Movimento conflitos sociais e estratificação

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MOVIMENTO: CONFLITOS SOCIAIS E ESTRATIFICAÇÃO Sociologia Tema 6 p. 39 Professor Wilton 17/08/22

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MOVIMENTO: CONFLITOS SOCIAIS E ESTRATIFICAÇÃO

SociologiaTema 6 p. 39Professor Wilton

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RECORDANDO...O conceito de “estratificação social” é um dos elementos

centrais da Sociologia. Mesmo quando não citado nominalmente, podemos perceber seu emprego de diversas

formas.Na Sociologia, Davis e Moore definem “estratificação social”

como um fenômeno universal, que existe em todas as sociedades, assumindo diferentes “roupagens”.

A “estratificação social” pode ser objetiva, isto é, quando seus estratos (divisões) sociais são reconhecidos pelo Estado e sociedade, como na época do Feudalismo (Idade Média).A “estratificação social” é subjetiva, quando é definida de forma mais criteriosa, a partir de hábitos de consumo que

estratifica a sociedade em “classes consumidoras”, por exemplo.

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INTRODUÇÃO

Temos quatros tipos de estratificação social: 1° = Escravidão Quando uma pessoa pertence à outra. Não tem direitos civis nem políticos e são obrigados a trabalhar em troca de comida e sustento. 2° Estados A sociedade feudal apresentava uma divisão em “Estados”, ou Estamentos. Por isso, a Sociedade Estamental é aquela que não permite a mobilidade social. Teve fim com o Renascimento Comercial e Urbano, quando alguns servos e camponeses se tornariam comerciantes, dando origem à Burguesia.

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O SISTEMA DE CASTAS A divisão por castas tem origem na Índia e se baseia na crença hindu no renascimento. Sua posição social resulta de seu comportamento na vida anterior, e portanto, as pessoas das castas mais altas se comportaram bem espiritualmente e foram recompensadas por isso. Nascer em uma casta inferior significa que a pessoa foi punida por ações reprováveis cometidas anteriormente. Só convivendo com sua casta e aceitando suas limitações, a partir da qual nos aprimoramos espiritualmente, é que ascendemos a uma casta superior. É extremamente hierarquizada e é quase impossível mudar de casta, sendo a posição social hereditária e muito parecida com a da Sociedade Estamental da Idade Média.

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A SOCIEDADE DIVIDIDA EM CASTAS Casta Apresenta uma especialização que

passa de pai para filho, posto que sua profissão depende de sua origem social, que ele herda da família.

Ele terá de se casar com alguém de sua casta, de maneira “arranjada”.

No topo, estão os “Brâmanes” = Sacerdotes. Depois, os “Xátrias” = Aristocracia Guerreira. Então, os “Vaixás” = Comerciantes. Em penúltimo lugar, os “Sudras” = Servos. Por fim, os “Párias” = Excluídos, última camada.

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CLASSES SOCIAIS: Vitória da burguesia na Revolução Francesa

Fortalecimento dos ideias iluministas, dando privilégio ao CIDADÃO, agora dotado de direitos e deveres.

Assim, a estratificação social perdeu seu “apoio legal”, seja baseada no costume, na religião ou na lógica do Estado.

“Liberdade, Igualdade e Fraternidade” impedem a existência de políticas explicitamente exclusivas como as até então praticadas, que sancionassem a separação humana a partir de divisões rígidas!

A estratificação social é agora fruto de pesquisa e de estudo de sociólogos e antropólogos, de filósofos que não conseguem precisar a qual estrato pertence tal sujeito, já que existe mobilidade social.

Hierarquia = Complexa e difícil de ser definida. Não é a simples divisão riqueza e pobreza que

define tal divisão. Ver imagem ao lado

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A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL EM KARL MARX Segundo Marx, as classes sociais são definidas em relação à

posição na estrutura da produção. Assim, na história, temos proprietários e não-proprietários. Nas

sociedades, é a partir dessa luta de classe que a vida se movimenta.

Diferentemente de Marx, Durkheim não acreditava que a hierarquização da sociedade causaria uma luta entre seus estratos.

Na verdade, tal hierarquização é proveniente da divisão do trabalho social, que gera uma sociedade complexa!

Já Max Weber, assim como Marx, acreditava que a sociedade apresentava conflitos motivados por poder e recursos. Mas para Weber, a estratificação social não apresenta apenas o “lado econômico”, mas diversas outras perspectivas.

Weber compõe a estratificação social a partir de três elementos de distribuição do poder: classe, status e partido.

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A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL EM MAX WEBER Por “classe”, Weber compreende por uma

categoria econômica. Fatores como posse, nível educacional e grau de habilidade técnica e intelectual determina sua posição social em:

Grandes proprietários. Pequenos proprietários. Empregados sem propriedade, mas com boa

formação e portanto, bem remunerados. Os trabalhadores manuais não-proprietários.

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AINDA SEGUNDO WEBER STATUS corresponde às diferenças existentes entre

os grupos sociais quanto à honra ou ao prestígio social, conferido por aquela sociedade. Pode estar

relacionado ao modo de vida próprio, a descendência ou a apropriação de direitos políticos.

PARTIDO = Relações associativas baseadas no recrutamento livre e que permitem oportunidades

para que seus membros consigam realizar objetivos e vantagens pessoais/coletivas.

A união no partido pode se relacionar com interesses de estamentos ou classes ou com

interesses abstratos (ideológicos). Os partidos estão ligados a grupos de interessados,

visto que a participação é voluntária.

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ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL EM VILFREDO PARETO

Partindo da heterogeneidade humana, o italiano Vilfredo Pareto define a desigualdade como resultante da diferença física, moral e intelectual do ser humano. Uma classe eleita, a elite, governa as outras classes sociais, sendo que só uma parcela dela participa do poder.

O domínio dessa pequena elite ocorre através de diferentes formas, seja pela força, pela religião e quem está no poder, se esforça em manter sua posição.

Ao indivíduo, é possível chegar ao poder tanto pela capacidade individual como pela tradição.

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TEORIAS CONTEMPORÂNEASHoje, os teóricos recebem influências dos

antigos pensadores, como Marx e Weber, como o francês Pierre Bourdieu, cujo trabalho é a respeito das relações entre classes e grupos estamentais, ao propor uma nova relação: capital econômico gera um novo capital, um “capital simbólico”, também conhecido como “capital cultural”.

A partir de suas pesquisas, Bourdieu destacou a importância da transmissão entre gerações de uma família ou de uma sociedade daquilo que ele chamou de “capital cultural”, um legado ou herança intelectual acessível somente a elite e a classe média que a coloca em posição de privilégio em relação à classe trabalhadora, influindo diretamente na oportunidade dos indivíduos.