Monteiro Rostodejesus
Transcript of Monteiro Rostodejesus
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Antnio Monteiro
O ROSTO DE JESUS E O SUDRIO DE TURIM
Fraternidade Rosacruz Centro Autorizado do Rio de Janeiro
Associado a The Rosicrucian Fellowship
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Antnio Monteiro
O ROSTO DE JESUS
E O SUDRIO DE TURIM
O Sudrio de Turim, ou Sndone
1, uma pea rectangular de linho branco, com
4,37 metros de comprimento e 1,11 metro de largura, onde se percebe, vagamente, a
imagem dupla de um homem, uma frontal, outra dorsal, unidas pela cabea, e que
muitos cristos crem ser a de Jesus, sendo a pea de linho a mortalha onde o seu corpo
foi envolvido.
Esta crena ter sido reforada quando, em 28 de Maio de 1898, o fotgrafo
amador Secondo Pia tirou uma fotografia ao Sudrio e verificou, com surpresa, que o
negativo revelava a imagem positiva do homem que assim se podia ver com muito
maior clareza, embora invertida como se vista ao espelho.
Verificou-se, assim, que a imagem era a de um homem de
raa branca e etnia judaica, de idade compreendida entre trinta e
quarenta anos, medindo 1 metro e 83 centmetros de altura, pesando
cerca de 80 quilogramas, de compleio robusta, cabelos pelos
ombros e barba comprida. Em todo o corpo, excepto no peito, viam-
se inmeros ferimentos consistentes com os narrados nos evangelhos
sobre a paixo e morte de Jesus, que deixaram manchas esbatidas no
tecido e que a anlise sangunea, feita posteriormente, iria revelar
serem de sangue humano do tipo AB. Tratava-se, pois, da imagem
de um homem que fora barbaramente supliciado e crucificado.
De notar dois factos extremamente significativos. O primeiro
a fixao dos braos na cruz ter sido feita
com pregos cravados, no nas palmas das
mos como se v na generalidade da
iconografia religiosa, mas sim nos pulsos; de
facto, a palma da mo no tem a consistncia
necessria para aguentar o peso de um corpo humano, ainda mais
nas convulses de uma lenta e dolorosa agonia. O segundo facto
o Sudrio mostrar um homem completamente nu, quando os
1 Do grego , sndon, como vem no Evangelho de Marcos.
Manuscrito Hngaro das Preces de 1192
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artistas que representaram Jesus ao longo dos anos ocultaram, castamente, a sua regio
plvica com um pano; a nica excepo que conheo a sua figura no Manuscrito
Hngaro das Preces, um documento de 1192 que se encontra na Biblioteca Nacional de
Budapeste.
No Sudrio vem-se, nitidamente, outras manchas, estas causadas por um
incndio que, na noite de 3 para 4 de Dezembro de 1532, deflagrou na capela do castelo
de Chambert, Frana, onde o Sudrio, dobrado quarenta e oito vezes, se encontrava
guardado numa caixa de prata; as chamas, os pingos da prata parcialmente derretida
pelo calor, e as guas provocaram as manchas lineares, triangulares e ovoides que se
vem de um e outro lado da imagem, e que, em 1534, as irms Clarissas procuraram
reparar usando uma mistura de azeite, linhaa e leo de nozes, bem como consertar as
reas queimadas com tiras nas orlas e pedaos de algodo holands.
BREVE HISTRIA DO SUDRIO
As primeiras referncias ao Sudrio vm nos evangelhos cannicos, onde se diz
que Jos de Arimateia e Nicodemos envolveram o corpo de Jesus num lenol de linho
branco e depositaram-no num sepulcro 2.
Ao longo de mais de cinco sculos no h conhecimento de qualquer referncia
ao Sudrio. Em 544 ter sido encontrado, debaixo de uma ponte
em Edessa3, um pano rectangular onde se via a imagem de uma
face que se acreditou ser a de Jesus e que a Igreja Ortodoxa
classificou como Mandylion Sagrado4.
Diz a lenda que o rei Abgar, de Edessa, escreveu a Jesus
pedindo-lhe que fosse cur-lo da lepra; Jesus declinou o convite
mas prometeu que um dos seus discpulos o iria visitar. No ano
33, o apstolo Tom encarregou Tadeu de Edessa, ou Santo
Addai para os ortodoxos, de levar o pano ao rei Abgar que ficou
curado depois de ter contemplado a imagem de Jesus.
As referncias ao Mandylion Sagrado so confusas e
contradizem-se, tudo levando a crer que foi frequentemente
confundido com o Sudrio de Turim, para o que ter contado uma variante da lenda que
diz que na delegao enviada pelo rei Abgar a Jesus ia um pintor encarregado de pintar
o seu retrato e lev-lo para Edessa.
Em 944, o Mandylion Sagrado, ou o retrato, ou o prprio Sudrio de Turim foi
levado para Constantinopla onde o arquidicono da Baslica da Santa Sofia ter
afirmado que o pano de Edessa continha a imagem do corpo inteiro de Jesus, o que ter
sido corroborado pelo cruzado Robert de Clari5 que afirmou ter ali visto o Sudrio.
2 Cfr Mt 27, 59, Mc 15, 46, Lc 23, 53 e Jo 19, 38-40
3 Nome histrico da actual cidade de anliurfa, situada no Sudeste da Anatlia, Turquia.
4 Mandylion, palavra em grego medieval, , que no utilizada em nenhum outro contexto. A
tradio ortodoxa classifica o Mandylion como um , acheiropoieton, termo grego bizantino que significa no feito pelas mos, referido a um tipo particular de cones que se acredita terem
sido criados de forma milagrosa e no por mos humanas; estes cones so invariavelmente imagens de
Jesus ou da Virgem Maria. 5 Obscuro cavaleiro da Picardia que escreveu um relato dos combates da Quarta Cruzada (1202-1204)
entre cristos do Ocidente e cristos gregos do Oriente que defendiam Constantinopla.
Mandylion
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Quando em 1203 os cruzados saquearam esta cidade, o Sudrio foi levado para
Atenas onde ficou guarda de Otto de la Roche, que se fz duque daquela cidade.
Por volta de 1287, os Cavaleiros Templrios tero venerado um pano onde
estava impressa uma imagem de Jesus.
Cerca de 1349 o Sudrio apareceu em Troyes, na Frana, na posse de Godofredo
de Charney, senhor de Lirey. Porm, o arcebisto de Troyes, Henry de Poitiers, afirmou
que o Sudrio era uma impostura e proibiu a sua adorao, o que no foi respeitado por
muitos cristos. Em 1389 o bispo Pierre dArcis reiterou aquela proibio e at acrescentou que a verdade lhe fora confessada pelo prprio artista que o tinha pintado,
cuja identidade, porm, no revelou! Estas proibies no surtiram o efeito desejado
pelos prelados, j que os papas Jlio II (1503-13) e Clemente VII (1523-34) declararam
o Sudrio reliquia sagrada, tendo este ltimo oferecido indulgncias a quem
peregrinasse para o ver e venerar.
Em 1415, devido s pilhagens da Guerra dos Cem Anos, Margarita de Charny,
neta de Godofredo de Charney, levou o Sudrio para o castelo de seu marido, o conde
de La Roche, em Saint Hippolyte-sur-le Doubs. Quando enviuvou, a sua precria
situao financeira levou-a a expor o Sudrio ao pblico em troca de donativos e em
1453 entregou-o a Lus, duque de Saboia, em troca de um castelo em Varambon.
Assim, o Sudrio foi depositado, em 1502, na capela do
castelo de Chambert, da Casa de Saboia, onde foi danificado
pelo incndio que ali deflagrou em 1532 mas que se salvou
graas aos anjos que o mostram aos fieis, como o iluminista
Clovio representou num quadro em que, na parte de baixo, se v
o corpo de Jesus, com a regio plvica coberta, a ser envolvido
pelo Sudrio.
Em 1562 a capital do ducado de Saboia foi transferida
para Turim e em 1578 o Sudrio foi levado para a Cappella
della Sacra Sindone do Palazzo Realle di Torino. Em 1598 foi
criada a Irmandade do Santo Sudrio de Turim e entre 1668 e
1694 foi construda a Capela do Santo Sindone onde hoje se
guarda o Sudrio.
Durante a Segunda Guerra Mundial o Sudrio foi retirado de Turim para
Avellino, no sul da Campania, e entregue guarda de monjes Beneditinos, mais para
evitar que casse em poder de Hitler do que para o proteger dos bombardeamentos6.
Na noite de 11 para 12 de Abril de 1997, um curto-circuito provocou um grande
incndio na capela, mas o Sudrio foi salvo, no pelos anjos, mas pela intrpida
interveno dos bombeiros.
Em 18 de Maro de 1983, por morte do ex-rei de Itlia, Humberto II, o Sudrio
foi legado ao Vaticano que, em 2010, o expos ao pblico, tendo atrado mais de 50 mil
fiis.
A POLMICA
O Sudrio de Turim autntico ou no passa de uma falsificao? A resposta a
esta pergunta tem gerado polmica entre cientistas, arquelogos, historiadores,
fotgrafos, criminologistas e cristos, que no vamos analisar neste texto porque na
6 Verdadeiramente obcecado pelos artigos sagrados era Heinrich Himmler (1900-1945), Reichsfhrer das
SS, e um dos homens mais poderosos do Terceiro Reich.
Giorgio Giulio Clovio
(1498-1578)
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Internet se podem encontrar numerosos e exaustivos sites a favor e contra a sua
autenticidade; no entanto, penso que ter algum interesse salientar os dados mais
decisivos para encerrar a polmica.
Em 1978 foi constituda uma equipa norte-americana, o Shroud of Turin
Research Project, que depois de trs anos de estudo chegou s seguintes concluses:
1. Havia sangue humano no Sudrio; 2. As gotculas de tinta ocre seriam resultado de contaminao; 3. A habilidade e equipamentos necessrios para gerar uma falsificao daquela
natureza seriam incompatveis com o perodo da Idade Mdia, poca em que o
sudrio apareceu e foi guardado;
4. Como cientistas, tambm no podiam afirmar que a mortalha era verdadeira; 5. As marcas do Sudrio so um duplo negativo fotogrfico do corpo inteiro de um
homem. Existe a imagem de frente e de dorso;
6. A figura do Sudrio, ao contrrio de outras figuras bidimensionais testadas at ento, contm dados tridimensionais;
7. No existe ainda explicao cientfica de como as imagens do Sudrio foram feitas;
8. O Sudrio apresenta marcas compatveis com a descrio da crucificao nos Evangelhos.
Na poca, o Vaticano no autorizou o STURP a fazer o teste de datao por
carbono-14 do Sudrio, mas dez anos depois encarregou trs conceituados laboratrios
de Oxford, Zurich e Tucson, de o fazer, os quais foram unnimes ao declarar o Sudrio
como uma brilhante falsificao medieval produzida entre 1260 e 1390.
Acontece, porm, que alguns cientistas afirmaram que as amostras analisadas
foram retiradas dos tecidos de algodo holands com que, em 1534, o Sudrio foi
reparado, e que, ainda que as amostras tivessem sido retiradas do tecido original, o
incndio teria acrescentado carbono sua composio, invalidando, assim, as
concluses dos laboratrios, conforme declararam, entre outros, o qumico Alan Adler,
professor de Western Connecticut Sate University, e o cientista Michael Tite,
coordenador dos testes cientficos e director do Museu Britnico, que denunciou ter
havido inteno deliberada de enganar o pblico. Para alm destas concluses, temos o
Sudrio representado num documento sessenta e oito anos anterior ao perodo indicado
pelos laboratrios, o Manuscrito Hngaro de Preces, de 1192, acima referido.
Um facto decisivo da autenticidade do Sudrio foi a descoberta, feita em 1978,
por cientistas da NASA, de dois pequenos objectos colocados sobre os olhos da imagem
impressa no Sudrio, os quais, em 1980, foram identificados por Francis Filas, professor
da Loyola University, de Chicago, como sendo duas moedas, cunhadas no tempo de
Pncio Pilatos, que circularam entre os anos 29 e 32 de nossa era. De facto, estudos
arqueolgicos feitos em cemitrios judaicos confirmam que, no primeiro sculo, os
judeus costumavam colocar moedas sobre os olhos dos mortos para manter as plpebras
cerradas.
Outro facto a favor da autenticidade do Sudrio a imagem nele impressa no ser, de forma alguma, uma pintura; de resto, alguns pintores tentaram reproduzi-la em panos idnticos, mas os resultados obtidos foram desanimadores.
Assim, como apareceu tal imagem um mistrio que cientificamente permanece
insolvel.
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UMA POSSVEL EXPLICAO
Em minha opinio, h uma explicao plausvel que decorre dos Ensinamentos
Rosacruzes que nos foram transmitidos por Rudolf Steiner7 e, principalmente, por Max
Heindel 8, pelo que, para melhor se compreender o que se segue, convm ler o Conceito
Rosacruz do Cosmos, ou pelo menos os captulos onde vm amplamente desenvolvidos
os ensinamentos a seguir resumidos.
Jesus era um homem fisicamente igual a qualquer um de ns, que nasceu, viveu
e morreu como todos os seres humanos. Porm, o que o diferenciou profundamente de
ns foi a sua estatura espiritual; ao longo de diversas reencarnaes, a ltima das quais
como rei Salomo (c.1009-922 a.C.), Jesus foi preparado para cumprir uma misso
fundamental, a cedncia dos seus corpos vital e denso9 ao Cristo.
O Cristo10
um Arcanjo, um elevado ser espiritual que iniciou a sua evoluo
antes dos seres humanos e que no desceu a planos espirituais to densos quanto
aqueles a que ns descemos; assim, no teve necessidade de construir os corpos, vital e
denso, necessrios para funcionar nesses planos.
Cristo veio em socorro da humanidade porque uma parte significativa da mesma
corria o perigo de no conseguir evoluir. Para cumprir esta misso tinha de aparecer
entre ns como um homem e polarizar um raio no interior da Terra a fim de purificar o
seu corpo de desejos.
De facto, o nosso planeta est rodeado de um corpo de desejos, cuja substncia
constituinte a mesma da que so formados os corpos de desejos dos seres humanos.
Mas ao longo dos tempos os homens cometeram os mais hediondos crimes,
depravaes, perfdias, que foram agravando a parte mais negativa dos seus corpos de
desejos, a qual, por seu turno, afectou o corpo de desejos planetrio, estabelecendo-se,
assim, um crculo vicioso; o Cristo veio, pois, literalmente, tirar os pecados do mundo como disse Joo Batista
11.
O facto de assumir a aparncia de um homem facilitar-lhe-ia a difuso de
ensinamentos espirituais em parbolas, ditos, paracletrias12
e instrues iniciticas,
estas destinadas, apenas, aos mais avanados. Porm, para assumir a aparncia de um
homem, faltavam-lhe os corpos vital e denso; o Cristo poderia constru-los, mas isso
seria um imensa perda de tempo e de energias, pelo que foi considerado prefervel
incorporar num ser humano muito especial. Esse ser foi Jesus e a incorporao do Cristo
deu-se quando Joo Baptista, o grande hierofante de ento, baptizou Jesus no Jordo.
7 Rudolf Steiner (1861-1925) foi filsofo, educador, artista e esoterista, tendo aderido Sociedade
Teosfica de que se desligou dez anos depois para criar a Sociedade Antroposfica em Dornach, Suia.
Foi autor de uma vasta bibliografia, nomeadamente sobre Goethe, e proferiu cerca de 6.000 conferncias
sobre os conhecimentos que obteve, directa e pessoalmente, nos mundos espirituais. 8 Max Heindel (1865-1919) foi um estudioso dos Ensinamentos Rosacruzes, tendo obtido, em 1914, a
quarta iniciao nos Mistrios Menores. Foi o criador da Rosicrucian Fellowship, em Oceanside,
Califrnia, e autor de uma vasta bibliografia rosicrucista de que se salienta o Conceito Rosacruz do
Cosmos, publicado em 1909, e por muitos considerado o que de melhor se escreveu sobre ocultismo. 9 Na actual fase evolutiva dispomos de quatro corpos: o mental, o de desejos ou astral, o vital e o denso, o
que vemos, constitudo por 60% de gua, duzentos e tal ossos, mais de seiscentos msculos, etc. 10 Cristo a traduo do adjectivo grego , Khristos, que significa ungido. A uno um ritual destinado a capacitar um ser para um determinado fim, conferindo-lhe graa e poder divino, ou seja
autoridade e poder.
11 Cf. Jo 1, 20
12 Palavras de conforto e esperana dirigidas aos mais desfavorecidos.
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7
Acontece, porm, que apesar dos corpos vital e denso de Jesus terem sido
preparados, ao longo das suas reencarnaes, para suportar os impactos vibratrios do
Cristo, de vez em quando tinham necessidade de serem reparados; para tal, o Cristo
retirava-se e os corpos de Jesus eram entregues aos cuidados dos Essnios.
Face ao exposto, em minha opinio o aparecimento de uma imagem humana no
Sudrio de Turim deve-se ao facto do cadver de Jesus, quando foi depositado no
sepulcro, ainda estar sujeito s elevadas vibraes crsticas que gravaram a sua imagem
no pano antes de provocarem a total desintegrao do corpo.
Essas vibraes tero sido as mesmas que deram origem ao fenmeno da
Transfigurao, segundo o qual Jesus, acompanhado por Tiago, Pedro e Joo, subiu ao
alto de uma montanha e, diz Mateus13
, l se transfigurou na presena deles; o seu rosto brilhou como o sol, e as suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura, e
os profetas Moiss e Elias apareceram a seu lado conversando com ele.
CONCLUINDO
Creio, pois, que o rosto de Jesus seja o desta fotografia, que foi tratada
informaticamente, mas que ao contrrio de outras14
respeita a sua fisionomia e, em
especial, a sua expresso, como se v nas fotografias originais do Sudrio.
Julho de 2013
13
Mt 17, 2 14
H, na internet, inmeras reprodues de fotografias tiradas ao Sudrio de Turim e imagem de Jesus.
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8
ANEXO
Jesus segundo os artistas
O Sudrio como fonte de inspirao
Em 1994, uma simulao em computador comprovou a semelhana com o rosto retratado pelos pintores. A imagem tradicional de Cristo baseia-se, em
parte, na fisionomia impressa no Santo Sudrio.
H um recurso artstico para representar a atividade do esprito ou a
santidade de uma pessoa o uso de uma aurola, e, no caso de Jesus Cristo, especialmente o Cristo ressuscitado, uma aurola de luz. uma luz
que torna visvel o invisvel, que revela no mundo material, a presena do imaterial. A aurola de luz indica o Sol, nosso regente espiritual, Aquele que a Luz do mundo. A aurola a representao do pleno desenvolvimento
dos centros etricos na cabea.
Os pintores ocidentais e ortodoxos da Idade Mdia utilizavam um halo ou aurola para mostrarem a transfigurao do Esprito no corpo fsico, e, posteriormente esse recurso foi utilizado no apenas para Jesus, mas
tambm sempre que se desejava mostrar a luz interior de uma pessoa.
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9
Leonardo Da Vinci
Mestre do Renascimento pintou Cristo de maneira serena, suave e com traos angelicais.
Leonardo da Vinci (14521519) Detalhe de A Santa Ceia de Leonardo Da Vinci, pintado cerca de 1496.
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10
Rafael Sanzio Influenciado por Leonardo da Vinci representava a grandeza heroica de
Cristo.
Rafael Sanzio (1483 1520) A Transfigurao de Cristo por Rafael Sanzio, 1518-20
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11
Michelangelo
Pintor e escultor retratou Cristo de maneira pica e com formas atlticas.
Michelangelo (1475 1564) Detalhe do afresco Juizo Final (1535-41) pintado na parede do altar da Capela Sistina
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12
Lotto
Veneziano do sculo XVI representou Cristo de maneira enigmtica.
Lorenzo Lotto (c.1480c.1557) Jesus e a mulher adultera (1527-29)
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13
Velzquez
Velzquez, artista individualista espanhol do sculo XVII, mestre do periodo
barroco contemporaneo, representou um Cristo triste e amarrado a cruz.
Velzquez ( 1599-1660) A crucificao de Jesus Cristo. Cerca de 1632.
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14
Ticiano
Ticiano, um dos principais representantes da escola veneziana no
Renascimento antecipando diversas caractersticas do Barroco e at do Modernismo, retratou Cristo com um realismo impressionante.
Ticiano Vecellio (1473 1576) O enterro de Cristo. leo sobre tela. 1559.
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15
Delacroix
Eugen Delacroix, considerado o maior representante do romantismo francs
retrata Cristo como o mediador eleito por Deus e perseguido pelos homens que exercem o poder temporal na terra.
Eugne Delacroix (1798 1863) Esboo para Cristo no Jardim das Oliveiras, Eugen Delacroix, 1820
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16
Esboo para Cristo no Jardim das Oliveiras, Eugen Delacroix
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17
Jesus no Jardim das Oliveiras, , Eugen Delacroix, 1824-27
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18
Pieta por Eugene Delacroix (1850) National Museum of Oslo
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19
Van Gogh
Vincent Willem van Gogh, pintor ps-impressionista neerlands, frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos, dotado
de reverencia mistica, compos sua Pieta baseado na Pieta de Delocroix.
Van Gogh (1853-1890) Pieta (1889), baseado em Eugene Delacroix
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20
Veronesse
Paolo Veronesse, importante pintor maneirista da Renascena italiana, apresenta Cristo envolto numa atmosfera de fortes contrastes.
Paolo Veronesse (1528 1588) Cristo no Jardim do Gethsemane, (1583-85) Pinacoteca di Brera
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21
Heinrich Hofmann
Hofmann, um dos mais proeminentes artistas alemes do sculo XIX, retrata um rosto de Jesus mais delicado do que forte, mas dotado de
elementos de beleza que inspiram fortaleza.
Heinrich Hofmann (1824 - 1911) Cristo no Jardim do Getsemane (1890)
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22
Cristo aos Trinta e Tres Anos por Heinrich Hofmann
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23
A Imagem do Senhor por Heinrich Hofmann
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24
El Greco
El Greco retratou Cristo de forma dramtico e expressiva, considerada estranha por seus contemporneos, mas muito apreciada no sculo XX, por
antecipar elementos do expressionismo e do cubismo.
El Greco (1541-1614) Cristo carregando a cruz, 1850, Museu do Prado.
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25
Esplio de Cristo, 1577-79, leo sobre tela, 285 x 173 cm, Sacristia da Catedral de Toledo) um dos mais famosos retbulos de El Greco. Seus retbulos so conhecidos pela composio dinmica e inovaes surpreendentes.
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26
Rembrandt
O grande pintor holands do sculo XVII pintou uma srie de retratos do Senhor, fazendo posar como modelo um judeu de Amsterd para chegar o mais prximo possvel do Jesus histrico. reinventando praticamente a
figura de Jesus mostrando-o de maneira mais realista.
Rembrandt van Rijn (1606-1669) Jesus. Detalhe de A ceia de Emas, 1648, Museu do Louvre, Paris
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27
Rembrandt, A ceia de Emas, 1648, Museu do Louvre, Paris
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28
Rembrandt, Retrato de Cristo. 1657-61
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29
Rembrandt, Retrato de Cristo.
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30
John Sartain
John Sartain, retratista nascido em Londres, o autor de uma
gravura baseada numa antiga inscrio de Jesus talhada em esmeralda.
John Sartain Jesus da Esmeralda , 1866.
Gravura de Jesus feita em 1866 pelo retratista ingls John Sartain. Segundo o artista, semelhana da imagem de nosso Salvador, talhada em uma esmeralda a pedido de Tibrio Csar e dado ao Papa Inocncio VIII, do tesouro em Constantinopla, pelo imperador dos turcos, como pagamento de um resgate de seu irmo, na poca capturado pelos cristos.
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Kahlil Gibran
No frontispicio de seu livro Jesus, O Filho do Homem, Gibran retrata um Jesus com seriedade, cujos olhos expressos em sombra sugerem um
abismo de interioridade e poder. Embora de perfil, a afinidade deste retrato com a imagem do Sudrio de Turim considervel.
Kahlil Gibran (1883-1931) Jesus , O Filho do Homem.
Grafite. International House, New York City.
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Reflexes de um Estudante Rosicrucista Por
Antnio Monteiro
Volume I Sntese do Conceito Rosacruz do Cosmos Volume II Christian Rosenkreutz - Estudo Biogrfico Volume III A Ressurreio de Lzaro Volume IV O Nome Germelshausen Volume V A Tbua de Esmeralda Volume VI Os Versos de Ouro de Pitgoras Volume VII Os Mistrios, Um Poema Inacabado de Goethe Volume VIII O Evangelho Secreto de Marcos Volume IX O Evangelho de Judas Volume X O Evangelho de Tom Volume XI Maria Madalena e o Santo Graal - Uma Anlise Especulativa de "O Cdigo de Da Vinci" Volume XII O Rosto de Jesus e o Sudrio de Turim Volume XIII Interpretao do Fausto, de Goethe Volume XIV Max Heindel - Uma Pequena Biografia Volume XV A Evoluo do Homem no Globo D - Correlao entre as investigaes ocultas e antropolgicas Volume XVI As Aparies da Cova de Iria Volume XVII Os Evangelhos Cannicos
As opinies expressas nesta srie so de inteira responsabilidade do autor .
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