«Muitas gargalhadas e muita ciência: o tipo de coisas ... · Pum! A bola chega à luva do Klink....

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«Nunca pensei que a Ciência pudesse ser tão divertida… até ter lido este livro.» jeff kinney, o diário de um banana

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«Muitas gargalhadas e muita ciência: o tipo de coisas inteligentes e divertidasque fazem do Jon Scieszka uma lenda.»Mac Barnett, autor de A Dupla Terrível

«Este livro tem o balanço perfeito entre ciência para cromos e humor para totós. Não vais

conseguir parar de lê-lo: é simplesmente viciante.»Booklist

já tens os meusoutros livros

geniais?

«Nuncapensei que a Ciência pudesse ser tão divertida… até ter lido este livro.»

jeff kinney,o diário de um banana

9+ISBN 978-989-8849-39-7

Literatura Juvenil

9 789898 849397

Legenda da capa:

O Frank Einstein (A) é um cientista genial e um inventor talentoso. O Klink (B) tem inteligência artificial. E o Klank (C) tem qua se inteligência artificial. Juntos criaram o Turbocérebro (D), uma invenção extraordinária que melhora to-dos os sistemas do corpo humano, aumentan-do as suas capacidades.Claro que o T. Edison, o arqui-inimigo do Frank, desenha (E) logo um plano maquiavélico para roubar o Turbocérebro e usar os seus poderes para dominar o mundo. Será que o Frank e o seu grupo de amigos vão conseguir impedir o T. Edison?

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HUMANOS: NEURÓNIOS 114–15

Humanos. Nas profundezas da mais antiga selva. Verde

compacto. Eco de pios de aves. Cheiro a terra molhada.

Lama a esguichar por entre os dedos dos pés. Ar denso

o suficiente para se lhe sentir o sabor. Atrás de um

esqueleto andante. Que de repente ilumina uma rede de nervos

reluzentes, que alimentam um cérebro cintilante. À frente,

uma clareira. Aí, uma figura escura, vinda do

futuro, ergue ‑se sobre um monte de areia, gira

o braço e faz disparar uma pedra… rápido,

mais rápido, ainda mais rápido… sonha

a Janegoodall.

Rebuçado. Doce, azedo, salgado, amargo,

quen te, frio, glorioso. Rebuçado a turbo. Super‑

rebuçado vibrante, explosivo… sonha o Watson.

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O rebentar aquoso das ondas do mar. Cardumes

de… daqueles peixes… não são bem peixes… que

nome é que se dá àquilo? Mamíferos com focinho

de garrafa saltam da água em arcos graciosos. A água azul‑

‑esverdeada que cobre a Terra. O sistema solar de Mercúrio,

Vénus, Marte… e aquele planeta a seguir. Dantes sabia tão bem

o nome deles como o meu… sonha o avô Al.

O embate de nuvens roxas tempestuosas sobre a es‑

trondosa e pulsante explosão de relâmpagos por

cima de um vulcão. Apanhar aquela descarga

elétrica azul e branca estrondosa. Orientá ‑la

para uma espiral contínua. Multiplicá ‑la atra‑

vés do tronco cerebral, até aos lobos cerebrais

numa bela e latejante rede dourada. A Janegoodall rejubila.

O Watson ri ‑se. O avô Al, mas o avô Al com 10 anos de idade,

não se sabe bem porquê, dança de maneira estranha… sonha o

Frank Einstein.

01010111 01001000 01011001 00100000

01000011 01001000 01001001 01000011

01001011 01000101 01001110 00100000

01010111 01001000 01011001 00111111… sonha

o Klink.

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Ocorpo humano é impressionante — diz o Frank Einstein ao

ao Watson, no banco dos visitantes do campo de

basebol de Midville, enquanto observa a Janegoodall

no terreno de jogo.

Com o polegar, o Frank controla o joystick do comando do

seu mini FrankenDrone. O pequeno quadricóptero põe ‑se em

posição por cima do terreno elevado e começa a emitir imagens

para o ecrã do Frank.

A Janegoodall vira ‑se de lado para a base.

— O esqueleto é composto por um sistema

completo de ossos — maravilha ‑se o Frank.

Ela encolhe os braços junto ao peito e

levanta a perna esquerda com impulso.

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— Todo o sistema muscular que faz

mexer os ossos… — continua o Frank.

A Janegoodall dá um passo pesado em

frente.

— O sistema digestivo, que produz

ener gia para os músculos…

Ela dá um impulso com a perna direita

para se elevar.

— O sistema circulatório do coração

e do sangue que distribui essa energia…

Descontrai os braços, vira o corpo, es‑

tica e faz rodopiar o braço direito.

— E o sistema nervoso, que controla

tudo… Impressionante.

Liberta a bola de basebol da mão

di reita.

— Hum hum — concorda o Watson,

chupando, pensativamente, um rebu‑

ça do de limão azedo.

A bola voa da ponta dos dedos da

Janegoodall e atravessa os 14 metros até

à base em pouco mais de meio segundo.

O Klank balança o taco e falha.

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Pum! A bola chega à luva do Klink.

— Primeiro strike — anuncia o Klink. — Velocidade de

trajetória: 88 quilómetros por hora.

O Frank analisa as imagens do drone e os diagramas dos

sistemas do corpo humano no ecrã do computador portátil.

— Então, para ajudarmos a Janegoodall, só precisamos de

arranjar uma invenção que torne o corpo humano um boca‑

dinho mais impressionante ainda.

A seguir ao limão azedo, o Watson come um rebuçado de

cereja doce.

— É só isso? Ah, é fácil! É só tornar o corpo humano melhor

do que já é… no dia antes das provas de aptidão! Estás doido?

— Claro que não — diz o Frank Einstein, trazendo o

FrankenDrone até ao banco para uma aterragem perfeita. —

Já estou a trabalhar em algumas ideias que tive.

O Watson mete uma bola de canela picante na boca.

— Isso é o mesmo que eu dizer que vou inventar um rebuçado

que vai saber mais a rebuçado do que já sabe.

— Exatamente — confirma o Frank.

O Klink atira a bola de basebol novamente para a Janegoodall

com o braço mecânico.

— A tua velocidade de trajetória não é má… para um

humano.

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A Janegoodall apanha a bola, ignora a piadola do Klink e

concentra ‑se incentivando ‑se a si mesma.

— Mas para as provas de aptidão tenho de ser mais rápida.

— Atira uma para a base — apita o Klank. — Quase

consegui apanhar aquela!

O Klink gira o olho de webcam.

— Não chegaste nem lá perto.

O Frank esboça as suas ideias no caderno de apontamentos

do laboratório acerca do corpo humano:

OBSERVAÇÃO: O lançamento utiliza muitos sistemas do corpo

humano.

A Janegoodall rodopia.

HIPÓTESE: Se ao menos um dos sistemas for melhorado, os

resultados do lançamento serão melhorados.

A Janegoodall lança. O Klank balança num arco pujante.

Puuum!

— Segundo strike. Noventa quilómetros por hora — diz

o recetor Klink, atirando a bola de volta ao terreno de jogo.

EXPERIÊNCIA: Arranjar maneira de melhorar esqueleto, mús‑

culos, digestão, circulação…?

O Watson mete uma semente de girassol na boca.

— Eu devia inventar um rebuçado que contivesse todos os

sabores: azedo, doce, salgado…

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O Frank dá um toque no joystick do comando para tornar a

pôr o FrankenDrone a voar.

— Isso até é capaz de ser boa ideia, Watson.

A Janegoodall gira o braço e lança.

— Hummm — diz o Watson. — Podia chamá ‑lo de rebuçado

SaborATudo.

O Klank fecha os olhos e balança com tanta força que co‑

meça a andar às voltas com toda a velocidade.

Tráaas!

A bola bate no taco e sai disparada. Faz um arco para o alto,

bem lá para o alto, muito por cima do muro do lado esquerdo

do campo…

O Klank rodopia.

— Acertei! Acertei! Acertei!

— Quase impossível — calcula o Klink. — Mas, sim, con‑

seguiste, não sei como, acertar.

A bola desaparece por completo para fora do Parque de

Midville Menlo.

— Ena! — diz o Frank.

Crás! Ouve ‑se um som de vidro a partir — vindo do sítio

onde a bola desapareceu.

— O ‑ho — diz o Watson, pondo ‑se de pé num salto.

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Ocorpo humano é fraco — diz o T. Edison ao Sr. Chimp, no

meio do seu novo e elegante edifício dos Laborató‑

rios T. Edison na Rua Menlo, enquanto liga o último

cabo elétrico ao tronco de um enorme cérebro

de vidro.

O Sr. Chimp levanta os olhos das palavras cruzadas e con‑

corda com um aceno de cabeça.

O T. Edison liga o cabo.

— As peças do corpo humano desgastam ‑se, desintegram ‑se

e morrem.

O Sr. Chimp bate com o lápis.

— Então, tens ideia do que estou a fazer? — pergunta o

T. Edison.

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O Sr. Chimp bate novamente com o lápis e finge que está a

pensar. Revira os olhos, abana a cabeça e faz sinais:

— Pois claro que não tens ideia nenhuma. Porque o génio

inventor sou eu e eu é que tenho as ideias todas.

O T. Edison vira ligeiramente a invenção, para a ajustar com

firmeza à base.

— Estou a fazer um cérebro mais rápido, mais poderoso e

melhor do que qualquer cérebro humano.

O T. Edison liga o interruptor de corrente. O cérebro de

vidro cintila com linhas e pulsações de luz colorida.

— Estou a fazer um cérebro que não irá enfraquecer, parar de

funcionar ou desintegrar ‑se. Um cérebro que irá permitir ‑me

controlar outros cérebros…

O T. Edison estica os braços e grita com a voz esganiçada:

— Apresento ‑te… o Supercérebro do T. Edison!

O T. Edison e o Sr. Chimp observam os clarões latejantes

de luz do Supercérebro percorrendo as funções de todas as

partes do cérebro.

I D e I A N e N H u M A

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— Ah pois! — crocita o T. Edison. — Sou o Feiticeiro de Mid…

Crás! Uma parte do telhado envidraçado estilhaça ‑se em

cem pedacinhos. Uma saraivada de vidro, e uma bola de ba‑

sebol toda esfolada cai na sala.

A bola atinge o Supercérebro do T. Edison.

O Supercérebro explode numa eclosão de faíscas às cores,

cabos e vidro de cérebro partido.

— Nãããããããããããooo! — grita o T. Edison. — O meu Super‑

cérebro! Destruíram o meu Supercérebro! Quem é que fez isto?

O Sr. Chimp segura na bola de basebol como pista óbvia.

O T. Edison começa a andar em círculos, furioso.

— Quem? Quem? Quem?

O Sr. Chimp pensa numa palavra de cinco letras para «muito

inteligente». Atira a bola de uma mão para a outra.

O cérebro do T. Edison está a trabalhar em modo sonoro.

E por fim ele percebe.

— Basebol… campo de basebol… é isso! — grita o T. Edison. —

Anda daí, Sr. Chimp! Vamos ao campo de basebol de Midville

apanhar o idiota que deu cabo da minha invenção!

O Sr. Chimp preenche a coluna 7 vertical das palavras cruza‑

das com G ‑É ‑N ‑I ‑O e sai pela porta do laboratório, no encalço

do ainda irritado T. Edison.

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OKlink, o Klank, o Frank, o Watson e a Janegoodall rolam

aceleram e correm o mais rápido que conseguem

pela Rua Principal abaixo, viram à esquerda na Rua

do Carvalho, à direita na do Pinheiro e entram no

laboratório do Frank Einstein. Fecham a porta com estrondo

atrás deles e deixam ‑se cair no velho sofá. O Frank, o Watson

e a Janegoodall riem ‑se e ofegam.

Intrigados, o Klink e o Klank observam os seus companhei‑

ros humanos.

— Que cena é essa de inspirar ar tão rápido? — per‑

gunta o Klink.

— Nós consumimos muito oxigénio a correr assim tão de‑

pressa — explica o Frank. — Por isso, para o substituir, os

nossos corpos trabalham mais depressa do que é habitual.

— Estou a ver — diz o Klink, fazendo uma pesquisa ins‑

tantânea acerca do sistema respiratório humano.

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» Os vossos músculos empurram o diafragma para

baixo, fazendo com que os pulmões se expandam, levando

o ar para o nariz e a boca, para descer pela traqueia,

através dos brônquios…

— Exatamente — confirma o Frank, estacionando o

FrankenDrone numa prateleira por cima da bancada de

trabalho.

— … para o interior de vias aéreas mais pequenas cha‑

madas bronquíolos — continua o Klink —, que terminam

em cavidades de ar semelhantes a balões chamadas

alvéolos, rodeados pelos vasos sanguíneos mais pe‑

quenos, que se chamam capilares…

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— … onde o ar inalado passa para o sangue e regressa

ao coração, distribuindo oxigénio para as células, tecidos e

órgãos do vosso corpo.

— Uau — diz a Janegoodall.

— Estás a brincar? — acrescenta o Watson. — Ou podias ter dito

simplesmente que estamos sem fôlego.

— Eu não estou a brincar — diz o Klink. — E porque é que

se estão a rir?

Isto faz com que o Watson e a Janegoodall se riam ainda mais.

— Acabámos de fugir de alguém com uma janela partida e prestes

a ficar muito zangado — diz o Watson.

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ArTérIA PuLMoNAr(SANGue Do CorAÇÃo)

VeIA PuLMoNAr(SANGue PArA

o CorAÇÃo)

ALVéoLoS CAPILAreS

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— Onde é que está a piada? — pergunta o Klink.

— Eu sei onde está — diz o Klank. — Tem tanta piada

como aquela do: Porque é que a galinha atraves‑

sou a estrada?

O Klink pisca uma luz verde e produz um zumbido.

— Com a informação que me forneceste, não consigo

dizer. Porque é que a galinha atravessou a estrada?

— Para chegar ao outro lado! — apita o Klank. — Ah,

ah, ah!

O Klink pisca agora rapidamente.

— O quê? E porque é que isso tem piada? Porque é

que é uma galinha? O que é que uma galinha…

O cérebro de disco rígido do Klink gira e para, gira e para.

O Frank dá um salto e bate na parte lateral da redoma de

vidro do Klink.

— Esquece a galinha. Está na hora de prosseguir com a nossa

experiência.

O Frank vasculha uma pilha de brinquedos estragados e um

monte de modelos com cores garridas.

— Ainda bem que o avô Al limpou tanto a antiga loja de

brinquedos como o velho hospital. E que acrescentou

todas estas peças espetaculares ao ferro ‑velho da oficina

ArranjoFixe!.

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O Frank segura numa barata gigante enrolada e num modelo

exageradamente grande do ouvido humano.

— Temos tudo aquilo de que poderemos vir a precisar.

— Temos mesmo! — diz o Watson.

A Janegoodall pega num cão empalhado sem orelhas e num

modelo com veias azuis de um coração humano vermelho.

— A sério? E porque é que precisamos desta tralha toda

exatamente?

— Por causa disto — diz o Frank. — A minha primeira ideia.

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OFrank abre um armário de laboratório alto e tira de lá um

esqueleto em tamanho

real.

— Eh lá! — diz o Watson.

— Que giro — diz a Janegoodall.

— Um ser humano adulto tem um

total de 206 ossos — diz o Frank.

— E usamos quase todos quando

fazemos um lançamento.

A Janegoodall dobra o úmero, o

rádio e o cúbito, os ossos ligados à

articulação do cotovelo, e assente

com a cabeça.

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— Eu estava a ler acerca de

um dos inventores preferidos

do Watson… — O Frank afixa na

Parede da Ciência uma gravura

de um velhote com sobrancelhas

esquisitas e uma barba comprida

e ondulada.

O Watson lambe dois dos seus rebuçados.

— Leonardo da Vinci. — O Watson junta os rebuçados doces

e azedos num único pauzinho. — Ei! Isso ainda é um nome me‑

lhor do que SaborATudo. Vou chamar à minha nova invenção

de rebuçados os Da Vinci!

— Nasceu a 15 de abril de 1542 — recita o Klink. — Pintor,

escultor, inventor, músico, matemático, engenheiro e

escritor italiano.

— Eu vi este desenho que Da Vinci fez quando andava a

estudar o corpo humano — continua o Frank. — E surgiu ‑me

a ideia: duplicando o esqueleto, duplico a força!

A Janegoodall vira o fémur do esqueleto.

— O quê?

— Então eu, o Klink e o Klank temos uma ideia para uma

grande melhoria. — O Frank vasculha a pilha de brinquedos

e modelos no laboratório.

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O Frank encontra o que procura e segura nas mãos dois

braços e duas pernas.

— Uau — diz a Janegoodall.

O Frank e o Klink prendem rapidamente os braços e as

pernas extras ao Klank.

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— Ah pois! — diz o Klank. — Brac,os a dobrar e per‑

nas a dobrar tornam ‑me humano a dobrar!

— Hum, não me parece que funcione dessa maneira — diz a

Janegoodall. — E além do mais…

— Braços prontos! — grita o Frank.

— Pernas prontas! — grita o Klink.

— Klank pronto! — grita o Klank.

O Frank mete uma bola de basebol numa das quatro mãos

do Klank.

— Watson! Anda cá. Quero que… apanhes. Klink, tu registas

as velocidades.

O Watson pousa a invenção de rebuçado e pega na luva de

recetor.

O Klank flete todos os seus braços.

— Sou o Novo Klank Melhorado a dobrar!

— Que maravilha — diz o Klink. — Só é pena que o ta‑

manho do teu cérebro não possa ser melhorado.

— Ei — diz o Klank. — Isso é uma piada?

— Primeiro teste! — diz o Frank. — Klank, dá impulso e lança

uma bola lenta ao Watson.

O Klank dobra os quatro braços numa imitação dupla do

movimento impulsionador da Janegoodall. Dá um passo

em frente com as duas pernas esquerdas, dá balanço com

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os dois braços direitos e faz um lançamento perfeito para

o Watson.

— Ótimo — diz o Frank. — Agora recua, dedica os quatro bra‑

ços a isso e tenta lançar um pouco mais depressa.

— Espera, espera, espera um minuto — diz o Watson. — Pre‑

ciso de me proteger. — O Watson vasculha uma pilha de tralha.

— E que tal uma máscara de proteção?

O Frank remove o fundo de uma gaiola com um murro e

entrega ‑a ao Watson.

— Ora, vá lá.

— É em prol da Ciência — diz o Frank. — E para ajudar a

Janegoodall a ganhar o lugar de lançadora inicial na qualidade

de nossa estrela dos Mud Hens de Midville.

O Watson franze o sobrolho, mas coloca a gaiola na cabeça e

aferrolha a porta oscilante. Dá um soco na luva.

— Está bem. Em prol da Ciência. E da Janegoodall. Embora

lá, dá ‑lhe com força, Klank.

O Klank torna a dar impulso. Faz o lançamento.

Puuuuum!

— Ai — diz o Watson.

— Oitenta e oito quilómetros por hora

— relata o Klink.

— Um bocadinho mais rápido — orienta o Frank.

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O Klank dá impulso. E lança.

Puuuuum!

— Foooooge! — grita o Watson.

— Cento e quatro quilómetros por hora.

— Velocidade máxima! — grita o Frank.

O Klank dá impulso. O Klank dispara.

Puuuuum!

— Cento e vinte quilómetros por hora.

— Bolas! — diz o Watson. — Mas também… ups.

— Espetacular — diz a Janegoodall. — Mesmo espetacular.

Mas não foi tão espetacular quando a mão

do Klank seguiu a 120 quilómetros por

hora juntamente com a bola.

O Frank Einstein verifica o braço

maneta do Klank e abana a cabeça.

— E — acrescenta a Jane‑

goodall — nem pen‑

ses que me vais

espetar com bra‑

ços ou pernas extras.

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O T. Edison entra ao ataque no parque de basebol de Midville Menlo.

— Ora bem! Quem é que atirou esta bola de base‑

bol para dentro do meu laboratório, partiu o meu

telhado e destruiu a minha experiência?

O Sr. Chimp olha em torno do campo de basebol e põe ‑se

a cheirar.

Ninguém responde ao T. Edison porque não está lá ninguém.

O T. Edison dá a volta ao terreno de jogo.

— Marcas recentes na terra — observa ele. — Alguém esteve

aqui ainda agora.

O Sr. Chimp avança sobre os nós dos dedos até ao banco

dos visitantes. Pega numa semente de girassol. Olha para ela.

Espreme ‑a. Cheira ‑a. Mete ‑a na boca.

— Hummmm — diz o Sr. Chimp, ao sentir o sabor do sal.

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O T. Edison anda pelo

campo, em busca de

pistas.

O Sr. Chimp faz es‑

talar a semente de gi‑

rassol entre o pré ‑molar

de cima e o de baixo.

Cospe a casca vazia da

semente de girassol com

um p ‑tuuu de satisfação.

O T. Edison gatinha em redor da base. Segura à luz um

pedaço de pastilha elástica.

— Ah ‑ha! Consigo isolar a saliva desta pastilha, extrair ‑lhe

o ADN, procurar a correspondência com o ADN de todas as

pessoas de Midville e identificar o destruidor de vidros!

O Sr. Chimp recosta ‑se no banco dos visitantes. Apanha

mais uma semente de girassol, mete ‑a na boca e abana

a cabeça.

— O quê? — encoleriza ‑se o T. Edison. — Consigo, pois!

Não há nenhum organismo vivo que não tenha ADN. É uma

molécula que transporta as instruções de como é formado

cada organismo. É o que todos os organismos usam para se

reproduzir.

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O Sr. Chimp estala a semente de girassol, usando desta vez

os incisivos, e faz sinais:

O T. Edison bate com a mão na testa e continua com a

diatribe.

— E por mais que odeie admiti ‑lo, 98 por cento do ADN

humano é igual ao ADN dos chimpanzés.

e u S e I

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PAreS De bASeS

CADeIA De FoSFATo/AÇÚCAr

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O Sr. Chimp assente com a cabeça.

O T. Edison abana a pastilha elástica na direção do Sr. Chimp.

— Para de dizer isso! Se sabes assim tanta coisa, porque

é que não explicas como é que apanhamos os vândalos que

destruíram a minha invenção?

O Sr. Chimp cospe a casca com outro p ‑tuuu de satisfação.

Levanta uma luva de basebol castanha puída que encontrou

debaixo do banco. Vira a luva ao

contrário para mostrar

ao T. Edison o nome

escrito nas costas em

grandes letras pretas:

e u S e I

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OFrank Einstein aperta a última porca nos dois braços

originais do Klank. O Klink lubrifica as duas pernas

originais do Klank.

O Klank suspira.

— Eu gostava dos meus brac,os e pernas novos.

— Pronto — diz o Frank —, o novo e melhorado sistema es‑

quelético não resultou. Então e se for isto?

O Frank saca de um grande cartaz de lona, desenrola ‑o e

afixa ‑o na Parede da Ciência.

— O sistema muscular. Os humanos têm mais de 650 múscu‑

los. Alguns são automáticos, como o coração e os músculos da

respiração. Outros são controlados pelos pensamentos, para

o movimento.

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O Klink zumbe e apresenta a sua mais recente pesquisa.

— O músculo humano mais forte é o masséter, que mo‑

vimenta o maxilar. E o maior músculo humano é o glúteo

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GLÚTeoMÁXIMo

TrÍCePS

bÍCePS

MASSéTer

o SISTeMA MuSCuLAr

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máximo, que mantém o corpo ereto. Também possibilita

correr e saltar. É o músculo do rabo.

— Ah, ah, ah! — apita o Klank.

— E agora qual é a piada? — pergunta o Klink.

— Disseste músculo do rabo! Ah, ah, ah!

O Klink confirma a sua pesquisa.

— Sim, está correto. O glúteo máximo é também co‑

nhecido como rabo. E é um músculo.

O Klank deixa ‑se cair no sofá a rir.

— Ah, ah, ah!

— Ooooooooo — zumbe o Klink.

O Frank ignora o Klink e o Klank. Pensando em voz alta, diz:

— Os músculos estão presos aos ossos por tendões. Muitos

músculos trabalham aos pares. Como no braço da Janegoodall.

Para dobrar o braço, o bíceps aperta e o tríceps descontrai.

Para endireitar o braço, o tríceps aperta e o bíceps descontrai.

— Então uns músculos maiores e mais fortes também pode‑

riam lançar a bola com mais rapidez — supõe o Watson.

A Janegoodall estuda o gráfico do sistema muscular.

— Mais uma vez, espetacular… tirando o facto de que falta

exatamente um dia para as provas de aptidão. E eu não

tenho tempo para me pôr a levantar pesos para aumentar

os músculos.

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— Já sei! — diz o Watson. — Substituímos o teu pequeno

bíceps… pelo teu grande glúteo máximo… para ficares com um

Braço de Músculo de Rabo Superpoderoso!

— Ah, ah, ah! — O Klank começa com novas risadinhas.

A Janegoodall dá uma pancada no Watson e no Klank com

o seu boné dos Mud Hens de Midville.

— Muito engraçado. Mas precisamos de uma ideia a sério

para ganhar mais potência. Tipo… já!

— OK — diz o Frank Einstein. — Vamos voltar ao estirador.

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Otanque blindado rola sobre um pequeno exército de

agitados insetos verde ‑néon e empurra o monster

truck roxo para um canto do laboratório.

— Já te apanhei! — grita o Watson. — Combate de

Demolição!

— Isso querias tu — diz

o Klank. Vira as rodas do

monster truck, põe ‑no em ve‑

locidade máxima e foge dali,

fazendo rodar os grandes

pneus por cima do tanque

do Watson.

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O Frank coça a cabeça com uma mão e com a outra faz

cálculos no seu esboço.

O Watson põe o tanque em marcha ‑atrás rápida. Tenta em‑

bater no veículo do Klank, mas falha e esmigalha um pónei

com um coração às cores.

— Raaahhhhhr! — ruge um T ‑Rex perneta.

— Wee tah kah loo ‑loo — geme um Furby roxo só com um

olho, contorcendo ‑se de costas.

O Klank dá a volta ao monster truck para ficar virado para

o tanque do Watson.

O Watson vira a torre do blindado para apontar o canhão

diretamente ao veículo do Klank.

— Vá lá, rapazes — diz o Frank. — Precisamos da vossa ajuda.

O Watson e o Klank fazem a contagem decrescente em unís‑

sono: «Três… dois… um!» e atacam ‑se um ao outro de frente. O

monster truck mergulha sobre o T ‑Rex. O tanque passa o Furby

a ferro. E os quatro — monster truck, T ‑Rex, tanque e Furby —

chocam num amontoado gigante e aterram numa pilha inerte.

— Boa! — rejubila o Watson.

— Quem ganhou? — pergunta o Klank.

Debaixo da pilha de destroços, o Furby diz «Doo doo yoo

yoo» e, com um bzzzzzzt, entra em curto ‑circuito.

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O Frank Einstein vasculha uma pilha de gráficos de medi‑

cina, modelos e cartazes.

Rói a borracha na ponta do lápis. Coça a cabeça. Reflete.

Desenrola um cartaz.

— Muito bem. Aqui está outro sistema que podíamos melho‑

rar para ganhar mais potência.

CorAÇÃo

PuLMÕeS

VeIAS

ArTérIAS

o SISTeMA CIrCuLATÓrIo

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— O sistema circulatório. O coração e todos os vasos

sanguíneos que distribuem energia e oxigénio aos mús‑

culos e órgãos — relata o Klink, depois de ler instanta‑

neamente uma pilha inteira de enciclopédias médicas em

precisamente três segundos. — O sangue é bombeado do

coração através das artérias. O sangue é devolvido ao

coração através das veias.

Com o lápis roído, o Frank contorna o percurso do sangue

num diagrama de coração e pulmão.

— O coração bombeia sangue para os pulmões. Esse sangue

absorve oxigénio e regressa ao coração, para depois seguir

para o resto do corpo.

AorTA

AurÍCuLA DIreITAAurÍCuLA eSQuerDA

VeIA CAVA SuPerIor

VeIA CAVA INFerIor

VeNTrÍCuLo DIreITo VeNTrÍCuLo

eSQuerDo

VeIA PuLMoNAr

ArTérIA PuLMoNAr

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A Janegoodall larga o boné em cima da mesa do laboratório.

Olha para o diagrama do coração e solta um assobio.

— Uau. O coração é uma cena marada e complicada!

— O coração humano tem mais ou menos o tamanho de

duas mãos dadas. Bate cem mil vezes por dia. Bombeia

5,5 litros de sangue a cada minuto. O ritmo cardíaco é o

som das válvulas a abrir e a fechar — acrescenta o Klink.

— E olha só estes nomes malucos — diz o Watson.

O Frank contorna mais coisas num modelo de coração em 3D:

— O sangue flui através da veia cava superior até à aurícula

direita. É bombeado para o ventrículo direito e sai para os

pulmões através da artéria pulmonar. Volta a sair dos pulmões

através da veia pulmonar até chegar à aurícula esquerda. Depois

é bombeado para o ventrículo esquerdo e sai para o corpo atra‑

vés da aorta. Simples.

O Watson remexe na sua crescente invenção de bola de

rebuçado.

— Acho que não lhe chamaria simples. E como é que melho‑

ramos isto? Ou o sistema sanguíneo?

— Assim — responde o Frank. — O sangue transporta oxi‑

génio para os músculos para conferir mais potência. Se con‑

seguirmos arranjar maneira de o sangue transportar mais

oxigénio… podemos produzir mais potência.

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— Sem me darem braços extras nem mexerem no meu glúteo

máximo — acrescenta a Janegoodall.

— Exatamente — diz o Frank.

O Watson abana a cabeça e mete a mão no bolso à procura

de uma semente de girassol para adicionar à sua invenção.

— Oh, não! — diz o Watson.

— Oh, sim — responde o Frank. — É que os glóbulos verme‑

lhos absorvem o oxigénio…

De repente, o Watson parece um pouco em pânico.

— O que eu quero dizer é: oh, não, esqueci ‑me das sementes

de girassol no campo de basebol.

— Não é hora de te preocupares com sementes de girassol,

Watson.

— Hum… mas parece ‑me que me esqueci das sementes de gi‑

rassol e da minha luva de basebol… com o meu nome lá escrito.

— Que importância é que isso tem? — pergunta o Frank.

A resposta a essa pergunta surge sob a forma de uma pan‑

cada repentina na porta do laboratório do Frank Einstein.

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«Muitas gargalhadas e muita ciência: o tipo de coisas inteligentes e divertidasque fazem do Jon Scieszka uma lenda.»Mac Barnett, autor de A Dupla Terrível

«Este livro tem o balanço perfeito entre ciência para cromos e humor para totós. Não vais

conseguir parar de lê-lo: é simplesmente viciante.»Booklist

já tens os meusoutros livros

geniais?

«Nuncapensei que a Ciência pudesse ser tão divertida… até ter lido este livro.»

jeff kinney,o diário de um banana

9+ISBN 978-989-8849-39-7

Literatura Juvenil

9 789898 849397

Legenda da capa:

O Frank Einstein (A) é um cientista genial e um inventor talentoso. O Klink (B) tem inteligência artificial. E o Klank (C) tem qua se inteligência artificial. Juntos criaram o Turbocérebro (D), uma invenção extraordinária que melhora to-dos os sistemas do corpo humano, aumentan-do as suas capacidades.Claro que o T. Edison, o arqui-inimigo do Frank, desenha (E) logo um plano maquiavélico para roubar o Turbocérebro e usar os seus poderes para dominar o mundo. Será que o Frank e o seu grupo de amigos vão conseguir impedir o T. Edison?