MORTALIDADE INFANTIL NORIOGRANDE DOSUL · Grupos de causas Os principais grupos de causa...

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BOLETIM ~ EPIDEMIOLOGICO GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SOCREfARIA DASAÚDEEDO MEIO AMBIENTE N25 1998 AGOSTO MORTALIDADE INFANTIL NO RIO GRANDE DO SUL Análise da tendência. O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) refere-se aos óbitos de crian- ças nascidas vivas e falecidas antes de completar um ano de idade. Este indi- cador mede o risco de uma criança morrer no primeiro ano de vida, para cada 1.000 nascidos vivos. Os componentes básicos deste indicador são o coeficiente de mortalidade neonatal, (CMN) que inclui as mortes ocorridas desde o nascimento até 28 dias de vida, e o coeficiente de mortalidade pôs-neonaial (CMPN) ou infan- til tardia (CMIT), que inclui os óbitos ocorri- dos a partir do 2° mês até onze meses comple- tos. O CMN mede as mortes decorrentes de problemas relacionados aos cuidados pré-natais, à gestação, afecções perinatais e congênitas, enquanto no período pós-neonatal predominam as de natureza ambiental e social, chamadas de exógenas, como as gastroenterites, as infecções respiratórias e a desnutrição. Nas sociedades mais desenvolvias, os óbitos neonatais são largamente predominan- tes, enquanto nas regiões menos desenvolvidas, os óbitos do período pós-neonatal representam a maior proporção. Historicamente, o CMI tem sido empre- gado para medir o nível de saúde e de desen- volvimento social de uma região. Entretanto, as intervenções simples, de alta efetividade e baixo custo, como a vacinação, o uso dos sais para hidratação oral em casos de diarréia, o di- agnóstico oportuno de casos de infecção respi- ratória aguda e o seu tratamento adequado, fa- zem diminuir o componente infantil tardio. Já a redução da mortalidade neonatal é mais com- plexa, pois depende de medidas relacionadas à acessibilidade e qualidade de serviços de saú- de, serviços de atenção pré-natal e de atendi- mento ao recém-nascido (incluindo Unidades de Terapia Intensiva). Em muitos casos os óbi- tos estão relacionados a causas de difícil solu- ção, como as anomalias congênitas. No Rio Grande do Sul, observa-se uma tendência decrescente do CMN e do CMPN a partir de 1970 (Gráfico 1). Entretanto, pode-se afirmar que a partir da década de 1980, embora mantida a diminuição destes indicadores, ocor- re uma inversão, predominando as mortes neonatais sobre as infantis tardias, pois o de- créscimo da mortalidade infantil tardia foi mais acentuado. O Gráfico 2 ilustra a tendência line- ar do aumento da proporção de mortes neona- tais em relação às pós-neonatais. No período de 1991 a 1996 observa-se uma estabilidade no CM!. No ano de 1997 ocorreram 454 mortes de menores de um ano menos que em 1996. Isso representou uma re- dução de 13,7%. No que se refere ao CMI, este baixou de 18,3 a 15,9 por mil nascidos vivos ou seja um redução de 2,4 pontos. Des- tes 2,4 pontos, 79% deveu-se à redução da mortalidade infantil tardia. Este fato deve ser conseqüência de uma melhor atenção à saú- de, principalmente através de medidas pre- ventivas como a vacinação, educação em saú- de (há um grande incremento do trabalho dos agentes comunitários de saúde), diagnóstico precoce e melhor atenção médica, portanto ações que utilizam tecnologia simples e que determinam impacto a curto prazo. Gráfico 1- Evolução dos coeficientes de mortalidade infantil neo natal (CMN)e pós-neonatal (CMPN) por ano. Rio Grande do Sul, 1970 a 1997. Coef./1000 35 10 I-CMPN -CMN I 30 25 20 15 5 o 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 Ano Fonte: NIS/SSMA-RS Gráfico 2- Tendência linear da mortalidade proporcional neonatal e pos-neonatal, por ano. Rio Grande do Sul, 1970 a 1997 % 70 I-P6s-neonatal .Neo-natall 60 50 40 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 Ano Fonte: NIS/SSMAlRS

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BOLETIM~

EPIDEMIOLOGICOGOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULSOCREfARIA DASAÚDEEDO MEIO AMBIENTE

N25 1998AGOSTO

MORTALIDADE INFANTIL NO RIO GRANDE DO SULAnálise da tendência.

O coeficiente de mortalidade infantil(CMI) refere-se aos óbitos de crian-ças nascidas vivas e falecidas antes decompletar um ano de idade. Este indi-

cador mede o risco de uma criança morrer noprimeiro ano de vida, para cada 1.000 nascidosvivos.

Os componentes básicos deste indicadorsão o coeficiente de mortalidade neonatal,(CMN) que inclui as mortes ocorridas desde onascimento até 28 dias de vida, e o coeficientede mortalidade pôs-neonaial (CMPN) ou infan-til tardia (CMIT), que inclui os óbitos ocorri-dos a partir do 2° mês até onze meses comple-tos.

O CMN mede as mortes decorrentes deproblemas relacionados aos cuidados pré-natais,à gestação, afecções perinatais e congênitas,enquanto no período pós-neonatal predominamas de natureza ambiental e social, chamadas deexógenas, como as gastroenterites, as infecçõesrespiratórias e a desnutrição.

Nas sociedades mais desenvolvias, osóbitos neonatais são largamente predominan-tes, enquanto nas regiões menos desenvolvidas,os óbitos do período pós-neonatal representama maior proporção.

Historicamente, o CMI tem sido empre-gado para medir o nível de saúde e de desen-volvimento social de uma região. Entretanto,as intervenções simples, de alta efetividade ebaixo custo, como a vacinação, o uso dos saispara hidratação oral em casos de diarréia, o di-agnóstico oportuno de casos de infecção respi-ratória aguda e o seu tratamento adequado, fa-zem diminuir o componente infantil tardio. Jáa redução da mortalidade neonatal é mais com-plexa, pois depende de medidas relacionadas àacessibilidade e qualidade de serviços de saú-de, serviços de atenção pré-natal e de atendi-mento ao recém-nascido (incluindo Unidadesde Terapia Intensiva). Em muitos casos os óbi-tos estão relacionados a causas de difícil solu-ção, como as anomalias congênitas.

No Rio Grande do Sul, observa-se umatendência decrescente do CMN e do CMPN apartir de 1970 (Gráfico 1). Entretanto, pode-seafirmar que a partir da década de 1980, emboramantida a diminuição destes indicadores, ocor-re uma inversão, predominando as mortesneonatais sobre as infantis tardias, pois o de-créscimo da mortalidade infantil tardia foi maisacentuado. O Gráfico 2 ilustra a tendência line-ar do aumento da proporção de mortes neona-tais em relação às pós-neonatais.

No período de 1991 a 1996 observa-seuma estabilidade no CM!. No ano de 1997ocorreram 454 mortes de menores de um ano

menos que em 1996. Isso representou uma re-dução de 13,7%. No que se refere ao CMI,este baixou de 18,3 a 15,9 por mil nascidosvivos ou seja um redução de 2,4 pontos. Des-tes 2,4 pontos, 79% deveu-se à redução damortalidade infantil tardia. Este fato deve serconseqüência de uma melhor atenção à saú-

de, principalmente através de medidas pre-ventivas como a vacinação, educação em saú-de (há um grande incremento do trabalho dosagentes comunitários de saúde), diagnósticoprecoce e melhor atenção médica, portantoações que utilizam tecnologia simples e quedeterminam impacto a curto prazo.

Gráfico 1- Evolução dos coeficientes de mortalidade infantilneo natal (CMN)e pós-neonatal (CMPN) por ano.

Rio Grande do Sul, 1970 a 1997.

Coef./100035

10

I-CMPN -CMN I30

25

20

15

5

o70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97

Ano

Fonte: NIS/SSMA-RS

Gráfico 2- Tendência linear da mortalidade proporcionalneonatal e pos-neonatal, por ano. Rio Grande do Sul, 1970 a

1997

%70 I-P6s-neonatal .Neo-natall

60

50

40

70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97

Ano

Fonte: NIS/SSMAlRS

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Grupos de causas

Os principais grupos de causa responsá-veis pela mortalidade infantil no Estado são asinfecciosas intestinais, respiratórias, congêni-tas, perinatais e mal definidas. No Gráfico 3pode-se observar a tendência linear dos coefi-cientes destas causas por grupos de anos, den-tro do período de estudo. As infecciosas e asrespiratórias foram as que mais reduziram, fe-nômeno também observado no período 96-97(Tabela 1).

Distribuição geográfica

Com a finalidade de caracterizar a ocor-rência de desigualdades regionais, por gruposde municípios, uma análise do comportamentodo CMI por Delegacia Regional de Saúde(DRS) mostra que existe uma variabilidade emtomo da média, revelando que a mortalidadeinfantil não é uniforme em todo o Estado. OnzeDRSs apresentam coeficientes abaixo da mé-dia (menor que 16/1.(00), uma coincide com amédia e seis estão acima (Gráfico 4 e mapa 1).Os dois coeficientes mais baixos foram os dasDRSs de Erechim e Osório e os mais altos (aci-ma da média), referentes às DRSs de Bagé, Ale-grete, Pelotas, Cachoeira do Sul, Cruz Alta eLajeado. Entretanto, deve-se salientar que, das18 DRSs do Estado, em 14 o CMI diminuiu noano de 1997 em relação a 1996. Das seis DRSsem que o CMI foi mais alto, em três houve au-mento nesse último ano (1997). Com a finali-dade de avaliar o CM! em um período de tem-po maior, o Núcleo de Informações em Saúdeda SSMA calculou um coeficiente médio paraos últimos seis anos. Com este cálculo, obser-vou-se que cinco das seis DRSs permanecemcom os coeficientes mais altos, saindo do gru-po a Delegacia Regional de Lajeado e entrandoa de Santa Cruz do Sul e a I" DRS, correspon-dente à região metropolitana.

Ações desenvolvidas

Para avaliar a situação das seis DRSs comCMI mais alto, bem como propor as ações de

o Boletim Epidemiológico é um órgão deinformação técnica em saúde, editado pelaSecretaria da Saúde e do Meio Ambientedo Rio Grande do Sul.

Consultor Técnico: Dr. Airton FischrnannJornalista responsável: Luiz GonzagaGonçalves, reg. profissional 3794/RSTiragem: 5.000 exemplaresEndereço para correspondência: AvenidaBorges de Medeiros, 1501, 6º andar - CEP90119-900 - Porto Alegre, RS - BRASILFones (051) 225-0436 e 226-3100 - ramal2048Fax 227-5060E; mail: [email protected]ção gratuita

Gráfico 3- Tendência linear da mortalidade infantil porgrupos de causas e por períodos de anos.

Rio Grande do Sul, 1991 a 1997

1500 i---r=:==:========'=====:=========il

1000ooooo 500~Qjoo

o

-500 ----------------------------------------~71 - 75 76 - 80 81 - 85

Fonte: NIS/SSMNRS

saúde mais adequadas, o Secretário da Saúdee do Meio Ambiente reuniu-se em maio de1998 com os Delegados Regionais de Saúde,Secretários Municipais de Saúde dos muni-cípios sede e vários assessores. A mortalida-de infantil de cada DRS foi analisada pormunicípios, detectando-se os de maior mor-talidade. A decisão conjunta tomada na reu-nião foi a de realizar uma série de atividadesprioritárias, que pudessem causar impacto acurto e a médio prazo. Considerando-se aiminente chegada dos meses mais frios, o gru-po concordou que um maior impacto poderiaser conseguido a curto prazo, nos meses dejunho, julho, agosto e setembro, através dadetecção precoce de caso de infecção respi-ratória aguda. Para essa atividade deverá serestimulada a atuação dos agentes comunitá-rios de saúde, e/ou associações e liderançascomunitárias, detectando, orientando e enca-minhado os menores de um ano com sinto-mas respiratórios aos postos de atendimento

86 - 90 91 - 95 96 - 97

Ano

à saúde. Também foram recomendadas a mé-dio prazo, medidas de melhoria da atençãopré-natal, indicação de pediatra na sala departo e apoio no sentido de criação e realiza-ção de melhorias dos centros de terapia in-tensiva de recém-nascidos bem como o trei-namento de pessoal necessário à implemen-tação dessas medidas.

Informações sobre o SIM e o SINASC

Com a conclusão dos levantamentos dosSistemas de Mortalidade (SIM) e de Nasci-mento (SINASC), referentes ao ano de 1997,ocorrido no final do mês de abril, foram di-vulgados pela SSMA os novos indicadores demortalidade infantil do Estado.

A SSMA possui os dois Sistemas Vitais,Nascimento e Mortalidade, implantados em to-dos os 467 municípios do Rio Grande do Sul.

Desde 1970, o Sistema de Informaçãosobre Mortalidade - SIM/RS, vem sendo

TABELA 1Principais causas de morte em menores de um ano de idade,

Rio Grande do Sul, 1996 -1997

Transtornos respiratórios do recém-nascido 939 898 -41 -4,4

(anoxia, membrana hialina, asperação)

247Septicemia 295 -48 -16,3

-92 -28,9

-18 -9,1

-24 -11,9

3 2,3

-63 -47,7

-12 -15,2

5 17,9

Pneumonia e gripe

180

318 226

198

202 178Mal formações do aparelho circulatório

69

133 136

132

Complicações da gravidez

79 67

Infecciosas intestinais

28 33

Transtornos do crescimento

Mal formações do sistema nervoso

AIOS

Fonte: NIS/SSMA

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Gráfico 4- Coeficiente de Mortalidade Infantil, por DelegaciasRegionais de Saúde, Rio Grande do Sul, 1996 - 1997

Ba~éA~~?~ra~

Cachoeira do SulCruz AltaLajeado

Santa CruzPorto Alegre (1')

Passo FundoPorto Alegre (2'1

Caxias do SuSanta Rosa

Santa Maria~~~§§i~~~==_____JSanto Angelo.!jui

Palmeira das MissoesOsório

Erechimo 5 10 15 20

Coef./l000

1_19971 [1iilI1996 1

25 30

Fonte: NIS/SSMNRS

Mapa- Coeficiente de Mortalidade Infantil por Delegacias Regionais de Saúde

Rio Grande do Sul, 1997

TABELA 2Modelo de distribuição da mortalidade pelo tempo de vida em menores

de um ano de idade. Números absolutos e proporcionais.Rio Grande do Sul, 1995, 1996 e 1997

729 20,7 586 17,6 525 18,3226 6,4 340 10,2 304 10,6227 6,5 191 5,8 192 6,7132 3,8 110 3,3 126 4,494 2,7 90 2,7 77 2,757 1,6 58 1,7 65 2,355 1,6 49 1,5 44 1,5

1.520 43,2 1,424 42,9 1,333 46,5504 14,3 468 14,1 455 15,927 0,8 28 0,8 21 0,7

315 9 319 9,6 245 8,5224 6,4 241 7,3 177 6,2179 5,1 187 5,6 142 5177 5 159 4,8 117 4,1127 3,6 128 3,9 89 3,1107 3 93 2,8 75 2,6101 2,9 76 2,3 45 1,680 2,3 70 2,1 49 1,752 1,5 48 1,4 36 1,356 1,6 38 1,1 51 1,8481,4 421,3 321,1

1.493 42,5 1.429 43 1,079 37,6

Fone: NIS/SSMAlRS

monitorado no que diz respeito à cobertura(quantitativo) e no fator qualidade, ou seja, opreenchimento correto da Declaração de Óbi-to (DO), seu documento básico.

Nas duas situações a evolução tem sidofavorável. O Sub-Registro de Óbito oscila emtorno de 1,0%, enquanto que as "Causas MalDefinidas", situações que servem para medira maior ou menor especificidade do sistemaquanto aos tipos de mortes, decrescem anu-almente, estando hoje em 5,4%.

Nesse Grupo de Causas estão cataloga-dos os óbitos "Sem Assistência Médica", osquais representam 3,5% daquele percentual.Portanto, ficam restando apenas 1,9% de"Mal Definidas", o que empresta um impor-tante indicativo de qualidade ao dado produ-zido.

É importante referir o seguinte concei-to: "Dentro do primeiro ano de vida, o riscode morrer é maior no primeiro mês. No pri-meiro mês, o risco é maior na primeira sema-na, e nesta, no primeiro dia".

Avaliando-se a tabela 2, que detalha amortalidade infantil pelo tempo de vida, nosúltimos três anos, encontramos um padrão dedistribuição dos óbitos epidemiologicamentecerto, sendo mais um fator a dar credibilidadeao SIM.

Até o ano de 1991, a SSMA calculou oCoeficiente da Mortalidade Infantil - CM!,com base no número de menores de um anode idade revelados pelos Censos ou Estima-tivas Populacionais referendadas pelo Regis-tro Civil e IBGE.

Em 1992 foi implantado em todo o Es-tado o Sistema de Informação sobre Nasci-dos Vivos SINASC/RS, o qual veio corrigiro problema do denominador.

Desde aquele ano, o CMI vem sendomensurado de forma direta, isto é, no nume-rador o número de óbitos revelados pelo SIM,e no denominador o número de nascidos vi-vos recolhidos pelo SINASC, diretamente noshospitais.

Como o parto domiciliar no RS está em0,9%, a metodologia própria do sistema al-cança grande cobertura.

Por outro lado, estudos realizados emduas ocasiões pelo Núcleo de Informação emSaúde, comprovou a existência de um Sub-Registro de Nascimento quando a fonte foroRegistro Civil.

Nos anos de 1994-95, foi constatadauma falta de registro de nascimentos da or-dem de 27,2%.

Em 1996-97, ocorreu um incremento de3,4 pontos percentuais, passando o sub-rcgis-tro para 30,6%.

À medida em que o SINASC faz buscaativa na maternidade, ao seu documento ofi-cial, a Declaração de Nascido Vivo, está evi-tando, na origem, a supressão de nascimen-tos no cômputo geral.

Por isso, o SINASC, desde a sua implan-tação, vem demonstrando ser um método rá-pido e confiável para revelar o total de nasci-mentos ocorridos em um determinado perío-do. Passou a servir de base fidedigna para ocálculo de vários indicadores de saúde e vempermitindo que programas especiais possamse aproximar ao máximo do contingente decrianças que necessitam ser assistidas.

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SARAMPO

Em 1997, o Estado do RioGrande do Sul enfrentouuma epidemia de saram-

po, com 2.325 casos suspeitosnotificados, dos quais, 431 fo-ram confirmados por laborató-rio. A partir da semana n° 36,até a semana 48, realizou-seuma campanha de vacinaçãocom a vacina tríplice viral emmenores de 12 anos, com umacobertura vacinal de 99,3%deste grupo etário, além de va-cinação de contatos de casossuspeitos desta doença. O Grá-fico 5 mostra o impacto destasmedidas, sendo que o últimocaso confirmado por laborató-rio ocorreu na semana 13 de1998. A maioria dos casos con-firmados ocorreu nos maioresde 14 anos (70%), sendo que afaixa etária de 20 a 29 anos foiresponsável por 50% de todosos casos confirmados.

As atividades de vigilânciaepidemiológica continuam emexecução, com investigação de92% dos casos notificados, deforma oportuna (até 48 horasdepois da notificação), com co-leta de amostras adequadas,além das medidas de controlepertinentes. As coberturas va-cinais em menores de um anode idade são superiores a 95%no Estado.

ERRATA 1: NoBoletim Epidemi-ológico n2 4 demaio de 1998, aTabela 1 contémerros de soma epercentuais. As-sim, com a finali-dade de facilitara correção, soli-citamos substi-tuí-Ia pela tabelaao lado:

Doenças Notificadas no Estado do Rio Grande do Sul porSemana Epidemiológica. 1997-1998

1 Semana finalizada em 09/05/98. dados preliminaresCasos notificados e investigados de Paralisia Flácida Aguda (PFA)Confirmados por laboratório

4 Dados referentes a casos novos registrados no 1º trim/97-98

Gráfico 5- SARAMPO:Casos confirmados por laboratório, por ano esemana epidemiológica. Rio Grande do Sul, 1997 -1998

Casos Iniciodasatividadesde40 ~------~~va~Ci~na~çã~o=co~m~tr~ip~lice~v=ira~l=em~m=e~no~re~s-------'

de 12anos

30

I.••TodasidadesI

Sarampo: Casos confirmados por laboratório e coeficientede incidência por grupo etário, RS, 1997.

=======

10

20

o )~~---------------------~~~~--~~~2628303234 36 38 40 42 44 46 48 50 52 1 3 5 7 9 11 1315171921

19~ 1~8Ano/Semanas epidemiológicas

Fonte:DCDTNSSMNRS

:::::::::::::::::::;:;: :;:;:;:;:;:;:;:;:;:: :.:.:.:.:.:.:.:.:.'.:.:.:.:.:.;.

:·:·~IIIl~._:25,675,153,393,024,8211,102,490,00

< 1 ano 190.863 491 a 4 757.304 395 a 9 1.002.484 3410 a 14 959.957 2915a19 851.013 4120a29 1.711.681 19030 a 39 1.523.568 3840 e + 2.682.429 Oign 11

11,379,057,896,739,51

44,088,820,002,55-

Fonte: DCDTAlDAS/SSMA-RS

ERRATA 2: Leia-se na última pági-na do Boletim Epi-demiológico nº 4,no quadro "Doen-ças Notificadasno Estado .. ." Ca-sos acumuladosaté a sem. 52/96,ao invés de até asem. 52/97 e ca-sos acumuladosaté a sem. 53/97,ao invés de até asem. 53/98.