Morfologia Urbana e Desenho da Cidade

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3 RESUMO DE MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE , JOSÉ LAMAS CAPÍTULO 2 A MORFOLOGIA URBANA A MORFOLOGIA URBANA O termo morfologia utiliza-se para designar o estudo da configuração e da estrutura exterior de um objecto. É a ciência que estuda as formas, interligando-as com os fenómenos que lhes deram origem. O conhecimento do meio urbano implica necessariamente a existência de instrumentos de leitura que permitam organizar e estruturar os elementos apreendidos, e uma relação objecto-observador. Portanto, podemos clarificar três pontos: - a morfologia urbana é o estudo da forma do meio urbano nas suas partes físicas exteriores, ou elementos morfológicos, e na sua produção e transformação no tempo; - um estudo da morfologia urbana ocupa-se da divisão do meio urbano em partes e da articulação destes entre si com o conjunto que definem. O que remete para a necessidade de identificação e clarificação dos elementos morfológicos, quer em ordem à leitura ou análise do espaço quer em ordem à sua concepção ou produção; - um estudo do morfológico deve ter em conta os níveis ou momentos de produção do espaço urbano. A FORMA URBANA Então a noção de “forma urbana” corresponderia ao meio urbano como arquitectura, ou seja, um conjunto de objectos arquitectónicos ligados entre si por relações espaciais, a arquitectura será assim a chave da interpretação correcta e global da cidade como estrutura espacial. Pode-se definir a forma urbana como: aspecto de realidade ou modo como se organizam os elementos morfológicos que constituem e definem o espaço urbano, relativamente à materialidade dos aspectos de organização funcional quantitativa e dos aspectos qualitativos e figurativos. - Aspectos quantitativos: todos os aspectos da realidade urbana que podem ser quantificáveis e que se referem a uma organização quantitativa: densidades, superfícies, fluxos etc. - Aspectos de organização funcional: relacionam-se com as actividades humanas: habitar, instruir-se, tratar-se, comerciar, etc, e também com o uso de uma área, espaço ou edifício, ouseja, o tipo de uso do solo. - Aspectos qualitativos: referem-se ao tratamento dos espaços, ao conforto e à comodidade do utilizador. Nos edifícios poderão ser a insonorização, o isolamento térmico, a correcta insolação, e no meio urbano pode ser o estado dos pavimentos, a adaptação ao clima, a acessibilidade, etc. - Aspectos figurativos: os aspectos figurativos relacionam-se essencialmente com a comunicação estética. Nos vários contextos históricos os elementos morfológicos são semelhantes: rua e praça, edifícios, fachadas e planos marginais, monumentos isolados. As diferenças resultam do modo como esses elementos se posicionam, se organizam e se articulam entre si para constituir o espaço urbano. A forma terá de se relacionar com a função de modo a permitir o desenvolvimento eficaz das actividades que nela se processam. Se os três princípios básicos da arquitectura – função, construção e arte – estão sempre presentes na arquitectura e na cidade, já o peso que cada um deles assume no processo criativo pode sofrer alterações entre duas posições extremas. Uma posição “funcionalista”, segundo a qual uma forma física que corresponde logicamente aos problemas funcionais do contexto é bela, uma vez que a beleza é uma qualidade inerente a todo o sistema bem resolvido, “FORM FOLLOWS FUNCTION”. Ou então o “antifuncionalismo”, que aceita que a concepção da forma seja ditada de modo independe por outros objectivos, para criar a emoção ou o embelezamento da estrutura. Ou seja, a própria função também se

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Parte II - A morfologia urbana Pág 35 até 130

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RESUMO DE MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE, JOSÉ LAMAS

CAPÍTULO 2 – A MORFOLOGIA URBANA

A MORFOLOGIA URBANA

O termo morfologia utiliza-se para designar o estudo da configuração e da estrutura exterior de um objecto. É a ciência que estuda as formas, interligando-as com os fenómenos que lhes deram origem. O conhecimento do meio urbano implica necessariamente a existência de instrumentos de leitura que permitam organizar e estruturar os elementos apreendidos, e uma relação objecto-observador.

Portanto, podemos clarificar três pontos: - a morfologia urbana é o estudo da forma do meio urbano nas suas partes físicas exteriores, ou elementos morfológicos, e na sua produção e transformação no tempo; - um estudo da morfologia urbana ocupa-se da divisão do meio urbano em partes e da articulação destes entre si com o conjunto que definem. O que remete para a necessidade de identificação e clarificação dos elementos morfológicos, quer em ordem à leitura ou análise do espaço quer em ordem à sua concepção ou produção; - um estudo do morfológico deve ter em conta os níveis ou momentos de produção do espaço urbano. A FORMA URBANA Então a noção de “forma urbana” corresponderia ao meio urbano como arquitectura, ou seja, um conjunto de objectos arquitectónicos ligados entre si por relações espaciais, a arquitectura será assim a chave da interpretação correcta e global da cidade como estrutura espacial. Pode-se definir a forma urbana como: aspecto de realidade ou modo como se organizam os elementos morfológicos que constituem e definem o espaço urbano, relativamente à materialidade dos aspectos de organização funcional quantitativa e dos aspectos qualitativos e figurativos. - Aspectos quantitativos: todos os aspectos da realidade urbana que podem ser quantificáveis e que se referem a uma organização quantitativa: densidades, superfícies, fluxos etc. - Aspectos de organização funcional: relacionam-se com as actividades humanas: habitar, instruir-se, tratar-se, comerciar, etc, e também com o uso de uma área, espaço ou edifício, ouseja, o tipo de uso do solo. - Aspectos qualitativos: referem-se ao tratamento dos espaços, ao conforto e à comodidade do utilizador. Nos edifícios poderão ser a insonorização, o isolamento térmico, a correcta insolação, e no meio urbano pode ser o estado dos pavimentos, a adaptação ao clima, a acessibilidade, etc. - Aspectos figurativos: os aspectos figurativos relacionam-se essencialmente com a comunicação estética. Nos vários contextos históricos os elementos morfológicos são semelhantes: rua e praça, edifícios, fachadas e planos marginais, monumentos isolados. As diferenças resultam do modo como esses elementos se posicionam, se organizam e se articulam entre si para constituir o espaço urbano.

A forma terá de se relacionar com a função de modo a permitir o desenvolvimento eficaz das actividades que nela se processam. Se os três princípios básicos da arquitectura – função, construção e arte – estão sempre presentes na arquitectura e na cidade, já o peso que cada um deles assume no processo criativo pode sofrer alterações entre duas posições extremas. Uma posição “funcionalista”, segundo a qual uma forma física que corresponde logicamente aos problemas funcionais do contexto é bela, uma vez que a beleza é uma qualidade inerente a todo o sistema bem resolvido, “FORM FOLLOWS FUNCTION”. Ou então o “antifuncionalismo”, que aceita que a concepção da forma seja ditada de modo independe por outros objectivos, para criar a emoção ou o embelezamento da estrutura. Ou seja, a própria função também se

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adapta à forma, ou a mesma função pode coexistir e processar-se em formas diferentes, “FUNCTION FOLLOWS FORM”. Por exemplo, qualquer equipamento, como os cinemas ou os teatros, deve antes do mais, funcionar, ou seja, centram-se no funcionamento do programa. A estética funcionalista estende-se ao desenho de interiores, à decoração, ao desenho industrial, à moda e ao vestiário, o bom funcionamento torna-se por si só um item de qualidade. A organização funcionalista das cidades anulou as considerações morfológicas. O zonamento e a atribuição de uma função exclusiva a cada parcela do território tornaram-se métodos universais do urbanismo, produzindo cidades monótonas e pouco estimulantes, sem lugar para a surpresa, a complexidade e a emoção. O funcionalismo foi, sem dúvida, uma teoria urbanística e arquitectónica, mas foi, antes do mais, uma estratégia de representação desenhada e construída, traduziu-se mais pela imagem estética, gráfica e espacial do que por uma correlação exacta da forma com a função. Por outro lado uma mesma função pode existir convenientemente em formas distintas, a reutilização de antigos edifícios tem permitido obter excelentes resultados no grau de utilização, significado estético e quantidade ambiental. A concepção da forma não se esgota na correspondência a uma ou mais funções, tem também motivações mais complexas e profundas. A forma arquitectónica é a maneira como as partes ou estratos se encontram dispostos no objecto e também o poder de explicitar e evidenciar esta disposição. É unicamente através da figura que podemos descobrir o sentido do fenómeno e reconstruir a totalidade, a pluralidade dos seus elementos construtivos e das suas proposições. O que caracteriza a obra arquitectural é de natureza eminentemente figurativa. Entende-se por aspectos figurativos, os aspectos da forma que são comunicáveis através dos sentidos. E “figura”, ao poder de comunicação estética da forma, ou seja, ao modo como se organizam as diferentes partes que constituem a forma, com objectivos de comunicação. Os valores estéticos só são comunicáveis através dos sentidos e que, apesar das características da forma não se resumirem aos aspectos sensoriais, estes são determinados na sua compreensão. - Sistema de orientação: respeita o esquilíbrio vertical e também as cimas de cima/baixo, esquerda/direita, etc., que permitem ao homem orientar-se na cidade. É como um “sexto sentido”, que numa cidade dependerá fundamentalmente dos sistemas de referência: marcas ou monumentos, zonas ou bairros, etc. - Sistema visual: É através da visão que se constrói a parte mais importante da imagem da cidade, no entanto, o sistema de observação do espaço urbano, pressupõe o movimento e a apreensão do espaço em sequência visual. - Sistema táctil: Aqui se incluem todas as percepções térmicas e de fricção com a atmosfera: o vento, as correntes de ar, o calor, o frio, que também são importantes na vivência, compreensão e caracterização da cidade.

- Sistema olfactivo: Este sistema pertence essexncialmente à experiência da cidade, embora seja um factor de menor controlo e incidência no desenho da forma urbana, tal como tem sido analisada.

PRODUÇÃO E FORMA DA CIDADE E PRODUÇÃO FORMA DO TERRITÓRIO A expressão território designa a extensão da superfície terrestre na qual vive um grupo humano, ou melhor, o espaço construido pelo homem, em oposição ao que poderíamos designar por espaço natural, e que não terá sido humanizado. A forma humana não pode ser desligada do seu suporte geográfico, ou seja, o território preexistente constitui sempre um elemento determinante na criação arquitectónica. A paisagem humanizada e a paisagem natural adquiriram qualidades figurativas, foram carregadas com atributos de beleza, capazes de provocar a emoção estética, permite então considerar que as operações sobre a paisagem são também do domínio arquitectónico-urbanístico.

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DIMENSÕES ESPACIAIS NA MORFOLOGIA URBANA A compreensão e concepção das formas urbanas ou do território coloca-se a diferentes níveis, diferenciados pelas unidades de leitura e de concepção. Dimensão sectorial: É a mais pequena unidade, ou porção de espaço urbano, com forma própria. Uma infinidade de elementos que organizados entre si, definem a forma urbana (edifícios, o traçado, estrutura verde, mobiliário urbano). Dimensão urbana: Pressupõe uma estrutura de ruas, praças ou formas de escalas inferiores. Os elementos morfológicos têm de ser identificados com as formas a escalas diferentes e a análise da forma necessita do movimento e dos vários percursos (traçados e praças, quarteirões e monumentos, jardins e áreas verdes). Dimensão territorial: A forma estrutura-se através da articulação de diferentes formas à dimensão urbana. A forma das cidades define-se pela distribuição dos seus elementos primários ou estruturantes (bairros, grande infra-estruturas viárias e grandes zonas verdes). Tricart define três escalas principais na paisagem urbana: escala da rua, escala do bairro e a escala da cidade inteira. Estas categorias estabelecidas permitem sistematizar o conhecimento do espaço urbano. O desenho urbano – por necessidades da estrutura mental e operativa humana organiza a forma pela adição e composição dos elementos morfológicos, ou formas de escalas inferiores. Esta classificação pretende clarificar a leitura do território, articulando-a com os diferentes níveis de produção do espaço. OS ELEMENTOS MORFOLÓGICOS DO ESPAÇO URBANO Solo: É a partir do território existente e da sua topografia que se desenha ou constrói a cidade. O pavimento é um elemento de grande importância no espaço urbano, contudo de uma grande fragilidade e sujeito a inúmeras mudanças. Os edifícios: É através dos edifícios que se constitui o espaço urbano e se organizam os diferentes espaços identificáveis e com “forma própria”: a rua, a praça, o beco, a avenida, etc. Os edifícios agrupam-se em diferentes tipos, decorrentes da sua função e forma. Esta interdependência é um dos campos mais sólidos em que se colocam as relações entre cidade e arquitectura. O lote: O edifício não pode ser desligado do lote ou da superfície do solo que ocupa, este é a génese e fundamento do edificado. A forma do lote é condicionante da forma do edifício e consequentemente, da forma da cidade. O quarteirão: O quarteirão é um contínuo d edifícios agrupados entre si em anel, ou sistema fechado e separado dos demais, é o espaço delimitado pelo cruzamento de três ou mais vias e subdivisível em lotes para construção de edifícios. O quarteirão agrega e organiza os outros elementos da estrutura urbana: o lote e o edifício, o traçado e a rua, e as relações que estabelecem com os espaços públicos, semipúblicos e privados. A fachada: A relação do edifício com o espaço urbano processa-se pela fachada. São as fachadas que exprimem as características distributivas, o tipo de edificado, as características e linguagem arquitectónica, um conjunto de elementos que irão moldar a imagem da cidade. O logradouro: O logradouro constitui o espaço privado do lote não ocupado por construção, as traseiras, o espaço privado separado do espaço público pelo contínuo edificado. É através da utilização do desenho do logradouro que se faz parcialmente a evolução das formas urbanas do quarteirão até ao bloco construído. O traçado da rua: Assenta num suporte geográfico preexistente, regula a disposição dos edifícios e quarteirões, liga os vários espaços e partes da cidade, e confunde-se com o gesto criador. O traçado estabelece a relação mais directa de assentamento entre a cidade e o território. É o traçado que define o plano, intervindo na organização da forma urbana a diferentes dimensões. A praça: A praça é um elemento morfológico das cidades ocidentais e distingue-se de outros espaços, que são resultado acidental de alargamento ou confluência de traçados. A praça pressupõe a vontade e o desenho de uma forma e de um programa. É um elemento morfológico identificável na forma da cidade e utilizável no desenho urbano na concepção arquitectónica.

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O monumento: O monumento é um facto urbano singular, elemento morfológico individualizado pela sua presença, configuração e posicionamento na cidade e pelo seu significado. O monumento desempenha um papel essencial no desenho urbano, caracteriza a área ou bairro e torna-se pólo estruturante da cidade. A árvore e a vegetação: Caracterizam a imagem da cidade, têm individualidade própria, desempenham funções precisas: são elementos de composição e do desenho urbano, servem para organizar, definir e conter espaços. O mobiliário urbano: Situa-se na dimensão sectorial, na escala da rua, não podendo ser considerado de ordem secundária, dado as suas implicações na forma e equipamento da cidade. É também de grande importância para o desenho da cidade e a sua organização, para a qualidade do espaço e comodidade. Evolução do Território A cidade como qualquer organismo vivo, encontra-se em contínua modificação. O tempo é fundamental para compreender o território como objecto físico e também para posicionar a intervenção do arquitecto. A evolução das formas urbanas põe duas ordens de questões: a primeira relacionada com o desenvolvimento urbano, o estudo morfológico pressupõe a consideração do crescimento urbano, que é indissociável ao estudo das cidades; e a segunda relativamente à reutilização de partes da cidade, as políticas de recuperação, reabilitação e restauro de áreas urbanas pressupõe diferentes usos e consequentes modificações da imagem e da forma. A disciplina do urbanismo tem como objectivo dominar o território e os seus mecanismos de transformação: construir, adaptar ou conservar o espaço. O espaço já não pode ser construído sem planos e projectos da sua implementação. Poète estabelece o conceito de persistência, que afirma que a análise histórica da cidade revela existirem elementos em contínua transformação e elementos que não se modificam totalmente e persistem, como os monumentos, traçados, vias e a estrutura fundiária. À escala da rua, as transformações são facilmente visíveis, desde a montra da loja ao mobiliário urbano, já à dimensão urbana, o tipo de modificações é mais lento e de maior profundidade, novas ruas, novos edifícios, etc. NÍVEIS DE PRODUÇÃO DO ESPAÇO A prática do planeamento organiza-se em níveis de actuação determinados pela própria natureza dos métodos, objectivos e conteúdos, e escala dos problemas e dimensão geográfica das intervenções. Podemos distinguir três níveis de produção do espaço:

- Nível de Planeamento – Programação – Planificação: O arranque de todo o planeamento é uma fase de determinação de objectivos socioeconómicos, a programação aparece como etapa preliminar das acções do urbanismo, na qual se fixa o programa a ser executado no futuro.

- Nível urbanístico – O plano: Trata-se de precisar os objectivos no espaço e no tempo e de espacializar com maior pormenor a execução dos propósitos anteriores, implica a definição das morfologias urbanas e a consideração das possibilidades físicas do território.

-Nível de construção – O projecto: Executa-se a construção do território de acordo com os objectivos e programa definidos, é a fase de construção, preparada pelo projecto e concretizada na obra. URBANISMO E ARQUITECTURA O que diferencia o urbanismo da arquitectura não é a dimensão espacial nem o escalão da intervenção, mas a acção político-administrativa a conduzir no tempo e no jogo de forças económicas e sociais. O urbanismo implica a condução de um plano no tempo e no jogo de agentes e actores políticos, económicos e sociais, também tem como objectivo a mediação e resolução dos conflitos entre os interesses públicos e privados que disputam a fruição do espaço urbano. O desenho urbano e o desenho de edifícios não são mais que dois momentos de uma mesma disciplina: a arquitectura, intervindo em diferentes momentos e com distintos processos, mas com um único instrumento fundamental: o desenho.

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