Moscavide Portela - Julho 2015 · te num dos seus espaços mais nobres, o Jardim Almeida Garrett e...

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ANO II Nr.11 BIMESTRAL JULHO 2015 - Director: Pedro Santos Pereira Distribuição Gratuita ENCHE JARDIM I FESTIVAL DE STREET FOOD Centenas de pessoas juntaram-se no Jardim Almeida Garrett para celebrar o I Festival de Street Food. Pág. 3 Ralis expõe veículos militares O histórico quartel do RALIS, actual Batalhão de Serviço de Transportes, acolheu uma mostra de veículos militares antigos, por onde passaram, durante cerca de um mês, centenas de visitantes. Pág. 6 Arraiais animam Moscavide e Portela As paróquias de Moscavide e Portela voltaram, como é tradição, a festejar os santos populares. Como de costume a população aderiu. Pág. 8 Adão Barata nome a rua e praceta Por iniciativa da Junta de Freguesia e com a validação da Assembleia Municipal uma praceta e uma rua em Moscavide passaram a ter o nome de Adão Barata, ex-presidente da Câmara. Pág. 13 pub Condecorações Municipais Dia 26 de Julho às 21.30h, nos Paços do Concelho, a Câmara Municipal irá distinguir moradores do Concelho. Pág. 12

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ANO II Nr.11 BIMESTRAL JULHO 2015 - Director: Pedro Santos PereiraDistribuição Gratuita

ENCHEJARDIMI FESTIVAL DE STREET FOOD

Centenas de pessoas juntaram-se no Jardim Almeida Garrett para celebrar o I Festival de Street Food.

Pág. 3

Ralis expõe veículos militaresO histórico quartel do RALIS, actual Batalhão de Serviço de Transportes, acolheu uma mostra de veículos militares antigos, por onde passaram, durante cerca de um mês, centenas de visitantes.

Pág. 6

Arraiais animam Moscavide e PortelaAs paróquias de Moscavide e Portela voltaram, como é tradição, a festejar os santos populares. Como de costume a população aderiu.

Pág. 8

Adão Barata dá nome a rua e pracetaPor iniciativa da Junta de Freguesia e com a validação da Assembleia Municipal uma praceta e uma rua em Moscavide passaram a ter o nome de Adão Barata, ex-presidente da Câmara.

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pub

CondecoraçõesMunicipais Dia 26 de Julho às 21.30h, nos Paços do Concelho, a Câmara Municipal irá distinguir moradores do Concelho.

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2 MP EDITORIAL

Assim têm sido os meses de Junho e Julho na Freguesia e no Concelho. Em Moscavide e na Portela decorreram os já tradicio-nais arraiais dos santos popula-res, organizados pelas respecti-vas paróquias. Comida, bebida, música e muita diversão são ingredientes constantes nestas festas populares. A oportunidade de reencontrar caras conhecidas mas pouco vistas, um bocadinho a exemplo do que acontece em dia de eleições, também é um dos factores relevantes, em dias em que as famílias se juntam para um jantar a céu aberto.Se estes eventos já são tradicio-nais e constam da nossa agenda, este ano houve um outro que passará a integrar o nosso calen-

dário, o I Festival Gastronómico de Street Food, organizado pela Junta de Freguesia de Moscavide e Portela. Teve lugar na Portela, mais precisamen-te num dos seus espaços mais nobres, o Jardim Almeida Garrett e a adesão foi surpreendente durante os quatro dias que durou o Festival. Seniores, adultos e crianças compareceram em massa, tendo todos eles moti-vos para permanecer até ao fim. Até à meia-noite, hora de encer-ramento, muitos foram os que não arredaram pé, mantendo-se em amena cavaqueira ou bai-lando, caso dos jovens, adultos e seniores. E em entusiasmante brincadeira as crianças, que esti-veram sempre debaixo do olhar

de pais e avós sem terem de estar colados aos mesmos, pois o espaço amplo assim o permitia, o que foi uma alegria pois permi-tiu que pudessem aproveitar o espaço livre para soltar energias. Seguramente que quando foram para casa não tardaram muito a adormecer. Uma ideia que resul-tou em pleno, dado o número e o grau de satisfação dos partici-pantes e que carece de repetição até se tornar uma tradição, com ou sem street food, desde que seja no mesmo espaço. O Jardim precisa de pessoas, assim como as pessoas precisam do Jardim para conviver, para que a inte-racção exista basta haver um motivo.Em Setembro existirão mais

eventos, no dia 12 o Sunset Moscavide, que no ano passa-do foi um sucesso e que este ano creio tem tudo para voltar a ser. Precisamente pelos mes-mos motivos referenciados atrás, convívio, ar livre e animação. No início de Outubro serão as festas da Portela, por norma a 4 de Outubro, mas que este ano carece de confirmação dadas as eleições legislativas marcadas para esse dia.É bom viver numa Freguesia que cada vez mais vai tendo eventos em que a comunhão entre vizi-nhos é promovida, independente-mente de quem os organiza, pois o Homem precisa de interagir e quanto mais interacção houver, mais tolerantes seremos.

Gostaria ainda de realçar a homenagem a Adão Barata em Moscavide, por parte da Junta de Freguesia e do Município, dando nome a uma praceta e a uma rua. Uma distinção justa a alguém que sempre lutou para os interes-ses da Freguesia e do Concelho, sendo reconhecido por todos como uma pessoa extremamente humana.Nota final para outra personali-dade da Freguesia que faleceu este mês, Sebastião Simões. Foi o Presidente da AMP com mais anos de mandato, uma pessoa de fácil trato e de grande dedica-ção à Portela, tendo sido um dos grandes impulsionadores das Piscinas.

Pedro Santos PereiraDirector Editorial

Em festa

Director: Pedro Santos Pereira Colaborações: Ana Rodrigues, André Julião, António dos Santos, Filipa Monteiro Fernandes, Filipe Amaral, Filipe Godinho, Francisco Rocha, João Alexandre, José Luís Nunes Martins, Joyce Mendonça, Maria Margarida Oliveira, Martim Santos, Ricardo Andrade, Rita Paulos, Rita Santos Fotografia: João Pedro Domingos, Miguel Esteves, Nuno Luz Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 13 500 Exemplares Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: [email protected] Nr. de Registo ERC - 121 952 Depósito Legal nº 119 760 / 98Fi

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3MPACTUALIDADE

O Jardim Almeida Garrett, na Portela, foi anfitrião do I Festival Gastronómico de Street Food. Um evento que trouxe para esta zona verde da Portela, de 2 a 5 de Julho, várias centenas de pessoas diariamente. A população ade-riu em força, demonstrando disponibilidade total para con-viver. Após dois fins-de-sema-na de arraiais na Igreja de Cristo-Rei, onde a participa-ção da população foi grande, como é tradição, podia pôr-se em causa uma nova iniciativa, com moldes semelhantes na semana seguinte. A verdade é que os fregueses disse-ram presente, dando a ideia que se mais fins-de-semana existissem com este tipo de acções, todos eles seriam um sucesso. Destaque para as diversas gerações represen-tadas no certame, do qual se pode aferir que é destinado a qualquer idade. Desde crian-ças de tenra idade até senio-res de idade mais avançada viu-se de tudo. A população e o Jardim merecem esta dinâ-mica.

O Festival

O Festival em si era com-posto por diversos foodtrucks, que confecionavam na hora diferentes tipos de comida. Desde o kebab aos cachorros, passando pelos enchidos, ou pelo Leitão da Bairrada, várias foram as opções para os mais variados gostos. Nas sobre-mesas os doces tradicionais e os gelados não foram esque-cidos, assim como as bebidas, comercializadas pela maior parte dos expositores presen-tes, sendo que um deles era especializado em gin.Mas nem só de comida e bebida vive o Homem e, como tal, também houve momen-tos de animação, repartidos entre intérpretes ao vivo, dj’s e espectáculos de dança, no que toca à parte musical. Para os mais pequenos o Palhaço Sorriso e pinturas faciais foram os momentos altos.

Comentários

A organização pertenceu à Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, que atra-vés da presidente, Manuela Dias, mostrava enorme satis-fação, destacando a quanti-dade de pessoas presentes no evento. Também a abran-gência de idades foi motivo de satisfação, com a presen-ça de várias gerações, desde crianças a seniores. Por último referiu ainda a forma ordeira como o evento decorreu e o civismo demonstrado pelos

convivas, que no final deixa-ram sempre o Jardim limpo.Também as diversas empre-sas de restauração presentes no evento estavam satisfeitas. Alguns deles tinham vindo de um festival na zona de Sintra, mas a participação tinha sido bem menor, ficando posi-tivamente agradados com a afluência na Portela. O negó-cio correu bem, acima das

expectativas e foi destacada a paciência dos clientes, que em alguns momentos estiveram largos minutos em fila sem nunca perder a compostura e o civismo.Para a população o Festival é para repetir. Os motivos para tal anseio são a possibilidade de estar numa esplanada de enorme formato, como é o Jardim Almeida Garrett, poder

trazer crianças sem lhes cortar o espaço e a energia, a possi-bilidade de rever pessoas com quem não se mantém contac-to há algum tempo e o espírito positivo que impregnava os presentes. Argumentos mais que suficientes para a conti-nuidade desta acção.

Pedro Santos Pereira

Vários expositores de Street Food animaram e encheram o Jardim Almeida Garrett de 2 a 5 de Julho, inseridos no I Festival Gastronómico deste tipo de refeição. A iniciativa revelou-se um sucesso, tendo conseguido juntar pessoas de todas as idades, desde miúdos a graúdos.Em festaStreet Food enche Jardim

Mel de Cicuta

Ontem hoje e amanhã…

Se calhar não é politicamente correcto. Se calhar não vou arranjar emprego numa multinacional, mas penso que a minha parca importância também não afastará investimento estrangeiro. É hora de gastar dinheiro em Portugal. É hora de fazer férias em Portugal. É hora de procurar, sempre que possível, com-prar produtos portugueses e deixarmo--nos de coisas.Ninguém pode anunciar o fim da crise mas, será tão mais depressa quanto mais comprarmos em Portugal e menos importarmos.Não tem de ser uma questão de vida ou de morte, pois de outra forma não teríamos carros, nem muita da tecnolo-gia que nos acompanha. Mas pode ser uma escolha consciente. Não temos de comprar mau, nem caro, mas há muita escolha que fazemos que pode mudar e incidir nos produtos portugueses.Podemos fazê-lo por si, mas principal-mente pelos pequeninos que nos acom-panham, por todos nós e por um futuro melhor. O ontem já lá vai e é hoje que temos de construir o futuro. Se nos unirmos em torno de objectivos simples e concretos, é mais fácil.Já que estou em maré de compras apro-veito para vos dizer que devemos apoiar o comércio local. Parece-nos, ilusoria-mente, que não faz falta. Há de tudo nas grandes superfícies mas, que seria da Portela sem o centro comercial, o que seria de Moscavide sem as lojas de rua e o mercado.Sim por vezes é mais caro, mas é mais perto e somos atendidos por quem nos conhece e isso não tem preço.Compro carne ao mesmo homem há 40 anos, não há ASAE que substitua este pressuposto de confiança.Não há sorriso como o daqueles que nos servem há anos.Há esperança em Portugal, mas só é possível se essa esperança for ali-mentada por um povo especial, o povo português.Queremos mais e melhor dos nossos governantes. Mas devemos exigir mais e melhor de nós.As grandes decisões são deles, mas as escolhas mais importantes são as nossas.Assim sendo, e como é hora de almoço, vou comer um peixinho de Sesimbra com pão de Mafra e azeitonas alente-janas, uma salada do Ribatejo, regadas com azeite de Trás-os-Montes… vou beber uma limonada feita pela minha mulher com hortelã, aqui da casa, os limões também.Até breve.

Filipe EsménioComunição

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4 MP LOCAL

O mês do «Rei» CaracolÉ já considerado uma das maio-res atracções turísticas e gastro-nómicas do concelho. O Festival do Caracol Saloio, que decor-re de 10 a 26 de Julho, junto ao Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, está a ser, uma vez mais, um estrondoso sucesso. Embora não haja ainda números oficiais da edição deste ano, quem por lá passa testemunha a maré de convivas e apreciadores de gas-trópodes que fazem fila para pro-var a iguaria. Paralelamente, a feira do artesanato mostrou o que de melhor os artesãos saloios têm para mostrar ao público.«Andamos a deixar o nosso rasto há 16 anos, desde a primeira edição do Festival do Caracol Saloio», conta orgulhoso, Vítor Almeida, o proprietário do Apolo 78, um dos mais famosos restau-rantes do festival e ostentador do cobiçado título de Rei do Caracol. «Nos primeiros anos, o Festival do Caracol era uma iniciativa menos digna, algo sem prestígio, pelo qual fui algumas vezes cri-ticado por colegas de profissão, mas, hoje, já estão aqui grande parte deles, pois mudaram, e bem, de opinião», revela.Considerada a maior prova de gastrópodes da Europa, o Festival do Caracol Saloio traz, além de clientes, muita notorie-dade e mediatismo aos restau-rantes participantes. «Isto é uma grande montra, temos algum mediatismo e é também uma boa fonte de receita», diz Vítor Almeida. «É um evento que faço de coração e que proporciona a alguns jovens a oportunidade de trabalhar durante algumas sema-nas», acrescenta.

Pratos inovadores agradaram a Andrew Zimmern

Além de rei do caracol, Vítor Almeida é também o rei dos pratos inovadores. Há dois anos, inventou o pastel de nata de caracol e, no ano passado, cho-cou tudo e todos com o bombom de chocolate, doce de ginja e caracol. «Fomos visitados pelo Andrew Zimmern, do Bizarre

Foods e, numa reportagem que passou no Travel Channel, ele disse que o que achou mais inte-ressante foi precisamente o pas-tel de nata e o bombom, curiosa-mente dois pratos nossos», conta Vítor Almeida.«Este ano, lançámos o Sarói, que é um folhado com recheio de caracoleta e cogumelos», des-venda. «Sarói é um nome árabe que significa homem do campo e que esteve na origem da pala-vra ‘saloio’ e é uma marca que

queremos deixar, porque temos muito orgulho em ser saloios», explica.O segredo do Apolo 78 é não facilitar no caracol cozido, cozi-nhando o gastrópode da forma mais simples possível. Vítor Almeida defende a tradição: «Não alteramos a nossa receita. Há pratos fantásticos no Festival do Caracol, um ambiente extraor-dinário e isso é excelente. O resto depende do palato de cada um. Posso dizer que a caracoleta

à Bulhão Pato é o prato que mais vendo, logo a seguir ao caracol cozido, que é o rei da festa».

Apesar de começar a genera-lizar-se o conceito, para Vítor Almeida, não há festival do cara-col como o saloio: «Nós estamos na Liga dos Campeões, enquan-to o resto do País ainda está nas distritais, para usar gíria fute-bolística. Não é por acaso que Loures é a capital do caracol e que entrámos para o Guiness

com o maior tacho de caracol do mundo».O verdadeiro segredo para cozi-nhar o caracol é não ter segre-dos. «O caracol, como qualquer outro produto, tem que ter, acima de tudo, qualidade», explica o «rei do caracol». Mas, a lavagem tem qualquer coisa que se lhe diga, embora Vítor Almeida não o revele. De resto, «há quem ponha chouriço, bacon ou pre-sunto, o limite aqui é a imagina-ção», remata.

Julho é o mês do caracol, por excelência, no município de Loures. Durante mais de duas semanas, o gastrópode é rei e senhor, atrain-do milhares de visitantes de todos os cantos do País. A economia agradece e os apreciadores também.

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As expectativas da Câmara Municipal de Loures para a edição deste ano do Festival do Caracol, numa altura em que ainda não se conhecem números oficiais, são de manter a audiência do ano passado. «Em 2014, tivemos cerca de 105 mil pes-soas, mais de 60 por cento delas de fora do Concelho e a nossa expecta-tiva é que haja uma continuação des-ses resultados», revela o vereador Nuno Botelho, responsável pela área do Turismo da equipa multidiscipli-nar de Desenvolvimento Económico, Turismo e Promoção do Emprego da autarquia.«Esta iniciativa já implica cerca de 700 mil euros de volume de negó-cios, dá emprego nesta altura a mui-tos jovens e traz pessoas, emprego e dinâmica ao concelho», defende

o vereador. «Além disso, mostra às pessoas o que temos de melhor na cultura saloia, pelo que são só ga- nhos para o Concelho e para os munícipes», acrescenta. «Mas, o sucesso do festival não seria possí-vel se o produto não fosse bom e se os restaurantes não tivessem grande qualidade, pois eles é que fazem este evento», diz Nuno Botelho.«Paralelamente, a feira do artesana-to traz ao recinto cerca de 50 stands, onde os artesãos locais mostram a sua arte na cortiça, no tecido e noutras actividades, o que é também um modo de mostrarmos os nossos produtos e ter alguma rentabilida-de em tempos difíceis», sustenta o vereador.

André Julião

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Festival do Caracol em números (2014)

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Veículos militares antigos maravilharam no RALIS

Foram várias as centenas que, entre 26 de Maio e 21 de Junho, visitaram a exposição de veículos militares antigos, que esteve patente no quar-tel do Batalhão do Serviço de Transportes, mais conhecido por RALIS. A iniciativa foi um dos vários programas organi-zados para assinalar o cente-nário do regimento de trans-portes, que se comemora a 16 de Dezembro.A exposição dividia-se em duas partes, uma em sala e a outra na rua, onde estavam estacionadas as viaturas mili-tares propriamente ditas. Na parte da sala, destacavam-se miniaturas de viaturas e íco-nes militares, que aludiam à história do regimento de trans-portes desde a sua criação. Vídeos, objectos diversos e vários documentos completa-vam a mostra, que contou com a parceria de associações e privados.«Esta exposição insere-se no âmbito do centenário do Regimento de Transportes, cuja data remonta a 16 de Dezembro de 1915, aquan-do da preparação das tropas portuguesas para a I Guerra Mundial», revelou o coman-dante Vítor Bordinhas, respon-sável máximo do regimento. «Nessa data, o General Norton de Matos, na altura Ministro da Guerra, resolveu motorizar o exército, que vivia dos cavalos e das mulas e passou a ser, a partir dessa data, motorizado», acrescentou o comandante. «Constituiu-se uma comissão, que tratou da motorização do exército, com viaturas que foram adquiridas a outros paí-ses, como Inglaterra, sendo que, uma delas está aqui nesta exposição», adiantou na altura Vítor Bordinhas.

Da I Grande Guerra aos turbulentos anos 1980

Chegado ao telheiro que abri-gava os veículos, a História parecia passar diante dos nossos olhos. Estavam ali pedaços vivos do percurso do Mundo, da I Grande Guerra aos anos 80, passando pela II Guerra Mundial, pela Guerra do Ultramar ou pelo Vietname. Algumas das viaturas faziam

lembrar filmes de grande êxito, como «Platoon», «Apocalypse Now», «O Resgate do Soldado Ryan» ou «A Lista de Schindler».O capitão Moreira passava, conhecedor, pelos meandros da História contados em quatro rodas. «Temos aqui várias via-turas que foram utilizadas ao serviço do exército português, incluindo uma que participou na I Guerra Mundial, cedida ao Regimento de Sapadores Bombeiros, que fez a sua recu-peração e manutenção», con-tou.Os veículos foram cedidos por várias associações e colec-cionadores privados e atraí-ram aficionados do automo-bilismo e muitos curiosos. «Contámos com largas cen-tenas de pessoas, sobretudo ao fim-de-semana», adiantou o comandante Vítor Bordinhas. «As escolas da zona, quer do concelho de Loures, quer dos Olivais, deslocaram muitos dos alunos para ver a exposição e tivemos também muitos curio-sos e amantes desta parte do automobilismo militar», acres-centou o responsável.Entre as várias curiosidades patentes na exposição, desta-cou-se uma carrinha de carga com quatro rodas direcionais, bem antes da Honda sequer ter pensado nessa funciona-lidade. «Outra curiosidade é uma viatura com lagarta, com todo o aspecto de ser anfíbia, uma vez que parece um barco e dá a sensação de ter essa possibilidade», mostrou o capi-tão Moreira.Vários carros da marca Ford, datados de 1972, faziam lem-brar os dos filmes sobre a Guerra do Vietname. Vinham à memória obras-primas de Oliver Stone ou de Francis Ford Coppola. Mais à frente, um Unimog, marcava presen-ça. «Estas viaturas são bem conhecidas do exército portu-guês e foram muito utilizadas na Guerra do Ultramar», reve-lou o capitão Moreira. «Havia várias versões, algumas de transporte de pessoal, outras de carga, sendo que, estas duas estão até baptizadas», adicionou o capitão.A mostra prosseguia com via-turas de fabrico nacional, origi-

nárias da fábrica com o mesmo nome. «Estas viaturas grandes eram produzidas no Tramagal, como o próprio nome sugere, e transportavam ora pessoal, ora carga, sendo que todas elas têm bancos rebatíveis e estão em excelente estado de conservação», apontou o capi-tão Moreira.Mais à frente, os primórdios de uma grande marca – a Audi – que nasceu com o fabrico de viaturas militares. Um veículo de 1980 ostentava com orgu-lho os quatro anéis da marca alemã. «Quase todas estas via-turas ainda andam, no entanto, todas elas foram transportadas para o quartel em galeras, para evitar danos», revelou o capi-tão Moreira.Voltando a entrar nas viaturas tácticas, encontrámos uma de 1978, natural dos EUA, com antena de rádio, equipamen-tos que foram usados até há bem pouco tempo. Ao lado, outra viatura norte-americana, de 1982, apresentava um sis-tema de lançamento de mís-seis, com rádio e muito equipa-mento importante. Esta viatura tinha uma lona de protecção das poeiras, que as impedia de entrar para o sistema de refri-geração do motor. «Todas as viaturas que transportam pes-soal são passíveis de trans-portar carga», referiu o capitão Moreira.

O ano do centenário

«Este é um dos muitos progra-mas que temos para comemo-rar os 100 anos do regimento e que tiveram início com esta exposição e vão prolongar-se até 16 de Dezembro» afirmou o comandante Vítor Bordinhas.«A exposição foi feita em parceria com várias entida-des, nomeadamente com a Associação Portuguesa dos Amigos dos Veículos Militares, com a Associação de Modelismo do Montijo, com os Bombeiros Sapadores de Lisboa e com a Associação de Bombeiros Voluntários do Dafundo e excedeu claramen-te as nossas expectativas em termos de visitantes», revelou o comandante.

André Julião

O histórico quartel do RALIS, actual Batalhão de Serviço de Transportes, acolheu uma mostra de veículos militares antigos, por onde passaram, durante cerca de um mês, centenas de visitantes. Escolas de Loures e Olivais aproveitaram para enviar os seus alunos.

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8 MP ACTUAL

Arraiais

Atitudes

O passado dia 13 de Julho foi, certamente, para muitos dos leitores, um dia normal mas confesso que, para mim, ficará guardado na memória como aquele em que a Freguesia de Moscavide e Portela e o Concelho de Loures fizeram justiça à memória de um homem e também a um percurso que se cruza com a his-tória, não muito distante, do nosso Município.Adão Manuel Ramos Barata foi não apenas um ex-Presidente da Câmara Municipal de Loures e um militante e dirigente do Partido Comunista Português mas, acima de tudo, um homem que se preocupou, em regra, mais com os outros do que consigo mesmo e só isso já bastaria para que eu, social-democrata assumido e convicto, começasse estas linhas com uma referência a este homem especial com quem tive a oportunidade de conviver em diversos momentos, fruto mais da proximidade de residência do que do exercício de funções políticas ou do que, evidentemente, por qual-quer identificação ideológica de fundo.Em tempos em que muitas vezes se aponta a quem exerce cargos públicos ou desempenha funções partidárias o erro de “viver a política” de uma forma “clubística”, maniqueísta e até sectária (análises que considero em, cada vez mais, casos serem injustas) confesso que fiquei feliz por ver vários sociais-democratas (ao contrário de representantes de outras forças políticas com responsabilidades recen-tes no Concelho e na Freguesia), com e sem responsabilidades na condução da nossa Freguesia e no nosso Concelho, presentes em Moscavide na Cerimónia de Inauguração da Praceta e da Rua Adão Manuel Ramos Barata.São atitudes como estas de marcar presença e de homenagear gente boa com trabalho realizado em prol da comunidade, que fazem a diferença e que devem marcar a forma como se faz política no nosso país e no nosso Concelho. São atitudes como estas, de reco-nhecer o esforço de quem pugna pela quali-dade de vida dos seus vizinhos, que devem ser um exemplo para quem é titular de cargos públicos. São atitudes como estas de fazer justiça à memória dos nossos antecessores que devem servir para lembrar os políticos mais esquecidos (e neste caso foram alguns em funções, há não muito tempo atrás, na nossa Freguesia e no nosso Concelho) de que, acima de tudo, alguém que exerce cargos públicos representa todos os outros (e não apenas quem vota em si) e deve ser, sempre, o garante da democracia e da história da sua comunidade. Não pretendo dar lições a ninguém, mas con-fesso que tenho a esperança de que estas linhas toquem os titulares de cargos públicos (de todas as forças políticas e não apenas de algumas como o PSD) do nosso Concelho, que nem sempre se lembram por quem, por-que razões e para representar quem é que foram eleitos para os seus mandatos.

Para o contentamento de todos os habitantes da Portela, tiveram lugar, mais uma vez, os arraiais dos Santos Populares, que decorreram durante os dias 19, 20, 21,26 e 27 de Junho. A organização deste evento popular esteve a cargo da Paróquia do Cristo-Rei da Portela. Este ano, como tem sido habitual, as celebrações contaram com a presença de vários artistas, entre eles destacam-se Daniel Silva e Ana, o duo musical RJF e vários artistas da nossa Freguesia, numa noite de variedades no dia 27. Durante os dois fins-de-semana dos arraiais a afluência de público era em grande número, havia pessoas de todas as idades e na sua maioria famílias compostas por várias gerações, que aproveitavam para comer umas belas sardinhas gre-lhadas ou outro tipo de grelhados e iguarias, como o bolo do caco. Também havia algumas actividades para os mais novos como a pesca, as rifas, etc.. O ambiente que se sentia era de harmonia, paz e de sã confraternização. Outro dos aspectos que ressaltou das festas populares deste ano, foi o facto de se verem muitas crianças e jovens de várias escalões etários. Facto que realça a constituição de família na nossa Freguesia, contrariando um pouco a tendência generalizada no resto do País. As gerações vão-se renovando ao longo do tempo e os que partem para longe, ou para mais perto, continuam a manter os laços que os unem à nossa Freguesia e aos seus habitantes e familiares. No que toca à organização, penso que correu tudo bem e não houve nada de menos bom a apontar. Penso que ficou para todos, público e organização, a vontade de voltar para o ano e festejarmos de novo, todos juntos, as festas dos Santos Populares tão queridos para a maioria dos portugueses e portuguesas.

António dos Santos

Fez-se justiça a Fernando da Costa Lapão

Por solicitação de Hélder Lapão, a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela pro-cedeu à requalificação do monumento de homenagem aos Presidentes de Junta de Freguesia de Moscavide eleitos até 2013, incluindo o nome de Fernando da Costa Lapão, que por lapso do anterior Executivo da

ex-Junta de Freguesia de Moscavide se havia esque-cido deste Presidente. Como forma de repor a verdade, no dia 10 de Julho foi des-cerrada uma nova placa que já incluía o nome deste Presidente, que foi o tercei-ro da Freguesia e que lide-rou os destinos da mesma durante 14 anos. Na ceri-mónia estiveram presentes o filho e outros familiares de Fernando da Costa Lapão, a Presidente da Junta de Freguesia, Manuela Dias,

membros da Assembleia de Freguesia e outros amigos da família que não quiseram deixar de participar nesta homenagem. Foi durante os seus mandatos que se pro-cedeu à instalação da PSP em Moscavide, se construiu e inaugurou a Igreja, se procedeu à requalificação do jardim e se inaugurou o monumento com o busto de Dr. João Gomes Patacão, se iniciou a recolha de lixo por carros motorizados, por exemplo.

Oferta de manuais escolares

A exemplo de anos anterio-res, a Junta de Freguesia irá oferecer manuais esco-lares a alunos do 1º ciclo do ensino básico. O prazo de inscrição é até dia 10 de Agosto e esta será uma forma de ajudar os alunos mais carenciados.

Ricardo AndradeComissário de Bordo

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10 MP ASSOCIAÇÃO

Associação de Moradores Jardins do Cristo Rei

Juntos por uma Comunidade!

De uma forma geral, todos nós temos o direito, mas também o dever, de lutar pela mudan-ça por um mundo melhor. Só assim, de uma forma consisten-te, poderemos ser efectivamen-te actores da mudança.Aplicando este princípio a um plano mais local, não podere-mos intervir no nosso próprio bairro? É claro que sim, sendo, em primeira instância, e desde logo, uma forma de solidarieda-de entre pessoas que partilham inúmeros espaços comuns, como é o caso de uma urbani-zação.No fundo, este será o princí-pio de qualquer associação de moradores: um espaço privile-giado que faz crescer a cons-ciência de todos nós, que dese-jamos construir uma sociedade melhor para a nossa geração e gerações vindouras e onde podemos realmente exercer a nossa cidadania.Foram também estes os prin-cípios subjacentes à nossa Associação. Criada em 18 de Junho de 2013, a Associação de Moradores Jardins do Cristo Rei, sempre se pautou por uma relação positiva e construtiva com o poder local, reivindicativa mas não contestatária, procu-rando encontrar soluções justas e equilibradas para a comunida-de que serve, mas também pro-curando ter uma visão integrada do Concelho onde se insere. Como qualquer Associação, procura dar voz às preocupa-ções e anseios dos seus mora-dores e comerciantes, junto das entidades competentes. Teve, na sua génese, uma manifes-tação de oposição veemente a um projecto designado como “Parque Social”, que iria ter for-tes impactos na urbanização a vários níveis (tremendo impacto paisagístico, aumento conside-rável da circulação e estacio-namento automóvel, diminuição da qualidade de vida dos mora-dores, desvalorização do valor

comercial das suas casas, etc.) mas, com o dinamismo imposto pelos seus fundadores, estabe-leceu diversas áreas de inter-venção:O urbanismo, procurando identi-ficar pontos críticos da via públi-ca, nomeadamente relaciona-dos com a iluminação, com os passeios, jardins, parques de estacionamento, etc.O estacionamento e circulação automóvel, reivindicando um maior civismo relativamente ao estacionamento nos locais auto-rizados, solicitando junto das autoridades uma maior vigilân-cia e actuação perante situa-ções consideradas abusivas.A limpeza e manutenção dos espaços, solicitando mais e melhor equipamento para a recolha dos diversos tipos de lixo, dispensadores de sacos para os dejectos dos animais, bem como a manutenção ade-quada de todos os espaços ver-

des da urbanização.A segurança, pedindo às autori-dades competentes uma maior vigilância, quer diurna, quer noturna e mantendo um diálogo por forma a reportar situações anómalas que façam perigar a segurança de pessoas e bens.Foi também desde a primeira hora apanágio da Associação a parceria entre os residentes e o comércio local presente na urbanização. Assim, foram cria-dos protocolos com uma série de empresas que fazem parte da nossa comunidade, com o objectivo de promover e divul-gar as actividades de ambas as partes, bem como de conse-guir a disponibilização de condi-ções especiais na aquisição dos serviços prestados por essas empresas.Desde a criação da Associação, várias têm sido as iniciativas

levadas a cabo, tentando por vezes chamar a atenção para determinados assuntos premen-tes e, noutros momentos, ten-tando mobilizar os residentes para as nossas causas comuns, pois como em qualquer asso-ciação, são sempre bem-vin-dos novos elementos, que tra-gam o seu contributo e as suas ideias. Foi neste contexto e com estes objectivos que se organi-zaram actividades como o Dia da Criança no fabuloso espa-ço verde que temos numa das extremidades da urbanização, o Dia do Parceiro, “Um café com a Associação”, entre outras, e que têm contribuído para estreitar relações entre vizinhos procu-rando fomentar o espírito de uma comunidade que se preten-de viva e dinâmica.Apesar de por vezes o envolvi-mento e participação da comu-

nidade não ser a que se espera, até pela maior força na nossa intervenção que daí pode-ria advir, o trabalho tem sido contínuo, positivo no entender de todos, procurando assim a valorização do nosso patrimó-nio comum, tendo a Associação sempre mantido uma postura alheia a quaisquer fins político-partidários ou religiosos.

Eleições

No passado dia 23 de Junho, na Casa da Cidade, teve lugar a Assembleia Geral Eleitoral da nossa Associação para o próxi-mo biénio 2015/2017. Foi eleita por unanimidade a única lista apresentada, com o lema “Juntos por uma comuni-dade!”, tendo havido uma par-ticipação dentro das expecta-tivas.

“Muitas coisas que não ousamos empreender por parecerem difíceis, entretanto são ainda mais difíceis por não ousarmos empreendê-las.”

Séneca

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O programa apresentado nas eleições é ambicioso e consis-tente com o trabalho já rea-lizado e com a necessidade de continuar a acompanhar de perto dossiers pendentes de resolução e/ou conclusão. Às áreas já mencionadas anterior-mente, juntam-se agora tam-bém propostas e soluções para as vertentes socio-culturais e desportivas, um ponto débil na nossa urbanização por carên-cia de infra-estruturas nessas áreas. A esse propósito, quer a Associação propor à Câmara de Loures a instalação de equipa-mentos desportivos, como por exemplo paddle e/ou de ténis, em terrenos da autarquia que neste momento estão disponí-veis e são propriedade do muni-cípio.Outro dos pontos fundamentais, que certamente contribuirá para a qualidade de vida da nossa urbanização, reside na ocupa-ção que se fará da parcela D, onde inicialmente estava previs-to a construção do projecto des-contextualizado e despropor-cionado denominado “Parque Social” e que face à racional análise do poder local foi pos-sível, ao que tudo indica, des-localizar internamente na fre-guesia de Moscavide e Portela. A Associação contará ter aí um papel preponderante, consultan-

do publicamente todos os seus associados, com o objectivo de identificar as melhores suges-tões para a ocupação daquele espaço nobre e central da nossa urbanização.Igualmente a intervenção em pontos críticos diversos, como a resolução do estacionamento caótico na rotunda do Pingo Doce e no interior da urbani-zação, solicitando maior proac-tividade junto das forças de segurança; a minimização da velocidade através da instalação de passadeiras sobre-elevadas contribuindo para o aumento da segurança nomeadamente junto às instalações de ensino infantil (creches e jardins de infância); a melhoria dos transportes públi-cos nos Jardins do Cristo Rei; bem como a instalação de apa-relhos de ginástica no parque das merendas em substituição das mesas lá colocadas; entre outras acções, continuarão a fazer parte das prioridades de intervenção da Associação.E porque a comunicação com os moradores e/ou possíveis inte-ressados é fundamental, pro-põe-se a Associação desde já a instalar um painel informativo num local central e de grande visibilidade, permitindo assim mais uma forma de acesso à informação até agora veicula-da por outros meios (site, face-

book, newsletters, comunicados e panfletos distribuídos nas cai-xas de correio, etc.).E porque “o sonho comanda a vida” e tudo o que um sonho precisa para ser realizado é sim-

plesmente que alguém acredite que possa efectivamente sê-lo, aproveitamos mais este espaço para o convidar a juntar-se a nós. Juntos, certamente fare-mos da nossa urbanização um

local melhor para vivermos, nós e os nossos filhos.

A ousadia é uma das qualidades do empreendedor. E o mundo pertence aos ousados!

11MPASSOCIAÇÃO

Da lista vencedora fazem parte 10 elementos, 9 resi-dentes na urbanização e um representante de um parceiro, reforçando assim o nosso compromisso com o comércio local, procurando contribuir para o seu desenvolvimento e estabelecimento. Eis os órgãos sociais eleitos para o próximo biénio (2015-2017):

André Pires Lopes Ferreira Direcção | Presidente

Paulo Jorge Luís Espinha Gil Direcção | Tesoureiro

Fernando Paulo Ferreira Murteira Assembleia Geral | Presidente

Eugénio Alberto Vale Antunes Perna Conselho Fiscal | Presidente

Nuno Guilherme M. S. Goulartt de Medeiros Assembleia Geral | Secretário

João Paulo da Fonseca Ferreira Carvalho Conselho Fiscal | Vice-Presidente

Paulo Alexandre da Silva Simões Conselho Fiscal | Redactor

Sofia Carrondo do Amaral S Simões Direcção | Vice-Presidente

Nuno Miguel Ribeiro Henriques(Suplente) | Suplente

ReMax Re Oriente (Rep. Marta Pereira) Assembleia Geral | Vice-Presidente

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12 MP ACTUAL

Nasceu a 10 de Maio de 1934, nos Açores, Herberto de Castro Goulart da Silva. Fundou o Welker Futebol Clube e promovia sessões de cinema, na garagem do avô paterno.Em 1948, Herberto Goulart vem para o Continente. A sua primei-ra morada foi na vila de Loures, localidade em que viveu durante cerca de quatro anos.Em 1951, ingressou no curso de "Económicas", no então Instituto Superior de Economia e Finanças, actual ISEG. Regressa ao concelho de Loures. Em Sacavém descobriu a vida

dura da classe operária e apren-deu com a sua determinação na luta por direitos e por um salário digno.Despediu-se da condição de bur-guês (embora sem nunca rene-gar as suas origens). Foi sempre um intelectual comprometido com a classe operária.

Participante activo no movimento estudantil antes do 25 de Abril tendo sido dirigente de várias associações estudantis. A PIDE desencadeia a célebre perseguição ao chamado "grupo dos Economistas" e Herberto

Goulart, militante do PCP e com tarefas na organização do grupo, inicia, a pé, a fuga para França, sendo detido em Espanha.Preso no Aljube, depois em Caxias e sujeito ao tribunal ple-nário que o sentenciou a prisão. Nas longas horas de interrogató-rios fazia sempre a mesma exi-gência: "só respondo quando me tratar por doutor". Exigência que apenas lhe valeu a célebre "tortu-ra do sono".No final de 1964, sai da prisão de Caxias. Candidato à Assembleia Nacional pela Comissão Democrática

Eleitoral/CDE de Lisboa, em 1973, é nessa qualidade que Herberto Goulart é novamente preso pela PIDE.

Foi também membro da Comissão Executiva da CDE, desde 1970 até à sua passagem a partido político, o MDP/CDE, em 1974. Intimamente ligado a Sacavém, Herberto Goulart foi co-funda-dor das Salas de Estudo e da Secção Cultural do Sport Grupo Sacavenense, onde se instalou a primeira biblioteca "pública" de Sacavém.

Candidato nas listas das coli-gações FEPU, APU e CDU, Herberto Goulart pertenceu à Comissão Administrativa da Câmara de Loures, onde foi vereador.Foi deputado na Assembleia da República entre 1980 e 1983, eleito pelo MDP/CDE.

Os laços ao concelho de Loures perduram, passando recente-mente a estar ligado à futura Biblioteca Municipal Ary dos Santos, a quem a sua família doou um fundo documental con-siderável.

Herberto de Castro Goulart da Silva (a título póstumo)

Fundado a 21 de Janeiro de 1951, tem por objectivo a dinami-zação cultural, recreativa e des-portiva, devendo a sua fundação a uma formação de jazz. Em Setembro de 1967 foi fundado o Rancho Folclórico, pelo qual têm passado centenas de elementos que se dedicam à preservação e conhecimento da cultura da região.Em 1997, foi inaugurada a nova sede, fruto da união e do traba-lho das pessoas da Bemposta.

Conta com cerca de 600 sócios.Tem como actividades regulares: o rancho adulto; o rancho infan-til; quatro classes de ginástica; futebol feminino; formação de concertinas; orquestra; e museo-logia.O Rancho de Folclore e Etnografia "Os Ceifeiros da Bemposta", fun-dado em 1967, dedica-se sobre-tudo à recolha, estudo e divulga-ção das mais antigas tradições populares da região saloia, no que respeita a trajes, cantigas,

danças e costumes. O cantar ao desafio, o abegão, os pregões e a encenação, tão característicos do final do século XIX e início do século XX. Em 1969 é criado o rancho infan-til, que em 1991 assume um carácter mais específico.O grupo possui ainda um vasto núcleo museológico — o Núcleo Museológico Luís Serra - que expõe peças raríssimas, que ser-viram de suporte à elaboração dos trajes.

Quatro décadas volvidas, impor-ta preservar o património do Grupo Musical e Recreativo da Bemposta. Se o global pode transformar o local, não é menos verdade que um local forte, enraizado e entro-nizado, saberá sempre aproveitar o melhor que o global tem para oferecer, sem perder a sua alma. Com o trabalho do Grupo Musical e Recreativo da Bemposta, a "alma saloia" encontra-se defen-dida e disponível para partilha.

Grupo Musical e Recreativo da Bemposta

OS CONDECORADOS DE 2015Numa das várias iniciativas para comemorar o 129º aniversário do município de Loures, a Câmara irá distinguir várias personalidades que muito têm feito em prol do Concelho. Deixamos aqui os homenageados e o suporte para tal distinção.

MEDALHA DE HONRA DO CONCELHO

• Carlos Manuel Ramalheiro Mota

• António Alberto Bastos Pimparel (Beto)• Associação Empresarial de Bucelas• Dj Marfox• Escola Pública• Rita Redshoes

MEDALHA MUNICIPAL DE SERVIÇOS DISTINTOS

MEDALHA MUNICIPAL DE MÉRITO

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13MPACTUAL

No passado dia 13 de Julho, pelas 17 e 30, foi redenomina-da a Praceta Mário Fernando Santos, passando agora a cha-mar-se Eng. Adão Manuel Ramos Barata, que morou na Portela e foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Loures, antecedendo Carlos Teixeira.Conhecido por todos pelas excepcionais características humanas, inclusive pelos seus adversários políticos, faleceu a 29 de Agosto de 2008, vítima de doença prolongada. Fez parte do Partido Comunista Português desde 1975, tendo-se envolvi-do em inúmeras iniciativas do movimento associativo estudan-til contra a ditadura. Em 1994 assumiu a presidência da Junta de Freguesia de Carnide e de 1997 a 1999 foi, sucessivamente, Vereador e Vice-Presidente do Município de Loures, que acabou por liderar entre 2000 e 2002. Entre 2002 e 2007 voltou nova-mente à condição de Vereador da Câmara Municipal de Loures. Pelo meio foi presidente do Conselho de Administração do SMAS (1997 a 2002) e mem-bro do mesmo Conselho entre 2002 e 2007. Foi ainda membro dos conselhos de administração da Parque Expo e do MARL,

assim como dos corpos directi-vos da Associação Nacional de Municípios Portugueses. Antes disso já tinha sido distinguido com a Insígnia de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em 1999, pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio. Posteriormente foi-lhe atribuída a Medalha de Honra do Concelho, a mais alta distinção feita pela Câmara Municipal de Loures.A Praceta Eng. Adão Manuel Ramos Barata e a Rua, com o mesmo nome, ficam em Moscavide, perto do Comando Metropolitano da PSP, com início na rua Mário Fernando Santos passando pelo Centro de Saúde de Moscavide e terminando na rua dos Deficientes das Forças Armadas.

Estiveram presentes a viúva de Adão Barata, Deolinda Barata, um dos filhos, Pedro Barata, o presidente do Município, Bernardino Soares, a presiden-te da Assembleia Municipal, Fernanda Santos, a presidente da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, Manuela Dias, o vice--presidente da Câmara, Paulo Piteira e os vereadores Maria Eugénia Coelho e Nuno Botelho.Manuela Dias, presidente da

Junta de Freguesia, referiu que “não existia nenhuma artéria com este nome em Moscavide. Chegou a altura de reconhecer o valor de Adão Barata, um exem-plo de seriedade, imparcialidade e de respeito pelas pessoas. Era um homem de consensos”.Por sua vez, o filho Pedro Barata assumiu que “é com orgulho e satisfação que vejo o nome do meu pai ser assim recordado. Ele não era dado a protagonismos e dificilmente aceitaria este tri-buto, mas fico feliz que ele seja lembrado pela forma como se entregou às pessoas. Esta bonita homenagem é o espelho disso mesmo”.

Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures, classificou Adão Barata de “homem notável que entregou o seu saber e serie-dade sempre à causa pública”. Para o autarca, “os méritos e capacidade sempre foram reco-nhecidos, testemunhando que Adão Barata superou a prova do tempo. Muitos ainda se referem hoje a ele como um exemplo de como deve agir um autarca, que ainda tanto teria para dar ao Município e ao País”.

Pedro Santos Pereira

Adão Barata foi distinguido pela Junta de Freguesia de Moscavide e Portela e pela Câmara Municipal de Loures na Vila de Moscavide. Um reconhecimento efectuado a uma personalidade da Freguesia e do Concelho, que muitos consensos gerou na sua actividade política.

Adão Barata dá nome a praceta e rua em Moscavide

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14 MP CULTURA

A fotobiografia de Mário Viegas por Filipe Esménio

SIMAR alertam

O Sonho ao Poder, uma foto-biografia de Mário Viegas, foi lançada final da tarde de dia 25 no Museu Nacional do Teatro, em Lisboa, procurando trans-mitir os valores de um homem multifacetado que “não deixava ninguém indiferente”.Filipe Esménio, autor da foto-biografia, procurou dar ao livro a “leveza” suficiente para ser lido pelas novas gerações, mantendo a “força” de uma per-sonagem que “agitou consciên-cias”.Com dezenas de fotografias do espólio de Mário Viegas, o livro mostra o homem, o actor, o “diseur” (declamador), o activis-ta político, o boémio, o homos-sexual assumido numa época “difícil”.Filipe Esménio afirmou que

mais do que a memória, o livro quer passar os valores que marcaram a vida de Mário Viegas, como o de provar que as crianças podem acreditar nos seus sonhos — começou a fazer teatro aos quatro anos com dois pequenos fantoches – e que é possível fazer diferente (ele próprio assumiu a diferen-ça), ter mais escolhas e mais liberdade. Depois, há a “paixão” pelo teatro e a “missão” de “defesa intransigente da língua portuguesa e dos seus poetas”. “Mário Viegas agitou cons-ciências e abanou estruturas. Foi desafiante e provocador. Um menino que tinha desde pequeno o sonho do palco e concretizou-o. Nunca desistiu das suas convicções, embora, no fim, talvez tenha desistido

parcialmente de si, mas nunca daquilo em que acreditava”, afirma o texto de apresentação do livro.Filipe Esménio, que não conhe-ceu o actor, acabou por, pela circunstância de ter casado com a sua sobrinha, “chei-rar, viver, respirar” o univer-so, público e privado, de Mário Viegas, de forma que se tornou uma “quase obsessão”.Na que foi a casa dos seus pais, em Santarém, escreveu mesmo uma peça de teatro, compulsivamente, num fim de semana, um texto que, com a decisão da Câmara de Lisboa de retirar a Sala Mário Viegas (um anexo ao Teatro São Luiz) à Companhia Teatral do Chiado, ficou “engavetado”.A saída de Juvenal Garcês do

Teatro Estúdio Mário Viegas, que obrigou à retirada de todo o “valiosíssimo” espólio de Mário Viegas (propriedade da companhia), foi, segundo Filipe Esménio, o “gatilho” para se dedicar à tarefa de dar a conhe-cer a quem nunca conheceu um homem que “não era indife-rente a ninguém” e todo o con-junto de valores que marcaram a sua vida.

Para esta fotobiografia, Filipe Esménio inspirou-se na “Auto-Photo Biografia Não Autorizada” de Mário Viegas e no livro de José Carlos Alvarez, actual director do Museu Nacional do Teatro. O livro, com 120 pági-nas e uma primeira edição de 800 exemplares, está à venda em livrarias de todo o país.

Através de um comunicado, os SIMAR alertam os munícipes para a prática fraudulenta per-petrada por algumas pessoas, que pondo em causa a quali-dade da água tentam vender apetrechos para a purificar.

Perante tal cenário, o SIMAR redigiu o seguinte comunicado, que transcrevemos na íntegra: «Os SIMAR alertam os seus clientes e a população em geral dos Concelhos de Loures e

Odivelas, que não se reveem na prática comercial de alguns indivíduos que, fazendo-se passar por seus trabalhadores, procuram aceder ao interior das suas residências com o intuito de promoverem a venda de equipamentos de filtragem e outros, alegadamente a pretex-to da qualidade da água distri-buída publicamente. Os SIMAR demarcam-se ine-quivocamente desta prática, assegurando aos seus clientes

que a água distribuída cumpre com todos os requisitos esta-belecidos quanto ao forneci-mento de água potável, em permanente monitorização dos seus parâmetros de controlo de qualidade, cujos resultados são publicamente divulgados e comunicados à entidade regu-ladora do setor.Os SIMAR estão disponíveis para todos os esclarecimen-tos adicionais que lhes quei-ram colocar, por intermédio

dos serviços da sua Divisão de Laboratório de Qualidade – nas instalações de Sete Casas – Loures ou pelos telefones 219 833 817, ou correio eletrónico [email protected] ou ainda, pelos contactos dos seus serviços gerais: telefone nº 219 848 500, ou endereço eletróni-co [email protected] .

Para qualquer dúvida, não hesi-te em contactar-nos.»

(Im)pressões

É A (GEO)POLÍTICA, ESTÚPIDO!

É verdade, sem ninguém o anun-ciar a Austeridade já fez as malas e está quase a ir de férias, a ver vamos se são prolongadas!A política (ainda) faz milagres. Quando muitos dos nossos “par-ceiros” europeus se dispunham a empurrar a Grécia para fora da zona euro, “The Voice” do outro lado do Atlântico, fez-se ouvir (parece que telefonicamente) e tudo “acabou em bem” por agora, pelo menos e para desespero dos apóstolos da austeridade e do “Grexit”.Tsipras é um claro vencedor: der-rotou com as armas da democra-cia, todos aqueles que apostaram num “golpe de estado” para o der-rubar e fazer retornar ao poder os responsáveis da crise no seu País (vejam-se as últimas sondagens que já lhe dão maioria absoluta).O segredo da vitória de Tsipras residiu num aspecto essencial da vida democrática, tão sobejamen-te arredado da acção governativa: a VERDADE. A Grécia e Portugal, não têm economia capaz de lidar com uma moeda tão forte. A dívida de ambos é impagável e há que enfrentar o problema com cora-gem. Tsipras teve-a, disse-o aos credores e vozes “insuspeitas”, como a da Sra. Lagarde, já se fazem ouvir para a necessidade de uma reestruturação. Entretanto, por cá, vamos empo-brecendo, empobrecendo, até que um “corajoso” atrevido fale a ver-dade a que temos direito!

João Borges Neves

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15MPBREVES

Realizadora portelense leva filme a CannesLaura Seixas é o nome da realizadora portelense responsável pelo filme “Belonging”. A ante-estreia foi na Cinemateca Portuguesa, no dia 10 de Julho às 21 e 30, apesar de o filme já ter sido exibido na Escola Secundária da Portela. Uma película de 17 minutos que foi o projecto final de mestrado na Metschoolfilm de Londres. Escrito por Kerry-Ann Calleja McGregor e histó-ria de Laura Seixas, “Belonging” conta com Mafalda Marafusta no papel de "Amélia", Leandro Morais como "Thomas" (de realçar que este actor mora em Moscavide e frequenta a Escola Gaspar Correia) e ainda Margarida Bento, Tiago Fernandes e Ana Peres. Esta curta-metragem já tinha sido premiada em 2014, na competição Shore Scripts, na categoria Short-Script e, em 2015, fez parte do Short-Film Corner do Festival de Cannes. Apesar de tenra idade esta obra está destinada a percorrer o Mundo, depois de Londres e Cannes agora é a vez dos Estados Unidos da América, onde estará presente na 19ª edição do Flickers: Rhode Island International Film Festival. Este evento terá lugar em Agosto e “Belonging” foi seleccionado por entre 5 mil candidaturas provenientes de mais de 60 países, integrando assim a competição oficial deste festival, na categoria de Melhor Curta-Metragem, tendo possibilidades de vencer o prémio que dá acesso à nomeação para o Oscar.

Sinopse

Baseado numa história verídica, dedicado pela realizadora aos seus avós, “Belonging” foi produzido e realizado para a Metfilmschool. A curta-metragem, rodada em Elvas e ambientada em 1948, conta a história do encontro e da amizade da jovem Amélia com Thomas, um miúdo austríaco que vive com os tios da rapariga durante o período em que está afastado dos pais de quem fora separado durante a Segunda Guerra. Baseando-se numa das suas histórias, o filme de Laura Seixas evoca a época em que os esforços da Cáritas no pós Segunda Guerra trouxeram a Portugal uma série de crianças austríacas. A sessão foi complementada com uma montagem em bruto, de sete minutos, de imagens de arquivo da colecção da Cinemateca que reportam as férias em Portugal de crianças austríacas, correspondentes a excertos de quatro números de 1948, 1949 e 1950 do jornal de actualidades “Jornal Português”. Um destes jornais (Nº 73, 1948) foi apresentado na íntegra.

Loures em festaJulho é o mês do Município, cujo feriado municipal é a 26 de Julho, este ano calha a um domingo, altura em que se celebra o aniversário do Concelho, que este ano fará 129 anos. Várias são as iniciativas, com destaque para o con-certo de Camané no dia 24 às 22 horas e as Condecorações Municipais, que terão lugar no dia 26 às 21 e 30. Mas existirão muito mais motivos de interesse neste evento que decorre de 24 a 26 deste mês.

Sunset Moscavide de regressoSerá a 12 de Setembro que o “Sunset Moscavide” vol-tará a animar as ruas desta vila. Espera-se, a exemplo do ano transacto, uma ade-são em massa de moscavi-denses, portelenses e mora-dores de bairros vizinhos. As expectativas são altas para esta tarde-noite que se esticará entre as 16 e a uma da manhã de dia 13 de Setembro, cujo o lema é “A Avenida con’vida a viver”. Entretanto no dia 29 de Julho será exibido o filme “João Ratão”, no Centro Cultural de Moscavide, pelas 15 horas. Ainda em Moscavide, no dia 30 terá lugar uma “Tarde Dançante” no Jardim público, que começará às 17 e 30. No dia 31 de Julho, na sede da Junta de Freguesia pelas 18 horas, irá decorrer a peça de teatro “Bom moti-vo para a Saudade”, levada a cena pelo Grupo de Teatro Musical da Portela, dirigido por Maria Salomé Guerreiro.

Lixeira junto à entrada da AMPVárias têm sido as queixas feitas, por leitores do MP, em função do lixo acumula-do junto à entrada da zona verde da AMP, que confi-na com o Jardim Almeida Garrett. O exemplo disso são estas fotografias envia-das por uma leitora. Num local de passagem de inú-meras pessoas, a degrada-ção é evidente e a própria saúde pública está em risco a quem por ali passa. Urge fazer alguma coisa pela enti-dade ou entidades respon-sáveis.

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16 MP CULTURA

Após os triunfantes regressos de Florence and the Machine e, sobre-tudo, dos Blur durante o corrente mês, bem às portas da nossa fre-guesia, no novo cenário do Festival Super Bock Super Rock, o artigo desta edição recai sobre o novo trabalho do grupo The Bird and the Bee intitulado “Recreational Love”.Este 4º álbum de originais, do duo Greg Kurstin (multi-instrumentista) e Inara George (vocalista), editado no dia 17 de Julho transporta-nos para o mundo pop light sofistica-do e electrónico da banda, apro-veitando porventura o seu maior sucesso até à data, o álbum tributo a Daryl Hall e John Oates editado em 2010.Kurstin com formação em Jazz, mas louco por teclados analógicos, foi apresentado a Inara em 2004 e o interesse comum nesta músi-ca foi decisivo para o nascimento dos Bird and the Bee. No entanto Greg Kurstin não seria propriamen-te um desconhecedor dos terrenos pop e rock e havia já colaborado nos teclados com artistas como Beck, Flaming Lips, Peaches e Lily Allen. Por outro lado Inara, actriz de Shakespeare formou primeira-

mente uma banda de post grunge enveredando depois por uma car-reira a solo.Kurstin e George exploraram novos sons e texturas no estúdio do primeiro, em Los Angeles, com-pondo material mais que suficien-te para a edição de um primeiro EP em 2006 “Again and again and again and again”. O álbum de estreia, homónimo, chegou no ano seguinte, editado pela prestigiada Blue Note e inclui o hit em remis-tura “Fucking boyfriend”, número 1 no top de música de dança na América.Daí em diante ambos os músicos se mantém ocupados não só com os Bee, mas igualmente em projec-tos paralelos, música para filmes e orquestrações várias (no caso de Kurstin igualmente como produtor).As experiências diversas que ambos vivem reflectem-se neste “Recreational Love” e colocam ao ouvido uma efervescência apete-cível, que capta a atenção para a escrita e produção destes 10 agra-dáveis temas agora editados.Para quem aprecie um indie elec-trónico elegante, leve e doce é um valor seguro. A escutar!

A propósito de não uma, mas sim de três actuações de Chet Faker em Lisboa, no espaço de oito dias, se escreve este texto sobre o fenómeno australiano, Nicholas Murphy de seu verdadeiro nome.Entre as compilações de chillout de seu pai e álbuns vocais de jazz de Chet Baker passa muito da formação, influência e aprendi-zagem deste músico australiano, nascido em 1988 em Melbourne.Murphy decidiu utilizar o nome artístico “Chet Faker” quando se apercebeu que, algumas pes-soas, se dirigiam para os seus espectáculos à espera de um outro artista já consagrado e que se chamava igualmente Nick Murphy. Assim aparece Chet Faker num misto de homenagem

a Chet Baker, à sua música e estilo de vocalização.A primeira realização de Chet Faker foi dada a conhecer ao público em 2011, através de uma versão de um tema dos Blackstreet “No diggity” e que se tornou viral online, impulsio-nando o lançamento de um EP “Thinking textures”, com excelen-tes críticas da imprensa e descri-to como um “lounge maravilhoso” subtilmente misturado.

Desse EP destaca-se o tema “I’m into you”, que conquista posições de destaque em diversos charts por esse mundo fora.Em 2013 e após algumas cola-borações com outros artistas, como Flume ou Temper Trap, e

um prémio como melhor novo artista independente, atribuído pela Rolling Stone australiana, Chet Faker lança o single “Melt”, com o convidado Kilo Kish. O álbum de estreia “Built in glass” inclui “Melt” e ainda os singles “Talk is cheap”, “Gold” e “1998”, tendo sido lançado em Abril do ano passado e atingido o 1º lugar do principal top de vendas australiano. Muitos destaques, a rampa para muitos concertos pelo mundo e uma vasta tournée pelo seu País. Este trabalho con-quistou, de forma assombrosa, público e crítica.A voz vibrante e poderosa de Chet Faker não deixa margem para dúvidas e consola-nos emo-cionalmente, mas são as suas

subtis e originais composições electrónicas que destacam o ritmo singular dos seus temas. Ao vivo Chet Faker entrega-se de corpo e alma e essa entre-ga é tão acentuada e de forma tão apaixonada que não deixa ninguém indiferente, mesmo num estilo que é acima de tudo “downtempo”. O concerto no fes-tival em 2014 prova-o inequivo-camente.“Bend” um single lançado formal-mente neste mês de Junho, ante-cipa provavelmente um próximo trabalho de maior duração e ape-sar de conter o mesmo bombo de drumbox, característico do som Chet Faker, deixa-nos um ar tal-vez mais funky do seu trabalho, sem abandono da electrónica.

A Ave e a Abelha

Chet Faker – Fenómeno

João AlexandreMúsico e Autor

Ninho de Cucos

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17MPCULTURA E DESPORTO

Portelenses representam PortugalAs atletas da GesLoures Ana Beatriz Fernandes e Francisca Fonseca, ambas moradoras na Portela, esti-veram no Open de Madrid em repre-sentação da Selecção Nacional de natação sincronizada.Um orgulho e distinção que veio na sequência do título alcançado pela GesLoures nos campeonatos nacio-nais da modalidade, que se realiza-ram em Felgueiras, entre 10 e 12 de Julho. Neste campeonato parti-ciparam ainda as atletas infantis da GesLoures residentes na Portela: Carlota Fonseca, Carolina Lopes e Maria Leonor Ferreira. Estas três atle-tas foram igualmente medalhadas.

Inauguração dos Jardins da VitóriaNo dia 8 de Julho foi inaugurada, às 19 horas, no Jardim Almeida Garrett, uma colecção de 20 espécies botâ-nicas, reunidas através da selecção de um conjunto de 50 exemplares, cedidas pelos moradores do Bairro da Quinta da Vitória.A Colecção Jardins da Vitória é rea-lizada no âmbito de um alargado tra-balho de pesquisa e criação artística, desenvolvido desde 2006 em estreita colaboração com os moradores, até à demolição do bairro da Quinta da Vitória em 2014. Os exemplares pre-sentes neste jardim, permitem a pre-servação da memória cultural deste Bairro e dos seus moradores que, ao longo de anos, foram reproduzindo as suas necessidades e conhecimen-tos através do cultivo de diferentes espécies botânicas, provenientes de Portugal, Angola, Moçambique, Índia, Quénia, Cabo Verde, Guiné e São Tomé. Na grande maioria oriundos dos países de origem dos morado-res, estes exemplares começaram a chegar a Portugal nos anos 70, no período em que se procedeu à desco-

lonização destes países. Alguns dos exemplares transplantados - tais como a árvore sagrada (Ficus Religiosa L.) e outras plantas identificadas nas pla-cas de inscrição desta colecção, con-tinuam a ser usadas na prática reli-giosa pelos moradores e pela comu-nidade hindu residente. As árvores e plantas deste jardim foram cedidas por: Rajnicant Sauchande Daia, Nalini Bai Carsane, Ajit Dangi, Benvindo Moreira, Jaisinh Calanchande, Pedro Calanchande, Amarchande Otomchande, Puspavantibai Valgi, Manuel Vaz, Ana Moreno dos Santos, Sucilabai Ramgi, Ramila Carsane, Puruisha Manoja, Mohanlal Premgi e Usha Govind Harji Nathoo.

Canticorum esteve presente na Festa do AssociativismoA Canticorum esteve presente na Festa do Associativismo, que decor-reu em Loures, no Pavilhão Paz e Amizade, de 17 a 19 do mês de Julho.A Canticorum – Associação de Amadores de Música (CAAM) é uma associação sem fins lucrativos cons-tituída a 18 de Março de 2015 e tem a sua sede na Portela, concelho de Loures.Tem como finalidade promover a prá-tica e a divulgação da Música e a

Educação Musical dos seus asso-ciados.Integra os dois grupos corais já exis-tentes: o Grupo Coral da Portela e o Coro de Pequenos Cantores da Portela. Pretende-se, no entanto, vir a criar outros grupos ou secções cujas actividades igualmente contri-buam para a prossecução das suas finalidades.

O Grupo Coral da Portela (GCP) exis-te há 13 anos, tendo participado em mais de uma centena de concertos, quer na Portela, quer em variadíssi-mos locais do país e organizado 12 Encontros de Coros na Portela. Em Junho de 2010 foi agraciado pela Câmara Municipal de Loures com a Medalha Municipal de Mérito Cultural e Educativo. No dia 4 de Outubro de 2010 recebeu uma Menção Honrosa por ocasião dos 25 anos da Junta de Freguesia da Portela. O Coro de Pequenos Cantores da Portela (CPCP) foi criado em 2010. Por ele passaram muitas crianças, que aprofundaram os seus conheci-mentos musicais e participaram em vários concertos, nomeadamente nos cinco Encontros de Coros Infantis da Portela realizados entre 2010 e 2014 (em 2008 e 2009 realizaram-se os I e II Encontros de Coros Infantis da Portela, mas ainda não havia sido criado o CPCP).

Para conhecer melhor os dois grupos corais procure-nos na net em https://youtu.be/FEwmqOJ7Pchttp://coraldaportela.blogspot.com, http://facebook.com/grupocoral.portela

Proposta de Sócio

Caros leitores, Terminada que está a minha colaboração com a Associação de Moradores da Portela, entidade que servi com orgulho durante um pouco mais de quatro anos e, porque em mim vive o “bichinho do Associativismo”, investi num desafio que me foi proposto há cerca de um ano e que preenche, sobremaneira, a minha necessidade de dar um pouco de mim em prol dos outros. Esse desafio chama-se Special Olympics, asso-ciação privada sem fins lucrativos, que tem como missão “proporcionar as condições para a prática de actividades desportivas, de forma contínua e variada e com impacto na inserção social, para crianças, jovens e adultos com deficiência intelec-tual” e cujo lema, que devia nortear a vida de todos nós é “Deixem-me vencer, mas se não conseguir vencer, deixem-me enfrentar o desafio corajosa-mente”.Criado em 1968, por Eunice Kennedy Shriver (irmã de John F. Kennedy), o movimento Special Olympics representa a sua visão de um mundo onde cada pessoa é aceite e valorizada, indepen-dentemente da sua capacidade. Actualmente 180 países estão unidos nesta causa que junta 3,5 milhões de atletas. Portugal faz parte deste grupo há quase 15 anos e conta com dois mil atletas nas modalidades de Basquetebol, Andebol, Atletismo, Equitação, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Golfe, Natação e Ténis de Mesa. É este o projecto de que vos passarei a falar nas minhas crónicas, para dar a conhecer aos leitores o trabalho meritório de muitas e muitas pessoas, que de forma mais ou menos anónima a ele se dedicam e a quem, em nome de todos agradeço, num sen-tido obrigado a Maria Barroso, nossa fundadora e Presidente Honorária que muito contribuiu para a grandeza do movimento em Portugal. No próximo dia 25 de Julho de 2015 iniciam-se os jogos mundiais que contam com a presença de 180 países. A selecção portuguesa do Special Olympics parte para os Estados Unidos já no pró-ximo dia 21 de Julho e será representada por 49 atletas, jovens com deficiências intelectuais que encontraram no desporto uma forma de realização pessoal. No total, a comitiva – a maior de todas desde que a selecção nacional participa nestes jogos bianuais – integra 70 elementos, entre atle-tas, parceiros e técnicos.Na bagagem, os jovens levam a motivação e a memória das 82 medalhas já conquistadas nas edições dos Jogos de Verão nos quais Portugal participa desde 2003: 44 de ouro, 19 de prata e 19 de bronze. O seleccionador nacional Fernando Santos, o gui-tarrista Zé Pedro (Xutos e Pontapés), Paulo Futre, Rosa Mota e Francis Obikwelu apadrinham as várias modalidades e ajudam-nos a dar visibilidade a este enorme projecto, que ainda está longe de ter o apoio técnico e financeiro de que necessita mas que com toda a certeza atingirá em breve os seus objectivos.

Rui RegoAdvogado

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O tema da interrupção voluntária da gravidez (IVG) é um tema difícil. É um caso, urge dizer, em que o purismo de ideias se sobrepõe a uma postura com-passiva e pragmática. Conheço bem os dois lados da posição e permanece comigo até hoje uma sensação de "avestruz com a cabeça enterrada na areia" (fama das avestruzes que não é verdadeira, faça-se justiça) da parte de quem está e sempre esteve contra. A Lei n.º 16/2007, referente à IVG, tem tido conse-cutivamente resultados positivos. O número de IVGs tem diminuído progressivamente e em 2014 a redução chegou a quase 10%. Temos uma das taxas de reinci-dência mais baixas da Europa.

Provavelmente por estes dados e pelo largo apoio dado pela maioria da população já não ouvi-mos, numa época de governo de direita, exigências externas para a extinção da mesma.Ainda assim um grupo de cida-dãos e de cidadãs considerou que não era suficiente. Que é necessário submeter as mulhe-res que tomam esta decisão a situações de tutela e de con-descendência. O consentimento informado, conceito que prezo bastante, implica informação que deve estar protocolada e padronizada. Não implica obriga-toriedade de aconselhamento, de acompanhamento e muito menos a eventualidade de um género de debate prós e contras dentro

de um gabinete, caso seja rece-bida na consulta por uma pessoa objectora de consciência da IVG. Existe o risco de abuso e de excesso de zelo, já que uma pes-soa objectora de consciência tem uma posição forte e consolidada sobre o tema, contrária à vontade clara ou predominante da mulher que atende e o seu trabalho não estará isento da possibilidade de alguma emocionalidade associa-da por se tratar de uma crença pessoal. Por outro lado, é difícil de entender o que poderá uma pessoa com estas característi-cas trazer de novo ou benéfico ao processo, que já de si não é fácil para muitas mulheres, para ocorrer esta alteração na lei. A informação completa e necessá-

ria deverá existir sempre previa-mente preparada e uniformizada e não sujeita à competência ou posição argumentativa de quem atende. É desejável, pelo contrá-rio, alguém objectivo e tão isento quanto possível, para que a deci-são seja livre e consciente. Esta lei e a prevenção (inclusive a que está inerente à lei da IVG) por via da educação sexual e do planeamento familiar têm sido o melhor remédio para diminuir o número de IVGs e aumentar o número de gravidezes efec-tivas que são planeadas ou, pelo menos, desejadas. Quem tem filhos e filhas a seu cargo sabe que é uma tarefa que exige investimento pleno e vontade incondicional. Garantir o nasci-

mento de crianças sempre dese-jadas é o melhor que poderemos fazer neste âmbito por todos e todas. As nossas energias são melhor dispendidas a criar con-dições para que estes números continuem sempre a melhorar - o que não acontecerá tornando a IVG um processo difícil e culpa-bilizante - e para que nenhuma criança se desenvolva em con-dições sub-ótimas, sejam elas materiais ou humanas. Este foco faz parte do desejo de um ver-dadeiro projecto de vida - termo tão querido ao movimento contra - com condições para cada pes-soa. É verificável quando se olha para os resultados práticos.

Muitas vezes a fé é o único fun-damento da coragem...Ninguém deseja o sofrimento. Mas muitos buscam alcançar aquilo que só através dele se consegue... face a face com as adversidades da vida há que seguir para diante, pois que o bom caminho nunca se faz para trás, para onde já está feito, nem para os lados, que não levam a lado algum...

Por vezes, temos mesmo de inventar novos gestos de amor. Mesmo os momentos mais feli-zes da nossa vida, chegará o dia em que serão o motivo das nossas lágrimas. Ainda assim, vale sempre a pena, por mais

dolorosa que seja essa pena, lutar pela felicidade mais profun-da... não porque o resultado seja garantido, mas porque a luta em si já é uma vitória.

Somos do tamanho do que com-batemos. Que glória pode haver em lutar e vencer algo fraco? Que desonra pode sentir quem luta contra algo muito mais forte? Os nossos dons não são direi-tos que nos foram dados, antes deveres a ser cumpridos. Custe o que custar. Só assim seremos alguma coisa, só assim chegare-mos a ser quem somos. Afinal, cada um de nós é as suas obras. Esta vida é breve. Muito breve. Há um lugar aterrador onde aca-

bam os egoísmos deste mundo enganador. Todos, um dia, nos veremos nessa terra de desespe-rança, mas apenas alguns de nós terão o afinco de persistir com a sua força naquela esperan-ça simples de que haverá sem-pre manhã depois de qualquer noite... por mais fria, escura e longa que ela seja. Esta vida é breve, mas talvez seja apenas parte de uma outra, que não tem fim. A essa, talvez, só chegue quem tem a coragem de expe-rimentar todo o amor que há no ar que respiramos, que nos inspira... nos alimenta... e que devolvemos sempre... sempre.Ter um verdadeiro dom não signi- fica que se consiga fazer algo

bem, é esforçar-se por fazer o bem, vezes e vezes, sem conta, sempre. Um talento nada é sem a vontade, a força e a persistên-cia para o fazer vencer sobre a nossa natureza humana. Não é raro encontrar quem julga-mos fraco mas que é na verdade um guerreiro admirável, assim como é comum que, sob a capa de um herói valente se encon-tre apenas o que resta de um espírito fraco e mesquinho que tudo faz pelas aparências e nada pelo outros ou, sequer, por si mesmo...

Os fortes quase nunca sabem que o são. A verdadeira força nasce da humildade... uma arte

que começa por guardar no silên-cio a luta contra todas as tem-pestades de desassossego que ensombram o seu coração. Aí, no palco do maior de todos os combates... aí, onde cada um de nós vive a verdade de forma pessoal e absoluta... aí... nesse mundo onde só com a verdade se vence a mentira. Há mesmo quem seja capaz de vencer o maior mal, como se isso fosse a coisa mais simples do mundo...

Na vida, tal como no nosso ínti-mo, quanto maior for a luz, maior será a sombra... mas essa som-bra estende-se sempre para o lado errado do caminho.

Rita PaulosDiretora da Casa Qui - Associação

de Solidariedade Social

Do Pragmatismo: a Lei da IVG

O dom de sofrer

18 MP OPINIÃO

José Luís Nunes MartinsInvestigador

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20 MP SAÚDE

Sumo de beterraba, cenoura, maçã e gengibre

Sumo super verde

Este sumo tem uma cor incrível e é deliciosamente doce. A beterraba e o gengibre adoram o seu coração, enquanto a maçã e a cenoura são uma injecção de vitamina.

A saúde num copo! Beba uma destas maravilhas pela manhã ou como um snack a meio do dia para refrescar e recarregar baterias.

Ingredientes• 1 beterraba grande, cortada em quartos

• 2 cenouras grandes

• 1 maçã grande, cortada em quartos

• Raspas de gengibre fresco

• 1/2 limão espremido

Preparação1. Misture tudo na máquina de sumos

2. Mexa

3. Desfrute!

Ingredientes• 1 caneca de couve cortada em pedaços

• 4 talos de aipo

• 1 1/2 pêras, cortadas em pedaços grandes

• Raspas de gengibre fresco

• 1/2 limão espremido

Preparação1. Misture tudo na máquina de sumos, alter-

nando a couve com os outros ingredientes

para ajudar a que esta se misture mais facil-

mente no sumo.

2. Mexa o sumo.

3. Beba.

Saber comer, saber viver

Sumos detox, uma tendência a seguir?

O recente aumento do interesse pelos sumos detox faz com que mui-tas questões se levantem, em rela-ção à função que desempenham no nosso organismo. O principal objec-tivo a que se propõem é sem dúvida desintoxicar, daí a escolha do nome detox. Prometem também hidratar, regular o trânsito intestinal, emagre-cer e aumentar os níveis de energia.Misturam-se frutas, legumes, folhas verdes, raízes, sementes, bagas, ervas aromáticas, especiarias em combinações que podem ser infinitas. Contudo, a sua eficácia vai depen-der da sua composição. Muitos dos consumidores destas bebidas estão a optar por as elaborar em casa, contudo é necessário ter em consi-deração as propriedades nutricionais dos ingredientes e algumas regras de preparação, para que se possa tirar o melhor partido sob o ponto de vista nutricional. Como exemplo, estes sumos não devem ser coados e é aconselhável que sejam consu-midos imediatamente após a sua pre-paração, pois perdem rapidamente os seus nutrientes e propriedades antio-xidantes. Há que ter em conta tam-bém que as folhas verdes, quando consumidas cruas, podem provocar desconforto intestinal. Não podemos esquecer que a fruta tem açúcar e que não se deve adicionar mais de duas peças, de forma a evitar fazer um sumo calórico.Uma das principais vantagens destes sumos é o facto de ser uma forma de incluir frutas e legumes na sua alimentação, uma mais-valia para quem não aprecia e não ingere estes alimentos. Estas bebidas facilitam a eliminação de toxinas pela urina e fezes, porque favorecem a diurese e o trânsito intestinal. São uma forma complementar de hidratação, embora não substituam a água que devemos ingerir ao longo do dia.Como nutricionista, penso que os sumos detox não são milagrosos, podem, no entanto, ser bons comple-mentos de uma alimentação saudá-vel, mas nunca substitutos de refei-ções principais. Bem elaborados são um óptimo suplemento para colmatar carências nutricionais, que advenham de uma alimentação menos cuidada. Sumos detox, como tudo na vida, uma boa tendência a seguir mas com moderação.

Anabela Pereira Nutricionista

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21MPSAÚDE

A necessidade de uma interven-ção cirúrgica numa criança pro-voca um desequilíbrio em toda a estrutura familiar, não só pela preocupação inerente ao acto em si, mas também pela interferên-cia na vida do quotidiano, muito particularmente o afastamento do lar.Uma excelente opção para mini-mizar muitos destes incómodos é a Cirurgia Ambulatória (CA) que embora, de um ponto de vista purista, seja definida pela International Association for Ambulatory Surgery (IAAS) como a realização de uma intervenção de Cirurgia Programada, tradicio-nalmente efectuada em regime de internamento, cuja alta ocor-re poucas horas após o proce-dimento, sem necessidade de pernoita hospitalar, considera-se, de um ponto de vista mais lato, abranger também nesta definição as situações em que o doente necessita no pós-operatório, de

ficar a primeira noite no Hospital, tendo alta até 24h após a opera-ção, passando a designar-se CA com pernoita.As crianças tratadas em CA devem sê-lo por equipas particu-larmente dedicadas a esta forma de tratamento, preferencialmente em Unidades Pediátricas ou nas situações que tenham de utilizar Unidades partilhadas com adul-tos, em horários ou dias exclusi-vamente dedicados à Pediatria.Existem critérios internacionais para admissão dos doentes em programas de CA e muitos dos doentes pediátricos preenchem--nos, dado que uma percenta-gem muito significativa das pato-logias que carecem de tratamen-to cirúrgico na idade pediátrica são passíveis de ser realizadas nesta modalidade e também por-que as crianças são os doentes ideais para este regime, por nor-malmente não sofrerem de doen-ças complexas associadas e de

terem sempre, no pós-operatório, o apoio de um adulto responsá-vel, seja ele um progenitor ou outro familiar ou um cuidador.O facto de passar poucas horas no Hospital é muito menos trau-matizante para a criança, diminui a alteração da vida quotidiana do agregado familiar, permite uma mais rápida re-inserção no meio familiar e escolar e diminui de forma significativa o risco de complicações, nomeadamente infecções hospitalares.Naturalmente que a CA exige uma maior segurança para o doente que se traduz tanto a nível das equipas multidisciplina-res que tratam a criança, obrigan-

do estas a uma maior excelência na sua prática, mas também um enorme cuidado na informação, tanto verbal como escrita, presta-da aos doentes e seus familiares ou cuidadores. Também é indis-pensável a abertura de canais de fácil comunicação entre todos, que devem ir para além dos tele-fonemas da véspera e do dia seguinte à intervenção cirúrgi-ca. Os doentes e seu agrega-do devem sentir-se confortáveis com esta modalidade terapêuti-ca, estando conscientes que têm a qualquer momento que seja necessário o apoio de uma equi-pa multidisciplinar preparada e motivada.

A Cirurgia de Ambulatório (CA) é, hoje em dia, um modelo ópti-mo de assistência cirúrgica mul-tidisciplinar. Tendencialmente, vai deixar de ser um conceito temporal de internamento pós--operatório para passar a ser um modelo de Qualidade centrado no Utente.A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) tem como principal objetivo defender, promover e protagonizar o pro-cesso de evolução da cirurgia de ambulatório em Portugal. Para mais informação sobre a APCA, consulte: http://www.apca.com.pt/.

Beber diariamente um copo de água morna com gotas de limão em jejum ajuda a eliminar as toxinas acumuladas durante a noite, a equilibrar o ph do nosso organismo, auxilia a digestão e ajuda o funcionamento intestinal regular.“O nosso corpo é ele mesmo capaz de desintoxicar através da função de diferentes órgãos como é o caso dos rins, intesti-nos ou fígado. A alimentação é contudo responsável por forne-cer a matéria-prima que o orga-nismo, de uma forma geral, e estes mesmos órgãos, em parti-cular, necessitam para trabalhar

de forma eficiente”, explica Lillian Barros, nutricionista clínica do Hospital Lusíadas Albufeira.E acrescenta: “Por si só este hábito já ajuda a consumirmos pelo menos mais um copo de água por dia. Hábito este que muitas vezes é negligenciado por esquecimento e por falta de roti-na, obrigando o nosso organismo a concentrar a urina e dificultan-do o trabalho natural dos órgãos responsáveis pela eliminação, neste caso em particular os nos-sos rins”.O limão é uma fruta rica em vitaminas e minerais como tia-mina, riboflavina, magnésio, fós-foro, cálcio e potássio. “Além de ser um desintoxicante natural, a água com limão deixa a pele radiante, graças à vitamina C que possui, que participa na síntese de colagénio”, conclui a nutricio-nista.Algumas pessoas podem ser sensíveis ou alérgicas ao limão, pelo que podem sentir descon-fortos gastrointestinais ou pro-blemas na pele como dermatite. Nesses casos, deve suspender a toma de água com limão e recor-rer ao médico ou nutricionista.

A Cirurgia de Ambulatório como modelo preferencial do tratamento cirúrgico das crianças

Água com limão favorece emagrecimento

Margarida EspañaMembro da Direcção da

Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA)

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Estava longe de imaginar que tinha novamente chegado o momento de escrever aos meus estimados leitores, procurando compreender melhor a vida para nela podermos viver e sermos mais felizes. Hoje o tema é algo mais difícil de escrever, mas con-tinua a ser muito real. Este tema prende-se com o que tenho vivi-do nestes últimos meses. Hoje procuro partilhar convosco uma dor que sinto, bem cá dentro, nestes últimos tempos: a dor da perda, da separação, da morte.

A dor é suportável quando conse-guimos acreditar que ela terá um fim e não quando fingimos que ela não existe.

Allá Bozarth-Campbell

Perdi as minhas ÚNICAS AVÓS num espaço de 9 meses. A minha avó paterna, Ester, faleceu em Outubro de 2014 e a minha avó materna, Benedita, em Julho de 2015. As minhas avós eram únicas… cada uma à sua manei-ra… cada uma com a sua perso-nalidade. Diferentes… distintas… com características únicas… com princípios e valores de grande magnitude… humanas, amigas, brincalhonas e com um grande sentido de humor! Com este texto, não quero deixar de fora o meu avô Reinaldo e o avô Zé, a bisavó Anita, a bisavó Celeste e o bisavô Sousa, os meus tios avôs (tio Joaquim, tio Vitalino e tio Félix), o tio Gil, o avô Francisco e a avó Conchinha e o avô António (da família do meu marido), que a todos eles, enquanto família, muitas memó-rias recordo, sendo parte da minha vida, ou antes, como eu sendo parte da vida deles e da sua descendência e todos aque-les que hoje já estão longe de mim, mas que de uma forma ou de outra os recordo, com muito carinho e com muito amor.

Às vezes, quando sentimos a falta de alguém, parece que o mundo inteiro está vazio de gente.

Lamartine

Enquanto neta, sobrinha ou filha de uma família cristã, tenho o dever de dar graças a Deus por

ter conhecido as minhas avós, por ter convivido com as avós durante 32 anos, por ter priva-do de uma forma tão próxima, por saber que é o ciclo da vida! Quero acima de tudo agradecer à minha família, em particular aos meus pais, por me terem transmitido e transmitirem ainda hoje, estes princípios e valores tão relevantes que me fazem agradecer a família que tenho, ter sido educada à sua luz e saber respeitá-la. Desde Agosto de 2014, a minha vida e, portanto, a vida da minha família mais próxima, alterou--se por completo. Desde desta data tivemos que de uma forma mais brusca e intensa modifi-car, ainda mais, o nosso dia-a--dia, por forma a dar apoio e a dar resposta às novas necessi-dades das avós. Necessidades de internamentos, necessidades de tratamentos, necessidades de novos cuidados de saúde,

novas necessidades de atenção, novas formas de comunicar e de expressar. É bom termos esta consciência e sermos humanos ao ponto de nos conseguirmos adaptar a estas novas realidades e sentir que o outro, enquanto ser que se sente doente, tem a seu lado alguém que o compreende, alguém que lhe quer o bem, alguém que lhe deseja o melhor! Penso que todas estas situações foram, o mais possível, ofereci-das às avós, Ester e Didita! Estes tempos foram difíceis… com certeza que sim… se foi difí-cil para os netos, e falo enquanto neta, o que terá sido para os filhos? Uma pessoa pensa sem-pre que poderia ter feito mais e mais, melhor e melhor! Hoje quero pensar que fiz (e fizemos, enquanto família), tudo o que podia ter feito! Hoje quero pen-sar que fiz (e fizemos, enquanto família) o melhor para as avós! Eu sei que as avós sabem e sen-

tem! Hoje quero continuar a sen-tir com a única avó que tenho, a avó do meu marido, agora minha avó… Quero sentir a avó Pi e os seus 100 anos de vida! Encontra-se um pouco debilitada, sente as suas limitações, mas a avó Pi é também um poço de orgulho para esta “nova” neta, e sentir como nos recebe, e sentir que ainda nos recebe, e sentir que ainda partilha connosco as suas histórias, tal como as outras avós também o faziam… É tão bom!Desculpem-me os ateus, mas é bom citar uma frase que o Sr. Padre deixou na despedida da minha avó Didita, que a morte deve ser encarada de uma forma natural (mesmo para as crianças) e a pessoa que parte, deve ser recordada! E é tão bom recordar, em conversas, em memórias, em fotografias, todos os nos-sos entes queridos que fizeram, fazem, e um dia, voltarão a fazer parte da nossa vida!

Sabemos que a morte é o momen-to mais certo da vida de qualquer pessoa. De mim que estou aqui a escrever, de si que está a ler e dos nossos familiares que estão a trabalhar ou a descansar. Nunca estamos preparados para a receber. A morte deixa muita saudade. Mas enquanto herdeira cristã de uma fortuna imensa de Fé, quero sempre acreditar, que esta separação será tran-sitória, até um dia, até o dia em que todos iremos, um dia, nos encontrar!É tão bom acreditar! É tão bom recordar…!Quando falo na dor da perda, assim entendida, sinto a neces-sidade de citar e recordar um poeta brasileiro contemporâneo, que todos conhecem, Caetano Veloso, que refere nas suas músicas: “(…) Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é…”; (…) Onde está você agora?...”.

Filipa Monteiro FernandesPsicóloga Organizacional

Muito para além da dor física… Uma dor que não se vê… Mas uma dor que se sente!

22 MP PSICOLOGIA

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Entre as muitas descobertas científicas do início do sécu-lo passado, existem duas que mudaram por completo a forma de compreender o ser humano no seu funcionamento psíquico: a descoberta científica do incons-ciente pessoal pelo neurologista Sigesmund Freud e do incons-ciente colectivo pelo psiquiatra Carl Gustav Jung.Por definição inconsciente signi-fica não termos acesso através da consciência. Então para pro-var cientificamente a existência destes dois inconscientes, estes dois investigadores tiveram que usar métodos inovadores. E assim Freud recorreu à análi-se profunda e sistemática dos sonhos (Ver: “ A Interpretação dos Sonhos”) e Jung apoia-se na sua genial intuição e no estudo pormenorizado e sistematizado, da cultura (literatura, poesia, pin-tura, religião etc.) produzida pelo ser humano em diferentes perío-dos e partes do mundo.Ambos os autores concluíram que toda a informação e expe-riências que o ser humano vive individual ou colectivamente, nunca se perdem. Mas atenden-do a que a nossa capacidade de “processar” essa informação é ainda muito reduzida (cerca de 5%, apenas, afirmam os físicos

quânticos), todo o resto reside no mais profundo da psique aguar-dando que seja rememoriada e trazida à consciência. Mais ainda se sabe, que estas memórias se constituem em padrões, reunidos à volta de um tema e que estes são comuns a toda a Humanidade. No inconsciente pessoal e colec-tivo estão ainda armazenadas todas as experiências acumu-ladas das gerações anteriores, inclusive dos nossos ancestrais. Constituem assim o maior patri-mónio que a Humanidade possui.Atendendo às mudanças profun-das que estamos a viver, importa estudar o que a Psicologia já sabe quanto aos medos ou temo-res profundos dos seres huma-nos e que podem paralisar ou ini-bir a nossa acção criadora, quan-do não são conscencializados e atendidos na sua especificidade.

Esses medos, ou temores uni-versais, são bem definidos por Gregg Braden (Ver: “A Matriz Divina”) e são eles:1º Temor – O medo da separa-ção e do abandono.Há um sentimento presente em todos nós e um tema praticamen-te universal, que designamos por solidão. É um sentimento tão profundo e doloroso que leva

indivíduos, grupos ou colectivos, a viverem por vezes em condi-ções abaixo da sua dignidade só para não perderem o seu vínculo de existência, ou não se sentirem excluídos.A criança completamente aban-donada afectivamente à nascen-ça, ou morre ou fica psicótica, ou seja gravemente doente mental.2º Temor – A Baixa Auto – Estima.De forma quase universal e con-tinuando a citar Gregg Braden, “há um sentimento que habita em cada pessoa e cuja manifes-tação pode variar de acordo com a cultura e a história, de que não somos suficientemente bons”.Esta baixa auto – estima e de acordo com os estudos de Freud, pode ser camuflada, negada, ou transformada no seu opos-to, e assim vamos construindo ao longo da história, pessoal e colectiva, mecanismos de defe-sa, que nos afastam ou tornam mais toleráveis estes sentimen-tos e emoções.Um dos mecanismos de defesa forte e poderoso é o da projec-ção. Através deste mecanismo eu posso construir um cenário onde sou forte, poderoso, bom e os outros é que me impedem de o ser. E em vez de aceitar os meus medos e fragilidades e de

assim me sentir irmão da huma-nidade, eu crio “bodes expiató-rios” e descarrego neles todas as minhas inquietações, decepções, de não me sentir integrado e suficientemente amado e estima-do. Faço assim uma identificação com o mal e passo a impor-me pela força.3º Temor – Render-se e confiar.Existe em todos nós uma espécie de percalço com os outros, um receio em render-se e em confiar. O outro ser humano, ou colectivo, é visto mais facilmente como ameaçador e potencial inimigo do que como amigo. Daí que o Amor, como veio Cristo há dois mil anos introduzir na nossa cultura ocidental, seja apontado como um novo man-damento. Este não confiar e acreditar atin-ge não só as nossas relações interpessoais e mundiais, mas ainda mais gravemente a nossa relação com o nosso Criador, com Deus. Este corte com o Pai produz os mesmos sentimentos do corte com o pai terreno – o sentimento de abandono, de soli-dão e de desconfiança. Ficamos e sentimo-nos órfãos.

Assim o progresso humano, parece fazer-se e dar-se no diá-logo – com nós mesmos, com os

outros e com o transpessoal.O exemplo que nos está a vir da Grécia – o berço da civili-zação europeia – é o da pro-cura de um diálogo incessan-te e sem camuflagens ou jogos defensivos- aquilo a que os seus filósofos antigos chamaram de Democracia. Como fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, como nos ensina o Génesis, ou seja, livres e com capacidade para deci-dir, não nos podemos esquecer que estamos a cada momen-to sempre a decidir. Caso con-trário seríamos marionetes nas mãos de um Criador sem amor. Quando caímos nas mãos do Mal assim ficamos!Vivemos num tempo que é pre-ciso determinação e coragem, individual e colectiva.O exemplo que nos vem da Grécia é lido por mim como um movimento transpessoal em acção e uma luta contra os medos e temores ancestrais.Peçamos ajuda aos nossos ante-passados e aos seres sobrena-turais em que fomos educados, para que adquiramos uma nova consciência do que é sermos “gente”!

Por tudo isto, eu estou profunda-mente grata ao Criador!

Maria Margarida OliveiraPsicoterapeuta

Os Medos comuns à Humanidade

Psicologia para todos

23MPPSICOLOGIA

Page 24: Moscavide Portela - Julho 2015 · te num dos seus espaços mais nobres, o Jardim Almeida Garrett e a adesão foi surpreendente durante os quatro dias que durou o Festival. Seniores,

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