Monografia 2010 - Análise strutural do setor cervejeiro no brasil - diego queiroz

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ANÁLISE ESTRUTURAL DO

SETOR CERVEJEIRODIEGO FELINTO DE QUEIROZ

Orientador:Prof. Fernando Umezu

21 de Outubro de 2010

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OBJETIVOOBJETIVOFA

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O principal objetivo será de identificar o grau da concentração do setor cervejeiro e analisar as principais expectativas para o setor.

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOFA

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O presente trabalho abordou o desenvolvimento e as características do setor cervejeiro nacional e mundial;

O setor destacou-se nos últimos anos pelo aumento significativo da produção e pelas mudanças estruturais contínuas das empresas;

O principal resultado é a confirmação que o

setor é extremamente concentrado e que dificilmente ocorrerão mudanças na estrutura.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SETOR CERVEJEIRO NO BRASILSETOR CERVEJEIRO NO BRASIL

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1808 – Chegada da cerveja ao Brasil;

1885 – Fundada a Cervejaria Antarctica Paulista, a primeira do país, localizada no Bairro da Água Branca, em São Paulo - Capacidade aproximada para 40 mil hectolitros/ano;

1888 – O imigrante suíço, Joseph Villiger, inaugurou a Manufatura de Cerveja Brahma & Companhia – Produção de 43 mil hectolitros/ano;

1891 – A Companhia Antarctica Paulista obteve aprovação do Presidente Marechal Deodoro da Fonseca, referente ao decreto da Sociedade Anônima, com o intuito de elevar a capacidade produtiva;

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1893 – A empresa brasileira, Zerrener, Bülow & Cia o controle acionário da Antarctica Paulista, tendo como sócios majoritários Antônio Zerrener e Adam Ditrik Von Bülow, fundadores da Companhia Antarctica Paulista;

1894 – O Alemão Georg Maschke, 28 anos, adquiriu a Manufatura de Cerveja Brahma com o intuito produzir cerveja com os métodos mais modernos, com baixa fermentação;

1899 – Georg Maschke, adotou nova estratégia para aumentar a participação de mercado e adquiriu o controle acionário da Cervejaria Bavária. Aperfeiçoou a fabricação importando equipamentos, patrocinando bares, restaurantes e artistas;

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1904 – Fusão entre as Cervejarias George Maschke & Cia Cervejaria Brahma com a Preiss Häussler & Cia, criando a Cia Cervejaria Brahma;

Nos cem primeiros anos, as cervejarias se estabeleceram no mercado nacional através do desenvolvimento do produto e aperfeiçoando a produção.

1960 – No início da década a Antarctica Paulista constitui controle acionário da mais antiga cervejaria do País, a Cervejaria Bohemia;

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Década de 1980 – Cervejaria Antarctica Paulista adquire o controle acionário de outras cervejarias no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e inaugura unidades fabris em outras cidades;

A Brahma adquire o controle acionário das Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A. e firma um acordo com a Pepsi Co International para produção, comercialização e distribuição do refrigerante Pepsi Cola;

Década de 1990 – Marcada pela grande expansão das unidades fabris das cervejarias, pelos acordos de joint venture da Brahma com a Cervejaria Miller Brewing Company e da parceria entre Antarctica e Anheuser-Busch, constituindo a Budweiser Brasil Ltda;

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Em 1999, a Companhia Antarctica Paulista e a Companhia Cervejaria Brahma anunciaram fusão, criando a AmBev;

A partir de 2000, o principal fato foi dado a partir da aprovação do CADE da fusão entre as Cervejarias Antarctica Paulista e a Brahma, além da grande expansão produtiva do setor.

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ESTRUTURA ESTRUTURA NACIONALNACIONAL

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O Brasil tem aproximadamente 191 milhões de habitantes, no qual 125 milhões com idade superior a 18 anos;

O setor cervejeiro emprega mais de 150 mil empregados, diretos e indiretos;

Em 2008, de acordo com a consultoria Berstein-Research, o crescimento do setor foi baixo devido ao curto período do verão e do carnaval;

Em 2009, o consumo brasileiro de cerveja foi de 10,9 Bilhões de litros, gerando faturamento bruto de 31 Bilhões de reais, o que representou 1% do PIB, aproximadamente;

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DADOSDADOSESTRUTURA NACIONALESTRUTURA NACIONAL

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Representação da Indústria Cervejeira no PIB(2002 - 2009)

0,990,950,87

0,790,70

0,650,660,59

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

% Pa

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Fonte: Ipeadata e SindicervElaboração Própria

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ESTRUTURA ESTRUTURA NACIONALNACIONAL

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O mercado brasileiro é composto por uma população jovem, com baixo poder aquisitivo, que são os maiores consumidores. As classes C, D e E são responsáveis por 70% do consumo de cerveja. (Rosa; Consenza; Leão, 2006).

Entre as classes A e B, o maior consumo é realizado por “cerveja especial”, cervejas importadas e produzidas por microcervejarias nacionais.

Devido à sazonalidade, a maior parte do consumo de cerveja brasileira é concentrada em períodos de temperaturas elevadas, aproximadamente 40% da comercialização do produto, no ponto de venda, ocorre entre os meses de dezembro a março;

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DADOSDADOSESTRUTURA NACIONALESTRUTURA NACIONAL

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Fonte: Consultoria Nielsen. Elaboração Própria.Nota: Valores relativos aos meses de novembro de cada ano.

Market Share das Cervejarias no Brasil(2006 - 2009)

01020304050607080

2006 2007 2008 2009

%

Ambev Schincariol Petrópolis FEMSA Outras

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ÍNDICE DE ÍNDICE DE CONCENTRAÇÃOCONCENTRAÇÃO

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Para mensurar a concentração foram utilizados dois índices, o CR4 e o

HHI:Níveis de Mercado Razão Concentração (CR4)

Altamente Concentrado i > 75%Alta Concentração 65% < i < 75%

Concentração Moderada 50% < i < 65%Baixa Concentração 35% < i < 50%

Ausência de Concentração i < 35%Claramente Atomístico i = 2%

Fonte: Medeiros; Reis, 1999Elaboração Própria.

Tipos de MercadoRazão de Concentração – CR4

Tipos de Mercado – Razão de Concentração HHI: Se HHI < 1000: Mercado Competitivo, ou seja, não há um

competidor dominante; Se 1000 < HHI < 1800: Mercado moderadamente

Concentrado; Se HHI > 1800: Mercado Concentrado, ou seja, existe um ou

mais competidores dominantes;

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ANÁLISE DE ANÁLISE DE RESULTADORESULTADO

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Desde 2002, o índice superou os 90% de market share. Em 2009, o índice alcançou sua maior marca, ao atingir 98,4% de domínio das maiores empresas do setor;

Com esta atuação, podemos definir que o setor é altamente concentrado, tendo a estrutura de mercado semelhante ao oligopólio, com poucas empresas dominando o setor;

Ano Valores Variação Anual2002 93,4 -2003 91,6 -1,82004 93,8 2,22005 95 1,22006 95,5 0,52007 96,1 0,62008 97,9 1,82009 98,4 0,5

Fonte: AC Nielsen Elaboração Própria.

Razão de Concentração – CR4

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ANÁLISE DE ANÁLISE DE RESULTADORESULTADO

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A vantagem de realizar avaliações pelo índice HHI é que considera a participação de todas as empresas do mercado, sendo assim, qualquer ato de fusão horizontal será identificado;

Sumário Valores Variação Market HHIMarket HHI 2002 5051,44 -Market HHI 2003 4886,5 -164,94Market HHI 2004 4724,26 -162,24Market HHI 2005 4954,9 230,64Market HHI 2006 5002,14 47,24Market HHI 2007 4958,34 -43,8Market HHI 2008 4850,26 -108,08Market HHI 2009 5181,12 330,86

Fonte: AC Nielsen Elaboração Própria.

Razão de Concentração – HHI

A índice HH, com 5051,40 (acima de 1800), determina que o setor é extremamente concentrado;

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EXPECTATIVAS PARA O EXPECTATIVAS PARA O SETORSETOR

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De acordo com o Sindicerv, a indústria cervejeira brasileira será beneficiada, no longo prazo pelo crescimento da população e elevação da renda disponível das classes C, D e E.

As Microcervejarias e as Cervejarias Artesanais terão no longo prazo elevação da participação de mercado com aproximadamente 10%, bem diferente dos 3% atuais.

As cervejarias dos países desenvolvidos estão com crescimento estagnado. Desta forma os países da América Latina e América Central são criteriosamente avaliado para investimentos de empresas estrangeiras

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CONCLUSÃOCONCLUSÃOFA

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O setor cervejeiro no Brasil, é extremamente concentrado, com domínio das quatro maiores cervejarias, com aproximadamente 90% de participação do mercado.

Destaca-se a Cervejaria AmBev que detêm 70% da participação de mercado

Por não ter cultura cervejeiro própria, o Brasil é dominado por cervejas Pilsen, mais tradicional.

Existe grande expectativa para o crescimento do consumo das Cervejas “Especiais”, que são produzidas por Microcervejarias e Cervejas Importadas.

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