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KING KIMI WRC LOEB QUER DESPEDIDA EM GRANDE NA F(I)ESTA ESPANHOLA 09-11-2012 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00 DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 781 www.motor.online.pt Skoda e Andreas Mikkelsen dominam IRC Na corrida histórica da Lotus e de Raikkonen, Alonso só ganhou 4 pontos ao «castigado» Vettel CHECO MIROSLAV ZAPLETAL VENCE BAJA PORTALEGRE 500 FÓRMULA 1 OITAVO VENCEDOR DIFERENTE EM ABU DHABI

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KING KIMI

WRC LOEB QUER DESPEDIDA EM GRANDE NA F(I)ESTA ESPANHOLA

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Skoda e Andreas Mikkelsen dominam

IRC

Na corrida histórica da Lotus e de Raikkonen, Alonso só ganhou 4 pontos ao «castigado» Vettel

CHECO MIROSLAV ZAPLETAL VENCE BAJA PORTALEGRE 500

FÓRMULA 1 OITAVO VENCEDOR DIFERENTE EM ABU DHABI

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FÓRMULA 1 – gp DO ABU DHABI2 9 de Novembro de 2012

ClassifiCaçÃoPos. Nº Piloto Equipa Tempo/Dif.1 9 Kimi Raikkonen lotus-Renault 1:45.58,6672 5 fernando alonso ferrari 0.852 3 1 sebastian Vettel Red Bull-Renault 4.1634 3 Jenson Button Mclaren-Mercedes 7.7875 18 Pastor Maldonado Williams-Renault 13.007 6 14 Kamui Kobayashi sauber-ferrari 20.076 7 6 felipe Massa ferrari 22.896 8 19 Bruno senna Williams-Renault 23.542 9 11 Paul di Resta force india-Mercedes 24.160 10 16 Daniel Ricciardo Toro Rosso-ferrari 27.463

MuNDial DE PiloTosPilotos Pontossebastian Vettel 255fernando alonso 245Kimi Raikkonen 198Mark Webber 167lewis Hamilton 165Jenson Button 153felipe Massa 95Nico Rosberg 93Romain Grosjean 90

MuNDial DE CoNsTRuToREsEquipa PontosRed Bull 422ferrari 340Mclaren 318lotus 288Mercedes 136sauber 124force india 95Williams 73Toro Rosso 22

O piloto finlandês Kimi Raikkonen (Lotus) venceu o Grande Prémio do Abu Dhabi, 18.ª

prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, em que o alemão Sebastian Wettel (Red Bull)

foi terceiro depois de ter largado do último lugar da grelha. Raikkonen, que arrecadou a

sua primeira vitória na temporada e 19.ª na carreira, cumpriu as 55 voltas em 1:45.58,667

horas, à média de 172,878 km/hora, tendo batido também o espanhol Fernando Alonso

(Ferrari), que ao ser segundo ganhou pontos ao Bicampeão da Red Bull na corrida pelo

título. Nas contas do Mundial, Wettel conserva a liderança, mas agora com apenas 10 pontos

de vantagem para Alonso, quando ainda faltam dois grandes prémios

para o fim da temporada..

Numa só prova, Kimi Raik-konen fez história, ao voltar a colocar a equipa lotus no lugar mais alto do pódio, depois de o brasileiro ayrton senna, que morreu em Maio de 1994, em imola, ter conquistado o Grande Prémio de Detroit, nos Estados unidos, em 1987. o finlandês assegurou o 80.º tri-unfo desta escuderia no Mun-dial. Raikkonen, campeão do Mundo em 2007, regressou assim também aos triunfos na fórmula 1, tendo somado a 19.ª vitória na sua carreira. a última ocorreu em 2009, no Grande Prémio da Bélgica.

Numa corrida marcada por dois incidentes, que obrigaram à entrada em duas ocasiões do ‘safety car ’ , Raikkonen bene f ic iou da des is tênc ia do britânico lewis Hamilton (Mclaren/Mercedes) à 19.ª volta e assumiu a liderança da prova, que não mais largou até final.

senna venceu nos Eua em 1987

Enquanto Raikkonen con-seguiu resistir ao ataque final do espanhol fernando alonso (ferrari), que tentava ganhar o máximo de pontos ao alemão sebastian Wettel (Red Bull), o germânico, que foi penalizado e obrigado a sair do último lugar da grelha, efetuou uma recuperação espetacular e chegou mesmo ao terceiro posto, perdendo apenas três pontos para o espanhol na corrida pelo título mundial.

Em busca do seu terceiro cetro consecutivo, no que o tornará no mais jovem Tri-campeão do Mundo, Wettel comanda o campeonato com 255 pontos, mais 10 do que alonso, também em busca do “tri”, numa altura em que ainda faltam dois grandes pré-mios para o encerramento da temporada, o Grande Prémio dos Estados unidfos (18 de novembro) e o Grande Prémio do Brasil (25 de novembro).

Kimi dá vitória à Lotus 25 anos depois

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fórmula 1 – GP do abu dhabi 9 de Novembro de 2012 3

O piloto da Lotus Kimi Raikkonen obteve a sua primeira vitória após o seu regresso

à F1, o 19.º triunfo da sua carreira. O fin-landês utilizou uma estratégia de uma

paragem nas boxes, parando na volta 31 para trocar os pneus macios P Zero Ama-

relos por pneus médios P Zero Brancos. Raikkonen, que iniciou a corrida na quarta

posição da grelha de partida, ascendeu à liderança após o abandono de Lewis Ham-ilton da McLaren na volta 19, e manteve-a

até ao final. O segundo lugar do Ferrari de Fernando Alonso – que utilizou uma estra-

tégia idêntica à de Raikkonen, parando três voltas antes – significou que o espanhol,

que pressionou o piloto da Lotus até ao final da corrida, reduziu para 10 pontos a

sua diferença para o primeiro lugar do campeonato de pilotos.

A maioria dos 24 pilotos que alinharam à partida começou a cor-rida com pneus macios, à exceção de Michael Schumacher, da Mer-cedes, Bruno Senna, da Williams, e Sebastian Vettel, da Red Bull, que partiu em último lugar, da zona das boxes, depois de ter sido penalizado com a anulação dos seus tempos de qualificação. O piloto da Red Bull usou uma estratégia diferente para se impulsionar da última posição – tendo partido da zona das boxes depois de os restantes pilotos já es-tarem na primeira curva – até ao seu terceiro lugar final. Apesar da tampa da sua asa da frente estar algo dani-ficada, Vettel já tinha subido à 13.ª posição na sétima volta, quando beneficiou da entrada do safety car em pista, que fez aproximar os car-ros e alterou a estratégia de pneus. Jean-Eric Vergne, da Toro Rosso, Paul Di Resta, da Force India, e Romain Grosjean, da Lotus, foram os únicos pilotos que trocaram de pneus durante a permanência em pista do safety car. Vergne e Di Resta mudaram para os pneus médios, ao passo que Grosjean trocou para macios (tendo feito a sua primeira paragem na volta de aber tura, quando mudou de pneus macios para médios, após um incidente na partida). Vettel também mudou de pneus médios para macios na volta 13, quando entrou nas boxes para uma troca de nariz do monolugar, ainda durante o período em que o safety estava na pista. Vettel serviu-se então da velocidade extra do

Estratégia de uma paragem resulta em pleno na primeira vitória de Kimi e da Lotus

Regresso ao lugar mais alto do pódio

composto macio – a valer cerca de meio segundo por volta – para subir até ao segundo lugar, tendo depois parado para montar o seu último jogo de pneus macios, reentrando em pista na quarta posição, mesmo antes de um período final de três voltas em que o safety car voltou à pista, estreitando uma vez mais a diferença entre os competidores.

Alonso foi o primeiro piloto dos seis da frente a fazer uma paragem programada na volta 28, mudando de pneus macios para médios, seguido por Jenson Button da McLaren e Pastor Maldonado da Williams na volta seguinte. Dos que pararam apenas uma vez, o último piloto a trocar pneus foi Bruno Sen-na, no outro Williams, que mudou de pneus médios para macios na volta 32 e acabou em oitavo.

A corrida começou com tem-peraturas ambientes e ao nível da pista na casa dos 30º C, as quais baixaram um pouco à medida que a corrida se disputava, minimizando o desgaste dos pneus. A superfície lisa da pista de Abu Dhabi também ajudou a conter a quantidade de desgaste dos pneus, tendo as eq-uipas aproveitado ao máximo a sua experiência e conhecimentos sobre os compostos da Pirelli, acumulados durante a temporada. A maior parte dos pilotos foram capazes de fazer com que uma estratégia de uma paragem funcionasse, enquanto o melhor classificado dos que pararam duas vezes foi Vettel, que terminou em terceiro.

Paul Hembery, diretor da Pirelli Motorsport, comentou assim o GP de Abu Dhabi: “Parabéns a Kimi por ter sido o oitavo piloto diferente a conseguir um vitória este ano e também à Lotus e a Eric Boullier, pela sua primeira vitória como chefe da escuderia, depois do que foi um dos mais emocionantes Grandes Prémios do ano, tendo girado à volta de dois períodos em que o safety car esteve em pista. O momento da primeira entrada

do safety car alterou as estratégias de corridas de todos, possibilitando aos que usaram pneus macios fazê-los durar mais, enquanto dois pilotos trocaram para pneus médios e Se-bastian Vettel mudou para macios: o início de uma corrida espantosa. Isso também significou que uma paragem era claramente o caminho a seguir para a maioria dos concorrentes, na medida em que as cinco voltas em que o safety car esteve em pista reduziram

o volume de desgaste dos pneus – que já era baixo – durante a corrida. Isso permitiu aos pilotos que pararam cedo completar até quase 30 voltas com o composto médio e ganhar lugares, ao passarem à frente dos que pararam mais tarde. Foi sem dúvida uma cor-rida confusa, com várias estratégias diferentes a serem aplicadas, o que proporcionou aos fãs assistirem a uma ação espetacular do princípio ao fim da corrida”.

Hamilton desistiu quando comandava a prova

alonso sÓ recuperou quatro pontos no mundial de pilotos

vettel protaGoniZou uma recuperaÇÃo FantÁstica

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velocidade iNTeRNacioNal4 9 de Novembro de 2012

O piloto português Tiago Monteiro vol-tou a protagonizar uma boa performance

ao volante do Novo Civic no Mundial FIA WTCC, desta feita no Circuito Internacional

de Shangai, na China. Após um resultado pouco promissor na qualificação no sába-

do, os resultados alcançados em ambas as corridas, deixaram excelentes indicadores

do nível competitivo da equipa.

Na primeira corrida, Tiago Monteiro partiu da 17ª posição. Com um arranque fantástico, evitando várias colisões, o piloto português colocar-se-ia imediata-mente no 11º lugar, que foi recuperando nas voltas seguintes. Num circuito largo e rápido, perfeito para as ultrapassagens, Tiago foi passando alguns adversários e logo na 3ª volta já era nono. O Civic WTCC continuou a sua luta, e logo após a 7ª volta assumiu a 7ª posição, após ultrapassagem ao piloto suíço Barth. Tiago Monteiro conseguiria manter esta posição até final terminando a prova a 30,032 segundos do 1º classificado.

No final desta corrida, Tiago e outros pilotos receberam uma penalização de 30 segundos. Esta decisão fez com que a posição do Honda Civic baixasse de 7º para 13º classificado na primeira corrida.

WTCC – Piloto português com bom desempenho na China

Tiago Monteiro novamente nos pontos

Na segunda corrida, e à imagem da 1ª prova do dia, e desta feita com um arranque parado, Tiago Monteiro conseguiu evitar as colisões logo no início assumindo a 11ª posição. No final da 5ª volta, o piloto portuense estava nas posições pontuáveis most-rando os progressos do seu Civic WTCC. Nessa altura, iniciava-se uma disputa fantástica entre o piloto da Honda e os pilotos Boardman (8º lugar) e Turkington (10º lugar). Tiago Monteiro conseguiu manter o seu lugar por 6 voltas, mas sem conseguir passar Boardman. A desilusão chegaria nas voltas seguintes onde Monteiro seria passado, apesar de alguma luta, pelos pilotos Turkington e Cirqui, que colocariam o português no 11º lugar. No entanto, a sorte estava do lado da Honda – o 2º classificado Muller recebeu uma penalização de 30 segun-

dos por conduta ilegal o que permitiu ao Civic WTCC voltar a terminar a prova numa posição pontuável – 10º lugar.

TiAgO “CAdA vEz MAis CONfiANTE”

“foi um fim-de-semana muito positi-vo. Na primeira corrida, conseguimos um excelente resultado que me deixou muito satisfeito. Tivemos alguns problemas no início do fim-de-semana e tivemos de experimentar várias coisas! falhámos a qualificação 2 por uma margem muito curta mas sabíamos que podíamos mel-horar. Mais uma vez voltamos a aprender muitas coisas sobre o carro e estou cada vez mais confiante. O equilíbrio do carro foi muito bom em ambas as corridas. foi possível forçar o ritmo e atacar e senti-me muito confortável com isso. Penso que estamos a ir na direcção correcta e este foi sem dúvida um fim-de-semana muito proveitoso”, referiu Tiago Monteiro, no final da prova.

“Tivemos alguns problemas mecâni-cos e alguns erros na qualificação. feliz-mente hoje, o Tiago esteve muito bem em ambas as corridas. Partir do 17º lugar e ir recuperando posições não é fácil mas ele conseguiu evitar os acidentes e alcançar um resultado muito bom. Um 7º lugar após somente 2 corridas é fantástico. É evidente que ainda necessitamos de mais experiencia, mais teste e mais trabalho, mas estamos muito orgulhosos por termos conseguido novamente Top 10”, explicou Alessandro Mariani, director principal da Honda Racing Team JAs.

“Para ser sincero, estou extrema-mente feliz com o resultado da 1ª cor-rida. Estou muito satisfeito por termos conseguido passar 10 carros e acabar na 7ª posição. O Tiago fez um excelente trabalho. Na 2ª corrida, perdemos um lugar no final, o que foi um pouco triste mas estou satisfeito por termos subido al-gumas posições e terminado no Top 10. gostaria de agradecer ao Tiago por todo o seu esforço em ambas as provas. Rela-tivamente ao carro, aplicamos em ambas as corridas o set-up que utilizamos na Qualificação 1 porque pensávamos que

fornecia o melhor equilíbrio e penso que foi uma boa escolha.

Acho que o carro tem vindo a mel-horar gradualmente, mas ainda existe uma diferença para os carros de topo por isso, temos de melhorar ainda mais para a próxima semana. iremos dar o máximo na última prova”, disse daisuke Horiuchi, líder do Projecto WTCC na divisão de Pesquisa e desenvolvimento Honda.

A última prova do Campeonato do Mundo será disputada em Macau entre os próximos dias 16 e 18 de novembro.

A Ray Racing Team não podia terminar da mel-

hor forma a temporada de 2012, vencendo a

derradeira corrida do Campeonato de España

IberGT, realizada no Cir-cuit de Catalunha, após uma prestação notável

da sua dupla de pilotos.

A formação portuguesa protagonizou uma prova difícil no sábado, terminando num bom quarto posto a primeira corrida, apesar do seu ferrari f430 gT2 não estar com a afinação que era desejada por Alessandro Pier guidi e por Álvaro fontes. Com intuito de lutar pela vitória na corrida de domingo, os homens da RAY Racing Team trabalharam arduamente durante a noite e mudaram as afinações do carro italiano, tornando-o numa máquina extremamente competitiva. As condições da pista estavam bastante difíceis, devido a um aguaceiro que caiu imediatamente antes da partida, mas Álvaro fontes manteve os pneus slicks, o que obrigou a um início de prova bastante cuidadoso. sem cometer erros e com

Campeonato de España ibergT

Ray Racing Team vence última corrida

um ritmo bastante consistente, o piloto espan-hol ao serviço da RAY Racing Team entregou o ferrari a Alessandro Pier guidi no terceiro posto, tendo este levado o carro de Maranello até à vitória entre os concorrentes do Campe-onato de España ibergT e ao décimo terceiro lugar da geral entre os trinta nove carros que alinharam na prova que contava também para o international gT Open.

Após a corrida, Álvaro fontes era um homem feliz, frisando o trabalho desenvolvido pela equipa portuguesa. “O início de corrida

foi complicado e foi preciso ter muito cuidado para evitar cometer erros e toques. O carro estava muito bom, depois das modificações que efectuámos e pude fazer um bom turno e entregar o carro ao Alessandro em boas condições. Ele fez um turno fantástico, demon-strando o excelente piloto que é e conseguimos vencer, o que me permitiu terminar no terceiro lugar do campeonato. Quero sublinhar o excelente trabalho realizado pela RAY Racing Team que demonstrou ser uma equipa de grande nível”.

ClAssifiCAçãO dA PRiMEiRA CORRidA1 - Alain Menu Chevrolet Cruze 25:12.3692 - Robert Huff Chevrolet Cruze 25:13.8693 - stefano d’Aste BMW 25:23.5614 - Tom Coronel BMW 25:25.6965 - gabriele Tarquini seat leon 25:28.0226 - Tom Boardman seat leon 25:38.7517 - Tiago Monteiro Honda Civic 25:42.401

ClAssifiCAçãO dA sEgUNdA CORRidA1 - Robert Huff Chevrolet Cruze 25:17.7142 - Alain Menu Chevrolet Cruze 25:20.4123 - Tom Coronel BMW 320 25:22.0924 - stefano d’Aste BMW 320 25:22.5805 - Mehdi Bennani BMW 320 25:23.2886 - gabriele Tarquini seat leon 25:38.1207 - Colin Turkington Chevrolet Cruze 25:42.9038 - Tom Boardman seat leon 25:44.4559 - Alberto Cerqui BMW 320 25:44.88110 - Tiago Monteiro Honda Civic 25:45.056

A goodsense Racing Team protagonizou uma performance assinalável em Barcelona, tendo rodado entre os seis primeiros da geral, incluindo os concorrentes do international gT Open e do Campeonato de España ibergT, mas diversos incidentes, próprios de uma corrida com muitos carros em pista, acabou por obrigar José Ramos e Patrick Cunha ao abandono. O piloto de Braga arrancava da segunda posição entre os concorrentes da competição espanhola, o que permitia aos homens do lamborghini gallardo aspirarem lutar pela vitória. Com a pista molhada, mas com pneus slicks montados, os primeiros momentos da prova foram difíceis, tendo Patrick Cunha que passar por fora da pista para evitar um toque de outro piloto, o que atrasou substancialmente. sempre entre os mais rápidos em pista, Patrick Cunha voltou a alcançar a liderança, mas acabaria por sofrer um toque do seu adversário na luta pela vitória na classificação do Campeonato de España ibergT, o que o lançou para um pião quando rodava no sexto lugar da geral. “foi um resultado frustrante, porque o nosso andamento era muito forte e poderíamos vencer com facilidade e alcançar um bom resultado entre os pilotos do international gT Open”.

A passagem da goodsense Racing Team por Barcelona salda-se por um excelente segundo lugar na primeira corrida e pela demonstração inequívoca de que é uma das equipas mais competitivas do panorama ibérico das corridas de gT.

international gT Open e España ibergT

Goodsense trouxe um segundo lugar

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wrc 9 de Novembro de 2012 5

Cabe ao Rali da Catalunha a hon-

ra de fazer descer o pano sobre o

Campeonato do Mundo de Ralis

2012, encerrando a última tempora-

da a tempo inteiro de Sébastien Loeb

e Daniel Elena. Para a Citroën

Total

World Rally Team este momento marca, sem dúvida, o fim de uma era, pontuada por nove títulos mundiais de pilotos consecutivos para a dupla franco-monegasca. Dessa forma, Seb e Daniel vão procurar terminar o ano em beleza na Catalunha, tal como os seus companheiros de equipa, Mikko Hirvonen e Jarmo Lehtinen, os recentes vencedores do Rali de Itália.

Presente no calendário desde 1991, o Rali da Catalunha terá pela primeira vez a honra de encerrar o Campeonato do Mundo de Ralis. Mesmo com os títu-los já entregues, a prova deverá ainda assim manter o espírito de festa, graças ao entusiasmo do público catalão. O rali irá manter a estrutura mista que é adoptada desde 2010, com a primeira etapa a realizar-se em pisos de terra e as duas seguintes em asfalto. Entre as novidades para a edição de 2012 destacam-se a cerimónia de partida, que se realizará na noite de quinta-feira em Barcelona, e uma especial desen-hada junto ao parque de assistência sito na estância balnear de Salou.

Depois de Sébastien Loeb, Daniel Elena e Citroën terem conquistado os títulos no Rali de França, Mikko Hirvonen e Jarmo Lehtinen garantiram o vice-campeonato com a vitória na Sardenha. Mesmo se Loeb e Hirvonen estão habituados a ficarem nos dois primeiros lugares no fim da temporada, esta dobradinha no Campeonato do Mundo de Pilotos é uma novidade para a marca.

Tal como em Itália, as duas duplas da Citroën têm apenas a vitória como objectivo. Invencíveis na Catalunha

Rali da Catalunha tem a honra de encerrar Campeonato

Loeb quer despedida em beleza na f(i)esta espanhola

desde 2005, Seb e Daniel contam com sete triunfos consecutivos, razão mais que suficiente para serem apontados como favoritos. “Como na Sardenha penso que partiremos todos ao ataque para procurar vencer. Não venho para terminar em quarto ou quinto, o Mikko também não e, tal como nós, vai querer fechar o ano com um bom resultado. Mesmo com os títulos entregues vai ser interessante”, antevê Sébastien Loeb.

Na altura em que se prepara para completar a última temporada comple-ta, o eneacampeão do mundo mostra-se ainda assim sereno. “Certamente que é uma página que se vai virar este fim-de-semana. Estarei à partida em Monte Carlo na primeira prova de 2013, mas não será a mesma coisa. Não penso que vá melancólico ou triste, uma vez que a minha decisão de deixar os ralis a tempo inteiro não significa o fim da minha carreira desportiva. Juntamente com a Citroën estamos a preparar a revelação dos próximos desafios e estou impaciente. Por agora vamos tentar ganhar o Rali da Catalunha!”.

No pódio na Alemanha e em França, Mikko Hirvonen espera, pelo menos, repetir o resultado no fecho da época 2012: “O meu objectivo é dar um novo passo para me aproximar do Sébastien. Se conseguir bater-me com ele – mesmo que seja pouco – isso significará que dei um grande passo em

frente. Estivemos no bom caminho em França e vamos continuar a trabalhar. Esta semana, por exemplo, passei um dia ao volante de um monolugar para melhorar a travagem e as trajectórias”.

“Depois de conseguirmos nove vitórias e cinco dobradinhas ao longo da época, as nossas duplas têm ‘carta branca’ para melhorar estes resultados da Citroën”, acrescenta Yves Matton, director da Citroën Racing. “A Catalunha é evidentemente um dos terrenos de jogo favoritos do Seb, mas todos queremos ver qual foi o progresso do Mikko desde o último rali. Conseguir a vitória seria um motivo de alegria maior por se tratar do 250º triunfo da nossa parceira Michelin no WRC”.

HIRvONEN OPTIMISTAEste é o regresso à competição

depois da vitória no Rali da Sardenha,

a sua primeira com a Citroën. O que significa? “vamos abordar este rali com a vitória como único objectivo. Tudo funcionou bem de princípio a fim: as ordens de partida, a escolha de pneus, as primeiras especiais onde optámos por um ritmo que nos permi-tiu estar na luta pela vitória... Quando o Sébastien e os outros cometeram erros, podemos optar por uma toada mais defensiva. Não nos restava mais que manter a vantagem... No fim das contas, fizemos um fim-de-semana perfeito e estou muito contente com este resultado, por mim, pelo Jarmo e por toda a equipa”.

Este sucesso vai reforçar a confiança para abordar 2013 com o objectivo de conquistar o primeiro título mundial? “Para ser sincero, esperava que a luta com o Sébastien durasse mais tempo. Preciso destas batalhas travadas por

poucos segundos para continuar a progredir. Quando me encontro com um avanço importante e uma posição a manter, sei como fazê-lo bem. Estou su-ficientemente habituado a essa situação para a abordar serenamente. Acredito que existirão lutas mais apertadas em 2013 e, certamente, um novo campeão do mundo no fim do ano. Esta primeira vitória com a Citroën vai ajudar-me a projectar a próxima época”.

O Rali da Catalunha é o único que adopta um figurino misto, com um dia em terra e dois dias em asfalto.

Agrada-lhe? “Isto certamente vai-vos surpreender, mas eu preferia o rali totalmente em asfalto. As especiais de sexta-feira não são desagradáveis, mas acho que a verdadeira natureza desta prova vem das especiais ao estilo de circuito. Seria melhor ter três dias nes-sas classificativas”.

PROgRAMARali da Catalunha (13ª prova e última prova do WRC)Piso: Terra e Asfalto, na região da Catalunha, SalouPercurso: 1.391,73 km no total; 405,46 km cronometrados; 18 PECs (10 classificativas diferentes)Qualificação e Conferência de Imprensa: 5ª Feira, 8 de Novembro1ª Etapa: 6ª Feira, 9 de Novembro, com 6 classificativas (150,22 km cronometrados)2ª Etapa: Sábado, 10 de Novembro, com 6 classificativas (161,30 km cronometrados)3ª Etapa: Domingo, 11 de Novembro, com 6 classificativas (93,94 km cronometrados);Cerimónia de pódio: Domingo, 11 de Novembro, às 15h15 (14h15 hora portuguesa)

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mundial de ralis 6 9 de Novembro de 2012

A Škoda conquistou o seu ter-ceiro título consecutivo nas duas categorias do IRC: no campeonato de pilotos, An-

dreas Mikkelsen e Ola Floene revalidaram o título do ano

passado, enquanto por equipas a Škoda também dominou a

temporada (1. Mikkelsen, 2. Ko-pecký, 3. Hänninen), tendo ven-cido três campeonatos interna-

cionais este ano (IRC, Campe-onato Europeu,

Campeonato Ásia-Pacífico).

A Škoda ganhou mais um título na temporada de 2012: a dupla Andreas Mikkelsen e Ola Floene ao volante de um Škoda Fabia Super 2000 sagraram-se campeões de Pilotos no IRC. Um campeonato onde a Škoda já havia comemorado na anterior jornada a vitória entre os Construtores (San Remo). Agora, no Rali do Chipre, a marca completou um duplo hattrick em ambas as categorias num campeonato que domina total-mente desde a temporada de 2010. Ao mesmo tempo, a Škoda conquistou esta temporada o Campeonato Eu-ropeu de Ralis (com a vitória de Hän-ninen e Markkula) e, pela primeira vez na sua história a marca dominou totalmente o Campeonato de Ralis Ásia-Pacífico (APRC), assegurando não só a vitória entre os Construtores, como ainda a dupla Atkinson e Prevot triunfou entre os Pilotos. Além disso, a Škoda já ganhou seis campeonatos nacionais este ano.

Destacando a presença da marca

IRC, Campeonato Europeu e Ásia-Pacífico

Škoda completa “hat trick” de vitórias

nos vários campeonatos, o diretor da Škoda Motorsport, Michal Hrabánek, comentou: “Os resultados deste ano traduzem, sem dúvida, a grande tradição desportiva na história da Škoda Motorsport. Termos con-seguido um hat trick de vitórias entre os Construtores e Pilotos no IRC possibilitou à Škoda passar a ser a marca de maior sucesso em toda a história deste campeonato. Ao mesmo tempo, estamos bastante satisfeitos pela vitória assegurada pela primeira vez no Campeonato de Ralis Ásia-Pacífico, onde os mer-cados locais são de vital importância para o futuro da Škoda. O título no Campeonato Europeu e seis títulos de campeão nacionais evidenciam de forma clara o sucesso do projeto do Škoda Fabia Super 2000 a longo prazo. Gostaria de agradecer a todos aqueles que estiveram envolvidos neste projeto, seja no início ou mais tarde. Com este número expressivo de vitórias acrescentamos a letras

de ouro o curriculum vitae do Škoda Fabia Super 2000”.

Andreas Mikkelsen tornou-se o primeiro piloto na história do IRC a ter ganho o título de Pilotos por duas vezes consecutivas. Mikkelsen selou este sucesso com o segundo lugar garantido na derradeira prova da temporada, o Rali de Chipre, ao vol-ante de um Škoda Fabia Super 2000 da equipa de fábrica. O bi-campeão marcou presença em 11 jornadas do IRC 2012, tendo vencido nos Açores e na Roménia. Por sua vez, e pela quarta vez consecutiva, Jan Kopecký da equipa oficial da Škoda Motorsport conquistou o título de vice-campeão no IRC, tendo o checo participado

em seis ralis esta temporada (triunfos nas Canárias e na Sicília). O domínio do Škoda Fabia Super 2000 no IRC desta época foi confirmado por Juho Hänninen, que ganhou três ralis (Irlanda, Bélgica, República Checa) e terminou em terceiro, embora o pi-loto nórdico só tenha participado em quatro jornadas do IRC 2012.

A Škoda ganhou o título no IRC pela terceira vez consecutiva, tornan-do-se na marca com maior sucesso na história deste campeonato. Também este ano aconteceu a terceira vitória consecutiva de uma equipa de fábrica com um Škoda Fabia Super 2000 na categoria de Pilotos (Juho Hän-ninen e Mikko Markkula em 2010 e

Mikkelsen Andreas e Ola Floene em 2011 e 2012). A dupla Hänninen e Markkula venceu o Campeonato Eu-ropeu desta temporada, tornando-se na primeira dupla de pilotos em todo o mundo a vencer o IRC, o Campe-onato do Mundo na categoria SWRC e o Campeonato da Europa. Jan Kopecký e Pavel Dresler (equipa de fábrica) ganharam o Campeonato da República Checa; outros pilotos que venceram os campeonatos nacionais ao volante de um Škoda Fabia Super 2000 foram Raimund Baumschlager (Áustria), Marcos Wallenwein (Ale-manha), Aleks Humar (Eslovénia), Luca Rossetti (Turquia) e Dimitar Iliev (Bulgária).

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TT – baja porTalegre 500 9 de Novembro de 2012 7

O checo Miroslav Zapletal foi o vencedor da 26ª edição da Baja Portalegre 500 num final

emocionante. O piloto do Hummer H3 EVO, que era terceiro no último ponto de controlo,

a quase 13 minutos do líder na altura, Boris Gadasin, acabou por recuperar todo o tempo

e cortou a meta com 21 segundos de vanta-gem sobre Rui Sousa, segundo classificado

e melhor português. O russo, por sua vez, acabou em terceiro depois de ter sofrido uma penalização de dois minutos por ter saído do percurso e, em vez de reentrar no mesmo lo-

cal, fê-lo mais à frente.

A derradeira fase da Baja Porta-legre 500 deste ano foi imprópria para cardíacos. Rui Sousa foi o primeiro a chegar à meta e, apesar de ter furado na fase final do sector seletivo, ainda se equacionou que a diferença para segundo e terceiro na chegada seria suficiente para ganhar. Mas nas contas finais, o piloto não conseguiu chegar à vitória – que lhe escapa desde 2000.

Gadasin acabou em terceiro e ainda não conseguiu completar a prova em Portalegre sem percalços. Para além dos problemas mecânicos no G-Force Proto que o atormentaram nos últimos

Final emocionante dá triunfo a Zapletal

Rui Sousa melhor português

quilómetros – cedência da transmissão dianteira, falha nos travões e quebra da alavanca de velocidades – o russo ainda foi penalizado.

No final, Miroslav Zapletal ainda nem tinha bem noção de que a vitória tinha sido mesmo sua. “Só queríamos chegar ao fim. Acabámos por vencer, foi muito bom. Gostámos muito do percurso mas estava muito difícil”, afirmou o piloto que participou em Portalegre pela sexta vez e concluiu a Taça do Mundo de TT em segundo.

Boris Gadasin não escondeu o descontentamento com o resultado.

“Aconteceu-nos de tudo. Foi uma pena”, lamentou o piloto russo que considera esta “a melhor baja do Mundo”.

Rui Sousa, por sua vez, ficou muito contente por ter regressado ao pódio de uma grande prova internacional. “Estou satisfeitíssimo. Não estava à espera. No último sector furei e ainda parei sete ou oito vezes. O triunfo esteve perto mas não era o nosso objetivo. Queríamos concluir a prova e o segundo lugar foi um resultado importante. Creio que o conseguimos, também, devido à experiência neste tipo de condições”, afirmou o campeão nacional de 2004.

Com os pilotos estrangeiros em bom plano, foi outro checo, Zdenek Prizek, também com um Hummer, que concluiu a prova em quarto. Com

uma toada muito constante, José Dinis Lucas acabou na quinta posição, a 20 minutos do vencedor.

Nas contas do campeonato nacio-nal, Miguel Barbosa já se tinha sagrado campeão e o maior interesse estava na luta pelo vice-campeonato, com Ricardo Porém e Nuno Matos separados por três pontos. O piloto de Leiria acabou por ser mais feliz, pois, como desistiram os dois, terminaram a prova com os mesmos pontos com que a iniciaram.

Na categoria T2, o triunfo foi para Reinaldo Varela, em Mitsubishi Pajero. O piloto brasileiro terminou a fase seletiva em segundo mas acabou por beneficiar com a penalização de nove minutos do seu compatriota e campeão brasileiro de TT, Marcos Moraes, que acabou em segundo. João Cardoso ficou no último

lugar do pódio.Classificação na Baja Portalegre

500: 1º Miroslav Zapletal/Maciek Mar-ton, Hummer H3EVO, 5h46m28s; 2º Rui Sousa/Carlos Silva, Isuzu D-Max, a 21s; 3º Boris Gadasin/Alexey Kuz-mich, G-Force Proto, a 2m13s; 4º Zdenek Prizek/Marek Sykora, Hummer H3 EVO, a 11m41s; 5º José Dinis Lucas/Luís Tirano, Mitsubishi Pajero DiD, a 20m00s; 6º Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin, Mitsubishi Pajero, a 28m44s; 7º Marcos Moraes/Du Sachs, Mitsubishi Pajero, a 29m48s; 8º João Cardoso/Luís Marques, Nis-san Navara, a 35m23s; 9º Carlos Almeida/Ricardo Mendonça, Nissan Pathfinder, a 43m39s; 10º Edgar Condenso/Nuno Silva, Isuzu D-Max, a 53m24s.

Ao contrário daquilo que tinha acontecido na etapa de abertura, que dominou de for-ma inquestionável, o segundo dia da Baja

500 Portalegre não correu de feição ao Pentacampeão de Portugal de Todo-o-Terre-

no que foi forçado a abandonar a meio da segunda etapa.

Com a chuva a deixar parte relevante do percurso impraticável – a organização teve mesmo que encurtar o traçado delineado para o primeiro sector selectivo – esta se-gunda etapa da Baja 500 Portalegre seria, era esperado, muito dura. A verdade é que Miguel Barbosa e Miguel Ramalho estavam apostados

Falha na direcção assistida dita final prematuro

Abandono inglório do Campeão

em dar continuidade à excelente exi-bição do dia anterior e estavam de olhos postos na luta pela vitória.

“Deu-se uma falha na direcção assistida que pensávamos ter ficado resolvida durante a assistência entre os dois sectores, mas tal não se verificou e acabámos por nem sequer arrancar para o segundo

sector,” afirmou Miguel BarbosaEste adeus prematuro a Porta-

legre representa um duro golpe nos objectivos do piloto do BP Ultimate Vodafone Team que estava apostado em fazer aqui no Alto Alentejo a festa da conquista do seu quinto título absoluto: “É conhecida a

dureza desta prova e, assim, obter um bom resultado aqui tem sem-pre mais significado. A verdade é que nem sempre as coisas correm como esperamos, mas o certo é que este abandono não belisca de forma alguma uma época que foi altamente positiva e cujo resultado

final não podia ter sido melhor. Uma vez mais, não posso deixar de sublinhar e agradecer o trabalho da minha equipa técnica, bem como o apoio dos meus patrocinadores, sem os quais nenhuma das minhas conquistas seria possível,” concluiu o Campeão Nacional.

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TT – baja porTalegre 5008 9 de Novembro de 2012

Conquistar a Baja Portalegre é um dos grandes desafios do cross country mundial,

nesta edição a participação brasileira im-pressionou os concorrentes e garantiu im-

portantes resultados entre os melhores do mundo. Ricardo Varela e Gustavo Gugelmin

venceram a categoria T2, depois da dupla mais rápida (Marcos Moraes/Du Sachs) ter

sido penalizada em 9 minutos.

Quando se diz no Brasil que uma competição de um dia é pesada, é porque ainda não conheceram a Baja Portalegre. Toda a sua estrutura mon-tada para 3 dias de evento se resume a um dia de ação e outro de emoção. O prólogo foi só um aquecimento de motores, e a prova, com duas espe-ciais ( a 1ª com 145.19km e a 2ª com 240.53), mostrou que a parceria da terrinha com São Pedro, a regar o caminho com chuva incessante, é off- road no seu estilo mais agressivo.

Marcos Moraes e Du Sachs fizeram

Dupla brasileira (Ricardo Varela/Gustavo Gugelmin) vencedora

Categoria T2 ao som do samba…

uma prova de gigantes. Competindo na T2, categoria de entrada do campe-onato mundial, levaram um carro de produção em série ao 6º lugar geral entre os 38 carros FIA. Venceram as duas especiais disputadas, cruzaram a meta vitoriosos e no deslocamento final um problema elétrico fez com que perdessem preciosos 9 minutos, que deram o título de Campeão Mundial de Rally Cross Country a outra dupla brasileira, Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin.

“Esta foi uma prova incrível! Fize-

mos tudo certo e conquistamos na pista a Baja Portalegre. Mas a regra diz que há um tempo máximo para entrarmos com o carro no parque fechado que encerra a prova e, infelizmente, não conseguimos chegar a tempo. Por outro lado, estamos muito felizes com a conquista do Varela e do Gustavo, que foram para todas as etapas do mundial, representaram o Brasil com muito empenho e agora são campeões mundiais. Eles estão de parabéns”, disse Marcos Moraes, ao ser informado sobre a penalização que lhe tirou a vitória.

Lucas Moraes, que competiu ao lado do português Antonio Saraiva, estreou-se numa das mais difíceis provas do circuito mundial com um 2º lugar na categoria T1 Nacional. Feste-jado inclusive pelos portugueses, que o saudavam na chegada, Lucas iniciou assim em grande estilo sua trajetória no cross country internacional. “Realmente não tinha uma noção exata de quão pe-sada e desafiadora era esta competição. Estou muito feliz com meu resultado e mais ainda com a receptividade de to-dos aqui. Competi num time português, cercado de pessoas super dedicadas e engajadas em me dar as melhores condições possíveis de fazer uma boa performance e aí está o resultado”, referiu o piloto brasileiro.

Problemas elétricos no Astra Proto obrigam a dupla de Porta-legre a abandonar a última prova do ano e a renunciar à luta pelo vice-campeonato. Após o 2º lugar no Prólogo da Baja Portalegre 500, Nuno Matos iniciou o segundo dia da melhor maneira, chegando a liderar a classificação com quase 3 minutos de vantagem para os segundos clas-sificados.

Um pouco à imagem do que se passou na edição de 2012 do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno (CPTT), que abriu no Algarve com uma vitória da dupla

Nuno Matos e Filipe Serra desistem no último setor quando lideravam

Adeus forçado ao vice-campeonato nacionalde Portalegre, Nuno Matos e Filipe Serra começaram da melhor maneira a Baja Portalegre 500, secundando o Campeão Nacional no Prólogo. Depois, já na manhã de sábado, as-sumiram a liderança destacada da classificação, chegando a dispor de mais de 2m50s para os segundos classificados. Contudo, à semelhança dos últimos dois anos, a mais antiga e carismática prova do calendário nacional voltou a ser madrasta para as legítimas aspirações da equipa, forçada a abandonar a corrida ao km 48 do terceiro e último setor seletivo após uma incrível sucessão

de problemas elétricos que culminou com a bateria do Astra Proto descar-regada…

“Este bem que poderia ter sido o nosso ano! Começámos muito fortes esta manhã e estávamos a dominar a corrida. O carro estava a corresponder na perfeição e nem sequer estáva-mos a correr riscos, isto apesar de a pista se encontrar muito enlameada e traiçoeira. Chegámos a ter quase 3 minutos de vantagem na liderança, até que ao km 130 o carro simples-mente se desligou numa passagem pelo asfalto”, explica, desolado, Nuno Matos.

CLASSIFICAçõES DA BAjA PORTALEGRE 500Geral FIA1º Miroslav Zapletal/Maciek Marton, Hummer H3EVO, 5h46m28s. 2º Rui Sousa/Carlos Silva, Isuzu D-Max, a 21s. 3º Boris Gadasin/Alexey Kuzmich, G-Force Proto, a 2m13s. 4º Zdenek Prizek/Marek Sykora, Hummer H3 EVO, a 11m41s. 5º josé Dinis Lucas/Luís Tirano, Mitsubishi Pajero DiD, a 20m00s. 6º Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin, Mitsubishi Pajero, a 28m44s. 7º Marcos Moraes/Du Sachs, Mitsubishi Pajero, a 29m48s. 8º joão Cardoso/Luís Marques, Nissan Navara, a 35m23s.9º Carlos Almeida/Ricardo Mendonça, Nissan Pathfinder, a 43m39s. 10º Edgar Condenso/Nuno Silva, Isuzu D-Max, a 53m24s.Categoria T2 FIA1º Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin, Mitsubishi Pajero.2º Marcos Moraes/Du Sachs, Mitsubishi Pajero. 3º joão Cardoso/Luís Marques, Nissan Navara.Prova Nacional1º Fernando André/Mário Feio, Renault Mégane Proto, 6h02m08s.2º Lucas Moraes/António Saraiva, Mitsubishi Pajero DiD, a 10m17s.3º joão Rato/Filipe Martins, Mazda BT 50, a 44m42s;

Piloto luso-angolano foi infeliz na “lotaria” da lama

Rómulo Branco passou pela liderança dos T2O piloto luso-angolano Rómulo

Branco, aos comandos de uma Isuzu D Max, não teve a sorte pelo seu lado na derradeira jornada da Taça do Mundo de Todo-o-Terreno que se disputou em pistas portuguesas, tendo sido forçado a abandonar quando seguia no comando da prova.

A dupla Rómulo Branco/joão Serô-dio tinha começado de forma bastante segura a sua participação na Baja 500 Portalegre alcançando, na 1ª etapa, um 4º lugar entre os concorrentes inscritos na Categoria T2 tendo gasto apenas

mais um segundo que o 2º classificado. A equipa foi, todavia, forçada a abando-nar após os primeiros quilómetros da 2ª etapa quando tinha a indicação de que estava na estava a ser a mais rápida de entre os T2 que disputavam a mítica competição portuguesa.

“A chuva intensa que se abateu so-bre o traçado desta Baja de Portalegre tornou a pista muito escorregadia e traiçoeira. Estávamos a andar rápido mas com muita cautela, quando numa daquelas situações muito típicas destas circunstâncias a traseira escorregou

mais do que o previsto. Nessa altura tivemos a infelicidade de a roda tra-seira ter batido num pilar e a corrida terminou por aí ”, salientou Rómulo Branco que acrescenta: “Este Porta-legre era uma lotaria e a nós calhou a fava. Mas ao longo deste ano e em provas com características tão diversas confirmámos ter andamento para lutar pelo título mundial”.

A encerar a temporada a equipa irá estar presente nas 24 Horas TT Vila de Fronteira onde em 2011 conquistou um importante lugar no pódio.

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TT – baja porTalegre 500 9 de Novembro de 2012 9

Fernando André e Mário Feio, ao volante do Renault Mégane Proto, preparado nas

oficinas da ARC Sport., realizaram uma prova que consideraram “fantástica”. A

popular dupla do TT nacional foi a segunda mais rápida em Portalegre, entre os portu-

gueses, logo após Rui Sousa e Carlos Silva, e venceram com grande destaque a Prova

Nacional, com mais de dez minutos de avan-ço sobre o segundo classificado.

Se Fernando André tivesse inscrito entre os concorrentes do evento FIA, tinha obtido um brilhante 5º lugar da classifica-ção geral. Um resultado muito positivo, tendo em conta um ano de paragem para o piloto e dois para o navegador. “Foi uma prova bem conseguida e bem gerida do princípio até ao fim. À partida o nosso objectivo era ficar entre os dez primeiros classificados na categoria principal da prova, e contas feitas, teríamos con-quistado o quinto lugar na prova FIA. Quero agradecer o empenho da ARC Sport e do meu navega-dor que teve um trabalho muito importante para esta vitória na

Bom regresso ao TT para a ARC Sport

Fernando André vence Prova Nacional

categoria nacional.Como estive um ano parado,

estou exausto, mas satisfeito. O carro terminou de forma im-pecável uma prova muito dura como foi esta Baja de Portalegre”, afirmou Fernando André.

Regressado às lides, Mário Feio voltou a sentar-se ao lado de Fe rnando And ré . Pa ra o navegador, fo i um prazer ter par t icipado num Por talegre à maneira antiga. “A prova correu bem, com um andamento con-forme tinha sido programado. Alguns cuidados na etapa da manhã, mas andámos depressa e fomos consistentes. O piso estava diabólico, mesmo à Porta-

legre. Mas o carro esteve sempre impecável, e consegui uma boa ligação com o Fernando André. De tarde voltámos a andar rápido e ge r imos bem o avanço em relação aos nossos adversários, que estiveram sempre a perder em relação a nós. A assistência da ARC Sport foi fantástica, com gente muito simpática e tecnica-mente muito capaz. Depois de

Acompanhado de José Marques o piloto de Barcelos tinha averbado na véspera o quinto melhor tempo na 1ª etapa, onde gastou mais 14,15 segun-dos que o vencedor. No dia seguinte com a chuva que caiu torrencialmente durante a noite e continuou a cair ao longo do dia, os concorrentes tiveram pela frente pistas muito escorregadias e por vezes bastante enlameadas.

Toque no morro afetou travões da Nissan Navara

Hélder Oliveira obrigado a abandonar

“A volta sul da Baja é o percurso mais duro e difícil e procurei poupar a mecânica para atacar da parte da tarde, que tem tradicionalmente pistas mais rápidas. Tive poucas indicações relativamente à nossa posição e só me apercebi que deveria ter andado um pouco mais rápido quando o Mini do Vasilyev se chegou à nossa traseira. Tive naturalmente de o deixar passar mas

não tive dificuldade em o acompanhar até ao final do sector. Sempre acreditei que da parte da tarde o poderia ir buscar e anular a desvantagem”, salienta Hélder Oliveira, acrescentando: “Na ZA após o 2º SS apercebi-me que, com exceção do Gadasin que tinha ganho uma grande vantagem a todos, os outros adversários

ter estado dois anos parado, foi muito gratificante este regresso. Continuo a gostar muito de corri-das, mas agora só com amigos”, concluiu Mário Feio.

Mais uma jornada posit iva para a ARC Sport. Também no TT a equipa de Aguiar da Beira conseguiu alcançar os seus objec-tivos. “Foi um regresso fantástico. O Fernando André e o Mário Feio

es t iveram s implesmente br i l -hantes, ao longo de um desafio tão di f íc i l como é Por talegre. Toda a equipa está de parabéns, e o Mégane realizou uma prova isenta de problemas. Esta vitória na Prova Nacional é merecida e os tempos obtidos foram fabulo-sos”, declarou Pedro Patrocínio, responsável pelo Departamento de Todo o Terreno da ARC Sport.

Hélder Oliveira aos comandos de uma Nissan Navara Off Road foi forçado

a abandonar a corrida na 2ª etapa da Baja 500 Portalegre numa altura em

que lutava pela vitória e estava a menos de um minuto da dupla checa que viria a triunfar na derradeira jornada da Taça

do Mundo de Todo-o-Terreno.

não estavam muito longe e apenas a 3 minutos nos separavam do 2º lugar. Não deveria ter imprimido um andamento tão moderado, mas estava tudo em aberto. Iniciámos o 3º SS ao ataque e quando já estávamos a recuperar tempo aos primeiros não tivemos a sorte do nosso lado. Numa zona onde a traseira escor-

regou mais do que o previsto, senti a roda bater no morro e a seguir ficámos sem travões. Após uma paragem para verificar os estragos decidimos continuar e du-rante mais de 20 quilómetros fomos atrás da Isuzu do Rui Sousa. Mas infelizmente e em resultado do toque a roda acabou por sair e a corrida terminou por aí”.

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TT – baja porTalegre 50010 9 de Novembro de 2012

Saiu a «sorte grande» a João Rato na «lo-taria» habitual que é a Baja Portalegre

500, ao vencer a quarta prova do Desafio Total/Mazda 2012, depois de Durval Cos-

ta, que dominou a corrida até ao último CPH ter saído de estrada e danificando o

eixo traseiro

Apesar deste desaire, o piloto de Moura conquistou o segundo lugar, amealhando os pontos suficientes para que José Motaco garantisse pela segunda vez consecutiva o titulo de navegadores – ele que em 2011 já tinha ganho, mas ao lado de João Rato, festejando também em Portalegre.

“Assegurámos a terceira vitória e este resultado faz com que cheguemos á última prova, uma vez mais em excelentes condições de lutar pelo título,” revelou João Rato, à chegada ao final de uma prova que considerou “muito dura e com uma gestão tremendamente complicada. A minha equipa reali-zou um trabalho muito importante no terreno e isso permitiu-me atacar na altura certa e assegurar mais um bom resultado”.

Depois de ter rodado a quase totalidade da prova destacada-mente na frente, Durval Costa viu-se relegado para o segundo

Desafio Total/Mazda

Rato vence lotaria e Motaco repete título de navegadores

lugar já quase ao cair do pano. Uma crise de travões já o havia penalizado a meio do dia, e na fase final uma saída devido a uma repetição deste problema, danifi-cou bastante a BT-50 e afastou-o da vitória: “Foi uma prova muito dura onde o problema maior que tivemos foi mesmo isto dos travões que acabou por me atrasar e impedir de chegar à vitória.”

Este ano a acompanhar Durval Costa, José Motaco revalidou aqui em Portalegre o título de navega-dores, conquista que o homem de Alter do Chão considerou “muito suada e, este ano ainda mais do que em 2011. Não posso deixar de sublinhar a notável evolução do Durval e destacar o apoio dos nossos patrocinadores e do trabalho levado a cabo pelo João Cunha, responsável pela prepara-ção do nosso carro”.

Com uma prova muito calculis-ta, Rui Lopes garantiu o primeiro

pódio da temporada: “Apanhei uma série de sustos, fruto das ter-ríveis condições em que a prova se disputou. A minha equipa está de parabéns pelo excelente trabalho realizado num evento muitíssimo complicado como é sempre a Baja de Portalegre.”

Apesar de uma série de per-calços – de manhã a falha do al-ternador e à tarde problemas com a caixa de transferências – Bruno Oliveira conseguiu terminar e foi quarto entre os concorrentes do Desafio Total/Mazda. Logo atrás ficou Carlos Pinto que numa prova em que furou por quatro vezes logrou assegurar o quinto posto final no Desafio. Miguel Paião, que jogava em Por talegre uma importante cartada na luta pelo título viu-se relegado para o sexto posto final devido a problemas de transmissão, mas também na sequência de uma saída de estrada que o deixou “pendurado” num morro...

Menos bem correram as coisas para o lado de Etelvino Carvalho, que se viu impossibilitado de termi-nar devido à quebra de uma trans-missão, tendo o piloto de Portalegre sido o único do Desafio Total/Mazda que não cruzou a meta.

A verdade é que o Desafio Total/Mazda segue para Fronteira com o título por decidir, sendo que serão seis os pilotos com possibilidades matemáticas de vencer a com-petição, dado que em disputa na prova de resistência organizada pelo ACP está um máximo de 50 pontos e a diferença entre primeiro seis classificado é de 45!

A equipa, que se tem em-penhado em promover a imagem dos Açores, iniciou a 2ª etapa na liderança do Troféu entre os carros que competiam no Tro-féu Nacional, que decorreu em paralelo com a Competição FIA. “Começámos muito bem, com um ritmo bastante cauteloso mas que nos pareceu ser eficaz. Da parte da tarde a pista era menos dura e conseguimos subir ao primeiro lugar, mas infelizmente um prob-lema de travões obrigou-nos a ter de parar e a perder bastante tempo. Felizmente, conseguimos levar a nossa Mazda até final e terminámos na 4ª posição”, sa l ientou Bruno Ol ive i ra , no final da participação da equipa açoriana na 26ª edição da Baja 500 Portalegre.

Açores TT Team em destaque no Desafio Total/Mazda

Bruno Oliveira termina na quarta posição

DESAFIO TOTAL/MAZDA – Baja Portalegre 500 Classificação da Super Especial:1º João Rato/Filipe Martins 6h45m50s2º Durval Costa/José Motaco 7h07m57s3º Rui Lopes/Francisco Cabral 7h13m15s4º Bruno Oliveira/Vania Paim 7h39m09s5º Carlos Pinto/Jorge Amaral 7h42m44s6º Miguel Paião/Gil Brito 8h20m52sDESAFIO TOTAL/MAZDA 2012 – Após 4 provas Pilotos: 1º João Rato, 75 pontos; 2º Durval Costa, 57; 3º Miguel Paião, 51; 4º Carlos Pinto, 46; 5º Etelvino Carvalho, 40; 6º Bruno Oliveira, 30; 7º Rui Lopes, 23; 8º Pedro Barroco, 18;Navegadores: 1º José Motaco (Campeão 2012), 57; 2º Gil Brito, 51; 3º Jorge Amaral, 46; 4º Nuno Gonçalves, 40; 5º Vânia Pain, 30; 6º Filipe Martins, Paulo Torres e Paulo Marques, 25; 9º Francisco Cabral, 23; 10º Luís Ferreira, 18

Aos comandos de uma Mazda BT 50, in-scrita no Desafio Total Mazda, a dupla

Bruno Oliveira/Vânia Paim, completou a sua participação na Baja 500 Portalegre

com um interessante quarto lugar que não espelha, todavia, a excelente prestação

da equipa dos Açores ao longo de quase toda a corrida, desta que é a prova mais emblemática do TT nacional e derradeira

jornada da Taça do Mundo.

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TT – baja porTalegre 500 9 de Novembro de 2012 11

António Maio, nas motos, e Roberto Borrego, nos quad, ganharam a 26.ª

edição da Baja de Portalegre, e nas respectivas categorias passaram

a ficar isolados na lista de triunfa-dores na afamada prova alentejana.

Por outro lado, Mário Patrão re-validou o título absoluto nas “duas

rodas”. Entre os UTV/ Buggy, David Além foi o ganhador do dia e João

Lopes é o novo campeão.

A chuva foi inseparável com-panheira dos participantes na Baja de Portalegre. Caiu durante toda a noite e ainda permaneceu durante o sector selectivo – chuva miúda mas constante, com reflexos no estado do piso, sobretudo na última cen-tena e meia de quilómetros. Nessa segunda parte, as hostes motoci-clísticas enfrentaram sectores muito enlameados e degradados devido à anterior passagem nos automóveis.

Nas MOTOS, os jovens Luís Ol-iveira e Henrique Nogueira mostra-ram a sua garra sendo os mais rápidos no Prólogo, diante de Hélder Rodrigues. Com melhor colocação à partida para o sector selectivo, António Maio e Mário Patrão ex-plicaram porque nos últimos nove anos monopolizaram as vitórias em Portalegre. No sábado, entre 96 pilotos, Maio liderou o pelotão para conquistar o seu quinto triunfo, e terceiro consecutivo, batendo Patrão por 8m46s.

Por outro lado, a ausência de Luís Ferreira deixou Patrão mais à vontade para revalidar o título, em-bora sempre precisasse de concluir esta prova entre os doze primeiros. O piloto de Seia cumpriu o objectivo com distinção, renovando os títulos absoluto e na classe TT2. Neste úl-timo caso o seu único opositor, Paulo Felícia, desistiu cedo com um pulso lesionado. Fora de combate ficou também Ruben Faria, a contas com problemas de travões.

Hélder Rodrigues esteve rápido e eficaz, sem correr riscos excessi-vos alcançou o 3.º lugar, diante de Pedro Afonso e Luís Oliveira. Este

Recordistas nas motos e nos quad

Maio e Borrego levam os louros

último foi o melhor da classe TT1, com 3m11s de vantagem sobre Domigos Santos e 3m56s face a Henrique Nogueira. Na “geral”, a seguir classificaram-se Frederico Fino, David Megre e Ludgero Sousa – este o primeiro da TT3 – Fidelino Rino e João Lourenço, sendo este o melhor da classe Promoção.

Quanto às classes cujos pilotos só faziam uma parte do sector se-lectivo – 145 Km, contra os 358 Km do total – José Frazão foi o vencedor da Classic Baja e Troféu XR, Rui Costa ganhou a Maxi Baja e António Sousa Machado o único resistente no Troféu ACP 50.

Nos QUADS, Rober to Bor-rego colocou “a cereja no topo do bolo”, ao vencer pela terceira vez consecutiva em Portalegre, numa temporada feita de suces-sos, conquistando o Nacional de forma invicta. Borrego dominou as operações desde o Prólogo e concluiu a função com 10m02s de vantagem sobre o 2.º classifi-cado, Rui Cascalho. Por outro lado, Rui Cascalho também tinha bons motivos para sorrir, pois sagrou-se campeão na classe Stock, para o que era necessário bater o rival André Carita neste duelo final. E assim aconteceu, já que Carita foi 2.º da classe e 5.º da geral. Entre eles, em 3.º e 4.º absolutos ficaram André Mendes e António Moreira. Com 51 pilotos à partida nesta categoria, o 6.º classificado foi Rui Borges, seguido de João Moreira e Amorim Silva, este último ganhador da classe Promoção. Uma palavra ainda para José Clemente, antigo

campeão da modalidade e que já não alinhava em Portalegre há nove anos – pois resolveu tirar a “poeira ao capacete” e fechou o “top 10” absoluto.

Nos UTV/ BUGGY houve novi-dade quanto ao vencedor, pois David Além surpreendeu os favoritos

e ganhou, batendo por 1m32s João Lopes/ Bruno Santos. Esta dupla assegurou o título absoluto, e as-sim também cumpriu o objectivo prioritário que trazia para esta prova. A completar o pódio ficou Teofilo Vi-ñaras, um espanhol mais conhecido pelos êxitos no Quad-Cross. O 4.º lu-

gar foi alcançado por João Guilherme, primeiro representante da classe Pro-moção. Em 5.º acabou o outro piloto que ainda tinha algumas pretensões à coroa absoluta, Jorge Monteiro, di-ante do campeão da época passada, Rui Serpa, numa classe que reuniu 29 concorrentes à partida.

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comércio & indústria12 9 de Novembro de 2012

Lisboa recebe, desde segunda-feira e durante duas semanas, cerca de 800 jornalistas especializados dos principais jornais estrangeiros, para a apresentação internacional do Opel ADAM, o totalmente novo citadino da marca alemã. Trata-se de um jovial dois volumes de três portas para quatro pessoas, que promete mais uma lufada de ar fresco no segmento A, seja pelas cores e pelas possibilidades quase ilimita-das de personalização, seja pelo ar desportivo e chique: um verdadeiro pequeno sedutor à la carte.

O projecto do ADAM surge no âmbito da ofensiva de produto da Opel, numa estratégia a três pas-sos da Opel, que começou com o lançamento da «bandeira» Insignia, prosseguiu com a renovação total da gama de modelos de grande volume, para chegar a novos segmentos. E a aposta neste segmento A em que a marca alemã se estreia justifica-se pelo seu forte crescimento.

Os especialistas de Marketing prevêem que o sub-segmento orienta-do para o lifestyle, no qual o ADAM se inclui, continuará a crescer de forma sustentada nos próximos anos. Desde 2000, as vendas de automóveis fash-ion do segmento A (cerca de 3,7 m de comprimento) aumentaram 30 por cento. Ao mesmo tempo, os utilitários do segmento B mais luxuosos (cerca de 4 metros de comprimento) tiveram um crescimento de 110 por cento.

Com o ADAM, a Opel tem o claro objectivo de conquista de clientes,

Opel ADAM apresentado em Lisboa

pelo que apostou em fazer um produto diferente, completamente inovador, mais uma vez «democ-ratizador» de tecnologias, como é apanágio da marca. E isto sempre com o foco numa relação qualidade/preço ímpar, que a Opel assegura oferecer mais do que qualquer con-corrente e um equipamento de série completo em todas as versões.

O ADAM disponibiliza assim tecnologias oriundas de segmentos superiores e o novo sistema de comunicação, informação e en-tretenimento a bordo, IntelliLink, que integra o smartphone do pro-prietário no sistema do automóvel, assegura excelente conectividade por um preço que rondará os 300 euros. Outros equipamentos ideais para o ambiente urbano são o sistema de estacionamento automático de nova geração, o alerta de ângulo morto lateral e o sistema de direção as-sistida que inclui o modo CITY com comando por tecla.

DEsIgn InOvADOrPara a concepção do ADAM,

o gabinete de design da Opel não recorreu a referências nostálgicas, apostando em linhas ousadas e musculadas, para um ar masculino e amigável. As possibilidades de individualização são, como referido, praticamente ilimitadas, com 12 cores disponíveis no lançamento, com nomes apelativos num toque de humor cinematográfico com saturday White Fever, Purple Fiction

ou James Blonde. Jantes de 15 a 18 polegadas e seis diferentes cores para os clips coloridos que podem ser apli-cados nelas jantes complementam as possibilidades de personalização.

Há três ambientes de individu-alização: o ADAM Jam, ousado e fashion; o ADAM glam, elegante de estilizado; e o ADAM slam, desportivo e masculino. no interior, a jovialidade é prolongada, com ambientes pop e coloridos, desportivos e com um

toque de elegância e classe. Há quatro cores interiores e 15 desenhos de bancos, para que a personaliza-ção à la carte prossiga, no que é complementada por oito ambientes de cores de iluminação. E ainda há a possibilidade de 64 LEDs criarem a impressão de céu estrelado no interior do tejadilho.

E se o novo modelo é natural-mente talhado para o ambiente citadino, a sua dinâmica de condução

evidencia-se também fora da cidade, já que a concepção de componentes-chave como o chassis e a direção pôs a tónica no prazer da condução e na agilidade.

O ADAM foi desenvolvido na Alemanha, no Centro Internacional de Desenvolvimento Técnico em rus-selsheim, e é produzido na fábrica, também alemã, de Eisenach. no início da produção do modelo foram investidos 190 milhões de euros.

Depois da estreia mundial no Salão de Paris de Setembro último, a Opel apre-

senta agora o novíssimo ADAM, que chega a Portugal em Março de 2013, com preços

a partir de 13.500 euros. É primeiro au-tomóvel da marca para o segmento A e

oferece possibilidades quase ilimitadas de individualização.

Três motores a gasolina na primeira fase

O Opel ADAM vai estar inicialmente disponível com três motores a gasolina de baixa cilindrada e baixos consumos: 1.2 de 70 cv; 1.4 de 87 cv; e 1.4 de 100 cv. Todos estão acoplados a caixa manual de cinco velocidades e podem ser complementados com a tecnologia ecoFLEX para reforço da eficiência, que inclui sistema start/stop com bateria de elevada capacidade, motor de arranque de alto rendimento e alternador otimizado. As versões ecoFLEX oferecem ainda funções Eco Drive que monitorizam e informam o condutor sobre o consumo de energia, indicando também o momento ideal em que deve ser engrenada uma nova mudança.

Mas a Opel está já a desenvolver outro pequeno motor a gasolina, integrado numa nova geração, que fará posteriormente a estreia no ADAM. Este bloco inteiramente construído em alumínio terá injeção direta de combustível, turbo e start/stop, alcançando patamares superiores de desempenho e de eficiência. será conjugado com uma caixa manual de seis velocidades, também ela proveniente de uma nova geração de transmissões da marca alemã.

FICHA TéCnICAMotores 1.2 - 1.2 ecoFLEX 1.4 - 1.4 ecoFLEXClasse de emissões Euro5 Euro5Combustível gasolina gasolinanúmero de cilindros 4 4Cilindrada (cm3) 1229 1398Potência máxima (cv/rpm) 70/5600 87/6000 e 100/6000Binário máximo (nm/rpm) 115/4000 130/4000Depósito de combustível (l) 38 38Peso (inc. condutor) 1086 1120Capacidade de carga 369 345Caixa de velocidades Manual 5 Manual 5Dimensões (mm) Comp.: 3698; Larg total: 1966; Alt.: 1484 Distância entre eixos (mm) 2311 Diâmetro de viragem entre muros (m) 11,06 Capacidade bagageira (l) 170 a 663

DEsEMPEnHOs vel. máx. (km/h) 0-100 km/h (s)* (l/100 km) CO2 (g/km)*1.2 (70 cv) 165 14,9 5,3 1241.2 ecoFLEX (70 cv) start/stop 165 14,9 5,0 1181.4 (87 cv) 176 12,5 5,5 1291.4 ecoFLEX (87 cv) start/stop 176 12,5 5,1 1191.4 (100 cv) 185 11,5 5,5 1291.4 ecoFLEX (100 cv) start/stop 185 11,5 5,1 119(*) Ciclo misto

Sedutor à la carte