MS Cristã nº 17

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agosto / setembro 2010 | M&S

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Revista do segmento evangélico, voltada para músicos (O nome da revista era Música & Sonorização e mudou para MS Cristã. Essa foi a primeira edição que deixa de ser encartado na revista Igreja e se torna produto próprio.)

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Diretor executivoEduardo Berzin Filho

Chefe de reportagemCelso de Carvalho

DiagramaçãoLuís Carlos Teodoro

Colaboradores desta ediçãoRobson Morais, Vinicius Cintra

e Mayra BondançaAssistentes sob supervisão

Gerente comercialSamuel Crisostomo(0xx11) 4081.1760

[email protected]

Tiragem desta edição30 mil exemplares

Distribuidora

Atendimento ao leitor(11) 4081.1760

[email protected]

Redação e administraçãoRua Otávio Passos, 190, 2º andar - Atibaia, SP

CEP: 12.940-972Telefone: (11) 4081.1760

[email protected]

Uma pesquisa realizada pelo Insti-tuto Gallup sobre as atitudes dos americanos concluiu que 89% dos entrevistados acreditam que

a música auxilia o desenvolvimento intelec-tual total das crianças. As mesmas percepções também tiveram os brasileiros que através de um projeto de lei aprovado, incluíram na grade curricular. Especialistas, educadores elogiaram o projeto que entrará em vigor em 2011. De fato música se aprende na escola. Outro destaque desta edição são os sucessos dos Endorses. Juninho Afran, Roger Franco, Osielzinho, entre outros, falam das

EDUCAÇÃO

Estúdio

Coluna

Aulas de música nas escolas. Educadores e mercado aprovaminiciativa que promete fomentar mercado

Entre os mais sofisticados de São Paulo, Guidon atua com foco no gospel e MPB

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agosto / setembro de 2010 – ano 4 n.º17

Sonoras

ENDORSES

Saiba um pouco do que acontece no mundo da música

Sucesso no mercado. Endorses associam seus nomes a grandes marcas e ajudam no desenvolvimento de novos produtos

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30 - Em estúdio Rodrigo Loli

Rei Meu de Aline Barros e Nada Além do Sangue de Fernandinho

16 CIFRATECNOLOGIA

Ipod pode se transformar em pedal para processar efeitosda guitarra ou baixo

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Música se aprende na escolavantagens e desvantagens de ser o garoto propaganda de uma marca. Uma tendência que cada vez ganha força no Brasil, principal-mente na área de desenvolvimento de linha de produtos. Nesta edição, atendendo aos inúme-ros pedidos, aumentamos o número de páginas de Cifras e trazemos um perfil musical do produtor Beto Santos. Na área de tecnologia o Ipod que pode virar pedal. Encerrando esta edição antes da Ex-pomusic, lançamentos, notícias e um esquenta para a maior feira de música que a M&S cobrirá com exclusividade.

PERFILBeto Santos, profissional multifacetado e versátil em seu primeiro trabalho solo

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LANÇAMENTOS28

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SONORAS

A cantora Pâmela está de volta ao estilo pop que a fez conhecida pelo Brasil. Acaba de ser lançado pela MK Music, o CD Ritmo e Poesia. Pâmela traz de volta os hits dançantes e ani-mados que marcaram uma geração de adolescentes. Também explorando sua veia romântica que faz sucesso entre todos os que amam, Pâmela traz nesse CD, músicas de amor que prometem ser os próximos sucessos nos casamentos. Produzida por Rogério Viei-ra, Victor Jr. e DJ Dennis, Pamela fez um CD que tem tudo para agradar ao público que deu a cantora os CDs de ouro em seus primeiros trabalhos pela MK Music.

De volta ao estilo que a consagrou

Embaixadora do Ministério Portas Abertas, a pastora Fernanda Brum após defender a causa anti-aborto, está em uma outra campanha missionária. Parte da renda de seu novo CD, lançado nesta sema-na pela MK Music com o título Glória, será destinada ao grupo de Apoio a mulheres numa Gravidez Indesejada (Amgi). A instituição é coordenada pela pastora da Igre-

Fernanda contra aborto

Aline Barros, PG, Fernanda Brum, Bruna Karla e Lea Mendonça atingiram recordes de vendas e con-quistaram Disco de Ouro, Platina e Platina Duplo. A gravadora de am-bos artistas, a MK Music, solicitou nove certificados. A coletânea Som Gospel com Fernanda Brum e Aline Barros conquistou Disco de Plati-na com 100 mil cópias. Os discos reúnem 15 sucessos que marcaram o ministério das cantoras. Jozyanne

Cantores da MK alcançam boas vendagens

ja Batista da Lagoinha, Ezenete Rodrigues. O CD Glória conta com várias composições da cantora, outras em parceria com Emerson Pinheiro e com o amigo de muitos anos, pastor Livingsthon Farias, e reúne baladas, canções de rock e uma novidade: O ritmo baiano. “Sou embaixadora do Portas Aber-tas, nunca vou deixar de apoiar a causa da igreja perseguida, isso está nas minhas veias, mas nesse tempo decidi dedicar esse CD à mulheres corajosas, que disseram não ao aborto, e decidiram que terão as suas crianças”, reitera Fer-nanda Brum. A Amgi oferece gratuita-mente as mulheres teste de gravidez, acompanhamento espiritual e psi-cológico, encaminhamento para pré natal, enxoval e cursos artesanais.

A cantora Lauriete, em apenas 30 dias, vendeu 50 mil cópias de seu mais novo CD: Vou Profetizar. A capixaba enfatiza que o sucesso é o reconhecimento de seu público fiel que a acompanha desde o início: “Deus tem honrado o nosso trabalho, tudo isto é fruto de muita dedicação à obra”, destacou. Vou Profetizar é o 25º álbum da carreira e traz 12 faixas.

Lauriete vende 50 mil cópias em 30 dias

conquistou com o CD Eu Tenho a Promessa o primeiro Disco de Ouro, com 50 mil cópias. PG também atingiu algo inédito em seu ministé-rio, um Disco de Platina com o CD Eu Sou Livre, seu terceiro trabalho solo pela MK Music. O CD Nada Pode Calar um Adorador, disco mais recente de Eyshila, conquistou Dis-co de Ouro. Fernanda Brum com Cura-Me conquistou Platina Duplo com 200 mil cópias.

foto Divulgação

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SONORAS

Vanilda Bordieri e Célia Sakamoto vão de Aliança e Cassiane de Sony

Agito pentecostal

O mercado de música cristã, princi-palmente no segmento pentecostal, é fogo puro. No mês de julho a gravadora Aliança anunciou a dis-tribuição exclusiva do álbum Porção Dobrada 3, interpretado pelas irmãs Vanilda Bordieri e Célia Sakamoto. Depois de se lançar como inde-pendente e enfrentar uma disputa judicial com a MK Music, Cassiane novamente assina com uma grande gravadora, a Sony. No caso de Vanilda, o CD com 16 faixas dá continuidade ao sucesso da série interpretada pelas irmãs cantoras, que já se tornaram uma referência neste gênero. O trabalho ainda conta com produ-ção musical e arranjos do maestro Melk Carvalhedo. No repertório, o melhor do estilo como as faixas Alegria do Deus Vivo, Assembleia de Deus, Só Deus Pode Fazer Milagres, Marta e Maria e muito mais. Cassiane, com 29 anos de carreira, já vendeu cerca de sete milhões de CDs, prepara, pela Sony, depois de dois anos, o lançamento de um CD inédito. O álbum se chamará Viva e contará com 14 faixas inéditas e repete a parceria de sucesso entre a cantora e o produtor Jairinho Manhães. O primeiro single a chegar às rádios pelo Brasil é a canção Celebrarei que conta inclusive com um belo coral de crianças e adolescentes.

Damares, aposta da Sony que conta com Cassiane

Vanilda ao lado de

Ricardo Carreira da

Aliança

fotos Divulgação

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Seis especialistas em acessórios musicais elegeram o NS Capo, da Planet Waves, o melhor de sua cate-goria. O anúncio foi feito na Sum-mer Naamm, tradicional feira do

Capo da Planet Waves é eleita melhor

comércio de instrumentos musicais, com júri formado por donos de gran-des redes de lojas de instrumentos nos Estados Unidos e pelo editor da revista Music Inc.

Depois de lançar o projeto Acústico pela Aliança, a cantora Nívea Soares deixou a gravadora e assinou com a Onimusic. A parceria que começou valer a partir do mês de junho cele-bra também acordo de distribuição dos produtos do ministério Nívea, que ao lado do marido, criaram um selo próprio. Com a criação do selo, o Ministério se responsabiliza por todo processo de produção. Com o título Emanuel o primeiro proje-to desta nova fase será lançado na

Nívea Soares deixa Aliança e assina com Onimusic

EXPOCRISTÃ, que acontece em setembro e versa sobre a presen-ça de Deus constante, apesar das dificuldades. Para Gustavo Soares, produtor musical e marido de Nívea, a criação de um selo musical próprio e a parceria de distribuição com a Onimusic ‘é uma resposta de Deus às orações de sua família que só vem a fortalecer ainda mais os laços de comunhão e amizade com Nelson Tristão, diretor Onimusic, amigo muito chegado de sua família.’

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foto Getúlio Camargo

Nívea Soares relata que o processo é resposta de Deus

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SONORAS

A gravadora Canzion Brasil anunciou no mês de julho parce-ria com a gravadora internacional EMI-MCG fazendo a distribuição exclusiva de todos os produtos do Hillsong no Brasil e também de todo seu cast e demais selos. Com esta parceria a Canzion torna-se a maior gravadora cristã com títulos internacionais no país. Entre conhecidos nomes da EMI que estarão representados a partir de agora pela Canzion Brasil estão: Amy Grant, Audrey Assad, Bethany Dillon, Britt Nicole, Char-lie Hall, Chris Tomlin, Hillsong, Hilssong Kids, Live e United, Je-remy Camp, Josh Wilson, Kristian Stanfill, Luminate, Mandisa, Matt Redman, Matthew West, Passion, Robbie Seay Band, Sanctus Real, Sarah Reeves, Shawn McDonald, Starfield, Steven Curtis Chapman,

Hillsong com nova distribuição

Switchfoot, entre outros. Daniel Romero, presidente da Canzion no Brasil está a frente do trabalho. “Es-tamos muito felizes porque enten-demos que é um novo tempo para a Canzion. Nossa proposta desde o início é de cuidar e servir os minis-térios das igrejas no Brasil trazendo o que há de melhor no cenário internacional também”, detalha. A Canzion Brasil é grava-dora de ministérios brasileiros como Adriana Cabral, Rede Ativa, Mi-nistério Ipiranga, Samuel Barbosa, Terra da Promessa e já distribui álbuns da língua hispana e inglesa como Christafari, Marcos Witt e Avion Blackman. “É o momento de consolidação do nosso trabalho. A EMI percebeu a seriedade com que temos encarado a música cristã em nosso país e fora dele”, afirma Daniel Romero.

O microblog twitter pode ser uma importante ferramenta para ala-vancar um ministério. A cantora Melissa, da Novo Tempo, descobriu a eficácia desta ferramenta e criou uma promoção muito diferente. O internauta que fizer parte de seu grupo no microblog irá aparecer no encarte do álbum. A iniciativa deu certo e seguirá de modelo para outras promoções do gênero.

Melissa em Adoração no twitter

Quer deixar sua guitarra com um visual diferenciado? A Planet Waves lançou uma linha para customizar sua amiga. São doze modelos de fácil aplicação e remoção e com um preço em conta.

Tatuagens para guitarra

Claro e gravadora fecham parceria

Em parceria com a operadora Cla-ro, a Sony lançou um proje-

to para envio de noticias via SMS relacionadas

a música Gospel nacional e inter-nacional. O canal chama-se Gospel News e oferece a

seus assinantes men-sagens SMS diárias

sobre bastidores, agenda de shows, curiosidades e

lançamentos de bandas e artis-tas do segmento gospel nacional e internacional do catálogo da Sony Music Gospel. Para tornar-se assi-nante do Gospel News os clientes da operadora Claro devem enviar um SMS com a palavra Sony para o número 600, e selecionar a opção Música Gospel. Cada mensagem recebida tem o custo de R$0,16.

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SONORAS

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Depois da ExPOCRiSTã, a ExpoMusic chega trazendo o que há o de melhor da música

O encontro de feras

Quando acabar a EXPOCRISTÃ, um outro grande evento estará sendo organizado: a ExpoMusic. A 27ª Feira Internacional da Música, Instrumentos Musicais, Áudio, Ilu-minação e Acessórios que acontece de 22 a 16 de setembro, vai abrigar 200 expositores de instrumentos musicais, acessórios, som profis-sional e iluminação, trazendo as marcas mais relevantes do país e do mundo, em uma área de 15 mil m². Fabricantes, importadores, distribuidores e músicos consoli-dam a ExpoMusic como o evento mais significativo do segmento na América Latina. Durante os cinco dias da Feira, músicos, lojistas, em-presários do setor de áudio, mídias em geral e até estabelecimentos de ensino do país, voltam-se para a ExpoMusic. “Este ano, reservamos os três primeiros dias da Feira para receber exclusivamente os profissio-

nais do setor. No sábado e do-mingo, vamos abrir às 10 horas da manhã para receber o público em geral e os aficionados por música. Nossa expectativa é que a Expomu-sic receba a visitação de 50 mil pes-soas”, declara Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras. A feira reúne anualmente marcas nacionais e internacionais, trazendo o que há de mais moder-no no cenário da indústria musical, com demonstração de produtos, workshops, tardes de autógrafos, entre outros destaques. A expecta-tiva desta edição é o aquecimento dos negócios graças à vigência da Lei 11.769, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, e institui a disciplina do ensino musical como atividade cur-ricular obrigatória para a Educação Básica. As escolas do país terão até

2011 para se adaptarem às exigên-cias e inserir o ensino da música no currículo. “Para os empresários do setor é evidente que a vigência da Lei vai refletir positivamente em seus negócios, pois a base de consumidores desses produtos tende a crescer gradativamente nos próximos anos”, analisa Synésio Batista da Costa, presidente da Abemúsica. “A expectativa é de que a partir da educação musical nas escolas, surja uma nova geração de músicos, pois sabemos que a prática musical é envolvente, prin-cipalmente entre as crianças e jo-vens, e nós, do segmento, estamos preparados para essa demanda. O nosso entusiasmo, entretanto, não se restringe somente aos negócios. Vemos aí uma ótima oportunidade de fomento cultural por meio da educação básica e que beneficia toda a sociedade”, finaliza.

fotos Divulgação

Shows e workshops são as marcas da ExpoMusic

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ENDORSES

Se a publicidade é a alma do negócio, no mundo da música não poderia ser di-ferente. A escolha de um determinado produto por um músico pode gerar uma cadeia produtiva com pomposos núme-

ros. Os endorses, ou garotos propagandas, se torna-ram uma grande arma de divulgação dos fabricantes

de instrumentos, aparelhagem e acessórios, pois influenciam a escolha de outros profissionais

e auxiliam estas empresas no desenvolvi-mento de novas linhas de produtos.

Oriundo do inglês, o termo endorse ganhou força na última

década. Assim como nos Es-tados Unidos onde músicos

assinam linhas de produtos, os profissionais brasileiros começaram a caminhar nesta pegada. Levam no peito as marcas que usam e

em troca são recompensados. A credibilidade, atrelada a marca, gera bons negócios. “A relação entre empresa e músi-co possui mais características de parceria do que propriamente comercial” explica a gerente de marketing da fabricante Con-dor Music, Ludemila de Oliveira. Nesta troca, raramente há um pagamento em dinheiro. O artista não tem vínculo

10

Endorses associam seus nomes a grandes marcas e influenciam até no desenvolvimento de novos produtos

Pegada registrada fo

tos

Div

ulga

ção

Juninho Afran: Endorse da Tagima e Sparflex

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ENDORSES

profissional com a empresa, apenas testa, assina e utiliza seus equipa-mentos. Há 18 anos, a Condor di-vulga linhas por meio de uma sele-ção de artistas, consagrados também no meio evangélico. Um destes nomes pode ser

classificado como a boa ilustração no exemplo de que endorsar traz resultado. Jean Carllos te-cladista do Oficina G3, utiliza os teclados Kurzweil - distri-buído pela Condor - desde que este chegou em

terras brasi-leiras. “A história do G3 junto

a Condor é bem antiga. Come-çou com o Juninho (Afram) e

o Duca (Tambasco) usando as guitarras e baixos Wash-

burn. Quando me convenci de que o instrumento era

exatamente o que preci-sava, comecei as nego-

ciações junto a empre-sa” lembra.

Numa negociação,

Duca do Oficina: Relação com a Condor é bem antiga

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ENDORSES

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Conheça maisalguns artistas que se tornaram endorses

como cita Jean, há casos em que a troca por quebra, defeito ou ate de uso normal é feita pela importado-ra como parte do contrato. Há a casos ainda em que o músico paga uma porcentagem pelo que utiliza. O acordo varia de acordo com a regra de cada empresa. Outro tipo de parceria se refere à utilização de acessó-rios e roupas. Mas o acordo é uma via de mão dupla. Em contra partida o músico precisa cumprir uma agenda

de workshops em lojas e distri-buidoras. No caso de uso de

acessórios, Jean conta que hoje tenta evitar este tipo de apoio. “Quero a liber-dade de escolher o que quiser vestir”, declara.

Ozielzinho

Ao longo da carreira iniciada aos nove anos de idade, o guitarrista, que é evangélico, tem na bagagem apresen-tações em igrejas, gravações em estú-dios. Ozielzinho tocou ainda ao lado de grandes nomes da guitarra brasileira como Joe Moghrabi e Kiko Loureiro.

Jean: Em caso de defeito a empresa troca equipamento

por outro novo

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Rodrigo Almeida

Conhecido como Tiozinho, nasceu em Piracicaba (SP) e se tornou endorse da Tagima e é guitarrista. O contato e o interesse pela música vieram desde a infância, que foi marcada pelas musi-cas executadas pela banda da igreja que frequentava. Iniciou no violão aos treze anos com o acompanhamento de um amigo da época. Um ano após do seu primeiro contato com o violão ganhou de presente de seu pai uma guitarra e começou a ter aulas com Gilberto Mo-reira, guitarrista evangélico respeitado em toda a região, e também passou a fazer parte da banda da Igreja.

CredibilidadePara ser endorse de uma empresa o mais importante é ser alguém de vi-

sibilidade. “Os patrocínios come-çaram quando viram na música cristã um mercado em potencial. O povo cristão consome muito e descobriram que toda igreja precisa atualizar seus equipa-

mentos “, argumenta Jean. Ser evangélico, como afirma, hoje é algo mais tranqüilo neste meio, mas ainda passa por di-

ficuldades em aceitação. “Mesmo assim, ainda

existem empresas que não querem colocar ou rotular sua marca

com uma religião” frisa. Também integrante do Ofi-cina G3, Duca Tambasco, endorse da Tagima, diz que não sofre tanta dificuldade assim. “Levo isso muito a sério. Trabalho somente com quem eu realmente acredito e não banalizo a credibilidade que adquiri” resume. Assume também que parte do su-cesso conquistado vem ainda de um bom relacionamento. ”Músicos bons tem caído de árvores por aí, mas nem sempre as empresas o querem. Aí que entra o músico com a boa rede de relacionamentos e que tenha cre-dibilidade”. Pela Tagima, Tambasco recebe manutenção, troca e assina li-nhas lançadas pela empresa. “O que faço é não usurpar e sim usufruir os

Nei Rangel

Endorse da Tagima, Rangel é contrabaixista, compositor, produtor musical e profes-sor. Teve seu primeiro con-tato com a música em corais na Igreja Batista. Na igreja em que participava, havia um contra baixo que não

estava sendo utiliza-do. Interessou-se

por este “violão de corda gros-sa” e a partir daí começou a tocar o ins-trumento.

do. Interessou-se

Roger Franco: Reconhecimento custou a chegar em sua cidade natal

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ENDORSES

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bons tratos que eles me oferecem” brinca. Roger Franco, guitarrista complementa: “Há um bom tempo tenho visto músicos de muita qua-lidade no meio evangélico, às ve-zes só falta saírem do comodismo” completa. Franco é endorssado não por uma, mas por diversas marcas. “Meus parceiros são: Crafter Violões, NIG Cordas e Pedais, Morley Wha e Volume, Sparflex Cabos, Landsca-pe Pedalboard e Fontes, Basso Cor-reias, Ferez Palhetas, Meteoro Am-plificadores, Hard Bag, Beach Break e Gang Steet”. Com uma lista tão grande de empresas patrocinadoras, o músico conta que seu reconheci-mento custou a chegar no interior da capital mineira de Belo Horizonte, dando aulas e workshops. “É preciso

aparecer”, brinca.

ReferênciaEndossar uma marca no Brasil pode não mudar totalmente a vida de um músico, mas sem dúvida seu nome é lembrado por quem é fã ou quer o modelo “x” de um instrumento. Juninho Afram, por exemplo, pos-sui uma linha assinada e exclusiva na Tagima, a qual deixa sempre em destaque em suas apresentações com o Oficina G3. A famosa guitarra ver-melha com riscos brancos e escudo preto é a JA1 e JA2, além da linha Arrow, que também leva o nome do artista. Como formadores de opi-nião, é unânime o consenso de que a influência exercida, do ponto de vista do músico, é algo para segundo plano. “O mais importante é que uso

equipamentos que gosto” frisa Jean. Porém, a importância de se destacar como um garoto propaganda soa como uma boa recompensa pela de-dicação ao trabalho. “Fazer a propa-ganda do instrumento é sucesso ga-rantido. Agrega-se valor ao produto. Quero influenciar pessoas a serem felizes, a serem boas pessoas, ótimos músicos e principalmente a seguirem a Jesus” continua. “Músicos no ge-ral respeitam nossos conceitos. Esse apoio nos mantém num patamar an-tes sonhado” completa Franco. Para quem compartilha da opinião de Roger, o músico deixa a dica: “Não pratique simplesmente pra se ter um endorse e sim para ser um bom músico, e como resultado do seu trabalho e caráter, será um músico requisitado tanto por artistas quanto por empresas”, finalizou.

Cacau Santos

Nascido em Recife, desde criança já gostava de música quando ga-nhou de sua mãe um cavaquinho, que foi seu primeiro instrumento. Aos quatro anos começou a tocar na igreja evangélica e lá ficou até os dezesseis anos. Em 1997 parti-cipou da banda de apoio do canta Nordeste da Rede Globo e do Fest Gospel. En-dorse da Tagima.e do Fest Gospel. En-dorse da Tagima.

Téo Dornelas

Iniciou sua trajetória como musico em Araçatuba, uma cidade do interior de São Paulo, aos 13 anos de idade, já co-meçava tocando em igrejas evangélicas. Tocou por todo o Brasil com o cantor PG, gravando com ele o seu primeiro CD solo, intitulado: Adoração.

Planta e raiz

Os músicos da banda de reggae Plan-ta e Raiz são endorssados por marcas como Gianinni e Yamaha. Frequen-tam a Igreja Bola de Neve

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LETRA&MÚSICA

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TOM: E

A C#m TODA TERRA ESTÁ A C#m CHEiA DA TUA GLÓRiA A C#m OS CÉUS DECLARAM A TUA GRANDEZA B A REi MEU E DEUS MEU_A C#m EU NASCi PRA TE ADORAR A C#m E O TEU NOME PROCLAMAR A C#m QUERO SER UM iNSTRUMENTO TEU B A REi MEU E DEUS MEU_ E DEUS ME CHAMOU B C#m7E EU DiSSE: EiS-ME AQUi A9 E VOU TE ADORAR B C#m7 A9 O MEU PRAZER É TE SERViR A C#m NãO CONSiGO MAiS ViVER A C#m UM SEGUNDO SEM TE TER A C#m MEU CORAÇãO PRECiSA MAiS DE Ti B A REi MEU E DEUS MEU_A C#m MEU DESEJO É ESTAR A C#m AOS TEUS PÉS E TE ADORAR A C#m A MiNHA ViDA ESTÁ EM TUAS MãOS B A REi MEU E DEUS MEU_ F#m E/G# A TUA VONTADE É O QUE EU MAiS QUEROBCUMPRE EM MiM O TEU QUERER F#m E/G# A TUA VONTADE É O QUE EU MAiS QUEROA B (C)CUMPRE EM MiM O TEU QUERER F DEUS ME CHAMOU C Dm7E EU DiSSE: EiS-ME AQUiBb9 F VOU TE ADORAR C Dm7 Bb9 O MEU PRAZER É TE SERViR

Rei meu Aline Barros

A

321

C#m7

23

4

A9

1 2

Dm72 31

45

E1

2 3

B

2 3 4

Bb9

32

E/G#

1

2 34

C

3

12

F

32

4

F#m

32

C#m

32

4

4

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LETRA&MÚSICA

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A#

432

introdução: A# D#/G A# Gm

A# Gm TEU SANGUE LEVA-ME ALÉM A# A TODAS AS ALTURAS Gm ONDE OUÇO A TUA VOZ F D# FALA DE TUA JUSTiÇA PELA MiNHA ViDA A# Gm F JESUS, ESTE É O TEU SANGUE A# Gm TUA CRUZ MOSTRA A TUA GRAÇA A# FALA DO AMOR DO PAi Gm QUE PREPARA PARA NÓS F UM CAMiNHO PARA ELE D# ONDE POSSO ME ACHEGAR A# SOMENTE PELO SANGUE

QUE NOS LAVA DOS PECADOS Gm E NOS TRAZ RESTAURAÇãO F NADA ALÉM DO SANGUE D# NADA ALÉM DO SANGUE A# F D# DE JESUS A# QUE NOS FAZ BRANCOS COMO A NEVE Gm ACEiTOS COMO AMiGOS DE DEUS F NADA ALÉM DO SANGUE D# NADA ALÉM DO SANGUE A# F D# F D#DE JESUS

EU SOU LiVRE, EU SOU LiVRE

NADA ALÉM DO SANGUE

NADA ALÉM DO SANGUE

DE JESUS

ALVO MAiS QUE A NEVE

ALVO MAiS QUE A NEVE

SiM, NESTE SANGUE LAVADO

MAiS ALVO QUE A NEVE SEREi

Gm

32

D#

23

1

F

23

4

4

4

Nada além do sangue Fernandinho

Rei meu Aline Barros

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Música se apren-de na escola e não vale tomar zero nesta dis-ciplina. Os be-

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EDUCAÇÃO

Em 2011, escolas da rede pública e particular de ensino em todo o Brasil irão integrar o ensino musical na grade escolar. A proposta agradou músicos e mercado

Lição de casanefícios da música ao aprendizado ganharão um novo aporte com a Lei 11.769, que altera a Lei de Diretri-zes e Bases da Educação Brasilei-ra, e institui a disciplina do ensino

musical como atividade curricular obrigatória para a Educação Básica das Escolas Públicas e Privadas em todo Brasil. O projeto agrada pro-fessores, que contabilizam os pon-

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tos positivos aos alunos, e ao merca-do que acredita no incremento das vendas de instrumentos musicais. Sancionada em agosto de 2008 o projeto deve entrar em vigor no próximo ano. A lei soa como um desafio à educação no Brasil. O en-tão relator Frank Aguiar, na época deputado federal, defendeu a ini-ciativa e confirmou que o projeto

foi um pedido dos artistas. “Roberto Carlos conversou com os deputados e em todo o tempo contei com San-dra de Sá, Daniela Mercury e Ga-briel, O Pensador”, citou. Apesar disto ele relatou descaso de alguns parlamentares. “O problema é que político pensa só no que dá voto”, respondeu. Pelo projeto, a música não será necessariamente uma discipli-na exclusiva, mas irá compor o en-sino de Artes. “A música já era ensi-nada nas escolas, mas com o tempo deixaram de dar valor a esta arte”, lembra Aguiar. O primeiro passo antes da lei entrar em vigor será a capacita-ção de profissionais na busca de um ensino de qualidade. Com a aprova-ção, a preocupação não só do relator, mas de toda a classe acadêmica será com o conteúdo adaptado a cada fase escolar. Pelo plano de aula do Minis-tério da Educação (MEC) os alunos terão noções básicas de música, can-tos cívicos, sons dos instrumentos, orquestras, sons de instrumentos re-gionais e folclóricos.

Capacitação“Para nós educadores, a lei trouxe a ampliação de vagas para atuação profissional e uma maior valori-zação da área. A música deve ser entendida como um campo de co-nhecimento importante para a for-mação de qualquer pessoa” resume à coordenadora do curso de músi-ca-licenciatura da escola de Músi-ca e Artes cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), Flávia

fotos Divulgação

Os benefícios da música é reconhecido por pedagogos

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Cruvinel. Em Goiânia, Cruvinel con-ta que a aprovação já era esperada devido a participação de educadores em manifestações em prol do proje-to. Em Goiás, as Escolas da Rede Estadual já tinham a música pre-sente no currículo dos estudantes. A professora garante ainda que es-palhar o ensino por todo Brasil não tornará o aprendizado musical algo maçante. “Nenhum conhecimento quando trabalhado de forma séria, por meio de estratégias e metodolo-gias adequadas, se torna cansativo.

Com a música não será diferente”. A UFG possui projetos de extensão que atendem as escolas e os espaços alternativos. Foi ainda contempla-da pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pi-bid), onde alunos bolsistas atuam diretamente no ensino musical es-

colar, acompanhados por professores orientadores e supervisor.

A notícia foi co-memorada por Luiz Ricardo

Queiroz, doutor em música pela Universidade Federal da Bahia

(Ufba) e professor do curso de pós-graduação em música pela Universidade Federal da Paraíba (Ufpb). Ele é mais um dos que já esperavam a aprova-

ção da lei e promete auxiliar na adaptação de escolas e pre-paração de professores, por meio dos associados da Asso-

ciação Brasileira de Educação Musical (Abem). “A ABEM vem desenvolvendo ações políticas, rea-lizando publicações, promovendo encontros e debates, bem como ofe-recendo cursos de capacitação para os atuais e os futuros profissionais da educação musical no Brasil, ten-do como foco central, nos últimos anos, o fortalecimento e a inserção da música na escola” conta. O papel do professor será essencial nesta nova fase. “A música, para não se tornar algo cansativo, dependerá da forma como o profes-sor irá trabalhá-la. A matéria deve estar na escola porque realmente é conhecimento e cultura, tanto como fenômeno quanto ciência”,

recomenda o aluno Mário André de Oliveira, estudante da Universida-de Federal da Paraíba (UFPB). Li-cenciado em música e mestrando, ele começou a tocar violão aos 14 anos, freqüentou aulas de guitarra elétrica e passou pelo Conservató-rio Estadual Lorenzo Fernandes, nome herdado do compositor e ma-estro que mesclou o clássico com o folclórico nos anos 30 e 40. Pela bagagem que já tem, Oliveira considera que todo aluno já possui em si o gosto pela músi-ca, basta aguçar os sentidos e não levar a questão da aprendizagem na escola para o campo do ‘gostar’, mas sim do ‘conhecer’. “Não que-rem que gostem de tudo que lhes for apresentado, mas que tenham contato, que entendam e respeitem a diversidade” frisa. Para os empresários do setor a vigência da Lei vai refletir positivamente em seus negócios, pois a base de consumidores des-ses produtos tende a crescer gra-dativamente nos próximos anos. “A expectativa é de que a partir da educação musical nas escolas, surja uma nova geração de músicos, pois sabemos que a prática musical é envolvente, principalmente entre as crianças e jovens, e nós, do segmen-to, estamos preparados para essa demanda. O nosso entusiasmo, en-tretanto, não se restringe somente aos negócios. Vemos aí uma ótima oportunidade de fomento cultural por meio da educação básica e que beneficia toda a sociedade”, analisa Synésio Batista da Costa, presiden-te da Abemúsica.

EDUCAÇÃO

Frank Aguiar: Projeto contou com apoio de artistas

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De acordo com pesquisas, estudan-tes do segundo grau que tiveram quatro meses de treino em teclado de piano, bem como ao mesmo tem-po utilizando o programa de com-putador “quebra-cabeça matemáti-co”, tiveram notas 27% maiores de matemática e frações do que crian-ças que não tiveram nenhuma ins-trução especial. Eles também foram capazes de resolver problemas de matemática do nível de sexto grau. A participação em ativida-des musicais aumenta a habilidade da criança para aprender matemáti-ca básica e leitura - Os estudantes que participam de programas de Músicas obtêm notas significativa-

A Música desenvolve habilidades para o sucesso

mente mais altas nos testes padro-nizados e, ainda, desenvolvem ha-bilidades cruciais para ter uma vida bem-sucedida, como por exemplo, autodisciplina, capacidade para tra-balhar em grupo e facilidade para a resolução de problemas. Pesquisadores acreditam que a música é uma forma superior de ensinar aos estudantes primários o conceito de frações. Os estudantes envolvidos com a música também têm menos possibilidades de envolvimento com quadrilhas, bem como, de vir a con-sumir drogas ou abusar do álcool, além disso, os seus índices de com-parecimento às aulas são maiores.

Um grupo de pesquisa-dores da Universidade de Munster (Alemanha) observou que o fato de ter aulas de música na infância, na realidade, aumenta o tamanho do cérebro. A área cerebral que se utili-za para analisar o tom de uma nota musical é 25% maior nos músicos, em comparação com as de pessoas que nunca tocaram um instrumen-to. As descobertas indicam que a área cerebral aumenta com a prática e a experiência, pois, quanto mais jovens eram os músicos quando iniciaram o aprendizado musical, maior é esta área em seus cérebros.

Fonte: Abemusica

EDUCAÇÃO

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M&S | agosto / setembro 2010

PERFIL

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Beto Santos é um pro-fissional multifaceta-do e reconhecido no mundo da música. Além de se dividir em

três funções em dois meios distintos, ele trabalha em seu primeiro proje-

Depois de produzir, arranjar CDs de Salgadinho, X-Barão e Renascer Praise, Beto Santos dedica-se ao seu primeiro trabalho solo

Homem versátil

to solo que trará somente músicas instrumentais, prepara um livro di-dático com frases de guitarra e mos-tra ser possível juntar versatilidade e excelência. Convertido aos 12 anos na Igreja Renascer em Cristo, onde

congrega até hoje, começou um ano depois a tocar e se apaixonou pela música. Lá fez amigos e conheceu vários profissionais da área. Cinco anos após conheceu Salgadinho, com quem trabalha há mais de oito anos, e que, na época, estava à frente do gru-

May

ra B

onda

nça

fotos Divulgação

Beto Santos está trabalhando para construir seu próprio estúdio

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PERFIL

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po Katinguelê. O vocalista convidou o músico para tocar em sua banda. Esses trabalhos ficaram frequentes, até que Beto se tornou músico fixo do grupo com quem fez uma extensa turnê pela Europa onde faz, até hoje, muitos trabalhos de direção musical. Muitos destes contatos que o músi-co conseguiu nessa época e rendem frutos até os dias atuais, ele deve à participação no grupo Katinguelê. Além de Salgadinho, Beto fez parcerias com o rapper X-Ba-rão, as cantoras Karin Hills e Ma-ria Christina, participante do Ídolos 2008, e Renascer Praise. Ele trabalha como arranjador, músico e produtor musical tanto no meio evangélico,

quanto no secular. Atualmente está nas produções do CD gospel do ex-integrante do Katinguelê, no projeto de João Villa e no CD de estréia de sua mãe, a pastora Célia Silva. Beto finaliza ainda seu pri-meiro projeto solo, um CD comple-tamente instrumental com várias participações especiais, e lança seu livro didático com frases de guitar-ra do guitarrista George Benson. “Quando comecei a tocar guitarra, me apresentaram um guitarrista in-crível chamado George Benson e foi amor a primeira ouvida. Logo me identifiquei muito com o som dele e, desde então, minha admiração só vem crescendo. Queria sempre to-

car como ele e usar suas frases nos meus solos, e comecei a buscar infor-mações a respeito na internet e em vários outros lugares, porém o que achei foi muito pouco. Foi a partir daí que Deus me iluminou e me dirigiu a fazer este livro para os ad-miradores do estilo George Benson de tocar e também para aqueles que querem enriquecer o seu vocabulá-rio de solos”, conta. Juntamente com o lança-mento do livro e a criação das mú-sicas para seu disco, Beto está traba-lhando para construir seu próprio estúdio de gravação. Para conhecer mais sobre Beto Santos acesse: www.betosantosproducoes.blogspot.com.

Santos já fez parcerias com X-Barão, Renascer e trabalha na produção do CD de Salgadinho

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Com muita sofisticação o estúdio paulista Guidon atua há 32 anos no mercado com foco no gospel, sertanejo e MPB

Na década de 70, após morar nos Estados Unidos, Augusto Guidon (Guto) trouxe ex-

periências sobre gravação e criou em uma casa, um espaço para gravação com técnicas e equipamentos bem obsoletos se comparados com os de hoje. Trinta e dois anos se passaram, já na segunda geração da família, o local modernizado por André, filho do fundador, se tornou referência atendendo o mercado gospel, serta-nejo e o de MPB. Neste repaginado Estúdio Guidon foi possível concen-trar todas as áreas e etapas de produ-ção, tanto de áudio e vídeo. Guto que, desde o início tinha interesse por equipamentos e técnicas de gravação e conhecimento em acústica, queria gravar a própria banda. A partir desse conhecimen-to veio o propósito de reescrever a história do Estúdio Guidon. Por 18 anos permaneceu na casa idealizada por seu pai, até adquirir uma nova

Tudo em um

sede com equipamentos de última geração, projetada por especialistas e com diversas opções de serviços, que vão desde a gravação de áudio até a masterização, edição de vídeos e duplicação de CD/DVDs. São três espaços de gravação e mixagem no Estúdio Guidon, sen-do uma de masterização, outra com ilha de edição e outra terceira de ví-deo com Chromakey. Para atender o mercado fonográfico é oferecido o serviço de gravação e finalização de CD e DVD. Para o mercado publi-citário há serviço de dublagem para filmes publicitários e produção de filmes institucionais, além de contar com o serviço de replicagem de CD e DVDs. Como são vários os espa-ços, em cada um há um diferencial nos equipamentos usados. No es-túdio 1, por exemplo, são utilizados ‘butique’ como Neve, SSL, Avalon, Universal áudio, Focusrite isa, Urei, Lexicon 480L e outros, assim como um PTHD 3 Accel e monitores cus-

tomizados. Já no estúdio 2, o centro das atenções se volta para o console analógico D&R Octagon de 80 canais de mix com total recal e lógico, peri-féricos como Avalon, Neve e Urei e um piano acústico meia cauda. No estúdio 3, que agora é usada como sala de produção da pro-dutora, contam com um PTLE 003 e uma cabine de locução para grava-ção de voz e instrumentos solos ou dublagem. A masterização tem con-versores apogee, equipamento val-vulado SPL e monitoração genelec. No setor de vídeo, a ilha possui duas estações: uma para edição/composi-ção e outra para 3D e um estúdio de chromakey com moderno sistema de iluminação por leds.

RELACIONAMENTOSAs condições técnicas do estúdio 1 e 2 são muito equilibradas e amplas, comportando um número grande de músicos. Já as salas acústicas são dife-rentes uma da outra, sendo a do estú-dio 1 mais viva com possibilidade de

Viní

cius

Cin

tra

fotos Divulgação

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agosto / setembro 2010 | M&S

ESTÚDIO

25

mudanças, e a do estúdio 2 mais seca. “O madeiramento proporciona um resultado harmônico muito agradá-vel. A masterização tem acústica ba-lanceada e calibrada”, explica André. Ao longo dos anos, a família Guidon descobriu algumas técnicas de gravação especificas para cada sala, em especial para cordas no es-túdio 1, onde o madeiramento pro-porciona um resultado harmônico muito agradável. Com tantos equipamentos sofisticados, André, coordenador/ge-rente de áudio e engenheiro de mas-terização lembrou das dificuldades e dos aparelhos utilizados na década de 70. “Com o equipamento trazido por meu pai, o estúdio começou a fun-cionar após um ano da construção da sala acústica. Os equipamentos eram um gravador Tascam 8 canais de 1’’ e duas mesas Model5 Tascam. Anos depois, no começo dos anos 80, foi inaugurada a segunda sala, com equipamentos mais modernos, entre eles console Amek Angela e gravador

MCI de 2.” Com uma equipe de enge-nheiros, produtores e gerentes, o es-túdio conta com uma grande rede de relacionamento com o mercado, pro-porcionando a produção fonográfica e publicitária. “Por ser independente a empresa não produz para o merca-do fonográfico, mas os engenheiros que trabalham no estúdio produ-zem, sendo eles os colaboradores na produção”, conta André ao destacar a produção de Voz da Verdade, Gian e Giovanni e Grupo Logos. Já no mercado publicitário foram produ-zidos trabalhos para agências que tem clientes como Farmais, Invel, Bayer, CNA, Marisol, Nissin, Paka-lolo, Peugeot e muitos outros. De acordo com André, nos últimos 10 anos em São Paulo a con-corrência no mercado fonográfico mudou, principalmente pela difu-são de home studio. “Continuamos a atender o mesmo tipo de cliente, mas nem sempre o trabalho é feito inteiro no nosso estúdio. Antiga-

mente, o estúdio ficava cheio com um numero referido de clientes que gravavam o trabalho todo aqui, ago-ra o número de clientes aumentou fazendo só uma parte da produção”, enfatiza. Mesmo com essa mudança, André descreve que os 32 anos de experiência faz uma diferença mui-to grande, pois o Estúdio Guidon oferece confiança e credibilidade, além da qualidade de atendimento e grande variedade de equipamentos e salas bem equipadas. Um ponto for-te para se manter no mercado com prestígio durante três décadas tam-bém está relacionado com a comu-nicação estratégica adotada para di-vulgar o estúdio: “a divulgação boca a boca é bem forte, um músico pas-sa para o outro, um produtor passa para o outro e assim vai. No merca-do publicitário a comunicação com as agências e o contato constante é necessário, pois, os trabalhos funcio-nam em outra velocidade”, finalizou André Guidon.

Estúdio tem madeiramento que proporciona resultado harmônico

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M&S | agosto / setembro 201026

TÉCNOLOGIA

Você já pensou em transformar seu dispositivo móvel da Apple em um processador de efeitos para a sua guitarra ou baixo?

iPhone no Pé

Com o iRig + aplicativo Amplitube instalado ao seu

dispositivo móvel você pode ter a sua disposição fantás-

ticos efeitos e emuladores de amplificadores.

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agosto / setembro 2010 | M&S

TÉCNOLOGIA

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Que um pequeno apa-relho, como o iPho-ne, iPod ou o iPad pode se transformar

em instrumentos musicais como guitarras, violões, baixos ou per-cussões, disso todo usuário que costuma baixar aplicativos Ap-ple, sabe. Agora, que este mesmo equipamento pode substituir com excelência as famosas pedaleiras profissionais que possibilitam aos músicos – principalmente aos gui-tarristas - alterar a sonoridade de seus instrumentos, nisso poucos acreditam. Fato é que longe de achar que todos os aplicativos produzi-dos na área da música, represen-tam apenas uma brincadeira neste vasto segmento, a companhia IK

Multimedia, reconhecida interna-cionalmente pelo lançamento de produtos inovadores para músicos e produtores musicais, resolveu investir pesado no desenvolvimen-to de uma nova interface (hardwa-re + software), para os gadgets da Apple, que promete impressionar tanto a músicos amadores quanto a profissionais. O novo equipamen-to, chamado iRig, é um adaptador que permite conectar guitarras ou baixos aos populares dispositivos móveis da Apple (iPhone, iPod e iPad) e com a ajuda do software “AmpliTube” (disponível para do-wnload) transforma o telefone ou outro, num processador, com aces-so a uma grande biblioteca de efei-tos, distorções, simuladores de am-plificação e tudo o que um músico

pode esperar das pedaleiras profissionais. O software está disponível para download em três versões, sendo uma delas totalmente gratuita. A versão AmpliTube Full - que é a mais completa e custa US$ 19,99 - permite ao usuário escolher entre 11 pedais de efeitos diferentes, cinco amplificadores, cinco colunas e dois microfones, além da possibilidade de trabalhar rigs personaliza-dos e 12 presets. A versão AmpliTube LE custa US$ 2,99 e disponibiliza 5 pe-dais, 1 amplificador, 1 co-luna e 2 microfones. Já a versão Free é apenas para teste e tem 3 pedais, 1 am-

plificador, 1 coluna e 2 microfones. A aplicação AmpliTube que tam-bém tem funções de cancelamento de feedback e filtro de ruído, inclui gravador, afinador e metrônomo básico. O novo iRig - compatível com os iPhone 3G, 3GS, 4, iPod Touch de segunda e terceira gera-ção e com o iPad – foi recém dis-ponibilizado nos Estados Unidos e Europa e em breve deve chegar as lojas no Brasil. Para os mais apres-sados, o equipamento já está a ven-da na loja online da IK Multimédia e custa cerca de US$ 39,99 dólares mais taxas de envio e importação.

MAIS INFORMAÇÕESwww.amplitube.com/irigwww.ikmultimedia.com

Ozi

el A

lves

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LANÇAMENTO

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Tudo novo

SAx TENOR

O Sax Tenor Sib laqueado

com case ABS Winner e chave

de Fá# agudo é da marca

Winner, origem importada.

Acompanha estojo extra luxo.

www.izzomusical.com.br

Monitores para home estúdios

Os novos monitores ativos Media One, da

Samson, são ótimos para home studio e audição

musical. Produzem sonoridade poderosa e de

alta performance, graças a seu amplificador in-

terno, woofers de 5” que oferecem uma precisa

freqüência de resposta e um tweeter que garante

um som natural de freqüências altas.

O monitor direito apresenta um painel frontal

de operação intuitiva, com controle de volume,

saída para fones e entrada auxiliar (3,5 mm)

para conexão de MP3 player, teclado, som auto-

motivo ou qualquer outro tipo de sinal de linha.

www.florencemusic.com.br

Pedal Mapex P 1000 TW

Pedal Duplo de bumbo com corrente dupla, tensão de mola

ajustável, batedor duas faces Feltro/ABS com ajuste de peso,

base estabilizadora inteiriça em aço, âncora ajustável, Regula-

gem de ângulo do batedor, batedo rduas faces Feltro/ABS com

pesos intercambiáveis de 10g e 20g, sapata mais leve proporcio-

na maior controle com muito menos fadiga, base estabilizadora

mais compacta que a dos demais pedais, mecanismo de mola

com torque livre, tornando o movimento de ação e recuo extre-

mamente suaves, sistema Talon, oferece garra de travamento

no bumbo, que move-se independente do chassis do pedal,

borboleta lateral, rápido é fácil de fixar seu pedal, mesmo nos

ambientes mais apertados, sapata e base do calcanhar articu-

ladas com rolamentos, que oferece perfeita mobilidade e total

segurança contra movimentos laterais, revestimento emborra-

chado antiderrapante na base estabilizadora, equipado 2 com

polias intercambiáveis: Polia Glide para inércia uniforme e

Polia Pursuit para maior impacto.Acompanha Bag reforçado,

chaves de regulagem e Velcro.

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agosto / setembro 2010 | M&S

LANÇAMENTO

29

MxR Tremolo

Com duas entradas e duas saídas, per-

mitindo ligações em estéreo ou mono,

o MXR Stereo Tremolo apresenta o

mesmo circuito e função do famoso

MXR TS1 Tremolo, mas em um for-

mato menor para melhor instalação em

pedaleiras.

www.musicalizzo.com.br

Condormusic e o Orange OR50

O modelo OR50, comemorativo aos 40 anos

da empresa, oferece o fantástico som Orange.

O amp tem controles de ganho, graves,

médios, agudos, drive e volume máster. Possui

fiação ponto a ponto e três estágios de ganho.

É um AMP de um único canal versátil.

www.condormusic.com.br

Tagima Ulisses RochaConstruído com madeiras nobres: tampo de cedro maci-

ço, laterais e fundo de rosewood indiano, braço de mogno

e escala de rosewood, o Tagima Ulisses tem acabamento

fino de laca que impermeabiliza a madeira e auxilia na

vibração do instrumento. Os modelos Ulisses Rocha

são feitos à mão por luthiers experientes, tornando cada

instrumento único e especial.

www.tagima.com.br

Piano digital Kurzweil

Piano Digital com móvel,

Ebony Polish, 88 teclas

pesadas, aftertouch, 850

timbres, 128 MIDI Setups,

KB3, arquitetura VAST

– PC3, polifonia de 128 vozes,

Sequencer, Auto-falantes com

140w rms, USB, xD card.

Kit Microfone Santo Ângelo SAS58

Kit montado com microfone do tipo cardióide SAS,

corpo de alumínio injetado, pintura emborrachada

e aveludada e globo de alta resistência contra amas-

samento. Resposta de frequência 80Hz a 13Khz.

Impedância de saída de 500 Ohms. Cada unidade é

acondicionada em estojo plástico que inclui suporte

flexível com padrão 25mm com inserto de metal no

padrão internacional, acompanha também um cabo

de microfone balanceado ou desbalanceado (confor-

me solicitado) de 15FT / 4.57m.

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ESTÚDIOS

Tonelada Estúdio de Gravação

Rod

rig

o

Loli

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Gravando um Coral

Com certeza, um dos maiores desafios den-tro de um estúdio é a gravação de um co-ral. Além da atenção

e experiência necessárias, temos que contar com um grupo uniforme, ca-pacitado e, se possível, bem ensaiado. Muitas vezes produtores e ministros de louvor se deparam com situações difíceis que exigem paciência e bas-tante política. Para evitar maiores problemas, vão ai algumas dicas im-portantes:

1) Reduza o tamanho do grupo que irá gravar. Escolha somente as melho-res vozes e cantores que não tem pro-blemas de afinação. Três cantores para cada naipe darão conta do recado. Se não tiver três, utilize dois, mas tem

que ser da elite do seu time. Já gravei os principais corais do Brasil e todos eles gravam com times reduzidos.

2) Se o grupo não está acostumado a gravar, ensaie bastante. Quanto mais seguros os cantores estiverem, me-nos nervosos eles ficarão na hora de gravar. Ensaie sempre com acompa-nhamento de algum instrumento e nunca à capela.

3) Lembre-se que melodias mui-to complexas exigem muito treino e preparo. Esteja sempre seguro do passo que está dando. Tente ser ou-sado. Sem o devido preparo o resulto pode ser desastroso.

4) O ideal é gravar todas as vozes juntas, mas dependendo da qualida-

de dos cantores você ganhará tempo gravando naipe por naipe. Inicie pela voz que é a guia da melodia ou pelas sopranos.

5) Nos corais menos experientes, os tenores geralmente dão problema de afinação na hora de gravar. Deixe para gravá-los depois das sopranos e contraltos.

6) Mesmo com as facilidades da tec-nologia, a correção de afinação nes-se tipo de gravação ainda está en-gatinhando e não fica muito bom. Escolha uma música que o grupo está muito confortável cantando e inicie suas gravações por ela.

Na próxima edição mais dicas sobre este assunto.

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