MULHER PáginaPopular - 14 Amor...

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- 14 sábado, 18 de julho de 2015 MULHER opular P ágina P Fotos: Reprodução Internet / Divulgação Arquivo Pessoal A internet, há anos, faz parte do cotidiano da sociedade e se tornou indispensável para a realização de ativi- dades como estudo, trabalho e até mesmo contatos pessoais. A facilidade de interação entre as pessoas, rompeu com o padrão presencial. Com a facilidade dos sites e aplicativos, hoje em dia é muito fácil ver alguém – mesma se essa pessoa estiver do outro lado do mundo. Basta um clique para ficar online e ‘perto’ da pessoa. Essa facilidade cooperou também para a difusão dos relacionamentos afetivos através do espaço virtual. Esse fato foi explicado por um estudo americano, realizado por especialistas das universidades de Chicago e Harvard. O es- tudo revelou que casais que se formam no mundo digital podem ser mais felizes que aqueles que se conhecem por outros meios. A pesquisa americana, baseada em uma consulta com 19.131 pessoas que subiram ao altar entre 2005 e 2012, mostrou que mais de um terço delas havia começado o namoro de maneira online. “Não creio que o meio pelo qual se conhe- ce a pessoa possa definir se um relaciona- mento será duradouro ou não. A internet pode proporcionar que pessoas que nunca teriam a possibilidade de se conhecerem pessoalmente se conheçam através dela. A partir disso, o que vai fazer o relacio- namento ser duradouro e construtivo para as duas pessoas, serão as afinidades, a disponibilidade de se relacionarem, de aceitarem as diferenças, os objetivos em comum... Enfim, uma espécie de agencia- mento entre as duas pessoas, que, maduras para se entregarem ao outro, conseguirão realizar com sucesso”, aponta a psicóloga Adriana Pereira. A gerente administrativa Raquel Zanetti Diniz, 29, conheceu seu marido, Diego, através do aplicativo Badoo, próprio para relacionamentos. Ela conta que baixou o aplicativo em 2014 por curiosidade, já que virou febre no país todo e muitas pessoas estavam comen- tando sobre ele. “Hoje, quando converso com ele sobre isso, não chegamos à conclusão de quem foi falar com quem no Badoo. Mas, não gostei muito do aplicativo e nos adicionamos no Facebook, logo em seguida. Conversamos por duas semanas e eu fui até Uberaba (MG), há 400 km daqui, onde ele morava na época, apenas para nos conhecermos. O encontro deu certo e começamos a namorar no mesmo dia”, conta. Para manter o namoro, Raquel e Diego conversavam diariamente por telefone e Skype e se viam, em média, uma vez por mês, quando ele viajava para vê-la. Foram sete meses namorando à distância até o casal decidir oficializar a união. “Em março desse ano ele veio morar em Cam- pinas; foi quando decidimos nos casar. O casamento foi no mês passado, no Dia dos Namorados [12 de junho] e posso dizer que fui muito corajosa. O Diego foi o úni- co que conheci no aplicativo e deu certo, mas muitas vezes não é assim. É preciso ter cuidado. Quando fui viajar para vê-lo deixei todos avisados, mandava minha localização o tempo todo para as pessoas e contava com quem eu estava”, lembra. A vendedora Maristela Carvalho, 49, co- nheceu seu marido, Carlos, pelo bate papo do site UOL. Eles estão casados há cinco anos. “Uma amiga me cadastrou no site e conheci o Carlos. Eu morava em Minas Gerais e ele em São Paulo, então após dois meses de bate papo online fui até São Paulo para nos conhecermos pessoalmente e conhecer a família dele. Em seguida ele foi para Minas conhecer a minha família também. Nos apaixonamos e creio que quando é do querer de Deus que um casal se una, Ele move formas para isso. E o nos- so caso foi pela internet. Ficamos juntos à distância por quatro meses e casamos. Nós sempre nos sentimos seguros e confiantes com o outro. Foi meu primeiro relaciona- mento por internet. Sempre fomos madu- ros em nossa conduta e postura”, explica. A psicóloga explica que, para um relacionamento à distância ser sau- dável, é primordial ter autoestima e autoconfiança. “Ciúmes, saudade e insegurança podem existir em um relacionamento de pessoas que vi- vem na mesma cidade, então eu diria que é necessária uma maturidade emocional para confiar no parceiro ou parceira. Muitas vezes é a insegu- rança do ciumento que causa brigas e não a infidelidade do outro. Quanto à saudade, o casal tem que criar sua própria maneira de diminuí-la, sendo através de mensagens, telefonemas e a própria internet. Então é preciso ter cumplicidade”, orienta. Amor virtual pode dar certo! Outro caso de casal que se formou a partir da internet, é o da revendedora Angélica Soares, 37, e Daniel. “Nós nos conhece- mos em 2010 pelo site Par Perfeito, embora já morássemos na mesma cidade. Eu esta- va cansada de ir a baladas, e decidi que era hora de ter um relacionamento mais sério. Então, minha intenção era de conhecer alguém para namorar. Nesse site, na época, para ler o recado que a outra pessoa havia mandado, era preciso pagar um valor de R$ 80 mais ou menos, e nós dois pagamos para conversar. Antes de nos vermos pes- soalmente, conheci a família toda dele, por internet mesmo, e ele conheceu a minha filha e a minha mãe. Nós namoramos 8 meses e decidimos morar juntos, e faz 4 anos e meio que somos casados”, diz. Cuidados necessários Embora existam milhares de histórias de amores virtuais que tiveram sucesso, o psicólogo Fabrício Maurício alerta de que nem sempre esse tipo de relação dá certo. “Não é possível perceber intenções do outro através de um contato virtual onde tudo é provável. Os mal intencionados, podem surgir com máscaras, se passando por gentis e corteses bem como podem ir direto ao ponto com uma agressividade que chega a agradar alguns em certos ca- sos. É uma loteria. Infelizmente, nos dias de hoje, nem aqueles que estão ao nosso lado por uma vida são capazes de se revelar em sua essência, o que dizer então dos que não conhecemos e podem ter crescido e vivido em culturas e situações tão distintas das nossas?”, destaca. “O máximo que pode ser feito são investigações do passado e da história e relações do indivíduo nas redes sociais, o que, aliás, não garante muita coisa, haja vista as possibilidades de criação de perfis falsos que têm o poder de recriar e construir toda uma história fantasiosa da vida de qualquer um. Enfim, cada um pode ser mesmo quem quiser ser pela internet”, acrescenta ele. A estudante Pamella Ferreira, 20, co- nheceu Pedro pelo Orkut, em 2011, e foi enganada por dois anos. “Eu tinha 15 anos, então para mim tudo era um conto de fadas. Conheci ele pelo Orkut e conversávamos o dia todo, literalmente. Eu morava em Itu e ele no Paraná, então eu sabia que seria difícil para a gente se ver logo, por causa da distância e também por conta da nossa idade, porque éramos muito novos. Mas eu sempre fui um pouco desconfiada, então pedi para nos vermos pela web cam e também para conversarmos mais pelo telefo- ne”, lembra. Segundo Pamella, o menino que aparecia na câmera era o mesmo das fotos e no telefone, tinha mesmo voz de adolescente de 16 anos. “Mas depois de dois anos surgiram oportunidades de nos vermos, eu iria viajar para lá e comentei de nos encontrarmos e ele sem- pre fugia do assunto. Então fiquei mais desconfiada ainda e, sinceramente, com medo. Foi quando descobri que, quem falava comigo pela internet na verdade era a irmã do Pedro, que aparecia nas fotos. O nome do irmão dela, de fato, era Pedro, mas ele era dois anos mais novo que eu. Quando descobri, liguei para ele e contei que já sabia a verdade e quis entender o porquê; o que, até hoje não descobri”, conta. “Mas, no fundo, me sinto sortuda por ter sido uma brincadeira de mal gosto e não um cara mais velho com más in- tenções. Se uma menina da minha idade conseguiu bolar todo esse plano, imagina um homem mais velho disposto a cometer alguma maldade. É preciso tomar muito cuidado ao conhecer alguém só por inter- net”, completa. A psicóloga e docente de Psicologia da Saúde, Carine Sawtschenko, também res- salta que e é preciso tomar cuidado com os perfis falsos. “Façamos um exercício. Se essa pergunta não estivesse colocada no contexto dos relacionamentos virtuais, sua conotação seria outra. Fazemos esse tipo de questionamento ao estarmos diante de uma relação iniciada virtualmente – como se a tela do computador escondesse algo que não dominamos, porém, não existe algo de desconhecido no outro com o qual me relaciono pessoalmente? Ao nos relacionarmos com alguém, não vamos ao longo do tempo conhecendo essa pessoa? Porque pensar que no relacionamento virtual devemos estar atentos às pessoas de boas ou más intenções? Acredito que seja por duas razões: a primeira porque se relacionar através da rede mundial de computadores alimenta fantasias rudi- mentares, como do amor e da felicidade rápidos, líquidos; e segundo, pelo mau uso que uma parcela da população faz da internet”, comenta. É importante ressaltar que não existe téc- nica ou regra para diferenciar boas ou más intenções, seja virtual ou pessoalmente.” Nos relacionamentos e na vida cotidiana, o que vale é o bom senso, a percepção e o sentimento em relação a algo vivido”, aponta a profissional. Da Redação Raquel e Diego come- çaram a se relacionar através do aplicativo Badoo e se casaram no mês passado Angélica e Daniel se conheceram pelo site Par Perfeito e estão casados há quatro anos

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- 14sábado, 18 de julho de 2015MULHER opularPáginaPFotos: Reprodução Internet / Divulgação Arquivo Pessoal

A internet, há anos, faz parte do cotidiano da sociedade e se tornou indispensável para a realização de ativi-dades como estudo, trabalho e até mesmo contatos pessoais. A facilidade de interação entre as pessoas, rompeu com o padrão presencial. Com a facilidade dos sites e aplicativos, hoje em dia é muito fácil ver alguém – mesma se essa pessoa estiver do outro lado do mundo. Basta um clique para ficar online e ‘perto’ da pessoa. Essa facilidade cooperou também para a difusão dos relacionamentos afetivos através do espaço virtual.Esse fato foi explicado por um estudo americano, realizado por especialistas das universidades de Chicago e Harvard. O es-tudo revelou que casais que se formam no mundo digital podem ser mais felizes que aqueles que se conhecem por outros meios. A pesquisa americana, baseada em uma consulta com 19.131 pessoas que subiram ao altar entre 2005 e 2012, mostrou que mais de um terço delas havia começado o namoro de maneira online. “Não creio que o meio pelo qual se conhe-ce a pessoa possa definir se um relaciona-mento será duradouro ou não. A internet pode proporcionar que pessoas que nunca teriam a possibilidade de se conhecerem pessoalmente se conheçam através dela. A partir disso, o que vai fazer o relacio-namento ser duradouro e construtivo para as duas pessoas, serão as afinidades, a disponibilidade de se relacionarem, de aceitarem as diferenças, os objetivos em comum... Enfim, uma espécie de agencia-mento entre as duas pessoas, que, maduras para se entregarem ao outro, conseguirão realizar com sucesso”, aponta a psicóloga Adriana Pereira.A gerente administrativa Raquel Zanetti Diniz, 29, conheceu seu marido, Diego, através do aplicativo Badoo, próprio para relacionamentos. Ela conta que baixou o aplicativo em 2014 por curiosidade, já que virou febre no país todo e muitas pessoas estavam comen- tando

sobre ele. “Hoje, quando converso com ele sobre isso, não chegamos à conclusão de quem foi falar com quem no Badoo. Mas, não gostei muito do aplicativo e nos adicionamos no Facebook, logo em seguida. Conversamos por duas semanas e eu fui até Uberaba (MG), há 400 km daqui, onde ele morava na época, apenas para nos conhecermos. O encontro deu certo e começamos a namorar no mesmo dia”, conta.Para manter o namoro, Raquel e Diego conversavam diariamente por telefone e Skype e se viam, em média, uma vez por mês, quando ele viajava para vê-la. Foram sete meses namorando à distância até o casal decidir oficializar a união. “Em março desse ano ele veio morar em Cam-pinas; foi quando decidimos nos casar. O casamento foi no mês passado, no Dia dos Namorados [12 de junho] e posso dizer que fui muito corajosa. O Diego foi o úni-co que conheci no aplicativo e deu certo, mas muitas vezes não é assim. É preciso ter cuidado. Quando fui viajar para vê-lo deixei todos avisados, mandava minha localização o tempo todo para as pessoas e contava com quem eu estava”, lembra. A vendedora Maristela Carvalho, 49, co-nheceu seu marido, Carlos, pelo bate papo do site UOL. Eles estão casados há cinco anos. “Uma amiga me cadastrou no site e conheci o Carlos. Eu morava em Minas Gerais e ele em São Paulo, então após dois meses de bate papo online fui até São Paulo para nos conhecermos pessoalmente e conhecer a família dele. Em seguida ele foi para Minas conhecer a minha família também. Nos apaixonamos e creio que quando é do querer de Deus que um casal se una, Ele move formas para isso. E o nos-so caso foi pela internet. Ficamos juntos à distância por quatro meses e casamos. Nós sempre nos sentimos seguros e confiantes com o outro. Foi meu primeiro relaciona-mento por internet. Sempre fomos madu-ros em nossa conduta e postura”, explica.

A psicóloga explica que, para um relacionamento à distância ser sau-dável, é primordial ter autoestima e autoconfiança. “Ciúmes, saudade e insegurança podem existir em um relacionamento de pessoas que vi-vem na mesma cidade, então eu diria que é necessária uma maturidade

emocional para confiar no parceiro ou parceira. Muitas vezes é a insegu-

rança do ciumento que causa brigas e não a infidelidade do outro. Quanto à saudade, o casal tem que criar sua própria maneira de diminuí-la, sendo através de mensagens, telefonemas e a própria internet. Então é preciso ter cumplicidade”, orienta.

Amorvirtual

pode dar certo!

Outro caso de casal que se formou a partir da internet, é o da revendedora Angélica Soares, 37, e Daniel. “Nós nos conhece-mos em 2010 pelo site Par Perfeito, embora já morássemos na mesma cidade. Eu esta-va cansada de ir a baladas, e decidi que era hora de ter um relacionamento mais sério. Então, minha intenção era de conhecer alguém para namorar. Nesse site, na época, para ler o recado que a outra pessoa havia mandado, era preciso pagar um valor de R$ 80 mais ou menos, e nós dois pagamos para conversar. Antes de nos vermos pes-soalmente, conheci a família toda dele, por internet mesmo, e ele conheceu a minha filha e a minha mãe. Nós namoramos 8 meses e decidimos morar juntos, e faz 4 anos e meio que somos casados”, diz.

Cuidados necessários

Embora existam milhares de histórias de amores virtuais que tiveram sucesso, o psicólogo Fabrício Maurício alerta de que nem sempre esse tipo de relação dá certo. “Não é possível perceber intenções do outro através de um contato virtual onde tudo é provável. Os mal intencionados, podem surgir com máscaras, se passando por gentis e corteses bem como podem ir direto ao ponto com uma agressividade que chega a agradar alguns em certos ca-sos. É uma loteria. Infelizmente, nos dias de hoje, nem aqueles que estão ao nosso lado por uma vida são capazes de se revelar em sua essência, o que dizer então dos que não conhecemos e podem ter crescido e vivido em culturas e situações tão distintas das nossas?”, destaca. “O máximo que pode ser feito são investigações do passado e da história e relações do indivíduo nas redes sociais, o que, aliás, não garante muita coisa, haja vista as possibilidades de criação de perfis falsos que têm o poder de recriar e construir toda uma história fantasiosa da vida de qualquer um. Enfim, cada um pode ser mesmo quem quiser ser pela internet”, acrescenta ele.A estudante Pamella Ferreira, 20, co-nheceu Pedro pelo Orkut, em 2011, e foi enganada por dois anos. “Eu tinha 15 anos, então para mim tudo era um conto de fadas. Conheci ele pelo Orkut e conversávamos o dia todo, literalmente. Eu morava em Itu e ele no Paraná, então eu sabia que seria difícil para a gente se ver logo, por causa da distância e também por conta da nossa idade, porque éramos muito novos. Mas eu sempre fui um pouco desconfiada, então pedi para nos vermos pela web cam e também para conversarmos mais pelo telefo-ne”, lembra. Segundo Pamella, o menino que aparecia na câmera era o mesmo das fotos e no telefone, tinha mesmo voz de adolescente de 16 anos. “Mas depois de dois anos surgiram oportunidades de nos vermos, eu iria viajar para lá e

comentei de nos encontrarmos e ele sem-pre fugia do assunto. Então fiquei mais desconfiada ainda e, sinceramente, com medo. Foi quando descobri que, quem falava comigo pela internet na verdade era a irmã do Pedro, que aparecia nas fotos. O nome do irmão dela, de fato, era Pedro, mas ele era dois anos mais novo que eu. Quando descobri, liguei para ele e contei que já sabia a verdade e quis entender o porquê; o que, até hoje não descobri”, conta. “Mas, no fundo, me sinto sortuda por ter sido uma brincadeira de mal gosto e não um cara mais velho com más in-tenções. Se uma menina da minha idade conseguiu bolar todo esse plano, imagina um homem mais velho disposto a cometer alguma maldade. É preciso tomar muito cuidado ao conhecer alguém só por inter-net”, completa. A psicóloga e docente de Psicologia da Saúde, Carine Sawtschenko, também res-salta que e é preciso tomar cuidado com os perfis falsos. “Façamos um exercício. Se essa pergunta não estivesse colocada no contexto dos relacionamentos virtuais, sua conotação seria outra. Fazemos esse tipo de questionamento ao estarmos diante de uma relação iniciada virtualmente – como se a tela do computador escondesse algo que não dominamos, porém, não existe algo de desconhecido no outro com o qual me relaciono pessoalmente? Ao nos relacionarmos com alguém, não vamos ao longo do tempo conhecendo essa pessoa? Porque pensar que no relacionamento virtual devemos estar atentos às pessoas de boas ou más intenções? Acredito que seja por duas razões: a primeira porque se relacionar através da rede mundial de computadores alimenta fantasias rudi-mentares, como do amor e da felicidade rápidos, líquidos; e segundo, pelo mau uso que uma parcela da população faz da internet”, comenta. É importante ressaltar que não existe téc-nica ou regra para diferenciar boas ou más intenções, seja virtual ou pessoalmente.” Nos relacionamentos e na vida cotidiana, o que vale é o bom senso, a percepção e o sentimento em relação a algo vivido”, aponta a profissional. Da Redação

Raquel e Diego come-çaram a se relacionar através do aplicativo Badoo e se casaram no mês passado

Angélica e Daniel se conheceram pelo site Par Perfeito e estão casados há quatro anos