MONTIJO 0 Ê f->CO CAM ILO-. 0 0 4 · vilhosas do seu génio ímpar, tudo se transplantou para a...
Transcript of MONTIJO 0 Ê f->CO CAM ILO-. 0 0 4 · vilhosas do seu génio ímpar, tudo se transplantou para a...
Preço 1$00 Quinte-feira, 5 de Junho de 1958 Ano IV - N.° 168
Proprietário, Administrador e Editor
v . s . M O T T A P I N T O
C A M I L O - .REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA, 18 - T e l e f . 026467 ------------------------------------ M O N T I J O -----------------------------------------COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO-TIPOGRAFIA SIMÕES, Lda. - T e l e f , 22371 - SETÚBAL
D I R E C T O R
Á L V A R O V A L E N T E S 0
m a i o r J e i v e n l u r a a o !
Fez no dia 1 do corrente 68 anos que o grande escritor português desapareceu da cena da Vida.
Cumpre-me recordá-lo,Camilianista desde os de
zoito anos, sinto-me no dever de recordar a data e comentá-la com algumas palavras tiradas, da profunda admiração que sempre nutri pelo genial romancista.
Talvez que grande parte dessa admiração se fundamente na desventura que o perseguiu desde o nascimento até ao túmulo, continuando ainda depois da morte nas arremetidas que por vezes surgem nas letras pátrias, contra quem já não pode desatrontar-se. Essa desventura atroz, persistente, filha do Destino e também da Inveja, encontrou no meu sentimento piedoso,— naquele sentimento que sempre me inclinou para os perseguidos, para os fracos, para os humildes — uma simpatia estranha, um desejo veemente de me ju lgar ao preito que a sua existência e a sua memória me impuseram.
Tenho lido os maiores escritores da terra portuguesa e muitos dos classificados de «inferiores». Com pulsei-os, estudei-os, perscrutei-os, percorri as respectivas biografias pausadamente, como quem pretende penetrar nos bastidores que encobrem os vultos e as suas vidas íntimas.
Nunca descobri nas tormentas de prosadores e poetas um desventurado m aior!
Tal como a F lo ra Tosca, vítima da Arte, vítim a do Amor, sofreu a cainçada que lhe atravessou as estradas do talento, sofreu as desditas da sua volubilidade am orosa por aventuras de tragédia e dor.
Por cima das odisseias, a doença escrevendo páginas dramáticas que tiveram por epílogo o acto tresloucado de 1 de Junho de 1890.
fo i, pois, uma vida tempestuosa, infernal, que nem 0 «Inferno» de Dante poude Prever.
Daqui resultou, possivelmente, essa obra desigual, anfractuosa, cheia de repelões e de voos superiores,
entre gargalhadas e ironias e lágrim as, que ficou na história da literatura portuguesa como um monumento de incom parável beleza.
A obra d o escritor é tanto mais sentida e perfei
ta quanto mais ele v ive e retlecte as próprias transmutações dolorosas.
E assim foi que, sendo a vida de Cam ilo um prod igioso liv ro de angústias e de decepçõesmaquiavélicas, misto de esperanças e de desilusões, quer nos livros de fancaria, escritos sobre o joelho para matar a fome, quer nas produções m aravilhosas do seu génio ímpar, tudo se transplantou para a p r o s a mágica, sibilante, fantástica, para a poesia lír ica e ultra romântica, filha da época, que formam
a obra desconexa e form idável da sua autoria.
A sentimentalidade irmã dos que andam na «travessia» por caminhos dolorosos impôs-lhes estas vibrá- teis homenagens de identidade e de justiça.
A data que comemoramos por simples recordação é um símbolo da sensibilidade de c a d a um desses, transfundida em palavras escritas e em expressões de simpatia e de compaixão profunda.
Cada um de nós, fiel ao culto, fez das efemérides um calendário q u e nos obriga a recordar o seu nascimento, a sua morte, as provações contínuas de toda uma existência de fatalismo.
E is porque, neste dom ingo i n v e r n o s o em que escrevemos, recordamos o outro domingo trágico em que o seu revó lver pôs termo aos horrores da cegueira e da tortura individual.
B R E V E E S B O Ç O
d u m a v i s i t a a o P o r l o
E S T A M P A S
Veióoó papuitueó e CalSeá
Ê f->CO
0 0 4
JO
Cb( Cd' 02
cateá itaô maicâaá daàSob o signo da boémia
Nesta secção onde tudo tenho feito menos o elogio pessoal, a moldura destinada a embonecar o retrato de já extintos jornalistas do
&
a
<so
P o r C o n s i g l i e r i S á P e r e i r a
Assim como um dia, na capital, subi ao zimbório da Estre la é abarquei, com a
Por Amaral Frazão
vista, quási Lisboa inteira ; assim como, depois disso, do alto do elevador de San ta Justa, apalpei mais de perto a parte pombalina do grande burgo lisboeta ; também pensei que havia de subir à To rre dos Clérigos, quando há dias voltei à velha cidade onde repousa o coração do homem que en- seiou, neste cantinho da Europa beijado pelo mar eternamente misterioso, os prim eiros passos duma liberdade que ele, realmente, conquistou à ponta da espada e dela nos lez generosa o u t o r g a .
O Po rto não possui com efeito, nem lhe lazem falta um alto zimbório como o Estre la ou um elevador de Santa Justa, mas tem uma
Torre dos C lérigos e acho que lhe chega.
Mas não subi à To rre dos C lérigos. Desisti. Não me senti com forças, nesta altura da vida, de ir até lá acima. Noutros tempos seria capaz de galgar aqueles
Continua na 5.a página
passado, abro hoje uma excepção para o nome fo lc ló rico de Norberto de Araújo, devido ao acerto e graça de uma crónica de Am érico Leite Rosa, locutor p riv ile giado, dotado de qualidades expecionais de «diseur» e possuidor de uma autêntica colectânea de cultura olissi- ponense. En tre essa e outras crónicas, hoje bastante esquecidas e todas m agnificadas com o nome do jo r nalista prestigioso, reencontro o jornalista enamorado de Lisboa, imerso no seu monte disperso de apontamentos — ele que quase os dispensava, por ser todo im provização, arrebatadora inergia que a morte a custo separou das companhias que tão caras lhe eram, e com a qual travou áspera e demorada batalha. Traço lu minoso da boémia antiga, daquela que eu, embora em plano muito modesto e no desejo mais de me esquecer do que de me fazer recordado, conheci nestes m il e um ava tares do Progresso inconform ista que ainda v i
v i — exigente, tentacul absorvente.
Os bairros popularOs bairros popular'
L isboa têm alma e carácter p róp rios ; pode, por exemplo, disputar-se amores, n a c e r t e z a de q u e nada nos acontecerá e de seremos respeitados na nossa integridade e salvação, e certos também de que por algo, no andar, no apartar, no modo de aparecer o bairrista o castiço, sem in correr nos excessos de outros que, como em Sevilha nos explicava, certa vez, um nativo da cidade de prata, «não são nem podem ser sevilhanos da calle Sier- pes.» — E porquê ? — indi- gava eu. — E le aflautava a voz, punha-a com requebros de c a n t e h o n d o e , em tom de m i s t é r i o , respondia, falando para si p róp rio :— T o d o s h a n ven/do de f o r a ,
n i n g u n o h á n a c i d o en S e v i l l a .
Aqui, entre nós, hoje um pouco menos que ontem mas ainda bastante, os do bairro receberam imunidade própria, baptismo das mãos do próprio Deus personificado do sacerdote que lhe tenha passado o sal pela m oleirinha. A partir desse momento, possui, para si e para os seus, graça própria e indefin ível, incapaz de se d iferençar dos outros e, no
Continua na 5 a página
P o r lu 9 a I Pilo rescoR I B A T E J O
Desfile de campinosQuadro típico do Ribatejo, — este
desfile de campinos 1Vara ao alto, barreie derrubado,
com sua borla vibrante, trajo próprio e original, o campino inconfundível de Portugal é umi figura de eternidade que caracteriza esta região !
E nesse desfile perpassa a voz altissonante da lezíria, dos loiros, da raça destemida que marca as imensidades e a estrutura dos autênticos valores pitorescos do nosso Ribatejo !
1-5*?V i s i t e M o n t i j o n a s F e s t a s d e S . P e d r o d e 2 6 d e l u n h o a 1 d e J u l h o
2 A PR O V IN CIA 5-6-958
V I D A
P R O F I S S I O N A L
M é d i c o s
Dr. Avelino Rocha BarbosaDas 15 às 20 h.
R . A lm irante Reis, 68, 1.° Telef. 026245— M O N T IJO
Consultas em Sarilhos Grandes, às 9 horas, todos os dias, excepto às sextas feiras.
Or. Fausto NeivaLa rg o da Igreja, 11
Das 10 às 13 e das 15 às 18 h. Telef. 026 256 - M O N T U O
Or.* Isabel Somes PiresEx-Extagiária do Instituto Português de Oncologia
Doenças das Senhoras Consultas às 3.*s e 6 .*s feiras
R. Almirante Reis, 6 8 -l.°-Montijo Todos os dias
Rua Morais Soares, 116-1.°
L ISBO A Telef. 4 8649
Dr. Santos Marcelo
Doenças nervosas e mentais
Consultas e tratamentos — primeiros e terceiros sábados de cada mês, pelas 12 horas, no consultório do Ex.m* Sr. Dr. Ferreira da Trindade — R. Bulhão Pato, 42 — Telefone 026 131— M O N T IJO .
M éd icos V e te r in á r io s
Dr. Cristiano da Sliva MendonçaAv. Luís de Camões — M O NTIJO
Telef .8 026 503 — 026 4 6 5 - 0 2 6 012
Parteiras Augusta Marq. Charneira Moreira
Parteira-Enfermeira
Diplomada pela Faculdade de Medicina de Coimbra
R. José Joaquim Marques—N.° 231
M O N T IJO
Armanda LagosParteira-Enfermeira P A R T O SEM DO R
Ex-estagiária das maternidades de Paris e de Strasbourg.
De dia — R. Almirante Reis, 72 Telef. 026038
De noite— R. Machado Santos, 28
M O N T IJO
T e le fo n e s d e u rg ên c ia
Hospital, 026046 Serviços Médico Sociais, 026 198
Bombeiros, 026 048 Taxis, 026 025 e 026 479
Ponte dos Vapores, 026 425 Polícia, 026 144
F o t o t i l m eirabailios para amadores Fotografias d’ Arte Aparelhos Fotográficos
Reportagem Fotográfica
R. Bulhão Pato, II —
M O N T I J O Culta Católico.
f e s i a s P o p u l a r e s i e S . P e d i a
— Começaram já as m arcações de terrados no recin to da Fe ira. São em m aior número do que o ano passado, pelo que a Comissão está na disposição de aumentar o espaço habitual.
— Já começou a d is tribuição dos program as, os quais, este ano, se apresentam com uma capa artística, de fino gosto, gravuras de Ranchos Fo lc lóricos, e páginas centrais de uma composição da Foto film e muito interessante.
São, indubitàvelmente, os melhores apresentados até 1958.
— Tam bém de Alenquer vem até às nossas Festas uma excursão de autocarros, o que se dá pela prim eira vez. Reina em A lenquer o m aior entusiasmo por esta
in iciativa, consoante dali nos inform am.
— Todos os autocarros, automóveis e demais ve ícu los que transitam pelas nossas ruas, trazem afixados os cartazes m iniaturas que reproduzem a capa do p ro grama.
— Já se conhecem porm enores dos cartéis referentes às três monumentais co rridas que vão realizar-se nos dias 29 e 30 de Junho e 1 de Ju lho .
Os respectivos program as e cartazes vão ser d istribuídos e afixados na próx ima semana.
— Tudo se prepara, portanto, para que as Festas P o pulares de S. Pedro , em Montijo, sejam as melhores até hoje realizadas.
( 2.a publicação)
Pelo Ju izo de D ireito da com arca de M ontijo e t.a secção se faz saber, que se acha designado o dia 6 de Junho , próxim o, pelas 10 horas, à porta do T ribuna l desta com arca, para a rre matação, em l . a praça e em hasta pública, dos bens penhorados, na Execução S u m ária que Joaqu im Jacinto , casado, ferroviário , residente na V ila do Barre iro , desta comarca, m ove contra o executado José de Jesus, comerciante, residente naquela V ila , para haver do mesmo executado a quantia exequenda d e Q U A T R O M IL ES C U D O S .
B E N S A A R R E M A T A R
Um a balança « A v e r v » numero novecentos e v in te A em estado de nova com o pêso de 15 quilos e uma medidora de azeite marca « A v e r y » numero m il cento e seis, ta nbém em estado de nova.
Montijo, 23 de Maio de 1958.
O Chefe de Secção, a) Anlónio Paracana
Verifiquei a exactidão:O Juiz de Direito,
a) Ilídio Bordalo Soares
( l . a publicação)
Comarca de MontijoPelo Ju izo de D ireito des
ta comarca, correm éditos de T R IN T A dias, contados da segunda e última publicação deste anúncio, citando a requerida M A R IA D E JE S U S , doméstica, com ú ltima residência conhecida na Rua de Campo de O u rique, n.° 48, da cidade de Lisboa, para, no prazo de C IN C O dias posterior àquele dos éditos, contestar a assistência jud iciária em que é requerente Joaquim F e r reira, operário aposentado, do Barre iro .
M ontijo, 24 de Maio de 1958.
O Secretário,
a) Francisco Anlónio Faria
Verifiquei :O Presidente da Comissão,
a) José Luís Magalhães de Alm tida Fernandes
T e r re n o C o n stru ção
Vende-se a propriedade «C orte dos Bace los» , na região industrial do M ontijo a 30$00 o metro. Aceitam-se ofertas. Trata Jo e l N avarro Rodrigues — M ontijo.
S A N F E R , L. DA
S E D E |||| ARMAZÉNSLhBGA, auedfi S. Julião 41-!.° |jj| MGxTIJQ, Sua da Sela Vista
A E R O M O T O R S A N F E R o m oinho que resistiu ao ciclone — F E R R O S para construções, A R A M E S , A R C O S , etc.
C IM E N T O P O R T L A N D , T R IT U R A Ç Ã O de alim entos para gados
R IC IN O B E L G A para adubo de batata, cebola, etc.C A R R IS , V A G O N E T A S e todo o material para Ca
m inho de FerroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M
L u t u o s a
Faleceu em Lisboa, v ít ima dum desastre de viação, o sr. Francisco Marques Cepinha, de 75 anos de idade, proprietário, natural de M ontijo e aqui residente.
O seu funeral realizou-se de Lisboa para Montijo no passado dia 1 do corrente, constituindo uma sentida manifestação de pesar, pois o extinto era muito estimado na sua terra natal.
E ra tio dos nossos prezados assinantes srs. António Fe lic iano Canastreiro e Manuel Feliciano Canastrei- ro, aos quais apresentamos, bem como a toda a família enlufada, os sentimentos de “ A P rov ín c ia ” .
A 6 R A 0 E C I M E N T O
ímílio Mendes BastosA sua fam ília vem por
este meio, e por desconhecimento de moradas, agradecer a todas as pessoas que se dignaram acom panhar à sua última morada o seu querido esposo, filho, irmão, sogro, cunhado e parente.
Para todos, aqui fica o nosso m a i o r reconhecimento.
V e n d e - s eUma propriedade nos arredores
de Sarilhos Grandes, com vinhas e árvores, pinhal e chaparros, tem aproximadamente 18 hectares.
Vendedor; Jacinto dos Santos— Jardia.
T e r re n o a T a lh õ e sVencfe-se na estrada do
Peixe, na Atalaia.Nesta redacção se diz.
losé M o MouraE
Manuel Mil Homens fatiotasSeguros em todos os ramos,
representações estrangeiras.
Alfaias agrícolas e tractores. Produtos químicos.
Rua Gago Coutinho, 77 Telef. 0 2 6 356 MONTIJO
Reparações em fláaiasde todas os marcas Orçamentos grálls
Gmnsulte: António José TeodoraRádio-Técnico especializado
I . Manuel Jo ié Nepomoceno, 41 M O N T I J O
Oitras de Aliara Valente— « E u » , livro de sonetos,
esgotado; «Daqui. . . fa la Ribatejo », contos monográficos, 30 escudos; « Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; < A minha visita ao museu de S. Miguel de C e id e », folheto, 5 escudos; « Hino a Almada », em verso,10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravilhas», reportagem, 20 escudos.
Pedidos à Redacção de « A Provincia ».
Horário de Missas5.* feira, às 8 h.
» 10, (Atalaia)» 11,30
Sexta feira, » 9» 19
Sábado, » 8,30» 9
Domingo, » 8» 9 (Afonsoeiro)» 10* 11,30» 11,30 (Atalaia)» 19» 18,30 Teiço e
Benção
A N U N C I O( l . a publicação)
Pe lo Ju izo de D ireito da com arca de Montijo e 1.* secção, se faz saber que se acha designado o dia 17 de Junho, próximo, pelas 10 horas, para a arrematação, em l . a praça e em hasta pública, à porta do Tribunal desta comarca, dos bens m óveis e im óveis, penhorados na Execução Sumária que Joaquim Fernandes Rego, casado, Importador Armazenista, residente em Barroselas, move contra o executado Em ílio de A lmeida, casado, industrial, residente em Montijo, para garantia e pagamento da q u a n t i a exequenda d e 1007$50edo que legalmente acrescer até final da presente execução.
B E N S A A R R E M A T A R
Uma bicicleta motorizada da marca “ A im a” , absolutamente nova e se encontra em exposição na montra da oficina de concerto de bicicletas, no valor de mil e quinhentos escudos.
IM Ó V E L
Um prédio urbano constituído por loja, primeiro andar, quintal, pôço e uma pequena casa na Rua José Joaquim M arq ues— Antiga Rua França Borges, desta V ila , a confrontar p e l o norte com José Leonardo da S ilva , sul com estrada distrital, nascente com Manuel Fe rre ira Carregosa e pelo poente com Raúl Alves Martins, inscrito na matriz sob o artigo quinhentos e dois, descrito na Conservatória do registo predial sob o número seis m il quatrocentos e oitenta e nove a folhas cento e vinte e três verso do Livro B — dezassete e sob o número sete m il trezentos e quarenta e sete a folhas cento e setenta e quatro do L iv ro — B dezanove, com o va lo r m atricial corrig i^0 de trinta e oito m il e oitenta escudos.
M ontijo, 26 de Maio de 1958.
O Chefe da 1/ Secção
o) Anlónio Paracana
Verifiquei a exatidão:
O Juiz de Direito
a) Ilídio Bordalo Soares
5-6-9581 A PRO V IN CIA 3
i S S T l M O N T I J OIntofffleçãD do Secretafiado Paríiquiel de Moniijo sobfe cinema
Cine-ZJeatro J o a q u im de S ílm e ld a
AniversáriosJ U N H O
— No dia 6 , completa o seu 18.° aniversário o sr. José Outeiro, nosso assinante.
— No mesmo dia, a menina Maria Antónia da Cruz Mota Pinto, filha do proprietário de «A Província», sr. Vasco da Silva Mota Pinto.
— Neste mesmo dia, completa22 anos de idade a sr.a D. Marce- lina Antoniela Serra Rocha Canastreiro, esposa do nosso prezado assinante sr. António Joaquim Grego Canastreiro.
— No dia 7, a sr. Raúl Alexandre Rosa Barros, estimado assinante de «A Província».
— No dia 8 o sr. João Gabriel Sacoto Martins Fernandes, filho da sr.‘ D. Maria Elvira Borges Sacoto, nosssa prezada assinante
— No dia 9 o menino José Joaquim Pialgata Victor, filho do nosso dedicado assinante sr. José Maria Victor Júnior.
— No dia 11. com suas 17 primaveras, a menina Maria Susana Paiva Aranha, nossa muito dedicada funcionária
— No mesmo dia, o menino António José Félix Pontes, filho do nosso prezado assinante sr. José Félix Pontes residentes em Lobito.
— Completa nesta mês o seu aniversário natalício, o nosso muito estimado assinante sr. António da Silva,residenteem Nova Lisboa.
— No mesmo dia, completa 28 anos o sr. João Pedro Almeida Cunha, filho da nossa muito estimada assinante sr.a D. Celeste da Conceição Almeida S a cu e v a ,e m residente «El Tigre» Venezuela.
j G u a r d a - l i v r o s
cl Curso de Com ércio
Aceita e orienta escritas ou corresp.
Umas horas por dia ou por semana.
Inform a esta Redacção.
Dia 7-Sábado: « Joe But- terlley» : — País de origem :E . U. A. — G e n e ro : Com edia. — Principa is in terpretes : Audie Murphi, George Nader, Burgesse Meredith e Fred Clark.
Apreciação estética. A r gumento pobre. Realização aceitavel. Interpretação excelente.
Apreciação m o ra l: Sem inconvenientes. Para todos.
Esfreado no cinema Roma em 26 de Março de 1958.
Dia 8 — Domingo : «Duelo de Fogo». — País de o r igem : E . U. A. — Género : Drama. Principa is intérpretes . Bu rt Lancaster, K irk Douglas e Bhonda Flem ing.
En re d o : A acção passa-se no Oeste Am ericano, no tempo em que os bandos de crim inosos ditavam a lei pela vio lência. O cheie dum dos bandos torna-se autoridade e alia-se a um dos crim inosos. Ambos se batem valentemente com os contrabandistas de gado. E ’ um duelo de fogo de que os dois saiem vencedores.
Apreciação estética: Bea- lização boa. Excelente desempenho. Música expressiva.
Apreciação m ora l: A m biente de luta e violência. F ilm e para adultos.
Estreado no cinema São
Jo rg e em 7 de Novem bro de 1957.
Dia 9 2.M e ira «Baile na0 ’pera»— V er enredo, apreciação estética e apreciação m oral em «A P rov ín c ia» de 22 de Maio de 1958. Exib ido com muito agrado no C inema Teatro Joapuim de A lmeida em 22 de Maio de 1958
Dia 10 — 3.a-feira — «Congresso que dança* — País de origem — A ’ustria — G é nero— Musica! — Principa is in térpetes:— Johanna Matz, Bu d o lf Prack , Hannelore Bo llm ann e Marte H arre ll
E n re d o : V iena recebe os reis e im peradores co ligados contra Napolião, prisioneiro na ilha de Elba. O prim eiro m inistro vienense procura que os congresistas se distraiam com o vida frívo la e rom ântica da cidade, para o que organiza festas e mais festas. 0 congresso desfaz-se quando é conhecida a íuga de Napoleão.
Apreciaço estética: Ex ce lente colorido por «truco- lor». Deslumbrante m ontagem. L indas canções e bailados.
Apreciação m o ra l: Cenas demasiadamente livres levam-nos a reservar o f i l m e
Para Adultos.Estreado : no cinema Con
des em 7 de Junho de 1957.
Farmácias de Serviço
6 .a feira, 6 - H IG IE N E
Sábado, 7 — D IO G O
Domingo, 8 - G IR A L D E S
2 ’ feira, 9 - M O N T E P IO
3.a feira, 10 - M ODERNA
4.a feira, 11 — H IG IE N E
5 .“ feira, 12 - DIOGO
C o n f r a t e r n i z a ç ã o
d e T e l e g r a f i s t a s
E x p e d i c i o n á r i o s
à F r a n ç a e A f r i c a
n a G u e r r a d e 1 9 1 4 - 1 8
Realiza-se no dia 15 de Junho próxim o a F e s t a Anual de Confraternização dos Telegrafistas Exped icionários à França e África, na Guerra de 1914-18, em que podem tomar parte os oficiais, sargentos, cabos e Soldados que pertenceram às C. T . P., B. T., e às secções de sinaleiros e motociclistas.
O almoço realizar-se-á em Lisboa, e a inscrição encontra-se aberta no Rossio, 65, na Rua das Flores,71, r/c-esq.*, em Lisboa, e no Porto, na Rua Form osa, 326.
A correspondência pode ser enviada para Jú lio da Conceição Cardelho, V ila Berta à Graça, 10-1.° dt.° em Lisboa.
E S T A M P A S
(Continuado da 1 .* página)
jornal da noite em que N. de A. consubstanciara a sua alma de boémio e onde serviu, até que Deus o levou de entre os seus com panheiros, todos unânimes, a seguir, na afirm ativa de que jàm ais jo rna lista algum inovara, m ovim entara e conseguira mais do que ele, o jornalista-vibração, o boémio, o am igo alheio a tudo o que não fosse a sua vida profissional e am igo de todos e a todos servindo dentro da natural inconstância da sua alma de cigano perdido, entre tudo o que de burocrático e vu lgar tem o século X X . Mas, no afinal, sempre algo se ganhava com o seu convív io e no prodígio da sua notável contestura. Agora mesmo, recordamo-lo e reco rdaram-no as palavras nofá- veis e cálidas de A m érico Leite Bosa, no género locutor im provizador, verdadeiramente notável, e temos de reconhecer que ele continua a perm anecer entre nós, sempre alegre, fagueiro e, bom, essencialíssimo camarada, O seu espólio, na essência é constituido por uma dezena de volumes tracejados com a graça sorridente dos gratos afazeres quotidianos.
C o n s i g l i e r i S á P e r e i r a
«A P I I O V Í N C I A »
Está à venda em Lisboa, na Tabacaria Mónaco
Rossio, 21
Po r escritura de 26 de Abril de 1958, lavrada a lis. 39 v. e seguintes, do respectivo liv ro n .° 6 B. do Cartório N otaria l do M ontijo , foi constituída uma Sociedade Com ercial por cotas de responsabilidade, limità- da, que será regida pelas cláusulas seguintes :
1 .” — Esta sociedade adopta a denominação “ Sopar- sol — Sociedade Portuguesa do Aerosois, L im itada” e fica com a sua sede e estabelecimento fabril em M on tijo, podendo estabelecer Agências, F ilia is , e sucursais onde fôr deliberado criá-las;
2.° — O seu objecto é a indústria e com ércio de Aerosois ;
3.° — A sua duração é por tempo indeterm inado ;
4.° — O capital social é de 600.000$00, em dinheiro e corresponde às quotas que os sócios subscreveram e são as seguintes a sab er: o sócio JO A Q U IM G O M E S P A B L O , subscreve o capital de 570.000$00 ; e o sócio D O U TO R JO S E ’ R O D R IG U E S P A B L O , subscreve o capital de 30.000$00;
5." — O capital subscrito encontra-se, integralmente, realisado ;
6.° — Não haverá presta
ções suplementares obrigatórias, mas os socios poderão faze-las sempre que a Sociedade delas carecer, só sendo restituíveis, quando a situação económica e financeira da Sociedade o permita ;
§ único — As prestações feitas, nos termos do Corpo deste artigo não vencerão qualquer ju ro e a am ortisação da liquidação s e r á observada, na proporção das prestações que hajam sido feitas ;
7 . °— A divtsão de quotas fica sempre, dependente da deliberação social ;
8.° — A cessão de cotas, quer entre sócios, quer a estranhos, fica sempre, dependente do consentimento da sociedade ;
9.° — A gerência dos negócios sociais dispensada de caução será remunerada pela forma que fôr delibe rado em Assembleia Geral da Sociedade e será exercida, por sócios ou não sócios, sendo todavia, gerentes todos os sócios com ca pacidade jurídica, para o exercerem ;
10.° — Só a Assembleia
G era l poderá designar a pessoa ou pessoas não sócios a quem devem ser confiadas funções de gerência, bem como determ inar os lim ites e poderes que, por mandato bastante, devam ser conferidos, na certeza de que para obrigar a sociedade basta a assinatura do sócio gerente Doutor JO S È R O D R IG U E S P A B L O , e de duas assinaturas, quando de Gerentes não sócios;
11.° — E ’, expressamente, vedado, à Gerência, quer seja exercida só por sócios, quer não, fazer uso da denom inação ou obrigá-la por qualquer forma em actos e contractos estranhos à So ciedade incluindo letras ou livranças de favor, fianças, abonações ou quaisquer outros semelhantes ;
12.° — Os anos sociais são os anos civis, e os balanços encerrar-se-ão em 31 de Dezembro de cada ano ;
13 .°— Os lucros líquidos apurados pelos balanços, depois de deduzidos 5 % para a formação ou reinte gração do fundo de reserva legal e qualquer verba que os os sócios deliberem para
quaisquer outros fuudos, serão distribuídos pelos sócios na proporção das suas quotas ;
14.° — As assembleias gerais, ord inárias e extraordinárias serão convocadas por cartas registadas d ir igidas aos sócios, com quinze dias de antecedência ;
15.° — No caso de falecimento ou interdição de qualquer sócio, a sociedade poderá adqu irir ou am ortizar a quota do sócio falecido ou interdito, desde que exerça este direito nos 60 dias posteriores ao evento, ou continuar com os herdeiros do falecido ou só com parte deies ou com os representantes dos in terditos ;
16.° — Além dos direitos referidos no artigo anterior, também,é perm itida a am ortização de quota ou quotas, sempre que a Assembleia Geral, por uma m aioria de pelo menos, de 7 5 % do ca- pilal social, assim o delibe- re, obedecendo, a am ortização em qualquer dos casos às condições seguintes:
a) A amortização i'az-se-à, à face do últim o balanço
aprovado à quando da deliberação, devendo a quota a amortizar acrescer os fundos de reserva, bem como as prestações suplementares ou créditos que o titular da quota tiver feito à Sociedade ;
b) O va lo r da quota, apurado, nos termos da alínea a ) será oterecido pela Gerência da Sociedade ao só- ®io ou aos seus herdeiros ou representantes, que outorgarão a competente escritura de amortização e pagamento da quota e de quitação ;
c) No caso de recusa do recebimento voluntário considera-se feita a amortização a partir do momento em que se efectue o depósito da im portância na Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência ;
17.° — A dissolução da sociedade opera-se, nos car sos previstos, na lei, e no caso de liquidação serão liquidatários todos os sóc io s ;
18.° — Todo o omisso será regulado pelo que se dispõe da lei de 11 de Abril de 1901.
M ontijo, 20 de Maio de 1958.
O Ajudante do Cartório,
Manuel Cipriano Rodrigues Futre
4 A P R O V IN C IA 5-6-958
DESPORTOSB a s q u e t e b o l N a t a ç a o
E s p e c t a c u l a r v i t ó r i a d o M o n t i j o
s o b r e « O s B o n j o a n e n s e s » d e F a r o
s e g u n d o c l a s s i f i c a d o d a Z o n a S u l - B
Montijo/ 112 «Os Bonjoanenses»? 47
! Da Vida £ihwias ____________________________________ _ -
( C o n t i n u a d o
Para disputar a 3.a fase do campeonato nacional de basquetebol da 2 .a divisão, deslocou-se no passado domingo ao Barre iro a equipa representativa do Desportivo do M ontijo , que defrontou no m agnífico ginásio do Barre irense a turma de «Os Bonjoanenses»,de Faro ,— segundo classificado do A lgarve.
Com uma regular arb itragem dos srs. Daniel M edeiros e José Correia, as equipas alinharam e m arcaram : M ontijo — Am érico, Tom às (39) José M aria (32), E lis iá r io (26), Teodem iro (6), Heitor (5), Adriano (2) e Mocho (2). «Os Bon joanenses» — Viegas (1), Cabrita (11), Amado (4) M en donça (2), B rito (16), Dias (6), Jesus (3), Cruz (2), Bar- racosa (2) e O liveira.
Fo i esta a prim eira vez que o M ontijo teve contacto com o basquetebol a lgarvio , o que aliás fica bem assinalado, pois também foi esta a prim eira vez que os montijenses conseguiram um resultado de mais duma centena de pontos.
O M ontijo princip iou o jogo com as suas características habituais, ve locidade e grande facilidade de encestamento, t a n t o n a meia-distância como debaixo das tabelas.
Desta forma, os pontos foram-se acomulando, sem que «Os Bonjoanenses» a rranjassem maneira de suster, o ímpeto irresistíve l c o m q u e os avançados montijenses se acercavam do seu cesto, para aum entarem o resultado que se ad ivinhava v ir a ser fora do vulgar.
Os jogadores algarvios in iciaram a partida defendendo a zona; mas como viam o resultado s u b i r assustadoramente, tentaram fazer a defesa do *homem- -a-homem», mas sem gran de utilidade, pois com o M ontijo a jogar daquela forma não havia sistema c a p a z de im pedir que fossem amplamente derrotados.
Assim se chegou ao fim do prim eiro período, com o M ontijo a vencer por 56- -18.
Na segunda parte, o jogo não se modificou. Montijo, fazendo alarde da sua grande classe, concretizou mais 56 pontos, exactamente a m e s m a quantidade que tinha alcançado no prim eiro tempo.
O jogo excedeu toda a expectativa. Esperava-mos que o Montijo ganhasse, mas não por um «score» tão elevado, que passou a ser o seu «record» de pontuação.
Tem os a salientar a gran de exibição do trio: Tom ás, José Maria e E lis iá r io , que foram autênticas «máquinas de somar» pontos.
T ivem os o prazer de ve- • rificar que o basquetebol está a despertar a atenção dos desportistas m ontijenses, pois foram bastantes os que se deslocaram ao Barre iro para assistirem a este prélio.
Oxalá que assim continue, porque estes rapazes, q u e desinteressadamente defendem as cores do Clube Desportivo de M ontijo, bem merecem o apoio moral de todos nós.
M ontijo jogará no próximo domingo e m campo neutro a designar por meio de sorteio, a final da zona sul, com o Sporting Fa ren se, campeão do Algarve.
O Montijo venceu o Luso
l\a passada terça-feira, 20, Montijo defrontou o «Luso», do Barre iro , num jogo a contar para o torneio «Homenagem a o s jogadores Internacionais da A. B . S.».
Ev idenciando uma vez mais a sua actual boa forma, M ontijo não teve grande dificuldade d e vencer o «Luso», mesmo dentro do seu próprio campo.
O uvindo C a r lo s F ilip e
Fo n se c a (A lg é s )
Vamos hoje levar ao vosso conhecimento, um jovem nadador, que é já uma certeza concreta da natação portuguesa.
Procuram os Carlos Fe lipe Fonseca no local em que tinhamos a certeza de o encontrar ou seja na p iscina do Algés e foi lá que com ele travam os a seguinte conversa :
— Qual é o teu nome e a tua idade?
— Chamo-me Carlos F e lipe Ferre ira da Fonseca e tenho 16 anos.
— Aonde andas a estudar?— Estou a estudar na E s
cola Com ercial Veiga B e irão, onde também pratico volei.
— Porque te fizeste nadador ?
— Gostava de fazer Desporto e andando na piscina do Algés fui convidado a ser nadador pelos treinadores do Clube.
— Quando começaste a nadar ?
— Começei em fins de 1954, portanto acerca de 4 anos.
— Quantas horas treinas por dia ?
— Norm alm ente t r e i n o cerca de 2 a 3 horas por dia.
— Os teus pais gostam que tu sejas nadador ?
— Gostam muito e vêem com bastante interesse a minha carreira de nadador.
— Em que lugar ficaste na tua prim eira prova ?
— Em 2.° lugar,— Qual foi até agora a
maior alegria da tua carreira ?
— A alegria foi o ano passado ter conquistado 5 titulos nacionais.
— Qual é a tua op in ião acerca do teu tre in ad o r?
— Tenho pelo sr. Pa tron y a maior amizade possivel, pois a ele devo tudo o que sou em natação.
— Quais os teus projectos futuros ?
— Os meus projectos são : num futuro fazer menos de 1 .1 2 s . em 100 m . costas e para já tentar bater os re cords de 100 e 200 mts. costas e o da estafeta x l 00 metros ind ividual (estilos).
Na despedida, desejamos a Carlos Felipe os maiores exitos na sua carre ira de nadador.
Manue/ lima Jlllllllllllilllllllllll llllllllllll IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIV
Rectificação ao artigo «Piscinas de Portugal»
Som os forçados a apresentar ao proprietário e aos habitantes da V ila de Alpe- drinha desculpa por não termos falado no nosso a r tigo, na piscina desta viia.
consagrada à nossa lite ra tura contemporânea.
ChinaEm tradução d e Chen
Yung-Zi foram publicados « A i ragédia do M a r» do poeta lusitano Castro A lves e « Balada » d e António Fe ijó .
GréciaConstantinidis, poeta de
renome, organizou para a revista « X a ro ym en e», de Atenas, uma Antologia da Moderna Poesia Portuguesa.
ColômbiaRo lina Ipuche, escritora
uruguaia, inaugurou o c iclo de conferências prom ovido pelo Instituto Panara e r i c a n o pronunciando uma palestra sobre «Eça de Queirós na Hispano-Amé- rica ».
MéxicoO diário « U U n iversa l »,
pela pena de Dâmaso M artinez, ocupa-se de « A lguns Aspectos da Actual L ite ra tura Portuguesa ». O suplemento literário deste im portante jo rna l insere colaboração de escritores p o rtugueses.
Estados UnidosOs contos de L ian Flaher-
ty foram reunidos num volume. sob o título « Sto rico of L ian ».
— W a lte r Su livan prepara novo romance abordando a questão do problema social. T ítu lo da obra « So- journ of a Sranger ».
— O Comité de L iv ro s do Conselho Fem in ino outorgo o prémio de 1957 á «H istória duma freira» de Kath ryn Hulme.
— Jo h n Steinbech, autor de «As vinhas da Ira». concluiu «O Curto Reinado de Pepin IV » espécie de sátira voitaireana.
FrançaLu ís Vallon prepara uma
“ Interpretation de 1’IIistoi-
Se assim sucedeu foi porque só no sábado seguinte à publicação do nosso artigo, tivemos conhecimento cia existencia desta piscina, por intermédio do conheci- nadador e jornalista F e r nando Madeira.
Mais uma vez apresentamos ao nossas desculpas pela falta cometida.
Manue! Lima iiiiiiiiiiiiiiiiiiiliiii llllllllllll iimiiiiiliiMHiiihn
C o i u m b o f i I i aSociedade Columbófila do Montijo
Gencurse de Coimbra (181 K.os)
Taça «Taneco»Victor Manuel Viegas —
1.°, 4.°, 6.°, 14.°, 17.°, 19.°,26.°, Eduardo Sabino Terras
d a S .a p á g in a )
— “ D iário Intim o de Hércules” é o últim o liv ro de André Dubois, obra considerada pela crítica como um liv ro do m elhor sabor hum orístico” .
— Entrevistado « L ’ E x - press» crítico írancês Claude R o y aparta os três livros últimamente publicados que ele levaria para uma ilha d ese rta .. . São eles : «A Defesa de Granada» de Bran- dys, «M ito logios» de Roland Perse, e «O E lo g io do C a rdeal Barn is» de Roger Vail- lant.
— «Escrito res Franceses V ivos», é o prim eiro caderno da Faculdade de F ilo so fia, reunindo conferências de H. Benac.
— O C lybe Francês do liv ro de Paris, lançou uma edição das obras completas de Cyrano de Bergerac.
— Apareceu nova revista mensal de intercâm bio fran- co-africano : «Etudes Medi- terranéenes» d irig ida por Jean R o ix . , .
Par aguarAcaba de aparecer em As
sunção o rom ance «Juan Barero», de Reinaldo M artinez. E ’ o prim eiro romance paraguaio impresso no próprio país.
IrlandaCom a idade de 79 anos
faleceu o poeta e ensaista Gogarty, considerado por Yeats o «m aior poeta ir lan dês de todos os tempos».
GuatemalaCom prefácio do notável
poeta Pablo Neruda publicou-se « E l Cam ino», do ro mancista e poeta Angel As- trias.
SuiçaO professor da U n ivers i
dade de Genebra, V ito r Artin, apresentou uma comunicação sobre a comédia D y s c o l o s de Menandro, da qual apenas se conheciam alguns Iragm entos encontrados no meio de papiros do século III.
— 2.°, 10.°, 12.°, 27/ 30.°, Jo ão Teodoro da S ilva —3.°, 21.°, 28.°, 40.°, Eduardo dos Santos Baeta — 5.°, Sérg io M artins Estradas —7.% 36.°, José Pedro Carabineiro — 8 .°, António Jo a quim Catita — 9.°, 11.°, 13.°,16.°, Am ândio José Carap inha — 15.°, 18.°, Beatriz Neto Carapinha — 31.°. E u sébio Purificação O live ira— 20.°, José Constantino Borges — 22.°, 37.°, 39.*, José Martins Barros — 23.°, A ldem iro Eduardo Borges— 24.°, José Correia Leite— 25.°, Francisco Am aro — 29.°, José Lu ís Nogueira — 32.°, 33.°, 38.°, António R o drigues Sam oreno (A talaia) 34.°, Benjam im Neves S ilva— 35.°. '
Realizado em 23 de Março de 1958.
AíJosé Rosa
D E P Ó S I T O Q E R A L :
Casa Arti, L.DAv. Manue!da Maia, 19-A
L is b o a -T e /e f.4 9 3 1 2
(Continua no próximo número)
5-6-958 A PRO V IN CIA 5
'd o M i n h o
E x í r e m o z
Banda Municipal
E ’ já no próxim o dia 10 de Junho , feriado Nacional, que a Banda Municipal desta cidade, realiza o seu prim eiro concerto desta época, sob a regência do s e u novo maestro Sr. Fernando Basí- lio Monteiro.
Este concerto está a des- p e r t a r especial interesse, entre o s apreciadores de música.Orfeão Tomaz Alcaide
Este agrupamento cultural vai realizar mais dois espectáculos com a sua engraçada F a n t a z i a M u s i c a l ,
A q u i.. . A l i . . . A lé m . . . , que nas suas últimas representações f o i firmemente interpretada, mer e c e n d o v a s t o s e extraordinários aplausos.
Os espectáculos têm lugar em 16 de Junho , no teatro da cidade de Portalegre, e em 17 no teatro Bernard ino Ribeiro, desta cidade.
Movimento Desportivo
E ’ com imensa satisfação que hoje damos a notícia de que o Futebol vai resur- gir em Estremoz, m odalidade de extraordinárias tra dições para esta cidade.
Estão despertando grande entusiasmo os treinos deste desporto, que há anos se considerava entre nós, em crise parcial, que pela sua prática, não havia possib ilidades de competições.
A nova Direcção do «Es tremoz», presidida pelo nosso estimado am igo Sr. José Luna, oferece a m aior garantia para o Clube, atendendo à actividade e aos conhecimentos técnicos desportistas do seu novo presidente, que ambiciona o bom nome da colectividade e a boa posição desportista da cidade.
A equipa do «Estrem oz» do Hóquei em Patins, que nos últimos anos tem proporcionado à cidade m omentos de entusiasmo nas suas competições, continua, em 1958, a disputar o cam peonato Nacional de 2.a D ivisão, estando marcado o primeiro encontro para o próximo dia 7 de Junho, com a equipa da «Sécil» de Setúbal.
Também está aberto o torneio de ténis de mesa, pelo sistema de iliminató- nas, havendo medalhas para °s primeiros classificados.
Pelo que estamos observando, o popular Clube, poderá regressar aos seus tempos áureos.
Oxalá que sim, compensando as extraordinárias actividades dos seus novos dirigentes.
(C.) «iiiiiiiiiiiiiiiiiim, iiniiiiiiii iimiiinimiiiiiiiin
V i s a d o pela Censura
B a i x a B a n k e i r a
A venda ilegal de pão ao domicílio
Já o dissemos algumas vezes nas colunas do nosso jo rna l, e porque os factos assim o exigem, hoje vo ltamos a esta tribuna, para de novo repetir:
As várias classes de ven dedores ambulantes, q u e diariamente abastecem esta localidade, fazem uso dos respectivos instrumentos de pesar ou m ed ir— enquanto a grande epidemia de padeiros ambulantes (venda ao dom icílio tanto cá da terra como as de A. Vedros, Moita e Barre iro , eontinua na mesma «fa ina» !
Não têm estas almas caridosas o m ínim o respeito pela legislação em vigo r, nem tão pouco pela bolsa alheia, visto que, como de costume e por hábito, continuam a venda de todo o pão dos seus clientes sem fazerem uso das balanças, as quais mantêm no fundo dos cestos, os que andam munidos das m esm as...
Em bora estes senhores nos digam que todo o pão vem com o peso legal, por nossa parte não acreditamos ! E por tal motivo, em nome dos muitos m ilhares de consumidores e hum ildes habitantes da Baixa da Banheira, pedimos a quem de direito uma urgente e rigorosa fiscalização!
Grupo Columbófilo Banheirense
1 ° concurso em 27 de Abí il, 270 km, Fa ro — B .a B.a,— Alberto Cassiano, 1.°, 2.°,6 .°, 7.°, 15.°, 18.°, 26.“ e 30.°; Rafael Pratas, 3.°, 11." e 19.°; Jo ão Bicas, 4.° e 21.°; L a u rentino Mateus da S ilva , 5.°,9.°, 17.°, 20.% 22.°, 28." e 29/; S ilvestre P. V itorino, 8. ° ; Manuel A. Santos, 10." e 16.°; António Amado, 12 Adão Cantante, 13.°; João Lu ís Santinho, 14.°, 23.» e 15.°; A lberto A. Felíc io , 24.°; A n tónio Dionísio, 27.°.
Ofereceram prémios para este concurso os Srs. Vir- golino Costa, 1 taça ao 1.° class.; M ário Machado, 1 taça ao 2.° class.; Carlos Mateus, 1 taça ao 4.° class.; F e r nando M ilitão dos Santos,2 sabonetes ao 1 1 .° e 12.° classificados.
Classificação por equipas e à m elhor chegada dos 3 prim eiros pom! os: A lberto Cassiano, 1.°, 4.° e 10.°; L a u rentino Mateus da S ilva , 2 .° e 6.°; Rafael Pratas, 3.°; João Lu ís Santinho, 5.°; António Amado, 7.°; João Bicas, 8. ; Adão Cantante, 9.°; — O fertas para estas classificações: António Dionízio,taça276890 ao 1.° class.; Francisco V a lério & F ilhos, 1 taça ao 2.° class.; M aria J . C. Paulino ,1 taça ao 4.° class.
Desta vez «A Prov ín c ia»
muito sinceramente felicita todos os concorrentes, em especial o S r. A lberto Cassiano, pelas suas boas classificações alcançadas até agora.
(C .)
C r a n J o L
Em 12 de Maio, foi inaugurada nesta vila uma E n ferm aria - Abrigo destinada a tuberculosos. Funcionará em edifício próprio, devidamente adaptado e equipado com todos os possíveis requisitos e o mais moderno material para o fim a que se destina.
A convite das entidades interessadas e respectiva com issão,dignaram-se com parecer a fim de tomarem parte na cerim ónia os srs. G overnador C iv il do Distrito, Bispo Auxiliar de Beja, Dr. Bento Pa rre ira do Am aral ; Delegados respectivamente dos Instituto N. T ra balho e Previdência e Instituto N. Assistência aos Tuberculosos, Comandante da G. N. R. de Setúbal, Có- n e g o Ernesto Nogueira, P rovedor da M isericórdia do Concelho, Dra. Maria José Pascoal de Carvalho, futura directora dos S e rv iços Médicos da Obra e entidades locais.
Falaram os Srs . P res idente da Câmara Municipal José Manuel Mateus, Bispo
Auxiliar de Beja e G overnador C iv il, que elogiosamente se referiram à boa von tade havida para conseguir ali tão valiosa e útil instituição, humana e benfeitora, para os doentes pobres e duma maneira geral para os que dela precisem.
Teve interferência o E s tado como comparticipante no seu custeamento, através da Assistência Nacional aos Tuberculosos, tendo-se destacado a boa vontade das entidades superiores nomeadamente o E x .m0 S r. Dr. Melo e Castro que para o efeito usou da sua superior influência e m a i o r boa vontade.
Fo i oferecido aos ilustres assistentes «um porto de honra», no edifício da Canti na Esco lar.
C.
T
Continuado da 1 página
setenta e cinco metros, como teria subido à To rre Ei- fel ou à de Pisa, se fosse necessário rabiscar im pressões e eu conseguisse — mera hipótese, já se vê — ir aos sítios famosos onde elas repousam e benevolamente nos acolhem e se sujeitam à adm iração das gentes.
Socorri-m e, porém, duma nova planta da velha cidade, que por acaso me veio parar às mãos.
E servir-me dessa planta, como ia dizendo, para encam inhar meus pobres passos a alguns pontos da c idade. E ’ que se perguntasse ao t r i p e i r o o que haveria por lá para se ver e adm irar, acontecia com ele o mesmo que sucede com o a l f a c i n h a :
titubeava, por desconhecer as curiosidades e as belezas do burgo.
Fu i, por exemplo, à velha catedral, no Terre iro de 1). Afonso Henriques. já a liv iada, em parte, dos pardieiros que a rodeavam . De origem romana, passou por várias alterações no decorres dos séculos. Hoje é uma miscelânea de estilos. Mas sempre bela.
Fu i, também, à igreja de
a v i r a
Jogos Florais
Nestes jogos florais, o 1.° prém io da poesia obrigada a mote foi a t r i b u í d a , «ex-aequo», a D. L íd ia Serras e ao nosso distinto colaborador, jornalista Jo rg e Ram os.
Felicitam os Jo rg e Ramos com um abraco afectuoso, pelo justo reconhecimento do seu valor.
S. Francisco, na Praça In fante D. Henrique. Data de 1383 e é de estilo gótico, embora as suas rem iniscências sejam puramente ro mânticas.
E basta de igrejas, se bem que o Porto seja fértil em templos e neles resida quase a totalidade da sua poderosa arte arquitectónica.
Visitei e vi muito mais coisas, claro, entre elas novamente, como é da praxe, o belo Palácio da Bolsa com as suas telas e estuques famosos e principalm ente, o seu notável salão nobre, estilo árabe.
E aqui está. O que queria significar n e s t a modesta crónica, era que v i e senti o Porto , cidade de trabalho e de tradições liberais, que o camartelo cam arário vai renovando pouco a pouco sem, contudo, a p rivar das suas características próprias.
A m a ra / F razã o
« A P R O V Í N C I A »Está à venda em Lisboa,
na Tabacaria Mónaco Bossio, 21
Delegação, Av. do Brasil, 178-1.° Esq.
B R E V E E S B O Ç O
d u m a v i s i f a a o P o r l o
E S T A M P A S
(Continuado da 1.* página)
entanto, incapaz de ser confundida ou oculta seja ao que fo r: — graça ou paixão, ódio ou amizade, indeferen- ça ou obsecação, de tudo há entre nós, num clim a já quase africano, capaz de todos os desvarios e incapaz de quaisquer abdicações. Os portugueses, sempre orgulhosos e briosos da sua história, dom ínio e poderio, assim têm podido permanecer na História, acima de tudo como filhos do Tejo e eminentes povoadores das suas acidentadas margens de atraente recorte.
Todos se divertem nas feiras
Com o enquadramento festivo próprio dos feirantes e do seu negócio, devemos reconhecer que, outrora, todos se d ivertiam nas feiras do termo de Lisboa — e tantas eram que, apenas entreaberta, no Carnaval, a quadra das férias, começava com ela, pode dizer-se com franqueza e propriedade, a quadra das feiras. F lo res, plantas ,madeira para coretos, bandas locais, outras vindas de distantes sitios, o chinfrim das cornetas de barro, o alarido sádio da gente nova, a truculência própriados que têm saude e sabem poder recom por-se de pequenos excessos, em contadas horas, pode dizer-se que, ainda há poucos anos, tudo servia para bailar, beber, com er e amar. Quantos namoros não começaram em feiras outonais, sem medo a g r ipes ou outras alterações de temperatura! Tudo decorria, em versos de pura antologia popular, ante o retábulo dos santos propiciatórios da cidade de Lisboa, pois tudo se guardava, com g ra ça intacta, de uns anos pará outros, na m em ória especial do «alfacinha da gema».
A esse repositório in transponível, nos seus ú ltimos anos de jornalista e de lisboeta, foi N. de A. buscar a graça imensa das suas renovações incarnadas nas marchas populares. F o ram essas as últimas saídas em massa do povo para a rua, no aquecer da brasa imensa das fogueiras, no aquecer e ascensão dos balões luminosos, coloridos e caprichosos. Alguns fizeram época, outras criações de liv re boémia tiveram ainda tempo de assomar ao proscénio das consagrações populares e de receber as aclamações do público iinlus- trado” , conform e o dizer de uma pequena revista do tempo. È todos viveram , folgadamente, esses m inutos grandes de despreocupada alegria.
A cidade ornamentadaTenta-se, agora, e pouco
se consegue, reconquistar essa alegria, de sempre e que vicejava, ainda, salta- rim e coleante, tendo, também, o apoio intemerato do
(Conclui na 3.8 págiaa)
6 A PR O VIN CIA 5-6-958
Da Vida LiteráriaP á g in a , d o m o m e n t o c u l t u r a l P o r J O R G E R A M O S
U m p o e t a c h e c o
É im possível dorm ir esta noite aqui em W arna.São tantas as estrelas, tão próximas e b r ilh an te s ...Há um rum or de vagas mortas na praia. ..Nácar, seixos, algas salinas, e os fantasmas vindos de Istam bul, surgidos do Bósforo que invadem o meu quarto.Ó ruído sobre o m ar como um coração pulsando,Flspectros de olhos verdesnas mãos pequenas agitam lençoscom aromas enervantes, irreais.E ’ im possível dorm ir esta noite aqui em W arna, em W arna , no Hotel Bor.
Nazin Hikmet
U m p o e t a b e l g a
O destino das linhas paralelas, doce e am argo destino que elas têm.Juntas avançam , límpidas e belas, nada as faz recuar, nada as detém,E as pobrezinhas, o que esperam e las?Encontrarem -se um dia, muito a lé m ...Nessa investida, pelo céu risonho Jam ais se encontrarão: mas tanto fa z ...Sabem que é sonho, mas é este sacho que as faz unidas avançarem m ais!
Paulo Cloqueí
U m p o e t a p o l a c o
Quando a Morte chegarnão venhas, nem me dês conselhos:eu saberei partir sozinho.Quero ter aberto os olhos e a cabeça bem levantada.Quero m orrer de pé pela terra em que nasci, empunhando uma arma qualquer.Que eu oiça o vento passar em meus cabelos como um zum bir de abelhas,Que eu seja o Vístula e as montanhas de Tatras;Depois, am igos: um capote sobre o cadaver. Lembrem-se do que v iv i e can te i:Ide pelas várzeas verter o sangue das vindimas.
M' ladyslaw Boniewiski
YOGHURTBOM DIAFonte de Saúde e Energia
VITA
J p M DIAJ
P r e p a r a d o s o b c o n t r o l e c i e n t í f i c o
Saude e Energia com Yoghnrt BOM 011 biolacta - R. luis lliipsio Palmeira, 15-A-B
1 1 S B O A - T e l e f . 7 7 5 0 2 7
llm poeto holandêsF r io , tens teus grilos, Noite, tuas estrelas,Tarde, tuas ovelhas em oiro refulgindo.Só tu, clarão da aurora não tens sinal certo Nem noite, nem m anhã: tempo deserto.
Jan Kramiaer
N o tíc ia s em p r im e ira m ão
BrasilHerculaeo Pires, autor do
rom ance « O Engeitado » concluiu « Lázaro », outra obra no mesmo género.
— Apareceu o n.° 19 da revista « L a d y » trazendo colaboração d e Orígenes Lessa, M auricio de Lacerda, etc. e de alguns autores portugueses apresentados por J. R..
— Assumiu a crítica literária no diário «Fo lha da Manhã», do R io , o escritor Fausto Cunha.
— Intitula-se «V id a L ite rária no Bras il » o novo ensaio de Brito Broca.
— Raimundo Dantas faz a última revisão de « R e f le xão dos T rin ta Anos ».
— Dante Costa prepara « Itinerário de Paris ».
— José Cândido entregou ao editor novo rom ance que tem a título «O lhai o Céu».
— Otto Carpeaux e s t á preparando o último vo lu me da sêrie « H istória das Literaturas Ocidentais».
— Frederico Porta trabalha num « D icionário das Artes Gráficas ».
— Paulo Ronai é um dos candidatos à cadeira de francês do Colégio Pedro I I do R io de Jane iro , apresentando uma sugestiva in terpretação da obra de Balzac.
— Toda a poesia de Ole- gário M ariano, desde o p rimeiro livro « Ange lus », em 1911, vai ser reunida em volume com o título «U m a Vida de Poes ia» .
— O próximo rom ance de L eo Godri intitula-se « O Caminho das Boiadas».
— Guilherm ino C é s a r , professor da Faculdade de Filosofia, da Universidade do R io Grande do Su l, está ultim ando os trabalhos da da sua nova obra « História do R. Grande do Su l ».
— H om ero Sena vai reun ir em volume as entrevistas que fez com figuras representativas da literatura lnasile ira contemporânea.
— Lucas Garcez, recentemente eleito para a Academia Paulista de Letras está escrevendo um ensaio sobre o pensador Matias Anés, autor de «Reflexões sobre a vaidade dos homens.
— Herman L im a concluiu
« H istória da caricatura no B ra s il».
— G ilberto d e A lencar publicará brevemente « O Escrito r Ju lião Azambuja».
— Galante de Sousa trabalha numa « H istória do Teatro no B ra s il» .
— Encontra-se no prelo o estudo de Pereg rino Jú n ior sobre João Francisco L isboa, patrono da sua cadeira na Academia B ras ile ira de Letras.
— Haroldo Bruno term inou há pouco «Estudos de L iteratu ra B ras ile ira ».
— «Esb oço duma história das ideias no B ra s il» de Cruz Costa, vai ser traduzido para o espanhol.
— Alexandre Marconds F i lho, que foi m inistro do Governo de Getúlio Vargas, está escrevendo as suas « Mem órias ».
— Darci R ibeiro , uma das maiores autoridades em assuntos indígenas, vai pub licar um romance («U ira») cuja acção decorre entre os índios urubres do sul do Maranhão.
— Celso Bran t anuncia para breve o aparecimento de tres estudos sobre M o zart, Chopin e Carlos G o mes.
— «N o ve h istórias» é o título do liv ro de novelas de Valdom iro Dourado.
— Albino Correia, autor de «O Mito de Prom eteu», publicará brevem ente «D iário ».
— Lucio Varejão, o conhecido escritor pernambucano, concluiu um rom ance «V is itação do A m or» .
— P into de Aguiar, economista e professor un iversitário, tem quase concluído o seu novo trabalho « Aspectos da Econom ia Colonia l ».
— O jovem poeta Ed m ur Regis vai publicar nos «C adernos de C u ltu ra» uma selecção de vinte dos seus poemas.
— Gastão d e Holanda, que obteve o Prém io An- chieta no IV Centenário deS. Paulo, trabalha num novo romance cujo título a in da não foi d ivulgado.
— Prosseguem intensos os preparativos para o I I I Congresso B rasile iro d e Fo lclore , que se realizará em Salvador de 2 a 7 de Ju lho .
— Até Junho estarão abertas na Academia Pernam bucana de Letras as inscrições para o Prém io Othon de Melo.
— Está sendo organizado o Segundo Salão de Poesia de Recife, a cargo do poeta Carlos Moreira.
UruguayGaston Figuera, publicou
na série « C on ferências», «N uevas Expressiones de la Poesia, del B ras il» e prepara uma antologia sobre
Poetas Portugueses M odernos.
— Os Cadernos Herrera R e i s s i g , de Montevideu apresentam « Tarde de Outono » de Juvenal Sarale- gui.
CubaNicolas Guillen, um dos
maiores poetas hispano - -americanos, de quem neste jo rna l já publicámos um dos poemas traduzidos para o português, concluiu um novo liv ro de poesia « E l Mundo y el Hombre».
HungriaFaleceu o escritor hún
garo Jesse Holtak, laureado com o prém io Kossuth. T inha 87 anos. Deixou 26 ro mances e várias obras sobre história, ensaio crítico e estudos poéticos.
ArgentinaVicente G iorno está es
crevendo « E l Canino de las Ideas», em que desfilam os filósofos clássicos da Grécia.
CanadáO grande prém io do so
neto instituído pela revista « Leg ion Blene », Io i outorgado a Collete Benoit.
EspanhaM ário Angel Marrodan,
[>oeta cujo nome é já fami- iar ao leitor português, e que muito tem trabalhado pelo intercâm bio luso-es-
panhol, acaba de publicar « L a Matéria Infin ita», poemas elaborados com in vu lgar senso estético, onde a
arte, na sua mais alta expressão, abre largos horizontes a uma originalidade im prevista mas cheia de lucidez e de audácia coerente. O autor de « Ansia en V ida » e « La Razon Contem plativa» tem nesta obra de vigorosa im aginação, uni dos seus mais belos trabalhos — Gabriel Celaya publicou «La C igarra» poemas, Juan M arichal anuncia um estudo sobre « E l Estilo », desde o século X V a Pedro Salina, Ju les Morales concluiu «Nostalgia Iluminada» temas líricos.
BélgicaH enri Perchan realizou
no Palácio das Belas Artes, de Bruxelas, uma conferência sobre o poeta Jo r ge Bodembach.
Perú« L a Crónica » diário que
mantem um suplemento ar- tístico-literário com cola- boração dos melheres nO' mes, va i in iciar a publicação duma página quinzenal
( Coníinua na págia 3 )