Movimento feminista no brasil
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O movimento feminista brasileiro conquistou, nas últimas décadas, a
ampliação dos direitos da mulher. As ações do movimento feminista foram decisivas para articular o caminho da
igualdade entre os gêneros, que, apesar de todos os avanços, ainda
não é plenamente garantida.
Assim, ao entrar na segunda década do século 21, as feministas têm em sua pauta de reivindicações pontos como:
Reconhecimento dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres.
Necessidade do reconhecimento do direito universal à educação, saúde e previdenciária.
Defesa dos direitos sexuais e reprodutivos.
Reconhecimento do direito das mulheres sobre a gestação, com acesso de qualidade à concepção e/ou contracepção.
Descriminalização do aborto como um direito de cidadania e questão de saúde pública.
Além desses temas, um em especial tem ganhado por suas estatísticas: a violência
contra a mulher. A cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas no País, de acordo com pesquisa da Fundação Perseu Abramo (Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado), realizada em 25 estados, em 2010. No levantamento,
constatou-se que 11,5 milhões de mulheres já sofreram tapas e empurrões e 9,3 milhões sofreram ameaças de surra.
No entanto, as agressões diminuíram entre 2001 e 2010.
Anteriormente, oito mulheres eram agredidas a cada dois minutos. Um dos motivos para essa diminuição foi a elaboração da Lei Maria da
Penha, que garante proteção legal e policial às vitimas de agressão
doméstica.
No Brasil, o movimento tomou forma entre o fim do século 18 e início do 19, quando as mulheres brasileiras
começaram a se organizar e conquistar espaço na área da educação e do trabalho. Nísia
Floresta (criadora da primeira escola para mulheres), Bertha Lutz e
Jerônima Mesquita (ambas ativistas do voto feminino) são as expoentes
do período.
Em 1917, o serviço público passa a admitir mulheres no quadro de
funcionários. Dois anos depois, a Conferência do Conselho Feminino da Organização
Internacional do Trabalho aprova a resolução de salário igual para
trabalho igual.
Em 1932, as mulheres conquistam legalmente o direito ao voto, com o
Código Eleitoral. Apesar da importância simbólica dessa conquista, à época, foram
determinadas restrições para o exercício desse direito.Foi só com a Constituição de 1946 que o direito
pleno ao voto foi concedido.
Nos anos 80, as feministas embarcam na luta contra a violência às mulheres e pelo princípio de que os gêneros são diferentes,
mas não desiguais. Em 1985 é criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
(CNDM), subordinada ao Ministério da Justiça, com objetivo de eliminar a
discriminação e aumentar a participação feminina nas atividades políticas,
econômicas e culturais.