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MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACUDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITRIA E AMBIENTAL

DIAGNSTICO DE SANEAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE MATO GROSSO

LEDIANE L. C. CAMPOS

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CUIAB MATO GROSSO Fevereiro de 2008

MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACUDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITRIA E AMBIENTAL

DIAGNSTICO DE SANEAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE MATO GROSSO

LEDIANE L. C. CAMPOS

Monografia submetida Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito para obteno do Grau de Bacharel em Engenharia Sanitria - Ambiental.

Orientadora: Prof. Dra. Patrcia Monteiro Co-orientadora: Eng. Letcia Bertaia

CUIAB MATO GROSSO

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Fevereiro de 2008 LEDIANE L. C. CAMPOS

DIAGNSTICO DE SANEAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE MATO GROSSO

Monografia submetida Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito para obteno do Grau de Bacharel em Engenharia Sanitria - Ambiental.

Banca Examinadora

Prof. Luiz Airton Gomes

Eng.(a): MSc. Marizete Caovilla

Prof. Dra Patrcia Monteiro

DEDICATRIA

Aos meus pais Lus Mariano de Campos e Militina F. C. Campos, por terem dedicado todo tempo de suas vidas na minha formao, no s profissional, mas principalmente na honra e na moral. Ao meu marido Josafat de Oliveira Ramos Junior pelo incentivo, companheirismo e ajuda ao longo destes cinco anos de faculdade. Aos meus irmos pela amizade e confiana e, em especial a minha afilhada Sofia, que com seu sorriso me faz esquecer todos os aborrecimentos do dia - a dia.

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Enfim a todos os amigos que me incentivaram para a realizao deste trabalho.

AGRADECIMENTOSAgradeo a DEUS, pela vida, pela coragem e perseverana que me fez chegar at aqui e pelas bnos que recebo todos os dias e que fao de tudo para poder merece las. A minha me Militina e meu pai Lus Mariano, aos meus irmos Luiz Fernando, Ledinia e Luimir, pela confiana, apoio, incentivos constantes, pelo exemplo de persistncia, dedicao ao trabalho e de moral que me passaram no s durante meu curso, mas durante toda a vida. Agradeo em especial o meu marido Josafat de Oliveira Ramos Junior pela dedicao e apoio ao longo destes cinco anos, pelas palavras de conforto nos momentos mais difceis, sempre acreditando e me incentivando. A voc amor da minha vida, meu muito OBRIGADO. A minha sogra Nilda Bezerra Ramos pelo incentivo e ajuda ao longo desta faculdade e pela amizade e confiana que deposita em mim. A Professora Dra. Patrcia Monteiro, pela orientao e apoio na realizao deste trabalho em que demonstrou ser mais que uma orientadora, uma amiga que sempre lembrarei com muito carinho. A minha amiga e co-orientadora Letcia Bertaia, aos meus amigos: Noraney Nascimento Almeida e Oberdan Ferreira Coutinho Lira, pela contribuio para a minha vida profissional atravs de conhecimentos repassados e demonstrados atravs de palavras e atos. Aos meus amigos e aos colegas de faculdade que contriburam para o alcance de mais esta vitria, em especial ao Junior, Gabrielly, Flaviane, Hellen, Lus Henrique, Mana, Elienay, Renato e Rafael com quem passei a maior parte do meu tempo nestes cinco anos de faculdade. Pelas amizades conquistadas durante o perodo de Faculdade na UFMT e no perodo de estgio na SES Secretaria de Estado de Sade de Mato Grosso, que apesar de pouco tempo conquistei amizades de pessoas muito queridas como a tia Carla e a Janana. E, por todos aqueles que torceram por mim e que no foram citados, o meu muito OBRIGADO.

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Sumrio1.0 Introduo...........................................................................................................1 2.0 Objetivo...............................................................................................................4 3.0 Reviso Bibliogrfica........................................................................................5 3.1 - O que Sade.............................................................................................5 3.2 - Sade Pblica..............................................................................................5 3.3 - Saneamento Ambiental...............................................................................6 3.4 - Saneamento e Sade..................................................................................8 3.5 - Doenas de veiculao Hdrica.................................................................10 3.6 - Resduos Slidos.......................................................................................11 3.6.1- Importncia Sanitria dos Resduos Slidos.................................11 3.6.2- Resduos Domiciliares....................................................................12 3.6.3 - Resduos de Servios pblicos.....................................................12 3.7 - Esgotamento Sanitrio.............................................................................13 3.7.1 - Esgoto Domstico.......................................................................14 3.8 - Abastecimento de gua...........................................................................15 4.0 Metodologia......................................................................................................17 4.1 - rea de Estudo..........................................................................................17 4.2 - Materiais e Mtodos..................................................................................19 4.2.1 - Pesquisa bibliogrfica e Documental........................................... 20 4.2.2 - Dados Populacionais ....................................................................21 5.0 Resultados e Discusses...............................................................................22 5.1 Mapa de risco..............................................................................................30 6.0 Concluses.......................................................................................................33 7.0 Recomendaes Finais...................................................................................34 Referncias.............................................................................................................35

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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 6 FIGURA 7 FIGURA 8 FIGURA 9 FIGURA 10 FIGURA 11 FIGURA 12 FIGURA 13 Mapa do Estado de Mato Grosso............................................... Mapa do Estado de Mato Grosso dividido em Mesorregies..... Fluxograma das etapas metodolgicas adotadas nas anlises 17 18

dos resultados............................................................................. 19 ndice de cobertura de gua nas mesorregies do Estado de Mato Grosso 2000 e 2007....................................................... 22 Tipos de abastecimento de gua nas mesorregies do Estado de Mato Grosso 2007.............................................................. 23 ndice de populao com algum tipo de tratamento de gua mesorregies do Estado de Mato Grosso 2007...................... 24 Porcentagem de populao atendida por destinao final de lixo............................................................................................... 25 Tipos de atendimento a destinao final de lixo......................... 26 Porcentagem de populao atendida por esgotamento sanitrio...................................................................................... 26 Porcentagem de populao atendida por rede de esgoto ou fossa........................................................................................... ndice de internaes causadas por doenas de veiculao 27

hdrica......................................................................................... 28 ndice de mortalidade causada por doenas de veiculao hdrica......................................................................................... 29 Mapa de risco do Estado de Mato Grosso.................................. 31

RESUMOO saneamento ambiental vem sendo assunto de interesse pblico em todas as partes do mundo, isto porque o descaso com o mesmo, pode trazer conseqncias graves sade da populao. Este trabalho avalia a situao do saneamento ambiental no Estado de Mato Grosso tendo como objetivo diagnosticar dados de doenas de

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veiculao hdrica e de saneamento. Para isso foi adotada uma metodologia onde se utilizou de dados secundrios oficiais, disponibilizados pela Secretaria de Estado de Sade, desta forma tornou-se possvel a avaliao da qualidade do abastecimento de gua, da coleta de lixo e de esgoto no Estado. E atravs desta avaliao foi elaborado um mapa de risco, no qual so mostrados os municpios que se encontram em situaes mais crticas em relao ao saneamento ambiental. Este estudo pode ser importante para as polticas de saneamento e sade, pois mostra quais os municpios esto com mais urgncia na implantao do esgotamento sanitrio, do tratamento de gua e da coleta de lixo, com isso poder diminuir a quantidade de doentes em decorrncia de doenas de veiculao hdrica.

Palavras chave: saneamento ambiental, doenas de veiculao hdrica.

ABSTRACTThe environmental sanitation has been subject of public interest in all parts of the world, because the neglect of the same can bring severe consequences to the health of the population. This paper evaluates the state of environmental sanitation in Mato Grosso

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having as objective data on diagnosing diseases of running water and sanitation. For that was adopted a methodology used where data side official, made by the Secretary of State for Health, in this way it became possible to evaluate the quality of water, the collection of garbage and sewage in the state. And through this evaluation has been prepared a statement of risk, which are presented and municipalities that are in most critical situations in relation to environmental sanitation. This study may be important for the policies of sanitation and health, which shows because the municipalities are the most urgently in the implementation of sanitation, treatment of water and the collection of waste, it can reduce the amount of patients due to illness serving water.

Keyword: Environmental sanitation, diseases of running water.

1.0. INTRODUO A poluio do meio ambiente vem sendo assunto de interesse pblico em todas as partes do mundo. Isto se deve ao grande descaso e explorao dos recursos naturais ocasionados pelo homem que por sua ambio no se importa com a destruio do meio em que vive, mesmo sabendo que depende dele para continuar vivendo. A maioria dos problemas sanitrios que afetam a populao mundial est intrinsecamente relacionados com meio ambiente. Um exemplo disso a diarria que com mais de quatro bilhes de casos por ano, a doena que aflige a humanidade. Entre as causas dessa doena destacamse as condies inadequadas de saneamento e a falta de tratamento de gua para abastecimento. Pois, mais de um bilho de habitantes da terra no tem acesso habitao segura e a servios bsicos de saneamento, embora todo ser humano tenha direito a uma vida saudvel e produtiva, em harmonia com a natureza (HELLER, 1997). As pessoas que mais sofrem com este problema so aquelas de baixa renda que moram nas periferias das grandes cidades ou nas pequenas e mdias cidades do interior, pois so elas que necessitam de melhor qualidade de moradia, condies adequadas de saneamento, destino adequado para os resduos slidos (lixo) e tratamento de gua para abastecimento. Se todos tivessem acesso a estes servios, o pas economizaria com gastos na sade, pois muitas doenas esto relacionadas com a m qualidade de vida. No Brasil 24,2% da populao no tem acesso a gua tratada (IBGE, 2000) e em Mato Grosso, 38% (IBGE, 2000) dos distritos no tratam com cloro a gua consumida pela populao, ou seja, estas pessoas esto propensas a adquirir doenas como: clera, leptospirose, gastroenterites, febre tifide, giardase, esquistossomose, hepatite tipo A e amebase, que so transmitidas pela gua contaminada. Elas podero ser contaminadas bebendo dessa gua, comendo alimentos lavados com esta gua, tomando banho nessas guas poludas, entre outros. Em relao ao saneamento, 55,6% da populao brasileira no tm acesso a rede de esgoto (IBGE, 2000), isto significa que estes esgotos so lanados a cu

aberto, as conseqncias disso so muito graves. Pesquisas da FUNASA em 2000, mostraram que 15 crianas de 0 a 4 anos de idade morrem por dia no Brasil em decorrncia da falta de saneamento bsico, mais precisamente por falta de esgotamento sanitrio. Mas isso no restringe apenas as crianas, todas as pessoas que vivem nessas condies correm risco, pois so muitas as doenas relacionadas com as ms condies de saneamento, entre elas: Poliomielite, Hepatite tipo A, Giardase, Disenteria amebiana, Diarria por vrus, Febre tifide, Febre paratifide, Ascaridase (lombriga), Tricurase, Ancilostomase (amarelo), etc.. Estas doenas podem ser transmitidas pelo contato de pessoa para pessoa, quando no se tem higiene pessoal e domstica adequada, ingesto e contato com alimentos contaminados, contatos com fontes de guas contaminadas pelas fezes e contato da pele com o solo contaminado (FUNASA, 2004). Estudo realizado pela FUNDAO GETLIO VARGAS (2007), aponta Mato Grosso como o nico estado do Brasil que teve queda na taxa de rede geral de esgoto quando comparados os nmeros de 1992 e 2006. Segundo o estudo, a maior parte dos moradores atendidos pela rede de esgoto est nas reas urbanas. Os moradores das reas rurais que no esto em aglomerados, como assentamentos, representam apenas 1% dos tm acesso rede de esgoto. As maiores taxas de acesso ocorrem na rea urbana (54,6%), rea rural de extenso urbana (40,7%) e no ncleo de aglomerado rural (37,1%), (FOLHABNET, 2007). Na questo dos resduos slidos, no se tem dados recentes no Brasil para saber qual a porcentagem deste coletado, segundo o IBGE de 1991 o lixo coletado nas reas urbanas do Brasil atingia 80%, mas destes 63,6% eram jogados nos lixes que ainda hoje um problema gravssimo no Brasil. Por serem autorizados pelas prefeituras, a quantidade de lixes no pas muito grande. Esses depsitos causam poluio do solo, das guas que bebemos e do ar, pois as queimas espontneas so constantes (FUNASA, 2004). Em Mato Grosso, um levantamento realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente SEMA em 2005, constatou um quadro preocupante em relao destinao dos resduos slidos no Estado, com apenas 28 municpios efetivamente tomando providncias tcnicas para destinao adequada dos seus resduos. Destes,

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04 (quatro) municpios com licena de operao de Aterro Sanitrio, ou seja, com autorizao para operao conforme normas tcnicas e sujeito a monitoramento peridico, 11 (onze) municpios com licena de instalao, ou seja, encontram-se em estgio de implantao de aterro sanitrio, e 13 (treze) municpios com licena prvia, ou seja, j com parecer favorvel da SEMA quanto a escolha da rea (ABREU, 2006). Muita gente pensa que, se o lixo est longe de sua casa, ele no est lhe causando problemas. Isso um grave engano. A poluio causada por um lixo atinge um raio muito grande ao seu redor, j que as guas e o ar movimentam-se. A sade pblica e a preservao do meio ambiente so os dois pontos fundamentais da problemtica dos resduos slidos que justificam a busca de solues adequadas. A importncia do lixo como causa direta de doenas, no esta bem comprovada, porm como fator indireto, o lixo tem grande importncia na transmisso de doenas atravs de vetores como moscas, mosquitos, baratas e roedores que encontram no lixo alimento, abrigo e condies adequadas para proliferao. Os organismos patognicos, em geral so pouco resistentes s condies do meio exterior (FUNASA, 2004) Este trabalho tem como finalidade mostrar que a falta de Saneamento Ambiental tem relaes diretas com a nossa sade.

2.0. OBJETIVOS 2.1. Gerais: Este trabalho tem como objetivo geral: Fazer um diagnstico de dados de doenas de veiculao hdrica e saneamento ambiental a partir de banco de dados oficiais disponibilizados pela Secretaria de Estado de Sade (SES). 2.2. Especficos: Para os objetivos especficos foi proposto: Avaliao do panorama de saneamento ambiental quanto gua, o lixo e o esgotamento sanitrio; Levantamento das doenas causadas pela falta de saneamento, gua tratada de m qualidade ou sem tratamento e a no coleta de lixo ou seu acondicionamento incorreto, comparando com o nmero de internaes causadas por doenas de veiculao hdrica;

Levantamento de nmeros de bitos relacionados com doenas de veiculao hdrica;

Identificao de faixa etria e locais de riscos.

3.0. REVISO BIBLIOGRFICA 3.1. Sade Segundo LUS REY (2003) a sade " uma condio em que um indivduo ou grupo de indivduos capaz de realizar suas aspiraes, satisfazer suas necessidades e mudar ou enfrentar o ambiente. A sade um recurso para a vida diria, e no um objetivo de vida; um conceito positivo, enfatizando recursos sociais e pessoais, tanto quanto as aptides fsicas. um estado caracterizado pela integridade anatmica, fisiolgica e psicolgica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funes familiares, profissionais e sociais; pela habilidade para tratar com tenses fsicas, biolgicas, psicolgicas ou sociais com um sentimento de bem-estar e livre do risco de doena ou morte extempornea. um estado de equilbrio entre os seres humanos e o meio fsico, biolgico e social, compatvel com plena atividade funcional.

3.2. Sade Pblica De acordo com a ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE OMS (2004), sade pblica a aplicao de conhecimentos, com o objetivo de organizar sistemas e servios de sade, atuar em fatores determinantes do processo sade - doena e impedir a incidncia de doena nas populaes. A percepo de sade varia muito entre as diferentes culturas, assim quanto s crenas sobre o que traz ou retira a sade. A OMS define ainda a engenharia sanitria como sendo um conjunto de tecnologia que promovem o bem-estar fsico, mental e social. Sabe-se que sem o saneamento bsico (sistemas de gua, de esgoto sanitrios e de limpeza urbana) a sade pblica fica completamente prejudicada. A OMS reconhece que cerca de 80% das doenas mundiais so causadas por falta de gua potvel suficiente para atender as populaes. Sade pblica mais do que o somatrio da sade das pessoas. instrumento para o desenvolvimento social e econmico e est intimamente relacionada com a paz, educao, habitao e eqidade. fantstico o alcance dos benefcios do saneamento ambiental,

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principalmente nas camadas menos favorecidas da populao. Imagine, por exemplo, 34 milhes de pessoas que nunca foram ao dentista, como indica pesquisa do IBGE, recebendo gua com flor. O imenso contingente de doentes que superlota os Centros de Sade, na maioria das vezes, proveniente de reas sem saneamento ambiental. Dados da OMS indicam que nessas regies a incidncia anual de doenas diarricas atinge cerca de um bilho de pessoas e mais 1,5 bilhes so infectadas por helmintases (MARTINS, 2005).

3.3. Saneamento Ambiental Conforme a FUNDAO NACIONAL DE SADE FUNASA (2004), o saneamento ambiental o conjunto de aes socioeconmicas que tm por objetivo alcanar salubridade ambiental, por meio de abastecimento de gua potvel, coleta e disposio sanitria de resduos slidos, lquidos e gasosos, promoo da disciplina sanitria de uso do solo, drenagem urbana, controle de doenas transmissveis e demais servios e obras especializadas, com a finalidade de proteger e melhorar as condies de vida urbana e rural. MOTA (1999), define como o controle de todos os fatores do meio fsico do homem que exercem ou podem exercer algum efeito sobre seu bem estar fsico, mental ou social. O saneamento tambm conceituado como um conjunto de medidas que visa preservar ou modificar o meio ambiente a fim de prevenir doenas e promover a sade. Normalmente qualquer atividade de saneamento tem os seguintes objetivos: controle e preveno de doenas, melhoria da qualidade de vida da populao, melhorar a produtividade do indivduo e facilitar a atividade econmica. O saneamento exerce um controle da preveno de doenas e da preservao do meio ambiente e da sade. Este controle constitui dentre outros aspectos em proporcionar o abastecimento de gua de boa qualidade, a disposio e o tratamento de esgotos, a renovao do lixo, a drenagem de guas pluviais, controle de roedores e artrpodes, recreao,

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educao, hospitais, habitao e outros aspectos diversos como: cemitrios, monitoramento de rudos, planejamento territorial (ROUQUAYROL, 1999). Na rea do saneamento ambiental preciso dizer que o saneamento bsico, sem dvida, um fator de grande importncia para a preservao da sade do homem, pois se responsabiliza por sistemas de tratamento e distribuio de gua, coleta e tratamento de efluentes domsticos e industriais, coleta e disposio de resduos slidos e controle da qualidade do ar. A propsito, ressalta-se que o Captulo 6 da Agenda 21 Global referente a sistemas de saneamento bsico. Por outro lado, deve ser lembrado que parte das enfermidades em pases em desenvolvimento resultado da escassez de gua potvel e de meios apropriados para eliminao de excretas, representando um sistema de saneamento bsico precrio. Deve-se ressaltar a importncia do Saneamento Ambiental para a qualidade de vida da populao. Os sistemas de saneamento bsico em conjunto com o monitoramento adequado para controle da poluio contribuem para o desenvolvimento de uma boa qualidade de vida. Investir no saneamento do municpio melhora a qualidade de vida da populao, bem como a proteo ao meio ambiente urbano. Combinado com polticas de sade e habitao, o saneamento ambiental diminui a incidncia de doenas e internaes hospitalares. Por evitar comprometer os recursos hdricos disponveis na regio, o saneamento ambiental garante o abastecimento e a qualidade da gua. Alm disso, melhorando a qualidade ambiental, o municpio torna-se atrativo para investimentos externos, podendo inclusive desenvolver sua vocao turstica (PARENTE, 2004).

O saneamento ambiental tem efeito imediato na reduo de enfermidades ao romper o crculo vicioso que se estabelece quando o paciente medicado e devolvido para o ambiente insalubre. Ao reduzir as filas nos Centros de Sade, o saneamento ambiental representa importante alvio oramentrio no Setor Sade, compensando, com folga, os investimentos. Saturnino de Brito e Oswaldo Cruz foram os profissionais que mais se destacaram nas primeiras reformas sanitrias realizadas no Brasil, respectivamente, pela implantao dos servios de gua e esgotos, e pelas campanhas de vacinao, nas grandes cidades do litoral. Atualmente, so mais de 170 mil

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trabalhadores envolvidos direta e indiretamente com saneamento ambiental que se destacam, pela grandeza da sua misso (MARTINS, 2005).

3.4. Saneamento e Sade Os efeitos das inadequadas condies de saneamento sobre a sade humana so conhecidos desde a Antiguidade. Estudos mais recentes vm revelando que a diarria responsvel por 4,3% das DALYs (Anos de vida perdidos por incapacitao ou mortes precoces) no mundo, sendo 88%, (OMS, 2004) dessa carga de doenas atribuda inadequao do abastecimento de gua, da disposio de excretas e da higiene. Observa-se que maior concentrao ocorre em crianas de pases menos desenvolvidos. Dentre as doenas relacionadas a fatores ambientais, 40% (OMS, 2004) afetam crianas menores de cinco anos de idade, ou seja, 10% (OMS, 2004) da populao mundial. Tais doenas provocam a morte de trs milhes de crianas por ano no mundo, sendo que dois milhes delas vo a bito por diarria (HELLER, 2006). Estudos relacionados entre ausncia ou inadequao de saneamento e a diarria mostram uma reduo entre 30 e 40% (HELLER, 2006) desse indicador quando so implantadas condies adequadas de saneamento com benefcio significativo e impacto positivo na sade pblica. BARCELLOS (1997) analisou os fatores de risco sade devido a questes relacionadas com o abastecimento de gua. Nesse estudo foram construdos trs nveis de informao: os setores censitrios representados por polgonos; a rede de abastecimento de gua com a presena de seus principais mananciais e reservatrios; a qualidade da gua da rede de abastecimento, segundo programa de monitoramento conjunto entre a Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente - FEEMA e a Companhia Estadual de gua e Esgotos do Rio de Janeiro - CEDAE. Esses trs nveis de informaes foram superpostos e foram identificadas reas de risco segundo os seguintes critrios: ausncia de rede de abastecimento de gua, proximidade a pontos de coleta com contaminao da gua da rede, uso de fontes alternativas para captao de gua e utilizao de pequenos mananciais.

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Segundo a definio de sade e saneamento pela ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE OMS (2004), podemos associar o conceito de sade pblica ao de saneamento ambiental, onde a falta deste leva a srias conseqncias. Entre elas: 1. A ausncia de sistemas adequados de esgotamento sanitrio obriga as comunidades a conviverem com seus prprios excrementos, agravando os riscos de mortalidade devido a doenas transmissveis por veiculao hdrica ou por vetores (moscas, mosquitos, baratas, ratos e outros): clera, esquistossomose, males gastrointestinais, etc.; 2. A ausncia de abastecimento de gua, alm de agravar igualmente as condies de sade, no possibilita os cuidados com a higiene pessoal e domstica; 3. As formas inadequadas de disposio de lixo urbano, lanados nos lixes a cu aberto ou nas guas e mangues, afetam o ambiente, poluindo o solo, a gua, o ar, destruindo fauna e flora e prejudicando as comunidades locais que passam a conviver com os agentes patognicos (vrus, bactrias, protozorios e fungos) e vetores transmissores de doenas; 4. A falta, insuficincia ou entupimentos da rede de drenagem urbana (sistema de escoamento das guas de chuva) produz as enchentes e inundaes e leva ao aparecimento da clera, da leptospirose e da hepatite, entre outras, nas comunidades afetadas. Pesquisas realizadas pela ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE OMS (2004), nos pases desenvolvidos comprovaram que a implantao de medidas de saneamento bsico - abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, destinao final adequada dos resduos (lixo) e controle de vetores - preveniram a ocorrncia de enfermidades, reduzindo em mdia:

A mortalidade por diarria em 26%; A ascaridase em 29%; O tracoma, enfermidade ocular, em 27%;

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A esquitossomose em 77%; A mortalidade infantil em 55%.

3.5. Doenas de Veiculao Hdrica A gua um dos elementos fundamentais para a existncia do homem. Grande parte das atividades humana necessita de gua para se realizarem, essa gua depois de utilizada para vrios fins devolvida para o meio ambiente parcialmente ou totalmente poluda, de tal forma a comprometer a qualidade dos recursos hdricos disponveis na natureza aumentando os riscos de doenas de transmisso hdrica e de origem hdrica. Doenas de transmisso hdrica: so aquelas em que a gua atua como veculo de agentes infeccioso. Os microrganismos patognicos atingem a gua atravs de excretas de pessoas ou animais infectados, causando problemas principalmente no aparelho intestinal do homem. Essas doenas podem ser causadas por bactrias, fungos, vrus, protozorios e helmintos. Doenas de origem hdrica: so aquelas causadas por determinadas substncias qumicas, orgnicas ou inorgnicas, presentes na gua em concentraes inadequadas, em geral superiores as especificadas nos padres para guas de consumo humano. Essas substncias podem existir naturalmente no manancial ou resultarem da poluio. So exemplos de doenas de origem hdrica: o satumismo provocado por excesso de chumbo na gua, a metemoglobinemia em crianas decorrentes da ingesto de concentraes excessivas de nitrato, e outras doenas de efeito a curto e longo prazo (FONSECA, 2005). 3.6. Resduos slidos De acordo com a FUNDAO NACIONAL DE SADE FUNASA (2004), os resduos slidos so materiais heterogneos, (inertes, minerais e orgnicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteo sade pblica e economia de recursos naturais. Os resduos slidos constituem problemas sanitrios, ambientais, econmicos e estticos.

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3.6.1. Importncia sanitria dos resduos slidosOs resduos slidos constituem problema sanitrio de importncia, quando no recebem os cuidados convenientes. As medidas tomadas para a soluo adequada do problema dos resduos slidos tm sob o aspecto sanitrio, objetivo comum a outras medidas de saneamento como o de prevenir e controlar doenas a eles relacionadas. Alm desse objetivo, visase ao efeito psicolgico que uma comunidade limpa exerce sobre os hbitos da populao em geral, facilitando a instituio de hbitos correlatos. Obviamente os resduos slidos constituem problema sanitrio porque favorecem a proliferao de vetores e roedores. Podem ser vetores mecnicos de agentes etiolgicos causadores de doenas, tais como: diarrias infecciosas, amebase, salmoneloses, helmintoses como ascaridase, tenase e outras parasitoses, bouba, difteria, tracoma, etc.. Serve ainda de criadouro e esconderijo de ratos, animais esses envolvidos na transmisso de peste bubnica, leptospirose e tifo murino. Os resduos slidos, por disporem de gua e alimento, so pontos de alimentao para animais como: ces, aves, sunos, eqinos e bovinos. Prestam-se ainda os resduos slidos perpetuao de certas parasitoses, como as triquinoses, quando se faz o aproveitamento de restos de cozinha (carnes contaminadas) para alimentao de porcos. Possibilita, ainda, a proliferao de mosquitos que se desenvolvem em pequenas quantidades de guas acumuladas em latas, vidros e outros recipientes abertos, comumente encontrados nos monturos. O problema dos resduos slidos na grande maioria dos pases e particularmente em determinadas regies vem se agravando como conseqncia do acelerado crescimento populacional, concentrao das reas urbanas, desenvolvimento industrial e mudanas de hbitos de consumo. Geralmente o desenvolvimento econmico de qualquer regio vem acompanhado de uma maior produo de resduos slidos. Esta maior produo tem um papel importante entre os fatores que afetam a sade da comunidade, constituindo

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assim um motivo para que se implantem polticas e solues tcnicas adequadas para resolver os problemas da sua gesto e disposio final (FUNASA, 1995) 3.6.2. Resduos domiciliares Originado da vida diria das residncias, constitudo por restos de alimentos (tais como cascas de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higinico, fraldas descartveis e uma grande diversidade de outros itens. Pode conter alguns resduos txicos (ORGANIZAES PANAMERICANA DA SADE OPAS, 2005). 3.6.3. Resduos de servios pblicos De acordo com a, ORGANIZAES PANAMERICANA DA SADE (2005) so resduos originados dos servios de limpeza urbana, incluindo todos os resduos de varrio das vias pblicas, limpeza de praias, galerias, crregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, etc, constitudo por restos de vegetais diversos, embalagens, etc. 3.7. Esgotamentos Sanitrios Segundo as ORGANIZAES PANAMERICANA DA SADE os esgotamentos sanitrios so dejetos gerados pelas atividades humanas, comerciais, e industriais que necessitam ser coletados, transportados, tratados e dispostos mediante os processos tcnicos, de forma que no gerem ameaa sade e ao meio ambiente. Para muitas pessoas, principalmente nos pases em desenvolvimento, a falta de um adequado sistema de coleta, tratamento e destino dos dejetos a mais importante das questes ambientais. O problema particularmente acentuado nas reas periurbanas e em reas rurais onde a maioria da populao composta de pessoas de baixa renda. estimado que acima de um bilho de pessoas que vivem nas cidades e acima de 2 bilhes que vivem nas reas rurais no possuem servios adequados de coleta, tratamento e destino dos dejetos. Estas condies so as causas primrias da

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alta incidncia de diarria observada nos pases em desenvolvimento e que responsvel pela morte de cerca de 2 milhes de crianas e causa cerca de 900 milhes de episdios de doenas por ano. Alm disso, a falta de um adequado sistema de coleta, tratamento e destino dos dejetos a maior causa da degradao da qualidade das guas subterrneas e superficiais. Apesar dos esforos nas ltimas duas dcadas, os investimentos nesta rea continuam inadequados enquanto a necessidade continua a crescer, principalmente em relao ao tratamento dos dejetos. Esta situao o resultado da baixa prioridade dada ao tratamento dos dejetos (OPAS). O planejamento, bem como a construo de um sistema de esgotamento sanitrio eficiente, numa cidade seja ela de pequeno, mdio ou grande porte um desafio para os administradores, porm, necessrio e urgente que aponta para estatsticas de elevado impacto social, uma vez que, em curto espao de tempo, se alcana ndices extremamente favorveis dentro da rea da sade pblica e a conseqente melhoria da qualidade de vida da populao. A grande maioria das cidades conta atualmente com rede coletora de esgoto j implantada em quase toda a extenso de sua rea urbana, necessitando, no entanto de obras para o transporte e tratamento do esgoto domstico. Este fato aponta para situaes de grave agresso ao meio ambiente, pois cursos dgua que cruzam estas cidades so atingidos diretamente por lanamentos in natura de esgoto bruto, causando alm dos danos diretos ao corpo dgua, srios focos de proliferao de doenas de veiculao hdrica. As formas de tratamento so diversas e seus nomes tcnicos so: digestor de fluxo ascendente, por lodo ativado, por lagoas de estabilizao e por fossa sptica (Imhoff ou outra). As comparaes so baseadas em eficincia de remoo de carga orgnica, remoo de patognicos, possvel odor, custo de instalao, rea necessria, complexidade de operao e manuteno e nos subprodutos resultantes. Dados do Ministrio da Sade indicam que cerca de 70% das internaes hospitalares da rede pblica esto relacionadas com doenas de veiculao hdrica que por sua vez esto diretamente ligadas ausncia de tratamento de esgotos domsticos. Sistemas de esgotamento sanitrio para atendimento de reas urbanas devem ter planejamento e

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monitoramento efetivos, tendo sua sustentabilidade na forma eficiente e econmica como so realizados, uma vez que as obras a serem implantadas, devem possibilitar uma expanso urbana ordenada, no impedindo desta forma, o desenvolvimento local (ANTNIO, 2005).

3.7.1. Esgoto Domstico A COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS - COPASA define o esgoto domstico como esgoto gerado nas residncias ou nas instalaes hidrulicosanitrias como: cozinha, chuveiro, pia, lavatrio, vaso sanitrio, ducha sanitria, banheira, bebedouro e mictrio. A FUNDAO NACIONAL DE SADE - FUNASA define como aquele que provem principalmente de residncias, estabelecimentos comerciais, instituies ou quaisquer edificaes que dispe de instalaes de banheiros, lavanderias e cozinhas. Compemse essencialmente da gua de banho, excretas, papel higinico, restos de comida, sabo, detergentes e guas de lavagem. 3.8. Abastecimento de gua O tratamento de gua contribui significativamente no controle das doenas de veiculao hdrica (HELLER, 1997). Neste sentido os pases desenvolvidos apresentam indicadores de sade que demonstram o controle dessas doenas por aes de sade pblica e saneamento. Nos pases em desenvolvimento ainda persistem ndices que deixam claro a baixa qualidade de infra-estrutura sanitria. Em busca da diminuio da defasagem histrica entre desenvolvidos/em desenvolvimentos, no campo de tratamento de gua vem sendo estudadas novas tcnicas de purificao, principalmente com a utilizao de novos floculadores, decantadores e filtros que dependem de novos coagulantes qumicos, (LEME,1984) A gua tem influncia direta sobre: a sade, a qualidade de vida e o desenvolvimento do ser humano. Para a ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE - OMS

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e seus pases membros, todas as pessoas, em quaisquer estgios de desenvolvimento e condies scio-econmicas tm o direito de ter acesso a um suprimento adequado de gua potvel e seguro. Se o objetivo melhorar a sade pblica, vital que tais condies sejam consideradas como um todo no momento de se definir e manter programas de qualidade e abastecimento de gua. A qualidade da gua, por si s (em particular a qualidade microbiolgica da gua), tem uma grande influncia sobre a sade. Se no for adequada, pode ocasionar surtos de doenas e causar srias epidemias. Os riscos sade, associados gua, podem ser de curto prazo (quando resultam da poluio de gua causada por elementos microbiolgicos ou qumicos) ou de mdio e longo prazos (quando resultam do consumo regular e contnuo, durante meses ou anos, de gua contaminada com produtos qumicos, como certos metais ou pesticidas). (MONTEIRO, 1997). A gua microbiologicamente contaminada pode transmitir grande variedade de doenas infecciosas, de diversas maneiras: 1) Diretamente pela gua (water-borne diseases): provocadas pela ingesto de gua contaminada com urina ou fezes humanas ou de animais, contendo bactrias ou vrus patognicos. Incluem clera, febre tifide, amebase, leptospirose, giardase, hepatite infecciosa e diarrias agudas; 2) Causadas pela falta de limpeza e de higiene com gua (water-washed diseases): provocadas por m higiene pessoal ou por contato com gua contaminada atravs da pele ou dos olhos. Inclui escabiose, pediculose (piolho), tracoma, conjuntivite bacteriana aguda, salmonelose, tricuriase, enterobiase, ancilostomases e ascaridase; 3) Causadas por parasitas encontrados em organismos que vivem na gua ou por insetos, vetores com ciclo de vida na gua (water-based and water-related diseases): Incluem esquistossomose, dengue, malria, febre amarela, filarioses e oncocercoses. A gua e a sade das populaes so duas coisas inseparveis. A disponibilidade de gua de qualidade uma condio indispensvel para a prpria vida

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e mais que qualquer outro fator, a qualidade da gua condiciona a qualidade de vida. Portanto, o entendimento de como a gua e sade esto relacionadas permitir a tomada de decises com mais efetividade e impacto.

4.0 METODOLOGIA 4.1. rea de Estudo Mato Grosso uma das 27 Unidades Federativas do Brasil. Est localizado a oeste da regio Centro Oeste e a maior parte de seu territrio ocupado pela Amaznia legal, sendo o extremo sul do estado pertencente ao Centro Sul do Brasil. Tem como limites: Amazonas, Par (N); Tocantins, Gois (L); Mato Grosso do Sul (S); Rondnia e Bolvia (O). Ocupa uma rea de 903.357 km. Sua capital a cidade de Cuiab. A populao de Mato Grosso de 2.803.274 habitantes, destes 1.217.166 habitantes so mulheres e 1.287.187 habitantes so homens. Mato Grosso o dcimonono Estado mais populoso do Brasil e concentra 1,47% da populao brasileira, com uma densidade demogrfica de 2,6 hab/km. Mato Grosso ocupa o 9 lugar no ndice de Desenvolvimento Humano - IDH entre os Estados do Brasil (IBGE 2005).

Fonte: (OLIVEIRA ET AL, 2007)

Figura 1- Mapa do Estado de Mato Grosso Ao trmino da dcada de 80 e 91, houve um crescimento em nmeros de municpios existentes que passou de 55 para 95. Sendo que, em 1993 foram instalados mais 22 e em 1997 mais 9 municpios foram criados. Entre os anos de 1998 e 2000 foram instalados mais 13 municpios e no ano de 2004 foram emancipados mais 2

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totalizando os 141 municpios existentes no Estado. Desta forma, nos ltimos 20 anos o Estado de Mato Grosso teve um acrscimo populacional de 1.365.662 habitantes, bem como a emancipao poltica de mais 15 municpios, com uma taxa geomtrica anual de 5,38% entre 1980 e 1991 e 2,81% entre 1996 e 2000, conforme (Mato Grosso em nmeros 2006 apud CAOVILLA, 2007). O Estado de Mato Grosso possui 141 municpios distribudos em cinco mesorregies: Norte (N) composto por 55 municpios, Nordeste (NE) composto por 25 municpios, Sudoeste (SO) composto por 22 municpios, Centro Sul (CS) composto por 17 municpios e Sudeste (SE) composto por 22 municpios, (MATO GROSSO.NET, 2008) conforme pode ser observado na figura 2.

Fonte: (CANAVARROS ET AL, 2007)

Figura 2 - Mapa do Estado de Mato Grosso dividido em Mesorregies. O Estado de Mato Grosso abriga dentro dos seus limites uma grande disponibilidade hdrica, onde se situam as importantes nascentes das trs maiores bacias hidrogrficas brasileiras, a Amaznica, a Araguaia Tocantins e a Platina.

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4.2. Materiais e Mtodos A Metodologia adotada para avaliar o saneamento ambiental do estado de Mato Grosso utilizou-se de dados secundrios, onde se usou pesquisa bibliogrfica, documental, seguida de anlises de banco de dados oficiais disponibilizados pela SES. Assim, pode-se avaliar o progresso do saneamento que houve nestes ltimos anos no Estado e verificar o que pode ser feito para o melhoramento. Uma ilustrao das etapas metodolgicas apresentada no fluxograma mostrado na figura 3.

Plano de Amostragem

Levantamento de Dados Dados Secundrios Informaes: SES, DW, SIAB, IBGE e Dissertaes. Anlise dos Dados

Abastecimento de gua

Esgotamento Sanitrio

Resduos Slidos

Sade

Mapas de Risco Figura 3 - Fluxograma das etapas metodolgicas adotadas nas anlises dos resultados.

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4.3. Pesquisa Bibliogrfica e Documental Buscouse inicialmente, conhecer a situao de saneamento ambiental no Brasil, analisando a situao do Estado em relao ao pas e assim saber quais as regies e municpios do Estado esto em maior precariedade e como isso est sendo refletido na sade pblica. Desta forma realizouse uma busca sobre a produo de pesquisas sobre o tema de saneamento ambiental e sade pblica e temas correlatos como, tratamento e abastecimento de gua, tratamento e coleta de esgotamento sanitrio, tratamento e coleta de lixo, doenas de veiculao hdrica e outros necessrios aos desdobramentos do assunto. Este estudo foi efetuado em artigos de revistas tcnicas e cientficas, livros, anais de congresso, artigos da Secretaria de Estado de Sade, assim como a biblioteca da Universidade Federal de Mato Grosso e no INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA IBGE. Alm das bibliografias e documentos utilizados no estudo de dados secundrios, utilizou-se ainda o programa Datawarehouse da Secretaria de Estado de Sade o qual se encontra os programas SUS e o SIAB, onde se buscou dados das doenas em cada municpio de Mato Grosso, assim como os de saneamento ambiental. Em relao s doenas, foram obtidos dados como: o tipo de doena, o ano de ocorrncia, a faixa etria, sexo, nmero de internaes e de bitos. Para o saneamento ambiental os dados foram quantidade de populaes abastecidas por gua e atendidas por coleta de esgoto e lixo, tipo de abastecimento e tratamento de gua, tipo de coleta de esgoto e de lixo. Para o funcionamento destes programas cada municpio alimenta o sistema com os seus dados e passa para a sua regional que recebe e consolida esses dados para repassar a Secretaria de Estado de Sade onde so consolidados no programa Datawarehouse e exportados para o banco de dados nacional no DATASUS.

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4.4. Dados Populacionais Os dados populacionais foram obtidos pelo IBGE, utilizando o censo demogrfico de 2000 e o censo demogrfico de 2007. Para clculo de abastecimento e tratamento de gua, tipo de atendimento de esgoto e lixo e a quantidade de pessoas atendidas por estes, foram utilizados os dados do SIAB, onde foi encontrada a quantidade de domiclios que so atendidos por esses servios e multiplicados pela mdia de habitantes por domicilio fornecidos pelo IBGE 2000 e 2007, conforme Equao 4.4.1. 4.4.1 Pa= Da (mh)

Onde: Pa= pessoas atendidas pelo servio; Da= domiclios atendidos pelo servio; mh= mdia de habitantes.

5.0. RESULTADOS E DISCUSSES Neste captulo sero apresentados e avaliados os resultados da situao do saneamento ambiental no Estado de Mato Grosso referente aos anos de 2000 e 2007, onde se trabalhou com as mesorregies do Estado: Norte, Centro Sul, Nordeste, Sudeste e Sudoeste, os quais foram obtidos dados sobre abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, coleta de lixo e suas conseqncias na sade pblica. Observa se na Figura 4, que houve uma melhoria no abastecimento de gua de 2000 para 2007 na maioria das regies, com exceo da regio Centro Sul, onde apresentou um decrescimento nos ltimos sete anos, nessa regio encontramse as duas maiores cidades do Estado: Cuiab e Vrzea Grande.

Figura 4 - ndice de cobertura de gua nas mesorregies do Estado de Mato Grosso 2000 e 2007.

Apesar do aumento na cobertura de gua, apenas a regio nordeste encontrase na situao ideal, segundo TEIXEIRA (1999) apud CAOVILLA (2007), o ndice de abastecimento pode ser considerado ideal quando est acima de 90%. Alm disso, foram considerados todos os tipos de abastecimento de gua, no entanto as regies

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apresentaram um ndice ainda baixo em relao ao abastecimento por rede pblica, todas ficaram abaixo de 80%, como mostra a Figura 5. Este dado nos mostra a falta de investimento em redes pblicas para abastecimento de gua no Estado, o que pode elevar as chances de contaminao da populao que no so atendidas por este servio.

Figura 5 - Tipos de abastecimento de gua nas mesorregies do Estado de Mato Grosso 2007.

No Sudeste encontrase o ndice mais alto de cobertura oferecido pela rede pblica enquanto que o Centro Sul apresenta o mais baixo. Apesar disso nem todos recebem uma gua com tratamento adequado, alguns consomem sem nenhum tipo de tratamento o que as tornam mais sucessveis a doenas causadas pela veiculao hdrica. No Nordeste, a maioria da populao tem como tratamento nico da gua a sua filtrao, enquanto o Norte tem o maior nmero de pessoas abastecidas com tratamento de gua adequada. Na regio Sudoeste com a maior populao que consomem gua sem nenhum tipo de tratamento, como mostra a Figura 6.

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Figura 6 - ndice de populao com algum tipo de tratamento de gua mesorregies do estado de Mato grosso 2007. Apesar de ser alta a quantidade de populao que consomem gua tratada no Estado, verificase que o ndice de tratamento feito em casa bem alto, no sabendo se esta gua est prpria para o consumo humano. Segundo a Secretaria de Estado de Sade, muitas cidades de Mato Grosso que so abastecidas por poo no fazem nenhum tipo de tratamento, a gua bombeada e levada diretamente para a populao. Segundo a mesma, atravs de anlises feitas pelo MT Labotrio, grandes partes desses poos esto com sua gua imprpria para consumo. Em relao ao lixo apresentado o percentual da populao residente atendida, direta ou indiretamente, por servio regular de coleta de lixo domiciliar. Considera-se o atendimento direto, quando a coleta do lixo realizada no domiclio, por empresa de limpeza urbana (pblica ou particular) e indireta, quando o lixo depositado em caamba, tanque ou outro depsito, sendo posteriormente coletado por servio ou empresa de limpeza urbana (pblica ou privada). Na Figura 7 mostrado o percentual da populao atendida por algum tipo de tratamento do lixo.

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Figura 7 - Porcentagem de populao atendida por destinao final de lixo. No perodo analisado, a cobertura dos sistemas apresentou melhoria em todas as regies. Os maiores aumentos podem ser observados na regio Nordeste e Sudeste, enquanto que o Centro Sul apresenta novamente as menores coberturas. Na Figura 8, podemos observar que quando a destinao desse lixo por coleta realizada em domiclio, o Sudeste obtm um melhor desempenho em relao as outras regies.

Figura 8: Tipos de atendimento a destinao final de lixo.

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Na Figura 9, mostra a porcentagem de populaes que so atendidas por esgotamento sanitrio tanto por rede de esgoto como por fossa.

Figura 9 - Porcentagem de populao atendida por esgotamento sanitrio. Observase um aumento de cobertura em todas as regies, principalmente na regio Sudeste, que obteve quase 60% de aumento de 2000 para 2007, enquanto que o Centro Sul tem a menor cobertura apesar de ter melhorado, lembrando que esse atendimento feito por rede ou fossa sptica. No entanto as populaes que tem o seu esgotamento tratado so mnimas, em todas as regies o que prevalece para o destino do esgoto a fossa, como mostrado na Figura 10. A grande preocupao que nem sempre essas fossas so construdas corretamente e em local seguro, podendo contaminar nascentes dgua dependendo de sua localizao e poluir guas subterrneas.

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Figura 10 - Porcentagem de populao atendida por rede de esgoto ou fossa. A regio Norte tem o pior ndice com apenas 3% de cobertura e as outras regies no ultrapassam os 10%. Observase que este ndice baixo e so dados preocupantes quando comparados a mdia nacional de 75% e distante para que se cumpra a meta estabelecida pela ONU como relata o Relatrio de Desenvolvimento Humano - RDH (2006). O esgoto a cu aberto um grande risco a sade das populaes, assim como a gua no tratada e a no coleta do lixo. Muitas das internaes esto relacionadas a estes fatos, pois existem milhares de doenas de veiculao hdrica. Os casos mais preocupantes so com as crianas e com os idosos que esto mais expostos a estas doenas. O problema principalmente acentuado nas reas Periurbanas e em reas rurais onde a maioria da populao composta de pessoas de baixa renda, esse quadro agravado devido posio geogrfica dessas reas e principalmente por falta de interesse dos rgos competentes em levar at essa populao o Saneamento Ambiental. A Figura 11 verifica o ndice de internaes causadas por doenas de veiculao hdrica comparadas com todas as doenas infecto-parasitrias, alm de mostrar o ndice de internaes entre crianas e idosos.

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Figura 11 - ndice de internaes causadas por doenas de veiculao hdrica.

Na Figura 11, foram obtidos dados de crianas com idade de 0 dia a 5 anos e idosos acima de 65 anos. Observase que no Sudeste o ndice de internaes chega a 52% entre todas as doenas infecto-parasitrias como : doenas intestinais, difteria, diarria, etc.,e que destes, 69% so crianas e idosos, seguido do Sudoeste com 52%. Lembrando que no Sudeste grande parte da populao consomem gua apenas filtrada como por exemplo nos municipios de General Carneiro, Poxoro, Dom Aquino, Tesouro e Ribeirozinho, podendo estar com algum tipo de contaminao, alm de ter apenas 10% do seu esgoto tratado. No Sudoeste essa situao piora, pois a maioria das pessoas consomem gua sem tratamento algum e o ndice de tratamento de esgoto de apenas 6%. Esses resultados so refletidos direto ou indiretamente na sade pblica, onde os hospitais e postos de sade esto sempre lotados, com isso comea a faltar mdicos e enfermeiros para atender toda a demanda de populao, aumentando os gastos do governo com a sade, sendo que esse dinheiro poderia ser investido em saneamento ambiental e em outras reas como: lazer, educao, transporte, moradia, etc.,o que diminuiria os riscos a sade da populao e o caos nos centros de sade. Alm de evitar muitos bitos, como mostra a Figura 12.

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Figura 12 - ndice de mortalidade causada por doenas de veiculao hdrica. Observa-se que o Centro Sul tem o maior nmero de bitos em decorrncia de internaes por doenas de veiculao hdrica com 20% de mortes e o Norte vem em seguida com 12%. No entanto, o Sudeste e o Sudoeste que tem o maior nmero de internaes obtiveram um dos menores ndices de mortalidade com 5% e 4% respectivamente, isso pode ser resultado de uma ateno maior e melhor no tratamento a essas doenas. O que mais preocupa que apenas 34% da populao de Mato Grosso tm acesso rede de esgoto, enquanto que os 66% restante so jogados em fossas, nas ruas ou diretamente nos rios, contaminando as guas e o solo e colocando em risco a sade da populao. Diante do exposto, notase a falta de infra-estrutura pblica nas redes de gua e esgoto. Em todo o Estado investido apenas 3,55% do PIB com saneamento e sade. Esse percentual coloca Mato Grosso em 18 lugar no ranking de investimentos baseados no PIB, conforme dados repassados pelo IBGE.

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5.1. MAPA DE RISCO Aps o levantamento dos dados nas mesorregies do Estado, foi feito o mesmo com os municpios, para saber quais esto em situao mais crtica em relao ao saneamento ambiental, ou seja, cidades onde os servios pblicos esto muito abaixo do esperado e da mdia nacional. Com esses resultados foi montado o mapa de risco do Estado. Este mapa foi elaborado atravs da mdia de habitantes atendidos pelos servios de abastecimento de gua por rede pblica, coleta de esgoto e de lixo, desta forma pode-se calcular a porcentagem considerando a populao total de cada municpio e a quantidade de pessoas beneficiadas pelos servios. Estes dados foram lanados no programa TERRAVEW, no qual foi gerado o mapa de risco. Os resultados foram classificados como: de 0 a 50% de risco alto, de 51 a 75% risco mdio e de 76% acima risco baixo, como mostra a Figura 13.

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Figura 13 Mapa de risco do Estado de Mato Grosso.

Risco Alto Risco Mdio Risco Baixo

De acordo com o estudo realizado e mostrado no mapa, observa-se que a maioria das cidades Mato-grossenses est na faixa de 51 a 75% no ndice de cobertura do Saneamento Ambiental, no qual se encontra a cidade de Cuiab. Outros municpios como: Diamantino, Campo Verde, Nova Mutum, etc., tm cobertura acima de 76% o que significa uma melhor qualidade de vida populao, pois diminui o risco de doenas de veiculao hdrica. Mas alguns municpios atingiram ndices muito baixos de cobertura, o que aumenta o risco de doenas na populao em decorrncia do ambiente insalubre em que elas vivem. Encontram-se nessa situao cidades como:

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Vrzea Grande, Colniza, Bom Jesus do Araguaia, So Jos do Povo, Campinpolis, etc. Com este mapa, pode-se observar que o saneamento ambiental no Estado precrio, necessitando de mais investimentos, pois estes resultados so considerados um importante fator de risco sade dos seres humanos que vivem em ambientes sem infra-estrutura adequada para moradia. A adoo de medidas preventivas, visando preservao do meio ambiente, e o tratamento adequado das guas para abastecimento, alm da coleta e tratamento do lixo e do esgoto, so as ferramentas necessrias para diminuir consideravelmente o risco de ocorrncia de enfermidades de veiculao hdrica.

6.0. CONCLUSES Com a avaliao dos dados deste trabalho, observouse que o Estado em relao s redes de gua e esgoto est muito abaixo das mdias nacionais. O abastecimento de gua que apresentou um ndice consideravelmente alto, quando verificado apenas por rede pblica, este ndice diminui significativamente, verificando-se que grande parte da populao que abastecida, nem sempre consomem a gua nos padres de potabilidade. Alm disso, em algumas cidades no existe nenhum tipo de tratamento, a gua consumida considerada gua bruta e em outras o nico tratamento atravs de filtros como acontece na maioria das cidades da regio Nordeste. Outro fator preocupante o abastecimento de gua por poo, pois em sua maioria no so feitos nenhuma anlise para garantir a qualidade da gua e so raros aqueles que recebem algum tipo de tratamento como o adicionamento de cloro, alm disso muito importante o local em que o poo est instalado, para que no ocorra a contaminao da gua. A rede de esgoto teve um ndice mais preocupante, pois nenhuma regio atingiu mais que 10% de tratamento, onde a regio Norte obteve apenas 3% de todo o seu esgoto tratado, ficando muito abaixo da mdia, o que com certeza contribuiu para que essa regio tenha obtido um nmero maior de cidades consideradas de alto risco. O que acontece neste caso que a maioria das residncias tem como destinao final do esgoto a fossa sptica, que em muitas vezes tem apenas o nome, pois na realidade so buracos negros, construdos sem nenhum tipo de segurana ao meio ambiente, onde pode ocorrer a contaminao do solo, do nvel d gua e de nascentes. No caso dos lixos, todas as regies apresentaram um ndice considervel de coleta, apesar de ainda ser baixo, o servio pblico com maior eficincia no Estado, mas o ndice de destinao final adequado muito baixo, em quase todo o Estado so jogados em lixes sem nenhum controle, onde so encontrados macro e micro vetores que podem levar doenas a populao. Estes fatores so os motivos pelos quais muitas pessoas so internadas diariamente, principalmente crianas e idosos como se observou, podendo levar a bitos. A sade da populao a maior razo para investimentos no setor de saneamento ambiental.

7.0. RECOMENDAES FINAIS -Visita in loco dos municpios a fim de aferir os dados apresentados; -Desenvolver trabalhos de educao ambiental e sanitria nos municpios que apresentaram maior grau de risco; -Dar continuidade ao estudo buscando adotar indicadores mais precisos para atualizao do mapa de risco.

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