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PEA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ENERGIA E AUTOMAÇÃO ELÉTRICAS
PEA-3311 Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia
MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA
ROTEIRO EXPERIMENTAL
2016
PEA3311 – Motor de Corrente Contínua- 2016 2/5
PEA3311 – Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia
Motor de Corrente Contínua
Roteiro Experimental
1- Identificação do Motor de Corrente Contínua
O motor de corrente contínua a ser ensaiado
possui fundamentalmente três enrolamentos:
1. o enrolamento de armadura
2. o enrolamento de campo
3. o enrolamento de interpolos
Na máquina em análise o enrolamento de
armadura é identificado pelos terminais AB. O
enrolamento de campo1
é identificado pelos
terminais CD. Conforme visto em teoria, o
enrolamento de interpolos tem como função
evitar faiscamento, quando uma bobina muda de
polaridade e é sempre interligado em série com o
enrolamento de armadura. Seus terminais são
identificados pelas letras GH.
Anote os dados nominais do motor, ou seja,
Potência, Tensão, Corrente e Rotação e coloque-
os na Tabela 1 de seu relatório.
Note que há uma segunda máquina acoplada ao
eixo do Motor de Corrente Contínua. Trata-se de
um Gerador Síncrono que será objeto de uma
posterior experiência. A função deste Gerador
será explicada no item 4. Nos itens 2 e 3, as
montagens relativas ao Gerador Síncrono estão
omitidas, uma vez que ele não é necessário para
fins experimentais.
2- Controle de Rotação através da Tensão de Armadura Faça a montagem da Fig. 1 e imponha corrente
de campo igual em seu valor máximo (ICAMPO) e
anote o seu valor. Varie de forma gradativa a
tensão de armadura de 0 até 220V, nos seguintes
valores:
1 O enrolamento de excitação pode também ser denominado
enrolamento de campo. Assim, a corrente que percorre este
enrolamento tanto pode ser denominada corrente de excitação
(IEXC) como corrente de campo (ICAMPO).
Com isto complete a tabela 2 de seu relatório,
com os respectivos valores de rotação, medidos
com um tacômetro. Repita o procedimento para
um valor igual a 70% de ICAMPO.
Atenção: Ao desligar o motor sempre adote o
seguinte procedimento: aumente a corrente de
campo e posteriormente diminua a tensão de
armadura.
Fig 1Esquema da MCC para Controle de Rotação
3- Controle da Rotação através da Corrente de Campo Ainda com a montagem da Fig. 1, imponha
corrente ao enrolamento de campo da máquina
de corrente contínua em seu valor máximo.
Anote este valor de corrente de campo, que será
denominado na Tabela 2 e servirá como
guia para o seu experimento.
Aumente a tensão de armadura de forma bastante
gradual até o valor de 220V. Diminua
lentamente a corrente de campo de tal forma a
completar os valores indicados na Tabela 2.
Meça a rotação, em rpm, para os seguintes
valores de corrente de campo:
Retorne a corrente de campo ao seu valor
máximo e diminua a tensão de armadura para
200V e varie novamente a corrente de campo nos
valores especificados e meça a rotação. Sempre
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evite que ela ultrapasse 2200 rpm. Meça com um
tacômetro a velocidade do motor de corrente
contínua.
Atenção: Ao desligar o motor sempre adote o
mesmo procedimento sugerido anteriormente:
aumente a corrente de campo e posteriormente
diminua a tensão de armadura.
4- Máquina de Corrente Contínua em Carga Observe a montagem da Fig.2. Note que o
esquema possui um grau de diversidade de
equipamentos bastante elevado. Você terá que
realizar medidas de natureza elétrica em vários
circuitos e do ponto de vista mecânico, será
necessária ainda a medida de torque (também
denominado conjugado) através da balança, além
da medida da rotação do conjunto. É um bom
teste para verificar se o seu grupo sabe realmente
trabalhar em equipe.
Para organizar este procedimento experimental,
vamos inicialmente identificar o gerador
síncrono e a carga resistiva.
Na Fig.2, há ainda três fontes de tensão contínua.
Todas elas propiciam variação do valor corrente
que circula por um enrolamento, mas elas podem
ser implementadas de forma absolutamente
distinta em sua bancada, ou seja:
A. Um VARIAC monofásico alimentado em
tensão alternada, cuja saída é retificada. Os
dois componentes estão em uma
única caixa metálica;
B. Um VARIAC trifásico
alimentado em tensão alternada,
cuja saída é retificada. Os dois
componentes estão em uma única
caixa metálica;
C. VARIAC alimentado em tensão
alternada, cuja saída é retificada.
Neste caso é possível visualizar
tanto o retificador, como o
VARIAC;
D. Retificador alimentado em tensão
alternada, ligado em série com
reostato.
Observe as fontes de sua bancada e
complete a tabela 5 de seu relatario.
Eventualmente algum tipo de fonte não existirá
na sua bancada. Coloque em seu relatório e
também os aparelhos, com respectivos fundo de
escala
Após estas etapas, todos os componentes da Fig
2 já estão conhecidos. Têm-se duas máquinas
sobre a bancada e cada uma com a sua função: a
máquina de corrente contínua funcionará como
motor. Ela é a máquina em ensaio, da qual se
deseja saber a relação entre torque e velocidade.
Desta forma, a única função da máquina síncrona
é proporcionar torque resistente ao motor. Assim,
para que a máquina síncrona cumpra o seu papel,
liga-se o seu enrolamento trifásico a uma carga
trifásica resistiva. A máquina síncrona
funcionará desta forma como gerador. É possível
afirmar que:
o Para se alterar a potência ativa absorvida
pela carga trifásica resistiva, é necessário
que se modifique o valor de tensão de
linha sobre a carga trifásica;
o Uma forma de modificação da tensão de
linha sobre a carga trifásica pode ser feita
a partir da alteração da corrente de
excitação da máquina síncrona, porque
isto faz com que o fluxo na máquina
síncrona varie e, por consequência, a
tensão nos terminais também sofra
Fig. 2 Montagem para obtenção da Característica Conjugado-Rotação da Máquina de Corrente Contínua na Ligação Independente
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modificação;
o Se a potência ativa fornecida pelo gerador
síncrono se modificou, então a potência
mecânica fornecida ao gerador
necessariamente vai se alterar.
o O Motor de Corrente Contínua supre
potência mecânica ao gerador síncrono,
através do par {Torque, Velocidade}. Se
há necessidade de variação da potência
mecânica, então o Motor de Corrente
Contínua passa a operar em um novo
ponto {Torque, Velocidade}.
o Um dos objetivos desta experiência é
determinar as curvas características
externas, dentre elas aquela que
correlaciona a Velocidade do Motor de
Corrente Contínua com o Torque que este
Motor desenvolve. Logo, ao se alterar a
corrente de excitação da Máquina
Síncrona, modifica-se o ponto de
funcionamento {Torque, Velocidade} do
Gerador Síncrono (carga mecânica) e, por
consequência, do Motor de Corrente
Contínua.
4a) Determinação da Característica Velocidade-Torque na ligação independente
Na Fig 2, tem-se o motor de corrente contínua na
ligação independente. Para se obter a
característica torque-velocidade, deve-se:
1. Realizar a partida da Máquina de Corrente
Contínua, tal qual visto nos itens anteriores.
a. Aumenta-se a corrente de
excitação do motor de corrente
contínua (preferencialmente
coloque-a em seu valor máximo)
b. Coloque a corrente de excitação
do gerador síncrono em seu valor
mínimo.
c. Aumente a tensão de armadura de
forma suave. Verifique se a
carcaça do motor de corrente
contínua se apoia sobre a balança.
Em caso positivo continue a
aumentar a tensão de armadura
até 150 V.
i. Caso o torque
desenvolvido pelo motor
de corrente contínua não
esteja no sentido desejado,
diminua a tensão de
armadura até zero e
inverta o sentido pelo qual
a corrente circula pelo
enrolamento de campo
(enrolamento CD).
ii. Em caso de dúvida,
sempre chame seu
professor. Coloque a
corrente de excitação do
motor de corrente contínua
em seu valor máximo.
Aumente a tensão de
armadura até cerca de 150
V.
2. A partir deste momento a tensão deve ser
monitorada, porque não deverá se modificar.
3. A máquina alcançará sua rotação de regime.
Nesta condição, diminua a corrente de
excitação do motor de corrente em cerca de
10%.
4. Anote em seu relatório o valor da corrente de
excitação do motor de corrente contínua; que
a partir deste momento ela não deverá se
modificar. Anote também o valor do braço de
alavanca. Para fins de cálculo de Conjugado
o valor da aceleração da gravidade deve ser
tomado igual a 9,8 m/s2.
Ajuste o valor da corrente da corrente de
excitação do gerador síncrono, a fim de
completar a tabela 7 de seu relatório. A corrente
de armadura deve ser ajustada em cinco pontos
de corrente de armadura:
. Para
cada valor de corrente meça rotação e massa,
para que seja possível a medida de conjugado e
rendimento.
Dica: a variação da corrente de campo do
gerador síncrono deve ser feita de forma
bastante suave.
Após terminar a coleta destes cinco pontos, sem
desligar o motor, coloque novamente a corrente
de excitação do gerador síncrono em seu valor
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mínimo e posteriormente ajuste a tensão de
armadura em um valor igual a 130 V. Repita o
procedimento de medida, modificando o valor da
corrente de excitação do gerador síncrono, para
obtenção dos pontos da tabela 8 do relatório.
Caso eventualmente seja necessário desligar o
motor, realize o procedimento de partida do
motor de corrente contínua como descrito
anteriormente no item 1.
4b- Determinação da Característica Velocidade-Torque na ligação série
A primeira etapa a ser realizada é modificar a
ligação da máquina. Do ponto de vista
operacional é algo bastante simples. Basta alterar
o esquema da Fig. 2 para o da Fig.3 em que se
tem o enrolamento série (Em algumas máquinas
o enrolamento série é o E1F e em outras EF1,
verifique na placa de sua máquina). Note que o
enrolamento CD não está mais ligado a uma
fonte: ele necessariamente deve estar em aberto.
Chame sempre o seu professor antes de acionar
a sua máquina.
O procedimento de ensaio sofre pequenas
alterações. Leia com bastante atenção antes de
começar o processo de partida do motor de
corrente contínua.
1. A partida da Máquina de Corrente
Contínua na ligação série.
a. Coloque a corrente de
excitação do gerador síncrono
em seu valor MÁXIMO.
b. Aumente a tensão de
armadura de forma suave.
Verifique se a carcaça do
motor de corrente contínua se
apoia sobre a balança. Em
caso positivo continue a
aumentar a tensão de
armadura até 110 V.
i. Caso o torque
desenvolvido
pelo motor de
corrente
contínua não
esteja no sentido desejado,
diminua a tensão de
armadura até zero e
inverta o sentido pelo qual
a corrente circula pelo
campo série.
ii. Em caso de dúvida, sempre
chame seu professor.
Após a inversão aumente
gradativamente a tensão
até 110 V.
c. A máquina alcançará sua rotação
de regime.
2. Diminua lentamente o valor da corrente
da corrente de excitação do gerador síncrono, a
fim de completar a tabela que descreve o ensaio.
A tendência do grupo motor-gerador é aumentar
a velocidade.
3. Após completar a tabela, aumente a
corrente de excitação do campo do gerador
síncrono e diminua gradativamente a tensão de
armadura do motor de corrente contínua.
A corrente de armadura deve ser ajustada em
cinco pontos distintos de corrente de armadura:
. Para
cada valor de corrente meça rotação e massa,
para que seja possível a medida de conjugado e
rendimento a fim de completar a Tabela 9 de seu
relatório.
Fig 3 Montagem para a Obtenção das Características
Externas do Motor de Corrente Contínua em Ligação Série