Móveis de Valor - Ed.88

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Revista Móveis de Valor www.moveisdevalor.com.br

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REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Rua Dep. Estefano Mikilita, 125

Centro Empresarial Paradiso, 3o andar

CEP 81070-430 – Portão | Curitiba – PR – Brasil

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ASSINATURAS / CIRCULAÇÃO

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0800 600 8829

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IMPRESSÃO: Gráfi ca Capital

Ano 8 Nº 88 – Julho de 2009

Móveis de Valor é uma publicação mensal da

Central da Excelência Moveleira Ltda.

Carta do Editor

Depois de um período afastada do comando edi-

torial da revista, estou de volta. E junto com meu

retorno estamos também fazendo ajustes de foco,

tornando o conteúdo ainda mais estratégico, visando sem-

pre auxiliá-lo na difícil missão de tomar decisões em um ambiente bastante agitado.

Sabemos que a comunicação hoje está cada vez mais acessível a todos, porém, muitas

vezes, mais confunde do que esclarece. Nossa tarefa é colocar um pouco mais de luz

nos fatos e nos bastidores da informação, fi ltrando o que é importante dos milhares

de fatos que mudam ao fi nal de cada dia e que, muitas vezes são tratados pela mídia

como algo profundo e sério.

E, para tornar o conteúdo da revista ainda melhor, estamos ampliando a equipe com

a contratação de novos jornalistas e trazendo de volta um importante e experiente

colaborador. O jornalista Guilherme Arruda, que já escreveu para a Móveis de Valor,

passa, a partir da próxima edição, a assinar uma seção mensal chamada exatamente

Inteligência Competitiva.

Mas, nesta edição preparamos um ótimo conteúdo, analisando os principais fatos

como a fusão da Duratex com a Sapitel, a aquisição do Ponto Frio pelo Pão de Açúcar

e as compras da Dudony pelo grupo Silvio Santos e da rede baiana Romelsa pela Casas

Bahia. Isso é o que se pode chamar de mobilidade setorial, envolvendo todos os elos

da cadeia moveleira.

Analisamos também a polêmica do IPI, prorrogado para a chamada linha branca dos

eletros, ampliada para trigo, farinha e pão, mas mobiliário fi cou de fora. Porém as má-

quinas para o setor foram contempladas com diversas vantagens fi scais e de crédito.

Enquanto benesses do governo não incluem móveis, nós continuamos as atividades

de capacitação, através de cursos na MVTV. A propósito, agora estamos também no

You Tube. Você pode assistir toda a programação acessando www.youtube.com/mo-

veisdevalor.

Boa leitura e... bons negócios

Inalva Corsi | Publisher

NOSSA CAPAApolo Tabaco da Arge

Fone: (17) 3531-2400

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Criação capa:

Rizzare Design e Comunicação

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Sumário

Observatório do Varejo.......................18Grandes grupos vão às compras e concentram mais o comércio de eletrodomésticos e eletrônicos

Matérias-primas................................26O que muda no setor com o movimento de fusão entregigantes dos painéis

Economia......................................... 30Como o setor moveleiro reagiu à crise fi nanceira mundial e quais os novos cenários para 2009

Consumo...........................................34Estudo conclui que o consumidor brasileiro confi a em grandes redes varejistas

Marketing...........................................36Sucesso de fi lmes nacionais evidencia potencial do cinema para promover marcas de móveis

Feiras.................................................44Ao completar 50 anos, Interzum não se abala com a crise e faz lançamentos inovadores

Sustentabilidade.................................52Projeto socioambiental da Casas Bahia gera recursos para atender municípios pobres do Sertão

MVTV..............................................64Curso de capacitação para gerentes inicia segundo módulo em julho e ainda aceita inscrições

04 CARTA DO EDITOR

06 CÁ ENTRE NÓS

08 CARTAS

10 LANÇAMENTOS E NOVIDADES

12 MAPA DA MINA

14 PELO MUNDO

16 PANORAMA DO VAREJO

18 OBSERVATÓRIO DO VAREJO

20 LOJA DE VALOR

22 PLANETA DO VENDEDOR

38 FEIRAS NACIONAIS

43 CALENDÁRIO

46 FEIRAS INTERNACIONAIS

48 OBSERVATÓRIO DA INDÚSTRIA

54 PANORAMA ELETRO

56 PANORAMA DA INDÚSTRIA

60 PANORAMA IMOBILIÁRIO

62 TECNOLOGIA

66 MENSAGEM FINAL

Sumário

Concentração no varejo: aquisições apontam tendência de fortalecimento de grandes grupos

Fusão de gigantes: associação da Duratex com Satipel concentra mercado26

18

Prorrogação da redução de IPI da linha branca gera debate no setor, que ainda espera ser contemplado

32

Divulgação/Ponto Frio

Divulgação/Duratex

Arquivo

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Diretor de Marketing da

Central da Excelência Moveleira

[email protected]

Divulgação

ARI BRUNO LORANDI

Cá entre nós

APO

IO:

VARIAÇÕES EM 12 MESES - JUNHO DE 2009 - IPCA-15

NACIONAL

Índice Geral 4,89

Mobiliário 5,52

Móvel para Sala 6,00

Móvel para Quarto 5,83

Móvel para Copa e Cozinha 0,63

Colchão 11,63

MÓVEIS SOBEM MAISO Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, revela que o setor de móveis sofreu reajuste superior à média do varejo de janeiro a junho: 5,52% contra 4,89%. O maior responsável foi o segmento de móveis de quarto que atropelou o índice com 5,83% com picos de quase 19% em Belo Horizonte e 14,25% no Distrito Federal.

E AS VENDAS DE MÓVEIS NO SEGUNDO SEMESTRE?É inegável que a notícia do IPI reduzido fez as vendas de eletrodo-mésticos da linha branca crescerem até 30%, e isso determinou, em alguns casos, falta nas lojas de alguns modelos de máquinas de lavar roupas e geladeiras. O fato é que a indústria de eletrodomésticos não estava preparada para o grande aumento de vendas que se verifi cou após a redução do IPI.É fato que a redução do IPI que vigora desde 17 de abril, amplamente divulgado pela mídia, acabou estimulando as compras. Mas também é fato que esta medida não tem o poder de alavancar a ampliação do consumo de um bem durável, mas apenas antecipar as compras. Claro que as intenções de compra previstas para ocorrer ao longo do ano se concentraram em 90 dias.No segundo semestre, mesmo com a prorrogação do prazo de redução do IPI da linha branca até outubro, os consumidores voltarão suas aten-ções para outros bens de consumo duráveis. Então, as vendas de móveis que fi caram negativas nos primeiros cinco meses do ano crescerão a dois dígitos por mês até alcançar o nível histórico de crescimento anual ao redor de 6% a 7%.É possível também que falte determinados tipos de móveis no quarto trimestre por conta da produção em baixa, motivada pela queda das vendas na ponta, falta de estoques no varejo e pouca capacidade da indústria de bancar altos estoques aliada ao temor dos empresários de que o mercado não vai reagir.Ainda em relação a redução do IPI, a reivindicação do setor moveleiro pleiteando a vantagem aconteceu com seis meses de atraso, consideran-do que o primeiro setor a ser benefi ciado (o de automóveis) teve deferido o pedido dia 11 de dezembro do ano passado. Eu acredito que o não atendimento desta reivindicação agora é a melhor solução. E explico por que: um movimento muito forte e de curta duração atrapalharia mais do que ajudaria, já que a indústria não tem estoque, o varejo não tem estoque e seria difícil atender uma pressão de demanda no curto prazo. Acho que o melhor para o setor agora é se preparar para atender uma demanda que pode se prolongar por mais do que 90 dias (que é o prazo inicial da redução do IPI) e render um resultado melhor para a indústria de móveis. Signifi ca o seguinte: se não fez quando era tempo, agora é tarde para fazer.

QUEDA BASTANTE FORTEO Paraná foi um dos estados mais afetados com a queda na venda de móveis neste começo de ano. De janeiro a abril a queda foi 7,27% e de 12,47% na comparação com abril de 2008. A preocupação maior é porque a queda vem se acentuando. Na comparação com março a redução das vendas chegou a 10,75%.

CONCORDO EM GÊNE-

RO, NÚMERO E GRAUEm nossa seção de cartas está uma correspondência da designer Silvia Grilli, que por diversas vezes cobriu feiras internacionais para a revista Móveis de Valor. Ela defende a resolução do Superior Tri-bunal Federal que pôs fi m à obrigatoriedade do diploma de jornalista para quem exer-ce a profi ssão.

OS NÚMEROS DO SETORRecentemente o IBGE divulgou a pesquisa industrial anual relativa a 2007. Os números do setor moveleiro se referem a 3.625 empresas pesquisadas, ou seja, 39% das pouco mais de 9.300 indústrias com mais de cinco empregados. Estas empresas faturaram em 2007 R$ 14,2 bilhões. Signifi ca que elas respondem por mais de 90% da produção. Os restantes 10% estão pulverizados entre mais de 5.700 pequenas fábricas.

AS LOJAS PROLIFERAM...Todas as cidades com mais de 60 mil habitantes (470 no Brasil) têm lojas de móveis planejados. Hoje as 20 princi-pais marcas têm juntas mais de 2.200 lojas. A maior é a Dell Anno com 381 e a segunda é a Todeschini, com 302 lojas.As duas que registraram maior expansão no último ano são Dimare, que tem 232 lojas e a Sandrin, com 199.

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E A MOBILIDADE DO VAREJO?O que muda para o setor moveleiro com a incorpora-ção do Ponto Frio pelo Pão de Açúcar? Quase nada. No entanto muda muito para o setor de eletrodomésticos e eletrônicos. Enquanto a Casas Bahia tem 16% do mercado de eletros, Ponto Frio e Extra somam agora 10%. Uma concentração bastante signifi cativa.Não é por acaso o interesse do Pão de Açúcar no Ponto Frio. O mercado de eletrônicos e eletrodomés-ticos tem potencial de crescimento pelos próximos anos, em média de 14,6% até 2013. Esse aumento será sustentado pela perspectiva de evolução da renda, maior oferta de crédito, constante evolução tecnológica e a baixa penetração de algumas ca-tegorias de produtos nos lares brasileiros. Outro fator é a redução da taxa de juros, que melhora as condições de fi nanciamento aos consumidores e reduz as despesas fi nanceiras das companhias.

OS NÚMEROS DA INDÚSTRIA DE MÓVEISDe 2003 a 2007, o número de empresas industriais (com cinco ou mais trabalhadores) cresceu de 139 mil para 164 mil e o contingente de trabalhadores passou de 5,9 milhões para 7,3 milhões de pessoas. Nesse período foi verifi cado também um aumento no salário médio pago em termos nominais (de R$ 1.073 para R$ 1.410), o que corresponde a um ganho real da ordem de 8,8%.No âmbito setorial, em termos do valor da transformação industrial, em 2007, mobiliário fi cou com 5,7% do total e madeira com 5,2%.

E A MOBILIDADE DA INDÚSTRIA DE PAINÉIS?O que muda para o setor moveleiro a associação da Dura-tex e Satipel, que leva à criação da oitava maior empresa de painéis de madeira do mundo, com faturamento de R$ 3,3 bilhões?A princípio causa preocupação porque a nova companhia terá 45% da capacidade instalada de painéis de madeira, com uma participação de mercado de quase 40%.Hoje o fornecimen-to de painéis está divido entre 11 em-presas, das quais ao menos sete são de porte. Porém o movimento inicia-do pela Duratex e Satipel deve ter desdobramentos e outros players do setor devem unir suas forças.

NÚMERO DE EMPRESAS E VALOR DA TRANSFORMAÇÃO INDUSTRIAL,

SEGUNDO AS ATIVIDADES INDUSTRIAIS - BRASIL 2007

Atividades

industriais

Número de empresas Valor da transformação industrial

Total (%) Total (1.000 R$) (%)

Indústria Geral 164.324 100,0 606.192.674 100,00

Mobiliário 9.330 5,7 6.432.234 1,1

Madeira 8.533 5,2 7.963.094 1,3

Fonte: IBGE, Pesquisa Industrial Anual - Empresa 2007

Na estrutura setorial, a atividade que mais ganhou em partici-pação no total do pessoal ocupado entre os dois períodos foi alimentos, que passa de 17,7% em 2003 para 18,6% em 2007. Por outro lado, os segmentos de calçados e artigos de couro (de 6,9% para 5,5%) e madeira (de 4,2% para 3,1%) são os que registraram as maiores perdas entre os dois períodos.O indicador de produtividade do trabalho sinaliza que cada pessoa empregada nas empresas investigadas gerou em média R$ 83,4 mil de valor em 2007. Os setores mais tradicionais, ou seja, os mais intensivos em mão-de-obra, possuem produtivi-

dade abaixo do total da indústria, com desta-

que para vestuário e acessórios (R$ 19 mil), calçados e artigos de couros (R$ 23 mil), mo-biliário (R$ 27 mil), reciclagem

(R$ 29 mil), têxtil (R$ 35 mil) e madeira (R$ 35 mil).

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Cartas

R. Dep. Estefano Mikilita, 125, 3o andarCEP 81070-430, Curitiba-Paraná

Fax: (41) [email protected]

CARTAS DEVEM SER ENVIADAS PARA

AGRADECIMENTOO Conselho Setorial da Indústria Moveleira da Federação das Indústrias

do Estado do Paraná – FIEP, por meio de seu coordenador, agradece

o apoio da Móveis de Valor ao 3º Seminário Moveleiro Paranaense,

realizado no dia 7 de abril de 2009, em Curitiba (PR). Destacamos ain-

da que a participação do Especialista do Instituto POLIdesign da Itália

contribuiu em muito para o sucesso do evento, além de possibilitar a

atualização e habilitação de empresas e profi ssionais vinculados ao

setor moveleiro em tendências internacionais.

Constantino Bezeruska, coordenador do Conselho Setorial da

Indústria Moveleira da Fiep

CURSO SUPERGERENTEÉ com enorme satisfação que parabenizo toda a equipe do curso Su-

perGerente. Quero agradecer o carinho, atenção, respeito e principal-

mente a qualidade e potencial do conteúdo e de seus organizadores,

pois foram de extrema importância e efi cácia para todos nós. Vocês

souberam muito bem explorar cada ponto importante desse módulo

de uma maneira promissora e qualifi cada.

Vanessa Fragoso de Oliveira Stele | [email protected]

CURSO SUPERGERENTE IIExcelente a iniciativa dessas fábricas em patrocinar um curso

como o SuperGerente, que só vai trazer benefícios, não só para os

donos das lojas como também para o consumidor fi nal. Mais uma

vez parabéns para vocês, que continuem assim com iniciativas

maravilhosas. Tenho certeza que este curso vai ser muito produtivo

e de grande valia.

Evandro Peres | [email protected]

MENSAGEM FINALVera Lúcia, quero lhe parabenizar pelas mensagens maravilhosas que

você faz. Leio a revista Móveis de Valor sempre que posso e adoro as

mensagens. São de grande conhecimento.

Emanuelle Bernardo | [email protected]

DIPLOMA PARA JORNALISTASUm acontecimento recente importante, na minha opinião, foi a resolu-

ção do Supremo Tribunal Federal (STF) que pôs fi m à obrigatoriedade

do diploma de jornalista para quem exerce a profi ssão. Este tema me

interessa por dois motivos. Primeiro porque escrevo regularmente

para revistas e sites, e os editores destes veículos sempre se prote-

geram de eventuais embaraços legais apresentando-me aos leitores

como colaboradora, entrevistada ou docente da área em questão: o

design. E, embora tenha feito a cobertura de feiras como o Salão de

Milão, nunca pude assinar uma matéria jornalística, fruto de árdua

investigação e redação. Em segundo lugar porque vejo jornalistas na

mesma situação dos designers: se a partir de agora pessoas formadas

em outras áreas podem manifestar seu conhecimento e pensamento

por meio da atividade jornalística, nunca foi imperativo cursar desenho

industrial para ser designer.

Silvia Grilli | [email protected]

SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÃO Estou realizando meu trabalho de conclusão de curso (TCC) na em-

presa em que trabalho (Elite Móveis) e gostaria de saber se há algum

artigo sobre a crise econômica, e especifi camente sobre o modo

como atingiu o setor moveleiro. Vocês teriam algum material para me

ajudar? Obrigada desde já!

Giselle Carolina Nazário | [email protected]

Giselle, obrigado por nos escrever. Enviamos para o seu e-mail

reportagens que tratam da crise e da situação mundial publicadas

na Móveis de Valor entre janeiro/2008 a maio/2009. Nessa edição

nós apontamos um panorama da crise no setor moveleiro. Confi ra a

reportagem e sucesso em seu trabalho!

CORREÇÃO No Panorama da Indústria da Móveis de Valor nº86, de maio

de 2009, na página 75, foi publicado na nota Todeschini

completa 70 anos que, “a empresa começou fabricando

acordeões, depois passou à guitarra elétrica”. De fato, a

Todeschini fabricou acordeões quando foi fundada, mas

nunca produziu guitarras elétricas. Na verdade, com a difusão

do uso de guitarras elétricas no Brasil, a empresa passou a

produzir móveis e se tornou a primeira fabricante de cozinhas

moduladas no País.

SERVIÇOExpositores da Movelsul Brasil estão recebendo pelo correio uma

carta da empresa Expo-Guides S de RL de CV, do México, na qual é

solicitada uma atualização cadastral para um guia de feiras. O custo

é de U$1.571,00 ao ano – para o prazo de 3 anos – e é citado o nome

da Movelsul Brasil.

Informamos que esta correspondência não tem qualquer vinculo com a

Movelsul Brasil e esclarecemos que estamos tomando as providências

jurídicas. Também enfatizamos que a Movelsul Brasil não se respon-

sabiliza por qualquer cobrança da empresa acima citada.

Henrique José Bertolini – presidente Sindmóveis/RS

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Divulgação/Endutex

Lançamentos e Novidades

Entre os lançametos da Jometal, de Nossa Senhora da Glória (SE), está o conjunto Porto Belo. A mesa é formada por tampo em granito triangular, com base em tubo e MDF. Seis cadeiras completam o conjunto, com encosto em MDF, assento anatômico e quatro opções de cores: laranja, verde, tabaco e lilás. “Nosso objetivo é levar ao consumidor fi nal um produto de qualidade, que valorize o design moderno e inova-dor”, ressalta a diretora da empresa Débora Melo.

www.jometal.com.br (79) | 3411-2581

Div

ulg

ação

/Jo

met

al

A base regulável para teclado (foto) fabricada pela FGVTN Brasil, de Curitiba (PR), é ideal para es-tabelecimentos comerciais desprovidos de adap-tação para altura de diferentes usuários, conforme informações da empresa. O produto, que segue normas de ergonomia da ABNT, tem regulagem de altura no tampo de até 13 centímetros e suporta até 12 quilos de carga. A base é produzida em aço laminado, com acabamento zincado eletrolítico. Entre as opções de cores, está o cromatizado preto. Outra opção do produto está na disponibilidade com ou sem pistão.

www.fgvtnbrasil.com.br | (41) 2107-4411

A Endutex, fabricante de laminados sintéticos com sede administrativa em Três Coroas (RS), desenvolve produtos seguindo as tendências da moda. É o caso do Tissu Metal, fabricado em PVC sobre malha de poliéster e algodão, com acabamento metalizado. De acordo com a gerente do Empó-rio Endutex, loja de fábrica da empresa, Roberta Gomes de Oliveira, a textura do produto é semelhante ao linho. “Valo-riza cadeiras e estofados com um toque de modernidade”, ressalta Roberta. O produto está disponível nas cores branco, gelo, bege, café e grafi te.

www.endutexbrasil.com.br | (51) 3546-2000

Div

ulga

ção

/FG

VTN

A Couro Top, de São Paulo (SP), está ampliando sua inserção no setor moveleiro com o lançamento da pri-meira linha de cadeiras de auditório e escritório. A linha é inspirada nos conceitos anatômicos de alguns assentos automotivos, principal área de atuação da empresa paulis-tana. São 18 modelos de cadeiras executivas, revestidas em couro natural e couro sintético de alto padrão com cerca de 20 opções de cores. Inúmeras possibilidades de cores de costura e o sistema de couro ventilado (perfu-rado) permitem a personalização de cada modelo. Outro lançamento está na linha de poltronas com sistema de regulagem manual de encosto.

www.courotop.com | (11) 3619-3619

Divulgação/Couro Top

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DIFERENCIAL ECOLÓGICOA sustentabilidade se tornou tendência para a produção de móveis diferenciados. Com uma linha de móveis sustentá-veis para diversos espaços, a Dominox – fabricante que atua na decoração de ambientes criou o banco Fogueira, produ-zido com madeiras recicladas e indicado para compor áreas externas, como churrasqueiras e espaços gourmet.

GAVETA REFRIGERADAA gaveta refrigerada, lançamento da marca KitchenAid, é uma aliada para garantir o frescor dos alimentos até o momento de sua utilização. Com controle de temperatura eletrôni-co, permite sua instalação em locais próximos a fogões e cooktops para deixar os ingredientes sempre à mão do cozi-

nheiro. A gaveta tem capacidade para 177 litros e conta com filtro anti-bactéria e função de resfria-mento rápido, além de bandejas internas anti-derramamento e alarme sonoro que avisa quando a gave-ta está aberta.

Mapa da Mina

APO

IO:

COZINHA MASCULINACom a proposta de projetar uma cozinha voltada ao universo masculino, os arquitetos Robson Nascimen-to e Cristiana Bez Delpizzo desenvolveram a ‘Cozinha Masculina’ para a Casa Nova Boutique 2009, reali-zada pelo Diário Catarinense, em Florianópolis (SC). A cozinha traz inovações tecnológicas como portas que se abrem automaticamente, luzes, eletrodomés-ticos de ponta e um projetor de DVD, além de cores marcantes, com várias nuances de dourado, bronze e bege. “Usamos muitos tons agressivos também como o preto e o marrom para masculinizar ainda mais o ambiente, além de muita tecnologia. Os ho-mens gostam de ambientes automatizados e cheios de inovações, por isso a proposta é trazer os últimos lançamentos do setor”, explica Cristiana Delpizzo. A cozinha traz design sustentável nas bancadas feitas com o material Corian.

R$ 100 MILHÕES PARA MOBILIAR

CENTRO ADMINISTRATIVOO governo de Minas Gerais prepara uma megalicitação avaliada em até R$ 100 milhões para compra de móveis e divisórias removíveis que serão usados a partir de outubro na nova sede administrativa do estado, batizada de Cidade Administrativa. Em construção no Bairro Serra Verde, na Região Norte de Belo Hori-zonte, tem o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. A concorrência representa uma injeção de ânimo na indústria mineira de móveis de escritório, bastante afetada pela queda de 30% a 40% das encomendas depois da crise fi nanceira mundial, e deve abrir uma batalha com os fabricantes de São Paulo, maior pólo do setor no país, e os concorrentes do Rio Grande do Sul.

Divulgação/Kitchenaid

Divulgação/Daniel Henzi

Divulgação/Dominox

MERCADO DE OPORTUNIDADES O 8º Índice de Desenvolvimento Global do Varejo (GRDI), calcula-do pela empresa global de consultoria em alta gestão A.T. Kearney, aponta que os mercados emergentes continuam representando oportunidades atraentes de investimento para empresas globa-lizadas do setor de varejo. O estudo avaliou a atratividade de investimentos no varejo, envolvendo 30 mercados emergentes e o Brasil está entre os dez primeiros deste ano, subindo da 9ª para a 8ª posição. “O Brasil continua sendo uma ótima oportunidade para investir no setor de varejo, alguns movimentos recentes indicam um alto interesse de varejistas estrangeiros e fundos de investimento neste mercado” afi rma Markus Stricker, sócio da A.T. Kearney e responsável pelo estudo no Brasil.

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SOLUÇÕES INOVADORASO livro “99 Soluções Inovadoras”, lançado pelo Sebrae-SP no dia 24 de junho, pretende desmistifi car o uso da inovação em micro e pequenas empresas. O livro reúne casos de êxi-tos de variados setores com o objetivo principal de apresentar o potencial das pequenas empresas paulistas no desenvolvimento das suas atividades e de difundir o conceito da inovação como uma estratégia possível, prática e rápida de aumento da competitividade e do sucesso da empresa. O Sebrae-SP lançou simultaneamente um site para que outras empresas cadastrem suas idéias para que os exemplos de inovação possam ser seguidos em todo o Brasil. Informações: www.sebraesp.com.br/solucoesinovadoras

LUMINÁRIASLuminárias fabricadas com tubos de PVC (policloreto de vinilo) do artista plástico pernambucano, Isnaldo Reis, conquistaram o 1º lugar na categoria Home Acessories da feira internacional The New York Home Textiles Show, realizada no início do ano em Nova York. A peça de decoração concorreu com produ-tos de mais 15 países. Os tubos de PVC, que ganharam uma nova funcionalidade, são fa-bricados com material reciclável.

PRODUTO SUSTENTÁVELCom o tema sustentabilidade o programa Design Clube, da Mó-veis de Valor TV (www.mvtv.com.br/videoteca), apresentou um bate-papo com a designer Liliane Chaves. A designer explicou que a maior parte dos impactos ambien-tais acontece durante as fases de pré-produção e produção do ciclo de vida do produto, que envolve também distribuição, uso do produto e descarte. “Isso quer dizer que é preciso fazer móveis duráveis, pois quanto menos fi zer o ciclo de produção mais eu ajudo o meio ambiente”, afi rma a designer. Como exemplo, ela cita a cadeira de papelão reciclável que se usada todos os dias dura em média um ano e a cadeira de plástico, que apesar de ser fabricada com petróleo tem durabilidade de 10 a 20 anos. “É preciso executar uns vinte processos de produção de cadeira de papelão para ter o mesmo tempo de duração da cadeira de plástico. Ao somar todos os impactos causados na produção de 20 cadeiras de papelão vemos que não é certo pensar que só usar o material reciclado é a melhor alternativa. É preciso pensar em outros fatores que vão além da seleção de material”, ressalta.

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CRÉDITO CRESCE 20,5% EM 12 MESESO crescimento do crédito desacelerou no último trimestre, no entanto, sua taxa de crescimento ainda está no patamar de 20,5% em 12 meses, atingindo 43% do produto interno bruto (PIB) em maio de 2009.O crédito para habitação é o que mais cresceu, porém, respon-de por apenas 5,7% do saldo total. Na contramão, os fi nan-ciamentos para compra de veículos já representam 35,3% do total de crédito concedido às pessoas físicas no País.Notou-se um aumento nas concessões para pessoas físicas, crescimento de 16,4% no acumulado do ano, puxado princi-palmente por crédito pessoal (59,5% no ano) e pela aquisição de veículos (58,4% no ano).A expectativa é que, com a aprovação do Cadastro Positivo, cresça o volume e a qualidade do crédito no Brasil, que, além de reduzir os juros, também deverá aumentar os prazos de pagamento. A consolidação das mudanças na cultura de concessão de crédito no País ocorrerá em pelo menos um ano. Nesse prazo, os spreads bancários deverão recuar bastante e o prazo médio para pagamento dos fi nanciamentos subirá signifi cativamente - de 273 dias para pessoa jurídica e 491 dias para pessoa física, para cerca de 700 dias e 1.400 dias respectivamente.

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Pelo Mundo

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PRÊMIO AMBIENTAL PARA HERMAN MILLERA fabricante norte-americana de móveis Herman Miller recebeu em abril do Instituto das Indústrias de Reprocessamento e Reciclagem (ISRI), o prêmio “Design for Recycling 2009”. A pre-miação, que representa a escolha de mais de 1,6 mil empresas integrantes da entidade, reconhece a excelência em inovação aliada a propostas de reciclagem no design e processo produtivo. A empresa disputou o prêmio com nomes de peso do mercado internacional, como Toyota e Wal-Mart. Com receita de mais de US$ 2 bilhões no ano fi scal de 2008, a Herman Miller foi citada este ano pela revista Fortune no rankings de empresa ‘mais admirada’ e das ‘100 melhores empresas para trabalhar’ nos Estados Unidos.

CASA SEGURA PARA CRIANÇASNão são só tomadas, escadas e quinas que devem estar na lista de preocupações dos pais hoje em dia. Os móveis e eletrodomésticos também entram na lista para fazer uma casa segura para crianças. O Centro de Pesquisa de Lesões do Hospital Infantil de Columbus, em Ohio nos Estados Unidos, fez uma pesquisa sobre as lesões causadas pelo mobiliário e apontou que os acidentes cresceram em 40% com crianças de até seis anos. O vilão mais comum? Televisores colocados em locais não adequados. O estudo apontou que a maioria das crianças tenta escalar móveis ou puxar objetos em cima de algum móvel, causando algum tipo de acidente. De acordo com o artigo, publicado no jornal “Clinical Pedia-trics”, mais de 14 mil americanos sofrem lesões como estas todos os anos.

A MADEIRA COM STATUS DE ARTENo interior da P e n s i l v â n i a (EUA), na pai-sagem do Oys-ter River está o “Center for Fur-niture Crafts-manship”, um lugar de 11 al-queires para ensinar a arte de trabalhar as habili-dades com a madeira. “Woodworking” é também considerado arte, numa parceria entre a Quaker School e a University of Pennsylvania, recebendo alunos de formações diversas para aprender mais sobre a madeira. A escola não é uma escola de comércio, para que saiam dali designers de móveis. “A idéia é ajudar estudantes a descobrirem que tem imaginação” explica Peter Korn, fundador e diretor executivo. O local permite integração de projetos, aprendizado na prática e ainda, troca de experi-ências. Os alunos podem estudar em workshops

de fi nais de sema-na (US$ 650) ou um intensivo de nove meses (US$ 17.300). Com 16 anos de fundação, já passaram pela escola mais de 3 mil alunos. Mais infor-mações em www.woodschool.org

A CASA DA VOVÓ NA MODANão é de hoje que o vintage está na moda e os artigos de decora-ção para casa exploram o tema em inúmeros itens. Sabe aqueles acessórios para o lar que você só viu na casa da sua avó? O site “H is for Home” tem disponível para os saudosos compradores desde caixas antigas de primeiros socorros a vasos, relógios, jogos de jantar e chaleiras. Com itens dos anos 50, 60 e 70, o site faz entregas para Inglaterra, Europa e vários outros lugares do mundo. Para saber mais www.hisforhome.com

O CLÁSSICO DO DESIGNPasseando pela fl oral art nouveau, a escola de Bauhaus, o cubismo e projetos de vanguarda no mundo todo a Woka - Lamps Vienna imortaliza clássicos das mais conceituadas luminárias criadas por renomados designers. Os produtos são feitos artesanalmente, à mão, conseguindo reproduções fi éis aos modelos originais. Situada no coração de Viena, na Áustria, além da loja possui ainda uma galeria de exposição. No Brasil, tem como ponto de venda a loja de mul-timarcas Daslu. No site além de ver toda a coleção, é possível consultar os preços dos produtos. www.woka.com

Divulgação/Woka

Divulgação/WoodWorkers

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FEIRAS ADIADAS PELO VÍRUS INFLUENZAA gripe suína foi a razão para que duas im-portantes feiras – que seriam realizadas em Buenos Aires – fossem adiadas por suas organizações. A “Fitecma 2009” e a “ExpoMueble”, ambas marcadas para a primeira quinzena de julho, tiveram suas datas remarca-das: Fitecma para março de 2010 e ExpoMueble para setembro deste ano. O país vem enfrentando o vírus infl uenza a duras penas, com 44 mortes e mais de 2800 pessoas infectadas. Com a expectativa de receber participantes do mundo todo, as duas organizações deram preferência à saúde dos visitantes e expositores.

PADRÃO PARA EMISSÃO DE FORMALDEÍDOConforme informações da revista Wood Based Panels, a Ame-rican Home Furnishings Alliance (associação norte-americana de artigos para o lar), quer que a EPA, a agência de proteção ambiental dos Estados Unidos, adote um padrão nacional de emissão de formaldeído em produtos de madeira, como painéis, similar às regras adotadas na Califórnia. Atualmente, o controle da emissão de formaldeído é voluntário no país. Na Califórnia, novas regras para limitar a emissão de formaldeído estão em vigor desde janeiro de 2009.

FEITO À MÃO NA

INTERNETA internet ao longo dos anos se tornou uma grande rede de compra e venda, com inú-meros produtos e uma gama variada de referências, gostos, materiais e, por que não, artesãos. A rede Etsy é a versão “handmade” da Amazon.com: disponibiliza espaço para que designers e criadores de todo mundo comercializem seus produtos, todos de produção limitada e feito à mão. Criada em 2005, a rede tem mais de 2,5 milhões de usuários, entre vendedores e compradores. Vale a pena conhecer mais em www.etsy.com

OSCAR DO DESIGN ABRE

INSCRIÇÕESOs designers brasileiros têm a

oportunidade de participar do iF Design Awards, con-ceituado prêmio de design de produtos que há 55 anos aponta as tendências e inovações de design no mundo. Nascido na Alemanha, o iF é também conhecido como o “Oscar do Design” e tem suas inscrições abertas até o dia 02 de agosto em 16 categorias. O comitê de especialistas brasilei-ros fará a seleção de 80 trabalhos nacionais para concorrer ao prêmio internacional. Entre os critérios de avaliação estão qualidade do design, escolha de materiais, adequação ambiental, ergonomia, funcionali-dade, entre outros. Regulamento e inscrição através do site www.desig-nbrasil.org.br/debrazil

NATUREZA INSPIRADORAA Trove é uma empresa norte-americana que de-senvolve papéis de pare-de, adesivos para vidros e outros produtos como adesivos estampados para folhas de madeira. Inspirados na natureza, buscam aliar conforto, de-sign, materiais reciclados e belas estampas. A nova coleção de adesivos para vidros permite escolher estampas, grau de trans-parência (dando privilégio à privacidade), além da textura no resultado fi nal. A aplicação vai além: pode ser feita em cú-pulas de luminárias, janelas e portas de vidro, além do cliente poder escolher a cor e ainda, pedir estampas customizadas. Mais informações em www.troveline.com

Divulgação/Trove

OFFICE TODAY 2009Acontece na Índia a Office Today 2009 especializada em móveis para escritório. A feira também é concen-tração de produtos para equipar o escritório, como informática e tele-fonia. Outra novidade são os cartões de segurança e sistemas de arquivos para empreendedores, arquitetos e decoradores. A Offi ce Today 2009 será em Chennai, nos dias 17 a 19 de julho. www.offi ce2day.biz

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16 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Panorama do Varejo

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PRÊMIO EXCELÊNCIA EM VAREJOO Provar (Programa de Estudos do Varejo) da FIA (Fundação Instituto de Adminis-

tração), está com as inscrições abertas para o 14º Prêmio Excelência em Varejo, um estímulo à produção de trabalhos de interesse do varejo de bens e serviços. Os 12 melhores trabalhos serão publicados pelo Provar em livro da já tradicio-nal série Varejo Competitivo, da Saint Paul Editora. Destes, o melhor artigo receberá o Prêmio Excelência em Varejo, além de uma bolsa para viagem de estudos em 2010 aos Estados Unidos ou Europa, patrocinada pela Felisoni Consultores As-sociados. O prazo fi nal de entrega do artigo é 31 de julho de 2009. Mais informações: http://www.provar.org/premio

PÃO DE AÇÚCAR ASSUME PONTO FRIOO Pão de Açúcar assumiu formalmente dia 7 de julho o Ponto Frio e nomeou Jorge Herzog como diretor-presidente da rede varejista de eletroeletrônicos.O grupo do empresário Abílio Diniz anunciou em junho a compra do Ponto Frio, em uma transação em dinheiro e ações que pode chegar a cerca de 1,2 bilhão de reais e que devolveu ao Pão de Açúcar a liderança no varejo brasileiro.

DESEMPENHO DO COMÉRCIO EM JUNHOAs lojas de tecidos, vestuários, calçados e acessórios experimen-taram uma alta de 5,1% em seu movimento em relação a maio, sem infl uências sazonais. Este desempenho foi um dos responsáveis para que a atividade do comércio crescesse 1,7% em junho, cravando a quinta alta mensal consecutiva. Os dados são do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. A alta de 1,7% foi a melhor marca do primeiro semestre, seguindo um desempenho que também já havia sido favorável no mês de maio (elevação de 1,4%). Além do setor de tecidos, vestuários, calçados e acessórios, foram destaques no mês de junho os setores de móveis, eletro-eletrônicos e informática e o de veículos, motos e peças. No acumulado do primeiro semestre de 2009, o indicador registrou crescimento de 3,8%, liderado pelo setor de móveis, eletroeletrô-nicos e informática, com alta de 8,9%. Em seguida, destacou-se o setor de veículos, motos e peças, com elevação de 3,6%.Supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas: 0,6% Móveis, eletroeletrônicos e informática: 3,9% Combustíveis e lubrifi cantes: -0,6% Veículos, motos e peças: 2,7% Tecidos, vestuário, calçados e acessórios: 5,1% Material de construção: 1,1%

SENADO LIBERA COBRANÇA DE PREÇOS

DIFERENCIADOSA liberação para cobrança de preços diferentes nas compras com cartões de crédito daquelas pagas em dinheiro ou cheque foi aprovada pelo Senado. Para vigorar, a mudança terá de passar novamente pela apreciação da Câma-ra. A proposição foi incluída em um texto maior, o da Medida Provisória 460, referente ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Conforme o senador Adelmir Santana (foto), autor do projeto, a inclusão da cobrança diferenciada na MP não foi divulgada para não “causar alarde” e evitar que o lobby da indústria de cartões impedisse a aprovação, como fez na votação anterior. Se apro-vada na Câmara, a medida permitirá que os lojistas possam dar descontos para quem paga com cheque ou dinheiro. Hoje os preços estão infl ados pelos custos que as operadores de cartões cobram. “Não é justo quem paga com dinheiro ou cheque também arcar com essas cobranças”, disse Santana.

CONECTADO NO BANHOUma novidade em cabines de banho multifuncionais que chegou ao mercado brasileiro é a cabine vertical com TV LCD - H-883, da Heaven Spas. O modelo tem entrada para antena VHF/UHF e DVD/CD, comandos que funcionam por sistema touch screen, som FM estéreo com memória para 20 estações prediletas e receptor de telefone viva-voz. A praticidade se estende na instalação com o conceito free standing, que per-mite apenas acomodar a cabine no nível do piso.

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NOVA LOJA ETNAA Etna abrirá uma “Etna Home Store” em Natal (RN), na ampliação do Midwall Mall, maior shopping da cidade que ganhará um terceiro piso. A loja terá 2,8 mil metros quadra-dos e terá dois andares voltados para venda de eletrônicos e eletro portáteis, incorporados à linha de móveis, artigos de cama, mesa e banho além de acessórios para jardim.

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17 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

INADIMPLÊNCIA ENTRE

GAÚCHOS CAIO mês de junho registrou uma que-da na inadimplência dos gaúchos. O novo índice é equivalente ao número de junho do ano passado, antes da crise.A justifi cativa para a queda foi a forte tendência de exclusão de con-sumidores do banco de dados.

MABE É SEGUNDO NA LINHA BRANCAO grupo mexicano Mabe, proprietário das marcas Dako, GE e Mabe, comemora no começo deste mês a conquista da segunda posição no mercado brasileiro de linha branca. Com a aquisição da BSH Continental, fabricante da Bosch e da Continental no Brasil, a empresa passa a deter 25% de participação de mercado, ultrapassando a sueca Electrolux, com 21%, fi cando atrás somente da Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, que detém 36,5% do mercado.

CONSUMIDOR TEM DIREITO À INFORMAÇÃOUma liminar concedida em ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina, determinou que as lojas do Ponto Frio passem a informar em seus produtos o preço a vista, total a prazo, número de parcelas, valor das pres-

tações, taxa de juros mensal e demais encargos utilizando letras de tamanho uni-forme, sob pena de multa de R$ 50 mil reais por cada descumpri-mento. A medi-da é válida para todo o território nacional.

ALTA DOS MÓVEIS SUPERA MÉDIA DO VAREJOEntre junho de 2008 e junho deste ano, o aumento dos preços de móveis nas lojas foi de 5,5% contra 4,8% da média geral. O maior aumento foi do segmento de col-chões com 11,6% e o menor dos móveis de cozinha, com apenas 0,6%.As maiores altas ocorreram em Belo Horizonte e as maiores baixas em Porto Alegre.Por item, a maior baixa em móveis para quarto foi em Porto Alegre, Belo Horizonte em móveis para sala, Salvador em móveis para cozinha e Rio de Janeiro em colchões.Já as maiores altas por item aconteceram em Curitiba para móveis de sala, em Belo Horizonte para móveis de quarto e colchões, em Recife para móveis de cozinha.

CONSUMIDOR ESTÁ SELECIONANDO MAIS A crise econômica mundial e seu impacto no con-sumo das famílias ganharam uma nova urgência na pauta das empresas. A “terapia de compras” parece não funcionar mais para acalmar os 45% dos brasi-leiros que se dizem ansiosos com o futuro e os 55% que planejam uma redução consciente e seletiva de consumo, de acordo com um novo relatório do Boston Consulting Group (BCG), consultoria líder em estratégia e gestão empresarial.A boa notícia, segundo o BCG, é que o consumidor brasileiro está aprendendo novas maneiras de ali-viar a ansiedade sobre o futuro e balancear o orça-mento. As famílias planejam passar mais tempo em casa, por exemplo, e aguçam o faro por ofertas de valor, para mudar os canais de compra e redescobrir o conceito de frugalidade. Neste momento, ganham as categorias associadas ao cuidado com a saúde e ao bem-estar da família, além das pequenas auto-in-dulgencias. Em contrapartida, perdem as categorias de maior dispêndio e que podem ser adiadas.As famílias brasileiras que melhoraram os rendi-mentos nos últimos cinco anos (caso da classe C) não querem perder o status nem a realização conquistados.

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18 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Observatório do Varejo

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Concentração no varejo

Aquisições no setor apontam tendência de crescimento acelerado e fortalecimento de grandes grupos

A disputa pela liderança no varejo de móveis e ele-trodomésticos está cada vez mais acirrada. Neste contexto, o crescimento com a abertu-ra de loja após loja já não é uma estratégia tão efi caz e a aquisição de redes do setor aparece como uma alternativa para o crescimento acelerado e o fortalecimento de grandes grupos. Com o objetivo de am-pliar e fortalecer a atuação no segmento de eletroeletrônicos, o grupo Pão de Açúcar assumiu a liderança de pontos de vendas no varejo com a aquisição da

rede Ponto Frio, que pertencia a Globex Utilidades S/A. Com a aquisição no valor de R$ 824,5 milhões, o Grupo passou a ter um faturamento anual de cerca de R$ 26 bilhões, além de mais de mil lojas e 79 mil funcionários. E ainda passa a operar em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal, com 28 centros de distribuição. Em comunicado à imprensa, o Pão de Açúcar afi rma que os principais ganhos estão no grande número de lojas com localização privilegiada, na expertise no comércio eletrô-nico e na oferta de serviços fi nanceiros ao consumidor e integração logística. “Essa aquisição permitirá ao Grupo operar de maneira mais competitiva gerando benefícios relevantes para o negócio e, consequentemente, para nossos clientes e acionistas”, afi rma Abilio Diniz, presi-dente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar. Em 2008, o Ponto Frio obteve um lucro líquido de R$ 32 milhões, com 548 lojas.

A mega aquisição pode ter motivado a Casas Bahia que, na mesma semana, comprou, por um valor não reve-lado, a rede Romelsa, de Salvador (BA), com 17 lojas na capital do Estado e municípios vizinhos. Após nove anos, a rede mudou sua estratégia de crescimento por meio de lojas próprias para acelerar a expansão no Nordeste, ini-ciada em abril com a abertura de quatro fi liais na capital baiana. Com isso, o número de lojas inicialmente previsto para até o primeiro semestre de 2010 mudou de 32 para 49. Outra empresa que abdicou da expansão por meio da abertura de lojas é o Grupo Silvio Santos, que por cerca

de R$ 33 milhões vai assumir a Dudony - rede de 110 lojas de móveis e eletrodomésticos e cerca de mil funcionários, que entrou em recuperação judicial em dezembro do ano passado. Com a aquisição, o Baú Crediário passou de 20 para 130 lojas.

Em resposta ao contato da Móveis de Valor, o grupo Silvio Santos afirma que a compra de outras empresas não está descartada, já que a meta do grupo é ter 224 lojas em 170 cidades até 2013. Além disso, o grupo afirma que haverá ampliação do mix de móveis das lojas. A idéia é sempre oferecer as melhores

A Casas Bahia mudou sua estra-tégia de expansão no Nordeste e comprou a rede Romelsa

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19 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

opções, tanto de preço como de qualidade para os consumidores. Procurado pela reportagem da Móveis de Valor, o diretor jurídico da Dudony Cleverson Marcel Colombo, afi rma que do valor total da aquisição, R$8 milhões são para saldar contas administrativas fi rmadas antes da venda e R$ 25,6 milhões serão destinados ao pagamento de dívidas com credores entre 2012 e 2014. “O plano inicial previa o pagamento de 100% da dí-vida com credores, mas infelizmente acordamos em pagar 25%”, comenta Colombo. O Grupo Silvio Santos se comprometeu, a princípio, em manter os fornecedores da Dudony, mas enfatiza que o Baú Crediário passa por um processo de transição.

Refl exo na indústriaA professora do Programa de Administração de

Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Adminis-tração (FIA), Patricia Vance, analisa a compra do Ponto Frio pelo Pão de Açúcar, dizendo que uma empresa que se aproxima em pontos de vendas da Casas Bahia é importante para a indústria e para o con-sumidor. “São duas empresas muito grandes negociando com a indústria e com participação elevada no varejo. A concorrência vai acirrar e a tendência é que o consumidor seja benefi ciado com preço mais acessível, melhores condições de pagamento e serviços”, afi rma Patrícia. Segundo ela, o consumidor ainda será benefi ciado pela busca das empresas em se diferenciar em um mercado no qual os produtos ofer-tados são muito parecidos (confi ra na editoria Consumo). No entanto, o impacto dessas aquisições não será relevante no setor de móveis. “Móveis não é o carro-chefe das redes do varejo, o Pão de Açúcar, por exemplo, precisaria defi nir um mix de produtos e investir na entrega e montagem do móvel”, observa. Para a professora, se o mix de móveis nas lojas for ampliado, a tendência é de uma pressão por parte das redes para baixar custos e a exigência de gestão mais profi ssional e qualidade da entrega. “As exigências envolvem também o

fornecedor do fabricante, que deverá aceitar para atender a demanda”, explica Patrícia.

No programa Cá entre Nós, da Móveis de Valor TV, o dire-tor da Central da Excelência Moveleira (CEM), que publica a Móveis de Valor, Ari Bruno Lorandi, explica que a participação de móveis no mix das grandes redes varejistas não passa de 20%. “No Ponto Frio, por exemplo, são apenas 12 %”, enfa-tiza. No entanto, a varejista baiana Romelsa (com o slogan “A nº1 em móveis”) conta com uma quantidade de móveis mais signifi cativa que as demais redes. “A agressividade da Casas Bahia vai colaborar para aumentar as vendas, mas não sig-nifi ca que haverá um aumento de concentração no mercado de móveis, a concentração vai aumentar mesmo no setor de eletros,” afi rma Lorandi. Compartilha esta opinião o presiden-te da Eletrolar Show – Feira de Negócios para a Indústria e o Varejo de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos, Carlos Clur. Ele afi rma que haverá mais fusões no setor. “A concentração é constante no mundo inteiro e no Brasil é inevitável. As vendas estão aumentando, o mercado está crescendo e se tornando cada vez mais competitivo”, afi rma Curl.

Setor moveleiro“O risco para as fabricantes de móveis está na expansão

da industrialização do varejo”, alerta Lorandi. Os exemplos estão na Casas Bahia, Lojas Maia, City Lar e Armazém Paraíba, que estão investindo em fábricas próprias de móveis. “Por outro lado não se vê a varejização das indústrias. Um dos poucos exemplos é o da Herval, com 60 lojas no Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. Este é o melhor modelo de negócios, principalmente em um setor em que a oferta é maior que a demanda, gerando queda de rentabilidade permanente”, enfatiza Lorandi.

Com a aquisição do Ponto Frio, o Pão de Açúcar se tornou líder em pontos de vendas no varejo, com mais de mil lojas

Divulgação/Ponto Frio

Com a compra da Dudony o Grupo Silvio Santos passou de 20 para 130 lojas

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20 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Loja de Valor

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Comemoração em grande estilo

Móveis Candieiro completa 45 anos no mercado e planeja inaugurar mais duas lojas

CONHEÇA A CANDIEIRO MÓVEIS

Fundação:09/06/1964

Slogan:“Sua casa em grande estilo”

Público-alvo:classe média

Pontos de vendas:2, em Jundiaí e Campinas (SP)

Clientes ativos:mais de 10 mil

Funcionários:cerca de 40

Mix:Móveis, estofados, eletrodomésti-cos, colchões, pisos laminados e

objetos de decoração

Meta 2009:inaugurar duas lojas

A Móveis Candieiro, empresa familiar de Jundiaí (SP), começou como uma fabricante de esqua-drias de madeiras em 1964. Aos poucos a empresa foi se transfor-mando. Passou a produziu móveis coloniais e peças de marcenaria, até encerrar a produção em 2004 e focar somente na revenda de móveis contemporâneos. Segun-do o diretor da empresa, Eduardo Baptista Carlos, com esta trajetória a Móveis Candieiro se tornou uma referência de qualidade. “Há 45 anos trabalhamos com móveis, nossa marca passa credibilidade aos clientes”, afi rma. Atualmente a empresa conta com duas lojas no interior de São Paulo, em Jun-diaí e Campinas. Neste ano, mais duas lojas serão inauguradas em Jundiaí: uma revenda exclusiva da New Móveis, marca voltada para a classe C e que pertence ao grupo Única, e uma loja Criare, de móveis planejados, que pertence à Todeschini. Ambas as empresas são de Bento Gonçalves (RS). De acordo com Baptista Carlos, com as inaugurações a expectativa é crescer 50% em 2009. “O intuito é fortalecer a marca no mercado e consolidar nossa credibilidade. Nossa empresa é tradicional e este fator tem grande peso na decisão do consumidor”, afi rma. As novas lojas serão instaladas em áreas de aproximadamente 300 metros quadrados. “Vamos gerar mais empregos, melhorar o atendimento aos clientes e manter um bom relacionamento com os fornecedores”, explica Carlos.

Atualmente, a Móveis Can-dieiro tem um mix formado por móveis convencionais, estofados, eletrodomésticos, colchões e pi-sos laminados. Além da revenda

de móveis planejados da Favorita, outra fabricante de móveis modulados do grupo Única, e da Criare. Para Carlos, o diferencial está no mix, que oferece soluções completas. “Estamos presentes em diferentes fases da vida de nossos clientes, durante a construção do lar, na decoração, quando a família aumenta e assim por diante”, analisa.

Setorização No início deste ano os vendedores da Móveis Can-

dieiro foram separados em duas equipes focadas nos segmentos de móveis convencionais e planejados, com o objetivo de oferecer atendimento especializado. “Tivemos um ótimo resultado. Eles passaram a vender mais e adquiriram mais conhecimento sobre os produ-tos, e os profi ssionais que fazem os projetos fi caram mais focados no trabalho”, conta Carlos. Segundo ele, o relacionamento com os fornecedores fi cou mais próximo. “Diminuímos o número de fornecedores, mas ampliamos a linha dos que foram mantidos, então foi um progresso em todos os sentidos”, afi rma.

Social Há dez anos a empresa participa de um programa de

doação de móveis, criado por uma entidade fi lantrópica de Jundiaí. O Projeto Cuidar incentiva o consumidor a doar seus antigos móveis para famílias carentes da região. Além de contribuir para a comunidade, o pro-jeto evita o destino fi nal inadequado de um móvel que ainda pode ser utilizado. “Retiramos o móvel da casa do cliente e levamos até a comunidade. Queremos transformar o incômodo de uma pessoa em solução para outra”, conta Carlos.

As duas novas lojas da Móveis Candieiro serão inauguradas em Jundiaí, no interior paulista. Na foto, a loja de Campinas

Divulgação/Móveis Candieiro

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Limites? Por que limites? Você tem estrutura para ser maior que eles e rompê-los para sempre, quebrando paradig-mas, deixando de lado crenças que reduzem suas energias. Aristóteles já dizia que os sonhos representam a esperança em movimento. Sem sonhos e sem esperança, a vida esta-ciona. Pára para balanço ou bate no barranco.

Agucemos a imaginação

É através dela que nos sintonizamos com a energia uni-versal e verdadeira. Precisamos de autoconfi ança, certeza de que pertencemos a algo maior. Somos gigantes, por isso não devemos pensar pequeno. Nem agir de forma limitada. Limite é você quem impõe. Você já ouviu falar em Alexandre, o pequeno?

O que move as pessoas enfi m? Primeiro, as necessida-des, as quais fazem você pular da cama mais cedo, enfrentar o trânsito e encarar os mais duros desafi os, goste ou não do que faz. São suas responsabilidades, seus compromissos intransferíveis a lhe impulsionar a vida. Razão e reação.

Depois vêm outros motivos mais nobres e muito mais fortes, porque mexem com sua emoção. Uma energia capaz de transformar sonhos em realidade e extrair resultados onde antes só havia problemas. São duas palavrinhas mágicas que fazem toda a diferença:

Paixão e Comprometimento

Livre-se das restrições. Pare de pensar que seus conheci-mentos são insufi cientes para competir nesse novo mercado, cujo cenário de luta exige que você encontre um leão todo o

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Você se considera uma pessoa limitada? Como se sentir mais confi ante dos seus conhecimentos e alcançar sucesso?

O consultor Moacir Moura aguarda sua resposta: [email protected]

Limites & Amarras

Planeta do Vendedor

MOACIR MOURA

Consultor nas áreas de varejo, gestão e motivação de pessoas. Apresentador do programa “Planeta Vendedor”, exibido pela MVTV

[email protected]

[email protected]

www.mouramoacir.blogspot.com

www.ogerente.com.br

Assista ao programa “Planeta Vendedor”, com Moacir Moura, na MVTV toda última terça-feira do mês: www.moveisdevalor.com.br.

dia, envolva-o com sua astúcia, para em seguida, abatê-lo. E ainda assim, tomando cuidado para não se envolver com a sociedade de proteção aos animais.

Conhecimentos, conceitos e ferramentas. Até que ponto todos esses recursos fundamentais correspondem ao que o mercado exige atualmente? Faça os ajustes necessários sempre (porque o mercado é dinâmico e teimoso: muda com extraordinária rapidez), abra a as janelas da determinação e vá à luta.

Mas não como um touro bravo em loja de cristais. Há que se estabelecer prioridades, escala de valores, passo a pas-so. Um trabalho com precisão cirúrgica. Feito com efi cácia, diferente e com enorme paixão. São esses ingredientes que motivam clientes e agradam patrões.

Esqueça essa idéia de reconhecimento por cumprir sua obrigação. Ninguém perguntará se você teve difi culdades para fazer a travessia. O que as pessoas perguntarão é se você trouxe a carga. Então, não pense só em dedicação, mas em RESULTADOS. É isso que importa.

O resto é história. A menos que você seja um escritor famoso ou um vendedor de entretenimento, concentre-se em resultados, não em histórias.

A única narrativa interessante a ser contada será a sua história de sucesso.

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Com foco em oportuni-dades ambientalmente sus-tentáveis, o Grupo TubForm, com sede em Iguatu (CE), está adaptando as operações da indústria para cumprir padrões de emissão de CO2. “Vemos o crédito de carbono como uma grande oportunidade de negócios voltados para a sustentabilidade”, afirma o gerente-comercial da empre-sa, Ítalo Diógenes Bezerra. O Grupo TubForm é formado por duas empresas, a TubForm, que responde pela produção dos móveis tubulares com acabamento epóxi e cromado, e a MadeForm, que produz as linhas de móveis em madeira. E ainda faz parte do grupo a rede Lojas Mathias.

Para poupar energia con-vencional, os resíduos da ma-deira utilizada na produção da

Informe

No caminho da sustentabilidade

Ações implantadas pelo Grupo TubForm contribuem para a diminuição de impactos ambientais

MadeForm geram energia térmica para o aquecimento da estufa da linha epóxi, da linha de fosfatização, do tratamento e limpeza do aço e da cromagem. Com isso, a indústria deixou de usar o gás GLP e reduziu o impacto ao meio ambiente. “Desenvolvemos este reaproveita-mento com tecnologia própria, em que 100% do que an-tes jogávamos fora está sendo reaproveitado em forma de energia”, afi rma Bezerra. Segundo ele, esta energia viabiliza o aquecimento de quase 35 tanques de 3 mil litros, além do aquecimento de toda a linha de pintura. “Com o reaproveitamento a indústria deixou de consu-mir em média R$ 25 mil por mês em energia elétrica”, enfatiza Bezerra, destacando como essas mudanças têm gerado cada dia mais uma consciência ecológica em todos os diretores e funcionários do Grupo.

Meio ambienteO Grupo TubForm atua em conformidade com as

exigências impostas por órgãos de fi scalização ambien-tal. Para fabricar os móveis tubulares o Grupo iniciou um processo de desenvolvimento sustentável por meio do licenciamento da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace). O processo de licenciamento compreendeu três fases: a verifi cação da viabilidade ambiental da atividade, a permissão

para o início da construção da infra-estrutura da fábrica e a autorização para o fun-cionamento da indústria em todas as fases previstas no processo. Atualmente as ações ambientais da em-presa envolvem a utilização de madeira de origem certi-fi cada e conta com estação de tratamento de efl uentes, mais uma prática de reapro-veitamento e diminuição de resíduos no meio ambiente. Todo o lixo gerado pelas indústrias é vendido para centros de coleta seletiva e o valor arrecadado é destina-do para a Fundação Edvane Matias, entidade assistencial mantida pelo Grupo e que desenvolve ações sociais, educacionais e culturais.

Está entre as ações sustentáveis da TubForm o reaproveitamento de resíduos, lixo e energia

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25 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

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26 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Matérias-primas

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Fusão de gigantes

Associação entre Satipel e Duratex concentra cerca de 40% do mercado nacional de painéis de madeira

Em meio a fusões e aquisições no mercado brasileiro as fabri-cantes de painéis Satipel, líder na produção de MDP, e Duratex, líder na produção de MDF, ambas com sede administrativa em São Paulo (SP), anunciaram durante uma coletiva de imprensa em 22 de junho o contrato de associação que vai gerar a maior indústria de painéis do hemisfério Sul e a 8ª maior do mundo. Com uma reor-ganização societária que envolve a incorporação da Duratex pela Satipel, a empresa resultante terá, em dados consolidados em 2008, uma receita de R$ 3,3 bilhões e patrimônio líquido de R$ 2,3 bilhões. O presidente da nova empresa e atual diretor

geral da Duratex, Henri Penchas, estimou em “algumas dezenas de milhões” os ganhos com sinergia a partir da fusão. “A meta é oferecer o produto de mais baixo custo e maior margem de revenda”, afi rma Penchas. Juntas, as empresas detêm quase e 40% do mercado nacional de painéis de madeira.

A nova empresa se chamará Duratex S.A., por ser a marca mais conhecida no mercado. O que motivou a associação foi o anúncio da união entre os bancos Itaú e Unibanco, conta o presidente do Conselho de Adminis-tração, Salo Davi Seibel, atual presidente do Conselho da Satipel. “Quando soube dessa união surgiu uma idéia: por que não a união entre a Satipel e outra fábrica? Então, um amigo em comum nos aproximou da Duratex e esse namoro durou 3 meses até o casamento na data de hoje”. De acordo com o diretor comercial da Duratex, Alexandre Coelho, está nos planos da associação ofe-recer um completo portfólio de produtos, atendimento mais rápido com uma logística efi ciente, potencializar as atividades de pesquisa e desenvolvimento e adotar as melhores práticas industriais, comerciais e fl orestais. “A associação permite que a empresa tenha uma pla-taforma muito competitiva para expandir as atividades no mercado nacional e internacional”, afi rma Coelho. A Satipel possui fábricas em Uberaba (MG) e Taquari (RS), já a Duratex centraliza todas as fábricas no esta-do de São Paulo nas cidades de Agudos, Botucatu e Itapetininga.

AcordoO acordo prevê a incorporação da Duratex pela Sati-

pel, a denominação social alterada para Duratex S.A e a substituição das ações da Duratex por ações ordinárias que serão emitidas pela Satipel. A incorporação da Duratex pela Satipel é um complemento entre pontos de distribuição, já que as unidades estão próximas dos principais centros consumidores, e de produção, sendo

Henri Penchas, da Duratex: “Baixo custo e maior margem

de revenda”

Divulgação/Duratex

SATIPEL

Satipel Industrial S.A é a empresa líder no Brasil na fabricação de painéis de MDP e bastante importante no mercado de MDF. Recentemente ampliou sua fábrica em Taquari (RS) e possui também plantas em Uberaba (MG) e fl orestas plantadas na região.

(valores em R$ milhões)

Receita Bruta: 716,3

Patrimônio Líquido: 521,1

Valor de Mercado: 611,0

Número de funcionários: 1958

Capacidade de produção de MDF: 350.000

Capacidade de produção de MDP: 1.400.000

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27 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

50% MDF e 50% MDP. A capacidade instalada será de cerca de 4 milhões de metros cúbicos anuais de painéis de madeira industrializada com sete linhas contínuas, sendo quatro de MDF e três de MDP, além de três linhas de chapas de fi bra. Além disso, conta com a produção de louças e metais sanitá-rios, pisos laminados e componentes para móveis por meio de marcas que pertencem à Duratex. A conclusão da operação ainda depende de aprovação dos acionistas das duas compa-nhias e dos órgãos de defesa da concorrência. No entanto, o presidente da Duratex S.A, Henri Penchas, diz acreditar que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão judicante que fi scaliza e previne abusos de poder econômico, não vai trazer obstáculos para o desenvolvimento do negócio. “São nove empresas [no segmento de madeira] no Brasil e não há restrição para importações”, explica Penchas.

Durante a coletiva de imprensa foi explicado que a nova empresa terá 14 grupos de trabalho, entre comercial, marke-ting, gestão, TI, e outros. Uma empresa neutra foi escolhida para constituir esse novo grupo e todos os executivos serão avaliados e escolhidos por eles. Esse processo deve demorar entre seis meses e um ano para ser fi nalizado.

COM A PALAVRA

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Presidente do Conselho Administrativo da Duratex S.A e

atual presidente do Conselho da Satipel

SALO DAVI SEIBEL

Quais serão os principais ganhos da fusão?A criação de uma empresa global com ganhos

de escala em mercados cada vez mais competitivos; Complementaridade de linhas de produto e de regiões geográfi cas; Possibilidade de sinergias e avanços explorando áreas onde cada empresa é mais forte; Plataforma forte para aumentar a presença no merca-do de exportação; Maiores condições de atrair e reter os melhores talentos; Maiores condições e recursos para inovação tecnológica e o desenvolvimento de produtos de maior valor agregado; Constituição de uma empresa de grande porte, listada no Novo Mercado, com maior free fl oat [quantidade de ações disponíveis no mercado fora do bloco de controle], liquidez e menor custo de capital

De que forma esta associação deve refletir no setor moveleiro?

Conforme a tradição da Satipel e da Duratex, con-tinuaremos a apoiar o setor moveleiro, agora como um competidor global, investindo continuamente em inovação de produtos e em melhoria contínua dos nossos serviços.

Equipe da Satipel e Duratex durante o anúncio de associação entre as empresas

Divulgação/Hara

Divulgação/DuratexDURATEX

A Duratex é líder na fabricação de painéis de MDF no Brasil, além de chapas de fi bras e pisos laminados. Está na fase fi nal de conclusão de um plano de expansão. Todas as plantas de suas fábricas são no interior de São Paulo. Na região, ainda possui mais de 120 mil hectares de terras com fl orestas plantadas.

(valores em R$ milhões)

Receita Bruta: 2.554,8

Patrimônio Líquido: 1.731,5

Valor de Mercado: 2.422,4

Número de funcionários: 7806

Capacidade de produção de MDF: 1.450.000

Capacidade de produção de MDP: 500.000 A Duratex S.A representa a maior concentração no setor de painéis do País, com cerca de 40% da produção

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28 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

O economista e professor Evaldo Alves da Escola de Ad-ministração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EASP-FGV), afi rma que a associação vai promover sinergias muito positivas, pois a economia brasileira está se voltando para o mercado interno. “O subproduto da crise que estamos vivenciando vai ser o fortalecimento do merca-do interno e essa associação, que em grande parte é consequência dessa mudança, certamente vai se beneficiar desse processo”, explica o economista. “Este for-talecimento, decorrente dessas fusões e em função das políticas de investimento e de incentivos, vai dar mais dimensão e robustez ao setor de painéis”, ressalta Alves. O economista ainda asse-gura que a estrutura do mercado no Brasil está mudando e, assim como já está acontecendo em outros países, devem acontecer mais fusões e aquisições.

O que deve mudar no setor?

No programa Cá entre Nós, da Móveis de Valor TV, Ari Bruno Lorandi diretor da Central da Excelência Moveleira (CEM), destacou o impacto da associação entre Duratex e Satipel. Segundo ele, o fornecimento de painéis no Brasil está dividido entre onze empresas. No entanto, sete podem ser consideradas empresas de porte. “O movimento iniciado por Duratex e Satipel deve ter desdobramentos e outros players do setor devem unir suas forças. A mais cotada para ser incorporada é a Tafi sa Brasil”, afi rma Lorandi. Ele explica que a Sonae, proprietária da Tafi sa Brasil e segunda maior fabricante de painel do mundo em capacidade instalada, anunciou que pretende aproveitar oportunidades princi-palmente nos mercados em que não tem uma posição de liderança e por isso vem ajustando sua posição à queda da demanda em vários países. No ano passado suspendeu a linha de produção de MDF na Alemanha e no início deste ano fechou fábricas no Reino Unido, África do Sul e na França. “Não seria surpresa se hoje o setor de painéis voltasse ao que era antes, comandado por três ou quatro empresas”, enfatiza Lorandi.

De acordo com informações da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), nos últimos 10 anos a indústria brasileira de painéis de madeira investiu US$ 1,3 bilhão na modernização e atualização tecnológica de linhas contínuas, processos de impressão, impregnação, revestimento e pintura. Mais US$ 1,1 bilhão deve ser inves-tido no prazo de três anos em instalação de novas unidades industriais de MDF, HDF e MDP. Com isso, a capacidade nominal instalada anual das indústrias de painéis passará dos 6,0 milhões de m³, para 10,2 milhões m³/ano em 2010. “Processos de fusão como os que ocorreram recentemente em alguns segmentos da economia brasileira são positivos, pois proporcionam um ganho de musculatura para que as empresas possam competir globalmente”, afi rma a supe-rintendente executiva da Abipa, Rosane Donati.

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Liderança na produção de painel de madeira. Na foto, fábrica da Duratex em Itapetininga (SP) e da Satipel em Uberaba (MG)

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Outras indústrias do setor devem seguir o movimento iniciado por Duratex e Satipel

Matérias-primas

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29 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

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30 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Que a crise chegou atingin-do o setor moveleiro ninguém tem dúvida. Diminuição nas jornadas de trabalho, queda nas exportações, demanda menor no mercado interno e incertezas: quanto tempo mais dá pra segurar o quadro de funcionários sem demissões e por quanto tempo ainda as exportações terão números negativos? Embora os núme-ros que acompanham o setor não sejam nada animadores, há quem não sofra tanto com o impacto que a crise mundial proporcionou. “Os mais atingi-dos foram os fabricantes que atendiam o mercado externo como os Estados Unidos e a Ar-gentina, exportando produtos. Tivemos casos de queda de até 80% nas exportações”, conta Ivo Cansan, vice-presidente da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul). Em contra-partida, Cansan aponta que, embora a crise tenha gerado números negativos, não é um posicionamento geral do setor. “Temos números negativos sim, mas que diferem quanto ao público-alvo, mercado con-sumidor. Quem atende o mer-cado interno está trabalhando com números constantes,

embora em termos gerais tenhamos ca-ído 30%”, explica.

I m p a c t o n o Setor

A crise atingiu o setor moveleiro em setembro de 2008, quando eclodiu a crise nos Estados

Economia

Por Denise Somera, de Curitiba (PR)

O que fi cou da crise

Como o setor moveleiro reagiu à crise financeira mundial e os novos cenários para 2009 Unidos. Depois disso, o setor teve difi culdades em

se recuperar. “Perdemos muito neste período e no primeiro semestre de 2009 ainda não conseguimos recuperar os números crescentes de 2008”, analisa Luiz Andreole, gerente executivo do Simov (Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria no Paraná). A solução encontrada por algumas empresas para não demitir funcionários foi a redução da jornada de trabalho, já que a demanda não estava no ritmo anterior. “As empresas mantiveram o quadro de fun-cionários, já que perder mão-de-obra especializada seria complicado”, complementa.

Panoramas diferenciadosEnquanto algumas empresas amargam núme-

ros negativos desde o ano passado, há quem já tenha começado uma reviravolta. “Optamos pela segmentação para reverter o nosso quadro negativo de vendas. Nos fortalecemos no mercado nacional e buscamos novos clientes, que pudessem receber nossos produtos”, conta Michel Otte, diretor da Butzke, que fabrica móveis para lazer. Segundo o diretor, a perspectiva é de grande otimismo para o segundo semestre de 2009 e ele adianta que os EUA já voltaram a comprar. “Começaram devagar, em março. Creio que estaremos normalizados já em julho”. A Colibri, de Arapongas (PR), também sofreu o impacto da crise no último trimestre de 2008. “No primeiro momento da crise tivemos um impacto psi-cológico do consumidor, que resolveu adiar as com-pras. Desta forma distribuidores e lojistas também diminuíram seus estoques, privilegiando o fl uxo de caixa”, explica José Lopes Aquino, diretor comercial. Para sair da instabilidade, a empresa agiu depressa: desenvolveu novos produtos com matéria-prima adequada à situações de crise. “Colhemos bons resultados já em março, lançando os produtos na

Michel Otte, da Butzke: “Nos fortalecemos no mer-

cado nacional”

Arquivo

Ivo Cansan, da Movergs: “Tivemos casos de queda de até 80% nas exportações”

Arquivo

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31 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Movelpar. Foi o nosso melhor resultado de vendas durante uma feira de móveis”, conta o diretor. Em agosto a empresa apresentará a coleção 2010 no “Salão Abimóvel 2009”, em São Paulo, e a expectativa da Colibri é fechar o ano com os mesmos números ou até superiores aos de 2008.

Comportamento do consumidorEstudos de varejo que revelam os hábitos dos consumi-

dores brasileiros colocam o setor moveleiro em quinto lugar de prioridade para consumo. “A primeira preocupação é com alimentação, depois eletrodomésticos – incluindo celulares,

reforma na casa, vestuário e aí, compra de móveis”, explica o professor Ulysses Reis, da

Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e também coordenador

do curso de MBA em Varejo na ins-tituição. “Normalmente nos meses de setembro, novembro, janeiro e

fevereiro o brasileiro faz compras de móveis. Se desde setembro do ano passado o setor moveleiro sente a

crise, isso quer dizer que o problema é maior do que se imagina”. Segundo o

professor, é hora do setor conseguir incen-

tivo do governo para reverter o quadro negativo. “O governo está mais disposto a mexer no IPI, como temos visto no setor automotivo e também na linha branca de eletrodomésticos. Isso me leva a crer que a aprovação da isenção para móveis vai sair”, afi rma Reis.

Em 18 de junho o setor ofi cializou o pedido (confi ra mais informações ainda nesta edição) junto ao governo, trabalho que estava sendo feito desde o início da isenção do IPI no país. “Começamos a trabalhar desde que foi anunciado, em parceria com a nossa frente parlamentar, sindicatos e entidades do setor. Só conseguimos ofi cializar o pedido em junho”, explica Cansan. No setor moveleiro, segundo o professor Ulysses Reis, o ideal é que a isenção seja aprovada para seis meses ou mais. “O resultado da recuperação não é imediato e o setor precisa de mais tempo para retomar o fôlego”, acredita

Ulysses Reis, professora da FGV-RJ: “O setor precisa de mais de seis

meses para retormar o fôlego”

Divulgação/FGV

MÓVEIS HENN É EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

O jornal Diário Catarinense fez uma bela matéria com empresas do Estado e que estão passando pela crise com crescimento. Observa o jornal que para navegar contra a maré da crise mundial, algumas empresas catarinenses dos principais setores que movem a economia do Estado apostam na busca por novos mercados e em diferenciais ambientais, além de investir em inovação tecnológica.

Enquanto a maioria das fábricas moveleiras focou nas exportações, principalmente para os EUA, e amarga um cenário dos piores no Planalto Norte catarinense, com demissões e fechamento de empresas, um caso de su-cesso da região Oeste tem o maior faturamento do Estado, mirando, principalmente, no mercado interno (95%) com produtos específi cos para as classes C e D.

A Móveis Henn, de Mondaí, aguentou a pressão de maior competitividade e agressividade no mercado interno quando outras moveleiras se reposicionaram para sobrevi-ver à crise. A saída foi buscar alternativas com criatividade, apostando na pulverização do mercado junto a clientes pequenos e médios. Também fez investimentos em novos produtos e lançamentos, tanto que agora o único mercado que os móveis Henn não atinge é a classe A.

A empresa conta com 500 funcionários e tem cresci-mento previsto de 20% este ano, embora o diretor-presi-dente, Bruno Henn, acredite que, em função do ano reces-sivo, o crescimento consolidado fi que entre 10% e 15%. “Não demitimos ninguém e temos previsão de aumentar o quadro de pessoal assim que concretizarmos alguns objetivos de expansão”, afi rma acrescentando que “não existe fórmula de sucesso. O que existe na nossa empresa é uma conjunção de fatores. Abertura de novos mercados é apenas um dos ingredientes. Inovação tecnológica é outro. O modelo de gestão é fundamental porque quando se está preparado num cenário positivo fi ca mais fácil enfrentar uma crise” enfatiza Bruno Henn.

FOTO (KEILA ESTÁ CONSEGUINDO)

Divulgação/Henn

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32 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

O anúncio de novas medidas de combate à crise e estímulo ao cresci-mento no dia 29 de junho reafi rmou a estratégia do governo para reativar a economia, uma política anti-ciclíca – em que o Estado abre mão de impostos para quebrar o ciclo de desaceleração da economia, inicia-do no fi m de 2008. Entre as medidas anunciadas estão a prorrogação da redução do IPI para a linha branca até 31 de outubro, para 35 itens do setor de materiais de construção até 31 de dezembro, além de outros setores. Com as novas medidas, o total da renúncia fiscal estimada para 2009 é de cerca de R$ 3 bilhões. Contudo, as primeiras desonerações e reduções de tributos, anunciadas em abril deste ano, resultaram em R$ 1,6 bilhão nos cofres públicos. Partindo desta constatação, espe-cialistas discutem se o consumidor

Economia

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Polêmica sobre o IPI

Prorrogação da redução de impostos para produtos da linha branca geram debate no setor

brasileiro está realmente pagando por preços que condizem com o benefício tributário.

Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), publicado pela Folha de S. Paulo, mostrou que parte signifi cativa destes produtos não sofreu queda de preço no varejo proporcional a redução do IPI. Portanto, algum elo da cadeia deixou de repassar a diminuição do imposto e tornou a medida do governo um aumento de margens de lucro na indústria ou no comércio. Entre os produtos da linha branca, o levan-tamento aponta para o preço dos fogões, em que a alíquota do IPI caiu de 5% para zero, mas no varejo, o valor do produto baixou, em média, 0,97% entre abril e junho. A FGV mostra que o nível de redução do IPI repassado para o consumidor fi nal é desproporcional. Já a Federação do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) defende que “analisar genericamente que não houve repasses dessa redução do IPI na mesma proporção para os preços é um equívoco”. Deve-se levar em conta diversos fatores como, a margem sobre custo e estoques adquiridos antes da redução. Segundo infor-mações da Fecomércio-SP, o Índice de Preços no Varejo (IPV), calculado pela entidade, indica que ocorreu uma queda real de preços nos produtos que sofreram de-soneração. Com isso, a entidade se posiciona a favor das medidas do governo para preservar empregos e diminuir impactos da crise na economia.

MóveisRepresentantes dos setores de móveis e painéis

de madeira apresentaram em 18 de junho o pedido de isenção temporária do IPI, com prazo de seis meses, durante um encontro com o ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. A presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Maristela Cusin Longhi, que participou

Maristela Cusin Longhi, da Movergs: “A isenção seria

altamente positiva”

Divulgação/Movergs

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33 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

do encontro, explica que enquanto os setores que receberam o benefí-cio da redução do IPI cresceram, o setor moveleiro apresentou queda, em função da crise. “O impacto da isenção seria altamente positivo, com aumento considerável nas vendas e manutenção dos postos de trabalho”, afi rma Maristela. Quando questionada se o setor estaria preparado para um aumento de demanda, a empresária enfatiza que a evolução do consumo nacional não acompanha a capacidade pro-dutiva das indústrias. “As empresas moveleiras trabalham com grande

Em junho, o governo anunciou a prorrogação da redução do IPI para linha branca até 31 de outubro

Rosane Donati, da Abipa: “Ameaça à sobrevivência de

empresas de móveis”

Divulgação/Movergs

ociosidade, pois além da queda nas exportações de quase 32% em abril, tivemos queda no mercado doméstico de 12%”, explica Maristela.

A superintendente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), Rosane Donati, aponta possíveis conse-quências para o setor de painéis, caso o benefício tributário seja negado. “Pode ocorrer transferência da demanda para setores benefi ciados e ameaça à sobrevivência de micro e pequenas empresas de móveis, com a redução nas vendas internas e queda nas exportações em função da crise internacional”, argumenta Rosane, afirmando que a entidade aguarda com expectativa a isenção para a cadeia produtiva de móveis.

Arquivo

REDUÇÃO DE IPI PARA MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Foi aprovada pelo Governo Federal a redução de até 30% da alíquota de IPI para alguns bens de capital, basica-mente voltados aos setores têxtil, madeireiro e moveleiro. Algumas alíquotas foram reduzidas de 5% para 3,5% e outras de 12% para 8%.

De forma mais macro em termos de arrecadação, a di-minuição da alíquota de IPI será compensada com as mu-danças na forma de arrecadação da COFINS. Esta redução do IPI também pode ser considerada como incentivo às medidas direcionadas a incrementar a política industrial comentada pelo Governo, baseando-se no fato de que a redução de impostos sobre máquinas e equipamentos é base para investimento e modernização de parques manufatureiros.

Dentre as medidas destacamos:Redução geral do custo do fi nanciamentoRedução da TJLP de 6,25%a.a. para 6%a.aTaxa fi xa fi nal* de 4,5% para fi nanciamento à exportação e aquisição de Bens de Capital até 31/12/2009Inclui risco de crédito de 3%a.a. e spread do BNDESNovas taxas de inovação: 3,5% e 4,5%

Cartão BNDES InovaçãoItens fi nanciáveis:Extensão tecnológicaTécnico-especializados em efi ciência energética e impacto ambientalPrototipagem / ExperimentoDesign, Ergonomia e Modelagem de produtoAvaliação e implementação da qualidade de produto e processo de softwareDesenvolvimento de embalagensAquisição e transferência de tecnologia (contratos aver-bados no INPI)Avaliação de viabilidade e pedido de registro de proprie-dade intelectualCondições:Benefi ciárias: micro, pequenas e médias empresasLimite: até R$ 500 mil, por banco emissor (BB, CEF, Bra-desco)Prestações fi xas em até 48 mesesTaxa de juros: 1,00 % a.m.20 Institutos Tecnológicos já credenciadosPode ser utilizado como contrapartida para programas

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34 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Realizado entre novem-bro e dezembro de 2008, com internautas consumido-res de onze países, o estudo Trust Research analisou os níveis de confi ança do con-sumidor em grandes redes do varejo de diversos se-tores. Uma das conclusões do estudo, realizado pela GS&MD – Gouvêa de Souza, empresa de consultoria foca-da no varejo, e pela Ebeltoft, aliança de especialidades em varejo, revela que três fatores levam o consumidor a ser fi el a uma determinada marca: imagem, confi ança e apego à marca (veja gráfi co abaixo). Para o sócio-sênior

Consumo

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Consumidor confi a em redes

Estudo avalia o que leva o consumidor a confiar em grandes redes varejistas

da Gouvêa de Souza, Luiz Góes, a rede varejista constrói uma imagem e depois cultiva a relação de confi ança, mostrando que este consumidor faz parte do negócio. A partir disso, desenvolve o apego do consumidor na rede, a ponto de fazê-lo sentir falta caso a marca deixe de existir. “A partir daí você tem condições de trabalhar com a fi delização, que posiciona a marca entre as opções de compras do consumidor, e isso vale para qualquer tipo de varejo”, afi rma Góes.

O estudo foi apresentado durante o World Retail Congress, evento que reuniu líderes do varejo global entre 6 e 8 de maio, em Barcelona, na Espanha. O objetivo é identifi car elementos e meios que geram a confi ança do consumidor, preferência entre lojas do mesmo setor, freqüência de visitas aos pontos de venda e realização de compras pelo site da loja. Para isso, 20 redes por país foram selecionadas, segundo critérios defi nidos pela Ebeltoft. Entre os segmentos avaliados no Brasil, está o de móveis e eletrodomésticos com a participação da Casas Bahia, Magazine Luiza e do Ponto Frio. Segundo Góes, para conquistar a confi ança do consumidor essas redes investem fortemente na construção da imagem e em algumas ações que geram confi ança na marca. “Investir no site da loja é um exemplo de elemento de confi ança. Outra questão muito importante é a oferta de crédito. Oferecer crédito é confi ar no cliente”, afi rma Góes.

No entanto, é mais difícil para este setor desenvolver a relação de apego, uma vez que produtos e serviços oferecidos são muito parecidos. “Se não existissem as logomarcas dentro das lojas, o cliente não saberia diferenciar as redes. Por isso, a necessidade de estabelecer uma relação de apego com o consumidor”, defende Góes. A premissa de que o racional avalia o preço e o emocional

transfere o desejo para a realidade é o cami-nho para proporcionar experiências memo-ráveis e conquistar o cliente. “Uma loja com diversos ambientes, com móveis, objetos de decoração e eletro-domésticos, permite ao cliente imaginar aquele ambiente na casa dele”, explica Góes. Um exemplo de experiência memo-rável está na rede de lojas sueca Ikea, pre-sente em 24 países,

Imagem da marca:

- importância do cliente;- dedicação ao cliente;

- última compra;- propaganda.

Confi ança no varejo:

- satisfação com a loja;- equipe de vendas;

- recomendação;- presença na internet;

- competência;

- satisfação com a loja;- equipe de vendas;

- recomendação;- presença na internet;

- competência;

Apego à marca:

- histórico de compras;- frequência.

O QUE FAZ O CONSUMIDOR SER FIEL?

O estudo Trust Research apontou três elementos que levam o consumidor a ser fi el a uma marca

Fonte: Pesquisa Trust Research realizada pela GS&MD – Gouvêa de Souza e Ebeltoft

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35 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

que oferece um amplo mix de produtos, desde plantas e móveis para sala e quarto até brinquedos e cozinhas completas.

Mercado brasileiroNo varejo global 23% confi am muito nas marcas avaliadas, já

no varejo brasileiro este índice sobe para 38%. “Quando existem muitas opções de marcas que brigam entre si, o consumidor se torna mais rígido em suas avaliações e isso resulta em índices mais baixos de confi ança”, explica Góes. Segundo ele, o con-sumidor brasileiro não tem muitos parâmetros e, por isso, está

CONFIANÇA DA MARCA NO BRASIL

Varejo Móvéis e Eletros Marca 1 Marca 2 Marca 3

Competência da marca 48% 43% 40% 46% 42%

Presença na Internet 19% 30% 40% 8% 44%

Compromisso com o cliente 42% 38% 37% 39% 36%

Custo x Benefício 30% 31% 30% 32% 32%

Qualifi cação da equipe de vendas 42% 38% 37% 35% 35%

Escolha da loja de mesma categoria 12% 12% 11% 16% 9%

Estabilidade da marca 59% 61% 57% 70% 58%

Recomendação da marca 43% 37% 38% 41% 33%

Satisfação com a loja 42% 40% 40% 41% 38%

Fonte: Pesquisa Trust Research realizada pela GS&MD – Gouvêa de Souza e Ebeltoft

mais propenso a confi ar, exigir menos e construir uma imagem melhor da marca. “Não existem muitas opções de marcas no mercado brasileiro e isso facilita a entrada de uma empresa estrangeira no País”, afi rma Góes.

O primeiro passo neste sentido aconteceu em março de 2008, quando o grupo mexicano Elektra inaugurou as primeiras lojas no Brasil, no Recife (PE), e marcou o início do processo de abertura do varejo de móveis e eletros brasileiro. Outra mexicana interessada neste mercado é a Coppel. Conforme notícia publicada na última edição da Móveis de Valor, o grupo Coppel planeja

se instalar no Brasil a partir de 2010.

Setor moveleiroA imagem que o consumidor constrói da marca é muito boa

para 27% no setor de móveis global e 30% no setor de móveis brasileiro. Já na avaliação da confi ança do consumidor 24% confi am muito na marca no setor moveleiro global e 36% no setor brasileiro. A variação nos índices de apego pela marca é menor, mas apresenta um aumento no mercado brasileiro atingindo 39%. Já no setor de móveis global este índice é de 32%.

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36 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Em algum momento do fi lme, Helena, interpretada pela atriz Gloria Pires, vai trocar de lugar com Claudio, personagem vivido pelo ator Tony Ramos, e mesmo com todas as peripécias pelos quais passa o casal ao longo dos 96 minutos do fi lme “Se eu fosse você 2”, não passam desperce-bidas as ambientações de sua bela casa com cozinha ampla e dormitório em sintonia com as tendências de decoração. De quem são os móveis que com-põem os ambientes dos cenários do fi lme? Uma abrangente cam-panha de marketing atrelada ao fi lme não deixa passar em branco: são da Todeschini.

Com sede em Bento Gonçal-ves (RS) e uma das primeiras do País a produzir cozinhas modu-ladas na década de 70, a Todes-chini, que completou em abril 70 anos de atividades, viu no fi lme uma oportunidade de continuar o trabalho de marca que já vinha desenvolvendo em outras mídias, como revistas de decoração e programas de TV (a empresa rea-lizou ações de merchandising na novela global “Laços de Família”, exibida há quase dez anos).

Conforme informa o departa-mento de marketing da Todeschi-

ni, a opção pela divulgação no cinema, atrelada à campanha de marketing “Se Eu Fosse Você Escolheria Todeschi-ni”, é mais um passo na estratégia de difusão da marca entre o público de móveis planejados no País. “Com esta ação de abrangência nacio-nal, a Todeschini inicia

um trabalho de unificação da percepção da marca em todo o

Marketing

Móveis em cartaz

Sucesso de filmes nacionais, como Se eu fosse você 2, evidenciam potencial de meios como o cinema para trabalhar marcas de mobiliário

País, que chega ao consumidor através de mais de 300 lojas exclusivas”.

A campanha iniciada em março e elaborada pela agência DPTO, teve veiculação nacional e se encerrou em junho. Na avaliação da Todeschini, “completou um círculo virtuoso: da marca apoiando o cinema brasileiro, passando pelo sucesso do fi lme junto ao público e a consolidação do posicionamento de empatia da marca com o público”. Ainda de acordo com a percepção da empresa, “o melhor indicador é o fato de que a campanha tem gerado efetivo aumento de fl uxo do público-alvo da marca nas lojas ex-clusivas”. A fabricante não divulga o valor do investimento nesta ação, por considerar esta uma “informação estraté-gica”. O fi lme estreou em janeiro e já foi assistido por mais de 6 milhões de pessoas.

Outra empresa que se benefi ciou, de forma mais indireta, da repercussão de um fi lme nacional no cinema foi a Mac Móveis, que desde 1980 atua no mercado de alta decoração. A loja própria no Rio de Janeiro (RJ) da marca foi utilizada como cenário de uma cena do fi lme Divã, que estreou nas salas de cinema brasileiras em abril e até o fi nal de maio já tinha sido assistido por mais de 1,5 milhão de espectadores.

Estratégia de marcaPara Luiz Fernando Goes, sócio-sênior da Gouvêa de

Souza & MD (GS&MD), a aposta no cinema como meio de divulgação pelo setor moveleiro se apresenta como uma busca de alternativas de contato com o público. “Os móveis nunca foram uma categoria que investe em mar-ca, com algumas exceções no segmento de planejados. E mesmo estas iniciativas são recentes e normalmente são feitas em mídias não-abrangentes”, analisa. “O fato de algumas empresas partirem para opções mais abrangentes, como o cinema, sinaliza a busca por atin-gir um público mais amplo, e ao mesmo tempo, ainda assim segmentado, o que não acontece, por exemplo, em uma ação na televisão, que atinge públicos mais diversos”, complementa. “Dentro do trabalho de difusão e consolidação de marca, acaba funcionando como uma estratégia de médio e longo prazo”.

Com a campanha “Se Eu Fosse

Você Escolheria Todeschini”, a To-deschini registrou

aumento efetivo no fl uxo do pú-

blico-alvo de suas lojas exclusivas

Divulgação/Todeschini

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37 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Goes observa que ações como a da Todeschini apontam para uma abertura maior do setor moveleiro à multimídia, de modo geral. “Mas custa caro. O fabricante que busca desenvol-ver um trabalho efi ciente de marca deve planejar suas ações. Para chegar ao cinema, deve antes utilizar outras estratégias, como revistas que atinjam seu público-alvo, jornais de bairro ou jornais de distribuição gratuita que circulam pela cidade”, orienta. “Não adianta nada colocar uma marca na mídia de massa se ninguém a conhece. Ações no cinema e na TV fun-cionam quando já foi feito um trabalho prévio de construção da marca”, salienta Goes, lembrando que empresas como Todeschini e Dell Anno realizam ações mais focadas no tra-balho de marca desde os anos 90.

Campanha e internetPara Luiz Goes, a internet pode ser uma alternativa interes-

sante para fabricantes que estão começando um trabalho de marca. “Porémt é preciso profi ssionalismo, não basta apenas anunciar. A empresa deve ter um site que corresponda às expectativas do público-alvo, que traga as informações que ele precisa. Hoje o papel fundamental da internet é criar rela-cionamento”, assinala. Em relação a sites de relacionamento como o ‘novo fenômeno’ Twitter – que vem crescendo em número de acessos, Goes alerta que deve ser uma alternativa analisada com ressalvas. “É fato que há um público que já usa

bastante, em especial, o público jovem, que não é exatamente aquele que compra móveis. Adotar este tipo de estratégia de divulgação é algo que deve ser avaliado com muito cuidado, inclusive para que, em vez de uma construção positiva de imagem, não se tenha a marca associada, pelo público-alvo, a aspectos negativos”, destaca.

Luiz Goes defende um trabalho de construção de uma imagem para categoria de mobiliário, e não apenas de marcas isoladas. “Uma ação que seria interessante para a cadeia de móveis, para que o consumidor comece a se acostumar com a ideia de comprar mobiliário e fazer sua substituição com mais freqüência, associando o móvel à qualidade e estilo de vida, está na viabilização da campanha de valorização do móvel, que o setor já vem tentando empreender há algum tempo”.

Luiz Goes, da GS&MD: “Construção de uma imagem

para a categoria”

Divulgação/GS&MD

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38 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

A Eletrolar Show 2009 – Feira de Negócios para a Indústria e o Varejo de Eletrodomésticos e Eletroeletrô-nicos reuniu sete mil executivos do setor entre os dias 16 e 19 de junho, em São Paulo (SP), para apresentar lançamentos na linha branca e mar-rom, portáteis, utilidades domésticas, informática, telefonia, entre outros. O principal objetivo da feira foi promo-ver a discussão de novas perspectivas do varejo e da indústria do setor. A Eletrolar 2009 contou com a presença de representantes de diversas vare-jistas como, Casas Bahia, Ponto Frio, Magazine Luiza, Lojas Americanas, Insinuante, Armazém Paraíba. “Con-centramos grande esforço para trazer cerca de 200 varejistas de todo o País com as despesas de passagens e hospedagem pagas para aumentar as chances de negócio”, afi rma o diretor executivo da empresa que organiza o evento, Azul Play Empreendimentos e Produções, Carlos Clur.

Feiras Nacionais

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Para indústria e varejo

Com 7 mil visitantes a 4ª Eletrolar Show apresenta lançamentos de marcas brasileiras e do exterior

LançamentosA Mondial participou da 4ª edição da feira com

13 novidades, com destaque para a centrífuga Juicer Black, que tem potência de 800 W com motor de baixo ruído, além de tubo alimentador de 7,5 centímetros para frutas e legumes inteiros. A Latina, de São Carlos (SP), que apresentou dois lançamentos, destaca o purifi cador Mineralizer, com sistema de 9 estágios de purifi cação de água. Com reservatório de água blindado, o purifi cador ainda tem sistema de refrigeração eletrônica e mineraliza a água adicionando sais minerais.

Com o lançamento de dois modelos de fogões, a Mallory complementou sua linha de produtos de alto padrão. O CookTop MC604 é embutido, com mesa de vidro temperado e quatro queimadores. Já o CookTop MC705 tem cinco queimadores, um com tripla chama ultra-rápido. Já a marca AOC fabricante de monitores para computadores, expôs os mais recentes lançamentos, como o monitor 2236Vwa. O modelo apresenta tela de 20 polegadas em formato widescreen, alto-falantes incorporados e teclas de navegação sensíveis ao toque.

A Eletrolar Show 2009 também contou com o lançamento de uma nova marca no País, a italia-na De’Longhi fabricante de mais de 60 produtos, entre máquinas de café expresso, aquecedores de ambientes e fornos elétricos. O plano inicial da marca prevê o lançamento de 28 itens no mercado nacional e, no prazo de dois anos, a linha completa e a instalação de fábrica própria.

Diversas marcas apresentaram seus lan-çamentos na feira. Nas fotos, produtos da AOC, De´Longhi e Mallory

Divulgação\AocD

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39 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

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40 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

A 3ª edição da Confortex – Feira de Móveis, Decoração, Paisagismo e Construção realizada entre 4 e 7 de junho, no Centro de Eventos do Pan-tanal, em Cuiabá (MT), possibilitou aos fabricantes e lojistas de setores do âmbito da habitação um encontro, além da realização de negócios. Foi promovida ainda um seminário sobre oportunidades da crise e sustentabi-lidade, temas abordados no evento paralelo denominado Salão de Tec-nologias Sustentáveis. A feira contou com a participação de 107 expositores e 17 mil visitantes, que avaliaram po-sitivamente o resultado desta edição, segundo os organizadores da feira.

Participaram também da Confor-tex 2009, imobiliárias e instituições fi nanceiras que trabalham com linhas de crédito para o setor da habitação. Para a diretora do Sebrae/ MT, Leide Katayama, esta terceira edição repre-

Feiras Nacionais

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Setor é destaque no Mato Grosso

Na terceira edição, Confortex foi palco para encontro de negócios entre setores da construção, móveis e decoração

sentou uma evolução.“O resultado foi muito positivo para os expositores, o mix de produtos estava diversifi cado e o público mais qualifi cado”, avalia. O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscon-MT), Luiz Carlos Richter Fernandes, ressaltou o potencial de compradores e negócios futuros. “Fiz contato com vários empresários e todos estão otimistas, pois receberam um bom público em seus estandes”, conta. Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis do Norte do Mato Grosso (Simonorte), Mauro Feronato, enfatiza a importân-cia de criar a cultura de que o Mato Grosso produz móveis de qualidade. “A feira é importante para as pessoas conhecerem os produtos locais”, afi rma.

Eventos paralelos O Encontro de Negócios, Móveis & Decoração, que

reuniu 35 empresas, gerou cerca de R$ 800 mil em ne-gócios imediatos, além de R$ 9,1 milhões com prazo de até 12 meses. Já o Salão de Tecnologias Sustentáveis apresentou inovações, tecnologias e projetos do setor. Um dos cases de destaque no evento foi o selo Biomóvel, desenvolvido por empresas do APL de São Bento do Sul (SC), e que certifi ca móveis produzidos com madeira reno-vável, tecnologia limpa e materiais não-nocivos ao meio ambiente e a saúde do ser humano. Outra iniciativa está no papel artesanal produzido por mulheres e jovens da comunidade Estrela do Sul, em Alta Floresta (MT), a partir do bagaço da cana-de-açúcar orgânica.

O Seminário Confortex destacou as oportunidades suscitadas pela crise. Sobre este tema, o diretor da Central da Excelência Moveleira (CEM), empresa que publica a Móveis de Valor, Ari Bruno Lorandi, ministrou a palestra Crise de Oportunidades x Oportunidades da Crise. “Se o mercado internacional se fecha e é preciso olhar para o mercado interno, especialmente o do lado, é preciso ter uma lupa para observar e detectar nichos de mercado,” afi rma Lorandi.

A Confortex 2009 reuniu 107 expositores e recebeu 17 mil visitantes, entre moveleiros, decoradores, paisagistas e construtores

Fotos: Divulgação/Confortex

O diretor da Central da Excelência Moveleira (CEM), Ari Bruno Lorandi, durante o Seminário Confortex

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41 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

do brasileiro Marcelo Rosenbaum entre os dias 5, 6 e 7. A temática abordará inovação, design democrático, seleção de profi ssionais brasileiros para feiras internacionais além de experiências pessoais, como será o caso do italiano Ro-drigo Rodriguez, que vai contar como é presidir importantes instituições e associações de designers na Itália.

Após ampla divulgação, inclusive com eventos de pré-lançamento nas principais capitais brasileiras, a feira terá 150 expositores além de projetos especiais como o “Museu da Cadeira – Coleção Richard Valansi”, com 40 cadeiras bra-sileiras e internacionais. Entre originais de modelos clássicos e contemporâneos estará presente a cadeira “Mole”, do arquiteto e designer de móveis Sérgio Rodrigues, conside-rada um marco do design contempo-râneo no Brasil.

Feiras Nacionais

Por Denise Somera, de Curitiba (PR)

Casa Brasil valoriza o design

CASA BRASIL 2009

Quando 4 a 8 de agosto

OndeParque de Eventos de

Bento Gonçalves – RS

Horário 12 às 20 horas

www.casabrasil.com.br

Em sua segunda edição, feira gaúcha terá foco no design, inclusive com palestras de profissionais renomados

A valorização do design origi-nal, inovador e, é claro, nacional, traz à segunda edição da gaúcha Casa Brasil renomados profi ssio-nais da área em cinco seminários durante o evento, que acontece em Bento Gonçalves entre os dias 4 e 8 de agosto. Os italianos Rodrigo Rodriguez, Cristina Morozzi, Euge-nio Perazza dão palestras ao lado do indiano Satyendra Pakhale e

Cristina Morozzi está entre os

palestrantes da Casa Brasil

Divulgação/Casa Brasil

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42 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

A troca de estações, lançamento de tendên-cias e renovação de estoques. Todos es-tes elementos marcam a segunda edição do ano da Abimad, a Feira Brasileira de Móveis e Acessórios de Decora-ção, que acontece em São Paulo entre os dias 30 de julho e 2 de agosto no Centro de Exposição Imigrantes. “Abimad é Coisa de Cinema” foi a temática escolhida pela direção da feira que aposta no clima gelado do inverno para lançar novidades em decorações e mobiliário. Repetindo a experiência de 2008, a segunda edição da Abimad em 2009 trará uma delegação de importadores, com apoio da Apex-Brasil. “Com a edição de agosto acompanhamos em tempo real as evoluções do mercado e oferecemos aos fabricantes e lojistas novas oportunidades de bons negócios”, justifi ca José Lúcio Aragão, coordenador da Abimad. “A experiência do ano passado deu tão certo que decidimos incorporar a edição de agosto ao calendário da ABIMAD”, conta o coor-denador, já que a tradicional Abimad acontece em fevereiro na capital paulista.

Feiras Nacionais

Por Denise Somera, de Curitiba (PR)

Decoração para inverno

Abimad de agosto esquenta segundo semestre com novidades e tendências de mercado

2A ABIMAD AGOSTO

Quando30 de julho a 02 de

agosto

Onde

Centro de Exposições

Imigrantes

São Paulo - SP

Horário 9 às 19 horas

www.abimad.com.br

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43 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Calendário feiras

NACIONAIS 2009

30/07 a

02/08

ABIMAD AGOSTO 2009

Local: São Paulo (SP)

www.abimad.com.br

04/08 a

08/08

CASA BRASIL

Local: Bento Gonçalves (RS)

www.casabrasil.com.br

15/08 a

18/08

39ª HOUSE & GIFT FAIR SOUTH AMERICA

Local: São Paulo (SP)

www.grafi tefeiras.com.br

17/08 a

21/08

SALÃO ABIMÓVEL

Local: São Paulo (SP)

www.salaoabimovel.com.br

17/08 a

21/08

TEXBRASIL DÉCOR

Local: São Paulo (SP)

www.texbrasildecor.com.br

02/09 a

04/09

1ª STC – FEIRA DE TAPETES E CARPETES

BRASIL

Local: São Paulo (SP)

[email protected]

14/09 a

17/09

NOVA EQUIPOTEL

Local: São Paulo (SP)

www.novaequipotel.com.br

20/10 a

22/10

TEXBRASIL DÉCOR/SUL

Local: Bento Gonçalves (RS)

www.texbrasildecor.com.br

21/10 a

24/10

SIAD – SALÃO INTERNACIONAL DE ALTA

DECORAÇÃO

Local: Gramado (RS)

www.salaosiad.com.br

NACIONAIS 2010

22/03 a

26/03

MOVELSUL

Local: Bento Gonçalves (RS)

www.movelsulbrasil.com.br

INTERNACIONAIS 2009

14/08 a

16/08

TUPELO FURNITURE MARKET FALL 2009

Local: Tupelo (EUA)

www.tupelofurnituremarket.com

19/08 a

22/08

EXPOMUEBLE INTERNACIONAL VERANO

Local: Guadalajara (México)

www.expomuebleverano.com.mx

04/09 a

08/09

MAISON & OBJET

Local: Paris (França)

www.maison-objet.com

06/09 a

09/09

24ª CHINA INTERNATIONAL FURNITURE FAIR

(CIFF)

Local: Guangzhou (China)

www.ciff-gz.com

09/09 a

12/09

15ª FURNITURE CHINA

Local: Xangai (China)

www.furniture-china.cn

14/09 a

17/09

LAS VEGAS MARKET

Local: Las Vegas (EUA)

www.lasvegasmarket.com

17/09 a

21/09

ABITARE IL TEMPO

Local: Verona (Itália)

www.abitareiltempo.it

18/09 a

22/09

INDEX FURNITURE/INDEX OFFICE/INDEX

INTER-FURN

Local: Mumbai (Índia)

www.ueindia.com

21/09 a

26/09

HABITAT VALENCIA

Local: Valência (Espanha)

http://habitat.feriavalencia.com

26/09 a

30/09

INTERMOB/WOOD PROCESSING MACHINERY

Local: Istambul (Turquia)

www.intermobistanbul.com

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44 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Prevista para acontecer entre 24 e 28 de maio de 2010 em Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), a Feira Internacio-nal para a Indústria da Madeira, Móveis e Setor Florestal – Femade passou a integrar o Trade Fairs at a Glance da Deutsche Messe, empre-sa alemã promotora de feiras se-diada em Hannover, na Alemanha. A empresa também é responsável pela organização da Ligna, maior feira do setor fl orestal, madeireiro e moveleiro do mundo. “Teremos uma feira com maior visibilidade e novas oportunidades de negócios para os expositores, em todos os elos da cadeia produtiva”, conta Constantino Baümle, diretor presi-dente da Hannover Fairs Sulaméri-ca, responsável pela organização e promoção da Femade em conjunto

Feiras Nacionais

Femade toda nova

O evento florestal/madeireiro será organizado pela promotora alemã Hannover Fairs e deve ganhar mais visibilidade

com a Deutsche Messe. A expectativa é reunir cerca de 150 expositores e 13 mil visitantes da cadeia produtiva da madeira do Brasil e do exterior.

A Femade vai apresentar mudanças em relação às edições anteriores. Nesta 6ª edição o evento vai abran-ger mais expositores com a participação de empresas do setor fl orestal, que envolve plantio, colheita, transporte e maquinários. Para o setor de marcenaria e revendas está previsto um evento paralelo exclusivo para o segmento, a Expo Marcenaria, com novas tecnologias sobre máqui-nas, matérias-primas, ferragens e acessórios. “Basta ouvir o mercado para saber que são esses profi ssionais que recomendam e direcionam a escolha de painéis e ferragens para a produção de móveis sob medida ou projetos corporativos. Eles também são o elo entre ar-quitetos e consumidores fi nais”, explica Baümle.

A Expo Marcenaria vai apresentar uma linha de mon-tagem fabril de 800 metros quadrados, com inovações tecnológicas e racionalização do processo produtivo de uma marcenaria. Também serão produzidos móveis sob medida que, posteriormente, serão doados a uma instituição benefi cente. Outros eventos paralelos serão

o Seminário de Uso Sustentável da Ma-deira e o 1° Fórum Brasileiro de Revendas de Produtos para Marcenaria, que vai traçar um diagnóstico e perspectivas do setor com ênfase em gestão, produtos e serviços.

A nova Femade segue tendência inter-nacional de proporcionar aos visitantes não apenas uma exposição de produtos, mas um amplo programa de atividades, visando otimizar o tempo do visitante. “Hoje o empresário precisa de boas razões para deixar sua empresa por dois ou três dias e precisamos proporcionar ao nosso visitante o máximo de informações e oportunidades de negócios na Femade”, destaca Constantino Baümle.

Constantino Baümle, da Hannover Fairs Sulamérica: “Novas oportuni-

dades de negócios”

Divulgação/Femade

A 6ª edição da Femade apresenta novidades como, a participação do setor fl orestal e a Expo Marcenaria

Divulgação/Femade

Page 45: Móveis de Valor - Ed.88

45 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Page 46: Móveis de Valor - Ed.88

46 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

A principal feira de fornecedo-res para a indústria do mobiliário e interiores do mundo – Interzum, realizada entre 13 e 16 de maio em Colônia, na Alemanha, recebeu cerca de 50 mil visitantes, para apre-sentar lançamentos e inovações de indústrias do mundo todo – são 1.370 expositores de 63 países. “A alta qualidade de visitantes e o am-plo alcance internacional do evento confi rmaram a função da Interzum como uma feira de negócios inter-nacional. Apesar da crise fi nanceira, o setor se manteve estável com sua feira líder de negócios”, conclui o chefe do departamento executivo da Koelnmesse, Gerald Böse. A sócia gerente do Grupo Häfele, Sibylle Thierer, defi ne a Interzum como o fórum internacional de fornecedores da indústria moveleira. “É a feira de negócios certa para nós. Ficamos

muito satisfeitos com o número de visitantes no nosso estan-

de. Os muitos visitantes de feiras conceituadas, parti-

cularmente da área de propriedade comercial e construção de inte-riores, também foram

muito satisfatórios”, afi r-ma Thierer.

Nossos enviados à Ale-manha, Sergio Palma e Liuba

Petrovic, selecionaram alguns dos principais lançamentos da feira que você confere a seguir.

Feiras Internacionais

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Inovação contra a crise

Ao completar 50 anos, a Interzum não se abalou com o momento econômico e foi palco para lançamentos inovadores

LançamentosEm pesquisa realizada pelos organizadores da

feira, 79% dos visitantes entrevistados qualifi ca-ram os produtos como bom ou muito bom e 91% recomendariam a visita a Interzum 2011. Conforme o artigo sobre a feira publicado na última edição da Móveis de Valor, movimento, iluminação, design, ergonomia, leveza e praticidade são conceitos que defi nem esta Interzum 2009. Com ênfase em pratici-dade, a fabricante alemã de ferragens Häfele, partici-pou desta 50ª edição da feira com uma nova propos-ta de estande, em que a disposição de ambientes foi eliminada para mostrar a criatividade no uso da mobília e de espaços em residências e escritórios. O destaque entre os lançamentos da Häfele é a nova linha Mobilius deslizante para móveis inteiros. Com a proposta de aproveitamento de espaço, a nova linha permite que móveis inteiros sejam movidos com facilidade. Outro lançamento apresentado na Interzum é o sistema de elevação de prateleiras, silencioso e com deslizamento suave.

A Proadec, fabricante portuguesa de fi tas de bor-da, apresentou na feira os seguintes acabamentos de superfície: estuco, pedra lascada, couro, tecido e aço escovado. Segundo o diretor do Grupo Probos, detentor da marca Proadec, Paulo Moutinho, os novos acabamentos têm texturas que produzem efeitos muito próximos da realidade. “A tendência das fi tas é ganhar um lugar de destaque nos móveis e se tornar um elemento importante de design e decoração”, enfatiza Moutinho.

Com um estande constituído de acordo com os ambientes de uma casa, a fabricante alemã de fer-ragens para móveis Hettich apresentou inovações e D

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Divulgação\Interzum

Mais de 47 mil visitantes foram conferir lançamentos e inovações de 1.370 exposi-tores na Interzum 2009

Page 47: Móveis de Valor - Ed.88

47 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

tendências para a moradia do futuro. O principal destaque entre os lançamentos foi a ‘Cozinha Conceito 2015’, estudo de tendências que apresentou sistemas que deverão ser lança-dos em 2015 para o segmento de cozinhas. Na cozinha do futuro, o tampo do fogão é uma tela touch screen, que permite ao usuário alterar o tamanho de cada boca e movimentá-las, além de dis-ponibilizar o acesso à internet. Outras novidades estão no sifão inteligente – que não ocupa espaço abaixo da pia, em elementos da cozinha movidos com o aperto de um botão, sistemas de iluminação e portas com telas touch screen. “Mesmo com redução no número de visitantes da feira, a visitação e o negócios iniciados em nosso estande foi recorde”, afi rma o coordenador de marketing da Hettich do Brasil, Ricardo Schartner. Inovações em fi nish foil marcaram a participação da fabricante alemã de papéis decorativos, a Schattdecor. Neste ano ela complemen-tou a linha Smartfoil, lançada na última edição da feira, em 2007, com o lançamento do Statuario Venato, padrão de pedra que revestiu as paredes externas do estande na Interzum. Outra novidade é o Pinewood, padrão decorativo da nova coleção Postfoil 3D que permite variadas possibilidades para superfícies tridimensionais.

A Häfele propôs o

aprovei-tamento de espaço com a

nova linha Mobllus - deslizante para

móveis inteiros

No estande da Proadec, quatro

novas soluções em fi tas de borda

Divulgação/HäfeleDivulgação/Schattdecor

Divulgação/Proadec

ARTIGO

Lívio Rueckl, Gerente nacional de vendas da Colchões Ecofl ex

O futuro do mercado brasileiro de colchões, numa visão baseada nos conceitos europeus, passará pela utilização de tecidos com componentes sustentáveis, pela busca de matérias-primas mais sofi sticadas, por novos tratamentos nos tecidos e por novas tecnologias de molejo para se mol-dar às necessidades individuais dos consumidores.

A Interzum mostrou de forma muito transparente como os produtos naturais e recicláveis atendem às preocupa-ções ambientais dos europeus. A utilização do látex vale uma consideração especial, pois colchões feitos com 100% dessa matéria-prima já detém 35% do mercado na Europa. A ampliação da utilização do látex no Brasil depende da entrada de fornecedores no mercado para tornar seu preço mais competitivo.

A Interzum mostrou ainda a busca dos grandes for-necedores de colchões por conforto e diferenciação. Seja

pela utilização do tecido térmico para assegurar a temperatura está-vel, seja pelo uso de molas duplas em cada molejo, seja pela junção de dois tipos de molejo no mesmo colchão para atender necessidades específi cas de pessoas com biotipos diferentes. Está aí o produto exclusivo, que poderia ser viável em lojas especializadas.

Na questão do acabamento, os colchões brasileiros estão compatíveis e, em alguns casos, até melhores que o padrão europeu. A exemplo dos americanos, os brasileiros valorizam muito o acabamento. E estão crescentemente preferindo colchões de molejo, o que mostra o enorme po-tencial desse mercado. Temos, enfi m, um longo e promissor caminho pela frente.

O novo padrão de pe-dra Statuario Venato

serviu de revesti-mento para o estande

da Schattdecor

UM LONGO E PROMISSOR CAMINHO

Page 48: Móveis de Valor - Ed.88

Observatório da Indústria

48 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

A iniciativa de três amigos que se reuniram para montar uma fábrica de ventiladores em 1979, na cidade de Catanduva (SP), foi o passo inicial para a construção de uma marca consolidada no mercado, a Arge. “A fábrica começou à sombra de uma jabuticabeira nos fundos da casa de um dos sócios fundadores, com um torno alugado e, em pouco tempo, teve sua sede transferida para um prédio mais adequado”, lembra o gerente comercial da Arge, André Dela Togna Augusto. Segundo ele, o crescimento veio com a aquisição do prédio matriz da empresa. “A Arge começou a se estruturar para ser a maior fábrica de ventiladores do Brasil”. Ao completar 30 anos em 23 de julho de 2009, a empresa oferece dois anos de garantia para todos os produtos e prepara o lançamento de três novas linhas. “Buscamos prin-

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Há três décadas fabricando ventiladores, Arge segue investindo em novos produtos e mais qualidade

EMPRESA:

Arge Ltda

FUNDAÇÃO:

23/ 07/ 1979

LOCALIZAÇÃO:

Catanduva (SP)

ÁREA:

Área total: 25 mil m²Área construída: 11 mil m²

FUNCIONÁRIOS:

340

PRODUTOS:

Ventiladores de teto, exaustores, oscilantes e extratores

Há 30 anos gerando bons ventos

cipalmente novos produtos para atendermos as crescentes necessidades de mercado”, enfatiza.

Com capacidade produtiva instalada de 200 mil ventiladores/mês, a Arge vem alcançando números que indicam crescimento gradativo da empresa, tanto em produção como em fatura-mento. Segundo seu gerente comercial, a equipe qualifi cada de funcionários e a estrutura sólida de planejamento e execução de tarefas permitem a realização do trabalho com excelência. “O prin-cipal diferencial da Arge é a qualidade de seus produtos, muito superiores aos ‘similares’ no mercado”, afi rma Augusto.

ConquistaUm fato marcante na trajetória da Arge é a

conquista da certifi cação da ISO 9001, que avaliou critérios como projeto, desenvolvimento de produ-tos, produção, montagem e comercialização. “A diretoria iniciou um trabalho focado na Excelência de Produtos, Estrutura e principalmente na Gestão. O trabalho começou a ser executado a partir da conquista da certifi cação em 2005, que foi uma novidade para o mercado de ventiladores”, conta Augusto. Segundo ele, outras ações foram empre-gadas, como a reestruturação da maior parte dos departamentos nos últimos dois anos. Além da implantação do sistema ERP para gerenciamento integrado de todas as áreas da empresa, inclusive as quatro unidades fabris. “Buscamos as melhores práticas de mercado e os melhores profi ssionais para obtermos resultados surpreendentes”, con-clui Augusto.

A Arge foi fundada por três amigos na cidade de Catanduva, interior do Estado de São Paulo, em 1979

Div

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ação

/Arg

e

Com uma trajetória de 30 anos, a empresa aposta na qualidade como principal diferencial

Divulgação/Arge

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49 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

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Observatório da Indústria

50 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

Fundada em abril de 1964, a Cipatex, fabricante de laminados sin-téticos com sede em Cerquilho (SP), atua no setor moveleiro, entre outras áreas, desde 1987. “Esta divisão vem evoluindo signifi cativamente desde o ano de 2000, com crescimento médio acima de 7% ao ano”, revela Willian Marcelo Nicolau, diretor comercial do grupo. Segundo o executivo, o merca-do moveleiro representa mais de 20% das vendas da empresa.

O grupo Cipatex teve nos últimos cinco anos crescimento médio de 7% nas vendas. Em 2008, registrou fatu-ramento de cerca de R$ 450 milhões, 16% mais que em 2007. Além da atuação no Brasil, a empresa exporta para mais de 20 países. As exporta-ções representam em torno de 15% do faturamento.

Conforme Nicolau, a Cipatex está desenvolvendo um plano de expan-são e modernização que envolve investimentos de mais de R$ 20 milhões entre 2009 e 2010. Além da ampliação do parque industrial, faz parte do plano a aquisição de novas tecnologias. “Os investimentos

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Cipatex completa 45 anos com planos de investir mais de R$ 20 milhões em expansão e novas tecnologias

EMPRESA:

Grupo Cipatex (Cipatex Impreg-nadora, Cipatex Sintéticos Viní-licos Ltda., Cipatex do Nordeste, Petrom, Dupont Cipatex S/A e

Cipatex Nova Hartz)

FUNDAÇÃO:

Abril de 1964

LOCALIZAÇÃO:

Cerquilho/SP (matriz), com plan-tas industriais também no interior de São Paulo, na Paraíba e no Rio

Grande do Sul

ÁREA TOTAL:

100 mil m² construídos e área total (construído e não construído)

833 mil m²

FUNCIONÁRIOS:

1,6 mil nos produtos divisão mo-veleira: Corano®, Facto®, Vitale®

e Cipatock®.

Aniversário com investimentos

na divisão moveleira estão contemplados neste plano” salienta.

ProdutosAlém das unidades no Estado de São Paulo

(Cerquilho e Mogi das Cruzes) a Cipatex tem outras plantas industriais no Rio Grande do Sul e Paraíba, estabelecidas por meio de parcerias e aquisições.

Os laminados sintéticos para o setor moveleiro, utilizados no revestimento de estofados residenciais e de escritório e móveis rígidos, são produzidos em três unidades, de acordo com o processo produtivo a que são submetidos. “Este é um grande diferencial da empresa. São três tecnologias diferentes para o setor moveleiro, permitindo oferecer uma grande variedade de produtos para atender os mercados de baixa, média e alta decoração, além de oferecer uma diversidade de opções de produtos com vi-sual, texturas e cores, pesquisadas pelo centro de tecnologia da empresa”, afi rma Nicolau. A empresa disponibiliza quatro linhas para o setor moveleiro: Corano®, Facto®, Vitale® e Cipatock®, que variam de acordo com os acabamentos possíveis e público-alvo do fabricante de móveis.

MoveleiroAtualmente a Cipatex tem participação superior a

40% no mercado de laminados sintéticos para o setor moveleiro. “No Brasil, a Cipatex é líder do segmento. É grande a atuação da empresa no exterior, especifi ca-mente na América Latina”, acrescenta o diretor.

Conforme Nicolau, a crise mundial teve refl exos no segmento, “visto que o mercado moveleiro é muito dependente de crédito, principalmente para produtos voltados à classe C”. Mas ele pondera que os diferenciais apresentados pela Cipatex garantem mercado mesmo diante do atual cenário.

A Cipatex tem unidades em São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraíba. Na foto, a sede em Cerquilho (SP)

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Willian Nicolau, da Cipatex: “Três tecnologias diferentes

para o setor moveleiro”

Divulgação/Cipatex

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Observatório da Indústria

51 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

A direção da Ducasse, fabricante de sistemas deslizantes para móveis e ambientes, com sede no Brasil em Porto Alegre (RS), passou para as mãos do executivo Paulo Ale-xandre Rodrigues, em março deste ano, como parte de um processo de reestruturação das operações da empresa, que além da diretoria geral alterou posições chaves de gerência em busca de novas estratégias. Se-gundo o novo diretor da empresa, a Ducasse está implantando medidas de acordo com critérios de qualidade total para conquistar a certifi cação ISO 9000. Outros investimentos estão na troca do sistema integrado de gestão (ERP) e em novas políticas de recursos humanos. “Para o pró-ximo ano a empresa planeja entrar em novos segmentos de mercado e ampliar a linha de produtos”, afi rma Rodrigues.

A Ducasse se estabeleceu no Brasil em 2002, quando as novas linhas de produção de corrediças de apoio e de corrediças telescópicas foram concluídas. A fi lial brasileira foi a primeira a atingir o que a empresa chama de ‘ponto de equilíbrio’, possi-bilitado um crescimento rápido, com atuação em mercados onde a marca já era conhecida. “Posterior-mente a empresa partiu para a implantação dos sistemas de portas de correr e desde então experimenta um crescimento constante”, afi rma Rodrigues. Hoje a Ducasse é fornecedora dos principais pólos movelei-ros do País e mantém revendas em todos os estados brasi-leiros. “São 22 empresas de representação que permitem uma ampla cobertura”, res-salta o diretor. Atualmente os países de atuação da empresa

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Com novo diretor, Ducasse planeja atuar em novos segmentos e ampliar a linha de produtos

Novo comando na Ducasse

no mundo são Chile, onde está localizada a matriz, Argentina, México, Espanha e Estados Unidos, além da exportação para mais de 30 países. O diretor conta que o crescimento da empresa em 2008, no Brasil e no mundo, foi muito bom. “Só não foi melhor pela falta de aço no mercado internacional, que prejudicou a produção, assim como a grande variação de preço da matéria-prima. Esperamos esse ano manter o mesmo nível de crescimento do ano passado”, afi rma.

AtualizaçãoPara promover a comunicação entre todas as

unidades da Ducasse o programa 6K, realizado na matriz da empresa, atualiza a cada 15 dias as informações técnicas e de desenvolvimento de no-vos produtos a serem lançados. “Desta forma, os participantes do programa difundem as informações para os representantes, que podem fazer o mesmo nos pontos de vendas e discutir com o departamen-to de desenvolvimento de produtos da indústria”, explica Rodrigues.

EMPRESA:

Ducasse Brasil Ltda

FUNDAÇÃO:

10/01/ 2002

LOCALIZAÇÃO:

Porto Alegre (RS)

ÁREA:

total e construída: em torno de 2 mil m2

FUNCIONÁRIOS:

21

PRODUTOS:

Sistemas de correr para móveis em geral, portas de passagem e divisão de am-bientes, corrediças e compo-

nentes para móveis

O novo diretor da Ducasse, Paulo Alexandre Rodrigues

assumiu em março

Divulgação/Ducasse

A Ducasse é fornecedora dos principais pólos moveleiros do Brasil. Na foto, a sede da empresa no Chile

Divulgação/Ducasse

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52 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

APO

IO:

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Sustentabilidade

Amigos do planeta

Projeto socioambiental da Casas Bahia gera recursos para atender municípios com baixo IDH no Sertão

A rede varejista Casas Bahia en-cerrou a primeira etapa do projeto “Amigos do Planeta na Escola”, que durante o mês de maio atendeu mais de sete mil crianças, além de realizar 238 atendimentos odontológicos, 276 ginecológicos em mães e capacitação de 210 professores para exames de

visão. Em 22 dias de viagem, o pro-jeto passou por sete municípios do sertão brasi-leiro com baixo Índice de Desen-volvimento Hu-mano (IDH). Ou-tras sete viagens estão no roteiro do programa, in-cluindo mais três cidades, para o acompanhamen-to e aprimora-

mento das ações implantadas, ao longo de dois anos. “Acreditamos que a educação de crianças e adolescentes é o principal cami-nho para construirmos um mundo melhor”, afi rma o diretor executivo da Casas Bahia, Michael Klein.

O Amigos do Planeta na Escola é uma parceria da Casas Bahia com o Instituto Brasil Solidário (IBS) e a Associação Vaga Lume. Du-

rante dois anos, a rede vai destinar R$ 3 milhões para as duas instituições, que

são responsáveis pelo desenvolvi-mento dos programas. O objetivo

do programa do IBS é que, após dois anos, as próprias comu-nidades realizem as ações im-plantadas. Estão entre as ações, a implantação de bibliotecas e ofi cinas de arte-educação, coleta

seletiva, palestras e atendimentos voltados à nutrição, saúde bucal e

ocular.Com previsão de início para mea-

dos de julho, o programa Expedição Vaga Lume vai construir bibliotecas em comunida-des rurais da Amazônia Legal, para promover o acesso ao livro e o hábito de leitura. E, ainda, formar professores e agentes comuni-tários com a missão de familiarizar crianças e adolescentes com o mundo da literatura.

Preservação ambientalOs programas são mantidos pela venda de

materiais do Amigos do Planeta – programa socioambiental, que completou um ano em maio e já destinou mais de 9 mil toneladas para reciclagem. Segundo o diretor executivo da Casas Bahia, Michael Klein, o programa consolidou uma política e a forma como deve ser estendida a todas as áreas e fi liais da rede. “Ao engajar nossos 60 mil colaborado-res nesta causa e, consequentemente suas famílias, multiplicamos a ideia e impactamos positivamente milhares de comunidades”, explica Klein. Mais de 11 mil funcionários são envolvidos diretamente pelo Amigos do Pla-neta, que até o fi nal deste ano deve abranger 100 lojas no Estado de São Paulo.

O projeto Amigos do Planeta na Escola passou por sete municípios e promoveu mais de 500 atendimentos

Divulgação\Casas Bahia

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Panorama Eletro

SER PIZZAIOLO A QUALQUER HORAFazer pizzas em casa agora ganha uma nova versão: o forno Mallory Pi-zzaiolo, lançado recentemente no mercado. Além de funcionalidades como controle in-dividual de resistências (superior e inferior), grade deslizante, timer de até 60 minutos e coletor de migalhas, os pizzaiolos poderão assar a autêntica “pizza na pedra”, já que o forno tem uma pedra refratária entre seus acessórios. Este diferencial deixa a pizza ainda mais crocante e saborosa, além de mantê-la quente por mais tempo. O forno Pizzaiolo possui luz piloto, bandeja antiaderente e é para uso doméstico, disponível na cor preta. www.mallory.com.br

AMBIENTE AQUECIDO E COM DESIGNManter o ambiente quente e ainda, ter um design italiano inovador é o desafi o da De’Longui, que lançou o aquecedor portátil DCH2590, com controle remoto, seleção eletrônica de 2 potências de calor e ainda, termostato eletrônico ajustável. Com a função anti-congelamento, possui timer e luz piloto, além da facilidade de poder ser transportado para qualquer ambiente da casa. O visor digital permite visualizar a temperatura do ambiente e qualquer

momento. Disponível na cor cinza com detalhes em preto. www.delonghibr.com

LAVA-LOUÇAS ECOLÓGICOCom a necessidade de pensar no meio ambiente, a GE lança a lava-louça Ecosensor, que reutiliza a água que ainda estiver em condições de uso. O diferencial é o sensor com leitura infraver-melha, que percebe o nível de sujeira da água para reutilizá-la, além de indicar o tempo, a quantidade e a temperatura da

água necessária para a lavagem. O sensor ainda faz uma análise da turvidade da água, para dar um diagnóstico da sujeira. A lava-louças tem ainda painel digital, capacidade para 13 serviços, 7 programas que consomem menos energia, sistema anti-transborda-mento com sensor que identifi ca vazamentos, entre outras funções. O fabricante garante o menor consumo de energia do mercado. www.gedako.com.br

NOVA TECNOLOGIA PARA TVS MAIS FINASA tecnologia Led chegou para deixar ainda mais fi nas as televisões modernas, sendo ainda menores do que os modelos de LCD e cristal líquido. Com a garantia de 40% de economia, a Samsung lança Engine Led Samsung a tecnologia das tvs TV LED 40” série 7000 - ultra slim, que gera imagens por meio de uma descarga elétrica através das lâmpadas led. Estas são menores do que as usadas em outros modelos de tv, deixando o aparelho com 3cm de espessura, além de conseguir mais altos padrões de imagem. A televisão tem ainda funções como Ultra Clear Panel e Mega Contraste, capazes de gerar imagens mais claras e defi nidas, além de ter menos refl exo de luz ambiente. Possui ainda Full HD, design Touch of Color, Auto Motion Plus 120 Hz, DTV (built-in), 4 entradas HDMI, entre outros. www.samsung.com.br

ADEGA CLIMATIZADA MABEAs adegas climatizadas já são desejo dos apaixonados pelo vinho, que a cada dia descobrem novos sabores e maneiras de apreciar a bebida milenar. Com capacidade para seis garrafas e design contemporâneo, a Mabe lan-ça no mercado a Adega de Vinhos Mabe, produto com controle de temperatura re-gulável (de 4 a 22 graus) e digital, além de prateleiras cromadas com deslize ergo-nômico. O modelo compacto permite adequar-se a qual-quer ambiente. Disponível na cor prata. www.mabebrasil.com.br

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Divulgação/De’longuiDivulgação/Mallory

Divulgação/Mabe

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55 MÓVEIS DE VALOR 88 • JULHO 2009

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Panorama da Indústria

MOVERGS HOMENAGEIA EMPRESAS

EXPORTADORASA Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul) promove desde 2003, o Prêmio Excelência Exportação Moveleira RS – PEEM – como forma de reconhe-cer o esforço realizado por empresas na busca, conquista e manutenção de novos mercados internacionais. Em sua sétima edição, os vencedores do PEEM 2009 foram conhecidos no dia 25 de junho, em um jantar no Hotel Dall´Onder, em Bento Gonçalves (RS). Estavam concorrendo 32 indústrias nas categorias: Valor Exportado e Conquista de Novos Mercados e Crescimento, conforme o porte da empresa: grande, médio e pequeno porte.As vencedoras são:

Categoria Valor Exportado:

Empresa de Grande Porte: Ditália [Monte Belo do Sul]Médio Porte: San Marino [Caxias do Sul] Pequeno Porte: Vivere Móveis [Bento Gonçalves].

Categoria Conquista de Novos Mercados:

Empresa de Grande Porte: Telasul [Garibaldi] Médio Porte: Elliottiis do Brasil [Antônio Prado] Pequeno Porte: Novo Tempo [Lagoa Vermelha].

Categoria Crescimento:

Empresa de Grande Porte: Kappesberg [Tupandi]Médio Porte: Estofados Sulândes [Farroupilha] Pequeno Porte: Arma Fácil [Bento Gonçalves].

A indústria Móveis Masotti [Gramado] recebeu o troféu de menção honrosa.

RS É SEGUNDO NO BRASILA indústria de móveis gaúcha é responsável por 18% da produção nacional e por 30% das exportações brasileiras. Nos últimos anos, o setor moveleiro vem realizando investimentos expressivos em tecnologias avançadas, na gestão das fábricas, nos recursos humanos e em design, buscando com isso, competi-tividade para atender mercados bastante exigentes. Toda essa capacidade produtiva coloca o Rio Grande do Sul no honroso segundo lugar, tanto na produção quanto nas exportações.

AMOESC/SIMOVALE SOB MESMA DIREÇÃOA Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina e o Simovale promoveram no dia 17 de junho, no audi-tório das entidades, em Chapecó, a posse da diretoria gestão 2009/2012. A nova diretoria, sob a presidência do empresário Osni Verona, assume a condução das duas entidades numa proposta de gestão única. A de-cisão foi tomada em unanimidade pelas diretorias do sindicato e da associação, em assembléia realizada em dezembro de 2008. Na ocasião houve apresentação de pesquisas de merca-do, resultados dos projetos desenvolvidos pelo Sebrae e o plano estratégico da nova gestão.

SATIPEL REINICIA PRODUÇÃO DE MDFA Satipel, uma das principais fabricantes brasileiras de painéis de madeira, reiniciou a produção de MDF na unidade industrial de

Uberaba (MG). A companhia concluiu a fase de testes e também iniciou a operação comercial da nova fábrica de MDP em Taquari (RS). O investimento nessa fábrica foi de 255 milhões de reais.

ALERTA AOS FABRICANTESUma pesquisa de mercado recém concluída pelo Sebrae-SC em parceria com entidades empresariais da cadeia produtiva de madeira-móveis revelou defi ciências e potencialidades do setor. A pesquisa apontou que o segmento de atuação mais expressivo é o de móveis de madeira, seguido por móveis sob encomenda e artefatos. A maior parte da produção, cerca de 37%, é absorvida por lojistas de outros estados e os móveis para cozinhas são os mais vendidos, com 18,8%. Por outro lado, foi revelado que os empresários não sabem o tamanho do mercado em que atuam e a participação relativa da empresa neste mercado, assim como os serviços oferecidos pelas concorrentes. A pesquisa também mostrou que 88% dos moveleiros não fazem prospecção de clientes e que apenas 11,3% fazem pesquisa de satisfação. E, por fi m, 88,7% dos fabricantes de móveis não realizam nenhuma atividade de pós-venda.

MORRE DIRETOR DA ALBATROZO setor moveleiro perde mais um importante nome: Alceu Paludetto, diretor da Móveis Albatroz, de Arapongas (PR). Depois de sofrer compli-cações em uma cirurgia, o empresário ficou um mês hospitalizadovindo a falecer no dia 25 de junho, às 9h, em Londrina (PR). Ele tinha 69 anos e deixa a esposa Sumiko Saikawa Paludetto e dois fi lhos.

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ARTECOLA ADQUIRE PPCA Artecola adquiriu no início de junho a unidade de negó-cio Poloplast Painéis e Componentes Ltda. A operação é responsável pela tecnologia Wall System, que consiste na fabricação de painéis com conceito de estrutura sanduíche e proporciona o desenvolvimento de aplicações técnicas diferenciadas, incluindo o sistema construtivo inovador denominado CasaPrática. Até abril já foram construídos com esta tecnologia mais de 90 mil m² nas mais variadas aplicações de residências, escolas, postos policiais até a solução completa do forro para o novo aeroporto de Montevidéu. Mesmo com a crise presente, a estimativa com esta negociação é crescer 12% em 2009.

SERINGUEIRA PARA PRODUÇÃO DE

MÓVEISAmostras de madeira da seringueira foram enviadas ao centro de madeiras de Votuporanga (SP) para os primeiros testes de aproveitamento da matéria-prima na indústria moveleira. O objetivo é aproveitar árvo-res que já perderam a capacidade de produzir látex e oferecer uma opção para abastecimento ao setor de móveis. As seringueiras ocupam área em torno de 80 mil hectares na região dos polos de Votuporanga e Mirassol. A madeira, que tem tom amarelado, é comprovadamente boa para a fabricação de móveis e o custo também é atraente. Os estudos devem ser concluídos em outubro.

NOVO SISTEMA DE RESTAURAÇÃOA indústria fornecedora de tintas e vernizes Sayerlack, de Cajamar (SP), está trazendo para o Brasil um sistema de restauração para superfícies acabadas, o Kit de Restauração Sayerlack König. A proposta do novo sistema é facilitar a correção de buracos, arra-nhões, furos, riscos e pequenos problemas em móveis de madeira e outros materiais, como laminado plástico e laminados de alta e baixa pressão, entre outras superfícies. O kit inclui canetas de verniz e cera de preenchimento em diversas cores e consistências, além de outros instrumentos. O novo sistema foi desenvolvido em parceria com a Heinrich König, empresa alemã especializada em tecnologia de restauração. Segundo a Sayerlack, em breve o kit será comercializado em distribuidores, revendas, home centers, lojas de tinta e madeireiras.

HOMAG EM DESTAQUEA Homag South America de Taboão da Serra – SP, realizou nos dias 2 e 3 de julho, o evento “tecnologia de corte”. O evento abordou técnicas, demonstrações ao vivo, palestras e todo tipo de informação relacionado a seccionadoras e tecnologia de corte.

MONTANA QUÍMICA LANÇA MANUAL A Montana Química lançou o “Manual Osmose de Operação de Usinas de Preservação de Madeiras”. Ele atende a uma demanda por informação técnica das usinas, com foco na operação, qualida-de, segurança ambiental e na saúde dos profi ssionais envolvidos nas operações industriais. Cada manual é uma ferramenta básica para o tratamento preservativo de madeira, reunido em sete ca-pítulos todos os aspectos operacionais da UPM, com destaque para segurança ambiental e operacional, desde a chegada da matéria-prima até o produto fi nal.

EXPORTAÇÃO REGISTRA QUEDA DE 32%A exportação do setor moveleiro brasileiro apresentou queda até maio de 32,1%, totalizando 260 milhões e 800 mil dólares. O país que mais cresceu percentualmente em compras foi Cuba apesar de representar apenas 3% do total vendido ao exterior. Os cubanos tiveram crescimento de 85,5% no período, sendo o Rio Grande do Sul o maior exportador para aquele país (93% do total vendido pelo Brasil).Os Estados Unidos permanecem como principais compradores do móvel brasileiro, com 15% do total exportado pelo país. O país comprou o equivalente a U$ 38,2 milhões de dólares, retração de 49,1%. A Argentina também reduziu a compra do seto em 45,3%, num total de 23 milhões até maio.

PARANAENSES PIORES DO QUE GAÚCHOSAs indústrias de móveis do Rio Grande do Sul apresentaram em maio um ritmo de crescimento bastante positivo, 4,18% maior que em abril. Mesmo assim estão 15,16% abaixo do nível de maio do ano passado. A indústria do Paraná está ainda pior: cresceu em maio apenas 0,75% em relação ao mês de abril e está 19,5% abaixo do nível de maio de 2008.

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Panorama Imobiliário

TECNISA SE PREPARA PARA ATENDER

TERCEIRA IDADE A Tecnisa é a primeira construtora brasileira a pro-por a construção de empreendimentos levando em conta as necessidades da terceira idade. O projeto “Construindo com Consciência Gerontológica” busca atender os anseios do público de mais de 60 anos. Para montar o projeto, em 2008, a Tecnisa come-çou a estudar as necessidades da terceira idade. O resultado prático é que, partir de 2010, os novos

empreendimentos da Tecnisa terão áreas comuns de convivência,

menos escadas, mais rampas, acesso facilitado às piscinas,

fechaduras invertidas, pisos opa-cos e antiderrapantes, eliminação de

cantos vivos, áreas de circulação e portas mais largas, entre outros detalhes. A empresa também poderá prestar uma verdadeira consultoria na customização dos apartamentos “da porta para dentro”. Ou seja, a equipe de arquitetos da Tecnisa está capacitada para oferecer uma assessoria personalizada que encontre as melhores soluções e os fornecedores mais adequados para cada situação.Alguma indústria de móveis se habilita?

´MINHA CASA´ NA BAHIAO governador da Bahia assinou o contrato de construção das primeiras 900 casas do programa ´Minha Casa, Minha Vida´, durante o Feirão da Casa Própria, realizado no mês de maio em Salvador (BA). As casas serão construídas em Salvador e Camaçari, com previsão de fi nalização em até 12 meses. Em todo o Estado devem ser construídas 80,5 mil casas por meio do programa, sendo 30 mil para quem recebe até três salários mínimos e 50,5 mil para pessoas que recebem entre três e dez salários mínimos. Mais de 210 mil inscrições já foram realizadas via internet, nas unidades do Centro Digital de Cidadania (CDC) e do Serviço de Atendimento ao Cidadão. O prazo de inscrição vai até 30 de julho.

FÓRUM MOVELARIA PAULISTAO Arranjo Pro-dutivo Local (APL) ´Move-laria Paulista´, da Grande São Paulo, realizou em maio seu nono fórum, com o tema “Novos Cami-nhos do Setor Imobiliário”, na sede do Sebrae-SP. Diretores de entidades do setor, empresários, fornecedores, especifi cadores, consumi-dores e parceiros participaram do evento, que contou com uma apresentação da empresa fornecedora Montana Química sobre ´tecnologia inovadora em acabamento´.

IPI NO BOLSO DO CONSUMIDORDe acordo com um levantamento da FGV, realizado a pedido da Folha de S. Paulo, a isenção ou corte do IPI não chegou ao bolso do consumidor como deveria. A maior parte dos itens analisados na pesquisa teve queda de preço inferior ao corte do imposto. A redução do IPI das tintas foi de 5% para zero, mas no preço da tinta a óleo no varejo caiu apenas 1,92%. Ainda mais alarmante é o caso das placas de revestimento que o imposto também caiu de 5% para zero, mas nas lojas a queda foi de 0,23%. Por outro lado, o imposto do principal produto do setor, o cimento, caiu mais no varejo do que a redução estipulada pelo governo que era de 4% para zero e caiu 4,53%. Para o economista da FGV, Salomão Quadros, o repasse integral da queda do imposto ao consumidor fi nal é difi cultado pelos elos na cadeia da construção.

SELO SUSTENTÁVEL A Caixa Econômica Fe-deral lançou no dia 2 de junho um novo instru-mento de classifi cação da sustentabilidade de projetos habitacio-nais, o Selo Casa Azul, principal instrumento do Programa de Construção Sustentável do banco. O selo vai qualifi car projetos de empreendimentos a partir de critérios socioambientais que priorizam a economia de recursos naturais e as práticas sociais, como inserção urbana, projeto e conforto, efi ciência energética, conservação de recursos materiais, uso racional da água e práticas sociais. A novidade faz parte das comemorações do Dia Internacional do Meio Ambiente, que também promoveu a assinatura de parceira com o Grupo Neo-energia para a doação de aquecedores solares, lâmpadas e a substituição de geladeiras.

Carlos Torres/Divulgação Movelaria Paulista

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Tecnologia

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Procad completa 15 anos

Investimentos constantes em melhorias e inovações para o setor moveleiro marcam a trajetória da empresa

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IO:

Com sede em Caxias do Sul (RS), a Procad é especia-lizada no desenvolvimento do software Promob - para criação e venda de projetos de ambientes. No dia primeiro de julho a empresa completou 15 anos de atividades voltadas ao desenvolvimento de soluções em softwares para a indústria moveleira. O diretor mercado-lógico da empresa, Vanderlei Buffon, explica que o trabalho desempenhado pela equipe da Procad é uma busca contínua de aperfeiçoamento para se alinhar ao setor. “Isso nos for-çou a mudar muito no decorrer da nossa trajetória, sempre nos adequando as novas necessida-des e traduzindo tendências em produtos. O resultado dessas mudanças se revela no nosso crescimento, que gira em 40% ao ano”, afi rma Buffon.

Atualmente a Procad man-tém mais de 60 mil licenças dis-tribuídas em mais de 30 países, além de revendas autorizadas localizadas na Argentina, Espa-nha, Portugal, Peru e México. No Brasil, a empresa tem abran-

gência nacional com maior demanda nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal, Santa Catarina e Bahia. Segundo Buffon, a Procad desenvolve soluções em softwares parao setor moveleiro e atinge praticamente todas as classes sociais. “Criamos, junto com as indústrias de moveis planejados, um modelo de negócios único no Brasil e que não encontramos tão fortalecido em outros países”, enfatiza.

TrajetóriaA Procad surgiu em 1994, quando projetos de ambien-

tes eram elaborados manualmente e exigiam habilidade específi ca e mais tempo para correções. Foi neste cenário que a empresa desenvolveu soluções para automação das áreas de engenharia e manufatura por meio do sistema Computer Aided Design (CAD), com a utilização do software AutoCAD. Além de soluções para o setor moveleiro, como o AutoMOB - para a elaboração de projetos de interiores com móveis planejados. O reconhecimento da empresa entre as indústrias moveleiras aconteceu com o lançamento do software Promob em 1998, solução para layout, de baixo custo e fácil manuseio, que possibilitou a criação de projetos de ambientes. A cada ano são lançadas versões exclusivas deste software com melhorias e inovações, dire-cionadas a marceneiros, fabricantes, arquitetos e designers de ambientes. “Esperamos continuar com a fi delidade e a confi ança de nossos clientes para novos desafi os que venceremos juntamente”, ressalta Buffon.

Os diretores da Procad comemoram as conquistas da empresa. Na foto, Edson Witt, Vanderlei Buffon e André Pivoto

Divulgação/Procad

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Capacitação

Por Denise Somera, de Curitiba (PR)

SuperGerente avança na rede

Curso de capacitação para gerentes, na MVTV, inicia o segundo módulo em julho e inscrições continuam abertas

Capacitar gerentes e donos de lojas de todo o Brasil através da internet. Este é o desafi o e objetivo do curso SuperGeren-te, iniciado em abril e que em julho começa seu segundo módulo: Gestão de Pessoas. “No primeiro momento do cur-so ministramos 10 videoaulas de 30 minutos cada, além do conteúdo online. A temática foi ‘Auto Gestão’ e tivemos

um ótimo feedback dos partici-pantes”, conta Fernanda Castro, gerente de operações da MVTV. O segundo módulo terá entre 10 e 15 aulas online, mais conteúdo complementar no ambiente virtual de aprendizado, disponível na internet para os alunos inscritos. A cada módulo completado, o participante recebe um certifi cado com a nota de sua avaliação.

Nesta segunda etapa as au-las, apresentadas pelo diretor de mar-keting da Central da Excelência Moveleira Ari Bruno Lorandi, tem como foco a gestão de pessoas: contato com a equi-pe, contratação e demissão de funcionários, estabelecimento de metas para os vendedores, exer-cícios de liderança e as responsa-bilidades do gerente como líder. “Muitas vezes os gerentes não têm clareza quanto sua função e papel de líder no gerenciamento

de uma loja de móveis. No curso ele aprende ainda mais sobre liderança, motivação e suas responsabilidades como líder”, explica Fernanda. No próprio ambiente da MVTV – onde os vídeos fi cam armazenados – os partici-pantes podem deixar comentários sobre a aula e sobre o curso. O aprendizado está renovando os ânimos de profi ssionais experientes, como é o caso do Rui Dimas, gerente da Cybelar em Capivari, interior de São Paulo. “Estou gostando cada dia mais das aulas, pois mesmo com bastante tempo na função, a cada dia aprendo mais com vocês.” Outra manifestação vem do lojista Ricardo Guadagnin, de Cabo Frio, Rio de Janeiro: “Vou fazer todo o curso e motivar a minha equipe que também o faça”. Vanessa Fragoso Stele também está entusiasmada com o curso. “Parabenizo toda a equipe e agradeço vocês pelo excelente conteúdo deste primeiro módulo”.

O Curso O SuperGerente, que é uma iniciativa da MVTV, tem

parceria e patrocínio de fabricantes de móveis como Co-libri, DJ Móveis, Caemmun, Multimóveis e Santos Andirá, capacitando profi ssionais da área em todo país. Com mais informação, conhecimento e estratégias modernas de vendas e atendimento, o participante tem a oportunidade de aperfeiçoar técnicas, saber ainda mais sobre o papel do gerente no dia a dia de uma loja de móveis, além de crescer como profi ssional.

A expectativa da MVTV é de atingir 20 mil profi ssionais no Brasil, especialmente pelas facilidades de se fazer o curso. Para começar o curso é fácil: basta se inscrever pelo link do SuperGerente na MVTV (www.mvtv.com.br) e iniciar o primeiro módulo, disponível na videoteca da TV. Com as aulas na internet, quem faz o tempo é o aluno. “Ele pode fazer uma aula por semana ou duas no mesmo dia. Dá para terminar todo o primeiro módulo e já acompanhar o segundo”, incentiva a gerente Fernanda Castro. O curso é gratuito e ao fi nal dos três módulos, o participante receberá um certifi cado.

Fernanda Castro: “O primeiro módulo terminou com ótimo feedback dos participantes”

Arquivo

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VERA LÚCIA

Assista ao programa “De Bem com a Vida”, com Vera Lúcia, na MVTV todas as quintas-feiras: www.moveisdevalor.com.br.

Mensagem final

O maior valor na vida

Cantora e compositora, criou uma ampla obra de mensagens e músicas antiestresse

[email protected]

www.veralucia.art.br

Esta história verdadeira mostra que mesmo na maior difi -culdade e tristeza de nossa vida podemos fazer algo de bom para os outros e assim encontrar a nossa felicidade e construir uma bela história de vida:

Uma dama da alta sociedade de São Francisco tinha uma vida social muito agitada, não parava em casa. Um dia, sua tia faleceu e ela obedecendo à tradição da época, teve que fi car sem sair de casa por uma semana. Aborrecida por isso, ela reclamou para o marido que era o governador do estado. Ele sugeriu que ela nesse tempo passasse com o fi lho.

Ela gostou da idéia e foi atrás de seu fi lhinho, Leland. Ele vivia rodeado de gente capacitada para lhe ensinar idiomas, cultura... Quando ele a viu, fi cou muito feliz e perguntou por que ela estava ali? Ela contou o motivo. Feliz pela presença da mãe, Leland foi até o piano, tocou e cantou para sua mãe uma música francesa. Ela achou linda, mas triste. Pediu para o fi lho traduzir e ele traduziu. Era a história de um menino que ia com sua mãe e pai todos os dias até à praia ver o pai entrar no mar com seu barco. Um dia o pai entrou no mar e nunca mais voltou. Todos os dias mãe e fi lho iam até a praia esperar o pai. Um dia a mãe pediu para o fi lho a esperar na praia, pois ela mesma ia entrar no mar e buscar o marido. Ela entrou no mar e também nunca mais voltou.

A mãe de Leland falou ao fi lho que a música era muito triste para uma criança cantar. Ele respondeu que cantava porque ele se identifi cava com o menino da praia. A mãe disse ao fi lho: - Mas você tem tudo. Não lhe falta nada. Tem mãe, pai e é her-deiro de um dos homens mais importantes deste estado.

Constrói uma vida feliz quem entende o quanto antes que o maior valor é o da presença, do carinho...

Leland respondeu triste: - Mas o papai entrou há muitos anos no mar dos negócios e nunca posso vê-lo. Você o seguiu e eu fi quei aqui à espera de vocês. Minha história parece com a do menino sozinho na praia.

Daquele dia em diante, a mãe de Leland passou a conviver mais com seu fi lho de onze anos a quem nem conhecia direito. Essa convivência foi muito boa até que um dia fi zeram uma longa viagem de navio e Leland, na viagem, adoeceu e morreu.

A mãe abalada pela perda do fi lho amado produziu com sua dor e saudade, auxílio e ajuda aos mais carentes. Construiu orfanatos, obras de assistência, e para homenagear o fi lho, fundou a Universidade de Stanford, vindo de Leland Stanford Junior University. Essa universidade é uma das mais importan-tes dos Estados Unidos, na Califórnia.

Essa história nos leva a pensar: Como está nosso tempo com as pessoas que amamos? O que em nossa vida é mais importante: o trabalho, a sociedade, ou a família?

O melhor presente para uma criança é a presença de seus pais. Do que vale ter o mundo se não pode ter um lar? (Ouça a Música Um Lar- Vera Lúcia). Do que vale ter dinheiro aos montes, uma casa linda, chique... Mas fria, triste e sem amor?

O dinheiro compra uma casa, mas um lar ele não compra!

Numa ocasião um jovem muito triste me falou: -Vera, hoje eu da-ria tudo para chegar em casa e encontar minha esposa e filhos. Eu só valorizei minha família

depois que a perdi. Minha esposa reclamava que não tinha a minha atenção e eu achava que ela re-clamava demais, pois eles tinham tudo do bom e do melhor! Só não vi que eles não tinham o principal, a presença do marido e pai! Pena que só entendi isso tarde demais!

Constrói uma vida feliz quem entende o quanto antes que o maior valor é o da presença, do carinho, do companheirismo, do ombro amigo para chorar, da conversa sem hora para acabar, de dizer: “Você é a pessoa mais importante para mim, eu te amo!”

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