,   este   também   se   encontra   em   signos   de   Água,   significando   que   estas  mulheres   para   sentirem   segurança   emocional   necessitam  de   expressar   os   seus   sentimentos,  no  entanto  deverão  fazê-­‐lo  com  auto-­‐aceitação,  desprendimento  e  disciplinando  um  pouco  a  sua  sensibilidade  excessiva.    

Quanto  ao  Modo  Dominante:  

Quanto  ao  Modos  Dominantes  predominam  os  Modos  Cardinais  no  caso  Sol,  Marte  e  Saturno,  levando  as  mulheres  com  este  tipo  de  patologia  a  enfrentar  os  desafios  da  vida  de  uma  forma  frontal,  decidida,  dinâmica  e  até  com  um  certo  brilho  e  orgulho  pessoal.    

 O  Modo  Dominante  no  caso  do  signo  Ascendente,  Lua,  Vénus  e  Júpiter  é  o  Mutável  que  lhes  confere   grande   adaptabilidade,   habilidade  e   inteligência   face   às   variadas   situações  do  dia-­‐a-­‐dia.    

De  realçar  que  em  nenhum  dos  planetas  nem  no  Ascendente  predomina  o  Modo  Fixo  e  daí  a  falta   de   uma   certa   resistência,   estabilidade,   segurança   e   solidez   na   resolução   e   forma   de  encarar  os  problemas  das  suas  vidas.    

Quanto  aos  Signos  Dominantes:  

Quanto  aos  Signos  Dominantes  de  salientar  o  caso  dos  luminares  onde  a  questão  do  domínio  de  signos  é  mais  significativa,  assim  no  Sol  domina  o  signo  Carneiro  ()  e  na  Lua  o  signo  ().  Ambos  signos  de  grande  dinamismo,   independência,  enérgicos  e  abertos  ao  novo,   levando  a  que  se  tomem  atitudes  precipitadas  sem  grande  reflexão  e  acompanhadas  de  grande  teimosia.  

O  planeta  Vénus   também  apresenta  uma  certa  predominância  do   signo  Gémeos  em   relação  aos   restantes,   conferindo   uma   maneira   comunicativa   de   viver   os   afectos,   adaptabilidade   e  alguma  inconstância.  

Marte,  por  seu  turno,  encontra-­‐se  na  maioria  das  vezes  em  queda  ou  exílio,  em  signos  nada  confortáveis  para  a  sua  natureza,  nomeadamente  Caranguejo  ()  e  Balança  ().  Caranguejo  irá  conferir  uma  certa  inibição,  vulnerabilidade  e  cautela  ao  guerreiro  Marte,  enquanto  que  o  signo  Balança,  tão  preocupado  com  as  questões  de  conduta  social  e  de  diplomacia,  acaba  por  restringir   a   verdadeira   energia   deste.   Em   suma,   trata-­‐se   de   um   Marte   com   pouca   força  guerreira  que  prefere  evitar  conflitos.  

No   caso   do   planeta   Mercúrio   não   se   consegue   diferenciar   um   elemento,   modo   ou   signo  dominante  pelo  que  podemos  admitir  que  esta  patologia  não   implica   resolução  de  questões  referentes  a  este  planeta.  

Aspectos  mais  comuns  e  respectiva  análise:  

Da  análise  dos  12  mapas  de  mulheres  com  cancro  da  mama  foram  identificados  os  seguintes  aspectos  comuns  à  maioria  dos  mapas:  

1) A  Lua  a  interagir  com  Saturno  (seja  em  conjunção,  oposição,  a  dirigir-­‐se  ou  a  afastar-­‐se);  (em  10  mapas)    

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2) Vénus  mal  aspectada;  (em  10  mapas)  3) Ascendente  ou  Regente  do  Ascendente  mal  aspectados  (em  11  mapas)  4) Sol  mal  aspectado  (em  10  mapas)  5) Lua  mal  aspectada  (em  8  mapas)  6) Plutão  conjunto  aos  ângulos  ou  em  casas  angulares  (em  6  mapas)  7) Planeta  regente  da  Casa  8  sob  tensão  (em  11  mapas)  

 

Interpretação  dos  aspectos  identificados:  

1) A   Lua   ao   interagir   com   Saturno   na   grande  maioria   dos  mapas   analisados   indica   que  poderá   ter   havido   um   crescimento   precoce   devido   a   limitações   e   obstáculos  muitas  das  vezes  na  relação  com  a  mãe  que  obrigaram  a  uma  repressão  do   lado  emocional.  Estas  mulheres  construíram  desde  a  infância  um  sistema  de  defesa  e  protecção  tendo  tendência  para  se  isolarem.      

2) O   planeta   Vénus   sob   tensão   significa   que   existe   dificuldade   na   expressão   da  afectividade,  do  lado  feminino,  de  sentir  o  prazer.      

3) O  Ascendente  ou  o  Regente  do  Ascendente  mal  aspectado  indicam  falta  de  noção  do  caminho  a  seguir,  das  atitudes  a  tomar  para  cumprirem  o  seu  propósito  de  vida.      

4) e     5)   Os   planetas   luminares   tensos   implicam   em   certo   ponto   a   perda   do   brilho,  repressão   da   vitalidade   e   do   lado   emocional.   Estas   mulheres   têm   dificuldade   em  mostrar  a  sua   identidade,  a  sua  sensibilidade,   fragilidades  e  necessidades  em  termos  emocionais.    

6) As   casas   angulares   são   casas   de   acção   que   fazem   destacar   o   planeta   que   aí   se  encontra,   assim   no   caso   do   Plutão   é   acentuado   o   seu   poder   de   transformação   e  renascimento.  Impulsionando  uma  inevitável  alteração  na  estrutura  da  pessoa,  seja  a  nível  físico,  mental  ou  emocional.    

7) A  Casa   8   é   uma   casa   de   experiências   de  morte   e   renascimento   onde   a   vivência   dos  acontecimentos  exige  uma  profunda   transformação   interior.  Se  o   regente  desta  casa  no  mapa   se   encontra   tenso   significa   que   existe   alguma   resistência   à  mudança   e   por  isso  essas  vivências  poderão  ser  acompanhadas  de  algum  sofrimento  interior  ou  físico.    

 

Conclusões:  

Após  a  análise  dos  12  mapas  natais  de  mulheres  com  cancro  da  mama,  quanto  ao  elemento,  modo  e   signo  dominante   e   em   relação   aos   aspectos  mais   relevantes,   concluo  que  podemos  identificar  características  comuns  e  por  conseguinte  construir  uma  personalidade  tipo  comum  a  pessoas  que  sofrem  desta  patologia.    

No  quadro  seguinte  resumo  as  características  base  da  personalidade  identificada:  

 

7    Projecto  Final.  Nível  III,  Formação  Dinâmica  em  Astrologia  CEIA  –  Dora  Colaço  

Características  astrológicas  comuns     Significado  em  termos  comportamentais  

1  

Ascendente  e  luminares  em  signos  de  fogo  frequentemente  sob  tensão  

-­‐  Forma  optimista  de  encarar  as  situações  -­‐  Temperamento  colérico,  mas  contido  -­‐  Muito  orgulho  e  teimosia  -­‐  Repressão  da  vitalidade  e  do  lado  emocional  -­‐  Dificuldade  em  mostrar  a  sua  sensibilidade,  fragilidades  e  necessidades  emocionais  

2  Vénus  tensa  e  predominantemente  em  signos  de  Ar  

-­‐  Dificuldade  em  expressar  verbalmente  a  sua  afectividade  apesar  de  grande  necessidade  de  o  fazer  -­‐  Dificuldade  em  sentir  prazer  e  restrição  da  feminilidade  

3   Marte  em  signos  de  Água  em  queda  ou  exílio  

 -­‐  A  energia  física  é  despoletada  pela  intensidade  emocional  o  sentimento  de  ser  necessário  aos  outros    -­‐  Evita  conflito  directo  e  o  espírito  de  luta  e  competitivo  é  inibido  

4  Saturno  frequentemente  em  signos  Água  e  a  interagir  com  a  Lua  

 -­‐  Grande  necessidade  de  expressão  dos  sentimentos  que  terá  sido  reprimida  em  alguma  altura  da  vida.      -­‐  Grande  sensibilidade  e  grande  contenção  de  emoções    -­‐  Limitações  no  relacionamento  com  a  mãe  

5   Ascendente  ou  o  seu  regente  mal  aspectados  

 -­‐  Pouca  noção  do  caminho  a  seguir  para  cumprir  o  seu  propósito  de  vida  

6   Plutão  em  casas  angulares  

 -­‐  Personalidade  impulsionada  a  sofrer  uma  inevitável  alteração  na  sua  estrutura,  seja  física,  mental  ou  emocional  

7     Regente  da  casa  8  sob  tensão  

 -­‐  Existência  de  alguns  conflitos  interiores    -­‐  Resistência  a  mudanças  inevitáveis  na  sua  personalidade  e  por  isso  muitas  vezes  acompanhadas  de  algum  sofrimento  físico  ou  psicológico  de  forma  a  se  transformar  e  renascer.  

 

No   livro   “A   minha   Limpeza   Espiritual“   de   Alexandra   Solnado   é   dado   um   exemplo   de   uma  

reacção  comum  neste  tipo  de  personalidade  a  uma  questão  emocional,  abaixo  descrito:  

(…)  Uma  mulher  acha  que  tem  um  casamento  feliz,  por  exemplo.  Ela  acredita  nisso,  e  sente-­‐se  bem  a  acreditar  nisso.  Um  dia,  é-­‐lhe  dado  a  notar  que  as  coisas  não  andam  assim  tão  bem.  Não  interessa  o  quê,  mas  ela  é   confrontada  com  uma   falha  nesse  espectáculo   tão  bem  montado  

que  é  a  crença  de  que  tudo  está  bem.  

Ela   vê,   ela   ouve,   mas   não   quer   acreditar.   Ela   sente,   mas   não   quer   acreditar.   Ela   sabe,  intrinsecamente,  que  acabaram  os  dias  de  ilusão  e  que  vai  ter  de  descer  à  terra  e  resolver  os  problemas  que  começam  a  minar  a  sua  vida.  

Mas  ela  não  quer.  E  podemos  ver,  neste  exemplo,  o  ego  no  seu  melhor.  Ela  vê,  ela  sabe,  ela  

sente,  mas  ela  não  quer  ver,  não  quer  saber,  não  quer  sentir.  

O  ego  é  aquele  que  não  quer.  Não  lhe  dá  jeito  encarar  os  factos,  ela  é  muito  mais  feliz  nesse  mundo  que  ela  própria  construiu.  

Tudo  ilusão.  Tudo  ilusão  para  não  sofrer.  Ego  =  Ilusão  (para  não  sofrer).(…)  

(…)   O   sistema   egóico   decidiu   não   aceitar   a   realidade   e   bloqueou   o   que   ela   sabe.   Por  conseguinte,   bloqueou   também  o   que   ela   sente.   Energeticamente,   é   devastador.   A   emoção  

bloqueada  causa  grande  bloqueio  energético.  A  energia  não  flui  harmoniosamente.  Chega  ao  

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local   do   bloqueio   e   pára.   A   energia   bloqueada   provoca   doenças.   As  mais   variadas   doenças.  

Este   exemplo   da   mulher   que   não   quer   aceitar   os   problemas   e   se   afunda   na   ilusão,   é  responsável  por  uma  boa  percentagem  dos  cancros  do  útero  e  da  mama.  A  mulher  bloqueia  a  emoção   referente   à   sua   feminilidade   e   à   sua   necessidade   de   segurança   emocional,   e   é   nos  

órgãos   ligados  à   feminilidade  que  o  bloqueio  energético  ataca.  E,  posteriormente,  a  doença.  (…)  

 

Qual  o  caminho  para  a  prevenção  e  cura  do  cancro  da  mama?  

Para   além   da   adopção   de   um   estilo   de   um   estilo   de   vida   saudável,   com   uma   alimentação  

cuidada  e  prática  regular  de  exercício  físico,  é  necessário  ter  atenção  aos  nossos  pensamentos,  reacções  emocionais  e  formas  de  encarar  os  desafios  da  vida.  

Assim,  como  alimentação  saudável  deveremos  ter  em  conta  o  seguinte  quadro:  

Dieta  de  desintoxicação  

Limitar   Substituir  por  Alimentos  com  elevado  índice  glicémico  (açúcar,  farinhas  refinadas,  etc.)  

Fruta,  farinhas  e  amidos  com  baixo  índice  glicémico  

Óleos  hidrogenados  ou  parcialmente  hidrogenados  (óleos  de  girassol,  soja,  milho)  

Azeite  e  óleo  de  linhaça  

Lacticínios  “convencionais”  (demasiado  ricos  em  ómega  6)  

Lacticínios  com  origem  em  gado  alimentado  biologicamente  (equilibrados  em  ómega  6/ómega  3)  ou  leite  e  iogurtes  de  soja  

Refeições  fritas,  batatas  fritas,  aperitivos  fritos  

Hummus,  azeitonas  e  tomates-­‐cereja  

Carnes  vermelhas  não  biológicas,  pele  de  aves  

Vegetais,  leguminosas  (ervilhas,  feijão,  lentilhas),  tofu,  aves  e  ovos  biológicos,  carnes  vermelhas  biológicas  alimentadas  em  pastos  (Máx.  200g/semana),  peixe  (cavala,  sardinha,  salmão,  mesmo  de  viveiro)  

Frutos  e  legumes  não  biológicos  com  casca  (os  pesticidas  agarram-­‐se  a  ela)  

Frutas  e  vegetais  descascados  ou  lavados  ou  rotulados  de  “biológicos”  

Água  da  torneira  em  áreas  de  agricultura  intensiva,  devido  à  presença  de  nitratos  e  pesticidas    

Água  da  torneira  passada  por  filtro  de  carbono  ou  osmose  inversa,  água  mineral  ou  de  nascente  em  garrafas  de  plástico  (desde  que  estas  não  tenham  aquecido  ao  sol  e  a  água  não  cheire  a  plástico,  o  que  indica  a  presença  de  PVC)  

 

Lista  de  Alimentos  Anti-­‐cancro  Recomendados:  

Chá   verde,   Açafrão-­‐da-­‐Índia   e   Caril,   Gengibre,   vegetais   da   família   das   crucíferas   (couves   de  Bruxelas,  couve  chinesa,  brócolos,  couve-­‐flor,  etc),  alho,  cebola,  alho  francês,  vegetais  e  frutos  ricos  em  carotenoides  (cenoura,  batata-­‐doce,   inhame,  abóbora,  tomate,  dióspiros,  damascos,  

beterraba,  etc),  soja,  cogumelos,  ervas  e  especiarias,  algas,  alimentos  ricos  em  selénio  (peixe,  

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mariscos   e  miúdos   de   aves),   alimentos   ricos   em  ómega   3   (peixe,   sementes   de   linhaça,   etc),  

probióticos,  frutos  de  baga,  citrinos,  sumo  de  romã,  vinho  tinto  e  chocolate  preto.  

A   prática   regular   de   exercício   físico   e   de   meditação   permite   ajudam   a   acalmar   o   stress   e  manter  a  boa  condição  do  organismo.  

Finalmente  como  poderemos  trabalhar  a  nossa  personalidade  para  que  possamos  prevenir  ou  caminhar  para  a  cura  do  cancro  da  mama?  

Neste   mapa   encontramos   variadíssimas   características   comuns   a   mapas   de   mulheres   com  

cancro  da  mama:    

 

Características  detectadas:  

 -­‐  Sol  e  Ascendente  em  planetas  de  elemento  fogo  

 -­‐  Saturno  e  Marte  em  Signos  de  Água  

 -­‐  Marte,  Vénus  e  Lua  muito  tensos  

   -­‐  A  Lua  e  Saturno  em  exílio  

     

Este   mapa   é   da   minha   filha   mais   velha,   a   Inês   com   apenas   6   anos,   mas   que   indicia   uma  personalidade  muito  atreita  a  sofrer  deste  tipo  de  patologia…  

Como  mulher   e  mãe  que  neste  momento   luto  para  não   ter   uma   recaída,   que   atitudes  devo  alterar   de   forma   a   não   ter   uma   recidiva   e   como  devo   educar   a  minha   filha   para   que   nunca  venha  a  passar  pelo  que  eu  passei?  

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Depois  de  toda  a  análise  realizada  neste  trabalho  aqui  vão  umas  dicas  para  todas  as  mulheres  que  se  encontram  na  mesma  situação  que  eu  e  para  aquelas  que  pretendam  a   todo  o  custo  prevenir  o  cancro  da  mama:  

 -­‐  Não  ter  medo  de  exprimir  o  que  está  a  sentir,  verbalizando-­‐o  nas  relações  mais  íntimas,  se  o  companheiro  não  a  quiser  ouvir,  as  amigas  (os)  terão  sempre  paciência;  

 -­‐   Quando   necessitar   de   ajuda,   carinho   ou   simples   mimos,   pedir   sem   medos   e   deixando   o  orgulho  para  trás;  

 -­‐  Passar  a  cuidar  mais  de  si,  fazer  mais  coisas  que  lhe  dão  prazer,  ser  mais  feminina,  arranjar-­‐se,  pintar-­‐se,  etc;  

 -­‐  Quando  em  caso  de  fúria  ou  grande  raiva,  extravasar  cá  para  fora  esses  sentimentos,  mesmo  gritar…   Se   ninguém   a   quiser   ouvir   uma   boa   forma   é   fechar-­‐se   no   carro   e   gritar   bem   alto,   a  sensação  de  alívio  é  indescritível!  

 -­‐   Deixar   de   viver   em   prol   dos   outros   e   das   dependências   emocionais,   tornando-­‐se   mais  independente  e  auto-­‐suficiente  emocionalmente;  

-­‐  Encarar  a  vida  com  mais  optimismo  e  não  deixar  de  dizer  aquilo  que  pensa  quando  acha  que  o  deve  fazer;  

 -­‐  Viver  a  vida  com  mais  alegria  e  autenticidade  e,  se  lhe  apetecer  chorar  chore,  se  lhe  apetecer  rir  ria,  coloque  as  emoções  cá  para  fora,  evite  reprima-­‐las.  

 

Bibliografia:  

Arroyo,   Stephen   (1989)   Manual   de   Interpretação   do   Mapa   Astrológico.   Mem   Martins,  Publicações  Europa-­‐América;  

Resina,  Luís  (1999)  Guia  de  Interpretação  Astrológica.  Editora  Pergaminho  

Servan-­‐Schreiber,  David  (2007)  Anti  Cancro,  um  Novo  Estilo  de  Vida.  Editora  Caderno  

Solnado,  Alexandra  (2005)  A  minha  Limpeza  Espiritual.  Editora  Pergaminho  

Avelar,   Helena   e   Ribeiro,   Luís   (2007)   Tratado   das   Esferas,   Um   guia   prático   da   tradição  astrológica.  Editora  Pergaminho  

Trevisan,  Lauro  (1988)  Cure-­‐se,  você  é  o  seu  próprio  remédio.  Editora  Dinalivro  

 

 

 

 

 

 

 

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Anexos  

 

 

 

 

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Mulher   Data  Nascimento   Local   Hora  (fonte)  1   01/12/1959   Luanda   14:45  (A)  

2   15/04/1972   Monte  Estoril   00:05  (AA)  

3   08/10/1974   Lisboa   06:25  (AA)  

4   24/08/1979   Lisboa   04:20  (AA)  

5   28/10/1959   Lisboa   10:45  (AA)  

6   16/06/1954   Castro  Verde   06:00  (A)  

7   19/10/1955   Matosinhos   22:00  (A)  

8   08/05/1974   Beja   12:47  (AA)  

9   27/12/1968   Viseu   11:00  (A)  

10   10/04/1955   Lisboa   07:30  (A)  

11   14/04/1959   Lisboa   22:20  (AA)  

12   14/04/1959   Lisboa     10:25  (AA)  

 Legenda:  (AA):  A  hora  de  nascimento  tem  como  base  um  registo  escrito  (hora  da  certidão,  etc)  (A):  A  hora  de  nascimento  tem  como  base  a  memória  (ex.  informação  fornecida  por  familiares)