Monografia unitização de cargas com ênfase em pallets e containers

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA URCAMP GUSTAVO DE CARVALHO LUIZ UNITIZAÇÃO DE CARGAS COM ÊNFASE EM PALLETS E CONTAINERS São Borja 2007

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Monografia unitização de cargas com ênfase em pallets e containers

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  • 1. 0UNIVERSIDADE DA REGIO DA CAMPANHA URCAMPGUSTAVO DE CARVALHO LUIZUNITIZAO DE CARGASCOM NFASE EM PALLETS E CONTAINERSSo Borja2007
  • 2. 1GUSTAVO DE CARVALHO LUIZUNITIZAO DE CARGASCOM NFASE EM PALLETS E CONTAINERSProjeto de PesquisaUniversidade da Regio da CampanhaCampus de So BorjaCentro de Cincias da Economia eInformticaCurso de Administrao HabilitaoComrcio ExteriorOrientador: Pof. Augusto Jos Pinto SoutoSo Borja2007
  • 3. 2GUSTAVO DE CARVALHO LUIZUNITIZAO DE CARGASCOM NFASE EM PALLETS E CONTAINERSConceito:_____________________Data:______/______/______So Borja/RS_________________________________________Coordenador Ms. Ismael Mauri Gewehr RamadamUniversidade da Regio da CampanhaCentro de Cincias da Economia e InformticaAdministrao de Empresas Habilitao em Comrcio Exterior
  • 4. 3Dedicatria PstumaAo eterno colega e amigo AlexSouza Nascimento, pela amizade ecompanheirismo durante os trs anos emque desfrutei da sua companhia,coleguismo e amizade, tanto no meioacadmico como profissional; dedico-lheessa conquista como prova da minhaimensa gratido, e com a certeza de que,quando findar esta breve passagem pelaTerra, estaremos juntos denovo nomesmo plano.
  • 5. 4AgradecimentosAgradeo primeiramente a Deus, pornos fazer capazes de realizar estetrabalho, dando-nos inteligncia, sade eperseverana.Agradeo a toda a minha famlia,me, irmos, pelo carinho e compreensodurante este perodo de isolamento pelotempo de realizao do trabalho.Agradeo aos professores pelosconhecimentos transmitidos, em especialao meu orientador Augusto Souto, pelasnumerosas dvidas sanadas e orientaesproferidas atravs de sua experincia egrande conhecimento.Agradeo ao Professor Pedro Costa,pelo auxlio com sugestes, idias ematerial de consulta; colega ElisandraFiorim, pela grande ajuda na fase final depesquisa; e, ao meu irmo lvaro, pelaparticipao ativa com a sua importanteajuda.Agradeo a todos os colegas eamigos que se fizeram presentes durantetodo o decorrer do curso, em especial aoRobson, Maurcio, Orlando, Evandro,Daniel, Leandro e Alexander,companheiros de turma durante os ltimossemestres desta caminhada.
  • 6. 5RESUMOO presente trabalho monogrfico apresenta a mais poderosa ferramenta dereduo dos custos de movimentao de materiais: a unitizao de cargas. Dessaforma, temos as conceituaes do que carga unitizada e quais so os recipientesde unitizao mais utilizados no mercado internacional, o pallet e o container.Depois, enfocaremos as principais tcnicas de unitizao e suas maiores vantagensem nvel de operaes. Faz-se meno, tambm, s caractersticas das cargasunitizadas e dos recipientes em estudo. O mtodo de pesquisa exploratrioapresentado envolve um levantamento bibliogrfico bem como uma pesquisa decampo para fins de comprovao das afirmativas tericas pesquisadas.Palavras-chave:Unitizao Pallet Container
  • 7. 6RESUMENEl actual trabajo monogrfico presenta la herramienta ms de gran alcance dela reduccin de los costes de movimiento de materiales: el unitizacin de cargas. Deesta forma, tenemos las conceptualizaciones de que es la carga unitizada y de cules los envases de unitizacin ms usados en el mercado internacional, la plataformay el envase. Ms adelante, tenemos las tcnicas principales del unitizacin y susventajas ms grandes en el nivel de operaciones. La mencin se convierte, tambin,a las caractersticas de carga unitizadas y los envases en estudio. El mtodoexploratrio de actual investigacin implica un examen bibliogrfico tan bien comouna investigacin del campo para los finales de la evidencia de las afirmacionestericas buscadas.Palabras-llave:Unitizacin - plataforma - envase
  • 8. 7SUMRIOINTRODUO..........................................................................................................121 REVISO DA LITERATURA .................................................................................141.1 CONCEITO GERAL DE TRANSPORTE DE CARGAS..................................141.2 UNITIZAO .................................................................................................161.2.1 Recipientes para Unitizao ............................................................181.2.2 Fixao dos Volumes no Recipiente de Unitizao.......................191.2.3 Vantagens da unitizao de cargas.................................................251.3 PALETIZAO ..............................................................................................251.3.1 Tipos de Pallets, caractersticas e formas de manuseio...............271.3.2 Pallet PBR..........................................................................................301.3.3 Configurao do Pallet PBR ............................................................301.3.4 Credenciamento do Pallet PBR .......................................................311.3.5 Pallets Especiais...............................................................................321.3.6 Acessrios para Pallets....................................................................321.3.7 Vantagens e Desvantagens da Paletizao ....................................331.3.8 Identificao do Pallet ......................................................................351.3.9 Padronizao do Pallet.....................................................................361.4 CONTAINER..................................................................................................361.4.1 Equipamentos para Movimentao de Containers ........................421.4.2 Perspectivas Globais para o Container ..........................................442 METODOLOGIA ....................................................................................................462.1 TIPOS DE PESQUISA...................................................................................462.2 ESCOLHA DO TIPO DE PESQUISA.............................................................462.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS .................................................472.4 PLANO DE ANLISE DE DADOS .................................................................493 ANLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA....................................................50CONSIDERAES FINAIS......................................................................................67REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.........................................................................69OBRAS CONSULTADAS.........................................................................................71ANEXOS ...................................................................................................................73
  • 9. 8LISTA DE FIGURASFIGURA 1 Etapas do Acondicionamento...............................................................18FIGURA 2 Pallet em Madeira ................................................................................19FIGURA 3 Container..............................................................................................19FIGURA 4 Caixas Paletizadas e Unitizadas pelo Processo de Cintas ..................20FIGURA 5 Emprego do Filme Shrink em Caixas Paletizadas ...............................21FIGURA 6 Filme Shrink Aplicado em Produtos com Formatos Irregulares ...........21FIGURA 7 Aplicao do Filme Shrink Atravs do Maquinrio Apropriado.............21FIGURA 8 Aplicao Automatizada do Filme Stretch............................................22FIGURA 9 Aplicao Manual do Filme Stretch......................................................23FIGURA 10 Iamento de Volumes Unitizados pela Pr-lingagem...........................24FIGURA 11 Iamento com Pr-lingagem de um Motor de Foguete de 60 Toneladas(Demonstrao da Resistncia do Material) ........................................24FIGURA 12 Pallet ....................................................................................................26FIGURA 13 Pallet Duas Entradas Face nica ........................................................28FIGURA 14 Pallet duas Entradas, Dupla face Reversvel .......................................28FIGURA 15 Pallet Duas Entradas Com Reforo Inferior .........................................29FIGURA 16 Pallet Quatro Entradas, Dupla Face No Reversvel ...........................29FIGURA 17 Pallet Quatro Entradas, Dupla Face Reversvel...................................30FIGURA 18 Pallet PBR............................................................................................31
  • 10. 9FIGURA 19 Confeco do pallet PBR .....................................................................31FIGURA 20 Projeto do Pallet Especial com Base no Desenho da Pea .................32FIGURA 21 Mercadoria Acondicionada no Pallet Especial .....................................32FIGURA 22 Ilustrao do Aproveitamento Vertical do Uso de Pallets Dentro doArmazm..............................................................................................34FIGURA 23 Demonstrao da Produtividade com Otimizao de mo-de-obra.....35FIGURA 24 Container..............................................................................................37FIGURA 25 Transporte Martimo de Containers......................................................37FIGURA 26 Maior Navio Porta - container do Mundo / Porto de Roterd Holanda................................................................................................38FIGURA 27 Caixas Paletizadas Sendo Estufadas no Container com Auxlio deEmpilhadeira ........................................................................................39FIGURA 28 Empilhamento de Containers com Reachstackers...............................42FIGURA 29 Mtodo Correto de Empilhamento de Containers por Peso.................43FIGURA 30 Toplifts Sistema de Elevador Volante para Iamento........................43FIGURA 31 Transtainer Movimentando Containers ................................................43FIGURA 32 Portainer...............................................................................................44
  • 11. 10LISTA DE GRFICOSGRFICO 1 Impacto da Incluso da Unitizao....................................................53GRFICO 2 Conferncia Fiscal de Cargas Unitizadas .........................................54GRFICO 3 Liberaes Aduaneiras de Cargas Unitizadas ..................................55GRFICO 4 Perspectiva Mundial para a Carga Unitizada ....................................56GRFICO 5 O Transbordo e a Seqncia de Operaes de Cargas Unitizadas..57GRFICO 6 A Unitizao e o Controle Automatizado e Documental....................58GRFICO 7 Impacto da Unitizao nas Operaes de Transporte ......................60GRFICO 8 Reduo dos Tempos de Carga e Descarga com a Unitizao........61GRFICO 9 Controle Documental com a Unitizao ............................................62GRFICO 10 Reduo de Acidentes Pessoais com a Unitizao ..........................63GRFICO 11 Estocagem com as Cargas Unitizadas..............................................64GRFICO 12 A Unitizao e a Agilidade na Entrega da Carga ..............................65
  • 12. 11LISTA DE ANEXOSANEXO A Questionrio Enviado s Empresas de Despacho Aduaneiro..............74ANEXO B Questionrio Enviado s Empresas de Transporte e Logstica............77
  • 13. 12INTRODUODentro de qualquer empresa, o trabalho de carregar, descarregar emovimentar materiais um esforo que todas devem realizar durante a execuo desuas operaes. Entretanto, importante salientar que essas operaes no tmcarter de agregar valor ao produto, alm de possuir custos elevadssimos, o queir, se no forem bem executadas, afetar diretamente o fator competitivo dasempresas.Com vistas a essa realidade, passou a ser adotada uma alternativa que visa minimizao desses custos: a unitizao de cargas. Vrias empresas vmempregando essa abordagem, sendo que as mesmas obtiveram ganhosconsiderveis em aumento de receitas, alm de melhorarem seus resultados emsegurana e facilidade no manuseio de produtos, sem contar o aumento do nvel desatisfao e fidelizao dos seus clientes.A unitizao de cargas considerada a maior ferramenta de reduo doscustos de movimentao de materiais. As vantagens da aplicao da carga unitizadaso evidentes em qualquer que seja o estgio da operao de transporte de cargas,tanto em embarques e desembarques quanto em movimentaes internas dedepsito. Prova disso a reduo em 50% dos custos de movimentao. (SamirKeedi, 2000)A carga unitizada tambm considerada indispensvel para a manuteno dacompetitividade ante a forte concorrncia do setor, e o domnio das tcnicas daunitizao coloca a empresa em condies de competir no mercado e obter grandesvantagens em nvel de excelncia nos resultados operacionais.No presente trabalho, primeiramente, faremos uma breve abordagem atinenteao transporte internacional de cargas, depois, estaremos explicitando os conceitosda unitizao, com nfase no uso de pallets e containers, que, atualmente, so as
  • 14. 13formas mais comuns de embalagens usadas nos processos de unitizao dentro dasempresas. Tambm estaro sendo abordadas as tcnicas e procedimentos defixao dos volumes nos recipientes de unitizao, bem como as principaisvantagens da carga unitizada. Tambm ser feita uma conceituao dos recipientesem estudo. Sobre o pallet, sero explicados quais os tipos existentes e estarosendo citadas as vantagens da sua utilizao. Sobre o container, haver umaabordagem encima de suas vantagens, ser feita a demonstrao dos tipos deequipamentos de movimentao, e, tambm, sero apontadas as perspectivasglobais para essa importante ferramenta de acondicionamento. O presente trabalhofoi elaborado com base em referenciais bibliogrficos na rea de Transportes noComrcio Exterior e Mercado Internacional, e que tambm contou com o auxlio deuma pesquisa de campo para confirmao prtica e numrica das afirmativastericas levantadas.OBJETIVO GERALO estudo em referncia visa ao levantamento das mais relevantesinformaes no que tange aos conceitos da unitizao de cargas nos modais detransporte em geral. Tambm estaro sendo mencionadas suas vantagens,tcnicas, procedimentos e particularidades em nvel de operaes.OBJETIVOS ESPECFICOS Tem por objetivo levar ao conhecimento dos interessados asparticularidades e procedimentos alusivos unitizao de cargas; Enfatizar as relevantes vantagens em nvel de operaes que o processode unitizao proporciona a seus usurios; Demonstrar a aplicabilidade da unitizao com algumas espcies deembalagens, porm com nfase em pallets e containers.
  • 15. 141 REVISO DA LITERATURA1.1 CONCEITOS GERAIS DE TRANSPORTE DE CARGASO transporte de cargas pode ser conceituado como a atividade de circulaode mercadorias, de um ponto a outro de um determinado territrio, sendo este,nacional ou internacional.Atravs do tempo, em consonncia com a evoluo humana, o sistema detransporte foi se desenvolvendo e sofrendo as adaptaes conforme suanecessidade.Hoje, encontram-se no mercado, todas as modalidades de transportepossveis, destacando-se os modais: rodovirio, ferrovirio, martimo e areo, comoos mais difundidos; e os modais: fluvial e lacustre, mais saturados e com poucautilizao dentro do mercado internacional.O modal areo o mais gil, porm o de mais alto custo. Embora suacapacidade de carga por aeronave seja pequena em comparao com os demaismodais, j esto sendo feitas modificaes para reparar esse problema, onde j possvel notar o aumento significativo na capacidade das cargas por aeronave.O modal mais utilizado no momento o martimo, que dispe de navioscargueiros de vrias formas, como os convencionais de carga geral, carga frigorfica,graneleiro, tanque, minero/petroleiro, mistos, porta-containeres, entre outros.Nos primrdios de sua evoluo, os embarques e desembarques dasmercadorias eram realizados individualmente, por unidade, e demoravam muito paraserem concludos; isso fazia com que os navios permanecessem muito tempo nosportos, com custos elevados para os armadores e comerciantes, permitindo poucasviagens anuais para cada navio. A unitizao de cargas surgiu para revolucionaresse conceito.Nesse enfoque, Samir Keedi (2000, p. 29) muito bem nos esclarece:O avano no embarque de cargas deu-se com a criao doconceito de carga unitizada, primeiramente, de forma mais rudimentar,atravs de amarrados, tambores e redes, e, posteriormente, atravs dacriao de pallets, pr-lingadas e, principalmente, pela criao do container,a grande vedete da unitizao.A falta da padronizao dos containers surgiu como um problema no incio do
  • 16. 15uso da unitizao, pois cada armador, construtor ou negociante, tinha suas prpriasunidades, com tamanhos completamente distintos. Os portos no tinham a estruturanecessria para comportar os equipamentos adequados para o manuseio.O problema das dimenses foi resolvido atravs da interveno da ISO(International Organization for Standardization), que padronizou os containers paraserem utilizados mundialmente. Com isso, os portos tambm se adaptaram comequipamentos para sua movimentao.Aps a padronizao, passaram a ser construdos os navios porta-containeres exclusivos ou em conjunto com outros tipos de carga (mistos), quepodem receber e entregar cargas em qualquer parte do mundo, sendo que estescontainers podem ser colocados em qualquer navio do gnero, j que suas medidasde comprimento, largura e altura so padronizadas (KEEDI 2000).Hoje, a maioria da frota de navios em fase de construo no mundo deporta-containeres, sendo que a tendncia o desaparecimento dos navios de cargageral, permanecendo nos trfegos, alm dos porta-contineres, apenas os naviosespecializados nas diversas cargas existentes, isto , petroleiros, graneleiros entreoutros.Os transportes rodovirio e ferrovirio possuem o diferencial de ligar comfacilidade os pases limtrofes. Atravs desses modais, possvel transportarqualquer produto. As cargas so transportadas nos mais diversos tipos decaminhes e carretas, bem como em vages especializados para os mais variadostipos de carga.O transporte rodovirio o mais utilizado em viagens de curta e mdiadistncia. o modal mais flexvel e o mais gil no acesso s cargas, e permiteintegrar regies, mesmo as mais afastadas, bem como o interior dos pases. Ascargas so transportadas em espaos reservados diretamente com ostransportadores, o que pode ser feito juntamente com outras cargas, no chamadoprocesso consolidado, ou isoladamente, quando a carga for suficiente para o espaototal do veculo sem que haja a necessidade de consolidao (KEEDI, 2000, p. 32).As rodovias brasileiras apresentam uma malha viria pavimentada de150.000km. As mais importantes ligam os grandes centros consumidores urbanos sreas produtoras e tambm s zonas de escoamento da produo, como portos efronteiras. Como impedimento ao avano desse modal, surge a cobrana elevada depedgios, que se equiparam, em termos de custos, manuteno dos veculos
  • 17. 16quando transitam em rodovias mal conservadas.1.2 UNITIZAOUnitizar uma carga refere-se ao conceito de agrupar vrios volumespequenos ou grandes em um maior, ou mesmo em um nico volume. O referidoagrupamento tem por objetivo facilitar o manuseio, armazenagem e transporte dacarga. Com a aplicao desse conceito, o total de volumes envolvidos em cadaunitizao passa a ser um volume unificado.A unitizao de cargas possibilita a unio de mercadorias de peso, tamanho eformato distinto em cargas de volumes unitrios, o que ir possibilitar umaracionalizao do espao til sem contar a maior agilidade e segurana emprocessos de embarque e desembarque.Para Handabaka (1994, p.44) o conceito de carga unitria significa oagrupamento de um ou mais itens da carga geral, a serem movidos como umaunidade nica indivisvel.A afirmao acima citada por Handabaka, descreve uma das caractersticasmais relevantes do conceito da unitizao: a incrvel transformao que ocorrequando pequenos volumes soltos so agrupados e passam a ser apenas umaunidade/volume.Souza (2003, p.93) afirma que, o custo de uma unitizao facilmentecompensado pela reduo do custo operacional.Essas sbias palavras de Souza comprovam que, em curto prazo, o retornodecorrente da implantao da carga unitizada amplamente compensatrio, comretorno praticamente imediato.A unitizao permite agregar diversos pacotes ou embalagens menores numacarga unitria maior. Consiste na unificao de diversos itens individuais em umanica unidade, de modo a facilitar a movimentao. A unitizao a converso dediversas unidades de carga fracionada em apenas uma, para estocagem emovimentao por meio de contineres intermodais e/ou paletes.As cargas unitrias devem, alm de possuir o maior tamanho possvel, ter osequipamentos de movimentao compatveis com seu porte. Com o correto uso daunitizao, os princpios que a regem estaro sendo obedecidos, isto ,
  • 18. 17proporcionar a agilizao no escoamento da mercadoria desde os pontos deorigem at o destino final.Aplicada exclusivamente s chamadas cargas gerais, a unitizao consiste nareunio de certa quantidade de volumes isolados em uma nica unidade de carga,com dimenses padronizadas ou no, cuja movimentao feita por meiosmecnicos.Cabe enfatizar que: a carga, uma vez que unitizada passa a ser um volumede grande porte, ou seja, grande demais para a movimentao manual, sendoobrigatrio o uso da movimentao mecnica; a partir desse princpio, j comeam asurgir as vantagens mais latentes da unitizao, tais como: reduo de mo-de-obra,menor nmero de acidentes pessoais, reduo dos tempos de carga e descargaentre outras vantagens que estaro sendo mencionadas posteriormente.A carga unitizada proporciona um relevante diferencial nos mais diversosaspectos. Ao se reacomodar a carga solta em carga unitizada, so palpveis osganhos de produtividade em tempo, espao e custos, que podem ser obtidosmediante a utilizao de pallets e contineres. Transformando pequenos volumesheterogneos em grandes volumes homogneos, a unitizao facilita toda aseqncia de operaes, desde a empresa produtora at o importador.A unitizao largamente recomendada quando se tem mercadorias empequenas quantidades, de diferentes clientes e origens, e que se destinam a ummesmo ponto.Manipulao, separao, conferncia, entrega, transporte e armazenamentoficam racionalmente otimizados. E isto, no cmputo global, implica, sem dvida,custos menores de capatazia porturia e maior segurana quanto integridade dasmercadorias, alm de ser condio primordial para um melhor rendimento notransporte intermodal, isto , quando as unidades passam por operaes detransbordo entre duas ou mais modalidades de transporte.Como dado fundamental, a carga unitizada, por encurtar a estadia dos navios,pode fazer jus a fretes promocionais ou a redues de frete na navegao de longocurso conferenciada, ao mesmo tempo em que coloca o usurio em condies denegociar preos mais vantajosos com a navegao no conferenciada.A unitizao, como tcnica racionalizadora, converte-se assim, em varivelpositiva no elenco de vantagens comparativas para a colocao de produtos noexterior em termos de custo, frete e seguro, uma vez que ela tende a otimizar o
  • 19. 18custo mdio do frete.Segundo Samir Keedi (2000, p.37), a unitizao pode ser realizada comqualquer unidade de acondicionamento que possa servir a este propsito, desde queapresente fcil utilizao e manipulao, viabilidade econmica e cumpra osobjetivos totais da unitizao de cargas.Podem-se definir as fases do acondicionamento de um determinado produtoatravs das seguintes etapas: unidade primria (o produto), unidade secundria (oproduto dentro da embalagem) e unidade terciria (as embalagens unificadas eacondicionadas no recipiente).Figura 1: Etapas do AcondicionamentoAs significativas mudanas introduzidas nos transportes de cargas mudarammuito a correlao de foras entre os diversos pases competidores no comrciomundial, abrindo novos espaos e provocando uma ampla reviso de conceitosquanto a valores e estratgias mercadolgicas; nesse contexto, a unitizao ganhouespao como diferencial em nvel de exigncia de clientes em quesitos como:agilidade na entrega e menor risco de avarias.1.2.1 Recipientes para UnitizaoNa unitizao de cargas, no que concerne aos volumes grandes oupequenos, ou ainda os manipulveis, os recipientes mais utilizados para esseprocedimento so: Pallets e Containers.Antes de entrar nas definies de ambos os conceitos dessas tradicionaisembalagens, faz-se necessrio entender a diferenciao entre o recipiente paraunitizao de carga e a unidade de transporte de carga. O Recipiente o
  • 20. 19instrumento usado para a manipulao dos volumes, como o pallet e o containersupracitados. A unidade de transporte de carga o veculo transportadorpropriamente dito, que far o transporte das unidades usadas no agrupamento decarga, podendo ser especializado para cada tipo de equipamento.Figura 2: Pallet em MadeiraFigura 3: Container1.2.2 Fixao dos Volumes no Recipiente de UnitizaoA peao dos volumes, ou seja, a sua fixao no pallet, para constituir umacarga unitizada rgida, de modo que possa ser movimentada sem qualquerproblema, pode ser feita por meio de trs maneiras distintas.1.2.2.1 Fixao com cintasAs cintas so passadas em volta dos pallets, tantas quanto necessrias deacordo com o tamanho dos volumes unitizados, de modo que nenhum volume possaser retirado sem a sua violao. Estas cintas podem ser de nylon, polipropileno,polister e metlicas. Ainda podem ser complementadas, se necessrio, por tbuase sarrafos de madeira, ou ainda, folhas de papelo para a proteo contra a
  • 21. 20cintagem.Figura 4: Caixas Paletizadas e Unitizadas pelo Processo de Cintas1.2.2.2 Fixao com filme Shrink (filme termo-encolhvel)O filme shrink um saco termo-encolhvel de plstico ou de polietileno, queenvolve a carga e o pallet, tornando-o impermevel; isto , no permitindo aaproximao direta com os volumes. O filme shrink possui uma multicamada degrande resistncia, o que o torna uma vantajosa opo para as mais variadasaplicaes. A durabilidade e resistncia de trao do filme fornecem proteoexcepcional ao produto durante seu transporte e manuseio. As excelentescaractersticas pticas e de transparncia do filme asseguram a melhor aparnciados produtos, isso facilita na questo da identificao dos volumes no embarque edesembarque sem que seja necessria a violao do volume ora unitizado. O filmeshrink de alta maquinabilidade, com excelentes caractersticas de deslizamento,encolhimento e compresso. Este tipo de fixao adequado para cargas instveis,pois evita que os volumes unitizados escorreguem.A unitizao de volumes com o filme shrink originrio da Frana em 1936.Tem a propriedade de encolhimento quando submetido ao calor. Em 1960, osistema ganhou popularidade. O processo continuou a oferecer ganhos durante adcada de 60. Inicialmente, a tcnica foi se expandindo como uma aplicaofuncional em enfardamento de sacos de gros, aplicao com bandejas e,posteriormente, na unitizao de cargas em pallets. Conforme j mencionado, suasmaiores vantagens esto na conteno do produto, aparncia, proteo, fixao,limpeza, multi-embalagem e economia.
  • 22. 21Como mostra a figura 2, o filme shrink possui visual privilegiado, alm depoder adaptar-se a produtos de formatos irregulares ou bordas desproporcionais,como as garrafas plsticas ilustradas na figura 3. A unitizao com filme shrink podeser feita tanto manualmente como pela utilizao de mquinas, conforme mostra afigura 4.Figura 5: Emprego do Filme Shrink em Caixas PaletizadasFigura 6: Filme Shrink Aplicado em Produtos com Formatos IrregularesFigura 7: Aplicao do Filme Shrink Atravs do Maquinrio Apropriado
  • 23. 221.2.2.3 Fixao com filme Stretch (filme termo-estirvel)O filme Stretch tem o intuito de proporcionar maior agilidade e segurana nacarga e descarga. O stretch um filme plstico, comercializado em grandes rolos,que envolve as cargas com o intuito inicial de unitiz-las. Como acessrio, o stretchimpermeabiliza a carga e garante uma maior segurana, pois se torna mais umaembalagem secundria a ser colocada na carga, diminuindo a chance de roubo deunidades transportadas. O filme stretch tem o mesmo efeito de impermeabilizaodo shrink, porm, sua aplicao mais adequada para as cargas estveis, pois nopossui o mesmo poder de compresso que o filme shrink. Com uma pigmentaomais escura, o filme stretch oferece uma grande resistncia termo-mecnica; podeser confeccionado com matria-prima virgem, que oferece melhor desempenho exposio aos efeitos naturais, como o sol e a chuva, que se alternamconstantemente; ou em material recuperado, que usado em ambientes internos,forraes e muitas outras finalidades. Cabe enfatizar que a utilizao do stretchestende-se praticamente a todo o tipo de produto paletizado, seja embalado emsacos, caixas, vidros, bombonas entre outros.A versatilidade do uso do filmes estirveis muito grande. um processoonde o filme elstico tencionado em torno de uma unidade de carga paletizada deum determinado item, de um fardo ou embrulho a fim de manter a integridade dacarga ou at mesmo proteger o produto contra sujeira.Os filmes estirveis, aps sua aplicao, mantm o tencionamento,amarrando a carga entre si e o palete.Um mtodo bastante comum da unitizao aplicada consiste no envolvimentodo pallet com o filme stretch, e, posteriormente, este pallet colocado dentro de umcontainer; formando assim um nico volume, rigidamente otimizado e protegido.Figura 8: Aplicao Automatizada do Filme Stretch
  • 24. 23Figura 9: Aplicao Manual do Filme StretchOs sacos plsticos e os filmes tm a finalidade, tambm, de evitar o furto devolumes que, neste caso, somente ser efetivo se estes materiais forem danificadose o filme rasgado.Em nvel de segurana e preveno contra avarias, Samir Keedi nosesclarece: conveniente que a carga, uma vez arrumada e fixada, exceda umpouco as quatro laterais do pallet para evitar que, na sua movimentao, as suasbordas danifiquem outras mercadorias (2000 p. 42) e, essa questo de sumaimportncia devido aos riscos que as arestas e cantos vivos do pallet podem causarna mercadoria ao lado, ocasionando perfurao, choques e amassamentos.1.2.2.4 Fixao com o uso da Pr-lingagem (amarrao ou cintamento)O sistema de pr-lingagem consiste no envolvimento da carga por redesespeciais (slings) ou cintas com alas adequadas movimentao por iamento.Segundo Dabbah (1998, p.97), so um conjunto de cintas que se entrelaamformando lingas que so dotadas de alas para permitir o iamento e amovimentao desta unidade ou envolver a carga em cintas dotadas de alasapropriadas movimentao por iamento.Conforme Souza (2003, p.95), a pr-lingagem muito utilizada para aunitizao de cargas que envolvem sacarias (caf, cimento, entre outros), fardos(algodo, tecidos), rolos de papel de imprensa, mquinas, veculos e equipamentos.A rede especial sling constituda de fios em polister, nylon ou similar,suficientemente resistente, de forma a constituir um elemento adequado unitizaode mercadorias ensacadas, empacotadas ou acondicionadas de outras formas
  • 25. 24semelhantes.A grande diferena entre o processo de Pr-lingagem e o tradicional mtodode fixao com cintas citado no item 1.2.2.1 que, enquanto o processo de cintaspermite que a embalagem somente seja sobreposta em pallets e seu iamento sejapossvel por qualquer equipamento porturio disponvel, a pr-lingagem permite queas cintas ou redes sejam transpassadas verticalmente em volta do volume unitizadoe seu iamento seja realizado apenas por guindastes ou similares, uma vez que ascintas e redes so dotadas de alas para o perfeito engate.Figura 10: Iamento de Volumes Unitizados pela Pr-lingagem.Figura 11: Iamento com Pr-lingagem de um Motor de Foguete de 60 Toneladas.(Demonstrao da Resistncia do Material)
  • 26. 251.2.3 Vantagens da unitizao de cargasAs operaes porturias e de distribuio de mercadorias, devido a suacomplexidade, esto cada vez mais exigindo que se faa o uso da unitizao, sendoas seguintes vantagens perceptveis em carter imediato.a) Minimizao do custo hora/homem:- menor utilizao de mo-de-obra;- reduo de acidentes pessoais.b) Ganhos significativos em estocagem e armazenagem:- racionalizao do espao de armazenagem, com melhor aproveitamentovertical da rea de estocagem;- agilidade na estocagem;- diminuio das operaes de movimentao;- reduo da quantidade de volumes a manipular e menor nmero demanuseios;- economia de at 50% no custo da movimentao;- diminuio de avarias e roubos de mercadorias;- melhor aproveitamento dos equipamentos de movimentao;- possibilidade do uso de mecanizao;- reduo de custo com embalagens.c) Ganhos nos fatores de exigncias dos clientes, como:- melhoria no tempo de operao de embarque e desembarque;- diminuio de danos aos produtos;- reduo do tempo de rotulagem;- reduo dos custos de seguro de mercadoria;- padronizao internacional dos recipientes de unitizao;- reduo do lead-time (tempo de percurso da origem at o cliente final).1.3 PALETIZAOA forma de unitizao mais conhecida e difundida nos dias de hoje , comcerteza, a paletizao. Basicamente, sua estrutura consiste em uma plataforma,
  • 27. 26geralmente de madeira, mas que tambm pode ser de metal, plstico, fibra ou outromaterial, disposta horizontalmente, no qual a carga pode ser empilhada eestabilizada. Na maioria dos casos, projetado para ser movimentadomecanicamente, atravs de guindastes, empilhadeiras ou veculos de garfo.Figura 12: PalletNa sua forma, o pallet se assemelha a um estrado, sendo plano; alm depoder ser projetado com determinadas caractersticas que venham a facilitar aunitizao, manuseio, armazenagem e transporte de pequenos volumes.Ballou (2001) contundente ao conceituar e destacar as relevantesqualidades desta maravilhosa ferramenta de incremento s atividades de transporte:Um palete uma plataforma porttil, feita geralmente de madeira,no qual os bens so empilhados para o transporte e a estocagem. Apaletizao ajuda a movimentao por permitir o uso do equipamentomecnico padronizado de manuseio de materiais em uma ampla variedadede produtos. Alm disso, a unitizao da carga contribui com um aumentoresultante no peso e no volume dos materiais manuseados por hora-homemde trabalho e com um aumento na utilizao do espao, fornecendo umempilhamento mais estvel e, assim, pilhas mais altas no estoque.Em consonncia com o raciocnio acima, Bowersox & Closs (op. cit. 2001)so categricos no que tange produtividade com o uso do pallet e nos alertamsobre os cuidados com a correta confeco deste recipiente:A paletizao , sem dvida, a contribuio mais importante emtermos de produtividade na logstica, porm exigem grandes investimentose representam um problema de remanejamento. Pallets mal construdosdesfazem-se facilmente e podem causar avarias nos produtos. comumque os centros de distribuio troquem seus piores paletes e retenham osmelhores durante as transferncias.O pallet dispe de asas, que servem como salincias para o iamento,proporcionando, dessa forma, que possa ser operado por guindastes ou qualqueroutro equipamento porturio disponvel. Dever ter, tambm, uma altura livre entreas duas faces, para possibilitar a entrada dos garfos dos equipamentos mecnicosque devem moviment-lo.
  • 28. 27 importante destacar que, a operao ficar limitada quando o pallet possuirapenas duas entradas, devendo ter, preferencialmente, quatro lados para permitir aentrada dos garfos dos equipamentos para agilizao da movimentao.Dentre as suas particularidades, o pallet pode ser descartvel, com vida tilrestrita a uma nica viagem, denominado one way; ou tambm pode serconfeccionado para uso constante em inmeras viagens.Quanto ao seu formato, o pallet tanto pode ser quadrado como retangular. Noque diz respeito s faces para acomodao da carga, pode ser simples, com apenasuma face para utilizao, servindo a outra apenas como seu suporte; ou ter duasfaces iguais, isto , ser um pallet reversvel, podendo ser utilizado para carga emqualquer uma das duas faces.Existem tambm os pallets exclusivos para o acondicionamento de cargas depequeno tamanho que, devido sua irregularidade, no poderiam seracondicionadas em um pallet comum; estes devem ter o formato de caixa.Samir Keedi segue nos esclarecendo no que tange a segurana dosprodutos: Podero ser utilizadas cantoneiras de diversos materiais para proteger amercadoria paletizada, sendo colocadas nos quatro cantos da pilha realizada sobreo pallet (2000, p.40).As empresas devem optar pelos pallets que melhor se encaixem ao seu tipode produto em especfico, sendo que este recipiente deve ser resistente eadequadamente construdo para, com segurana, poder sustentar, em repouso ouquando movimentada, a carga que sobre ele depositada; permitindo amanipulao e a movimentao da carga unitizada por meio de equipamentomecnico apropriado, tanto em terra quanto nos veculos transportadores, e nosembarques e desembarques. O pallet deve ainda permitir o empilhamento de vriasunidades, devidamente unitizadas, caso isso seja necessrio.Apresentamos, a seguir, os tipos mais comuns de pallets, suas caractersticase formas de manuseio.1.3.1 Tipos de Pallets, caractersticas e formas de manuseioa) Pallet Duas Entradas, Face nica: usualmente utilizado como pallet descartvel, possui baixo custo devido
  • 29. 28pequena quantidade de madeira de sua composio. o mais simples dos pallets,porm atende a muitos segmentos devido sua versatilidade. ideal quando o pesodo pallet fator determinante, pois se pode chegar a uma configurao bastanteleve. Pode ser movimentado tanto por empilhadeiras quanto por carrinhos.Figura 13: Pallet Duas Entradas Face nicab) Pallet Duas Entradas, Dupla Face Reversvel:Largamente utilizado quando necessrio o sobre-empilhamento, pois a faceinferior oferece estabilidade pilha e, devido rea da face inferior, no danifica osprodutos da pilha que fica abaixo do pallet. Pode ser utilizado nas duas faces, porisso chamado de reversvel. Como composto com duas faces, torna-se bastanteresistente em cargas estticas; no armazenamento, porm no muito flexvel. Suamovimentao realizada apenas por empilhadeiras.Figura 14: Pallet duas Entradas, Dupla face Reversvel.c) Pallet Duas Entradas, Dupla Face Reversvel com Reforo Inferior:Utilizado nas mesmas condies que o pallet dupla face reversvel, porm,devido menor quantidade de materiais componentes, torna-se mais barato. maisresistente que o pallet face nica e mais barato que o pallet dupla face. Suaresistncia carga adequada, pois o reforo inferior no permite o envergamentodo pallet. Pode ser movimentado tanto por empilhadeiras quanto carrinhos e, comcerteza, seu atrativo o custo de confeco.
  • 30. 29Figura 15: Pallet Duas Entradas Com Reforo Inferiord) Pallet Quatro Entradas, Dupla Face No Reversvel:Este pallet, alm de muito verstil, pode ser utilizado em qualquer situao.Suas quatro faces permitem o acesso pilha por qualquer lado, o que otimiza autilizao do espao dentro do estoque e facilita a carga. muito utilizado emestruturas porta-pallets, possui a mesma configurao utilizada nos pallets PBRs,porm, pode ser modificado nas dimenses de suas peas de acordo com o idealpara cada cliente. Permite bastante estabilidade no sobre-empilhamento devido ssuas largas tbuas na face inferior, mas no pode ser utilizado invertido. Suamovimentao se d atravs tanto de empilhadeiras quanto carrinhos.Figura 16: Pallet Quatro Entradas, Dupla Face No Reversvel.e) Pallet Quatro Entradas, Dupla Face Reversvel: o mais pesado, mais resistente e de maior durabilidade de todos os pallets.Porm, no aconselhvel para pallets descartveis devido ao seu custo, pois suacomposio envolve muito material. indicado para cargas muito pesadas earmazenamentos muito duradouros. Sua movimentao realizada atravs deempilhadeiras apenas.
  • 31. 30Figura 17: Pallet Quatro Entradas, Dupla Face Reversvel.1.3.2 Pallet PBRIntroduzido no mercado em 1990 pela Associao Brasileira deSupermercados (Abras) e entidades que fazem parte do Comit Permanente dePaletizao (CPP), com a assessoria do Instituto de Pesquisas Tecnolgicas daUniversidade de So Paulo (IPT), depois de vrios anos de testes e ensaios, o palletpadro PBR o modelo ideal para a movimentao e armazenamento demercadorias no Brasil. As vantagens do produto so inegveis para toda a cadeia dedistribuio, incluindo os prprios fabricantes. Com a padronizao da medida, em1.00x1.20m, e da estrutura de construo, pela primeira vez passou a sereconomicamente vivel a manuteno de estoques de pallets para venda futura.Graas ao conceito de intercmbio, iniciou-se tambm o funcionamento deum pool de usurios do equipamento em todo o Pas. Somente no ano passado,cerca de 40% do total de pallets vendidos pelas empresas credenciadas j passou aser o padro PBR.O pallet PBR destinado a atender quaisquer setores da indstria e docomrcio atravs da padronizao das cargas.1.3.3 Configurao do Pallet PBRO pallet PBR o modelo quatro entradas com dupla face no reversvel; suasmedidas foram padronizadas em 1.00 x 1.20 m. O custo do pallet PBR oscila entreR$ 16,00 e R$ 20,00 e as madeiras utilizadas na sua confeco so: o Eucalipto naparte estrutural e o Pinus na parte de revestimento. Sua fixao se dpneumaticamente atravs de pregos espiralados sem ponta.
  • 32. 31Figura 18: Pallet PBRO pallet PBR foi desenvolvido para suportar operaes em nveisextremos de adversidades, porm, o manuseio correto do pallet fatorpreponderante para a sua longevidade e conseqente reduo de custos. Se bemutilizado, pode durar mais de cinco anos.1.3.4 Credenciamento do Pallet PBRO pallet PBR vem se tornando umas das exigncias mais freqentes dasempresas quanto aos servios de transporte ora contratados e tambm dasempresas compradoras dos produtos que exigem que a mercadoria seja entreguedevidamente acondicionada em pallets padro PBR; porm, no possvel que seproduza essa embalagem espontaneamente e com o devido carimbo deautenticao no corpo do pallet; antes disso, necessrio um intenso processoavaliativo junto empresa interessada em fabricar o PBR. O credenciamento, quepermite a comercializao dos PBRs, realizado mediante uma auditoria do Institutode Pesquisas Tecnolgicas (IPT) na empresa candidata, que verifica a capacidadeda empresa para produzir os pallets dentro dos padres de qualidade exigidos pelanorma. Tambm so realizados exaustivos testes em amostras fornecidas pelofabricante, onde cada uma das especificaes da norma so verificadas e testadas.Figura 19 - Confeco do pallet PBR
  • 33. 321.3.5 Pallets EspeciaisSo os pallets projetados a partir do desenho da pea que ser movimentada.Pode incluir uma srie de acessrios como: placas de madeira compensada,reforos de metal, parafusos, recortes, prisioneiros e frezas. Seu desenho pode serfornecido pelo cliente ou realizado pela empresa responsvel pela confeco e,normalmente, indicado como pallet descartvel e para peas que no disponhamde auto-sustentao.Figura 20: Projeto do Pallet Especial com Base no Desenho da PeaFigura 21: Mercadoria Acondicionada no Pallet Especial1.3.6 Acessrios para PalletsDentre os acessrios e ferramentas que podem ser utilizados para amelhor utilizao do pallet, destacam-se:
  • 34. 33a) Cantos Quebrados: cortes transversais nas "esquinas" do pallet, queevitam que o pallet de uma pilha encoste-se a outra;b) Asa Lateral: recuo do pontalete em relao s tbuas das faces paramelhor distribuio das cargas da face superior e para permitir o iamento do palletcom cordas;c) Rebaixos para entradas de carrinhos: cortes em ngulo que facilitam aentrada de carrinhos e de empilhadeiras;d) Parafusos nos pontos de esforo: para aumentar a vida til do pallet eevitar o afrouxamento de sua estrutura;e) Frezas longitudinais ou transversais: para passagem de cintas dearqueamento.f) Cantos arredondados nos sarrafos e tbuas das faces: para eliminar oscantos vivos da madeira evitando danos aos produtos transportados.g) Furos oblongos ou em forma de canal: para encaixe posterior de parafusosde fixao das peas transportadas.1.3.7 Vantagens e Desvantagens da PaletizaoOs empresrios e produtores, de uma forma geral os atacadistas e asempresas de transporte e armazenagem, esto bastante seguros das vriasvantagens na operao de cargas e das economias como resultado da adoo deum programa de paletizao permanente.Todas as empresas que adotam o sistema de paletizao atravs do uso damovimentao mecnica, percebem, em curto prazo, a validade destes potenciaisganhos prontamente disponveis para melhorar os resultados da empresa. Aps autilizao nos portos como equipamento de movimentao, os pallets passaram aser na indstria em geral e nas de bens de consumo em particular, um importanteequipamento de movimentao e armazenagem de cargas unitizadas.Dentre as muitas vantagens proporcionadas pela paletizao, destacam-se:- o melhor aproveitamento dos espaos nos armazns, principalmente osverticais;- agilizao na movimentao da carga e nas operaes de embarque edesembarque;
  • 35. 34- diminuio de perdas e avarias;- manipulao segura da carga e simplificao do controle das mercadorias;- reduo de rotulagem e marcao dos embarques - pois no necessriorealizar as operaes para cada item;- reduo das estadias dos veculos transportadores nos pontos ou portos deembarque e desembarque;- reduo de acidentes pessoais na substituio da movimentao manualpela movimentao mecnica;- o tempo de movimentao fica reduzido, devido economia porhomens/horas na eliminao dos sobretempos ociosos;- os pallets carregados permitem a ventilao entre as mercadorias tanto nosdepsitos como durante o transporte, isso evita que a mercadoria tenha seuscomponentes alterados pela ao do abafamento;- a paletizao simplifica o controle de inventrio;- o furto reduzido quando os itens individuais so unitizados por cintas,faixas ou filmes;- os pallets so a forma natural de subpisos para o qual cintas de ao podemser usadas facilmente na ancoragem segura das mercadorias;- operrios no precisam perder seu valioso tempo para dar apoio namovimentao de materiais;Seguramente, a vantagem mais importante culmina no custo damovimentao, que, devido a paletizao, gera uma economia de 40% a 45%.Figura 22: Ilustrao do Aproveitamento Vertical do Uso de Pallets Dentro doArmazm
  • 36. 35Figura 23: Demonstrao da Produtividade com Otimizao de mo-de-obraNum comparativo com as relevantes vantagens do uso dos pallets, asdesvantagens figuram, porm so poucas, tais como: os espaos perdidos dentrodas unidades de carga, os investimentos na aquisio de pallets, acessrios para afixao da mercadoria plataforma e equipamentos para a movimentao dasunidades de carga (sensivelmente menores que os necessrios para amovimentao de containers), o peso prprio da plataforma e o volume da mesma,que podem aumentar o valor do frete se os transportadores no estabeleceremfranquias para essas caractersticas fsicas do pallet. Outra desvantagem aeventual exigncia de modificaes nos lay-outs das instalaes do exportador edos terminais intermedirios.1.3.8 Identificao do PalletOs pallets devem ser identificados com marcaes, demonstrando o destino eo destinatrio, entre outros detalhes, e, no caso de mercadorias perigosas, tero queser identificados convenientemente, atravs das marcaes padronizadasinternacionalmente, a fim de que o seu manuseio seja facilitado e no traga perigoqueles que os esto manipulando.Existem smbolos para todos os tipos de cargas, com cores identificando asua periculosidade, de modo que quem os manuseie possa reconhecer cada carga emanej-la dentro dos padres adequados.
  • 37. 361.3.9 Padronizao do PalletA padronizao do pallet surgiu da necessidade de aplicabilidade daembalagem em todos os modais. Quanto a isso, Samir Keedi (2000, p. 43) muitobem nos elucida:Com o crescimento internacional em larga escala da unitizao,tornou-se necessria a padronizao das dimenses dos pallets, visandocom isto, possibilidade de sua utilizao em todos os modais,principalmente o martimo, que o meio de transporte que domina adeslocao da carga internacional.Com esse enfoque, a ISO aprovou algumas medidas padro, porm a suautilizao nem sempre respeitada, devido ao princpio que a operao com o palletpode ser feita com os mais diversos tamanhos sem que isto se constituaefetivamente num problema.Tabela 1Padronizao da ISO para o PalletComprimento (mm) Largura (mm)1.800 1.2001.600 1.2001.200 1.0001.200 8001.100 1.1001.100 8251.000 800Fonte: Samir Keedi (2000, p. 43)1.4 CONTAINERO container , basicamente, uma caixa construda em ao, alumnio ou fibra,
  • 38. 37que foi desenvolvido para o transporte unitizado de mercadorias e maisdirecionado ao modal martimo de transporte.Figura 24: ContainerO modal martimo o que melhor permite que a mercadoria seja transportadaem container, fazendo com que a carga do navio tenha um maior aproveitamento noseu espao fsico e a mercadoria viaje com maior segurana e com remotos riscosde avarias.Figura 25: Transporte Martimo de ContainersBallou (1993) muito bem nos elucida quanto ao conceito, dimenses equestes de segurana do container:Contineres so grandes caixas que podem ser transportadas emvages ferrovirios abertos, em chassis rodovirios, em navios ou emgrandes aeronaves. a forma mais apurada de unitizao alcanada emsistemas de distribuio. Geralmente, seguem as dimenses de 8 x 8 x 20ps ou 8 x 8 x 40 ps (padres ISO). Pelo seu tamanho, acomodam cargapaletizada; so estanques, de maneira que no necessrio proteger acarga de problemas meteorolgicos, alm de poderem ser trancados paramaior segurana. Normalmente so carregados e descarregados com o usode guinchos especiais.
  • 39. 38Na mesma linha de raciocino, Keedi nos esclarece: o container nadamais que uma caixa inviolvel, podendo ser fabricado em madeira, alumnio e ao(2000, p. 45).Para a exportao pelos portos da Regio Sul do Brasil, mais comumutilizar o container de ao, j que nessa regio a maresia um dos itens que deveser levado em conta e o ao torna-se resistente sem ser muito oneroso como oalumnio e sem se decompor facilmente como o container de madeira. Aps ocarregamento do container, ele somente ser aberto no seu destino, isso ir garantira entrega sem transtornos.Figura 26: Maior Navio Porta-container do Mundo / Porto de Roterd HolandaOs containers tm suas medidas em ps ou polegadas, sendopadronizados nas medidas de 20 e 40 ps. Os containers de 20 ps podemcomportar at 28.000 kg e os de 40 ps comportam 31.000 kg, sem incluir o pesodo prprio equipamento. Na atualidade, alm dessas medidas, os containers j soidentificados pelo sistema mtrico-decimal, apresentando as duas classificaespara facilitar o transporte. Devido a essa padronizao, eles so muito utilizados,pois conseguem promover maior agilidade na ova e desova da mercadoria, maiorsegurana para a carga e mais praticidade no transporte.Samir Keedi (2000, p. 60) segue nos esclarecendo quanto escolha domelhor container: A escolha entre os containers de 20 e 40 (vinte e quarenta ps) uma tarefa importante, para que no se utilize um equipamento inadequado,prejudicando o embarque e provocando gastos adicionais com fretes.Ao procedimento de carregar, ou seja, encher o container com a carga, d-seo nome de ova; e o termo desova significa proceder descarga, ou seja, a
  • 40. 39retirada da mercadoria transportada do interior do container. No transporteinternacional, o termo estufar pode aparecer como sinnimo para ova, tendo osdois termos o mesmo sentido.Devido ao container agilizar o escoamento rpido e preciso das cargas,melhorando a velocidade de atendimento aos clientes, o transporte internacionalest cada vez mais fazendo o seu uso como padro em nvel de operaes.Segundo Vieira (2003), a conteinerizao apresenta vantagens como: amaior rapidez, a entrega segura, os fretes ocenicos mais baratos e a adequaodos containers.Estas vantagens, sabiamente descritas por Vieira, so um dos principaismotivos que levam os empresrios a optarem pela unitizao do transporte de suascargas atravs da utilizao dos containers. H bastante tempo, o Brasil vemutilizando o container e, com certeza, tem amplas condies de aproveitar aindamelhor este equipamento de relevante auxlio ao transporte internacional de cargas.Um mtodo muito utilizado na unitizao de cargas, consiste na aplicao dofilme stretch envolto ao pallet; aps, a carga paletizada posta dentro do container.Esse mtodo auxilia muito durante a desova dentro dos portos, onde, sem o pallet,seria uma desova custosa, demorada e insegura no manuseio das cargas uma vezque soltas.Figura 27: Caixas Paletizadas Sendo Estufadas no Container com Auxlio deEmpilhadeiraA figura 27 ilustra perfeitamente algumas das maiores vantagens daunitizao, tais como: reduo de mo de obra e diminuio dos tempos deembarque e desembarque. Pode-se verificar que um nico operrio, munido deequipamento apropriado e dos recipientes modernos para unitizao, pode produzir
  • 41. 40na mesma proporo que uma equipe de 20 pessoas que no disponham dossubsdios que norteiam o princpio da carga unitizada, obtendo os mesmos nmerosem nvel de resultados.A unitizao e o uso do container favorecem a minimizao do custo doseguro martimo, pois aumentam a dificuldade de misturar ou danificar a carga, tantono transporte como na sua manipulao. Quanto mais segurana, menor o valor doseguro cobrado, o que extremamente adequado para que os produtos a seremexportados possuam um preo atrativo ao chegarem ao destino. A utilizao doscontainers facilita sobremaneira o clculo do valor de seguro do transporteinternacional, j que possvel padronizar o preo por container transportado.Essa uma das maiores vantagens, j que o seguro de transporteinternacional um dos itens que mais oneram a logstica de exportao. Com autilizao dos containers, este custo minimizado com grande repercusso no valorfinal da mercadoria a ser entregue.Antes de escolher um container, necessrio verificar qual o melhortamanho e a melhor capacidade a ser utilizado, que varia de acordo com o produto.Os containers de 20 (ps), normalmente so utilizados para cargas mais pesadascomo metais e ferros, pois, sua capacidade de peso mais adequada. J oscontainers de 40 (ps), so recomendados para cargas mais leves e volumosas. Ocontainer de 40 ps melhor se adapta s cargas mais volumosas devido ao seumaior espao fsico e, os containers de 20 ps so recomendados para as cargasmais pesadas, embora a diferena de peso entre os dois tipos seja pequena.De acordo com Keedi e Mendona (2000):Em princpio, praticamente qualquer mercadoria conteinerizavel ea sua conteinerizao depende de diversos fatores como: custo, destino,rapidez nas operaes, disponibilidade de transporte e equipamentos,tamanho e peso do produto, aceitao pelo comprador, etc (p. 73).O container pode ser estufado com qualquer tipo de carga, porm antes deiniciar o processo necessrio realizar um estudo sobre a melhor forma deadequao da carga. Estufar, como j foi citado, significa preencher os espaos doscontainers, que podem ser feitos de vrias maneiras. Alm do estudo da adequaoda carga, essencial verificar tambm a questo do peso. Deve existir um equilbrionos espaos ocupados para que no tenha o problema do peso mal distribudo e
  • 42. 41movimentao indesejada; isso causa a danificao dos produtos.Durante o processo de estufagem, o ideal no deixar espaos vagos dentrodo container, fazendo com que o mesmo tenha o seu espao totalmente ocupado;isso evitar que haja movimentao interna devido h espaos vagos e ociosos emseu interior. Caso a carga no seja suficiente para isso, deve-se proceder com aamarrao da carga com cordas, cabos e extensores. Os espaos ociosos tambmpodem ser preenchidos com cavaletes, pontaletes, estrados, bolsas de ar ouqualquer outra estrutura que impea que a carga se movimente dentro do container.Tambm desaconselhvel misturar mercadorias diferentes, pois os fatores fsicose incontrolveis como: temperatura e umidade podem danificar o produto. Esseprocedimento aparentemente simples, porm, quando no planejado de formacorreta, pode gerar prejuzos de grande monta para as empresas de comrcioexterior, pois a mercadoria pode ser danificada durante o percurso de entrega,sendo necessria sua repatriao ou mesmo seu descarte, dependendo dascondies que a mesma se apresenta quando exposta a movimentaes danosasou no previstas.Os equipamentos de movimentao dos containers podem,involuntariamente, deslocar a carga estufada; para que isso no ocorra, precisoque seja respeitada a questo do equilbrio de distribuio interna. Uma alternativavivel posicionar as mercadorias mais pesadas no centro do container parapreservar o ponto de equilbrio.Segundo Samir Keedi (2000, p. 57), quando a carga for insuficiente para opreenchimento total do container, deve-se preencher primeiramente todo o piso,nunca colocando toda a mercadoria no fundo.A estufagem deve comear do piso, que, depois de completo, comea a subiruniformemente, sempre obedecendo ordem das caixas mais pesadas por baixodas mais leves. A realizao da estufagem pode ser tanto manual como por meio deempilhadeira e paleteira, mas sempre levando em considerao o peso e auniformidade da carga.No caso de cargas perigosas, o container deve ser estufado por uma nicaclasse de produto e deve ter etiquetas identificando sua temperatura de combustoe o grau de umidade seguindo as normas da International Maritime Organization
  • 43. 42IMO - (Organizao Martima Internacional).No caso de cargas com controle de temperatura, esta deve ser estufada comtemperatura ideal para viagem e seguir durante todo o percurso comacompanhamento da temperatura, sob risco de se perder as mercadorias casoacontea algum problema com as unidades de refrigerao utilizadas.A utilizao de pallets est crescendo porque facilita a ova e a desova docontainer. Isso evita um custo oneroso devido demora na manipulao de cargassoltas e o risco de extravio de volumes, sem contar o nmero desnecessrio deoperrios utilizados em cada operao.1.4.1 Equipamentos para Movimentao de ContainersExistem equipamentos adequados para cada tipo de operao, seja demovimentao, empilhamento, embarque e desembarque. Existem empilhadeirasprprias para movimentao e empilhamento de containers, denominadas deReachstackers; tambm existem os Toplifts e os Transtainers, que tm a mesmafuncionalidade, sendo que o ltimo consiste num guindaste montado sobre umagrande estrutura, que corre sobre trilhos ou pneus e se movimenta ao longo do cais,empilhando e transferindo containers de um ponto a outro do terminal.Figura 28: Empilhamento de Containers com Reachstackers
  • 44. 43Figura 29: Mtodo Correto de Empilhamento de Containers por PesoFigura 30: Toplifts Sistema de Elevador Volante para IamentoFigura 31: Transtainer Movimentando Containers
  • 45. 44Nos embarques e desembarques de navios so utilizados os Portainers, queconsistem em guindastes usados para enganchar os containers com seus quadrosque fazem o engate para o iamento.Figura 32: PortainerOs Portainers correm ao longo do cais, ao lado dos navios. So utilizados,ainda, equipamentos dos navios como pontes rolantes, semelhantes aos portainers,bem como guindastes comuns, com cabos de ao (KEEDI, 2000).1.4.2 Perspectivas Globais para o ContainerO comrcio mundial foi largamente favorecido pela emergncia do transportede carga containerizada.Hoje, existe uma movimentao anual de cerca de 250 milhes de containersem todo o mundo. As perspectivas apontam que, at 2020, este nmero seja trsvezes superior. Uma das potncias que mais aumentar o nmero de containersmovimentados ser a China, as estimativas so de 140 milhes de unidades decarga movimentadas pelos principais portos chineses em 2010, ndice duas vezessuperior aos 65 milhes de TEUs (unidades de carga) movimentados em 2005.Em todo o mundo, a frota mundial de containers de 11,3 milhes de TEUs,sendo que essa capacidade vem crescendo a uma taxa de 10% ao ano. O tamanhodos navios porta-contineres continua aumentando e esto sendo construdasembarcaes com capacidade superior a 8.000 TEUs, os chamados super-navios
  • 46. 45porta-container.Sempre pr-ativas e atentas crescente globalizao, as naes asiticasadotaram uma poltica de incremento e valorizao da infra-estrutura martima,preocupadas em suportar o crescimento de sua economia baseada no setorindustrial. Como prova disso, os nmeros bastante expressivos no deixam dvidas:12 dos 20 maiores portos do mundo esto localizados em pases asiticos. HongKong (China), o maior do mundo na movimentao de containers, movimentou 22,6milhes de TEUs em 2005. Para efeito de comparao, Santos (SP) foi responsvel,no mesmo perodo, pela movimentao de 2,267 milhes de TEUs, apenas 10%aproximadamente do total dos asiticos. Os cinco maiores portos do mundo, todosem pases asiticos, movimentaram juntos cerca de 90 milhes de TEUs no anopassado.O porto de Santos mostrou uma boa evoluo quanto ao nmero demovimentaes, no comparativo entre 2001 e 2005, houve um aumento de 107% naquantidade de containers movimentados (em unidades).Santos o porto lder em movimentaes de containers na Costa Leste daAmrica do Sul, seguido pelo Porto de Buenos Aires (Argentina), Cartagena(Colmbia), Puerto Cabello (Venezuela), Rio Grande e Itaja.
  • 47. 462 METODOLOGIAAtravs da Metodologia, so explicadas exata e detalhadamente todas asaes desenvolvidas no trabalho de pesquisa. onde consta a manifestao do tipo de pesquisa, os instrumentos utilizadospara o atingimento dos objetivos, o tempo previsto, a diviso do trabalho, as formasde tabulao e tratamento dos dados; enfim, tudo aquilo que foi utilizado no trabalhode pesquisa.2.1 TIPOS DE PESQUISAToda e qualquer classificao de pesquisa se faz mediante algum critrio,podendo ser classificadas em trs grandes grupos: exploratria, descritiva eexplicativa.A pesquisa utilizada para esse trabalho foi a exploratria, e o seu conceitoaponta que a mesma vista como o primeiro passo de todo o trabalho cientfico.Este tipo de pesquisa tem por finalidade proporcionar maiores informaessobre determinado assunto, facilitar a delimitao de uma temtica de estudo edefinir os objetivos; ou ainda, descobrir um novo enfoque para o estudo que sepretende realizar. Pode-se dizer que a pesquisa exploratria tem como objetivoprincipal o aprimoramento de idias ou a descoberta de intuies.A Pesquisa Exploratria permite a ampliao dos horizontes do estudo, aomesmo tempo em que dispe de ferramentas variadas para auxlio no desenvolverdo trabalho.2.2 ESCOLHA DO TIPO DE PESQUISADevido grande variedade de autores consagrados e de obras conceituadasno ramo de comrcio exterior e transporte internacional de cargas, foi aproveitadaparte dessa ampla gama de referenciais tericos a fim de dar o embasamentoBibliogrfico que o presente trabalho apresenta.Tambm, aproveitando a realidade de So Borja quanto ao Comrcio Exterior
  • 48. 47e usufruindo da proximidade do Centro Unificado de Fronteiras (CUF), foi feita aescolha pela realizao de uma pesquisa de campo atravs do envio de umquestionrio para profissionais que tem relaes prticas com o tema proposto.Tambm, aproveitando a disponibilidade e gentileza de profissionais de outrospontos do Brasil, a pesquisa foi direcionada a demais locais estratgicos com ointuito de ampliar os horizontes da pesquisa.2.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOSPara atingir os objetivos propostos neste trabalho, foram utilizadosinstrumentos de consulta, tais como: livros, revistas, peridicos e sitesespecializados no segmento.A pesquisa exploratria, feita com auxlio de referenciais tericos, enquadra opresente trabalho de pesquisa como Bibliogrfico, quase que em sua totalidade.Desta forma, o maior instrumento de coleta de dados do trabalho foi olevantamento bibliogrfico, desenvolvido com base em referenciais tericospertinentes ao tema, pesquisas e exploraes alusivas aos procedimentos dentro doenfoque da unitizao aplicada pelas empresas em suas operaes.Para fins de enriquecimento da pesquisa, sob a forma de pesquisa de campo,foi realizado um questionrio com questes diretas de mltipla escolha com espaopara justificativas e observaes, que foi encaminhado a empresas que, de umaforma ou outra, vivenciam a realidade prtica do conceito de carga unitizada nassuas rotinas de trabalho.Os profissionais consultados na referida pesquisa de campo esto divididosnas reas de transporte de carga e na rea de despacho aduaneiro. Como ambosatuam diretamente com o conceito da carga unitizada em suas atividades, foinecessria a diferenciao dos questionamentos com base no perfil profissional decada entrevistado. As perguntas constantes nos questionrios foram claras e diretas,envolvendo tpicos de grande relevncia e que tm a ver com as vantagens emudanas que a unitizao proporcionou. Junto s empresas transportadoras foramlevantados os seguintes assuntos relacionados ao tema: tempos de embarque edesembarque, controle documental, estocagem, armazenagem e reduo dostempos de entrega. J os profissionais de Despacho Aduaneiro responderam
  • 49. 48questes no menos importantes, tais como: tempos de liberao, fiscalizaesaduaneiras, conferncia documental e eletrnica e as perspectivas mundiais para aunitizao.A escolha dos entrevistados deu-se pelos seguintes critrios:- O Porto Seco de Uruguaiana - RS (EADI Sul), por ser o maior Porto Seco daAmrica Latina e vivenciar a realidade do assunto em estudo, teve um participantena pesquisa (Jean Fresinghelli Brando - Coordenador de Exportao Tito GlobalTrading Sucursal Uruguaiana/RS);- Devido ao tema deste trabalho dar nfase a unitizao com pallets econtainers, foi selecionado um despachante do Porto de Itaja SC para participarda pesquisa; haja vista a grande movimentao diria de containers que ocorrenaquele porto atravs do transporte martimo (Alessandro Oliveira Lder daUnidade Comissria Pibernat, Sucursal Itaja/SC);- Por ser umas das empresas precursoras a aplicar o conceito de cargaunitizada no Brasil, foi selecionada para participao na presente pesquisa aAmrica Latina Logstica (ALL) - Matriz So Bernardo do Campo/SP, empresa lderna Amrica do Sul em transporte ferrovirio e rodovirio, que foi representada napesquisa por seu gerente de logstica e exportaes: Ricardo Augusto Moya;- Considerada uma das empresas transportadoras mais emergentes do sul doBrasil, a DM Transportes, com sede em Eldorado do Sul/RS, tambm participou comrespostas muito bem fundamentadas para o enriquecimento deste trabalho depesquisa, atravs do diretor de transportes rodovirios e exportaes: GrsonAntunes;- A Multinacional Scania Latin Amrica foi selecionada para participar dapesquisa por ser uma empresa de grande representao no contexto deexportaes no Brasil, sendo uma das maiores organizaes exportadoras, combase no ranking do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio. Todavia,no somente foi encaminhado o questionrio como tambm foram trocadasinformaes e sanadas dvidas por telefone com o departamento logstico e areoque atua em So Bernardo do Campo/SP, com apoio de Marineusa Fernandes,Coordenadora de exportaes de caminhes Scania para a Argentina e Mxico;- O questionrio foi transmitido para as principais empresas, tanto dedespacho como de transporte, que atuam no Centro Unificado de Fronteiras de SoBorja/Santo Tom, e que sero citadas adiante;
  • 50. 49- Devido disponibilidade e gentileza, profissionais de outros locais tambmcontriburam largamente para a pesquisa de campo, entre eles: Itaqui/RSCuritiba/PR e Santo Tom/AR.Os questionrios utilizados para a Pesquisa de Campo esto disponveis nosanexos do trabalho.Todavia, ratifico que a pesquisa bibliogrfica foi responsvel pela maior partedo contedo do trabalho e, a pesquisa de campo, apenas auxiliou na comprovaodas afirmativas tericas e bibliogrficas quando aplicadas de maneira correta naprtica das empresas de comrcio exterior.2.4 PLANO DE ANLISE DE DADOSA Anlise dos resultados da pesquisa bibliogrfica est fundamentada nasconsultas feitas atravs dos autores pesquisados, com base em suas obras, e queserviram como maior ferramenta de coleta das informaes processadas notrabalho.Em aluso pesquisa de campo, houve a tabulao dos dados atravs darepresentao grfica e porcentagens numricas, em referncia s respostas dosprofissionais consultados.
  • 51. 503 ANLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISAAtravs do mtodo bibliogrfico de pesquisa, foi possvel realizar oconfrontamento das opinies dos autores estudados na realizao do trabalho, ondetambm se pde perceber que as afirmativas de todos so extremamente parecidasno que tange ao tema em estudo.Todas as argumentaes dos autores esto direcionadas enfatizao dasnumerosas e relevantes vantagens da unitizao de cargas no comrciointernacional; inclusive, apontando-as como indispensveis ante a crescentecompetitividade mercadolgica do setor.Todavia, a cada obra consultada, foi possvel localizar uma vantagemdiferente em nvel de operaes, tamanha a diversidade de melhorias que oprocesso trouxe.No comparativo das informaes includas no trabalho com os objetivospropostos, o levantamento bibliogrfico foi bastante satisfatrio; pois as refernciasamplas possibilitaram uma diversidade de informaes que auxiliaram no encontrodos tpicos previstos no planejamento.A pesquisa de campo, realizada com auxlio de questionrio, comprovou,numericamente, as vantagens em nveis de operaes citadas no trabalho.O questionrio foi transmitido a 34 profissionais, sendo que desse total, 18so ligados atividade de despacho aduaneiro, e 16 so transportadoras erepresentantes em fronteira.Dentre todos os consultados, houve retorno de 10 profissionais de despachoaduaneiro e de 10 profissionais ligados logstica e transporte de cargas.Ou seja, houve a participao efetiva de 55% de despachantes aduaneiros ede 62% das transportadoras consultadas.Despachantes Consultados na Pesquisa de Campo:1) Nome: Dariane Pinto Gerente de Exportaes Grupo Ropel SoBorja/RS;2) Nome: Lusardo Mello Coordenador de Importaes ComissriaPibernat So Borja/RS;3) Nome: Daniela Grutzmacher Exportaes General Motors ComissriaPibernat So Borja/RS;
  • 52. 514) Nome: Sander Gottfried Coordenador de Exportaes ComissriaPibernat So Borja/RS;5) Nome: Robson Oliveira Gerente de Importao AFL DespachosAduaneiros So Borja/RS;6) Nome: Alejandro Zalazar - Despachante Argentino Lder da EmpresaCampbell Despachos - Santo Tom/ARG;7) Nome: Jean Fresinghelli Brando - Coordenador de Exportaes TitoGlobal Trading Sucursal Uruguaiana/RS;8) Nome: Alessandro Oliveira Lder da Unidade Comissria Pibernat,Sucursal Itaja/SC;9) Nome: Lucieli Marchezan Lder da Unidade Comissria Pibernat, filialCuritiba/PR;10) Nome: Luiz Miranda Despachante Lder da LM Representaes SoBorja/RS;11) Nome: Carlos Cceres Despachante Argentino Chefe da EmpresaLogstica Santo Tom/ARG;12) Nome: Maurcio Rossi Coordenador de Importao ComissriaPibernat - So Borja/RS;13) Nome: Ariela S Diretora de Importao Comissria Pibernat SoBorja/RS;14) Nome: Marineusa Fernandes Departamento de Exportaes paraArgentina e Mxico da Scania Latin Amrica So Bernardo do Campo/SP;15) Nome: Marlon Goulart Departamento de Exportao - So BorjaDespachos e Representaes So Borja/RS;16) Nome: Tiago Taschetto Departamento de Exportao ComissriaPibernat So Borja/RS;17) Nome: Jlio Anklan Departamento de Importao Comissria Pibernat So Borja/RS;18) Nome: Anderson Camoretto Departamento de Exportao ComissriaPibernat So Borja/RS.Transportadoras e Representantes Consultados na Pesquisa de Campo:1) Nome: Giordan Figueiredo Gerente da Transportadora Gafor SoBorja/RS;2) Nome: Daniel Tassi Lder da Empresa Transcontinental So Borja/RS;
  • 53. 523) Nome: Suzana Hoffman Lder da ABC Cargas So Borja/RS;4) Nome: Ricardo Augusto Moya Gerente de Logstica e Exportaes daALL Amrica Latina Logstica So Bernardo do Campo/SP.5) Nome: Grson Antunes Diretor de Transporte Rodovirio e Exportaes DM Transportes Eldorado do Sul/RS;6) Nome: Jferson Oliveira Despachante Aduaneiro e Representante deTransportes LVR Comissria de Despachos e Transportes So Borja/RS;8) Nome: Evandro Soares Gerente da Transboeira Transportes Itaqui/RS;9) Nome: Emerson Arajo - Diretor da ALL Amrica Latina Logstica SoBernardo do Campo/SP;10) Nome: Fabiano Schimidt Diretor da ALL Amrica Latina Logstica So Borja/RS;11) Nome: Leandro Maurer Diretor da Ryder Logstica Ltda So Borja/RS;12) Nome: Leonardo Oliveira Setor de Transportes - PM Despachos eTransportes So Borja/RS;13) Nome: lvaro Munari Departamento de Transporte ComissriaPibernat Ltda So Borja/RS;14) Nome: Alcir Jordani: Chefe de Logstica da Mercovia S.A. So Borja/RS;15) Nome: Norival Rozante - Coordenador de Exportao de Tratores ABCCargas So Bernardo do Campo/SP;16) Nome: Pedro Alex Chefe de Transportes ABC Cargas So Borja/RS.Com base nas respostas assinaladas por ambos, percebeu-se a perfeitaconsonncia entre a teoria e a prtica que norteiam o conceito da carga unitizada.Inicialmente, analisando as respostas dos profissionais de despachoaduaneiro, partimos para as anlises por varivel.RESPOSTAS DOS PROFISSIONAIS DE DESPACHO ADUANEIROQuesto 01:1 - Dentro do atual contexto do comrcio exterior e do mercado internacionalde transporte de cargas, em sua opinio, qual foi o impacto da incluso daunitizao nas operaes das empresas transportadoras como incremento naquesto do desembarao aduaneiro?( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
  • 54. 53Resultado Numrico: 07 pessoas assinalaram a opo timo, 03 pessoasmarcaram a opo bom, e nenhum dos entrevistados assinalou as opesRegular ou Ruim.Resultado Percentual: timo (70%) Bom (30%) Regular (0%) Ruim (0%)As respostas para essa indagao apontaram que a o impacto da unitizaofoi amplamente positivo para o setor de despachos aduaneiros, tanto que 70% dosentrevistados o classificaram como timo e, 30% como bom. Entre os argumentoscitados em algumas justificativas, ganharam destaque as questes da diminuiodos tempos de entrega e a satisfao dos clientes finais com o cumprimento dosprazos pactuados de desembarao e posterior chegada ao destino (AlessandroOliveira Comissria Pibernat Curitiba/PR).70%30%0%0%timoBomRegularRuimGrfico1: Impacto da Incluso da UnitizaoQuesto 02:2 Na incidncia de uma parametrizao em canal vermelho, que demandauma conferncia detalhada em espcie da carga, com baixas de mercadorias a pisoe at violao e abertura dos volumes carregados, como ficaram os resultados emnvel de agilidade na liberao das unidades de transporte com as embalagensunitizadas?
  • 55. 54( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) RuimResultado Numrico: 08 pessoas assinalaram a opo timo, 02 pessoasmarcaram a opo bom, e nenhum dos entrevistados assinalou as opesRegular ou Ruim.Resultado Percentual: timo (80%) Bom (20%) Regular (0%) Ruim (0%)Os nmeros para essa questo apontam que a unitizao trouxe grandeauxlio s conferncias aduaneiras e, automaticamente, impulsionou a agilidade dasliberaes fiscais. Nesse sentido, 80% dos participantes assinalaram a opotimo. Outro ponto importante que foi mencionado nas justificativas apontou que acarga unitizada mais facilmente localizada, tanto no ato de conferncia fiscal comonos trmites de embarque e desembarque, pois a visualizao dos volumes privilegiada, facilitando o trabalho do Auditor Fiscal responsvel pela verificaofsica da carga em anlise (Rbson Oliveira AFL Despachos Aduaneiros SoBorja/RS).80%20%0%0%timoBomRegularRuimGrfico 2: Conferncia Fiscal de Cargas UnitizadasQuesto 03:3 Como voc avalia o fortalecimento da aplicao da carga unitizada comoincremento agilidade das liberaes dos processos de importao e exportao,independente do canal de parametrizao, perante aos rgos Fiscalizadores?( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
  • 56. 55Resultado Numrico: 06 pessoas assinalaram a opo timo, 03 pessoasmarcaram a opo bom, nenhuma assinalou a opo Regular, e um dosentrevistados assinalou as opes Ruim.Resultado Percentual: timo (60%)Bom (30%) Regular (0%) Ruim (10%)Na anlise desta questo, a maior parte dos entrevistados classificou de umamaneira geral como timo e bom o fortalecimento da unitizao como ferramentade agilidade junto aos rgos fiscalizadores, 60 e 30% respectivamente; porm,houve quem argumentasse que a carga unitizada auxilia apenas nos processosparametrizados em canal vermelho, o que realmente verdade, e isso perfeitamente justificvel; pois as vantagens junto s exigncias aduaneiras somenteiro surgir no ato da verificao fsica, pois neste momento que preciso constatarque a carga de fcil movimentao de deslocagem a piso, que tem boaidentificao por estar padronizada, que passvel de movimentao mecnica,dentre outros fatores diferenciais. Nas demais parametrizaes, no se percebeganhos, porm, na incidncia do canal vermelho que a unitizao rende seusmelhores resultados (Jean Fresinghelli Brando Tito Global Trading Uruguaiana/RS).60%30%0% 10%timoBomRegularRuimGrfico 03: Liberaes Aduaneiras de Cargas Unitizadas
  • 57. 56Questo 04:Como voc avalia a perspectiva global que segue?... em curto espao de tempo, as cargas unitizadas iro representar cerca de90% da totalidade dos volumes movimentados pelos portos do mundo, restando umpequeno percentual para as cargas soltas em produtos especficos e no passveisde unitizao.( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) RuimResultado Numrico: 06 pessoas assinalaram a opo timo, 03 pessoasmarcaram a opo bom, um dos entrevistados assinalou a opo Regular, enenhuma pessoa marcou a opo Ruim.Resultado Percentual: timo (60%) Bom (30%) Regular (10%)Ruim (0%)Conforme as respostas dadas para a questo, a tendncia global muito bemaceita pelos entrevistados, sendo destacada por alguns como iminente, e que odomnio das tcnicas de unitizao passar a ser cada vez mais indispensvel paraa manuteno da competitividade j em curto prazo de tempo (Rbson Oliveira AFL Despachos Aduaneiros So Borja/RS).Hoje, a paletizao e a conteinerizao praticamente dominam asmovimentaes mundiais de produtos, e a unitizao somente no aproveitada emcasos em que no passvel ou vivel aplic-la devido ao tipo de mercadoria (JeanFresinghelli Brando Tito Global Trading Uruguaiana/RS).60%30%10% 0%timoBomRegularRuimGrfico 04: Perspectiva Mundial para a Carga Unitizada
  • 58. 57Questo 05:5 A unitizao de cargas, com o uso do container, permite que a operaode transbordo (troca de modais) seja feita sem que haja a movimentao do produto,somente das embalagens. Principalmente no modal martimo, como ficaram asoperaes de transbordo bem como a seqncia das operaes porturias com ascargas unitizadas?( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) RuimResultado Numrico: 06 pessoas assinalaram a opo timo, 03 pessoasmarcaram a opo bom, um dos entrevistados assinalou a opo Regular, enenhuma pessoa marcou a opo Ruim.Resultado Percentual: timo (60%) Bom (30%) Regular (10%)Ruim (0%)Percebe-se que o container revolucionou as operaes porturias, uma dasmelhorias foi a facilidade que trouxe para realizao do transbordo. Grande partedos entrevistados destacou a preservao da integridade fsica do produto,reforando que os ganhos so imensos em qualquer modal em que se utilizem astcnicas da unitizao (Alejandro Zalazar Campbell Despachos SantoTom/ARG) e (Jean Fresinghelli Brando Tito Global Trading Uruguaiana/RS).60%30%10% 0%timoBomRegularRuimGrfico 05: O Transbordo e a Seqncia de Operaes de Cargas Unitizadas
  • 59. 58Questo 06:6 Como passou a ser o controle e conferncia documental pertinente aosprocessos de importao e exportao e o acompanhamento pelo sistema viaSISCOMEX nos processos que apresentam as cargas unitizadas em comparaocom os processos de cargas soltas e manifestadas individualmente por cada item?( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) RuimResultado Numrico: 04 pessoas assinalaram a opo timo, 02 pessoasmarcaram a opo bom, dois dos entrevistados assinalaram a opo Regular, edois marcaram a opo Ruim.Resultado Percentual: timo (40%) Bom (20%)Regular (20%)Ruim (20%)Nesta anlise, no foi detectada muita diferena quanto ao controledocumental e via sistema a partir das cargas unitizadas. As justificativas apontaramque no h interferncia nesses procedimentos devido ao controle de confernciadar-se por processos e esses processos j disporem de todas as informaesatinentes (Jean Fresinghelli Brando Tito Global Trading Uruguaiana/RS).Porm, 40% dos entrevistados ressaltaram a questo do avano tecnolgico,atravs do SISCOMEX, como um grande aliado para o sucesso no desempenho dooperador, trazendo velocidade de informaes e controle operatrio, e, aliado aferramentas como a unitizao aplicada pelos transportadores, geram grandeschances de atingimento de altos ndices de excelncia nos resultados (MaurcioRossi Comissria Pibernat Ltda So Borja/RS).40%20%20%20%timoBomRegularRuimGrfico 06: A Unitizao e o Controle Automatizado e Documental
  • 60. 59Os resultados obtidos a partir desta pesquisa junto aos despachantesaduaneiros resultaram na confirmao de todos os aspectos levantados nessetrabalho. A abrangncia das perguntas foi ampla, uma vez que estas abordaramalgumas das maiores vantagens da unitizao no sentido da tramitao aduaneira efiscal. Ou seja, com a imensa maioria dos entrevistados assinalando as opestimo e bom, ficou comprovado que as anlises tericas so perfeitamenteverdicas e, quando aplicadas na prtica das atividades de comrcio exterior,imediatamente, surgem as vantagens em desiderato.Partindo para a anlise das respostas das transportadoras e seusrepresentantes pesquisa que lhes foi enviada, as consideraes por varivel foramas seguintes:RESPOSTAS DOS PROFISSIONAIS DE TRANSPORTE E LOGSTICAQuesto 01:1 - Dentro do atual contexto do comrcio exterior e do mercado internacionalde transporte de cargas, em sua opinio, qual foi o impacto da incluso daunitizao nas operaes das empresas transportadoras?( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) RuimResultado Numrico: 08 pessoas assinalaram a opo timo, 02 pessoasmarcaram a opo bom, e nenhum dos entrevistados assinalou as opesRegular ou Ruim.Resultado Percentual: timo (80%) Bom (20%) Regular (0%) Ruim (0%)No h dvidas que as transportadoras foram umas das maiores beneficiadascom o surgimento da unitizao; prova disso so os nmeros finais da questo 01.A empresa ALL Logstica (So Bernardo - SP), na pessoa de seu gerente delogstica e exportaes Sr. Ricardo Augusto Moya - destacou que o espao fsicodas carretas passou a ser muito melhor aproveitado e que os embarques edesembarques ganharam em praticidade. O entrevistado da DM Transportes(Eldorado do Sul - RS), na pesquisa representada pelo diretor de logstica, GrsonAntunes, enfatizou a questo do pouco tempo que passou a ser gasto para a cargae descarga de grandes volumes, o que antes era uma tarefa rdua, porm, hoje,com o auxlio da mecanizao aliada unitizao passou a ser simplificada. SuzanaHoffman, da ABC cargas (So Bernardo do Campo - SP) ratificou que a unitizao
  • 61. 60reduziu os custos de movimentao e veio para ficar.80%20%0%0%timoBomRegularRuimGrfico 07: Impacto da Unitizao nas Operaes de TransporteQuesto 02:2 Como ficaram os tempos das operaes de embarque e desembarque,sejam em centros de distribuio ou portos, aps a aplicao do conceito da cargaunitizada?( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) RuimResultado Numrico: 06 pessoas assinalaram a opo timo, 04 pessoasmarcaram a opo bom, e nenhum dos entrevistados assinalou as opesRegular ou Ruim.Resultado Percentual: timo (60%) Bom (40%) Regular (0%) Ruim (0%)Os nmeros finais e, principalmente, as justificativas para essa questodeixam claras as facilidades em termos de agilidade em cargas e descargaspropiciadas pela unitizao. O fator da facilidade de maquinabilidade dos volumesunitizados foi repetidamente levantado pelos entrevistados como elemento principalpara que se obtenha a to almejada agilidade em cargas e descargas (Ricardo Moya ALL Logstica So Bernardo do Campo/SP). A padronizao dos volumestambm foi bastante enfatizada como ferramenta primordial para a rapidez dessasoperaes. Ao mesmo tempo em que diminuram, em propores considerveis, os
  • 62. 61tempos de embarque e desembarque, aumentou a procura pela quantidade deservios de transporte, pois esse mercado cresce cada vez mais (Grson Antunes DM Transporte e Logstica Eldorado do Sul/RS).60%40%0%0%timoBomRegularRuimGrfico 08: Reduo dos Tempos de Carga e Descarga com a UnitizaoQuesto 03:3 A parte documental alusiva s cargas transportadas exige o mximo deateno e exatido nas informaes ora processadas. No que concerne sdocumentaes de embarque: inventrios, conhecimento de carga e manifestosinternacionais, como passou a ser o controle desses documentos com base nascargas em que a unitizao aplicada?( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) RuimResultado Numrico: 05 pessoas assinalaram a opo timo, 03 pessoasmarcaram a opo bom, duas pessoas assinalaram a opo Regular e nenhumdos entrevistados marcou a opo Ruim.Resultado Percentual: timo (50%) Bom (30%) Regular (20%)Ruim (0%)Nessa questo em especfico, percebeu-se pelas justificativas que osdocumentos internos alusivos a depsitos, almoxarifados e centros de distribuioficaram bastante prticos para uso em se tratando de cargas unitizadas (SuzanaHoffman ABC Cargas So Borja/RS). Todavia, quanto aos Conhecimentos
  • 63. 62Rodovirios de Transporte CRT e aos Manifestos Internacionais de Cargas MIC,as melhorias s foram perceptveis em nvel de desembarao fiscal, por questes decanal vermelho e verificao fsica, quando aparecem as vantagens j citadas, comoa boa visualizao dos volumes conforme a manifestao documental, ou seja, afiscaliza