Movimento Literário Trovadorismo 1º ano A 2013

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ Assunto: Movimento Literário Trovadorismo em Portugal Tema: Traços do Trovadorismo Português na Literatura Alunos e números: Allyne de Mattos Alves, 02 Ana Carolina Borges Cruz, 03 Ana Paula Sales, Nº 05 Thalita Dias dos Santos, Nº 35 Tifany de Araújo Rodrigues Alves, Nº 36 Wallace Sampaio de Mello, Nº39 Série: 1º ano A Ensino Médio Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva Disciplina: Língua Portuguesa Jacareí, 12 de novembro de 2013

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Trabalho de pesquisa dos alunos da Escola João Cruz - Jacareí, SP sob orientação da profe Piedade Teodoro

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Page 1: Movimento Literário Trovadorismo 1º ano A 2013

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ

Assunto: Movimento Literário Trovadorismo em Portugal

Tema: Traços do Trovadorismo Português na Literatura

Alunos e números: Allyne de Mattos Alves, Nº 02

Ana Carolina Borges Cruz, Nº 03

Ana Paula Sales, Nº 05

Thalita Dias dos Santos, Nº 35

Tifany de Araújo Rodrigues Alves, Nº 36

Wallace Sampaio de Mello, Nº39

Série: 1º ano A – Ensino Médio

Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva

Disciplina: Língua Portuguesa

Jacareí, 12 de novembro de 2013

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II. INTRODUÇÃO

O estudo em questão intenciona a divulgar o Movimento Literário Trovadorismo,

principalmente, para a sala de aula dos alunos do 1ºanoA da Escola Estadual Professor

João Cruz, além de mostrar sua influencia nos dias de hoje.

A pesquisa foi desenvolvida com base nas seguintes questões: “O que foi o

Trovadorismo, e quais são as influencias das manifestações literárias nos dias de hoje?” e

“Quais são as características centrais no sistema Literário Trovadorismo?”.

O Trovadorismo é um período, tipicamente medieval, que se estende do século XII ao

início do século XV, quando Portugal começa sua aventura marítima que reflete os ideias

da sociedade feudal (sociedade de caráter, separada em estamentos é conhecida por sua

rigidez social) organizada a partir das relações de vassalagem (pacto existente entre

nobres e reis, pacto de honra e de fidelidade), uma extremada entre nobres e reis, e as

lutas da Reconquista (movimento de efetiva retomada dos territórios na Península Ibérica,

no século XV).

O Movimento Literário Trovadorismo se desenvolveu em plena Idade Média, no período

em que Portugal estava em processo de formação, e quanto ao poderio do Império

Romano, estava quase no fim. Portugal encontrava-se ocupado com as Cruzadas e

guerras entre várias dinastias das quais ainda existem.

Quando as guerras acabam, e o condado portucalense se torna independente, surge

assim o primeiro Movimento Literário, o Trovadorismo.

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II. TROVADORISMO, MAIS QUE UM MOVIMENTO LITERÁRIO, UM MODO DE

EXPRESSÃO

1. Origens

A palavra “trovador” origina-se do francês “trouver”, que significa “achar”, “encontrar”, pois

se dizia que o poeta achava a música adequada ao poema e o cantava acompanhado de

instrumentos musicais.

O Trovadorismo é o primeiro Movimento Literário na história da Literatura Portuguesa.

Teve origem no sul da França no ano de 1189, permanecendo até 1198, suas cantigas

concebiam o amor como um culto, e servia para endeusar a mulher e idealizá-la, lamentar

a ausência da pessoa amada ou criticar alguém.

O marco inicial da literatura trovadoresca foi a “Cantiga da Garvaia”, escrita por Paio

Soares de Taveirão, em dialeto galaico – português, língua utilizada pelos trovadores,

ainda em formação.

A época do Movimento Literário Trovadorismo, ainda se caracteriza pelo aparecimento e

cultivo das Novelas de Cavalaria, que chegavam a Portugal no século XIII, durante o

reinado de Afonso III. O meio de circulação desse modelo era a fidalguia (a classe da

nobreza) e a realeza (dignidade de rei ou rainha), a matéria cavalheiresca pode ser

dividida em três ciclos, são eles: Ciclo Asturiano: acontece em torno do Rei Arthur e seus

cavaleiros; Ciclo Carolíngio: acontece e torno de Carlos Magno e os doze pares da

França e Ciclo Clássico: relativo aos temas greco–latinos, narram a grande Tróia e as

aventuras de Alexandre, o Grande.

2. Cantigas trovadorescas

Os textos poéticos da primeira época medieval eram acompanhados por instrumentos

musicais, e normalmente, cantados em caro, passando a serem chamadas de cantigas.

Podem-se reconhecer dois grandes grupos de cantigas: as cantigas líricas e as cantigas

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satíricas.

As cantigas líricas se subdividem em cantigas de amor que era uma maneira provençal, o

eu lírico declarava seu amor por uma dama da corte, enquanto as cantigas de amigo que

se originam da própria Península Ibérica como expressão de sentido popular, se

caracterizavam por ser o eu lírico feminino.

Exemplo de cantiga de amor, de Bernal de Bonaval:

A dona que eu am'e tenho por senhor

amostrade-mi-a, Deus, se vos em prazer for,

se nomdade-mi-a morte.

A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus

e por que choram sempre, amostrade-mi-a Deus,

se nomdade-mi-a morte.

Ai, Deus! quimi-afezestes mais ca mim amar,

mostrade-mi-a u possa com ela falar,

se nomdade-mi-a morte. (Disponível em

http://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=1083&pv=sim > Acesso em 28 de outubro

de 2013)

Exemplo de cantiga de amigo, de D. Diniz

"Ai flores, ai flores do verde pino,

se sabedes novas do meu amigo!

ai Deus, e u é?

Ai flores, ai flores do verde ramo,

se sabedes novas do meu amado!

ai Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,

aquel que mentiu do que pôs comigo!

ai Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,

aquel que mentiu do que mi há jurado!

Page 5: Movimento Literário Trovadorismo 1º ano A 2013

ai Deus, e u é?" (Disponível em http://ler.literaturas.pro.br/index.jsp?conteudo=385>

Acesso em 28 de outubro de 2013)

As cantigas satíricas se subdividem em cantigas de escárnio, que são sátiras indiretas e

exploravam palavras e construções ambíguas, já as cantigas de maldizer, são satíricas

diretas com nominal da pessoa ironizada, além de explorar temas que abordavam o

adultério e os amores interesseiros.

Exemplo de cantiga de escárnio, de Joan Garcia de Gilhade

Ai dona fea! Foste-vos queixar

Que vos nunca louv'en meu trobar

Mais ora quero fazer un cantar

En que vos loarei toda via;

E vedes como vos quero loar:

Dona fea, velha e sandia!

Ai dona fea! Se Deus mi pardon!

E pois have des tan gran coraçon

Que vos eu loeen esta razon,

Vos quero já loar toda via;

E vedes qual será a loaçon:

Dona fea, velha e sandia!

Dona fea, nunca vos eu loei

En meu trobar, pero muito trobei;

Mais ora já en bom cantar farei

En que vos loarei toda via;

E direi-vos como vos loarei:

Dona fea, velha e sandia! (Disponível em

http://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=1411&pv=sim> Acesso em 28 de outubro

de 2013)

Exemplo de cantiga de maldizer, por Pero Garcia Burgalês.

Rui Queimado morreu com amor

em seus cantares, par Santa Maria,

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por uma dona que gran bem queria;

e, por se meter por mais trobador,

por que lh' ela non quiso bem fazer,

feze-s' el em seus cantares morrer,

mais resurgiu depois, ao tercer dia! (Disponível em

http://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=1411&pv=sim > Acesso em 28 de outubro

de 2013)

Cantigas de Amor. Cantigas de Amigo.

Sujeito. O trovador assume o eu-

lírico, masculino: é o

homem quem fala.

O trovador assume o eu-

lírico, feminino: é a mulher

quem fala.

Objeto. Feminino: a dama, a

“senhor”.

Masculino: o amigo.

Caracterização do sujeito. Cativo, coitado,

enlouquecido, aflito,

sofredor.

Louça (formosa), velida

(bela), loada (louvada), leda

(alegre), fremosa (formosa).

Caracterização do objeto. Idealização da mulher pelas

qualidades físicas morais,

sociais, etc.

Mentiroso, traidor, fremoso,

etc.

Expressão dos sentimentos. Expressa a coita (dor)

amorosa do trovador por

amar uma mulher

inacessível e a quem rende

vassalagem amorosa.

Expressa os sentimentos de

uma mulher que sofre por

sentir saudades do amigo

(namorado).

Cenário. A natureza e o ambiente da

corte.

O campo (fonte, flores,

aves), o mar e a casa.

Origem. É de origem provençal. Teve origem em território

galaico-português.

Cantigas de escárnio.

Cantigas de maldizer.

Cantiga de caráter satírico, em que o

ataque se processa indiretamente, por

intermédio da ironia e do sarcasmo.

Cantiga de caráter satírico, em que o

ataque se processa diretamente. Criticava

pessoas, costumes ou acontecimentos,

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Criticava pessoas, costumes e

acontecimentos, sem revelar o nome da

pessoa ou pessoas visadas.

citando o nome da pessoa ou pessoas

visadas.

(MAIA, 2005)

3. Novelas de Cavalaria e outros gêneros

As Novelas de Cavalaria, surgidas durante o Movimento Literário Trovadorismo, são

traduzidas do francês e do inglês, e seu caráter é tipicamente medieval. São narrativas

ficcionais de acontecimentos históricos, relatos de combate, e aventuras de cavaleiros

medievais, enfrentando provações físicas e morais em nome da honra e do amor.

Nasceram das poesias de temas guerreiros, e deixaram de ser expressas de ser cantadas

para serem lidas.

Serviam como verdadeira divulgação das Cruzadas, como maneira de auxiliar na

população ao movimento.

As novelas agradavam a todos positivamente e influenciavam muito no comportamento e

na rotina da população nessa época. Dentre as novelas que mais percorriam os meios

portugueses, estavam as novelas: “Amandis de Gaula” e “A Demanda do Santo Graal”.

Penetraram em Portugal no século XIII, durante o reinado de Afonso III. Seu meio de

circulação era a fidalguia (classe da nobreza) e a realeza (dignidade de rei e rainha), a

matéria cavalheiresca pode ser dividida em três ciclos, são eles: Ciclo Asturiano: Tendo o

Rei Arthur e seus cavaleiros como protagonistas; Ciclo Carolíngio: Em torno de Carlos

Magno e os doze pares da França; Ciclo Clássico: Referente a novelas e temas greco-

latinos. Tendo-se em conta a Literatura Portuguesa, é contraditória essa divisão, pois

somente o ciclo asturiano deixou sua passagem em Portugal. Os demais ciclos, embora

conhecidos, passaram somente em forma de poesia e, também, por não haver

conhecimento de alguma novela do ciclo carolíngio ou clássico.

Floresceram também, nesse período: Os cronicões: livros de crônica que deram início à

historiografia portuguesa; As hagiografias: vidas de santos e Os livros de linhagem:

relações de nomes, geralmente de fidalgos (nobres), com a intenção de estabelecer graus

de parentesco a fim de evitar casamentos entre parentes próximos e diminuir as duvidas

no caso de herança.

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Trecho da novela de cavalaria A Demanda do Santo Graal:

Véspera de Pinticoste foi grande gente assüada em Camaalot, assi que podera homem i

veer mui gram gente, muitos cavaleiros e muitas donas mui bem guisadas. El-rei, que era

ende mui ledo, honrou-os muito e feze-os mui bem servir; e toda rem que entendeo per

que aquela corte seeria mais viçosa e mais leda, todo o fez fazer.

Aquel dia que vos eu digo, direitamente quando queriam poer as mesas – esto era ora de

noa – aveeo que üa donzela chegou i, mui fremosa e mui bem vestida. E entrou no paaço

a pee, como mandadeira. Ela começou a catar de üa parte e da outra, pelo paaço; e

perguntavam-na que demandava.

– Eu demando – disse ela – por Dom Lançarot do Lago. É aqui?

– Si, donzela – disse üu cavaleiro. Veede-lo: stá aaquela freesta, falando com Dom

Gualvam.(Disponível em http://lerliteratura.blogspot.com.br/2010/03/prosa-medieval-

novelas-de-cavalaria.html>Acesso dia 24 de novembro de 2013)

4. Influencia do Trovadorismo nos dias de hoje

Atualmente, ainda se percebe a influencia da literatura trovadoresca em poemas e letras

de músicas contemporâneas. As cantigas de amor se caracterizam pelo eu lírico

masculino, presente em várias músicas nos dias de hoje, elogios que ele dirige a dama,

exaltando características físicas da amada, ele se apresenta como alguém que sofre por

um amor impossível ou não correspondido, o que está presente na música Os amantes,

do compositor Luiz Ayrão, interpretado pelo cantor brasileiro Daniel.

Qualquer dia, qualquer hora

A gente se encontra

Seja onde for

Pra falar de amor

Pra matar a saudade da felicidade

Dos instantes que juntos passamos

Page 9: Movimento Literário Trovadorismo 1º ano A 2013

E promessas juramos

Reviver os momentos de sonhos e de paixão,

Das palavras loucas, vindas do coração

Meu amor

Ah! Se eu pudesse te abraçar agora

Poder parar o tempo nessa hora

Pra nunca mais eu ver você partir

Qualquer dia, qualquer hora

A gente se encontra

Seja onde for

Pra falar de amor

Pra matar a saudade da felicidade

Dos instantes que juntos passamos

E promessas juramos

Reviver os momentos de sonhos e de paixão,

Das palavras loucas, vindas do coração

Meu amor

Ah! Se eu pudesse te abraçar agora

Poder parar o tempo nessa hora

Pra nunca mais eu ver você partir (Disponível em http://guiadoestudante.abril.com.br>

Acesso em 28 de outubro de 2013).

Já as cantigas de amigo apresentam um eu lírico que é a própria mulher abandonada,

que lamenta a ausência do ser amado e fala da saudade de seu amado, como, na música

O Meu Amor, do cantor e compositor brasileiro Chico Buarque de Holanda.

O meu amor tem um jeito manso que é só seu

E que me deixa louca quando me beija a boca

A minha pele toda fica arrepiada

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E me beija com calma e fundo

Até minh'alma se sentir beijada

O meu amor tem um jeito manso que é só seu

Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos

Com tantos segredos lindos e indecentes

Depois brinca comigo, ri do meu umbigo

E me crava os dentes

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz

Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

O meu amor tem um jeito manso que é só seu

Que me deixa maluca, quando me roça a nuca

E quase me machuca com a barba mal feita

E de pousar as coxas entre as minhas coxas

Quando ele se deita

O meu amor tem um jeito manso que é só seu

De me fazer rodeios, de me beijar os seios

Me beijar o ventre e me deixar em brasa

Desfruta do meu corpo como se o meu corpo

Fosse a sua casa

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz

Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz. Disponível em

http://guiadoestudante.abril.com.br> Acesso em 28 de outubro de 2013).

As cantigas satíricas também influenciam a música a contemporânea, as cantigas de

escárnio fazem uma critica indireta sem mencionar uma pessoa específica, isso está

presente na música Pra que discutir com madame, do intérprete e compositor brasileiro

João Gilberto, como no verso que o eu lírico critica a “madame”, pelas coisas que ela faz,

sendo preconceituosa com o samba e apresentando um comportamento esnobe no ponto

de vista do eu lírico.

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Madame diz que a raça não melhora

Que a vida piora por causa do samba,

Madame diz o que samba tem pecado

Que o samba é coitado e devia acabar,

Madame diz que o samba tem cachaça, mistura de raça mistura de cor,

Madame diz que o samba democrata, é música barata sem nenhum valor,

Vamos acabar com o samba, madame não gosta que ninguém sambe

Vive dizendo que samba é vexame

Pra que discutir com madame.

No carnaval que vem também concorro

Meu bloco de morro vai cantar ópera

E na Avenida entre mil apertos

Vocês vão ver gente cantando concerto

Madame tem um parafuso a menos

Só fala veneno meu Deus que horror

O samba brasileiro democrata

Brasileiro na batata é que tem valor. (Disponível em http://guiadoestudante.abril.com.br>

Acesso em 28 de outubro de 2013)

Nos dias atuais ainda temos muitas marcas das novelas de cavalaria, adaptadas para os

cinemas e em livros; Dentre elas estão A saga O Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola

Redonda, que envolve o Ciclo Arturiano. Criada pelo romancista inglês Thomas Malory.

Conta a historia de Arthur que um dia tirou a espada Excalibur da pedra e se tornou rei e

comandou uma das maiores sagas contadas em livros da história. Outro filme norte

americano adaptado das Novelas de cavalaria é Excalibu , dirigido por John Boorman,

baseado nos textos de Thomas Malory e roteiro de Rospo Pallenberg. O filme é baseado

na lenda inglesa do rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, escrita por Sir Thomas

Malory, mais, especificamente, sobre a espada do rei, a Excalibur, além do filme Lancelot

baseado nas lendárias aventuras do Rei Arthur e do melhor cavaleiro da Távola Redonda,

Lancelot.

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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Movimento Literário Trovadorismo se manifestou na Idade Média, período que ocorreu

o fim do Império Romano devido as invasões bárbaras, e se estendeu até o século XV,

quando se deu a época do Renascimento. Podemos dizer que o Trovadorismo foi a

primeira manifestação literária da Língua Portuguesa, compreendido entre 1189 e 1434.

Nessa época Portugal estava em processo de consolidação do estado português.

Enquanto o mundo estava em pleno Feudalismo, e o Teocentrismo dominava o planeta.

Os textos do Trovadorismo eram acompanhados de vários instrumentos musicais, dentre

eles, viola, lira, harpa, flauta, alaúde e pandeiro, estes textos geralmente eram cantados

em coro, por isso são chamados de cantigas, e eram feitos pelos trovadores para serem

cantados em feiras, festas e castelos nos últimos séculos da Idade Média.

As cantigas podem ser classificadas em dois grandes grupos: cantigas líricas e cantigas

satíricas. As líricas se subdividem em cantigas de amor e de amigo; as satíricas em

cantigas de escárnio e maldizer.

Nessa época também floresceram as novelas de cavalaria, onde havia sempre a

presença de heróis cavaleiros, que passavam por situações perigosíssimas para defender

o bem e vencer o mal. A origem do cavaleiro herói das novelas é feudal e nos remete às

Cruzadas, ele está diretamente envolvido na luta em defesa da Europa Ocidental, contra

os inimigos da cristandade.

Geralmente, as novelas de cavalaria não apresentavam uma autoria. Elas circulavam pela

Europa como propaganda das Cruzadas, para estimular a fé cristã e ganhar o apoio da

população ao movimento. As novelas eram tidas em alto apreço e foi muito grande a sua

influência sobre os hábitos e os costumes da população da época.

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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Barreto, Ricardo Gonçalves. Ser Protagonista. São Paulo: Edições SM, 2010.

Goulart, Audemaro Taranto. Estudo Dirigido de Gramática Histórica e Teoria da Literatura.

São Paulo: Editora do Brasil, 1974.

Maia, João Domingues. Português. São Paulo: Ática, 2008.

Nicola, José. Português Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2011.