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UNIVERSloAoE TUIUTI DO PARANA A CAPACITA9AO PROFISSIONAL NO CONTEXTO oA EoUCA9AO INCLUSIVA Monogralia apresentada ao Curso de p6s- gradua(fao em Educac;ao Especial, do Centro de P6s-Gradua9Bo, Pesquisa e Extensao da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito final a obtenc;ao do titulo de Especialista em Educac;ao EspeciaL Orientadora: ProIa. Ms. Sueli Fernandes Curitiba 2003

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UNIVERSloAoE TUIUTI DO PARANA

A CAPACITA9AO PROFISSIONAL NO CONTEXTO oA EoUCA9AO INCLUSIVA

Monogralia apresentada ao Curso de p6s-gradua(fao em Educac;ao Especial, doCentro de P6s-Gradua9Bo, Pesquisa eExtensao da Universidade Tuiuti do Parana,como requisito final a obtenc;ao do titulo deEspecialista em Educac;ao EspeciaL

Orientadora: ProIa. Ms. Sueli Fernandes

Curitiba

2003

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RESUMO

A hist6ria tern registrado muitos acontecimentos de discrimina<;ao social, racial e de

pessoas com necessidades educacionais especiais.

Neste periodo aconteciam a segrega<;Bo e marginaliz8<;BO do diferente ou seja,

daquelas pessoas que possuissem qualquer necessidade educativa especial em

institui((oes.

Sendo assim, e necessaria de uma nova mudan<;8 cultural para que seja

democratica igualitaria e diferenciadora.

Para as educadores em geral, a integra<;ao e a inclusao que tern sido conceituada

como urn processo de educar, ensinar juntas as crian<;8s normais com as crian<;8s

com necessidades especiais durante uma parte do tempo au na sua totalidade do

tempo.

Tambem e necessario que as educandos continuem tendo atendimentos

especializados, salas de recursos, classes especiais e centres de atendimento

especializado em periodo contr<3rio do ensino regular.

E necessario que sejam destin ados recursos financeiros para que sejam investidos

em forma9ao de nivel superior e especializa9ao, capacita9ao do profissional da

educa9ao para que possa ter subsidios tecnicos, materiais e metodologicos durante

o processo ensino-aprendizagem com os educandos.

Para que se tenha exito com a inclusao no Sistema Educacional de Ensino enecessario que toda escola esteja envolvida em fazer ajustes curriculares para que

sejam respeitadas as diferen9as individuais dos educandos.

Alem das escolas regulares como os servicyos de atendimento especializado e

fundamental que as Secretarias de Educacyao empenham-se em buscar recursos

que sao destinados da Uniao aos estados e municipios fazendo-se assim cumprir a

L.D.B.9394/96.

E necessario um trabalho de parcerias entre universidades, escolas e centros

especializados e Quiros, em prel de uma Educacyao de qualidade e que seja para

todos.

iii

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1 INTRODU9AO

Esta pesquisa cientifica vern tratar da necessidade de oportunizar aos

educandos com necessidades educacionais especiais 0 direito a educayao com

qualidade no ensina regular como tambem a garantia de atendimentos especializados

em turno contra rio da escola para a sua reabilita<;ao.

o objetivo primordial desla pesquisa e rellelir sobre a realidade educacional no

que S8 refere aD cumprimento efetivo L.D.B 9394/96 quando menciona a formayao e

a capacitayao profissional do professor que atua com os educandos.

Procura buscar embasamento teoricD de autores que empenham-se em suas

teses visando melhorias na aplicayao de recursos publicos destinados a elaborac;ao

de programas de capacitayao que venham alender as necessidades dos educandos

no sistema regular de ensino inclusivo.

Tambem analisa-se a forma98o do professor da Educa980 em nfvel medio

superior e as especializac;oes ofertadas pelas universidades e faculdades.

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2 EDUCA<;AO INCLUSIVA: ASPECTOS METODOLOGICOS E FILOSOFICOS

Com 0 passar dos anos e ainda hoje a historia da humanidade toi marcada par

condi90es sociais deficientes que sofrem julgamentos sociais que fcram S8

sofisticando com 0 desenvolvimento tecnologico e as mudan~as de val ores e atitudes

de uma sociedade que passa par constantes mudangas.

Segundo Fonseca (1987 p. 9), em (ermos anlropologicos "ser crianl'a", "ser

mulher~, user velho", etc, represenla em varios periodos historicos e ainda hoje uma

condi9ao de subalternidade de direitos e fun90es sociais.

Sabemos que a criang8, a mulher e 0 velho, em algumas sociedades, sao

vltimas de abusos de poder e de superioridade.

A mesma situ8c;ao de discriminayao aconteee quanta a cor de pele, as

variac;6es comportamentais e Gulturais, grupos politicos minoritarios e grupos

religiosos e as pessoas com necessidades educacionais especiais.

A realidade nacional nao ve 0 outro como igual e esta diferenga tornou-se mais

urn criterio de discriminagao no sistema educacional e na sociedade.

As diferen9as individuais nao sao vistas como uma forma de enriquecimento

humano.

E necessario a construgao de uma nova cultura que seja democratica,

igualitaria e diferenciadora.

A nos sa heranga e hierarquica e nossas leis apontam e exigem uma nova

cultura.

Oesde a seleg.3o natural, para alem da seleg.3o biol6gica dos espartanos, que

eliminavam as criangas malformadas ou deficientes, passando pelo conformismo

piedoso do Cristianismo, ate a segregagao e marginaliza9ao operadas pelos

exorcistas e esconjuradores da Idade Media, a perspectiva da deficiencia andou

sempre ligada a crengas sobrenaturais, demoniacas e supersticiosas 1.

A mitologia, 0 espiritismo e a bruxaria dominaram e afetaram a visao da

deficiencia, decorrente de julgamentos morais, perseguigoes, encarceramentos, etc.

; FONSECA, Victorda. EducalYa.o Especial. Artes Medicas. P. 11. 3°. Edig80.1987

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"As institui<;oeS foram se especializando para atender pessoas por tipos de deficiencia; aspessoas deficientes erarn internadas ern hospitais psiquiatricos. Assim, a segrega<;aoinslitucional conlinuou sendo pralicada. A ideia era de prover, dentro das inslilui<;oes, lodos osservi<;os poss[veis ja que a sociedade nao aceitava receber pessoas deficientes nos servi<;osexislentes na comunidade".2

Quando as familias nao aceitavam 0 tratamento medico com indica980 para

internagao do deficiente e quando nao freqOentavam nenhum tipo de instituic;:ao que a

atendesse, ficavam escondidas em casa, sem ter acesso a uma vida social e

educacional. Nesta epoca e ainda hoje existem familias que se negam a buscar

atendimentos terapeuticos em clinicas e escolas, especializadas para os seus

familiares deficientes.

No seculo XIX iniciaram-se os prirneiros estudos cientlficos sobre a deficiencia,

porem, foram mais inclinados naturalmente para a deficiencia mental do que para

outras deficiencias.

Os trabalhos de Binet e Simon, par um lado, e de Freud par outro, vieram dar

uma nova visao a problernatica. De urn lado, a criagao do conceito da idade mental;

do outro, a nascimento da psicanalise como tecnica terapeutica, foram aspectos

extremamente importantes pela eontribuig80 que trouxeram a compreens80 e a

educac;:ao da crianga deficiente.

Os periodos de p6s-guerra (1a. e 2a. grandes guerras), vieram imprimir novos

dados ao problema com 0 estudo da neurologia e da patologia do cere bro.

Com a acurnulag.3o de fatos, foi-se conslruindo uma teo ria que hoje integra a

defectologia humana e que envolve natural mente urna taxonomia pr6pria, cujo

objetivo primordial e encontrar urn pensarnento educacional para alguns casas e urn

pensamento preventivo para outros.

A partir dai nasee a necessidade de integrar 0 deficiente oportunizando as

mesmas condic;:oes de realiza9ao e de aprendizagem sociocultural,

independentemente das condic;:6es, limitac;:6es ou dificuldades que 0 ser humano

manifeste.

Todos os partadores de necessidades educacionais especiais tern direito aigualdade de oportunidades educacionais, sendo resultado de uma luta hist6riea dos

rnilitantes dos direitos humanos. Esta luta vern implicar na obrigatoriedade de 0

~ SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusao/Construindo uma Sociedade para Todos. P. 31. Rio deJaneiro. 1997

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estado garantir gratuitamente unidades de ensine para todas as crian<;as quer sejam

deficientes ou nao.

Segundo, as Diretrizes Nacionais para a Educac;ao Especial na EducaC;Elo

Basica (2001), menciona a Declara980 Mundial de Educa980 para Todos e a

Oeclara<;ao de Salamanca:

"0 Brasil fez oPCao pela constru9i3O de urn sistema educacional inclusivo ao concordar com aDeclarac;ao Mundial de EducaCao para Todos, firmada em Jomtiem, na Tailandia, em 1990 eao mostrar consonancia com os postulados produzidos em Salamanca, Espanha 1994, naConferencia Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais Acesso e Qualidade" (Brasil,2001).

A busca da nao segrega<;ao das pessoas com necessidades educacionais

especiais torna-se cada vez mais forte entre todos as que com ele interagem, se as

seus pais, educadores ou seus amigos

"A n09aO de integra9ao e pOlissemica, seja porque multi pi os podem ser os seus sujeitos, ou osespa90s politicos socials onde 0 processo se desencadeia e se manlem, seja porque saomultiplos os niveis de sucesso conseguidos nas interacoes inlerpessoais, implicitas emqualquer dos conceitos de integracao. Na verdade, a ideia de integrar;:Bo (economica, polilicaou social e sob esta funyao a educacional), pressupae a reciprocidade" 3

Para as educadores em geral, a integrac;ao escolar tem sido conceituada como

um processo de educar, ensinar juntas crianc;as normais com crian<;as com

necessidades Educacionais, durante uma parte do tempo ou na totalidade do tempo

de perman en cia na escola. E um processo gradual e dinamico que assume distintas

form as, segundo as necessidades e caracteristicas de cada aluno, considerando 0

seu contexto s6cio-econ6mico.

Este contexto traduz 0 que se conhece como a teoria do ambiente menos

restritivo possivel (AMR), centrada nas aptid6es dos alunos que devem ser

preparados para a integra<;ao total, no ensino regular (Polftica Nacional de Educac;ao

Especial,1994).

A integraC;ao e um processo din<3mico de participac;ao das pessoas num

contexto relacional, legitimando sua interac;ao nos grupos sociais, ua integraC;8o

implica em reciprocidade" 4

J EDLER, Rosita. Texto Integrac;ao e Inclusao: 00 que estamos Falando? 1998.4 Idem. P. 04.

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E sob 0 enfoque escolar e processo gradual e dinamico que pode tomar

distintas formas de acordo com as necessidades e habilidades dos alunos.5

Todas as providemcias em prot da integrac;ao, na escota, nao podem ser da

iniciativa dos educadores especializados apenas.

E primordial 0 envolvimento de todos os educadores, na escola ou corre-se 0

risco de apenas inserir 0 portador de deficiencia no convivio com outras crian<;as, sem

que se efetivem, entre todos, tracas interativas com plena ace ita gao as pessoas com

necessidades educacionais especiais de deficiemcia, para valorizac;ao de sua auto-

imagem e da sua auto-estima° exito da integrac;ao social das pessoas com necessidades educacionais

especiais, depende do exito de sua integrac;ao escolar, sem desprezar 0 importante

significado da integrac;ao familiar - primeiro nucleo social na vida de qualquer

individuo.6

A pondera<;:ao de Monereo (p. 6) aponta que, se nao forem tornados todos os

cuidados referentes a integrac;ao escolar, corre-se 0 risco de "entregar" nosso

aJunado na suposic;ao falsa que estamos contribuindo para a sua felicidade e

desenvolvimento de sua cidadania, ou que estamos facilitando sua integrac;ao social.

Nao e necessaria mente assim!

Sintetizando, a integrac;ao das pessoas deficientes na sociedade consiste num

processo de preparac;ao de pessoas com deficiencia a fim de que elas possam ser

inseridas numa sociedade despreparada para conviver com etas. Ja a inclusao tem

por finalidade adaptar as pessoas com necessidades educacionais especiais na

sociedade e a sociedade a eles, ocorrendo este processo de maneira mutua

procurando a valoriza<;ao das diferen<;as individuais e as potencialidades de cada urn,

permitindo 0 exercicio pleno da sua cidadania.

Ja a inclusao propoe uma reversao na 6tica do processo de INTEGRACAO,

pois, entende-se por educac;ao inclusiva uma "educ8c;ao de qualidade sem excluir

ninguem, realizada em escolas regulares e na comunidade local, onde todos os

5 EDLER, Rosita. Texto Integra~ao e Inclusao: Do que estamos Falando? 1998. P. 186 MOllcrco. 1985

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alunos aprendem juntos e atingem seus objetivos individuais com apoios humanos e

tecnol6gicos" 7

o processo gradativo da inclusao no Sistema educacional possibilita que venha

acontecer a aceitac;ao de todas crianc;as, jovens e adultos, considerando-os pessoas

com direitos e de veres iguais

Para que aconlec;a verdadeiramente a inc\usao a politica educacional

compromete-se em oferecer 0 maximo de apoio tecnico e os recursos materiais para

que se efetive um ensino de qualidade para que todos os educandos tenham exito em

quaisquer ambientes educacionais e ambientes comunitarios.

A participa<;:ao familiar no processa terapeutico dos educandos especiais tem

sido valorizado pelos profissionais que desenvolvem 0 trabalho de reabilitac;ao. Os

pais tem um papel fundamental quando estabelecem metas para atingir progressos

significativos com seus filhos para que participem de uma Sociedade Inclusiva.

Todos os educandos com necessidades educacionais especiais ou nao

beneficiam-se com a educac;ao inclusiva. 8

Todos as educandos interagem convivendo com uma grande diversidade de

modelos sociais e a variaC;ao natural das capacidades de aprendizagens humanas.

Os educandos que estudam com os alunos especiais tern a oportunidade de

beneficiar-se da aprendizagem, sob condi90es instrucionais diversificadas, isto e,

aprendizado cooperativo, usa de tecnologia baseado em centros de aprendizagem.

As adapta<;:oes nos espac;os fisicas, como tarnbam as adaptac;oes curriculares

sao primordiais para 0 desenvolvimento cognitivo e social dos educandos especiais,

que possibilitarao que todos os educandos, indiscriminadamente participem de

atividades que explorem a experienciac;ao mais cooperativas, holfsticas e multi-

sensoria is.

o processo de inclusao no sistema educacional de ensina tern por objetivo

primordial atingir 0 direito de qualquer ser humano a participar da sociedade na qual

esta inserido, seja educacionalmente, socialmente au politicamente.

E por este motivo que as politicas inclusivas, em parceria com as sistemas

educacianais de ensina, tern a responsabilidade de ofertar recursos financeiros e

7 SASSAK1, Romeu Kazumi. lnclusaofConstruindo uma Sociedade para Todos. P. 120 Rio deJaneiro. 1997

H Idem. P. 125

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tecnicos para que aconte9a a

pessoas com necessidades educacionais especiais para a inser9ao no mercado de

trabalho, sem protecionismos e paternalisrnos.

Existe urn projeto elaborado par Rodrigo Hubner Mendes, realizado quando ele

era aluno do Curso de Administra<;80 de Empresas que se preocupava com a

inclusao das pessoas com necessidades Educacionais especiais no mercado de

trabalho. Este projeto foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento

Cientifico e tecnologico (CNPq).

Muitas mudan9as na filosofia das empresas come9aram a surgir em rela<;8o apossibilidade de empregar deficientes.

Ocorreram seminarios internos de sensibilizac;6es das chefias, adaptac;6es de

aparelhos, ferramentas, equipamentos quando foi necessaria, treinador de trabalho e

outros apoios.

Muitos progressos que foram significativos no acesso a empregabilidade das

pessoas com necessidades especiais vieram marcar presen<;a na midia de maneira

positiva.

A midia tambem come<;ou a dar a sua contribui<;80 vindo abordar 0 tema

deficiencia de maneira educativa, informativa, cooperativa e construtiva.

A Declara<;ao de Sundberg que aconteceu em novembro de 1981, artigo 10,

estabeleceu:

"em vista da influencia da midia sabre as aliludes do publico e com vistas a aumenlar 0 nivelde consciencia publica e SOlidariedade,0 conteudo das informac;:oesdisseminadas pela midia,precisam inc1uir aspectos correspondentes aos interesses e necessidades das pessoasdeficienles e ser preparados consultando suas associac;:5es"9

A educaC;ao e a reabilita<;8Io sao urn direito de todos os seres humanos sem

exce9ao

u •••medicos, psic6logos, soci61ogos educadores, lerapeutas, politicos terao de desenvolveresforc;:osno futuro, com a finalidade de materializar e implementar uma ampla e dinamicainlerdisciplinaridade nao s6 para compreender a diversidade e a variedade humana, comotambem para educar, reabililar e integrar lodos os que apresentem ou revelem necessidadesdiferentes" (FONSECA, 1987 p. 65).

9 SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusao/Construindo uma Sociedade para Todos. Rio de Janeiro.1997

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E atraves da educac;:ao e da reabilitac;:.3o que e possivel os individuos

portadores de necessidades educacionais especiais, aprenderem e reaprenderem

novas aquisiyoes, novas competencias e novas atitudes.

Segundo FonsecalO, a presenc;:a de uma deficiencia, de uma dificuldade ou de

uma desordem qualquer que seja a sua severidade, nao deve alterar a necessidade

de respeitar a dignidade e a val orosi dade dos deficientes.

A deficiencia naD e uma condic;:.3o inalteravel e imutavel e necessario educe-los

e reabilita-Ios, pois e um direito de todo ser humano ter acesso a aprendizagem e 0

pleno exercicio de sua cidadania com direitos e deveres que cabem a todo cidadao

brasileiro.

E preciso mencionar 0 trabalho que esta sendo desenvolv\do pel a Rede

Municipal de EducaC;:~10 de Curitiba que oferece diversos servic;:os especializados

garantindo aos portadores de necessidades educacionais especiais 0 direito de

freqOentar a sistema regular de ensino, procurando diminuir as defasagens cognitivas

e sociais e contribuindo gradativamente no processo de inclusao destes educandos.

De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educa~ao Especial na Educac;:ao

8esica, os servic;:os de apoio pedag6gico especializado ocorrem no espac;:o escolar ou

fora dele e envolvem professores e profissionais da saude (psicologos,

fonoaud\6\ogos) no atendimento nos centros de reabilitac;:ao dos educandos que

possuirem qualquer tipo de necessidade educacional especial.

o apoio pedag6gico especializado pode acontecer: em salas de recursos, em

salas especiais, escolas especiais e centros de atendimento especializada ou escolas

especiais conveniadas que atendem pessoas com necessidades educacionais

especiais durante 0 processo de ensino e aprendizagem no sistema regular de

ensina

As salas de recursos sao um servic;:o de natureza pedagogica, conduzida por

professor especial1zado que suplementa, no caso dos superdotados, e complementa

para os demais alunos 0 atendimento educacional realizado em alguns

estabelecimentos de ensino fundamental e sao parte destes podendo polarizar esse

atendimento em varias escolas da comunidade, obedecendo ao calendario escolar da

unidade an de estao inseridas.

10 FONSECA, Victorda. EducaCj30 Especial. Artes Medicas. 3°. Edi980.1987.

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Os alunos que as frequentam tern indicaC;80 para essa modalidade atraves da

avalia9aO psico-educacional e sao matriculados regularmente no ensino regular em

suas escolas de origem. A frequencia ao atendimento ocorre em turno contrario,

mediante matricula em formulario proprio com compromisso formal assinado pelos

responsaveis pelo aluno.

Esse atendimento na sal a de recursos pode ser realizada individualmente au

em pequenos grupos, para alunos que apresentem necessidades educacionais

especiais, para os alunos surdos, cegos e outras necessidades educacionais

especiais que apresentem serios comprometimentos de comunica~ao e sinalizac;ao

Existe tambem 0 servi~o de itinerimcia consiste no servic;o de orienta~ao e

supervisao pedagogica desenvolvida por professores especializados que fazem

visitas periodicas as escolas para trabalhar com os alunos que apresentam

necessidades educacionais especiais e com seus respectivos professores de classe

camum da rede regular de ensina.

o atendimento educacional especializado pode ocorrer fora do espaC;o escolar,

sendo nesses casos, certificada a frequencia do aluno mediante relatorio do professor

que a atende.

A classe hospitalar servic;o destinado a prover, mediante atendimento

especializado, a educac;ao escolar de alunos que estejam impossibilitados de

frequentar as aulas em razao de tratamento de saude que implique internac;ao

hospitalar au atendimento ambulatorial.

o atendimento educacional pode ocorrer no ambiente domiciliar. Este servi~o e

destinado a viabilizar, mediante atendimento especializado, a educaC;8o escolar de

alunos que estejam impossibilitados de freqOentar as aulas em razeo de tratamento

de saude que implique permanencia em domicflio.

As classes hospital ares e do atendimento em ambiente domiciliar tern por

objetivo dar continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de

aprendizagem de alunos matriculados em escolas da Educac;ao Basica, contribuindo

para 0 seu retorno e reintegrac;ao ao grupo escolar.

De acordo com as LDBEN e as Diretrizes Nacionais para a EducaC;8o Especial

na EducaC;80 Basica, bern como nos Referenciais e Parametros Curriculares

Nacionais, as escolas podem criar classes especiais para atendimento, em carater

transit6ria, a alunas que apresentem dificuldades acentuadas de aprendizagem e

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condi90es de comunic8C;:8o e sinaliz8C;:80 diferenciada dos demais alunos, que

demandem ajuda e apaio intenso e continuo.

A classe especial e uma sala de aula em escola de ensina regular, em espa90

ffsico e modulay8o adequada. 0 professor especializado utiliza metedos, tecnicas,

procedimentos didatico5 e recursos pedag6gicos especializados e, quando

necessario, equipamentos e materiais didaticos especificos, conforme

serie/ciclo/etapa da educ8ry8o basica, para que 0 aluno tenha acesso aD curricula da

base nacional comum.

A cia sse especial atends aos educandos com necessidades educacionais

especiais sejam alunos cegos, surdos de alunos que apresentam condutas tipicas de

sindromes e quadros psicol6gicos neurol6gicos ou psiquiatricos e de atunos que

apresentem casos graves de deficiencia mental ou multipla.

Existe, tambem, na Rede Municipal da Educa9ao de Curiliba os CMAES -

Cenlros Municipais de Atendimento Especializado que tem por linalidade olertar

servh;os especializados de apoio, suporte e colaboragao na identificag8.o das

necessidades especfficas dos educandos e os seus atendimentos terapeuticos

educacionais, com vistas ao desenvolvimento de suas potencialidades e resgate de

melhores condic;:6es de desempenho em referenda a sua escolaridade, observada a

le9islac;:ao vigente e as normas especificamente aplicc3veis.

E necessario que sejam revistas as concepc;:oes e paradigmas vigentes para

que se efetive a polftica de inclusao no sistema regular de ensino, e primordial para 0

desenvolvimento pleno desses educandos e 0 respeito de suas diferenc;:as e suas

necessidades.

E atraves do Projeto Politico Pedag6gico que a equipe escolar deve

comprometer-se em oferecer a todos os educandos urn ensino de qualidade

Na elaboragao de urn curricula escolar devem constar prcHicas heterogeneas e

inclusivas vindo a prornover urna diversidade de interac;6es sociais entre os

educandos, sejam eles pessoas com necessidades educacionais especiais ou nao

promovendo-se urn ambiente inclusivo.

Para que 0 processo de inclusao dos alunes cem necessidades educacionais

especiais tenham avangos significativos, e que realmente esta educac;:ao seja para

todos indiscriminadamente e nao somente para aquetes que conseguem aprender e

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II

que sao considerados "normais" , e necessaria que a escola fava adaptary6es

curriculares em seu projeto pedagogico.

"As adapta~oes curriculares: ~...sao ajustes no curricula geral, objelivando flexibiliza·lo paraalender aos alunos com necessidades educacionais especiais. Envolvem a organiza<;aoescolar e as serviyos de apoio com vistas a que as adapta90es Gurriculares,possam accrrer nonivel de salas de aula e individual-, (Parana, 2001, P. 13).

As adaptaryoes curriculares favorecem a inclusao des alunos com

necessidades educacionais especiais. Tern a finalidade de buscar soluc;oes para as

necessidades especificas dos atunos, procurando impedir 0 fracasso do processo

ensino-aprendizagem, visando a favoreeer a inclusao destes educandos.

Estas adaptac;oes procuram maximizar as capacidades e potencialidades

evitando a centralizaC;ao nas deficiemcias e limitac;oes dos educandos.

As adaplar;oes curricula res sao necessarias quando os alunos apresentam

dificuldades para aprender, a defasagem entre a sua competencia curricular e de

seus colegas a discrepElncia entre as suas necessidades e as demand as das

atividades, as expectativas escolares, a crescente complexidade das atividades

academicas que vai se ampliando, na medida do avanc;o da escolaridade

Existem alguns criterios que devem ser definidos nas adaptac;oes curriculares

referentes ao que 0 aluno deve aprender.

Alguns criterios devem ser mencionados que sao:

como e quando aprender;

que formas de organizar;ao de ensino sao mais eficientes para 0 processo

de aprendizagem;

como e quando avaliar 0 aluno.

Existem algumas caracteristicas curricula res que sao predominante e que

facilitam no atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais.

flexibilidade, ou seja, a nao obrigatoriedade de que todos os alunos atinjam

mesmo grau de abstrat;.ao ou de conhecimento num determinado tempo;

acomodac;ao, planejamento de atividades deve levar em conta os alunos

com necessidades educativas especiais;

o trabalho simultaneo, cooperativ~ e participativo, ou seja, a participac;ao

dos alunos com necessidades educativas especiais nas mesmas atividades

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dos demais colegas, mesma que nao 0 f898m na mesma intensidade,

modo e grau de abstrayao.

Devern ser considerados alguns criterios durante a avaliac;ao como:

5er precedida de criteriosa avaliac;8.o do aluno, considerando a sua

experiencia academica - deve-s8 promover 0 registro documental das

medidas adaplativas.; evilar que programac;6es individuais causem prejuizo

para 0 desempenho, promOC;8.o eseelar e socializ8c;ao do aluno. Enecessaria evitar adaptac;oes curriculares que impliquem na supressao de

conteudos significativos. 11

PARANA, Secretaria Estadual de Educac;ao. Adaptac;oes Curriculares. Semina rio da Sala deRecursos (SEED) 17·18-19/09101. Jocelia M. Mo)'ses

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3 CAPACITA"Ao PROFISSIONAL

13

Segundo Giroux (1999 p. 159) uma das maiores ameac;as aos professores

existenles e futures nas escolas e a desenvolvimento crescente de ideologias

instrumentais que enfatizam uma abordagem tecnocr<3tica para a prepara<;Elo dos

professores e tambem para a pedagogia de sala de aula. No cerne da atual enfase

nos fatores instrumentais e programaticos da vida escolar colocam-se diversas

suposir;:oes pedag6gicas importantes. Elas incluem 0 apelo pela separa<,;:ao de

concepc;ao de execuc;ao; a padronizac;ao do conhecimento escolar com 0 interesse de

administra-Io e contrala-Io; e a desvaloriz8r;:ao do trabalho crilieD e intelectual de

professores e estudantes pela primazia de considerar;:oes praticas.

Este tipo de racionalidade instrumental encontra uma de suas express6es

historicamenle mais forles no Ireinamento de futuros professares.

Os programas de treinamenta de professores nos Estadas Unidos ha muito tern

sido dominados par uma orientac;ao e enfase behaviorista na mestria de areas

disciplinares e metodos de ensina esta bern documentada.

Segundo Zuchner, subjacente a esta orientac;ao na formac;ao dos professores

enconlra-se uma metafora de "produc;ao" uma visao do ensino como "ciencia

aplicada"e uma vi sao do professor como principalmente urn "executor" das leis e

principias de ensina eficaz. Os futuros professores podem ou nao avanc;ar no

curriculo em seu proprio ritmo e podem participar de atividades de aprendizagem

variados au padronizados, mas aquila que eles tern que dominar tern escopo limitado

(por exemplo), um corpo de canhecimentos de conteudos profissionais e habilidades

didaticas) e esla tolalmente determinado com antedpac;ao par oulros, com base,

muitas vezes, em pesquisas na efetividade do professor. 0 futuro professor e vista

basicamente como um receptor passivo deste conhecimento profissional e participa

muito pouco da determinac;ao do conleudo e direC;Elo de seu programa de preparac;8o.

Segundo Dewey ~as programas de treinamento de professores que enfatizam

somente a conhecimento tecnico prestam um desservic;o tanto a natureza do ensino

quanta a seus estudantes"

Os futuros professores aprendem metodologias que parecem negar a propria

necessidade de pensamento erftieo.

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14

E necessaria que as professores aprendam a refletir sabre as principios que

estruturam a vida e a pratica de sala de aula.

em vez de aprenderem a levantar quest6es acerca dos principios que

subjazem os diferentes metodos didaticos, tecnicos de pesquisa e teorias da

educa98o, as estudantes com frequencia preocupam-se em aprender a ~como fazer"

o que fundona au 0 dominic da melhor maneira de ensinar urn "dado" corpo de

conhecimento" 12

E passive I reestruturar a natureza da atividade docente e encarando as

professores como intelectu8is transformadores.

A categoria intelectual oferece uma base te6rica para examinar-s8 a atividade

docente como forma trabalho intelectual, em contraste com sua definiyao em term as

puramente instrumentais e tecnicos. Tambem vem esclarecer os tipos de condic;:6es

ideol6gicas e praticas necessarios para que os professores funcionem como

intelectuais. Vem ajudar a esclarecer 0 papel que os professores desempenham na

produc;:ao e legitimac;:ao de interesses polfticos econ6micos e socia is variados atraves

das pedagogias por eles endossadas e utilizadas.

Do momento em que os professores sao vistas como intelectuais, podemos

come9ar a repensar e a reformar as tradi90es e condi96es que tem impedido que as

professores assumam todo 0 seu potencial como estudiosos e profissionais ativos e

reflexivos.

E primordial que as docentes organizem e dirijam situa96es de aprendizagem,

administrem a progressao das aprendizagens, concebam e fa9am evoluir dispositivos

de diferenciac;:ao, envolvam os alunas em sua aprendizagem e em seu trabalha,

trabalhar em equipe, participar da administra<;2o da escata, informar e envolver os

pais, utilizar tecnologias novas, enfrentar as deveres e as dilemas eticos da profissao.

Segundo Perrenoud (2000 P. 158) "a forma9ao continua tam bern acompanha

transformat;oes identidarias. Sua propria institucionalizat;c30, ainda recente e fragil, eo

primeiro sinal disso"

12 GIROUX, Henry A. Os Professores como Intelectuais Rumo a uma Pedagogia Critica da

Aprendizagem. Apresenta.;ao de Paulo Freire. Artes Medicas. P.1591999

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15

Certamente, 0 aperfei90amento nao e urna invenCY80 que date de hoje. Ele S8

limitou, par muito tempo, ao domfnic das tecnicas artesanais ou a familiariz8cy.30 com

noves programas, novas melodos e novas meiDs de ensine.

Todo ser humano e urn pratico reflexivo, pois urna grande parte da nossa vidamental consiste em pensar no que vamos fazer, no que fazemos, no que fizemos.

Vern possibilitar urna reflexao mais melodiea, podendo tornar-S8 urna alavanca

essencial de auto-formagao e de inov8yao e, par conseguinte, de construgao de

novas competencias e de novas praticas.

De acordo com Perrenoud (2000 p. 160) "saber analisar, e explicitar sua pratica

permite 0 exercrcio de urna /ucidez profissional que jamais e total e definitiva, pela

simples razao de que tambem temos necessidade, para permanecermos vivos, de

nos contar hist6rias~ Uma pratica reflexiva nao se fundamenta s6 em um saber -

analisar (Aile!, apud Perrenoud-2000), mas em uma forma de "sabedoria que permite

encontrar seu caminho entre a auto-satisfa!yao conservadora e a auto-formayao

destruidora.

De acordo com a Ministerio da EduC8yaO, as Parametros Curriculares

Nacionais (Brasil, 1997), es!e busca uma melhoria da qualidade da educa<;ao

brasileira, porem de modo algum pretendem resolver todos as problemas que afetam

a qualidade do ens ina e da aprendizagem no Pais.

Segundo a Declara<;ao Mundial de Educa<;ao para Todos e a Declara<;ao de

Salamanca, a "capacitayao de professores especializados devera ser reexaminada

com vista a permitir-Ihes 0 trabalho em diferentes centextes e 0 desempenhe de urn

papel chave nos programas relativos as necessidades educacionais especiais. Seu

nucleo comum deve ser um metoda geral que abranja lodos as lipos de ,de \'.0;. ,( n.~!.::.s

antes de se especializar numa ou varias categorias particulares de deficiencia".

A busca da qualidade pressupasta nos marcos legais e filos6ficos que

embasam a polltica de educayao inclusiva adotada pelo sistema de ensino brasileiro.

impoe a necessidade de instrumentos na formac;:ao inicial e continuada de

professores.

Segundo as peN'S, 0 ensino de qualidade que a sociedade atualmente

necessila expressa-se aqui como a possibilidade do sistema eduC8cional vir a propor

uma pratica educativa, adequada as necessidades sociais, pol [ticas, econ6micas e

culturais da realidade brasileira, que considere as interesses e as motiva90es dos

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alunos e garanta as aprendizagens essenciais para a formac;ao de cidadaos

aut6nomos, crfticos e participativos, capazes de atuar com competencia, dignidade e

responsabilidade na sociedade em que vivem.

o exercicio da cidadania exige 0 aces so de todos a totalidade dos recursos

culturais para a intervenC;8o e a participac;ao responsavel na vida social.

E relevante ocorrer discuss5es sabre a dignidade do ser humano, a igualdade

de direitos, a recusa categorica de formas de discriminac;ao, a importancia da

solidariedade e do respeito. E de responsabilidade do campo educacional propiciar

aos alunos formas de insen;ao s6cio-politica e cultural.

Atualmente a escola deve assumir-se como espac;o social de construc;ao dos

significados slicos necessarios e constitutivos de toda e qualquer a~ao de cidadania.

Os Para metros Curriculares Nacionais concebem a educa.yao escolar como

uma pratica que tern a possibilidade de criar condic;:oes para que todos os alunos

desenvolvam suas capacidades e apr end am as conteudos necessarios para construir

instrumenlos de compreensao da realidade e de participac;:ao em relac;:oes sociais,

politicas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas; condig6es estas

fundamentais para a exercicio da cidadania na construC;:8o de uma sociedade

democralica e naD excludente.

Em decorr€mcia das mudanc;:as sociais, dos acontecimentos politicos e das

necessidades educacionais do sistema regular de ensino e da educagao especial, que

est80 passando pelo processo gradativo de inclusao, faz-se necessario urna

preocupaC;:8o de ambito nacional para que sejarn destinados recursos financeiros para

as estados e municipios investirem mais na formac;:ao e capacitaC;:Elo dos profissionais

da educa.yao para que realmente lodos os educandos lenham direitos a uma

educaC;:8o igualitaria sem exclus80.

Segundo 0 Programa de AC;:80 Mundial para as pessoas deficientes,

(OrganizaC;:Elo das Nac;:6es Unidas CEDIPOD) as autoridades devem ser responsaveis

pelo desenvolvimento e pela presta9ao de servic;:os que sao destinados aos

portadores de deficiemcia e devem se preocupar com as quest6es de contrata98o e

treinamento pessoa!.

E primordial 0 Ireinamento de pessoal de servi90s contratados na comunidade

para a detecC;:Blo precoce das deficiencias, 0 encaminhamento, bern como 0

treinamento de equipes medicas e de pessoal dos centres de orientac;:8o. Sempre que

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passive I todos esses aspectos devem ser integrados em servi90s correlatos, tais

como os cuidados basicos de saude, as escolas e as programas de desenvolvimento

comunitario.

A formac;ao especializada de professores de nivel basico constitui urn ambito

dinamico e preferencialmente, deve ser realizada no pars ande essa educ8<;ao sera

ministrada au peto menDS em locais ande 0 ambiente cultural e 0 grau de

desenvolvimento nao sejam demasiadamenle diversos. Para que a integra9ao tenha

ex ito, e necessario que S8 criem programas adequados de formac;:ao de professores

de primeiro grau, tanto regulares quanta especializados. Esses programas devem ser

o reflexo do conceito de educa9ao integrada.

A formac;ao de professores de educaC;80 especial foi elevada ao nivel superior

dentro do conjunto de reformas ocorridas no final dos anos 60 e inicio dos anos 70,

tendo par principio 0 de maior especializa980 exigida par esse tipo de ensino. Como

se pode observar pelo parecer nO. 295169 do CFE de autoria do Conselheiro CI6vis

Salgado.

Ainda hoje, 0 ensino de pessoas com necessidades educacionais especiais

tem-se limitado, como especialidade, ao nivel primario nos estabelecimentos federals.

Por isso, os professores sao geralmente normalistas especializados na pratica ou em

cursos promovidos pel os proprios estabelecimentos. E necessaria que ocorra uma

evoluc;ao preparando os professores primarios em nfvel superior no ambito de

Universidades e Faculdades de Educa9ao.

De acordo com 0 Parecer nO.252169, que regulamentou 0 Curso de Pedagogia,

a farma980 de professores para a educa9ao especial passou a ser incumbemcia do

en sino superior, ale a promulgagao da nova LOB (Lei 9394, de 20112196), que reza,

no inciso II do artiga 59 que ela devera contar com professares com especializa980

adequada em nivel media au superior para atendimento especializada.

Segundo Mendes, "nas metas do Plano Nacional de Educagao (2000) a

possibilidade de forma9ao na gradua9ao parecia ter sido minimizada a restaria, alem

da farma9aa no ensino media, a forma980 em nivel de pos-gradua9aa lato sensu" 13

Para ocarrer uma melhor qualifica9ao do professor que atua na educa9ao

especial e necessaria a especializ89.30 em nivel de pos-gradua9ao.

\3 MENDES, Eniceia. Revisla Inlegra~ao. AnD 2002 P. 12

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18

Essas diretrizes provavelmente implicariam futuramente, ao contrario do

desejavel em S8 ter uma express iva maieria de professores da EduC8g80 Especial

com formagao em nivel media uma possibilidade que estaria facilitada porque as

oportunidades de formac;ao no nivel superior sao eSC8ssas e S8 afunilam a medida

que aumentam as possibilidades de qualifica,ao no ambito da p6s-gradual'ao.

Seria conveniente garantir a possibilidade de formagao do professor de

Educac;ao Especial no ambito da gradu8c;ao porque esse nivel potencializaria tanto

uma melhor qualific8C;80 do profissional em relaC;:8o ao nfvel media quanta a

ampliag.3o das oportunidades de formac;ao, em comparayao com a exigencia do nivel

de especializ8c;ao.

Casa fosse mantida a opc;ao pela gradu8gao, restaria resolver 0 conflito de

analisar -se essa licenciatura seria especifica ou em Pedagogia.

Nunes, Glat, Ferreira e Mendes (1998. P. 69), numa revisao de pesquisas

sabre a habilitar;80 em Educar;ao Especial dos cursos de Pedagogia, concluiram que·

"...a formac;ao que se tem haje e a consequente atuat:;:aoprofissional nao estao sendosatisfatorias. Ainda que a maiaria dos estudos tenha sido conduzida ha mais de uma dckada,pouco se tern avant:;:adonas sucessivas reformulaC;oesdos cursos de Pedagogia na diret:;:aodeuma formacao mais compelente e compromelida com a realidade socialu•

A formar;8.o de professores e mais uma das urgentes pautas que devem entrar

na imensa agenda da pesquisa e da polltica educacional na area da educar;ao,

decorrente do debate sobre a educaC;8o inclusiva e das reformas no sistema

educacional impostas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educar;ao, nO.9394/96.

Existem muitas indefinic;oes e decisoes a serem tomadas, sendo que as bases

legais abrem algumas possibilidades que embora nao parec;am estabelecer diretrizes

mais precisas sabre a formac;8.o de professores, as vezes sequer seguem as direc;oes

desejadas peta comunidade educacional, e oulras confundem e dispersam mais do

que orientam, elas, entretanto, nao representam 0 fechamento da possibilidade de

que a propria area da EducaC;8o se auto-determine.

E necessaria instaurar a debate, enfrentar os conflitos e tomar posic;6es, antes

que alguem de fora defina a que e melher para a propria area.

Em decorremcia da pOlitica de flexibilizac;8.o institucional das Universidades,

com a criac;ao de varias oulras modalidades de curs~s de graduaC;ao e pos-

graduac;ao, que nao vern sendo acompanhada peta area a contento.

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E necessaria debater, par exemplo, qual deve ser nossa POSiC;80sabre:

cursos sequenciais de licenciatura curta, que ja estao sendo implantados

na area de educ8C;30 especial;

cursos de especializ8c;ao para a "inclusao"que naG introduzem a conteudo

necessaria, principal mente porque a pesquisa nessa area esta insificiente

no Pais e naG esta havendo uma avaliaC;8o sistematica de tais cursos;

cursos de formaC;8o continuada para a rede publica com vistas a Educ8gao

Inclusiva, que vern tendo uma demanda crescente e induzida pelas

polfticas de financiamento dos 6rgaos federais, estaduais e municipais de

educ8C;flO, sem nenhuma parceria com agencias de formaC;8o reconhecidas

pelo sistema de Ensino Superior; e

cursos de mestrado profissionalizante para a area que ja existem no Pais,

embora sem reconhecimento oficial.

E importante achar formas de avaliar 0 quanto essas novas propostas avangam

de fato em relagao as demandas de formagao, que sao muitas e 0 quanto elas

atendem apenas a interesses mercadol6gicos,

E primordial que acontega uma mudanga na formagEio dos professores, porem,

nao e suficiente para que a educagao inclusiva se concretize no Brasil, pois existem

muitos outros fatores que interferem neste processo da inclusao como: do tipo de

sociedade em que se insere a escola, das concepg6es e representag6es sociais

relativas a deficiencias, diferen9a, diversidade, dificuldades de aprendizagem e dos

recursos e mecanismos de financiamento das escolas.

Ainda, 0 fato de a forma9E1o do professor para a educagEio especial ter sido

inc\uida como habi\itac;:.ao dentro de urn curso que em regra gera\ tratou a forma9ao

docente como subproduto da formagao do especialista, contribuiu de forma decisiva

para que se formasse urn docente especiahzado com muito pouca formagao como

professor.

Para os cursos de Pedagogia no Brasil era considerado que a inciusEio de uma,

ou no maximo duas disciplinas, daria conta da forma9ao do professor para as

primeiras series do ensino fundamental, permitiu que se formassem professores para

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o ensine especial que nao passaram por qualquer experiencia te6rico-pratica mais

consistente como professores do ensina fundamental. 14

Oesde 0 momento em que as habilitac;6es centra ram a formac;ao do professor

especializado nas dificuldades especificas de uma determinada deficiencia, reiterou

ainda mais uma especialidade docente que nao levou em conta perspectivas

ampliadas sob a relaC;2to entre 0 fracasso escalar e processos pedag6gicos.

A nova LOB, inovar com a abertura da possibilidade de criaryao dos Institutes

Superiores de EduC8y.30 que podem funcionar fora da Universidade e S8 destin am ,

entre outras finalidades, a formay8o de profissionais para a educ8<;:ao basica,

inclusive 0 curso Normal Superior destinado a formayao de docentes para a educa9ao

infantil e para as primeiras series de ensino fundamentaL

Alguns estados estao se preocupando com a forma9ao dos professores em

nivel superior, procurando parcerias para oportunizar essa formayao aos professores

de en sine fundamental, de acorde cern a L.D.B. 9394.

Pedemos mencionar a Secretaria de Estado de Educa9ao de Sao Paulo que

fez uma parceria com a UNDIME - Uniao Nacional dos Dirigentes Municipais da

Educa9ao de Sao Paulo, e vai oferecer forma9ao em n[vel superior a todos os

educadores municipais que se escreverem no programa (PEC/MUNICiPIOS) 0

program a inedito e destinado a professores de 18 a 48. series do Ensino Fundamental

e Educa9ao Infantil, com forma9ao em nivel medio.

Ate 0 momento, cerca de 95 municipios aderiram ao Programa, num total de

5.795 professores. 0 PEC/Municipios foi criado a partir da experiencia acumu\ada

pelo Estado na realiza9ao do PEC/Forma9ao Universitaria que ofereceu curso em

nivel superior a cerca de 7 mil professores efetivos da rede estadual de ensine que

nao tinham gradua9ao.15

No Programa de A9ao Mundial para pessoas deficientes da Organiza9ao das

Nay6es Unidas, a formayao dos prefessores do ensine especial e os professores do

ensino regular, para a abson;ao de alunos com necessidades educacionais especiais

nao faz parte do item Ferma9aO de Professores e Valoriza9ao do Magisterio, mas do

item referente a EduC8yao Especial. Islo significa que ocorre uma desintegray.:3o com

14 PROGRAMA-DE-A9AO hlml _ Programa de A(,;ao Mundial para as Pessoas Deficientes. File:ItA:\ Educay80 On-Line-arquivos\programa-de-ac;ao html Brasil. 10/0311980

15 www.mec.gov.brlseespnoticias.

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relagao a formagao especializada,

todos as profissionais da educagao para que haja avanc;os significativos nos

atendimentos a esse grupo de educandos.

Foi definido um prazo de cinco anos para que cada unidade da federagao

mantenha um curso voltado para a inciusao au ampliagao de habilitagoes especfficas

em nivel de graduagao e p6s-graduag8.0.

A educac;ao especial nos ultimos vinte anos, passou par processo de

integra gao das mais diferentes areas; nao S8 pode deixar de considerar que esta

integral'ao tenha exercido um papel muito pequeno na formal'ao do docente

especializado. A grande maioria dos cursos de formac;aa existente se dirige,

basicamente, a esta au aquela deficienda e refletem ainda, uma concepgao centrada

nas dificuldades especificas dos alunos.

A educag8.o inclusiva com qualidade exige que se coloque enfase nas

capacidades das criangas com necessidades edueacionais espeeiais, menos do que

nas suas dificuldades especificas e estas crianc;as merecem ser inciuidas em classes

regulares, desde que as docentes tenham uma formac;ao teerica selida e uma

formac;ao adequada no que se refere aos diferentes processos e procedimentos

pedag6gicos que envolvam tanto a "saber" como a "saber fazer".

A formac;ao dos docentes que atendem alunos com necessidades educacionais

especiais deve estar respaldada em canhecimentas sabre as caracteristicas,

necessidades e recursos especfficos para oferecer urn ensino com respeito as

diferenc;as, mas com qualidade permitindo a inclusao no sistema regular de ensino.

Deve haver par parte das sistemas de ens ina uma politica efetiva de educac;ao

inclusiva ista e, deve ser gradativa, continua, sistematica e planejada, na perspectiva

de oferecer as criangas com necessidades educativas especiais, educagao para

todos.

21

A capacitagao dos professores deve acantecer de maneira crescente,

possibilitando que todos os profissienais da educac;aa sejam qualifieades,

assessorados, possibilitando recursos materiais te6ricos e praticos no trabalho com

as educandos com necessidades educacionais especiais ou nao.

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Segundo Perrenoud (1999), a escola nao e estavel, muito menos 0 mundo,

pois existem textos ineditos, pessoas que mudam na maneira de pensar, em

referencia a programas repensados, supostamente baseados em novos

conhecimentos, ate mesmo em novas abordagens e novos paradigmas. Por este

motivo, surge a necessidade de uma forma<;ao continua e atualizada, adaptada a

condi~6es de trabalho em evolu~o.

E necessario saber administrar a sua formayao continua, e administrar bem

mais do que saber escolher com discernimento entre diversos cursos em um

catalogo.

A forrnay80 continua pode acontecer atraves da construy8o de urn projeto de

formaC;80 comurn com os colegas, acolher a formac;ao dos colegas e participar del as

e outras. A forrnay8o dos professores procura se referir as praticas profissionais, mas

faz pouco tempo que ela parte regularmente das praticas em vigor para faze-las

mudarem, grac;as a um desvio reflexivo.

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4 A FORMAC;:AO PROFISSIONAL E 0 PROGRAMA DE CAPACITAC;:AO DA REDE

MUNICIPAL DE EDUCAC;:AO DE CURITIBA NO CONTEXTO DA EDUCAC;:AO

INCLUSIVA

De acordo com a L.D.B., 9394/96, considera-se que nao s6 os

professores sao responsa:veis pela gestao da sal a de aula, mas tad as aque\es que

apoiam 0 processo de ensina e aprendizagem como as diretores, pedagog as e as

coordenadores.

As reformas educacionais ressaltam que a formayao profissional dos docentes

deve S8 nortear no aprender a aprender e continuar aprendendo durante ted a a vida

profissional; e uma competencia nao 56 para as professores, mas tambem para as

alunos da educac;ao basica e, para teda aquela pessoa que estiver inserida no mundo

do Irabalho.

Em consonancia com essa demanda atual do mundo do trabalho, a l.D.B

afirma que as sistemas de ensina deveraa promover a valoriz8C;flo dos profissionais

da educac;ao, assegurando-Ihes "aperfeic;oamento continuado" e a period a reservado

a estudos,planejamentoe avalial'ao na cargade trabalho.

De acordo com as reformas educacionais no Brasil e as mudanc;:as de

paradigm as em curso, com destaque ao processo de inclusao, as professores

precisam ter outras competencias e outros conhecimentos, embora nao tenham sido

devidamente capacitados para isso.

o trabalho docente deve estar norteado de forma interdisciplinar e

contextualizado para que haja uma significac;ao na aprendizagem dos educandos,

motivando-os para 0 conhecimento que nao e estavel e muito menos imutavel.

Infelizmente, os professores nao tiveram a oportunidade de experenciar em sua

formayao profissional esta nova concepc;:ao e, consequentemente, e diffcil

desenvolver interdisciplinaridade dentro de uma contextualizac;:ao.

Sao exigidas pela reforma educacional, uma mudanl'a de perfil dos

professores, pois e necessario que as instituic;6es educacionais e os profissionais da

educac;:ao percebam a necessidade de querer aprender, inovar, reformular,

aperfeic;:oar-se sempre na funyao educacional que exercem.

Neste senti do e necessario que os 6rgaos competentes reformulem a formac;ao

I dos profissionais da educac;ao em nivel superior.

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E primordial que 0 sistema educacional independentemente de pertencer a

uma institui980 privada municipal, estadual e federal, empenhe-se com recursos

financeiros e humanos com a objetivo de promover uma forma98o continuada.

A escola pode ser urn lugar que oportunize forma98o para as profissionais da

educayao pois:

•... e 0 local privilegiado para a formacao continuada Estudos recentes sabre a capacitacaodocenle tern reveJado que projelas de formaCao eficazes foram desenvolvidos a partir dasdemandas dos profissionais envolvidos no trabalho escolar. Esses estudos contribuiram para aconsHtuicao de modelos de formayao permanente nas escolas com as seguintescaracteristicas". 16(BraSi\, 2001, p.2)

Dentre as caracteristicas que comp6em um modelo de formaC;8o docente, em

consonancia com as novas exigEmcias sociais temos:

formaC;ao dirigida a equipe de professores e nao aos professores

individualmente. Ter como eixo norteador a demanda concreta e

contextualizada dos professores que participam da formac;8o. Deve ser

realizada em horario de trabalho, pOis faz parte da atuac;ao dos doeentes.

Conceder urn papel protagonista a equipe no planejamento e na realizac;ao

das atividades de forma<;iio e evitar a90es estereotipadas e elaboradas

externamente. Reeonhecer que as tarefas de formaC;ao permanentes sao

um instrumento basico para garantir a desenvolvimento profissional;

reconhecer a relevancia da autogestao da formac;ao do professor,

estimulando 0 desenvolvirnento de projetos pessoais de estudo e trabalho;

a formac;ao permanente deve ser eonsiderada como um dos elementos do

projeto pedag6gico da escola, cujo objetivo e potencializar a reflexao e a

elaborac;ao das equipes sobre a pratiea;

a elabora9ao do projeto pedag6gico, como a forma9ao profissional, e um

processo permanente de reflexao e aperfei90amento da equipe e, portanto,

nao temfim;

organizar e gerir 0 ensino baseando-se na reflexao e tomada de decis6es

conjuntas dos professores impliea numa politiea da instituic;ao escolar de

explicitar e enfrentar as problemas da equipe como norma de atuac;ao

16 BRASIL. Conselho Nacional de Educayao. A Proposta de Diretrizes para a Forma!jao deProfessores. 2001. P. 2

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profissional. E uma postura que favoreee 0 desenvolvimento profissional,

pais tern como objetivo 0 aperfei<;oamento da pratica educativa e 0

crescimento profissional. 17(Brasii, 2001, p.2).

A escola como contexto de formay8o vai planejar as atividades de acordo com

as necessidades de seus profissionais, 0 que implicara em form as e centeudos

variados, grupos de estudo e seminarios sabre a L.D.B., Diretrizes e Para metros

Curriculares com 0 objetivo de ler, analisar, interpretar, contextualizar as ideias ali

conlidas para sua realidade: elabora9ao do projelo pedag6gico pela equipe.

Existe uma grande diversidade de instrumentos para forma<;ao profissional, 0

que 56 depende da vontade de realiza-Ios e de alguem que S8 encarregue de

organizc3-los.

Os professores que foram capazes de explicitar e de analisar suas praticas

tirarao melhor partido dessas novas modalidades de formayao contfnua.

as recursos publicos devem ser destinados para a formay80 e capacitay80

contfnua dos profissionais da educayao para que aconteya a educay80 de qualidade

que seja para lodos sem descriminay80.

De acordo com a L.D.B. 9394/96, os recursos publicos deslinados a educa9ao

sao originarios da receita de impostos proprios da Uniao dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municlpios, receita de transferencias constitucionais e outras

IransferEmcias, receila do salario educay.3o e de outras conlribuic;6es sociais, receita

de incentivos fiscais e outros recursos previstos em lei.

De acordo com as Direlrizes Nacionais para Educayao Especial na Educayao

Basica, para que ocorram progressos significativos no processo de inclusao das

pessoas com necessidades educacionais especiais, e necessaria que as sistemas de

ensine constituam e fayam funcionar um setor responsavel pela educayao especial.

Este setor deve estar dotade de recursos humanos, materiais e financeiros que

viabilizem e deem sustentayao ao processe de construc;ae da educac;ae inclusiva.

Os sistemas de ensino devem constituir parcerias cern instituic;6es de ensine

superior para que sejam realizadas pesquisas e estudos de casos relatives ao

processo de ensino e aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais

especiais, visando ao aperfeic;oamento desse processo educativ~.

p BRASIL. Conselho Nacional de Educayao. A Proposta de Diretrizes para a Forma~ao deProfessores. 2001. P. 2

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4.1 PROGRAMA DE CAPACITAC;AO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAC;Ao

DE CURITIBA

A cidade de Curitiba ha muitos anos esta desenvolvendo urn sistema

educacional de qualidade,

Fai elaborado em 1968 urn programa municipal para a educayao de Curitiba,

pOis foi Feita uma pesquisa, atraves do IPPUC, que diagnosticQu a necessidade de

investimentos na alfabetiz8c;:ao, na capacitaC;:8o profissional, a criac;:ao de associac;:6es

de pais e mestres,a valoriz8c;:ao do magisterio e a educac;:ao comunitaria.

Em 1983, aconteceu urn movimento que valorizava 0 saber popular e

evidenciou a importancia da realidade do aluno como ponto de partida para a trabalho

pedag6gico.

Neste periodo, aconteceu urn movimento educacional que constitui a ~Politica

de Educac;:ao para a ESGola Aberta", cujas diretrizes mais importantes foram: a

promogao de uma politica de aperfeigoamento profissional, a democratizagao do

poder com a eleigao direta para diretores de escola a valorizagao das manifestag6es

culturais da comunidade, a promogao da melhoria da qualidade de ensino;

valorizac;ao do educador como profissional com a aprovac;ao do Estatuto do

Magisterio.

Em 1984 e 1988, houve discussoes referentes a 'Escola Aberta", resultando na

escrita de uma nova prapasta curricular de pre a 4il serle chamada Curricula Basico.

Em 1991, a partir de novas estudos desenvolvidos par professores

represent antes das diversas areas do conhecimento, houve uma reelabarac;aa do

Curricula Basica; desta vez foi contemplado 0 ensino de pre a aa serie do ensino de

10 grau.

o Curriculo pas sou par duas reescritas, uma em 1992 e a outra em 1994,

procurando redimensionar os conteudos do ponto de vista cientifico, critlco e reflexivo

A partir de 1999, foi implantada a organizac;ao em ciclos de aprendizagem na

maioria das escolas municipais de Curitiba.

A proposta de implantagao dos Ciclos de Aprendizagem tem objetivos a serem

alcanc;ados durante a sua execuc;ao.

Os Ciclos de Aprendizagem surgem para atender as mudanc;as que estao

ocorrendo nas rel8goes de homem e homem e homem-naturez8.

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Faz-se necessaria uma revisao dos conceitos de

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de

curricula, de metodologias e de aprendizagem, seja na organiza<;ao coletiva de novas

praticas pedag6gicas, para que este processo de implanta<;ao dos Ciclos de

Aprendizagem deem resultados significativos.

E necessaria que as docentes compreendam que as Ciclos de Aprendizagem

sao uma forma diferente de se organizar 0 cotidiano escolar.

Nos ciclos de aprendizagem a sociedade e quem imp6em que a escola deve

trabalhar durante as anos escolares.

Entende-se que 0 trabalho com as conteudos escolares nao devem constituir

em urn fim em si mesmo e sim devem ser parte da forma<;81o humana.

As aulas devem ser diversificadas, procurando alender a todas as inteligencias,

capacidades de aprendizagem, pois as turmas sao helerogeneas.

As turmas sao formadas de acordo com as caracteristicas de faixa eta ria e

pelos centros de interesses.

as ciclos consliluem-se de quatro Ciclos de Aprendizagem:

Cicio I -Continuum Curricular com dura<;81o de dais au tres anos letivos, para

alunos, cuja faixa etaria civil do primeiro cicio a 8 anos.

Para a matricula inicial no ensino fundamental, serao atendidos

prioritariamente, conforme legisla9aO vigente, alunos a partir dos sele anos

completos, ou a completar no ano civil em curso (Cicio I de dois anos).

Alendida esla demanda e conforme vagas disponiveis em cada unidade

escolar serao matriculados alunos com seis anos completos (Cicio I de dais anos) au

a completar no ana Cicio em curso (Cicio I de Ires anos).

Cicio II - Continuum Curricular, com dura<;ao de do is anos letivos, para alunos

cuja faixa elaria corresponde de nove anos a completar no primeiro ano civil do

segundo cicio a dez anos.

Cicio III - Continuum Curricular, com dura<;:8o de dais anos letivos, para alunos

cuja faixa etaria correspond a de onze anos a completar no primeiro ano cicio do

lerceiro ciclo a doze anos.

Cicio IV - Continuum Curricular, com durat;ao de dois anos lelivos, para alunos

cuja faixa ataria corresponda a treze anos a completar no primeiro ano ciclo do quarto

cicio a calorze anos.

Cicio 1- Turmas com 30 alunos.

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Cicio II, III e IV - Turmas com 35 alunos. Nos ciclos de aprendizagem, a

progresseo do atuno, de urn cicio a Dutro de pen de exc/usivamente da freqOencia

minima de 75% do total da carga horaria letiva no cicio,

As formas de progresseo nos ciclos serao expressos ap6s analise e parecer do

Conselho de Classe em ficha propria de acompanhamento da vida escolar do aluno e

poderao ocorrer na forma de (PS) Progressao simples para 0 alune que prosseguira

normal mente seus esludos de urn cicio para outro

(PAl Progressao com necessidade de apoio pedagogico.

o aluno com alguma dificuldade progride para 0 cicio seguinte mediante

elaborayao e acompanhamento de plano did<iticode apoio.

Em virtude da implantayao dos Ciclos de Aprendizagem os Sistemas

Educacionais estao mais preocupados em buscar recursos materiais e conhecimentos

especificos para atender as alunos que possuem capacidades cognitivas

diferenciadas e conseqOentemente vern beneficiar 0 processo de inclusao das

pessoas com necessidades Educacionais Especiais.

Os docentes, a equipe pedagogica e administrativa esta sendo capacitada para

que S8 efetive 0 novo sistema de ensina "as ciclos de aprendizagem".15

No ano de 2002 foram ofertados muitos cursos, palestras e simposios para

possibilitar aos profissionais da Educa9ao aperfei90amento, enriquecimento e

principalmente mudanc;a na atuac;ao do docente.

Abaixo serao mencionados alguns temas especificos e correlatos ofertados

pela Secretaria Municipal da Educayao nos anos de 2001 e 2002.

o que podemos aprender com a natureza ... ;

Ambiente de aprendizagem construindo a educac;ao deste seculo;

Principios e encaminhamentos metodol6gicos do ensino da arte;

Tema Gerador: Objetivos do Ensino da Arte para 0 Cicio I e II;

Arte e cotidiano uma praxis permanente:

cultura Corporal no Contexto Escolar;

Organizac;ao do conhecimento do cotidiano escolar;

Familia e Escola de maos dadas;

15 Projeto de Implantar;:ao da rede Municipal de Curitiba - PMC. A Escola Municipal e os Ciclos deAprendiz.agem.1997-2000

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Avalia9ao final das Classes de acelera9ao de estudos;

o aluno com deficiencia auditiva alternativa e intervenc;oes pedag6gicas no

ens ina regular;IV Encontro de Educay80 permanente solidificando avangos e completando

o trabalho;

IniciaC;8o da Arte do Origami;

Arte em destaque VIII Mostra de Trabalhos de Arte da RME;

II Forum da Alfabeliza9ao Ecologica;

Genetica e suas implicag6es no desenvolvimento;

o catidiano al8m da sala de aula;

Avaliag80 no contexte escolar;

A contribuiC;80 da escola para a desenvolvimento da imaginag8o,

sensibilidade e criatividade infantil;

A arte de viver em paz;

Iniciay80 a Arte Vitral.,

Encontros de Estudo da Educa9ao de Jovens e Adultos (Fase 1);

Encontro de Estudo da Educa9ao de Jovens e Adultos. (Fase 1);

Forma91io Continuada dos Educadores de Educa91io Infantil.,

o fazer pedagogico na Escola Publica Municipal.(04/09/01);

o fazer pedagogico na Escola Publica (28/09/01);

I Encontro Iniciag80 a arte do Vitral;

Familia e Escola de maos dadas;

A arte de viver em Paz (03 e 04/09/01);

Pr;,ticas Inclusivas na Escola (24/08/01);

A educa9ao infantil na atualidade.

III Encontro de Estudos das classes de Acelerac;ao de Estudos trocando

experiencias;

Curso de Educa9ao Religiosa Uma nova abordagem;

I Troca de Experiencias Pedagogicas EJA.,

Qualidade e quanlidade na alimentayao escolar;

I Forum de Alfabetizal'ao Ecologica;

A arte de con tar hist6rias;

Semana de Estudos Pedagogicos de 2001 ;

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o fazer pedag6gico na escola publica;

Paisagismo Sustenlavel;

A arte em discusseo;

I Semana de Artes da RME;

A escola local de produc;ao e reproduc;ao;

Reestruturac;ao Curricular;

o tempo na escola e 0 ens ina par ciclos em Curitiba;

I Encontro de Estudos das classes de Acelerac;ao;

Tema Gerador: Da leitura do mundo a Definic;ao do Programa;

o papel da Familia da Escola na formac;:ao do cidadao;

Educac;ao Infantil Oficinas de Matematica e de Literatura;

Construyao da linguagem de jogos educativos na Educ8gao;

Curso de Educac;ao Religiosa Uma nova abordagem;

Formas de pensar e fazer a pratica pedag6gica;

Percep9ao do corpo e do espac;:o;

Motiv8C;:80 e comprometimento;

Oficina de jogos cooperativ~s;

Semana de Estudos Pedag6gicos;

Novas desafios para a escola organizada em ciclos;

Educac;ao de Jovens e Adultos;

Dificuldades, problemas e disturbios de aprendizagem;

Program a de Saude Vocal;

Ensino da Arte (Abril-2001);

Pedagogia de Projetos uma jornada interdisciplinar rumo ao

desenvolvimento das multiplas inteligencias (09/Marc;o);

Pedagogia de Projelos uma jornada interdisciplinar rumo ao

desenvolvimento das multiplas inteligencias (3D/Marc;a);

Pedagogia de Projetos uma jornada interdisciplinar;

Rumo ao desenvolvimento das multiplas inteligencias (06/Abril);

o ludico e a Aprendizagem nas CAES;

Equipe de Acelerac;ao;

Motivayao e Comprometimento (10/marc;o 2001);

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Programa dos eventos no Centro de Capacita<;:aona Universidade do

Professor em Faxinal do ceu. (Julho a Dezembro de 2001);

Cursos de Capacita,ao 2002

A educ8980 artistica na escola inclusiva;

o aluno com deficiencia auditiva na escola inclusiva;

o curricula adaptado na escola inclusiva;

As quest6es da terra conflites e resistencias no Brasil;

Dramatizac;ao em sal a de aula;

Oficina - A pratica da Ginastica Geral no ambito escolar;

Alfabetiza<;aoCartogr;,fica trabalhando com mapas nos ciclos 1 e II.

o ;090 dramatico na eseela;Mudando para valer;

Expressao Corporal e Autoconhecimenlo;

Encontro "A danc;a na eseela: reflex6es e vivencias corporais";

Linguagem logo no processo de aprendizagem uma abordagem

construcionista. (Fase 1);

Linguagem logo no processo de aprendizagem uma abordagem

construcionista. (Fase II);

Principie basieD do Ensino da Arte;

A Hngua portuguesa e a identidade cultural;

Matematica - Cicio I;

ConcepC;8o da area da Matematica;

Introdw;:ao a Educa<;ao Religiosa uma nova abordagem;

A Educa<;ao de Surd os na escola Inclusiva.

Conteudos

Libras (Lingua Brasileira de Sinais);

Processo de aquisic;ao da lingua portuguesa pelo individuo surdo;

Processo de constru<;c3.o do raciocinio logico matematico pelo individuo

surdo;

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Organiza9ao do Conhecimento no Cotidiano Escolar;

Areas do Curricula;

FormaC;:8o continuada dos professores do EJA. (Hist6ria);

Forma9ao continuada dos professores do EJA. (Geografia);

Oficina -A pratica da Ginastica Geral no ambito escolar;

Entendo a Geografia do Parana e de Curitiba;

Semana Pedagogica dos CMAES;

Psicomotricidade Relacional e Aprendizagem;

Neurolingu[stica e a Estimulac;:ao para a reabilitary80 das fun<;oes basicas

para a aprendizagem;

Disturbios de leitura e escrita;

XV Simposio Nipo Brasileiro;

Condutas Tipicas.

De acordo com a L.D.B. 9394/96 que vem garantir 0 direito da educa9ao das

pessoas com necessidades educacionais espedais no sistema regular de ens ina

visando urn processo de inclusao em que todos os educandos tern dire ito de uma

educar;ao com qualidade e de S8 socializar com as demais alunos, professores,

diretores, serventes, pais e todas as pessoas do espac;:o escolar, contribuindo para a

sua socializag8o fora da escola e integrando-se a sociedade na qual tern direitos e

deveres como qualquer cidadao.

Os estados e os municipios estao empenhando-se todos os anos em buscar

cursos, simposios, congressos que oportunizem aos profissionais da Educagao

Especial participarem destes cursos.

Existem alguns problemas que ocorrem, pois as vagas sao limitadas e nem

todos os professores tem acesso a estes cursos de capacitac;ao.

Tambem ocorre uma desvinculac;ao da educaC;ao regular com a educac;ao

especial, pois estes cursos que envolvem os alunos com necessidades Educacionais

especiais sao destinados prioritariamente aos professores que atuam nas classes

especiais, salas de recursos e Centros Municipais de Atendimentos Especializados.

A carga horaria e insuficiente para esclarecer as duvidas e dificuldades

apresentadas pelos profissionais da educagao.

As escolas tern a semana pedag6gica que sao destinadas em capacitar os

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profissionais da rede municipal da educac;ao e os temas abordados sao escolhidos

pelas escolas de acordo com as necessidades que surgiram durante 0 processo

ensino aprendizagem.

Sendo assim, faz-se necessario uma reorganizac;ao na montagem dos

programas de capacitac;ao com temas diversificados e um aumento nas cargas

horarias e procurando ofertar a todos os profissionais da educ8ryao acesso aos cursos

que abordem temas referentes as pessoas com necessidades educacionais

especiais.

Este programa de capacitac;ao vem sugerir novas form as de encaminhamentos

eficazes com tecnicas e recursos adequados que possam integrar os educandos com

necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensina.

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5 CONSIDERA<;:OES FINAlS

Muitos acontecimentos hist6ricos ficaram registrados, dentre eles aqueles que

as pessoas com necessidades educacionais espedais que sofrem discriminac;ao e

marginalizac;ao pela sociedade, impedindo-os do direito a educac;ao, socializac;ao e 80

exercfcio plena de sua cidadania com direitos e deveres que cabe a qualquer cidadao.

Algumas pesquisas que foram realizadas par varios estudiosos possibilitaram

aos educandos 0 direito de aprender, pOis perceberam que eles possuiam

potencialidades diferenciadas, mas que ten ham condic;5es de aprender. Para que islo

acontecesse era necessaria oportunizar condic;6es adequadas, com recursos

materiais, tecnol6gicos e metodol6gicos especificos para que se integre estes

educandos no sistema regular de Ensino.

Alem dis SO, para que acontetya esta inelusElo e necessario que todo sistema

educacional fac;a adaptac;oes curriculares que valorizem a diversidade cultural,

cognitiva, social dos alunos, etc. Tambem e fundamental neste processo de inclusao

que existam profissionais da educaC;Elo com formaC;8o em nivel superior e p6s-

graduaC;Elo, para que S8 desenvolva um trabalho educacional eficaz com educandos.

E necessario que ocorram mudanc;as educaeionais em nivel superior na Grade

Curricular dos Cursos de Educayao que venham possibilitar aos professores

subsidios leorico-pralicos em sua aluaC;8o profissional.

Tais mudanc;as devem ocorrer na Grade Curricular, pais e necessaria que

sejam contemplados conteudos que venham abordar os tipos de deficiemcias, as

causas, as metodologias especificas com recursos adequados para desenvolver 0

trabalho educacional com 0 aluno da educaC;Elo especial.

A L.D.B 9394/96 prop6e reformas no sistema educacional de ensino regular e 0

processo de inclus80 que ja esta acontecendo nas escolas, sendo assim, faz-se

necessaria investimentos na area da pesquisa e uma politica educacional que de

suporte com recursos financeiros destin ados para a capacitaC;8o dos profissionais da

educaC;8o, para que possam cumprir ° seu papel de mediad ores do processo de

ensino-aprendizagem. Somente assim a inclusao podera acontecer realmente, vindo

a permitir uma educaC;8o igualitaria, isto e para lodos.

As eseolas regulares, eseolas especiais, centros de atendimentos

especializados, salas de recursos devem criar parcerias com Universidades, Hospitais

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que possam contribuir com conhecimentos valiosos no trabalho dos docentes.

De acordo com a L.D.B. 9394/96, a realidade educacional esta caminhando

para uma educac;:ao de qualidade, porem, e necessaria que haja um maior empenho

da Uniao incumbindo-se em implementar a Plano Nacional de Educagao em

colabora<;ao com os estados, 0 Distrito Federal e os municipios, dando todos as

recursos necessarios para que a educa'Yao seja para todos.

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